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2018 /2019
Ensino Profissional
Saúde Infantil 1ºTAI – Módulo I
A OMS (Organização Mundial da Saúde) é uma agência especializada das Nações Unidas, destinada às questões relativas a
saúde. Foi fundada em 7 de abril de 1948. Tem como objetivo garantir o grau mais alto de Saúde para todos os seres
humanos.
A "Organização Mundial de Saúde" (OMS) define a saúde como " “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e
A saúde passou, então, a ser mais um valor da comunidade que do indivíduo. É um direito fundamental da pessoa humana,
que deve ser assegurado sem distinção de raça, de religião, ideologia política ou condição socioeconómica. A saúde é,
portanto, um valor coletivo, um bem de todos, devendo cada um gozá-la individualmente, sem prejuízo de outrem e,
No passado, a saúde era a perfeição morfológica, acompanhada da harmonia funcional, da integridade dos órgãos e
aparelhos, do bom desempenho das funções vitais; era o vigor físico e o equilíbrio mental, apenas considerados em termos
do indivíduo e ao nível da pessoa humana. Hoje, ela passou a ser considerada sob outro plano ou dimensão; saiu do
indivíduo para ser vista, também, em relação do indivíduo com o trabalho e com a comunidade.
No que diz respeito ao indivíduo, quanto ao seu bem-estar físico, devemos referir que não há saúde de órgãos porque a
saúde é total, é o todo. Assim como não existem doenças estritamente locais, não há também "saúde local". O lado psíquico
da saúde aumentou a sua importância ao longo dos tempos, pois o mundo vive uma época agitada: as inquietudes, a
pressa, as angústias relativamente ao futuro, incertezas, dúvidas perante os factos da vida, particularmente da vida
económica, desgaste constante de energias mentais, etc., levam o indivíduo ao cansaço e a sofrimentos psicossomáticos.
É preciso, porém, para o perfeito equilíbrio neuro-psíquico, que o homem esteja bem adaptado às condições de vida, dentro
do ambiente em que vive; que haja entendimento, equilíbrio, tolerância, compreensão dos indivíduos entre si, pois a mente
e o corpo sãos não permanecerão saudáveis, por muito tempo, em ambiente agitado, adverso, tumultuoso e intranquilo. Os
efeitos da vida económica e as preocupações da vida social, de boa adaptação ao meio em que vive, de "relações humanas"
satisfatórias na família, no trabalho e na comunidade, são essenciais para manter o indivíduo sadio. A saúde representa, por
isso, um bem-estar social. A "saúde social (bem-estar social) é aquela resposta ou ajustamento as exigências do meio, e
A "saúde social" é mais coletiva que individual. Onde há miséria, fome e ignorância; onde é grande a competição da luta pela
vida; onde há compreensão entre os homens; onde o desenvolvimento e a economia não oferecem oportunidades a todos;
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onde o clima político sufoca os direitos essenciais da pessoa humana e a liberdade do homem foi suprimida para que o
domínio de alguns se exerça sobre a comunidade; enfim, onde não há bem-estar social, a saúde física e a saúde mental
De uma noção antiga de saúde, parada e formal, chega-se, agora, a uma outra noção de saúde – dinâmica,-social e
socioeconómica -como resposta do indivíduo às condições do meio onde vive, resposta esta que deve ser analisada sob três
O que é doença?
Doença é um conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo, alterando o seu estado normal de saúde.
Em geral, a doença é caracterizada como ausência de saúde, um estado que ao atingir um indivíduo provoca distúrbios das
funções físicas e mentais. Pode ser causada por fatores exógenos (externos, do ambiente) ou endógenos (internos, do
próprio organismo).
QUESTÕES:
3. A "Organização Mundial de Saúde" (OMS) define a saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e
social, e não apenas ausência de doença ou enfermidade”. De acordo com o texto, explique o significado da definição.
4. De acordo com o texto por que razão não se pode definir saúde apenas como ausência de doença ou enfermidade.
5. Indique sobre 2 fatores exógenos e 2 fatores endógenos, que na sua opinião, podem provocar doença no indivíduo.
Determinantes da Saúde
Os fatores que influenciam, isto é, que afetam ou determinam a saúde dos cidadãos e dos povos têm sido ultimamente
analisados por diferentes Escolas e instituições, nomeadamente pela Comissão Europeia. São, em regra, designados,
Para facilitar a compreensão dos determinantes da saúde tem sido frequente agrupá-los nas seguintes categorias: fixos ou
biológicos (idade, sexo, fatores genéticos); sociais e económicos (pobreza, emprego, posição socioeconómica, exclusão
social); ambientais (habitat, qualidade do ar, qualidade da água, ambiente social); estilos de vida (alimentação, atividade
física, tabagismo, álcool, comportamento sexual); acesso aos serviços (educação, saúde, serviços sociais, transportes, lazer).
Todos os determinantes mencionados influenciam, num ou noutro sentido, o estado de saúde individual, familiar ou
comunitário. Se é certo que o sentido dessa influência é compreensível, já tem sido difícil ponderar o peso específico de
cada um deles. Ao contrário do que muitos acreditavam, há, hoje, a tendência para valorizar o próprio sistema de saúde
naquele conjunto.
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De entre os determinantes da saúde, os estilos de vida saudáveis ocupam um lugar de relevo pela aparente facilidade que
Em 2004, a Organização Mundial da Saúde, no seguimento de iniciativas anteriores, propôs uma estratégia global para a
alimentação, o exercício físico e a saúde, reconhecendo que as doenças crónicas não transmissíveis representavam 60% de
todas as causas de morte e que eram geradoras de 47% dos encargos gerais com a saúde. Situação que, no entanto, exibe
uma preocupante tendência para se acentuar, na medida em que no ano 2020 estima-se que aquelas percentagens subam,
Em Portugal, em 2010, os subscritores da Declaração para uma Vida Melhor enumeram seis prioridades inadiáveis na
perspetiva da prevenção e controlo das doenças crónicas: o acesso aos serviços, a literacia, a alimentação, o exercício físico,
A má alimentação e a inatividade física explicam, em grande parte, aquela tendência crescente, uma vez que estão,
comprovadamente, relacionadas com o aumento dessas doenças e que estão, igualmente, na origem de incapacidades e de
As doenças cardiovasculares, diabetes, cancro, doenças respiratórias, obesidade e doenças osteoarticulares são doenças
que tem vindo a manifestar uma tendência crescente e descontrolada. Muitas têm em comum o facto de estarem
associadas a comportamentos. Estas doenças constituem graves problemas de saúde pública. São as principais causas de
morte prematura – morte “antes do tempo”, isto é, antes dos 70 anos de idade.
Uma vez que há, agora, evidência sobre as relações causa-efeito daqueles fatores de risco e das doenças crónicas
assinaladas, é preciso, rapidamente, desenvolver a área da prevenção na perspetiva de impedir cenários futuros ainda mais
graves.
Insiste-se na necessidade em mudar a alimentação no sentido da promoção da saúde e da prevenção das doenças. Essas
mudanças implicam, essencialmente, assegurar o balanço energético e peso do corpo equilibrados, limitar o consumo de
gorduras, dando preferência às insaturadas, aumentar o consumo de fibras (vegetais e frutas), reduzir os açúcares e o sal.
A promoção de estilos de vida saudáveis tinha, já em 2004, sido considerada uma das prioridades cimeiras. Para o efeito foi
publicado o Programa Nacional de Intervenção Integrada sobre Determinantes da Saúde Relacionados com os Estilos de
Vida que tem como objetivo geral: “reduzir a prevalência de fatores de risco de doenças crónicas não transmissíveis e
aumentar a prevalência de fatores de proteção, relacionados com os estilos de vida, através de uma abordagem integrada e
intersectorial”.
A prevenção e o controlo das doenças impõem, sobretudo, a promoção de exercício físico e correção dos hábitos
alimentares, em regra centrada nas restrições do consumo de gorduras de origem animal e do consumo abusivo de álcool.
Por outro lado, novos medicamentos quimio-preventivos têm demonstrado eficácia protetora em relação aos riscos de
A Direcção-Geral da Saúde emitiu normas sobre o diagnóstico, tratamento e controlo da hipertensão arterial, por um lado e,
por outro, sobre o Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares.
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No que respeita ao exercício físico considera-se essencial que cada indivíduo faça, pelo menos, trinta minutos de marcha
regular diariamente.
QUESTÕES:
1. Explique o que entende por “determinantes da saúde”.
3. Faça um esquema representativo sobre as diferentes categorias em que se inserem os determinantes da saúde.
4. Comente a seguinte afirmação: “O estilo de vida tem uma importância fundamental na saúde das pessoas”.