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O Poder Legislativo
O Poder Legislativo
Absolutismo
Esse processo foi complexo e longo. Iremos apenas contextualizá-lo para que você
tenha uma noção básica sobre o seu surgimento.
O Poder, na Inglaterra, era exercido pelo rei, senhor soberano que encarnava em si
todo o Poder daquela sociedade. Vivia-se o período conhecido como Absolutismo.
Mas o que significava uma sociedade pautada pelo Absolutismo?
“...aquela forma de Governo em que o detentor do poder exerce este último sem dependência
ou controle de outros poderes, superiores ou inferiores...”;
Ou então:
“Sistema político em que a autoridade soberana não tem limites constitucionais. ”
Ou:
“Sistema político que se concretiza juridicamente através de uma forma de Estado em que
toda a autoridade (poder legislativo e executivo) existe, sem limites nem controles, nas mãos
de uma única pessoa. ”
Assembleia
Nesse contexto, o monarca, a seu bel-prazer, instituía impostos seja para captar
recursos para fazer frente às diversas guerras da época, seja para manter a estrutura da
corte.
Entretanto, esses tributos oneravam os diversos segmentos sociais. Assim, a
aristocracia e os comerciantes reuniam-se em assembleias para debater essas
– e outras – dificuldades que afligiam toda a comunidade.
Após um longo processo de disputa de Poder, essa assembleia evoluiu para o modelo
de Poder Legislativo, existente nos dias atuais.
O Juiz
Organização do Estado
Atribuições
De fato, a cada Poder é atribuída uma função primordial. Isto é, ao Executivo cabe,
principalmente, administrar os bens e recursos de toda sociedade; ao Legislativo compete,
fundamentalmente, elaborar as normas legais; e, por fim, ao Judiciário cabe a função de
dirimir os conflitos existentes na sociedade. Esses papéis são realizados de forma
harmoniosa e cooperativa entre tais instituições
Podemos afirmar que legislar é típica função do Poder Legislativo, embora ele também exerça,
de forma atípica, a função jurisdicional quando julga seus processos administrativos, bem
como a função administrativa em relação aos seus bens, recursos e patrimônios.
Temos então:
Curiosidades
No entanto, no decorrer dos tempos, o Parlamento mudou muito. Não só no que diz
respeito ao seu papel institucional, mas a sua própria composição se alterou: se, de início,
era um espaço político exclusivamente masculino, com o passar dos anos permitiu-se o
acesso das mulheres às cadeiras legislativas, bem como a outras minorias sociais que cada
vez mais estão presentes nos parlamentos dos países democráticos.
Voto Feminino
E, no Senado Federal, a primeira mulher a ocupar uma cadeira foi Eunice Michiles,
que assumiu o posto, em 1979, com a morte do titular do cargo, o Senador João Bosco de
Lima.
Função Legiferante
Quando pensamos no papel do Poder Legislativo, a primeira coisa que nos vem à
mente é a elaboração das leis, isto é, das normas jurídicas que irão nos dizer o que podemos
ou não fazer, quais são os nossos direitos e os direitos dos outros. Em resumo, as regras
de cumprimento obrigatório que norteiam uma determinada sociedade. Como já visto antes, o
papel de legislar é, indubitavelmente, a função primordial dos Parlamentos modernos.
Função Educativa
Continua o autor:
“Os Deputados para a Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Reino do Brasil não
podem por ora ser menos de 100. ”
Voto Censitário
Conflitos
Constituição de 1824
Poder Legislativo
Em relação ao Poder Legislativo, temos que ele sempre foi, no Brasil, em nível nacional,
bicameral, isto é, constituído por duas Casas de Leis.
Prova disso é a previsão, estabelecida já na Constituição de 1824, de que o Poder
Legislativo seria delegado à Assembleia Geral, constituída pela Câmara de Deputados e Câmara
de Senadores (Senado), com a sanção do Imperador.
Temos então:
Poder Legislativo
Assembleia Geral
Câmara de Deputados
Câmara de Senadores (ou Senado)
Eleições
Todos aqueles que podiam votar nas Assembleias Paroquiais, estavam aptos a eleger os
deputados e senadores do Império, exceto:
· os que não tivessem de renda líquida anual 200 mil réis por bens de raiz, indústria,
comércio ou emprego;
· os libertos;
• os criminosos pronunciados em querela ou devassa.
Quem poderia ser eleito Deputado ou Senador
Domicílio Eleitoral
A questão da Escravidão
Se hoje em dia, o voto é universal, exercido por cerca de 140 milhões de cidadãos,
não podemos esquecer que durante o Império (até 1888, com a Abolição da Escravatura)
uma imensa parcela da população brasileira estava alijada do processo eleitoral: os escravos.
E, sem dúvida, o Parlamento Imperial foi palco de inúmeros debates entre os
abolicionistas e os defensores do sistema escravocrata.
Curiosidade
Do Senado no Império
Hoje
Curiosidade
· Conhecer dos delitos individuais cometidos pelos membros da Família Imperial, Ministros
de Estado, Conselheiros de Estado e Senadores, e dos delitos dos Deputados durante o
período da Legislatura.
Atenção
Para refletir
Unidade 2 – O Legislativo na República
Coronelismo
Congresso Nacional
Agrega-se, ainda, a questão de que o nosso colégio eleitoral era extremamente reduzido
(não votavam as mulheres e os analfabetos, por exemplo).
A Constituição de 1891 estabelecia que o Poder Legislativo fosse exercido pelo
Congresso Nacional, este composto de dois ramos: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
Foi com a República que se consagrou a expressão Congresso Nacional para denominar
a reunião conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
A mudança de regime político não alterou o formato bicameral de nosso Parlamento. De
fato, o princípio do bicameralismo é marca registrada de nossa história política seja na fase
Imperial, seja na Republicana.
O Congresso Nacional se reunia, independentemente de convocação, em 3 de maio de
cada ano, funcionando por 4 meses, podendo esse prazo prorrogado, adiado ou haver
convocação extraordinária, se necessário.
Uma peculiaridade interessante nessa questão é de que a faculdade de prorrogar as
sessões legislativas era algo facultado apenas ao próprio Parlamento, diferentemente da
fase Imperial, em que essa prerrogativa era exclusividade do Poder Executivo.
Curiosidade
· Estar na posse dos direitos de cidadão brasileiro e ser alistado como eleitor.
· Para a Câmara, ser cidadão brasileiro há mais de 4 anos e para o Senado
Federal há mais de 6 anos.
· Para o Senado Federal era necessário ter mais de 35 anos de idade.
Do Senado Federal
Para refletir
O Legislativo à luz da Constituição de 1934
Representação Classista
Condições de elegibilidade
Eram elegíveis para a Câmara dos Deputados os brasileiros natos, alistados eleitores
e maiores de 25 anos, sendo que os representantes das profissões deveriam, ainda, pertencer
a uma associação compreendida na classe e grupo que os elegessem.
Curiosidade
Você sabia que ...
Para refletir
O Poder Legislativo à luz da Constituição de 1937
Parlamento Nacional
Por sua vez, o Parlamento Nacional seria composto por duas câmaras: a Câmara
dos Deputados e o Conselho Federal.
Anualmente, o Parlamento Nacional se reuniria na Capital Federal na data de 3 de maio
e funcionaria por 4 meses. Qualquer prorrogação, adiamento ou convocação extraordinária
somente se daria por iniciativa do Presidente da República. Cada Legislatura duraria 4 anos.
De fato, infelizmente, esse período de nossa história parlamentar, na prática, transferiu
todo o Poder Legislativo ao então Presidente da República, Getúlio Vargas, que o exercia por
meio de Decretos-Lei.
Mas os mais jovens poderiam pensar que essa “história” de Decreto-Lei é algo do
passado, da década de 1930, algo que não nos afeta mais, não é?
Não é assim, e a sobrevivência de legislações antigas confirma isso.
Vivemos em um “mundo jurídico” em que algumas imposições legais (isto é, leis que não
foram devidamente elaboradas, debatidas e votadas pelo órgão mais democrático de uma
sociedade moderna: o Legislativo) são frutos de uma vontade não democrática. Exemplo:
As vagas que surgissem seriam preenchidas por eleição suplementar (no caso da
Câmara dos Deputados) e por eleição ou nomeação, conforme o caso (em se tratando do
Conselho Federal).
A Constituição de 1937 previa em seu art. 64 que a iniciativa dos projetos de lei cabia, em
princípio, ao Governo. Além disso, em todo caso, não seriam admitidos como objeto de
deliberação projetos ou emendas de iniciativa de qualquer das Câmaras que versassem
sobre matéria tributária ou que resultassem aumento de despesa.
Curiosidade
Decoro Parlamentar
Em relação ao Poder Legislativo, frisa-se que até então as constituições brasileiras não
previam a punição dos parlamentares indisciplinados ou de procedimento incompatível com
as suas funções. A Constituição de 1946 previa que perderia o mandato, por 2/3 dos votos, o
Deputado ou Senador cujo procedimento fosse reputado incompatível com o decoro parlamentar.
Aliomar Baleeiro e Barbosa Lima Sobrinho apontam, na obra Constituições Brasileiras
– 1946, que já na primeira Legislatura desse período de redemocratização esse comando
constitucional foi aplicado:
“Essa pena extrema foi aplicada, logo na primeira legislatura, ao Deputado E. Barreto
Pinto, que permitia a jornais e revistas fotografá-lo de casaca e cuecas com uma garrafa de
champanhe sob o chuveiro, além de criar repetidos incidentes no curso dos debates. ”
Para você se aprofundar nas relações entre participação e representação políticas,
especificamente considerando os aspectos éticos, sugerimos a leitura do texto 'Para um modelo
das relações entre eticidade universalista e sociedade política democrática no Brasil', do
Professor Eurico Gonzales Cursino dos Santos, disponível na Biblioteca deste curso, em
'Textos complementares'.
Ser brasileiro.
Estar no exercício dos direitos políticos.
Ser maior de 21 anos (para a Câmara dos Deputados).
Ser maior de 35 anos (para o Senado Federal).
Inicia-se uma nova fase para o Parlamento, com o Congresso Nacional reunindo-se por
um período maior de tempo no decorrer do ano: de 15 de março até 15 de dezembro de cada
ano.
Nessa fase surgem os primeiros partidos políticos nacionais, com programas ideológicos
definidos que expressavam as diversas correntes de opinião existentes naquela época. Embora
no período 1945/1964 tenha existido mais de uma dúzia de partidos políticos, 3 deles
dominaram o cenário político: o Partido Social Democrático (PSD), a União Democrática
Nacional (UDN) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Sobre esse período, o cientista político Gláucio Ary Dillon Soares, em sua paradigmática
obra Sociedade e Política no Brasil, expõe que:
“A evolução do sistema político baseado na extensão da cidadania pode ser aquilatada
a partir do crescimento da própria participação eleitoral. Esta evolução apresentou um grande
salto quantitativo do período 1910 (quando tivemos a primeira eleição presidencial competitiva)
para as eleições de 33-34 quando, pela primeira vez, a relação votantes/população supera os 5%
e outro grande salto em 1945, quando votam mais de 6 milhões de eleitores, um aumento
de 400% sobre 1933-1934. ”
Curiosidade
Poder Legislativo
A CF/1946 determinava, em seu art. 37, que o Poder Legislativo fosse exercido pelo
Congresso Nacional, composto da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
O número de Deputados seria fixado por lei, em proporção que não excedesse um para
cada 150 mil habitantes até 20 Deputados, e, além desse limite, um para cada 250 mil
habitantes.
O número mínimo de Deputados por Estado e pelo Distrito Federal era de 7
parlamentares.
Senado Federal
Para refletir
CF/67 determinava que o Poder Legislativo fosse exercido pelo Congresso Nacional,
composto da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
As reuniões do Congresso Nacional eram marcadas para ocorrerem, anualmente, na
Capital da União, de 1º de março a 30 de junho e de 1º agosto a 30 de novembro. No caso das
reuniões extraordinárias, a convocação poderia ser feita por um terço dos membros de qualquer
de suas Câmaras ou pelo Presidente da República.
Condições de elegibilidade:
Reunião Conjunta
A Câmara dos Deputados era composta por representantes do povo, eleitos por voto
direto e secreto, em cada Estado e Território.
Cabia privativamente à Câmara dos Deputados declarar, por 2/3 dos seus membros,
a procedência de acusação contra o Presidente da República e os Ministros de Estado.
Do Senado Federal
O Senado Federal era composto de representantes dos Estados, eleitos pelo voto direto
e secreto, segundo o princípio majoritário. Cada Estado elegia 3 Senadores, com mandato de
8 anos, renovando-se a representação de 4 em 4 anos, alternadamente, por um e por dois terços.
Competia privativamente ao Senado Federal julgar o Presidente da República e os
Ministros de Estado, havendo conexão, nos crimes de responsabilidade.
Curiosidade
Esse período da história nacional foi marcado pela existência de duas agremiações
políticas que atuavam no Parlamento: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), de base
governista, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que agrupava as correntes de oposição
- diga-se de passagem, uma “oposição consentida”.
O Poder Legislativo
O Legislativo, objeto deste nosso curso, encontra-se presente nos três níveis de Poder
existentes no Brasil: federal (Câmara dos Deputados e Senado Federal), estadual (nos Estados,
as Assembleias Legislativas, e, no Distrito Federal, a Câmara Legislativa do Distrito Federal)
e municipal (as Câmaras de Vereadores).
Como já salientado anteriormente, este nosso estudo restringe-se ao Poder Legislativo
no âmbito federal, que é exercido pelo Congresso Nacional, composto pela Câmara dos
Deputados e Senado Federal (art. 44 da CF/88).
Temos então:
Complicado? Não
é!
Convocação
Todos já devem ter visto na televisão ou lido nos jornais que “o Congresso Nacional
foi convocado extraordinariamente” para aprovar essa ou aquela matéria, não é?
Mas quem convoca? E em quais casos? Quais os assuntos que são objetos de
deliberação?
O Presidente do Senado Federal convoca extraordinariamente o Congresso Nacional
nos seguintes casos: decretação de estado de defesa ou de intervenção federal; pedido de
autorização para a decretação de estado de sítio; compromisso e posse do Presidente e Vice-
Presidente da República.
O Presidente da República, os Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal e a maioria dos membros de ambas as Casas, por meio de requerimento, convocam
extraordinariamente o Congresso Nacional nos seguintes casos: de urgência ou interesse
público relevante (em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de
cada uma das Casas do Congresso Nacional).
Nessas convocações extraordinárias, o Congresso Nacional somente delibera sobre a
matéria para a qual foi convocado, e havendo medidas provisórias em vigor na data da
convocação extraordinária, serão elas automaticamente incluídas em sua pauta.
Curiosidade
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 48, estabeleceu que compete ao Congresso
Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre todas as matérias de
competência da União.
Outras matérias, conforme previsto no art. 49 da Constituição, são de competência
exclusiva do Congresso Nacional, isto é, após aprovadas não irão se submeter ao veto ou sanção
presidencial – por exemplo: autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar
a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente (ressalvados os casos previstos em lei complementar); sustar os atos
normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa; mudar temporariamente sua sede; escolher dois terços dos membros do
Tribunal de Contas da União; autorizar referendo e convocar plebiscito, e outras matérias
assemelhadas.
Função Fiscalizadora
Embora a elaboração de leis seja uma função fundamental de qualquer parlamento, ela
não é a única atribuição dos modernos legislativos. Outra tão importante quanto a de elaborar
as leis é a função fiscalizadora exercida pelo Legislativo.
As Casas legislativas do Congresso Nacional – Câmara dos Deputados e Senado
Federal – contam com instrumentos, previstos tanto na Constituição Federal como nos
respectivos regimentos internos, que permitem aos parlamentares ou às comissões exercerem
a fiscalização dos atos do Poder Executivo.
Entre esses instrumentos, destacam-se:
Temos então:
Alguns assuntos de grande importância para o Brasil são discutidos e votados apenas
no âmbito do Senado Federal, ou seja, não são nem objeto de votação na Câmara dos
Deputados, nem sofrem a sanção ou o veto presidencial.
Mas quais são essas matérias de competência privativa do Senado Federal? São
várias. Como exemplo, cabe privativamente ao Senado Federal processar e julgar o
Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade.
Curiosidade
Além disso, cabe ao Poder Executivo vetar no todo ou em parte os projetos aprovados
pelo Poder Legislativo.
Convívio
Crise
A realidade
Código Florestal
Outro exemplo clássico da participação da sociedade civil temos com a discussão atual
do novo Código Florestal, em tramitação no Congresso desde 1999, que, embora seja uma
iniciativa tecnicamente parlamentar, envolve profundamente diversos segmentos da sociedade
civil organizada, que defendem ou não a sua aprovação.
O importante, com esses poucos exemplos, é constatarmos que todo e qualquer
assunto debatido no âmbito do Legislativo nacional não passa despercebido. Esses temas
agregaram ao seu redor uma parcela significativa de nosso povo.
Democracia
No Senado Federal:
Vídeo
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Instituto Legislativo Brasileiro / Interlegis
Conteudista
Carlos Escosteguy
saberes.senado.leg.br