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ser entendido. Você passa a semana inteira estudando, fazendo exercícios de provas
antigas, assistindo vídeos e revendo suas anotações. No dia da prova, você chega
confiante em sua preparação e acredita não terá nenhum problema com a prova. Ao
receber a prova, o coração gela, parece que a matéria e você estão sendo
apresentados naquele exato momento. Ao sair da prova, você encontra colegas com
sorriso de orelha à orelha exclamando "Que prova molezinha!".*
O exemplo, é óbvio, tem um certo exagero quanto ao fenômeno que acontece em escolas
mas, ele pode ser estendido para qualquer informação que tentamos nos lembrar em
nossa memória. Não sei como funciona em outras sociedades mas acredito que é normal
darmos pouca importância para a nossa memória com a justificativa de "memorizar não
é aprender.". Concordo 100% com a afirmação. O que esquecemos de levar em
consideração é o fenômeno do "branco". Sabe quando você simplesmente não consegue
lembrar o nome daquele ator que fez "O lobo de Wall Street"? Ou aquele livro que
você achou excelente e quer recomendar para um amigo? Para esses exemplos pode não
ter algum importância mas imaginou no primeiro exemplo dado? Em uma apresentação do
trabalho? Podemos nos complicar bastante.
Para mim, ficou claro a importância de criar gatilhos para acessar alguma memória
quando eu fiz pré-vestibular. A grande diferença entre a escola e o pré-vestibular
é que o segundo entrega algumas técnicas para que seus alunos consigam acessar a
informação correta em nossa memória durante a prova.
O livro começa com uma introdução sobre os principais mitos envolvendo a memória. É
interessante este início pois já quebra algumas aflições do leitor em relação a
memória. A principal lição é que a memória pode ser treinada e que é possível
construir um sistema para que possamos memorizar uma informação com maior
facilidade. Pessoalmente, desde a leitura do livro, não utilizo mais nenhuma lista
para comprar nada no supermercado. Os passo-a-passos do livro são bem diretos e
podem ser colocado facilmente em prática.
Depois ele começa com os "Pecados da Memória", fenômenos que acontece com nossas
mentes que são associados à falta de memória. São eles: Transitoriedade, Distração,
Bloqueio, Atribuição, Atribuição Equivocada, Viés Pessoal, Sugestionabilidade e
Persistência. Não falarei sobre ele para que o post não fique tão grande. Mas esse
livro explica de uma forma bem didática.
"Em meus workshops, costumo dizer que o esquecimento muda de nome com o passar do
tempo. Por exemplo, quando um adolescente deveria pagar uma conta para seu pai e
acaba se esquecendo, o esquecimento pode se chamar "irresponsabilidade", "excesso
de dever de casa", "namorada" ou "vestibular". Se o esquecimento for atribuído a um
adulto, com seus 30 anos, ele pode se chamar "estresse", "filhos", "trabalho"... Já
se o adulto tiver mais de 50 anos, o esquecimento passa a chamar-se "velhice". "
O livro "Mentes Geniais" é excelente para quem procura formas de melhorar sua
aquisição de informação. Tirando a enrolada no meio do livro e dicas de softwares
para computadores extremamente desatualizado, é um bom livro com um linguagem bem
fácil. Não me recordo (ironia) mas terminei o livro em 3 dias, ainda no início do
ano. Meu problema está em sentar para escrever aqui para o blog.