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Psicologia do Emagrecimento

Programa RAFCAL
Reeducação Afeto-Cognitiva do Comportamento Alimentar

CURSO DE CAPACITAÇÃO – PROGRAMA RAFCAL

O presente material foi elaborado para fins didáticos, não se prestando à reprodução. Esses
pacientes merecem nossa admiração e respeito por contribuírem com suas histórias para o
nosso crescimento como clínicos.

Caso Clínico
Paula inicia a terapia após o encaminhamento da psiquiatra. Sua queixa: “preciso parar de tomar
fórmula” (sic). A medicação prescrita pela médica foi fluoxetina 20 mg.
Paula conta que aos 17 anos começou a tomar fórmula para emagrecer
(dietilpropiona/femproporex). Relata que aos 15 anos chegou a 92 quilos, com 16 com o uso de
fórmulas chegou a 86 quilos. Com 18 anos fez lipoaspiração.
Paula relata que sempre fez muito exercício, freqüenta academias desde os 12 anos.
Diz que “não teve muita infância”, cedo começou a andar com pessoas mais velhas pois era alta
para sua idade. Diz que sua mãe sempre comentou que era glutona, mamava muito quando bebê.
Morou com a família na Inglaterra dos 06 aos 09 anos de idade.
Relata uma impressão que ficou marcada para ela: quando tinha 10 anos os meninos na sala
fizeram uma espécie de aposta para ver quem ficava com a gordinha feia.
Paula conta que atualmente não acredita que os rapazes se interessem por ela, acha que estão
querendo “zuar com a cara dela”. “ Sei que atraio olhares, mas eu tenho a impressão que estão
tirando comigo. Não me sinto capaz de atrair”.
Enrola, enrola, enrola os caras e acaba não saindo com nenhum.
Relata que seu pai é uma pessoa possessiva, ciumenta e controladora. E muito seguro com o
dinheiro. Cortou relações com a família da esposa.
O pai com 55 anos é professor de educação física, é professor de cursos de pós-graduação. A mãe
é assistente social, tem 49 anos e é gerente de um órgão na prefeitura. Acrescenta que a mãe é
uma pessoa que não sabe dizer não. Recentemente fez cirurgia plástica em várias partes do
corpo.
Diz que o relacionamento dos pais é muito difícil não entende porque ainda não se separaram. O
pai tem desconfiança da mãe. O pai é o principal provedor material da família. Diz que ele
ameaça muito quanto aos limites, mas não especifica quais são. Não pode isso, não pode aquilo,
mas nunca demonstra o quanto de cada coisa pode ou não.
Paula tem um irmão de 22 anos.
Ela tem 20 anos, é estudante de medicina. Tem 1.76 altura. Paula relata ser muito exigente
consigo mesma. Segundo ela o pai sempre cobrou muito dela. “Tudo eu tenho que mostrar
resultado”.
Paula namora escondido um rapaz lutador, negro, separado com 03 filhos. Os pais nunca
aceitaram a relação. Houve um tempo em que Paula assumiu para os pais o namoro, mas o pai
ameaçou não pagar mais os estudos. A família do rapaz também não aceita Paula e mantêm uma
relação cortêz com a ex esposa do então namorado de Paula.
A relação já dura algum tempo, Paula diz que ele a aceita e a compreende como ela é. Ela se
sente muito bem com ele. Terminam e voltam. Quando ela está carente ele é seu porto seguro.

Maria Marta Ferreira CRP08/07401-2


www.psicobela.com.br
Des. Otávio do Amaral, 457 (fundos) – Bigorrilho/ Fones: 41 3015-8818 / 9186-1464/e-mail:
mariamarta@psicobela.com.br
Psicologia do Emagrecimento

Programa RAFCAL
Reeducação Afeto-Cognitiva do Comportamento Alimentar
Paula relata que quando era pequena comia escondido. Diz aguardar com muita ansiedade o fim
de semana. Reuniões familiares da família materna envolve muita comida, ela gosta muito desses
momentos e sabe que exagera na comida. Mas as avós e tias ficam muito chateadas se ela não
experimenta as guloseimas preparadas com tanto carinho.
Paula diz que não sabe esperar, se as coisas não saem como ela gosta sofre muito. Seu padrão
alimentar apresenta beliscos recorrentes Paula está sempre comendo alguma coisa. Também
relata sofrer muito com as compulsões que não consegue segurar.
Pensamentos de comer estão sempre presentes, se está ociosa imediatamente se pega pensado em
comida. Muitas vezes pensamentos de praticar vômito estão presentes. “Deve ser legal, afinal
pode-se comer à vontade e depois vomita, desta forma não engorda e não precisa se privar de
nada. São tentações, mas sei que não é legal”.
Paula aderiu plenamente a orientação para o registro alimentar. Anotando, percebendo os
alimentos e as quantidades. Relata que foi muito difícil comer menos e a cada três horas.
“Eu tenho que ter paciência, é mais claro para mim ter paciência.
Tenho respirado nos momentos de muita ansiedade, conversado comigo, ouvido música. Tenho
clara noção agora de como é difícil ter força de vontade”.
“Estou bem comigo mesma. Estou mais segura para emagrecer”. Minha meta é 68 quilos, mas
não quero estabelecer metas de tempo, quero ir atingindo aos poucos”.
“Estou num processo e identifico onde estão os problemas. O meu fraco é beliscar”.
“ O auto-conhecimento é gostoso, porque há mais respeito consigo mesma!”
“Estou me sentindo mais bonita. Me sinto melhor e não tão mais impotente. Eu começo a
visualisar eu emagrecendo. Antes eu não acreditava que isso seria possível”.
Recentemente houve uma viagem para Gramado, houve excesso alimentar, mas não compulsão.
Paula relata que paquerou com um “gatinho” muito lindo. No retorno para Curitiba aceitou
alguns convites de rapazes para sair. Na ocasião disse estar se sentindo bem, sem o sentimento de
que estavam “zoando” dela.
Os pais de Paula estão em processo de separação. A casa da família já está a venda e ela com a
mãe e o irmão estão indo para um apartamento.
Paula passou um período morando com a avó paterna próximo a faculdade, mas isso a deixava
triste pois sentia falta de casa e a avó estava sempre insistindo para que ela comesse. Voltou para
casa apesar da distância da faculdade. Isso reduziu sua ansiedade.
Paula voltou para a antiga academia, relata gostar do aconchego daquele ambiente familiar.
Passou também uma temporada correndo no parque. Quando Paula não fazia atividade física
sentia-se culpada. Após os excessos alimentares sempre se exercitava muito para “ compensar” o
estrago.
Os fins de semana ainda são desafios para Paula. Os excessos têm sido administrados no início
da semana. No entanto uma preocupação foi superada, assim como Paula alimentava-se
excessivamente trouxe para a terapia a preocupação com o excesso de bebida. Sentia-se
desconfortável por exceder e ficar mal.

Histórico de peso: IMC: 25,2

02.05.06: 78 quilos
19.06.06: 76
24.07.06: 79
14.08.06: 77.4
28.08.06: 79.2 ( menstruada)
Maria Marta Ferreira CRP08/07401-2
www.psicobela.com.br
Des. Otávio do Amaral, 457 (fundos) – Bigorrilho/ Fones: 41 3015-8818 / 9186-1464/e-mail:
mariamarta@psicobela.com.br
Psicologia do Emagrecimento

Programa RAFCAL
Reeducação Afeto-Cognitiva do Comportamento Alimentar
18.09.06: 79.2
30.10.06: 79.2 (menstruada)

Ida ao endocrinologista: dieta dos pontos (1.500 Kcal)


Tratamento em clínica de estética: acompanhamento com nutricionista e “pacote” de tratamento:
endermologia, lipomassagem, corrente russa, ultra-som”.
Os modelos de beleza de Paula são: Danielle W. e Sabrina Sato.
Paula suspendeu a psicoterapia quando já estava em acompanhamento quinzenal. Devido a
separação informou estar difícil administrar a questão financeira com o pai.

Tarefa:

Discuta o caso com o grupo sob a perspectiva da Metodologia RAFCAL. Descreva sobre a
compreensão diagnóstica do caso, as possíveis intervenções terapêuticas e a expectativa
diagnóstica que o caso sugere.

Maria Marta Ferreira CRP08/07401-2


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Des. Otávio do Amaral, 457 (fundos) – Bigorrilho/ Fones: 41 3015-8818 / 9186-1464/e-mail:
mariamarta@psicobela.com.br

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