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Psicologia do Emagrecimento

Programa RAFCAL
Reeducação Afeto-Cognitiva do Comportamento Alimentar

CURSO DE CAPACITAÇÃO – PROGRAMA RAFCAL

O presente material foi elaborado para fins didáticos, não se prestando à reprodução. Esses
pacientes merecem nossa admiração e respeito por contribuírem com suas histórias para o
nosso crescimento como clínicos.

Caso Clínico

Juliana procurou a terapia para vencer o efeito sanfona. Sentimentos de solidão com choro
freqüente foram relatados. Descreve-se como muito emocional e que sofre com isso. Se acha
exigente demais. Lamenta não conseguir dizer o que sente. Sua definição de si mesma é de que é
uma pessoa complicada.
Lembra que seu pai era um homem exigente e materialista, pensava em mulheres e em ganhar
dinheiro, essa era sua filosofia. A mãe, muito deprimida e maltratada pelo pai.
Em busca de dinheiro se fazia um pai muito ausente. Juliana acha que sempre procurou nos
namorados uma forma de suprir a ausência do pai. Como se alguém pudesse modificar esse
sentimento nela.
Juliana se diz desorganizada. A investigação de seu diário alimentar está repleto de muitos doces
e guloseimas. Juliana pensava que os outros a achava comilona.
Aos 11 anos despertou seu interesse por emagrecer, pois o pai cobrava que a sua irmã estava
gorda. Foi a primeira vez que Juliana se aproximou do sofrimento da irmã hiperobesa.
Juliana fala de sua tristeza e de que não estava conseguindo melhorar a qualidade de sua
alimentação pelo contrário estava piorando. Não entendia porque se sentia tão triste. Também
sentia raiva em ter que se privar das coisas gostosas para emagrecer. Mas quando pensa que não
gosta de si mesma por causa da gordura, procura recobrar forças para conquistar seu
emagrecimento.
Uma das coisas que machuca Juliana é a submissão da mãe, e sua aceitação em ser maltratada
pelo pai. Mesmo assim essa mãe parecia manter um “alto astral” sempre solidária tentando
agradar a todos (Juliana também gosta de ajudar os outros).
Juliana quer agradar a todos, mas fica chateada por não conseguir dizer o que pensa “tenho
dificuldade em impor meu ponto de vista. Tenho dificuldade em conviver com as pessoas por
isso. Sou muito teimosa”.
Dificuldade em se relacionar com o sexo oposto é outro problema vivido por Juliana. “ Não sei
como me comportar na frente de uma cara. Não consigo mais me interessar por alguém”.
“Meu pai pensa que comigo está tudo as mil maravilhas. Formada com um emprego legal. Acha
que está tudo em ordem. Acha que sou inteligente e me respeita por isso”.
“Minha mãe acha que sou muito carente . Mas se orgulha de mim porque sou independente e
corajosa. Moro em outra cidade, estudei, me formei e trabalho. Não dependo de ninguém”.
“Na verdade sou muito ansiosa, tenho crises de ansiedade fortes. Sou muito pessimista.
Insegura de mim. “Tenho medo de gostar de quem não gosta de mim”. O último namorado de
Juliana a havia deixado, dizendo que ela não era uma mulher carinhosa.
“Não tenho esperanças de encontrar alguém”. Não tenho grandes ambições no trabalho. Na
verdade meu principal objetivo é constituir minha família”.
Maria Marta Ferreira CRP08/07401-2
www.psicobela.com.br
Des. Otávio do Amaral, 457 (fundos) – Bigorrilho/ Fones: 41 3015-8818 / 9186-1464/e-mail:
mariamarta@psicobela.com.br
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Quanto ao comportamento alimentar Juliana relata ter engordado no período pré-vestibular. Com
o sobrepeso evidente procurou um endócrino e tomou inibidor de apetite. Emagreceu, voltou a
engordar. Procurou um nutrólogo, só com a dieta não emagreceu. Voltou ao endócrino e tomou
reductil. Emagreceu, engordou, tomou reductil novamente.
Relata gostar de atividade física. Faz com que se sinta melhor. Iniciou academia.
Relata tristeza e irritabilidade nos períodos que antecede a menstruação.
Juliana é economista, tem 23 anos e é solteira. Trabalha numa multinacional. Chegou a
primeira consulta com 64 quilos. Sua altura é de 1.56. Seu objetivo atingir o peso ideal de 52/50
quilos.

Histórico do peso:

Data Peso
24.04.02 64 kg
17.07.02 67 kg
13.08.02 64.4 kg
23.10.02 66.0 kg
27.11.02 64 kg
18.12.02 61.4 kg
05.02.03 58 kg
27.02.04 55.8 kg
06.02.06 56.4 kg

Nesse período Juliana continuou em terapia, tomou medicamento (fluoxetina) para o tratamento
dos estados depressivos.
“Tenho identificado minhas fragilidades. Acho que o que mais me deixava deprimida era o fato
de fugir de mim. Acho que estou mais prática, menos fantasiosa. Sei identificar melhor o que
sinto. Sei que tenho pontos de fraqueza para mudar: sou impaciente com as coisas, tenho medo
de ficar neurótica, porque sou exagerada nas coisas. E tem coisas em relação ao meu corpo que
preciso melhorar, minha vaidade por exemplo”.
“Mas eu estou sentindo menos solidão. Estou gostando mais de mim”. Seu comportamento
alimentar manteve-se estável.
Juliana casou. E retornou com maior freqüência para a terapia devido ao surgimento de algumas
dificuldades que ativaram pontos ainda frágeis.
Casou-se com um homem vaidoso, com características de submissão presentes. Isso tem
despertado sentimentos quanto à sua sexualidade. Sua vaidade, sua auto-imagem de mulher.
Alguns medos.
Em seu retorno relatou um leve ganho de peso pelo estresse dos preparativos pré-casamento,
mais segundo ela algo administrável. (06.02.06 = 56.4 kg) e com muito menos sofrimento. A
terapia em nova fase está em curso.
Na seqüência Juliana foi encaminhada para terapia de casal. Realizada por um período foi bem
sucedida e o relacionamento conjugal alcançou nova fase de maior maturidade e felicidade.
Em novembro de 2007 Juliana retorna a terapia. Um crise com o pai (agressividade contra o
marido dela) desencadeou discussões e agressões verbais. Ela escreveu uma carta para o pai com
objetivo de abrir seu coração para ele, mas a carta foi recebida com muita raiva pelo pai que a
respondeu com muitas agressões verbais que a feriram muito. A partir desse evento sente-se
muito mal, sente muita raiva do pai e da mãe. A mãe por sua passividade, por ainda defender seu
pai. Sente-se “sozinha”, como órfã de pai e mãe (“e se eu precisar deles, perder o emprego, me
Maria Marta Ferreira CRP08/07401-2
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separar por certo não posso contar com eles. As pessoas voltam para a casa de seus pais se algo
de mau lhes acontece, e eu?”). Acabou se afastando dos amigos e de Deus (Juliana é evangélica).
Sente raiva das pessoas, especialmente no trânsito e no trabalho, qualquer motivo é razão para
uma explosão. Esses eventos “não saem da sua cabeça” (é comum nos episódios de crise
pensamentos ficarem “martelando” na cabeça dela). Tem procurado se controlar mas é com
muito esforço e nem sempre consegue. Diz aliviada que ainda bem que agora consegue dizer o
que pensa e isso ajuda muito.
Essa crise tem afetado seu comportamento alimentar e novamente o peso está oscilando (entre 3
e 4 kg). Relata descontrole, vontade de doces e alimentos gordurosos. Percebe que não consegue
por em prática todo seu conhecimento em alimentação saudável. Tem preferido não pesar-se pois
isso amplia seu sofrimento.
A paciente foi encaminhada para suporte medicamentoso visando tratar o humor
distímico/disfórico e os traços obssessivos compulsivos. Retornou com as consultas
psicoterápicas.

Tarefa:

Discuta o caso com o grupo sob a perspectiva da Metodologia RAFCAL. Descreva sobre a
compreensão diagnóstica do caso, as possíveis intervenções terapêuticas e a expectativa
diagnóstica que o caso sugere.

Maria Marta Ferreira CRP08/07401-2


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