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Mesmo com esse aumento de vagas, o acesso ainda é bem restrito. No Brasil, de cada cem
pessoas com 18 a 24 anos de idade, apenas 9 estão matriculadas no ensino superior. No
Chile, esse índice é mais que o dobro, e, na Argentina, é quatro vezes maior, isso para citar
apenas nossos vizinhos latino-americanos. Além de baixo, o índice de atendimento
brasileiro é desigual entre as regiões do País. Enquanto no Sul 12,8% dos jovens
freqüentam a universidade, no Nordeste a taxa é de 5%.
Outro ponto que preocupa a sociedade brasileira em relação à educação superior é a sua
qualidade. O Exame Nacional de Cursos de 2003, apesar de suas restrições como uma
avaliação educacional, mostrou que dos 5.897 cursos participantes do teste, nenhum obteve
média acima de 80, numa escala de zero a 100, e apenas 1,5% entre 60 e 80 pontos.
Estou certo de que uma reforma universitária, elaborada a partir de uma discussão
envolvendo vários segmentos da sociedade, dará uma função mais nobre às instituições de
ensino superior. Essas mudanças trarão uma significativa contribuição para o País, como a
melhoria na formação de professores, a definição de políticas para a educação básica, a
extensão de programas à comunidade e a realização de pesquisas essenciais ao
desenvolvimento. Acredito que, com a reforma, as instituições de ensino passarão a assumir
mais o seu papel de protagonistas na constituição de um novo projeto de nação, mais
democrático e inclusivo.