Sei sulla pagina 1di 10

m á s , ya q u e las c o m p a ñ í a s de seguros van a la b a n c a r r o t a cuando un

suceso actual o un c a m b i o en los estilos de vida h a c e q u e las tablas esta-


dísticas en las q u e se basan q u e d e n obsoletas. Los psicólogos sociales se-
ñalan el caso del d e s g r a c i a d o q u e evita c o m p r a r un c o c h e de segunda
m a n o c o n u n a e x c e l e n t e estadística de r e p a r a c i o n e s c u a n d o se entera de
q u e el m o d e l o de un v e c i n o se averió ayer. G i g e r e n z e r ofrece la compa-
r a c i ó n de u n a p e r s o n a q u e evita q u e su hijo j u e g u e en el río en el que no
ha o c u r r i d o n i n g u n a fatalidad previa c u a n d o se e n t e r a de q u e el hijo de
un v e c i n o fue a t a c a d o allí p o r un c o c o d r i l o aquella m i s m a mañana. La
diferencia e n t r e los e s c e n a r i o s (dejando a un l a d o las drásticas conse-
cuencias) es q u e j u z g a m o s q u e el m u n d o del c o c h e es estable, de modo
q u e las estadísticas antiguas r i g e n ; en c a m b i o , el m u n d o del río ha cam-
b i a d o y p o r t a n t o las viejas estadísticas son d u d o s a s . La p e r s o n a de la calle
q u e c o n c e d e a u n a a n é c d o t a r e c i e n t e m a y o r p e s o q u e a un montón de
estadísticas n o está s i e n d o n e c e s a r i a m e n t e irracional.
D e s d e l u e g o , a veces r a z o n a m o s de f o r m a falaz, sobre t o d o , en medio
del d i l u v i o de datos actuales.Y, p o r s u p u e s t o , t o d o el m u n d o debe apren-
d e r p r o b a b i l i d a d y estadística. P e r o u n a especie q u e no tuviera instinto
a l g u n o p a r a la p r o b a b i l i d a d no p o d r í a a p r e n d e r ni la u n a ni la otra, por no
d e c i r n a d a ya de inventarlas.Y c u a n d o se da i n f o r m a c i ó n a las personas en
u n f o r m a t o q u e s e e n g r a n a c o n e l m o d o n a t u r a l d e p e n s a r l a probabili-
dad, u n a y o t r a p u e d e n ser n o t a b l e m e n t e exactas. La a f i r m a c i ó n según la
cual nuestra especie está ciega a la causalidad es, tal c o m o gustan de afirmar,
i m p r o b a b l e q u e sea cierta.

LM mente metafórica

E s t a m o s ya casi a p u n t o de disolver la paradoja de Wallace según la


c u a l la m e n t e de un c a z a d o r - r e c o l e c t o r es capaz de calcular. La mente
h u m a n a no está e q u i p a d a c o n u n a facultad e v o l u t i v a m e n t e frivola para
llevar a c a b o la ciencia o c c i d e n t a l , las m a t e m á t i c a s , j u g a r al ajedrez u otras
diversiones. Está e q u i p a d a c o n facultades para d o m i n a r el e n t o r n o local y
v e n c e r a sus m o r a d o r e s . Las p e r s o n a s f o r m a n c o n c e p t o s q u e encuentran
los g r u p o s de huellas q u e hay en la t e x t u r a c o r r e l a c i o n a l del mundo.
C u e n t a n c o n varios m o d o s de c o n o c e r o teorías intuitivas, adaptadas a las
p r i n c i p a l e s clases de e n t i d a d e s presentes en la e x p e r i e n c i a h u m a n a : obje-

452
tos. cosas animadas, clases naturales, artefactos, m e n t e s , así c o m o los v í n c u -
los y fuerzas sociales q u e e x p l o r a r e m o s en los dos siguientes capítulos.
Manejan h e r r a m i e n t a s inferenciales c o m o los e l e m e n t o s de la lógica, la
aritmética y la p r o b a b i l i d a d . A h o r a b i e n , lo q u e q u e r e m o s saber es de
dónde p r o v i e n e n estas facultades y c ó m o se p u e d e n aplicar a los desafíos
intelectuales c o n t e m p o r á n e o s .
Veamos u n a idea inspirada p o r u n d e s c u b r i m i e n t o h e c h o e n l i n g ü í s -
t i c a . R a y J a c k e n d o í T indica o r a c i o n e s c o m o las siguientes:

El mensajero/uc de París a Estambul.


La herencia finalmente fue a Fred.
La luz fue del verde al rojo.
La reunión fue de 3 a 4.

La p r i m e r a o r a c i ó n es obvia: alguien se desplaza de un lugar a o t r o .


Pero en las otras, las cosas p e r m a n e c e n en el m i s m o sitio. F r e d p u d o
haberse c o n v e r t i d o en m i l l o n a r i o en el m o m e n t o en q u e el t e s t a m e n t o
fue leído, a u n q u e n i n g ú n d i n e r o en m e t á l i c o c a m b i a r a de m a n o s y sólo
se hubiese firmado el traspaso a u n a c u e n t a . Las señales de tráfico están
colocadas en las aceras y no se desplazan y las r e u n i o n e s ni siquiera s o n
cosas q u e puedan viajar. U t i l i z a m o s el espacio y el m o v i m i e n t o c o m o u n a
metáfora para ideas más abstractas. En la o r a c i ó n q u e i n c u m b e a Fred, las
posesiones s o n o b j e t o s , los p r o p i e t a r i o s s o n lugares y dar es m o v e r . En
cuanto al semáforo, u n a cosa cambiable es el o b j e t o , sus estados (rojo y
verde) son lugares y el c a m b i o es m o v i m i e n t o . En el caso de la r e u n i ó n , el
tiempo es u n a línea, el p r e s e n t e es un p u n t o q u e se desplaza, los sucesos
son trayectos, los seres y los fines son o r í g e n e s y d e s t i n o s .
La m e t á f o r a espacial se halla p r e s e n t e no sólo c u a n d o se habla de
cambio, sino c u a n d o se habla de estados inalterables. P e r t e n e c e r , ser y
programar s o n c o n s t r u i d o s c o m o si fueran m o j o n e s situados en un lugar:

El m e n s a j e r o está en E s t a m b u l .
El d i n e r o es de F r e d .
El s e m á f o r o está rojo.
La r e u n i ó n es a las 3 en p u n t o .

La metáfora f u n c i o n a así m i s m o en o r a c i o n e s sobre h a c e r q u e algo


permanezca e n u n estado:

453
La b a n d a retuvo al m e n s a j e r o en E s t a m b u l .
F r e d retuvo el d i n e r o .
El policía mantuvo la l u z roja.
E m i l i o mantuvo la r e u n i ó n el l u n e s .

¿Por q u é h a c e m o s estas analogías? No es sólo c o o p t a r palabras sino


c o o p t a r su m a q u i n a r i a inferencial. A l g u n a s d e d u c c i o n e s q u e valen para
el m o v i m i e n t o y el espacio, valen t a m b i é n p a r a la p o s e s i ó n , las circuns-
tancias y el t i e m p o . E s t o p e r m i t e q u e la m a q u i n a r i a d e d u c t i v a empleada
para tratar del espacio sea t o m a d a en p r é s t a m o para r a z o n a r sobre otros
t e m a s . P o r e j e m p l o , s a b e m o s q u e X fue aY, p o d e m o s inferir q u e X no
estaba antes e n Y p e r o q u e a h o r a sí lo está. P o r analogía, si sabemos que
u n a p o s e s i ó n va a u n a p e r s o n a , p o d e m o s inferir q u e la p e r s o n a no po-
seía a q u e l l a p o s e s i ó n antes, p e r o q u e a h o r a sí. La analogía se aproxima
m u c h o , a u n q u e n u n c a es exacta: c u a n d o un m e n s a j e r o viaja, pasa a ocu-
p a r u n a serie de p o s i c i o n e s e n t r e París y E s t a m b u l , p e r o c u a n d o Fred
h e r e d a e l d i n e r o n o e n t r a e n p o s e s i ó n del m i s m o d e f o r m a gradual,
p a s a n d o p o r g r a d o s q u e v a r í a n c o n f o r m e s e l e e n las ú l t i m a s voluntades;
la transferencia es i n s t a n t á n e a . De este m o d o , al c o n c e p t o de posición
n o l e d e b e estar p e r m i t i d o c o m b i n a r s e c o n los c o n c e p t o s d e posesión,
c i r c u n s t a n c i a y t i e m p o , a u n q u e sí les p u e d e prestar algunas de sus reglas
inferenciales. Lo q u e c o m p a r t e n h a c e q u e las analogías e n t r e posición y
los otros c o n c e p t o s sean útiles para algo, y no sólo semejanzas q u e atraen
nuestra mirada.
La m e n t e expresa los c o n c e p t o s abstractos en t é r m i n o s concretos.
No sólo las palabras se t o m a n prestadas para las metáforas, sino construc-
ciones gramaticales íntegras. La c o n s t r u c c i ó n de d o b l e o b j e t o —Mimi en-
tregó a María las canicas— está d e d i c a d a a o r a c i o n e s sobre dar. P e r o la cons-
t r u c c i ó n p u e d e ser c o o p t a d a p a r a hablar d e c o m u n i c a c i ó n :

M i m i contó a María un cuento.


A l e j o le h i z o u n a p r e g u n t a a M a r í a .
C a r o l a e s c r i b i ó u n a carta a C o n n i e .

Las ideas s o n regalos, la c o m u n i c a c i ó n se da, q u i e n habla es el emisor,


el p ú b l i c o es el r e c e p t o r , c o n o c e r es tener.
La p o s i c i ó n en el espacio es u n a de las dos metáforas fundamentales
del lenguaje, utilizada para miles de significados. La otra es la fuerza, el
acto y la causa. L e o n a r d Talmy señala q u e en cada u n o de los siguientes

454
pares, las dos oraciones se refieren al m i s m o suceso, pero los sucesos nos parecen
diferentes:

La pelota r o d a b a p o r el c é s p e d .
La p e l o t a s i g u i ó r o d a n d o p o r el c é s p e d .

Juan no sale de casa.


Juan n o p u e d e salir d e casa.

Luis no c e r r ó la p u e r t a .
Luis d e j ó de c e r r a r la p u e r t a .

Estela es e d u c a d a c o n él.
Estela es a m a b l e c o n él.

M a r g a r i t a d e b i ó de ir al p a r q u e .
M a r g a r i t a d e b e ir al p a r q u e .

La diferencia es q u e la s e g u n d a o r a c i ó n n o s h a c e pensar en un agente


que ejerce fuerza para superar u n a resistencia o d o m i n a r alguna otra fuerza.
En la s e g u n d a o r a c i ó n q u e habla de la p e l o t a en el césped, la fuerza es
literalmente física. P e r o en el caso de J u a n , la fuerza es un deseo: un d e s e o
de salir q u e ha sido r e s t r i n g i d o . De f o r m a similar, la s e g u n d a o r a c i ó n
sobre Luis p a r e c e albergar u n a fuerza psíquica q u e le i m p u l s a a c e r r a r la
puerta y otra q u e la d o m i n a . En el caso de Estela, esas p s i c o d i n á m i c a s s o n
transmitidas a través de la m e r a e l e c c i ó n del adjetivo amable. En la p r i m e -
ra de las o r a c i o n e s de M a r g a r i t a , el sujeto es i m p u l s a d o al p a r q u e por una
tuerza e x t e r n a a pesar de u n a resistencia física. En la s e g u n d a , es i m p u l s a -
da por u n a fuerza i n t e r n a q u e sobrepasa u n a resistencia e x t e r n a .
La m e t á f o r a de la fuerza y la resistencia es a ú n más explícita en esta
¡amilia de o r a c i o n e s

Fran ( o r z ó la p u e r t a p a r a q u e se a b r i e r a .
Fran forzó a .Elisa a salir.
Fran se f o r z ó a salir.

La m i s m a palabra fuerza se utiliza de f o r m a literal y m e t a f ó r i c a , c o n


¡n hilo de significado q u e a p r e c i a m o s fácilmente. T a n t o las o r a c i o n e s
¡obre m o v i m i e n t o c o m o las o r a c i o n e s sobre d e s e o a l u d e n a la d i n á m i c a
•isla bola de billar en la cual un agonista t i e n e u n a t e n d e n c i a i n t r í n s e c a al

455
m o v i m i e n t o o al r e p o s o , y a él se le o p o n e un a n t a g o n i s t a más débil o
m á s fuerte, q u e h a c e q u e u n o o a m b o s se p a r e n o a v a n c e n . Es la teoría del
í m p e t u de la q u e h a b l a m o s a n t e r i o r m e n t e en este capítulo, el núcleo de
n u e s t r a t e o r í a intuitiva de la física.
El espacio y la fuerza i m p r e g n a n el l e n g u a j e . M u c h o s científicos
cognitivistas (entre quienes me c u e n t o ) h a n c o n c l u i d o a partir de su investi-
g a c i ó n s o b r e e l l e n g u a j e q u e u n p u ñ a d o d e c o n c e p t o s acerca d e lugares,
trayectorias, m o v i m i e n t o s , a c c i ó n y c a u s a c i ó n subyace a los significados
literales o figurativos de d e c e n a s de miles de palabras y construcciones,
no sólo en n u e s t r o i d i o m a sino en otras l e n g u a s estudiadas. El pensa-
m i e n t o q u e subyace a la frase Mimi dio la casa a María sería algo así como
« M i m i causa q u e [la casa pase d e s d e el p u n t o de vista de su propiedad de
M i m i a María]». Estos c o n c e p t o s y relaciones p a r e c e n ser el vocabulario
y la sintaxis del l e n g u a j e del p e n s a m i e n t o {mentales). D a d o q u e el lengua-
je del p e n s a m i e n t o es c o m b i n a t o r i o , estos c o n c e p t o s e l e m e n t a l e s pueden
c o m b i n a r s e en ideas cada vez m á s c o m p l e j a s . El d e s c u b r i m i e n t o de por-
c i o n e s del v o c a b u l a r i o y de la sintaxis del mentales es u n a reivindicación
del « p e n s a m i e n t o remarcable» de L e i b n i z : «Esa clase de alfabeto de los
p e n s a m i e n t o s h u m a n o s p u e d e ser d e s c o m p u e s t o y cada u n a de las cosas
p u e d e d e s c u b r i r s e y j u z g a r s e al c o m p a r a r las letras de este alfabeto y al
analizar las palabras elaboradas a p a r t i r de ellas».Y el d e s c u b r i m i e n t o de
q u e los e l e m e n t o s del mentales están basados en lugares y proyectiles tiene
c o n s e c u e n c i a s t a n t o para saber de d ó n d e p r o v i e n e el l e n g u a j e del pensa-
m i e n t o c o m o de q u é m o d o lo utilizamos en la época m o d e r n a .

O t r o s p r i m a t e s p u e d e q u e n o p i e n s e n e n historias, relatos, herencias,


r e u n i o n e s y semáforos, p e r o de h e c h o p i e n s a n en rocas, palos y madri-
gueras. El c a m b i o evolutivo opera a m e n u d o c o p i a n d o las partes del cuerpo
y j u g a n d o c o n la c o p i a . P o r e j e m p l o , las p a r t e s de la b o c a de los insectos
s o n p i e r n a s m o d i f i c a d a s . U n p r o c e s o similar p u e d e q u e n o s haya dado
n u e s t r o lenguaje del p e n s a m i e n t o . S u p o n g a m o s q u e se c o p i a s e n los cir-
c u i t o s ancestrales d e d i c a d o s al r a z o n a m i e n t o espacial y la fuerza, las rela-
c i o n e s de las copias c o n los ojos y los m ú s c u l o s q u e d a s e n cortadas y por
t a n t o las referencias al m u n d o físico, desleídas. Los circuitos p o d r í a n ser-
vir c o m o u n a n d a m i a j e cuyas ranuras s e llenan d e s í m b o l o s q u e represen-
t a n a s u n t o s m á s abstractos c o m o estados, p r o p i e d a d e s , ideas y deseos. Los

456
circuitos c o n s e r v a r í a n sus capacidades c o m p u t a c i o n a l e s , seguirían calcu-
lando e n t i d a d e s q u e están e n u n estado e n u n m o m e n t o dado, q u e c a m -
bian de un estado a o t r o y s u p e r a n e n t i d a d e s c o n u n a valencia opuesta.
Cuando el n u e v o y abstracto á m b i t o t i e n e u n a e s t r u c t u r a lógica q u e
refleja los objetos en m o v i m i e n t o —un semáforo t i e n e un c o l o r en un
m o m e n t o d a d o , p e r o oscila e n t r e tres colores; las i n t e r a c c i o n e s sociales
impugnadas están d e t e r m i n a d a s p o r la m á s fuerte de las dos v o l u n t a d e s
enfrentadas— los viejos circuitos p u e d e n realizar .un trabajo inferencial
útil. D i f u n d e n su a b o l e n g o c o m o s i m u l a d o r e s de espacio y fuerza a través
de las metáforas q u e i n d u c e n , u n a s u e r t e de vestigio de ó r g a n o cognitivo.
¿Hay r a z o n e s para creer q u e e s d e esta f o r m a c o m o e v o l u c i o n ó n u e s -
tro lenguaje del p e n s a m i e n t o ? A l g u n a s . Los c h i m p a n c é s , p o r e j e m p l o , y
p r e s u m i b l e m e n t e los antepasados q u e e r a n c o m u n e s a ellos y a nuestra
especie, son c u r i o s o s m a n i p u l a d o r e s d e objetos. C u a n d o s o n adiestrados
en la u t i l i z a c i ó n de s í m b o l o s o gestos, p u e d e n h a c e r q u e r e p r e s e n t e n el
a c o n t e c i m i e n t o q u e s u p o n e i r hacia u n lugar o c o l o c a r u n o b j e t o e n u n
sitio. E l p s i c ó l o g o D a v i d P r e m a c k h a d e m o s t r a d o q u e los c h i m p a n c é s
pueden aislar las causas. Si se les m u e s t r a un par de i m á g e n e s del t i p o
antes y d e s p u é s , c o m o u n a m a n z a n a y un par de m e d i a s m a n z a n a s o u n a
hoja de p a p e l c o n garabatos j u n t o a otra limpia, i n d a g a n el o b j e t o q u e
causó e l c a m b i o , u n c u c h i l l o e n e l p r i m e r caso y u n a g o m a d e b o r r a r e n
e l s e g u n d o . P o r t a n t o , los c h i m p a n c é s n o sólo m a n i o b r a n e n e l m u n d o
f í s i c o , sino q u e t i e n e n p e n s a m i e n t o s i n d e p e n d i e n t e s acerca d e él.Tal vez
la circuitería q u e se halla detrás de esos p e n s a m i e n t o s fue c o o p t a d a en
nuestro linaje para unas tipologías de c a u s a c i ó n m á s abstractas.
¿ C ó m o s a b e m o s q u e las m e n t e s d e los seres h u m a n o s vivos r e a l m e n -
te aprecian los paralelismos entre, p o n g a m o s p o r caso, la p r e s i ó n social y
física o e n t r e el espacio y el t i e m p o ? ¿ C ó m o s a b e m o s q u e no n o s l i m i t a -
mos a usar metáforas m u e r t a s de f o r m a i n c o m p r e n s i b l e , c o m o c u a n d o
hablamos d e d e s a y u n o sin pensarlo c o m o «dejar e l ayuno»? E n p r i m e r
lugar, las metáforas de espacio y fuerza h a n sido reinventadas repetidas
veces, en d o c e n a s de familias de lenguajes de un e x t r e m o a o t r o del
planeta. E n m i á m b i t o d e trabajo c o m o p s i c ó l o g o , e l e s t u d i o d e l a a d q u i -
sición del l e n g u a j e infantil, se p r e s e n t a n p r u e b a s a ú n más e v i d e n t e s . La
psicóloga Melissa B o w e r m a n d e s c u b r i ó q u e los n i ñ o s e n edad p r e e s c o l a r
acuñan de f o r m a e s p o n t á n e a sus propias m e t á f o r a s en las q u e el espacio y
el m o v i m i e n t o s i m b o l i z a n relaciones de p o s e s i ó n , circunstanciales, t e m -
porales y de causación:

457
Ponme sólo pan y mantequilla.
La madre quita la pelota al niño y se la da a la niña.

Los hago crujir más fuerte [mientras se saca la cascara a un cacahuete].


Le puse parte de la manga azul, y la taché de rojo [mientras se colorea el
dibujo de un vestido].

¿Puedo leer un poco después de la cena?


H o y hacemos las maletas porque mañana no tendremos bastante espacio
para hacerlo.
El viernes está antes del sábado y el domingo, así que no hay sábado ni
domingo si no paso por el viernes.

Mi muñeca está masticada por alguien... pero no por mí.


Hubieron de parar a partir de una luz roja.

Los n i ñ o s no p u e d e n h a b e r h e r e d a d o las metáforas de hablantes an-


teriores; la e c u a c i ó n del espacio y las ideas abstractas les llegan de una
manera natural.
El espacio y la fuerza s o n tan básicos para el lenguaje q u e difícilmen-
te cabe considerarlas metáforas, o al m e n o s no en el s e n t i d o de los dispo-
sitivos literarios utilizados en la poesía y la prosa. No hay modo de hablar
de p o s e s i ó n , circunstancia y t i e m p o en u n a c o n v e r s a c i ó n ordinaria sin
utilizar palabras c o m o ir, conservar y estar en.Y las palabras no activan el
s e n t i d o de un d e s p l a z a m i e n t o de la diferencia q u e guía u n a genuina
m e t á f o r a literaria. T o d o s s a b e m o s c u á n d o n o s e n f r e n t a m o s a u n a figura
del l e n g u a j e . T a l c o m o J a c k e n d o f f señala, resulta natural decir: «Cierto es
que el m u n d o no es realmente un escenario, p e r o si lo fuera, p o d r í a m o s dedi-
que la infancia es el p r i m e r acto». En cambio, resultaría extraño decir «Cierto
que las r e u n i o n e s no son realmente p u n t o s en m o v i m i e n t o , p e r o si lo
fueran, p o d r í a m o s decir q u e ésta fue de las tres a las cuatro». Los modelos
de espacio y fuerza no a c t ú a n c o m o figuras del l e n g u a j e destinadas a
transmitir nuevas i n t u i c i o n e s , sino q u e p a r e c e n ser más p r ó x i m o s al me-
dio del p r o p i o p e n s a m i e n t o . S o s p e c h o q u e aquellas partes de nuestra
dotación m e n t a l q u e se o c u p a b a n del t i e m p o , los seres a n i m a d o s , las mentes
y las relaciones sociales fueron copiadas y modificadas en el decurso de
nuestra e v o l u c i ó n a partir del m ó d u l o q u e t e n e m o s para la física intuitiva
y q u e c o m p a r t i m o s , en parte, c o n los c h i m p a n c é s .
Las metáforas se p u e d e n c o n s t r u i r a p a r t i r de m e t á f o r a s , y conti-
n u a m o s a d o p t a n d o p e n s a m i e n t o s c o n c r e t o s c u a n d o e x i g i m o s q u e nues-

458
tras ideas y palabras a b a r q u e n n u e v o s á m b i t o s . En a l g ú n p u n t o e n t r e las
construcciones básicas q u e se u t i l i z a n p a r a el espacio y el t i e m p o en el
idioma i n g l é s , p o r e j e m p l o , y las e x c e l e n c i a s de su u t i l i z a c i ó n en
Shakespeare, h a y u n vasto i n v e n t a r i o d e m e t á f o r a s c o t i d i a n a s q u e e x -
presan la m a y o r p a r t e de n u e s t r a e x p e r i e n c i a . G e o r g e Lakoff y el l i n -
güista M a r k J o h n s o n c o n f e c c i o n a r o n u n a lista c o n las «metáforas c o n las
que convivimos», es decir, las e c u a c i o n e s m e n t a l e s q u e a b a r c a n d o c e n a s
de expresiones:

ARGUMENTO C O M O GUER11A
Sus afirmaciones son indefendibles.
Atacótodos y cada uno de los puntos débiles en mi argumentación.
Sus críticas fueron directas al blanco.
Nunca le gané argumentando.

VIRTUD C O M O A L T U R A
Es una persona de gran altura moral.
Es una ciudadana de altas aspiraciones.
Fue una baja argucia.
No lo hagas bajo cuerda.
No te inclines ante ése; está por debajo de mí.

AMOR C O M O PACIENTE
Es una relación enfermiza.
Viven un matrimonio sano.
Este matrimonio está muerto; no puede ser reanimado.
Es un asunto cansado.

IDEAS C O M O A L I M E N T O
Lo dicho me dejó un nial sabor de boca.
Todo lo que tiene este artículo son ideas a medio cocinar y teorías refritas.
No puedo tragarme esa afirmación.
Es alimento para el espíritu.

En c u a n t o se t o m a c o n c i e n c i a de esta poesía p e d e s t r e , e n c o n t r a m o s
que se halla p r e s e n t e en todas p a r t e s . Las ideas no sólo s o n c o m i d a sino
edificios, p e r s o n a s , plantas, p r o d u c t o s , b i e n e s de c o n s u m o , d i n e r o , h e r r a -
mientas y m o d a s . El a m o r es u n a fuerza, l o c u r a , m a g i a y g u e r r a . El c a m p o
visual es un c o n t e n e d o r , la a u t o e s t i m a es un o b j e t o q u e b r a d i z o , el t i e m p o
es dinero, la vida es un j u e g o de azar.

459
La ubicuidad de la metáfora nos aproxima a u n a resolución para la para-
doja de Wallace. La respuesta a la p r e g u n t a «¿por q u é la m e n t e humana está
adaptada a pensar entidades abstractas arbitrarias?», consiste en decir que, en
realidad, no lo está. A diferencia de los ordenadores y las reglas de la lógica
matemática, no p e n s a m o s a base de F, x e y. H e m o s h e r e d a d o un bloc de
formas q u e captan los rasgos esenciales de encuentros entre objetos y fuerzas,
y los rasgos de otros temas i m p o r t a n t e s de la c o n d i c i ó n h u m a n a como, la
lucha, la c o m i d a y la salud. Al b o r r a r los contenidos y al llenar los blancos con
nuevos símbolos, adaptamos nuestras formas heredadas a ámbitos más abstru-
sos. Algunas de estas revisiones p u e d e q u e tengan lugar en nuestra evolución,
d á n d o n o s categorías mentales básicas c o m o , p o r ejemplo, propiedad, tiempo
y voluntad a partir de formas q u e o r i g i n a r i a m e n t e estaban diseñadas para
u n a física intuitiva. Otras revisiones tienen lugar mientras vivimos nuestras
vidas y l u c h a n c o n d e n u e d o p o r desbrozar los nuevos reinos del saber.
A u n el más r e c ó n d i t o de los r a z o n a m i e n t o s científicos es un ensambla-
je de metáforas m e n t a l e s de miras cerradas. H a c e m o s q u e nuestras faculta-
des a r r a n q u e n los secretos de los d o m i n i o s en los q u e fueron diseñadas para
ser operativas y utilicen su m a q u i n a r i a para i n t e r p r e t a r n u e v o s ámbitos que,
en abstracto, se asemejan a los antiguos. Las metáforas en las q u e pensamos
s o n plagiadas no sólo de escenarios básicos c o m o , p o r ejemplo, la anima-
c i ó n o el c h o q u e , sino de m o d o s c o m p l e t o s de c o n o c i m i e n t o . Para hacer
biología académica, t o m a m o s el m o d o q u e t e n e m o s de c o m p r e n d e r y en-
t e n d e r el f u n c i o n a m i e n t o de los artefactos y lo aplicamos a los organismos.
Para h a c e r q u í m i c a , tratamos la esencia de algo natural c o m o si fuera una
c o l e c c i ó n de objetos d i m i n u t o s , q u e c h o c a n , r e b o t a n y son viscosos. Para
h a c e r psicología, tratamos la m e n t e c o m o algo natural.
El r a z o n a m i e n t o m a t e m á t i c o resta y a ñ a d e a las otras partes de la
m e n t e . Gracias a los gráficos, n o s o t r o s los p r i m a t e s c a p t a m o s las matemá-
ticas c o n n u e s t r o s ojos y c o n nuestra i m a g i n a c i ó n . Las funciones son
f o r m a s (lineales, planas, inclinadas, transversales, u n i f o r m e s ) y operar es
h a c e r garabatos en la i m a g e n e r í a m e n t a l (rotar, extrapolar, llenar, trazar).
E n c a m b i o , e l p e n s a m i e n t o m a t e m á t i c o ofrece n u e v o s m o d o s d e com-
p r e n d e r el m u n d o . Galileo escribió q u e «el libro de la naturaleza está
e s c r i t o c o n caracteres m a t e m á t i c o s ; sin la ayuda del lenguaje de las mate-
m á t i c a s es i m p o s i b l e c o m p r e n d e r ni tan sólo u n a de sus palabras».
El aforismo de Galileo no sólo se aplica a las pizarras llenas de ecuaciones
de un d e p a r t a m e n t o de física, sino t a m b i é n a las verdades elementales que

460
damos p o r sentadas. Las psicólogas C a r o l S m i t h y Susan C a r e y hallaron q u e
los niños t i e n e n extrañas creencias acerca de la materia. Saben q u e un
montón d e arroz t i e n e u n peso p e r o afirman q u e u n g r a n o d e arroz n o
pesa nada. C u a n d o se les p i d e q u e c o r t e n i m a g i n a r i a m e n t e un trozo de
metal repetidas veces p o r la mitad, dicen q u e se llegaría a un trozo tan
pequeño q u e y a n o ocuparía espacio o n o tendría m e t a l dentro. N o son
incapacitados mentales. C a d a a c o n t e c i m i e n t o f í s i c o t i e n e u n u m b r a l p o r
debajo del cual n i n g u n a p e r s o n a o aparato p u e d e detectarlo. La división
repetida de un objeto da c o m o resultado objetos demasiado p e q u e ñ o s
como para ser detectados; u n a c o l e c c i ó n de objetos cada u n o de los cuales
cae por debajo del u m b r a l , p u e d e n ser detectables en masa. S m i t h y C a r e y
señalan q u e e n c o n t r a m o s absurdas las creencias de los n i ñ o s p o r q u e c o n s -
truimos la m a t e r i a s i r v i é n d o n o s de nuestro c o n c e p t o de n ú m e r o . Sólo en
el reino de las matemáticas, la repetida división de u n a cantidad positiva
siempre da u n a cantidad positiva, y si a cero le s u m a m o s r e p e t i d a m e n t e
cero, siempre da cero. La c o m p r e n s i ó n q u e t e n e m o s del m u n d o físico es
más sofisticada q u e la de los n i ñ o s , p o r q u e h e m o s fusionado las i n t u i c i o n e s
que t e n e m o s de los objetos c o n las intuiciones q u e t e n e m o s del n ú m e r o .
Por tanto, la visión fue c o o p t a d a para el p e n s a m i e n t o m a t e m á t i c o , lo
cual nos ayuda a ver el m u n d o . El e n t e n d i m i e n t o f o r m a d o es un dispositi-
vo e n o r m e q u e consta de partes d e n t r o de otras partes. C a d a p a r t e está
construida a partir de m o d e l o s mentales o m o d o s de c o n o c e r q u e s o n
copiados, lavados de su c o n t e n i d o original, relacionados c o n otros m o d e l o s
y ensamblados en partes más amplias, las cuales p u e d e n a su vez ensamblarse
en otras partes a ú n más amplias sin q u e exista un límite preciso. D a d o q u e
los pensamientos h u m a n o s son de naturaleza c o m b i n a t o r i a ( c o m b i n a c i ó n
de partes simples) y recursivos (las partes son i n c o r p o r a d a s d e n t r o de otras
partes), las i m p o n e n t e s extensiones del c o n o c i m i e n t o p u e d e n ser e x p l o r a -
das con un inventario finito de h e r r a m i e n t a s mentales.

¡Eureka!

Y, e n t o n c e s , ¿la genialidad del g e n i o ? ¿ C ó m o p u e d e la s e l e c c i ó n n a -


tural explicar u n Shakespeare, u n M o z a r t , u n E i n s t e i n , u n A b d u l - J a b b a r ?
¿Cómo h u b i e s e n p o d i d o ganarse el s u s t e n t o en la sabana del P l e i s t o c e n o
seres c o m o J a n e A u s t e n , V i n c e n t van G o g h o T h e l o n i o u s M o n k ?

461

Potrebbero piacerti anche