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Soraya Stella Silva de Almeida

O Cubismo foi uma vanguarda artística europeia surgida no século XX na


França que abrangeu as artes plásticas e a literatura.
Marcado pelos usos de formas geométricas, ele rompeu com os modelos
estéticos que só valorizavam a perfeição das formas. Assim foram surgindo as
vanguardas com o objetivo de renovar os padrões existentes.
Esse movimento pode ser considerado o primeiro a se caracterizar pela
incorporação do imaginário urbano industrial em suas obras.
O marco para o surgimento do cubismo foi em 1907, com a tela "Les
Demoiselles d'Avignon" (As damas d'Avignon), do pintor espanhol Pablo Picasso.

Les Demoiselles d'Avignon (1907) de Pablo Picasso

Essa obra apresenta influências visíveis das esculturas africanas e das


pinturas do pós-impressionista francês Paul Cézanne.
Ao lado de Picasso, o pintor e escultor francês Georges Braque foi fundador
do movimento cubista.

Os maiores representantes da pintura cubista foram:


Pablo Picasso (1881-1973)
Georges Braque (1882-1963)
Juan Gris (1887-1927)
Fernand Léger (1881-1955)
Diego Rivera (1886-1957)
Tarsila do Amaral (1886-1973)

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Os principais escritores com influência do cubismo foram:


Guillaume Apollinaire (1880-1918)
Jean Cocteau (1889-1963)
Oswald de Andrade (1890-1954)
Érico Veríssimo (1905-1975)
Raul Bopp (1898-1984)

Os maiores representantes da escultura cubista foram:


Raymond Duchamp-Villon (1873-1918)
Constantin Brancusi (1876-1957)

O propósito da arte cubista era promover a decomposição, a fragmentação e


a geometrização das formas. Os artistas apostaram na simultaneidade de
visualizações permitidas a partir da análise de um objeto, isto é, o mesmo poderia
ser visto sob vários ângulos, embora sua totalidade pudesse ser inteiramente
preservada.
Na literatura, o cubismo tem seu maior objetivo com a ruptura da linguagem
conservadora em troca de uma linguagem sem normas, sem verso e rima (métrica);
as palavras ficam mais soltas e se misturam com as formas.

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Pablo Picasso: Les Demoiselles d'Avignon (1907)

"Les Demoiselles d'Avignon" é uma das obras que revolucionou a história da


arte, dando base para o cubismo e a pintura abstrata. Inspirada no bordel da rua
Avignon, em Barcelona, a pintura representa cinco mulheres nuas, que se
transformam em figuras geométricas, com contornos de linhas irregulares e
quebradas — um grande marco da estética cubista. Ela está disponível no Museu de
Arte Moderna, em Nova York.
Les demoiselles d'Avignon ou As Meninas de Avignon foi terminado em 1907
no atelier de Pablo Picasso, em Montmartre, Paris. Esta obra de um dos mais
geniais artistas do século XX tornou-se emblemática da sua criação e foi
considerada a precursora do movimento cubista nas artes plásticas.

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"Horrível", "chocante" ou "monstruosa" foram epítetos que lhe foram


atribuídos, para apenas muitos anos mais tarde vir a ganhar o seu lugar na história
da arte e ser considerada obra fundadora da arte moderna.
O título da obra seria dado anos após a sua execução e não se refere à
cidade de Avignon (nome naturalmente pronunciado em França) e sim a uma rua
(Carrer Avinyó) de um bairro mal afamado de Barcelona. Picasso tinha a intenção de
representar uma cena de bordel, acabando por fazer uma composição de cinco nus
e uma natureza morta.
Picasso terá abandonado gradualmente o "lirismo melancólico" do seu
Período Azul e adoptado um estilo mais agressivo e "vigoroso". O criador renunciou
também à imitação de um mundo objetivo que, aliás, ele próprio tinha exercitado.
Rompeu com as leis da perspectiva, negou a concepção clássica da beleza e
esqueceu as proporções e a integridade do corpo humano, apresentando distorções
angulosas de figuras e remetendo-nos, em duas das imagens representadas, para o
imaginário da arte primitiva, nomeadamente para a rusticidade das máscaras de
origem africana.
As figuras tornam-se superfícies geométricas fragmentadas e a "destruição"
espalha-se pelo resto do quadro. A esta nova matéria prima, construída segundo
princípios diferente dos da Natureza, e plena de novas arestas e ângulos, os
primeiros críticos chamaram cubismo. Destacam-se na obra os seguintes elementos:
A perspectiva: Picasso anula a ordem dos planos – não há diferença entre
perto e longe, dentro e fora, tudo está na superfície pictórica. Além disso, o artista
representa simultaneamente múltiplos pontos de vista acerca da imagem. A figura
abaixada, por exemplo, pode ser vista de costas e de frente. Em três das cinco
faces, o nariz é visto de perfil, mas os olhos são vistos de frente.
As cabeças ibéricas: as duas mulheres do centro da pintura, com os braços
erguidos, são inspiradas nas esculturas ibéricas do século IV a.C. encontradas
durante escavações na cidade de Osuna e expostas no Museu do Louvre em 1903.
Possuem orelhas de abano e olhos esbugalhados, assimétricos e sem pálpebras.
A cabeça egípcia: no extremo à esquerda da obra, uma mulher é enquadrada
de perfil, mas tendo o olho direito de frente. Este artifício, onde partes do corpo são
rearranjadas, era especialmente notório na arte egípcia.
As cabeças africanas: as duas mulheres da direita no quadro são inspiradas
em máscaras africanas, estudadas durante as exposições etnográficas do

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Trocadero, em Paris, ou adquiridas pelos artistas em lojas e contrabando. Era moda,


na época colecionar itens africanos, geralmente objetos cerimoniais.
Picasso teve de ultrapassar a rejeição dos seus amigos, colegas e do meio
em geral. "Os seus quadros são uma ofensa à natureza, às tradições, à decência.
São abomináveis", lia-se na revista nova-iorquina The Architectural Record. Geoges
Braque, co-fundador do movimento cubista diria perante As Meninas de Avignon que
"alguém tinha bebido petróleo para expelir fogo".
O quadro só seria adquirido em 1924, quando o escritor surrealista André
Breton convenceu o colecionador francês Jacques Doucet a investir na obra que,
segundo este, transcendia a pintura e era um retrato de tudo o que se passara nos
últimos 50 anos.

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Érico Veríssimo: As mãos de meu filho (1942)

O conto as "mãos de meu filho" é uma obra de Érico Veríssimo lançada


originalmente em 1942. A narrativa conta a trajetória de uma mulher humilde que
lutou para superar a pobreza através de seu único filho que por intermédio da
música alcançou a glória tão sonhada por sua mãe.
A história tem como principais personagens D. Margarida (mãe), Inocêncio
(pai) e Gilberto (filho), que durante muitos anos viveram conflitos familiares por
causa da irresponsabilidade do pai para com sua família. Inocêncio era um homem
que usava o álcool para tentar fugir da realidade em que vivia. Desempregado, sem
expectativas de um bom futuro para seu filho e sem força de vontade, era
sustentado pela mulher e considerado motivo de vergonha. O contrário de D.
Margarida, uma mulher batalhadora, forte e sonhadora que lutava incansavelmente
para manter a casa, o marido e o filho e que pensava em um futuro promissor para
Betinho. Acreditava que sua esperança de sair da pobreza estava nas mãos do
pequeno filho Gilberto. O filho cresce e finalmente torna-se um pianista famoso
muito prestigiado e consegue superar a pobreza através de seu trabalho.
O tema central do conto é o concerto do filho Gilberto. Toda a trama acontece
no concerto dentro do teatro onde Betinho faz sua deslumbrante
apresentação. Semelhante a um concerto, a narrativa se dá em três partes: A
primeira quando o pianista começa tocando Beethoven e o narrador apresenta os
personagens da plateia que são comparados com "habitantes dum submundo". A
música neste instante parece arrebatar o pianista e a plateia para outra dimensão,
um mundo fora da realidade atual, um universo paralelo em que cada personagem
parece mergulhar num profundo abismo de si mesmo chegando a ser um dos
momentos mais tensos do concerto. O segundo momento inicia-se quando Gilberto

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toca "Suggestion Diabolique". É ao som deste repertório que D. Margarida começa a


recordar o passado sofrido e como lutou para vencer as dificuldades que a vida lhe
impusera. O terceiro momento se dá com o repertório de Navarra e novamente D.
Margarida retoma o passado e relembra mais uma vez os dias difíceis. A partir daí,
D. Margarida será reconhecida como motivo de orgulho para seu filho e o pai será
visto como motivo de vergonha. Embalado pelo repertório de Chopin, o personagem
de Inocêncio mergulha num universo de culpa por não se sentir parte da conquista
do filho. Logo após, Inocêncio tenta tirar de si o sentimento de culpa pelo que não
fez para ajudar seu filho a alcançar a tão sonhada glória!
"As mãos de meu filho” é um conto que integra um volume do livro "outros
contos", publicado por Érico Veríssimo e está incluído em "Os Cem Melhores Contos
Brasileiros do Século", Editora Objetiva — Rio de Janeiro, 2000, pág. 173.

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Constantin Brancusi: La muse endormie (1909)

Autor: Constantin Brancusi


Obra: A musa adormecida
Ano: 1910
Localização: Museu Nacional de Arte Moderna de Paris, França
Dimensões: 0,27 x 0,30 x 0,17 cm
Técnica: Bronze
Movimento: Cubismo

"La muse endormie" (A musa adormecida), em 1909, uma escultura que pode
ser vista como charneira. Esta forma, somente cabeça pela suave enunciação de um
rosto, dispõe-se deitada de forma a que o peso da gravidade material lhe determina
a inclinação. Assim, em toda a sua simplificação, esta "musa que dorme", cujas
pálpebras parecem estar impossibilitadas de abrir, como que cerradas para a
eternidade, privada de ombros e pescoço, configura-se enquanto ovoide. Pela
primeira vez, o escultor tira um molde do mármore e transforma-o em bronze.

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Tarsila do Amaral: A NEGRA (1923)

A NEGRA, 1923, óleo sobre tela, 100x80 cm, (P049), Museu de Arte Contemporânea da
Universidade de São Paulo, SP, SP

Este quadro conferiu a Tarsila um lugar pioneiro na arte brasileira. Pela


primeira vez um negro foi mostrado com tal destaque e força. O grande mestre
francês Fernand Léger, professor de Tarsila na época, quando viu a obra, ficou
fascinado e quis que todos os seus alunos a vissem também.
Ela pintou a tela "A Negra" quando estudava em Paris. A artista buscou
mostrar em sua arte um ambiente tipicamente tropical do Brasil, fato este

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facilmente identificável através da gigantesca folha da bananeira em diagonal semi-


curvada que se entrelaça a figura da negra.
A figura sentada, de braços cruzados e pernas grossas e toscas, tem uma
aparência imóvel, como de uma imagem estática que a memória traz de volta do
passado. O olhar triste parece invocar a tristeza, a melancolia e o pessimismo;
fatores dos quais muitos negros vieram a morrer. Na época recebia o nome de
Banzo; hoje é a conhecida "depressão".
Em A Negra temos elementos cubistas no fundo da tela e ela também é
considerada antecessora da Antropofagia na pintura de Tarsila. Essa negra de seios
grandes fez parte da infância de Tarsila, pois seu pai era um grande fazendeiro, e as
negras, geralmente filhas de escravos, eram as amas-secas, espécies de babás que
cuidavam das crianças.
Partindo-se dessa relação texto e contexto, a tela ― A Negra, de Tarsila do
Amaral, está associada ao fato de que no período da escravidão, as negras
africanas eram exploradas de todas as formas, inclusive como "amas de leite" dos
filhos dos patrões.
Na interpretação da tela de Tarsila, através das pernas cruzadas da
negra é possível depreender que a mesma possa estar protegendo-se contra a
agressão física de seus senhores, contra o abuso sexual que sofria dentro da casa
grande, fechando o sexo. Era comum os senhores engravidarem as mucamas na
mesma época que engravidavam suas esposas, para que estas amamentassem
seus filhos, portanto a pintura em si denuncia a condição dos negros na sociedade
da época, o enorme seio sugere ser a mulher "ama-de-leite", que muitas vezes tinha
o próprio filho vendido para que pudesse amamentar o filho e/ou filha de seu dono;
as pernas cruzadas sugere a mulher se protegendo, fechada ao sexo, visto que as
"mucamas" muitas vezes tinham de "servir" aos seus "donos".

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Oswald de Andrade: Hípica (1974)

Hípica
Saltos records
cavalos da penha
correm jaquéis e higionopolis
Os magnatas
As meninas
E a orquestra toca chá
Na sala de cocktails
ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas. In: Obras completas. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1974. v. 7, p. 129.

A composição do poema é claramente cubista. Para retratar o ambiente de


uma corrida de cavalos na hípica, o eu lírico promove uma "sobreposição" de
imagens que deslocam o olhar do leitor da pista, onde estão cavalos e jóqueis, para
o público entretido pela orquestra. O resultado é uma imagem multifacetada,
composta de fragmentos de diferentes planos da realidade.
Também retrata o ambiente de uma corrida de cavalos na hípica. Também há
uma superposição de imagens, deslocando o olhar do leitor da pista para outros
planos da realidade.
Oswald retrata exatamente a literatura cubista, rompe com o classicismo e
apresenta recortes, informações "jogadas", sem número de sílabas poéticas e com
versos livres.

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Referências:
https://www.todamateria.com.br/cubismo/
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/cubismo.htm
https://www.colegioweb.com.br/artes/origem-e-detalhes-cubismo.html
https://www.revistabula.com/10437-as-10-obras-mais-importantes-de-pablo-
picasso/
http://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2014/10/analise-da-obra-les-
demoiselles.html
https://teuportugues.blogspot.com/2016/03/enredo-do-conto-as-maos-de-meu-
filho.html
http://artemodernaartistas.blogspot.com/2016/01/constantin-brancusi-1876-
1957.html
http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/33652/2/ULFBA_TES1110_corpodates
e.pdf
http://tarsiladoamaral.com.br/obra/inicio-do-cubismo-1923/
http://artefontedeconhecimento.blogspot.com/2010/07/negra-tarsila-do-
amaral.html
https://daliteratura.wordpress.com/2012/04/28/cubismo-a-multiplicacao-dos-
pontos-de-vista/
http://educacao.globo.com/literatura/assunto/movimentos-
literarios/vanguardas-europeias.html
http://mathicavalcante.wixsite.com/vanguardas/single-
post/2014/10/14/Cubismo

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