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Este documento descreve a geologia da província de Tete em Moçambique. Apresenta as principais formações geológicas da região, incluindo o Pré-Câmbrico e o Supergrupo do Karoo. Detalha a importante bacia carbonífera de Moatize, que contém várias camadas de carvão. Também lista os recursos minerais significativos encontrados na área, como ferro, titânio e vanádio.
Este documento descreve a geologia da província de Tete em Moçambique. Apresenta as principais formações geológicas da região, incluindo o Pré-Câmbrico e o Supergrupo do Karoo. Detalha a importante bacia carbonífera de Moatize, que contém várias camadas de carvão. Também lista os recursos minerais significativos encontrados na área, como ferro, titânio e vanádio.
Este documento descreve a geologia da província de Tete em Moçambique. Apresenta as principais formações geológicas da região, incluindo o Pré-Câmbrico e o Supergrupo do Karoo. Detalha a importante bacia carbonífera de Moatize, que contém várias camadas de carvão. Também lista os recursos minerais significativos encontrados na área, como ferro, titânio e vanádio.
Pré-câmbrico– é uma unidade geológica constituída por rochas
mais antigas formadas há mais de 600 milhões de anos.
Apresentando sua maior expressão nas regiões Centro e Norte
de Moçambique.
O Pré-câmbrico divide-se em duas sub-unidades: Pré-Câmbrico
inferior ou arcaico e Pré-câmbrico superior ou Cinturão de Moçambique (Mozambique Belt). A cobertura do Fanerozóico está dividida em (da mais antiga para a mais recente): I. Supergrupo do Karoo O primeiro pode ser dividido nos Grupos do Karoo Inferior e do Karoo Superior, os quais foram depositados durante o evento Karoo, ou seja, num rifte abortado ou numa fase de desmembramento do Gondwana. É caracterizado pelo desenvolvimento de fossas tectónicas intracratónicas e de bacias profundas, e terminou com a instalação da Grande Província Ígnea do Karoo, de idade jurássica inferior (~190 M.a.). II. Rifte Este-Africano
O Supergrupo do Karoo, manifestando uma fase abortada da
abertura continental, é seguido por um período de deriva continental e dispersão do Supercontinente Gondwana, em conjunto com a abertura dos Oceanos Índico e Atlântico Sul. Esta fase é contemporânea do desenvolvimento do Sistema do Rifte Este-Africano (SREA), que se iniciou no Cretácico e foi acelerado durante o Terciário.
O desmembramento continental continua até aos nossos dias, como é
provado pela actividade tectónica corrente ao longo do referido SREA. Estas prolongadas forças tectónicas resultaram na criação de gargantas e grabens, separadas por elevações e horsts, e por uma subsidência importante em certas porções da margem continental. A estrutura geológica de Moçambique é resultado da interacção de vários processos, sobretudo os endógenos (internos) e exógenos (externos), que se fizeram sentir e ainda sentem-se na actual região da África Austral, onde Moçambique faz parte. Domínios tectono-estruturais-magmáticos de África.
Eventos/Sistemas Eras/Periodos Idade (M.a.)
Fa Fase Principal Neogenico - Presente 23 - 0 n S.R.E.A. er oz Fase inicial Cretacico - Paleogenico 140 - 23 oi c o Karoo Carbonifero Superior - Jurassico 318 - 180 Terrenos Gondwanicos Plataforma pos-pan-africanas < 542 Origenia pan-africana Neoproterozoico - Cretacico 750 - 490 Pan-Africano Pr Bacias do Pan-africano inicial Neoproterozoico 900 - 700 e- Ca m Kibariano/Irumide/Grewvilliano Mesoproterozoico 1450 - 900 br ico Fase tardia ~ 1860 Ubendiano/Usagatiano Fase inicial Paleoproterozoico 2100 - 2025 Cratoes e Cinturoes moveis Arcaico 4600 - 2500 (Tabela A.1; Principalmente segundo Gabert, 1984; Dirks and Ashwal, 2002) 1 PROGRAMA DA VIAGEM DE ESTUDOS A TETE_2017 Data Actividade Domingo 23.07.2017 Partida de Maputo à Tete (17hr) , alojamento. Segunda-feira 24.07.2017 Criacao das cond. logistica e inicio de actividades Terca-feira 25.07.2017 Inicio das actividades de campo Quarta-feira 26.07.2017 Visita Vale Moçambique Quinta-feira 27.07.2017 Visita a fonte de agua cristalina de Chiúta Sexta-feira 28.07.2017 Visita ao ISPT e inicio de aulas de campo Sábado 29.07.2017 Campo Domingo 30.07.2017 Descanso/Inicio de relatorio de campo Segunda-feira 31.07.2017 Campo Terca-feira 01.08.2017 Campo Quarta-feira 02.08.2017 Visita ao UCM/aula de explosivos e desmonte Quinta-feira 03.08.2017 Campo Sexta-feira 04.08.2017 Campo e conclusao da visita a Tete Sábado 05.08.2017 Regresso à Maputo (13hr??) Todos deverão usar sapatos fechados, sem saltos, camisa com manga, calças e reflectores. Mapa de localização geográfica da província de Tete. [Adapatado: Dinageca, Fevereiro/2003]. 2 Geomorfologicamente, o distrito ocorre parcialmente no vasto complexo gnaisso-granítico do cinturão de Moçambique (Mozambique belt) onde sobresaiem em forma de inselbergs as rochas intrusivas do pós-karroo [MAE, 2005]. 3 Recursos minerais
O distrito de Moatize de forma geral é caracterizado por possuir
importantes jazidas, desde filões de quartzo carbonatados constituídos por sílica calcite, jazidas de ferro e chumbo (magnetita, hematita e apatita), jazidas de coríndon, jazida de fluorite, jazida de carvão do tipo hulha e inúmeras jazidas de titanomagnetites vanadíferas (Ferro, titânio e vanádio). As jazidas de carvão fazem parte de uma extensa área que se estende de Chingodzi ao Mecombedzi situada a região sul montanhosa do distrito localizando-se as jazidas mais importantes na chamada bacia carbonífera de Moatize-Minjova [MAE, 2005].
Bacia Carbonífera de Moatize
Este carvão tem 7.000 calorias, com uma percentagem volátil de 22%. O carvão pode dar coque, indispensável à indústria de alta metalurgia. O carvão de Moatize é tão bom como os melhores da Europa. O depósito de carvão de Moatize é constituído por rochas de origem sedimentar, tais como, siltitos e arenitos que são as litologias correspondentes a rocha estéril.
O minério é composto por três camadas horizontalizadas
principais de carvão com a seguinte nomenclatura: a Bananeiras, a Chipanga e a camada Souza Pinto. É também notável a presença de filos de quartzo, todos constituídos por sílica e calcite de excelente qualidade, situam-se nos arredores da Vila de Moatize.
As jazidas de ferro e chumbo, essencialmente constituídos por
magnetita, hematita e apatita, localizam-se no Monte Muande.
A jazida de corindo localiza-se na região de Cachoeira, próximo
da EN 103 – Moatize /Zóbuè [MAE, 2005]. A jazida de fluorite localiza-se no Monte Muambe. Há ocorrências de minerais polimetálicos de cobre, ouro, prata, volfrâmio e chumbo (essencialmente constituídos por calcopirita aurífera e argentífera Shelite e galena), em Capanga nos arredores da Vila de Moatize.
Existem, ainda, minerais radioactivos (constituídos por davitite,
samarsquite, estibitanlite e pecholenda) e de rutilo na região de Mabvudzi, praticamente no limite entre o distrito de Moatize e Chiúta. [Fig. IV: Esboço Geológico da Região de Tete- Moatize. Lopo Vaconcelos, Geologia do carvão, 2005] Esta bacia, pertence ao Supergrupo do Karroo. A seqüência estratigráfica tem seis camadas de carvão principais, designadas de baixo para cima como: Sousa Pinto, Chipanga, Bananeiras, Intermédia, Grande Falésia e André. Sobreposta à Formação de Moatize encontra-se a Formação de Matinde.
A bacia carbonífera de Moatize está orientada no sentido NW-SE e
está rodeada por gabros e anortositos da Suite Tete, de idade Mesoproterozóica (1600-1000 M.a), o limite NE da bacia é uma falha normal de cerca de 30 km de comprimento, orientada NW-SE. O limite SW é tanto por inconformidade, como também por contacto de falha, como é o caso da Falha do Monte M’pandi [Real, 1978]. Os limites NE e SW do graben são definidos por falhas de
bordadura com direcção NW-SE. O graben de Moatize tem um
comprimento aproximado de 35 km e uma largura média de 2 km.
O acidente orográfico mais importante é o Monte M’pandi, com uma
altitude de 320.8 m, situado na margem SW do graben,
representando um braquianticlinal das rochas do embasamento.
Esboço Geológico da Região de Tete-Moatize. Lopo Vaconcelos, Geologia do carvão, 2005