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Paiva reafirma que se o gênero tem a ver com a ação e com as convenções, a
força ilocucionária só se realizará por meio de cada gênero e, dessa forma, é
necessário que estes se façam presentes na sala de aula de forma a
desenvolver a competência comunicativa do aluno.
Outra questão prática que Paiva explica é que alguns gêneros são utilizados
como pretextos para o ensino de gramática, ignorando suas condições de
produção e as finalidades. O exemplo que a autora cita são os diálogos
utilizados pelos livros didáticos. O conceito de língua que subjaz os diálogos é
um conjunto de estruturas sintáticas isoladas de seus contextos e como
conseqüência sonega aos aprendizes um ensino com base em práticas
autenticas e significativas. Paiva ainda comenta que são raros os materiais
que utilizam diálogos como gêneros, construídos localmente na interação.
Paiva nos fala que, a partir desse impasse no ensino, muitos aprendizes, para
superar as ausências de uma comunidade de prática discursiva, recorrem aos
gêneros de comunicação de massa, como filmes, música, revistas. Segundo a
autora, isso leva a contatar que intuitivamente o aprendiz acredita que são
os gêneros que lhes auxiliam no processo de aquisição de uma língua.
Por fim, Paiva diz que as evidencias teóricas e empíricas desse trabalho
reforçam a convicção de que a linguagem como gênero no ensino de línguas
estrangeiras é o caminho mais adequado para a aquisição da líingua. No que
concerne a interação social, as experiências de aprendizagem demonstra o
total descarte dos gêneros orais, em favor de pseudo-textos a serviço da
prática estrutural. Uma possibilidade de mudança para o trabalho com
diálogos seria o tipo “cued dialogue” em que o aprendiz obteria orientação
sobre o que deve utilizar, por exemplo, convidar, recusar polidamente,
aceitar com pouco entusismao. Dessa forma não haveria imposição de uma
forma e o aprendiz conseguiria desenvolver autonomia na uso da língua.
Além disso, Paiva, de forma humorada, diz esperar que no futuro, quando
alguém escutar a bando mastruz com leite canta “The book is on the table,
table, table” não se recorde de suas experiências como aprendiz de inglês.