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1.

Na página 33, em destaque, considere o monólogo de Hamlet, na peça homônima de


Shakespeare, e relacione-o ao conceito de genérico e também à questão da tragédia e
da comédia sob a perspectiva de Alain Badiou, tendo em vista o texto “Teses sobre o
teatro, presente no livro Pequeno manual de inestética? (2002)
R: O discurso “Ser ou não ser..”, no monólogo de Hamlet, remete, facilmente, à
uma das características da tragédia postuladas por Alain Badiou: o impasse do desejo.
Este impasse desenvolve-se no questionamento do que é mais nobre à alma: aceitar a
vida - o destino, as opressões, as dificuldades vitoriosas, o fado - tal como nos é
lançada sem gerir nenhuma ação adversa a essas questões, ou empunhar coragem -
“armar-se contra um mar de desventuras (HAMLET, data, p.)”, criar formas de
resistência para não deixar-nos. São desejos assim que comporiam a tragédia em
Badiou, desejos que criam conflitos para serem desejados e postos à ativa pelo
indivíduo.
Em se tratando do conceito de genérico, podemos observá-lo na construção das
personagens. A peçaHamlet (data) segue o viés de representação humana em sua
universalidade. As questões abordadas, os problemas, os constrangimentos e conflitos
são dados ao sabor do destino, não tendo forte interferência das superficialidades do
homem. Quero dizer com “superficialidade” fatores como idade, sexo, aparência.
Comprova-se essas questões ao perceber que fatores como a idade de Hamlet e outros
personagens não são citados, e nem por isso a trama sofre desvios por conta de
fatores como este. Concluímos que há uma desrostificação dos que compõem a peça,
retira-se marcas da presença em detrimento de enaltecer as representações e
conflitos humanos.
Encontramos, também, vestígios que indiciam a utilização do gênero comédia na obra
trágica Hamlet. A exemplo, temos a passagem sublime em que Hamlet discursa que o
“O rei é uma coisa”, (“corpo está com o rei mas o rei não está com o corpo... o rei é
uma coisa” – página 50 da edição supracitada neste exercício discursivo). O adjetivo
coisa caracteriza um rebaixamento do prestígio imanente a um rei, passando a ser um
adjetivo de uma imitação de caráter vulgar. Outro exemplo que podemos citar é o da
passagem após o suicídio de Ofélia. Há ironias constantes na ação dos coveiros que
abrem a cova para a defunta. Estes coveiros, eu seu ato de trabalho, discutem se o
desejo e o direito de suicídio não válidos ou legítimos enquanto que Hamlet se
aproxima (ainda não sabendo da morte da Ofélia) e vê reflexões pertinentes nessa
conversa entre os dois cidadãos. Hamlet, o heróis, diante do poço fúnebre de sua
amada, sabe de quem se fala, não imagina o que significa os traços do destino que
estão ali diante de si.

2. O que é a Ideia do e no teatro, sob o ponto de vista de Alain Badiou?


R: É o arranjo, que promove o acontecimento, que é a representação cênica. O arranjo
para promover o acontecimento cênico é composto por “um texto, um lugar, corpos,
vozes, trajes, luzes, um público...”. Além disso, o teatro é reconhecido por produzir as
ideias-teatro (“o teatro pensa”). Segundo Badiou, ao produzir as ideias-teatro (algo
que só o teatro é capaz de fomentar), o teatro cumpre função social de valor vital – “O
teatro é uma experiência, material e textual, da simplificação. Separa o que está
embaralhado e confuso, e essa separação guia as verdades que ele é capaz.” Digamos
que é de função social inestimável. Inestimável porque, em sua nona tese, Badiou
exemplifica como a comédia poderia quebrar tabus, uma infinidade de tabus que
existem. O teatro é, pois, provocativo. Deve suscitar reflexões da vida contemporânea.
Portanto, ideias-teatro são buscas de simplificar um mundo de ideias conturbas, um
emaranhado de acontecimentos complexos a fim de trazer uma verdade sobre todos
os fatos humanos. Em suma, Ideia do e no teatro é a produção do que não existe. Esse
não-existe é provido do efeito do teatro e sua elaboração.

3. Por que Alain Badiou opta pela comédia em detrimento da tragédia? O quem a
tragédia e a comédia com
R: Alain Badiou (data) argumenta que a sociedade está saturada da tragédia. Esta,
então, não está conciliada com os problemas contemporâneos. O viés a ser norteado,
neste caso, é o da utilização da comédia para problematizar as questões que estão
sendo vividas: “Nosso tempo exige uma invenção, a que entrelaça em cena a violência
do desejo e os papéis do pequeno poder local. [...] Queremos um teatro da
capacidade, não da incapacidade (BADIOU,data,p.).” A comédia tem a capacidade de
eliminar tabus virais da sociedade com o tratamento de questões do poder menor, a
fim de trazê-los à tona eascende-los. Badiou opta pela comédia em detrimento da
tragédia porque essa está condizente com as contemporaneidades partilhadas,
enquanto a tragédia estaria representando anacronismos de ideias-teatro. A tragédia
impede o matema: há sempre a repressão contra o que se deseja criar, este ponto
trágico nos propicia o desânimo. A comédia está, positivamente, em contraponto com
essa suscitação de desânimo, visto que a comédia bem elaborada provoca a
elaboração do matema, de novas criações não existentes.

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