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22 • Público • Sexta-feira, 15 de Março de 2019

LOCAL
Vai haver uma casa
para as minorias de Lisboa
A criação da Casa da Diversidade em Lisboa pretende acolher todos aqueles que trabalham com a
interculturalidade e a comunidade LGBTI+. Pretende combater as exclusões, a discriminação e a violência
texto de violência e discriminação sexual e, portanto, pessoas que pre- multicultural de Lisboa, “tem uma
Integração de que estas minorias são alvo. cisam de fazer valer os seus direi-
A Casa da comunidade onde se cruzam múlti-
Patrícia Guimarães O programa insere-se no plano tos”, declara Manuel Grilo, vereador Diversidade Äcará plas etnias, diferentes culturas,
municipal para a igualdade e pre- do Bloco de Esquerda. “Neste sen- nacionalidades e pessoas” e foi por
A discriminação e violência é, ainda tende acolher associações que tra- tido, teremos seguramente serviços
em Arroios, a isso a eleita para acolher a iniciativa,
e por demasiadas vezes, uma cons- balham no âmbito da intercultura- que serão partilhados, do domínio freguesia mais esclarece Margarida Martins, presi-
tante na vida das minorias. Para as lidade — e assim proporcionar-lhes jurídico, do apoio psicológico, do dente da Junta de Freguesia de
acolher, acompanhar, apoiar, Lisboa um local onde possam fazer atendi- aconselhamento, e haverá espaços
multicultural de Arroios.
vai ter a sua Casa da Diversidade, mento — e também com a comuni- que serão análogos em ambos os Lisboa, “onde se Será sobretudo um espaço cola-
previsto no protocolo assinado dade LGBTI+. Haverá um conjunto centros, pois, na verdade, pretende- borativo e partilhado com a junta.
entre o município de Lisboa e a Jun- de serviços que prestam formação, se que sejam comuns e se interpe-
cruzam diferentes “Pretendemos que este seja um
ta de Freguesia de Arroios. atendimento psicológico, encami- netrem”, acrescentou. “Estamos a etnias, culturas, espaço para a freguesia, mas prin-
Faltam dar ainda alguns passos nhamento para rastreios, informa- falar de igualdade e dos direitos cipalmente para a comunidade
até que esta casa ganhe forma física ção na área da saúde, entre outras. humanos, e o problema de raiz é o
nacionalidades e LGBTI+ e de diferentes etnias, e para
e passe do papel para o Mercado do “O plano da igualdade cruza mui- mesmo: a discriminação, a violên- pessoas” os que trabalham no âmbito do
Forno do Tijolo, mas esta é a primei- tos vectores. Estamos a falar das cia, ser-lhes negado os seus direitos apoio a migrantes e associações
ra iniciativa com o objectivo de dar pessoas que mais sofrem discrimi- cívicos e humanos”. anti-racistas. Este será um espaço
respostas municipais à intercultu- nação e violência no dia-a-dia, seja A escolha do local para ediÆcar a que proporcionará condições para
ralidade e comunidade LGBTI+, e por serem migrantes, refugiados, Casa da Diversidade não foi aleató- eventos de cada uma das associa-
nasce como solução para um con- por terem uma ou outra orientação ria. A freguesia de Arroios, a mais ções e da própria comunidade, e
SÉRGIO AZENHA
onde se farão cruzamentos entre
estas temáticas”, avança o vereador
ao PÚBLICO.
Os dois centros partilharão o mes-
mo espaço físico, depois de feitas as
intervenções necessárias para adap-
tar aquela que é agora uma parte
não usada do Mercado do Forno do
Tijolo.
Além da Junta de Freguesia de
Arroios, que é a detentora do espaço,
as organizações envolvidas na gestão
do projecto não estão ainda deÆni-
das. Posteriormente contarão com
“várias associações, num modelo
ainda por construir”, aÆrmaram
“Está a ser feito todo um cami-
nho, estamos a trabalhar muito per-
to com as associações LGBTI+ e há
uma colaboração há muito. Espere-
mos que esta ligação ganhe um novo
e maior impulso com a criação des-
te projecto, e que implemente o
plano de igualdade na cidade de
Lisboa, para uma capital mais igual
e respeitadora dos direitos huma-
nos”, declara Manuel Grilo.
O protocolo, que já está estabele-
cido e foi assinado na quarta-feira
pelo presidente da Câmara de Lis-
boa, Fernando Medina, e a presi-
dente da Junta de Freguesia de
Arroios, Margarida Martins, consa-
gra a cooperação entre o município
e a junta de freguesia, que admitem
ainda não haver data para a Casa da
Diversidade abrir as suas portas ao
público. Texto editado por Ana
Foi escolhida a freguesia de Arroios por ser a mais multicultural da cidade Fernandes

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