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16/03/2019 ConJur - Cristiano Sobral: Responsabilidade civil dos provedores por fake news

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OPINIÃO

A responsabilidade civil dos provedores e Zero Entr + 48X285


de terceiros pelas fake news Haojuemotos
7 de outubro de 2018, 6h23 Imprimir Enviar 17
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ecentemente, assistimos ao aumento do fenômeno das fake news, que têm


uscitado grandes discussões em diversos meios sociais, principalmente no Haojue Motos ABRIR
ue se refere às suas consequências. As fake news são notícias falsas em que
ão utilizados artifícios que lhe conferem aparência de verdade. São geradas
elos meios de comunicação em massa, publicadas com o intuito de
nganar, obter ganhos financeiros ou políticos. Tais notícias consistem em
hamadas atraentes ou inteiramente fabricadas para aumentar o número de
eitores.

evolução da tecnologia da informação, com o surgimento e o crescente uso LEIA TAMBÉM


as chamadas redes sociais, em especial, operou uma transformação de OPINIÃO
roporções imensuráveis nas relações interpessoais e sociais, onde qualquer Afonso Barros: Fake news atuaram
nformação atinge um sem-número de usuários tendo em vista a liberdade como força sistêmica na história
ue é inerente a esse ambiente virtual, o que pode gerar abusos em seus
sos, dando ensejo a diversas situações que englobam desrespeito não só aos OPINIÃO
ireitos individuais como coletivos. Antônio Queiroz: o papel dos robôs e
das redes sociais nas eleições
esse contexto das mídias sociais, a propagação de notícias falsas ganha
ATENTADO À DEMOCRACIA
mplitude, gerando consequências tendo em vista não só a facilidade do seu
Juristas se manifestam contra fake
cesso por parte de qualquer usuário, como o seu compartilhamento e o
news e pedem audiência no TSE
urgimento de uma quantidade enorme de sites de notícias falsas
roduzidas de forma anônima crescente, impossibilitando o FAKE NEWS
econhecimento dos seus autores e sua responsabilização civil, pois muitas WhatsApp vai disponibilizar ao TSE
essas notícias propagam fatos caluniosos e difamatórios. ferramentas de checagem

relevância de notícias falsas fez com que houvesse um aumento de uma


ealidade política de "pós-verdade", onde foram criados sites que se dedicam Facebook Twitter
xclusivamente à averiguação da veracidade das informações publicadas no
mbiente virtual, denunciando e auxiliando a detecção de falsas notícias. O
Linkedin RSS Feed
ato é que a taxação de uma notícia como boato não é tão eficaz quanto o
róprio boato propagado, bem como a maioria dos usuários que
ompartilham tais notícias falsas não verificam a veracidade das
nformações, gerando um movimento que se retroalimenta e de difícil
ontrole.

https://www.conjur.com.br/2018-out-27/cristiano-sobral-responsabilidade-civil-provedores-fake-news 1/4
16/03/2019 ConJur - Cristiano Sobral: Responsabilidade civil dos provedores por fake news

ssim, a celeridade e imediaticidade propiciadas pela internet, além de sua


cessibilidade e liberdade, que fazem parte de sua essencialidade precípua,
eram novas questões acerca dos riscos que seu uso pode gerar e problemas
e toda a ordem no que tange à circulação de informações e seu conteúdo e
ue reverberam não somente na vida cotidiana como também na esfera
urídica dos chamados usuários. Este ambiente tem se mostrado um terreno
uitas vezes inóspito e sem lei, onde de forma individual ou coletiva são
eflagrados embates que transcendem o aspecto da liberdade de
anifestação e transgridem aquilo que entendemos como direitos da
ignidade da pessoa humana.

ntendendo que o direito à liberdade e à comunicação devem ser


espeitados, há de ser objeto de tutela também a dignidade da pessoa
umana, inerente a todos os indivíduos estabelecendo limites ao exercício
essa liberdade, que tem como pressuposto de seu exercício o respeito à
iberdade de outrem. Ocorre que, no ambiente virtual, medidas de caráter a
oibir determinados atos pode ser tido por censura ao exercício da liberdade
e expressão e acesso à informação, que constituem também direitos
undamentais e o controle estatal é tido como violação nesse ambiente, além
e ser dificultada pelo próprio sistema operacional.

o âmbito legal e jurídico, observa-se uma crescente demanda referente aos


roblemas oriundos deste livre acesso e geração dessas informações nas
uais os atores sociais ora se apresentam com emissores, ora receptores, ou
ice-versa, e cujo conteúdo não se tem controle tendo em vista que pode ser
lterado inúmeras vezes pelos usuários devido à velocidade de sua
ropagação, ensejando não apenas insegurança sobre sua a veracidade, bem
omo o seu uso indevido com cometimento de abusos que podem violar e
tingir os direitos da personalidade gerando responsabilidade para aquele
ue comete o ilícito.

umpre mencionar que os fundamentos da teoria dos direitos da


ersonalidade se originaram e foram esquematizados com a Declaração dos
ireitos dos Homens, com o advento dos direitos humanos, privilegiaram-se
s direitos da personalidade que podem ser classificados como a tutela aos
ireitos relativos à integridade física, à integridade intelectual e à
ntegridade moral, sendo passível de se exigir que cesse a ameaça ou a lesão
o direito da personalidade e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de
utras retirando o material do ar imediatamente, sob pena de responder
olidariamente com o autor direto do dano, em virtude da omissão
raticada.

o julgado ainda ficou enfatizado que, ao oferecer um serviço por meio do


ual se possibilita que os usuários externem livremente sua opinião, deve o
rovedor de conteúdo ter o cuidado de propiciar meios para que se possa
dentificar cada um desses usuários, coibindo o anonimato e atribuindo a
ada manifestação uma autoria certa e determinada. Sob a ótica da
iligência média que se espera do provedor, deve este adotar as
rovidências que, conforme as circunstâncias específicas de cada caso,
stiverem ao seu alcance para a individualização dos usuários do site, sob
ena de responsabilização subjetiva por culpa in omittendo.

inda que não exija os dados pessoais dos seus usuários, o provedor de
onteúdo, que registra o número de protocolo na internet (IP) dos
omputadores utilizados para o cadastramento de cada conta, mantém um
eio razoavelmente eficiente de rastreamento dos seus usuários, medida de
egurança que corresponde à diligência média esperada dessa modalidade
e provedor de serviço de internet.

https://www.conjur.com.br/2018-out-27/cristiano-sobral-responsabilidade-civil-provedores-fake-news 2/4
16/03/2019 ConJur - Cristiano Sobral: Responsabilidade civil dos provedores por fake news

esta maneira, a natureza da responsabilidade civil por violação à honra, no


aso, praticada por terceiro dependeria da atividade-fim executada pelo
rovedor de conteúdo e do controle de edição prévia. A partir de então, os
asos análogos passaram assim a ser tratados, diante da ausência de uma lei
ue versasse sobre a matéria. Todavia, isso se alterou a partir do ano de
014, através da Lei 12.965, que instituiu o chamado Marco Civil da Internet,
ue estabeleceu princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da
nternet no Brasil.

á vozes na doutrina que reclamam de que em alguns casos a edição da lei


epresenta um retrocesso, principalmente no que se refere ao artigo 19,
upracitado, posto que prevê que, para o conteúdo considerado ilícito ser
etirado da rede, há necessidade de emissão de uma ordem judicial para
anto, quando a jurisprudência pacificada tomava o prazo de 24 horas para
ue o conteúdo denunciado como ilícito por qualquer usuário fosse retirado
rovisoriamente até que se pudesse investigar e constatar a ilicitude do
onteúdo pelo provedor.

ratava-se de medida extrajudicial, que facilitaria a detecção do abuso,


vitando assim sua propagação e seu perdimento nas redes. Há aqueles que,
or sua vez, posicionam-se pela manutenção do conteúdo gerado, posto que
eria ato atentatório à liberdade de expressão e acesso à informação,
ratando-se de uma espécie de censura prévia, de acordo com o artigo 5º,
ncisos IX e XIV, da CF/88.

utro problema apontado diz respeito ao direito ao sigilo com a disposição


os dados pessoais dos usuários e do artigo 20, caput, dispondo que se dará
o agente, se identificado, que teve seu conteúdo postado indisponibilizado,
ara que se pronuncie, em nome da ampla defesa e do contraditório, sendo
onsiderado tal dispositivo inócuo, tendo em vista que aqueles que praticam
lícito publicando tais conteúdos não são fáceis de serem
astreados/identificados e se utilizam de diversos subterfúgios para apagar o
eu rastro ou evitar diminuir o monitoramento de suas atividades na rede.

ecentemente foi editada a Lei 13.709, de 14 de agosto de 2018, que dispõe


obre a proteção de dados pessoais e altera o Marco Civil da Internet, que
ntra em vigor após decorridos 18 meses de sua publicação oficial,
epresentando um passo adiante na questão de proteção dos direitos do
idadão na esfera digital. A norma estabelece parâmetros para o tratamento
e dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por
essoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os
ireitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre
esenvolvimento da personalidade da pessoa natural.

opo da página Imprimir Enviar 17

Cristiano Sobral é advogado e professor de Direito Civil e do Consumidor do Cers Cursos


Online.

evista Consultor Jurídico,


Jurídico 27 de outubro de 2018, 6h23

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COMENTÁRIOS DE LEITORES
comentário

EDUCAÇÃO QUE ENSINA E PROFISSIONALIZA

https://www.conjur.com.br/2018-out-27/cristiano-sobral-responsabilidade-civil-provedores-fake-news 3/4
16/03/2019 ConJur - Cristiano Sobral: Responsabilidade civil dos provedores por fake news

.C. Ferreira (Outros)
7 de outubro de 2018, 7h14

Qualquer medida que combata as notícias falsas (em inglês, fake news) que não seja pela
educação de verdade, aquela que ensina e profissionaliza, será autoritária ou abusiva.

omentários encerrados em 04/11/2018.


seção de comentários de cada texto é encerrada 7 dias após a data da sua
ublicação.

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