Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Costa, Breno
Depressão, o que fazer? : dez passos para a
libertação do quadro depressivo / Breno Costa.
-- São Paulo : Mythos Editora, 2014.
14-01857 CDD-133.901
Índices para catálogo sistemático:
1. Depressão : Autoajuda : Doutrina espírita
133.901
Depressão, o que Fazer?
Breno Costa
MARÍLIA (SP)
2013
Agradeço aos amigos Mariana Souza, Karina K.
Rafaelli e Régis Baptistella, à minha irmã Valquíria,
ao meu tio Emanoel e minha esposa, Larissa, que
contribuíram com a análise e sugestões importantes
e relevantes para esta singela obra.
9 PREFÁCIO
15 APRESENTAÇÃO
18 RELATO PESSOAL
23 PRIMEIRO PASSO
33 SEGUNDO PASSO
39 TERCEIRO PASSO
43 QUARTO PASSO
47 QUINTO PASSO
53 SEXTO PASSO
59 SÉTIMO PASSO
63 OITAVO PASSO
67 NONO PASSO
73 DÉCIMO PASSO
81 CONCLUSÕES
85 MENSAGENS EDIFICANTES
85 Reaja!
87 Seja forte!
90 O melhor remédio do mundo
93 Superação
96 Paciência e tolerância
99 Ilumine sua mente
102 Otimismo e resignação
105 Pleno domínio da mente
108 Afinidades e implicâncias
111 Qual a justificativa?
113 É razoável pensar nisso
115 Amai-vos, eis o primeiro ensinamento:
Instruí-vos, eis o segundo.
116 Autoaprimoramento
119 Tecnologia
121 Salva-vidas
123 Em torno da felicidade
125 Grande derrota da humanidade
127 Escândalos e nós
129 Roupa nova
131 Vontade
133 Reforma íntima - por que é tão difícil e
como fazer?
139 Não perca
141 Fora da caridade não há salvação?
145 Peixinho vermelho
Prefácio
Temos aqui um opúsculo sobre um tema específi-
co, muito interessante porque diz respeito ao maior
mal que se abate sobre a Humanidade neste terceiro
milênio da história ocidental.
9
galgou a espinhosa, mas honrosa, missão da Magis-
tratura do Trabalho.
10
Surpreso, buscava, freneticamente, as causas de
tal anomalia, quando, aplicando os exercícios men-
tais descritos nos textos de autoajuda espiritual que
elaborara durante os exercícios da psicografia, exa-
tos 60 minutos passados vivenciando essa surpreen-
dente situação, assim como veio, da mesma forma
se dissipou a infeliz sensação.
11
Cuidou o texto de buscar soluções para quem
vive aquela realidade vivenciada pelo Breno Costa
naquele dia em que imensa e inexplicável tristeza
invadiu sua alma, domou sua mente e cavalgou seu
corpo.
12
destino, pois em seu livre arbítrio está a escolha do
caminho que deseja seguir.
13
Apresentação
Esta pequena obra surge como resultado dos meus
exercícios de sintonização com os planos superiores
de vida em nosso planeta.
15
Dessa maneira, procuraremos criar um cenário
favorável para libertação do quadro depressivo, ou,
ao menos, buscaremos fornecer instrumentos que,
se adotados, melhorarão o sentimento íntimo da-
queles que sofrem deste mal, trazendo um pouco da
sensação de bem estar e qualidade de vida.
A metodologia é simples.
16
Kardec) e, em especial, com as revelações e lições
trazidas pelo espírito André Luiz na coleção A Vida
no Mundo Espiritual (psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier).
17
Relato pessoal
18
Porém, enquanto ele permaneceu do meu lado,
influenciando meu estado de ânimo, fui obrigado a
lutar, intensamente, contra os sentimentos e pensa-
mentos que dominavam minha mente.
19
O que podemos garantir é: só há trevas onde não
há luz e a Luz Divina tem o poder de dissipar qual-
quer nuvem escura.
20
Com Jesus
21
A Terra, com seus contrastes e renovações inces-
santes, representará bendita escola de aprimoramen-
to individual, em cujas lições purificadoras deixará
você o egoísmo para sempre esmagado.
André Luiz pelo médium Chico Xavier
Livro: Agenda Cristã, edição FEB.
22
Primeiro Passo
Entender a depressão na visão espírita
23
Os graus de depressão variam ao infinito, desde
uma pequena, mas persistente e inexplicável triste-
za, até um sentimento tão forte que induz a pessoa a
pensar que não vale mais a pena continuar vivendo
(induz ao suicídio).
24
dem a visão interior, enceguecidos pelos enganos
da personalidade e do autoritarismo. Empenhados
em disputas intermináveis, em duelos formidandos
de opinião, conduzidos por desvairadas ambições
inferiores, os filhos da Terra abeiram-se de novo
abismo, que o olhar conturbado não lhes deixa per-
ceber. Esse hiante vórtice, meus irmãos, é o da alie-
nação mental, que não desintegra somente nossos
patrimônios celulares da vida física, senão também
atinge o tecido sutil de nossa alma, invadindo-nos
o cerne do corpo perispiritual. Quase todos os qua-
dros da civilização moderna se acham comprome-
tidos na estrutura fundamental. Precisamos, pois,
mobilizar todas as forças ao nosso alcance, a servi-
ço da causa humana, que é a nossa própria causa.
O trabalho salvacionista não é exclusividade da
religião: constitui ministério comum a todos, por-
que dia virá em que o homem há de reconhecer a
Divina Presença em toda a parte. A realização que
nos compete não se filia ao particularismo: é obra
genérica para a coletividade, esforço do servidor
honesto e sincero” (grifo nosso).
25
como grave doença mental que afeta grande parte
da população.
26
Assim, no decorrer deste século, a população de
pessoas desencarnadas que vivem na crosta terrestre
e nas dimensões vibratórias próximas dos encarna-
dos aumentou consideravelmente.
27
Afinal, quem não abaixa o padrão vibratório ao
longo do dia? A convivência no trabalho, em casa,
na via pública, estimula pensamentos densos, gros-
seiros, vulgares, de rebeldia, de raiva, de ressenti-
mento, de mágoa etc., o que nos coloca em sinto-
nia com os espíritos inferiores que permanecem na
crosta terrestre ou nas faixas vibratórias próximas.
28
“(...). A mente humana, perplexa, é compelida a
transições angustiosas. (...) Sabemos que a harmo-
nia interior não é artigo de oferta e procura nos mer-
cados terrestres, mas aquisição espiritual só acessí-
vel no templo do Espírito”.
29
A influência espiritual é algo natural, simples-
mente porque a permuta de vibrações entre dimen-
sões paralelas é fato da natureza, que um dia a ciên-
cia oficial irá comprovar, aceitar e estudar.
30
Entendido tal fato, é necessário reagir!
31
Segundo Passo
Oração – Prece
33
me de comunhão com as Esferas Superiores.
De essência divina, a prece será sempre o refle-
xo positivamente sublime do Espírito, em qualquer
posição, por obrigá-lo a despedir de si mesmo os
elementos mais puros de que possa dispor.
(...)
A mente centralizada na oração pode ser compa-
rada a uma flor estelar, aberta ante o infinito, absor-
vendo-lhe o orvalho nutriente de vida e luz”.
34
Dificuldades e problemas todos suportamos, mas
também todos temos pelo que agradecer (conforto
material, como casa, trabalho, comida, roupas; saú-
de física, como andar, ver, ouvir, respirar; ou amigos
queridos; parentes etc.).
35
Nesse sentido, a prece assume importantíssi-
ma ferramenta de defesa e renovação do equilíbrio
mental (Mecanismos da Mediunidade, p. 197):
36
Altera a emissão de vibrações mentais (de densas
e pesadas para sutis e leves).
Ilumina o ambiente, banhando-o de boas vibra-
ções.
Higieniza a mente e corpo espiritual (inclusive os
centros de força energética, conhecidos como cha-
cras).
Viabiliza receber a orientação dos amigos espiri-
tuais.
Torna-se natural proteção da mente nos ambien-
tes saturados de vibrações mentais variadas.
37
A oração diária apenas trará enormes benefícios
para nossa mente e ajudará no quadro depressivo
daqueles que sofrem com tal dificuldade.
38
Terceiro Passo
Estudar o Espiritismo
39
Para aqueles espíritos renitentes no mal, o estudo
do Espiritismo servirá como meio de doutrinação
(esclarecimento/assistência), relevando para eles a
importância de abandonar este caminho e aceitar as
Leis Divinas e o amor infinito de Jesus.
40
Ao amigo leitor que não é Espírita, recomenda-
mos leituras edificantes e manuais de auto ajuda,
associadas a mentalização positiva e oração. Mas,
medite sobre a possibilidade de conhecer a Doutri-
na Espírita, ela iluminará intensamente sua vida.
41
Quarto Passo
Passes magnéticos
43
“A princípio, seu perispírito ou ‘corpo astral’
estava revestido com eflúvios vitais que asseguram
o equilíbrio entre a alma e o corpo de carne, co-
nhecidos aqueles, em seu conjunto, como sendo o
‘duplo etérico’, formado por emanações neuropsí-
quicas que pertencem ao campo fisiológico e que,
por isso mesmo, não conseguem maior afastamento
da organização terrestre, destinando-se à desinte-
gração, tanto quanto ocorre ao instrumento carnal,
por ocasião da morte renovadora” (grifo nosso).
44
etérico, por meio de sua aplicação os centros de
energia do corpo espiritual, conhecidos como cha-
cras, são limpos, sincronizado e equilibrados.
45
mos procurar uma casa espírita idônea que ministre
passes magnéticos e/ou fluidoterapia regularmente.
46
Quinto Passo
Participar de programa de caridade
47
alteridade). Com isso, naturalmente, elevamos nos-
so padrão vibratório, sintonizando-nos, inclusive,
com a equipe espiritual que auxilia aquele trabalho
de beneficência.
48
Vale dizer, se não possuímos conforto material
que viabilize a ajuda financeira na caridade, ou não
dispomos de grande quantidade de tempo livre, bas-
ta doar uma hora de nossa semana, quinzena ou mês,
participando de algum programa de benemerência.
Claro que, quanto mais, melhor. Porém, melhor fa-
zer um pouco de caridade do que nenhuma!
49
catalisa bons sentimentos, melhorando o quadro de-
pressivo.
50
Quinto Passo - Participar de algum programa de
caridade.
51
Sexto Passo
Evangelho no lar
53
lizando verdadeira limpeza vibratória na casa e em
nossas mentes. Corresponde à faxina semanal que
fazemos na higiene de nossa casa.
54
Então, vamos começar pela nossa casa, adotando,
urgentemente, essa prática edificante!
55
5º - Leitura de O Evangelho Segundo o Espiritis-
mo (ou a Bíblia, para quem preferir).
56
presente, Jesus cuida de todas as almas desse planeta
e todos possuímos anjos da guarda (espíritos guias,
orientadores, amparadores, familiares e amigos). As-
sim, se moramos sozinhos, façamos com a mesma se-
riedade e sentimento, que os benefícios serão iguais.
57
Sétimo Passo
Leitura de mensagens edificantes
59
Importante ressaltar que as mensagens edifican-
tes são curtas e breves, sendo, em regra, apenas uma
ou duas folhas de um livro.
60
Com isso, terminamos o Sétimo Passo, relem-
brando os demais, que devem ser adotados conjun-
tamente:
61
Oitavo Passo
Fazer exercícios físicos regularmente
63
benéficos que irão ajudar na libertação do quadro
depressivo.
64
tenção do padrão vibratório elevado.
65
Segundo Passo - Adotar o hábito da oração diá-
ria.
Terceiro Passo - Estudar Espiritismo em casas
espíritas e em casa.
Quarto Passo - Reposição do magnetismo do
corpo por meio de passes espíritas.
Quinto Passo - Participar de algum programa de
caridade.
Sexto Passo - Realizar Evangelho no Lar sema-
nalmente.
Sétimo Passo - Ler mensagens edificantes todos
os dias.
Oitavo Passo - Fazer exercícios físicos regular-
mente.
66
Nono Passo
Afastar pensamentos não-edificantes
67
Essa dificuldade ocorre porque os pensamentos
não-edificantes surgem de nosso inconsciente que
ainda está programado pelos hábitos inferiores que
mantivemos ao longo das vidas. Além disso, os pen-
samentos grosseiros e vulgares são sugestionados
em nossas mentes por meio da influência de espíri-
tos inferiores ou doentes que estamos sintonizados
vibracionalmente.
Analisemos.
68
samento; e, se não foi nosso, conseguimos afastar a
influência inferior, aplicando as oportunas advertên-
cias do mestre Jesus Cristo: orai e vigiai.
69
te é o que fazemos com eles. Não devemos alimentá
-los divagando a respeito, mas, sim, devemos, rapi-
damente, afastá-los, inclusive praticando algum dos
passos aprendidos (leitura de mensagem edificante,
oração, estudo do espiritismo, prática de exercícios
físicos ou qualquer outra conduta que nos traga bem
estar imediato).
70
do os demais, que devem ser adotados conjunta-
mente:
71
Décimo Passo
Hábito angular/alavanca
73
nossas decisões diárias são tomadas sem nenhum
raciocínio, ou seja, de forma automatizada.
74
dam as qualidades nobres que estamos edificando;
no terceiro, temos a ‘casa das noções superiores’,
indicando as eminências que nos cumpre atingir.
Num deles moram o hábito e o automatismo; no
outro residem o esforço e a vontade; e no último
demoram o ideal e a meta superior a ser alcança-
da. Distribuímos, deste modo, nos três andares, o
subconsciente, o consciente e o superconsciente.
Como vemos, possuímos, em nós mesmos, o passa-
do, o presente e o futuro”.
75
aqui propostos, criando um cenário favorável para a
libertação do quadro depressivo.
76
reção essa na qual encontramos os princípios com-
bináveis com os nossos, razão pela qual, automati-
camente, estamos ligados em espírito com todos os
encarnados ou desencarnados que pensam como
pensamos” (Mecanismos da Mediunidade, p. 100,
Edição 26, FEB).
77
Importante entender que é interessante que seja
um hábito externo, porque não é possível fixar: “A
partir de amanhã não serei mais egoísta”. Ora, a
mudança efetiva e integral de condutas morais exige
anos, às vezes vidas, de trabalho intenso da cons-
ciência/espírito.
78
os dias.
Oitavo Passo - Fazer exercícios físicos regular-
mente.
Nono Passo - Afastar qualquer pensamento não
-edificante.
Décimo Passo - Estabelecer um hábito angular/
alavanca.
79
Conclusões
Caro leitor e amigo, a busca pela libertação da
depressão exige o passo principal: perseverança.
81
A vida sempre continua, ora aqui, nesta dimensão
vibratória, ora na outra dimensão, que conhecemos
como “mundo espiritual” (mas que é tão concre-
ta quanto a nossa, apenas com a matéria em outra
composição vibracional, mais sutil).
82
mudança de dimensão vibratória e, por ser agressivo
ao espírito, resultará em enorme prejuízo, piorando
em muito qualquer situação que já se julgue ruim.
83
ção dos dez passos, a libertação da depressão tor-
nar-se-á mais fácil, ou, como dito, ao menos haverá
indiscutível melhora na qualidade de vida.
84
Mensagens Edificantes
Reaja!
Ore e reaja!
Estude e reaja!
É necessário reagir.
85
A luz dissipa as trevas.
86
Seja forte!
Seja forte!
87
metas para melhorar nossa saúde mental.
Seja forte!
Seja forte!
88
apenas de perseverança para revelar-se em práticas
diárias de seu cotidiano.
Seja forte!
89
O melhor remédio do mundo
90
situação, estamos contribuindo para que ela dê cer-
to.
91
em forma de resignação, o que, na prática, alivia as
dores morais e físicas da doença desenvolvida.
92
Superação
93
culdades e vícios mantidos pelo Espírito é que nós
conseguiremos nos preparar para a Vida Maior.
94
do esferas de vida ainda atrasadas na dimensão vi-
bratória chamada “Mundo Espiritual”, locais estes
dominados por inteligências que se encontram ainda
na ignorância e submetidas por instintos inferiores.
95
Paciência e tolerância
96
suportam nossos defeitos no ambiente de trabalho,
simplesmente porque agiram da forma que não con-
cordamos.
97
tório, entrando em harmonia com as vibrações posi-
tivas e benéficas da Espiritualidade Superior.
98
Ilumine sua mente
99
Adotemos o hábito da oração.
100
Iluminar-se é, simplesmente, afastar as trevas.
101
Otimismo e resignação
102
alguma qualidade de nosso espírito que queríamos
trabalhar (vaidade, egoísmo, ganância, materialis-
mo, vício, frieza, crueldade etc).
De outro lado, somos os comandantes de nossa
vida e devemos sempre guiá-la com o otimismo,
torcendo para que tudo dê sempre certo. Quando
pensamos, emitimos vibrações e, sendo otimista,
estamos contribuindo para que a situação ou fato
ocorra sempre positivamente.
103
Se olharmos com mais atenção, veremos que Ele
fechou uma porta, mas abriu diversas outras e inú-
meras janelas. Nós é que devemos parar de chorar e
lamentar sobre os aspectos ruins do acontecimento,
abrindo os olhos e deixando a Luz Divina iluminar
nossos corações.
Sejamos otimistas e confiemos na Espiritualidade
Superior!
104
Pleno domínio da mente
(Mensagem psicografada por Breno Costa)
105
longo desses 60 segundos, a solução aparecerá: a) o
carro virará na próxima esquina; b) surgirá a causa
do desagrado (anulando o nascimento de sentimento
de impaciência, raiva ou ira); c) surgirá um ponto
para uma ultrapassagem segura.
Se estiverem conversando com alguém e algo na
conversa soar desagradável aos ouvidos. Aguarde
60 segundos, mantendo a harmonia mental. Muitas
vezes, a conclusão da conversa alcançará uma so-
lução pacificadora; ou a pessoa terminará a fala e
surgirá, naturalmente, a oportunidade de esclareci-
mentos (brandos).
Se, em determinado momento do dia, surgir su-
gestão de tentações inferiores, resista por um mi-
nuto à ideia e ore, percebendo que, rapidamente,
pensamentos edificantes surgirão e serão mais bem
recebidos do que a má ideia.
Amigos, se esforcem em manter a harmonia men-
tal por esse um minuto (60 segundos), nessas e em
outras situações do dia a dia.
Depois, naturalmente, conseguirão fazer o mes-
mo exercício mental por dois minutos, minimizan-
do ainda mais os fatos que ensejam o desequilíbrio
mental e a queda do padrão vibratório.
Ultrapassados alguns meses, com menos esforço
(e até mesmo desejando isso), conseguirão manter
a harmonia mental por 5 minutos, 10 minutos, meia
hora, uma hora. E aí, caros irmãos, além da doce
106
paciência, poderão usufruir dos sentimentos de tole-
rância, brandura e humildade, despertando, aos pou-
cos, o sublime sentimento do amor ao próximo, que
anulará qualquer queda de padrão vibratório, seja
qual for a dificuldade do dia.
Quando atingirem esse nível, terão alcançado o
pleno domínio da mente.
Com isso, a manutenção do padrão vibratório
será algo suave e automático.
Então, comecemos com o exercício de controle
da harmonia mental por um minuto!
107
Afinidades e implicâncias
(Mensagem psicografada por Breno Costa)
108
Ao enviarmos pensamentos de implicância para
determinada pessoa, criamos um circuito fechado
de forças negativas, porque ela recebe essas vibra-
ções e as devolve, sendo que, caso também nutra
implicância pela nossa pessoa (em regra é o que
acontece quando da falta de sintonia/simpatia/afi-
nidade), essas vibrações voltam carregadas de mais
energia negativa.
Com isso, juntos cavamos um abismo.
Mas, da mesma forma, podemos construir uma
ponte que inevitavelmente proporcionará a amizade
sincera e fraterna, ou, ao menos, boa convivência.
109
ficas, o que transformará a imagem que possui de
nossa pessoa. Ao mesmo tempo que energia positiva
emitida pela nossa mente atrai energia positiva, fe-
chando o circuito de forças.
Dessa forma, esse circuito fechado de forças po-
sitivas aproximará os dois irmãos e, no futuro, com
certeza, não lembraremos qual era o motivo para a
falta de afinidade.
Lembremos: somente a luz ilumina as trevas.
Iluminemos nossas mentes com amor e humildade.
O resultado será grandioso.
Coloquemos em prática a conduta ensinada e ob-
servemos os resultados em curto espaço de tempo.
110
Qual a justificativa?
(Mensagem psicografada por Breno Costa)
111
Não adianta agradecer a Deus pela luz trazida
pela Espiritualidade Superior, se não a usamos para
iluminar nosso futuro.
Natural que as mudanças morais sejam forjadas
ao longo de vidas, porém, injustificável a manuten-
ção de tantos vícios externos do espírito (alimenta-
ção desregrada, sensualismo desajustado, consumo
de tabaco, álcool, drogas etc.).
O que justifica mantê-los? Convívio social? Nada
justifica!
O esforço e a perseverança em mudar os hábitos
revelam os benefícios de uma vida sem vícios.
Portanto, caros irmãos, iniciem as mudanças ime-
diatamente, largando os vícios grosseiros que carac-
terizam a vida nos círculos inferiores de existência
da consciência.
112
É razoável pensar nisso
113
A resistência não é adorno verbalista. É sustento
de sua fé.
*
A esperança não é genuflexório de simples con-
templação. É energia para as realizações elevadas
que competem a seu espírito.
*
Virtude não é flor ornamental. É fruto abençoado
do esforço próprio, que você deve usar e engrande-
cer no momento oportuno.
114
Amai-vos, eis o primeiro ensinamento;
instruí-vos, eis o segundo
(Mensagem psicografada por Breno Costa)
115
Autoaprimoramento
***
116
Que somos espíritos endividados perante as leis
divinas, em nos reportando a nós outros, os compa-
nheiros em evolução na Terra, não padece dúvida.
Urge, porém, saber como facear, construtivamen-
te, as necessidades e os problemas do mundo íntimo.
Reconhecemo-nos falhos, em nos referindo aos
valores da alma, ante a Vida Superior, mas abste-
nhamo-nos de chorar inutilmente no beco da auto-
piedade. Ao invés disso, trabalhemos na edificação
do bem de todos.
***
117
ou fizermos, doemos aos outros o melhor de nós,
porque Deus nos conhecerá pelos bons frutos que
produzirmos.
118
Tecnologia
(Mensagem psicografada por Breno Costa)
119
Aliás, nesse sentido, importante entender que a
matéria física nunca se tornará extrafísica.
A matéria da terceira dimensão sofre e sofrerá
mutações, mas nunca se torna extrafísica. Isso por-
que os átomos tridimensionais não se tornarão qua-
dridimensionais.
O que muda é a residência das consciências que
se preparam para, um dia, habitar a quarta dimensão.
Lembrem-se: a dimensão física é a escola das
consciências, visando a Vida Maior, que não se con-
cretizará na terceira dimensão.
A revolução tecnológica é somente mais um ma-
terial da escola em que meus irmãos encarnados es-
tagiam. Aproveitem essa e outras ferramentas para
disciplinar suas mentes e não a utilizem do modo
errado, seja moral ou intelectualmente.
120
Salva-vidas
(Mensagem psicografada por Breno Costa)
121
no desenvolvimento moral do espírito.
Por meio da caridade sincera e fraterna, aprende-
mos a amar e, assim, sublimamos nossos sentimen-
tos.
Além disso, e por isso, a prática da caridade sin-
cera e fraterna ao longo da vida física transforma-se
em verdadeiro salva-vidas do espírito, impedindo
que afunde nos abismos das imperfeições e dos ví-
cios, o que resultaria na moradia de locais infelizes
do chamado “mundo espiritual”.
122
Em torno da felicidade
123
mento traz humildade. Sem humildade, é impossí-
vel ser feliz.
*
Amor é a força da vida, e o trabalho vinculado ao
amor é a usina geradora da felicidade.
*
Se você parar de se lamentar, notará que a felicidade
está chamando o seu coração para uma vida nova.
*
Quando o céu estiver cinza, a derramar-se em chu-
va, medite na colheita farta que chegará do campo e
na beleza das flores que surgirão no jardim.
124
Grande derrota da humanidade
(Mensagem psicografada por Breno Costa)
125
veio chamar os pecadores e se fará mais festa no céu
pela chegada das ovelhas desgarradas.
Então, caros irmãos, se preocupem sempre em dar
esse passo a mais e amar todos os irmãos infelizes,
lutando, ativamente, para ajudar os mais carentes.
Nessa fase, muitos estão encarnando buscando
a última oportunidade de despertamento. Devemos
auxiliá-los intensamente!
126
Escândalos e nós
127
melhorar de situação, pode transformar-se em atitu-
de compulsiva, gerando enfermidade e perturbação.
Esterilidade, em qualquer setor, será invariavel-
mente esterilidade
***
Recordemos a lição viva e constante do livre ar-
bítrio a conclamar-nos ao próprio burilamento e uti-
lizemos o empréstimo das horas que nos é concedi-
do, nos recursos em mãos, comandando as oportu-
nidades que o tempo nos faculte para empreender as
renovações de que sejamos carecedores.
Somos espíritos eternos e, conquanto nos caiba o de-
ver de aproveitar as experiências do passado no que evi-
denciem de útil e de preparar o futuro para que o destino
se nos faça mais elevado, lembremo-nos de que somos
chamados nas áreas do agora a viver um dia de cada vez.
Erros, teremos perpetrado inúmeros.
Débitos, têmo-los ainda enormes.
Entretanto, se soubermos empregar, com critério
e equilíbrio, os instrumentos de que dispomos, não
há tempo a desperdiçar com lamentos inúteis, de
vez que, quanto mais quisermos aprender e traba-
lhar, compreender e servir, mais alto e mais belo se
nos fará o caminho na direção da vida melhor.
128
Roupa nova
(Mensagem psicografada por Breno Costa)
129
Porém, quase sempre, ao sairmos do centro espí-
rita e entrarmos na rotina diária, rasgamos a roupa
nova e colocamos os velhos trapos costurados por
nossos hábitos inferiores.
Em algumas oportunidades, conseguimos manter
a roupa nova por certos dias, mas, ainda assim, al-
guns remendos de panos velhos são costurados por
descuido no controle de nossas condutas.
130
Vontade
131
sal, criando gravitação e afinidade, assimilação e
desassimilação, nos campos múltiplos da forma que
servem à romagem do espírito para as metas supre-
mas, traçadas pelo Plano Divino.
A Vontade, contudo, é o impacto determinante.
Nela dispomos do botão poderoso que decide o
movimento ou a inércia da máquina.
132
Reforma íntima – por que é tão difícil
e como fazer?
133
a emitir sempre o mesmo padrão de ondas mentais.
2º – Nosso subconsciente está alimentado de re-
flexos condicionados inferiores de outras vidas e de
outros estágios da evolução. Antes de chegarmos
na fase humana, quando ainda éramos apenas uma
crisálida de consciência nos reinos inferiores, foi
necessário o desenvolvimento de instintos que, aos
poucos, agora na fase humana, vão dando lugar à
razão e ao sentimento. Na nossa atual fase, estamos
lutando para largar esses instintos inferiores, ainda
de ordem animalizada, para chegarmos no estágio
da razão e do sentimento.
Nossas reencarnações anteriores ainda eram mui-
to inferiores. Basta pensarmos que, há 200 anos
atrás, havia escravidão no Brasil.
Disso resulta que, ao longo dessas reencarnações
em épocas atrasadas da humanidade, desenvolvemos
reflexos condicionados ligados a hábitos grosseiros
e inferiores (vícios e condutas morais infelizes).
Com a nova reencarnação trazemos, em nosso
subconsciente, esses reflexos condicionados que, se
não possuirmos controle mental rígido, manterão os
hábitos inferiores, impossibilitando a reforma ínti-
ma.
3º – A influência religiosa do passado faz com
que consideremos ruim fazer a reforma íntima. Soa
como “chato” largar de beber cerveja, controlar a
mente quanto à pornografia, não fumar, não usar
134
drogas. São consideradas bobas as pessoas tran-
quilas, pacíficas, caridosas. Isso tudo porque ainda
temos a mente presa a essa dimensão densa. Não
conseguimos elevar um pouco nossa mente para en-
tender que, nas outras dimensões mais sutis, a maté-
ria, onde o espírito vive, é completamente diferente.
Nesses lugares, a alegria e a felicidade, com seus
naturais prazeres, valem infinitamente mais do que
qualquer vício que mantemos aqui, nesta vida imer-
sa em dimensão grosseira.
4º – A influência espiritual. Atualmente, possuí-
mos mais de 7 bilhões de habitantes encarnados no
planeta. Assim, aumentou o número de desencarne
de consciências/pessoas em conjunto, e numa épo-
ca em que os vícios materiais se multiplicam. Com
isso, muitos desses espíritos permanecem na crosta
terrestre, procurando viver entre os encarnados para
manter os vícios de suas mentes.
O resultado dessa maior convivência é, natural-
mente, uma maior influência, procurando nos levar
a manter hábitos inferiores.
*
Disso tudo resulta que precisamos lutar contra os
estímulos inferiores que nascem de nosso próprio
subconsciente e da influência externa dos espíritos
infelizes, entendendo que a reforma íntima nos ca-
pacitará para a verdadeira Vida Maior (que não nas-
ce apenas do desencarne, mas, sim, da nossa eleva-
135
ção para planos de vida superiores, em dimensões
vibratórias mais sutis).
Precisamos reprogramar nossas mentes.
Necessitamos largar os hábitos inferiores e adqui-
rir hábitos edificantes. Com isso, alteraremos nosso
padrão vibratório e não receberemos influências in-
feriores.
Porém, ninguém conseguirá fixar “a partir de
amanhã não serei mais egoísta”.
Isso porque os vícios internos do espírito, ligados
à moral, levam anos e até mesmo vidas para depu-
ração.
De outro lado, os vícios externos podem ser com-
batidos imediatamente.
Sabendo disso, precisamos estipular uma estraté-
gia para a reforma íntima.
Essa estratégia envolve tanto os vícios internos
quanto externos do espírito, com a diferença de que
terá repercussão imediata nos vícios externos e me-
diata nos vícios internos.
Dentro desse cenário, devemos adotar em nossa
vida diária, como hábitos que não podem ser adia-
dos:
1 – Oração diária (ao acordar, ao dormir, indo
para o trabalho, voltando, caminhando, correndo,
sempre é possível elevar o pensamento e fazer uma
prece agradecendo a Deus tudo que possui e pedin-
do proteção para a vida diária).
136
2 – Evangelho no Lar (estabelecer um dia na se-
mana, em determinado horário, para orar em famí-
lia, ver “artigo” a respeito no site).
3 – Ler mensagens edificantes (as mensagens tra-
zidas pela Espiritualidade Superior iluminam nos-
sas mentes e ampliam nossos conceitos, ensinando
a praticar condutas edificantes).
4 – Meditação diária (reservar 5 minutos do dia
para ouvir música relaxante, evitando pensar nos
problemas do trabalho, da família, apenas elevar o
pensamento a Deus e meditar).
5 – Alimentação saudável e exercícios físicos
regulares (precisamos conservar a saúde de nosso
veículo de manifestação nesta dimensão vibratória,
o corpo físico). A prática de exercícios físicos regu-
lares ajuda a elevar a sensação de bem estar, contri-
buindo na manutenção do padrão vibratório.
Essas cinco práticas caracterizam-se por serem
hábitos edificantes que catalisarão bons pensamen-
tos e proporcionarão a elevação de nosso padrão vi-
bratório, além da mudança interna de nossas condu-
tas inferiores.
Em conjunto com esses hábitos, devemos vigiar
nossos pensamentos, cortando, no nascedouro, qual-
quer estímulo não edificante. Afinal, se o estímulo era
de nosso subconsciente, demos um passo para a re-
programação de nossa mente; se o estímulo era influ-
ência de espírito infeliz, afastamos a má companhia.
137
Imaginar fazer a reforma íntima sem conhecê-la e
sem traçar uma estratégia é ineficaz, porque estamos
lutando contra uma programação de nossa mente de
milhares de anos, além da influência de espíritos in-
felizes que habitam a crosta terrestre.
Ao estabelecer essas cinco condutas edificantes,
dificilmente a reforma íntima não avançará em nos-
sa vida mental.
Com certeza nossos amigos espirituais aguardam,
ansiosamente, pela nossa elevação, por isso, ajuda
não faltará!
138
Não perca
139
Não perca a paciência... recorde a paciência ines-
gotável de Deus.
140
Fora da caridade não há salvação?
(Mensagem psicografada por Breno Costa)
141
Em nosso plano de existência, no mundo físico,
regra geral (costume social), nossa residência é de-
terminada pelos nossos ganhos materiais. Assim,
quanto mais rico materialmente é a pessoa, mais bo-
nito, seguro e confortável é o seu lar.
Porém, no chamado “mundo espiritual”, onde
a matéria assume outras composições, tornando-
-a mais sutil e influenciável ao pensamento, a resi-
dência das consciências é determinada pelo grau de
evolução moral e intelectual, principalmente moral.
Nesse sentido, quanto mais sublimados os senti-
mentos do espírito, melhor é a sua morada.
Aqueles que atingiram altos níveis de evolução
moral, que já sabem amar o próximo, seguindo os
ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, habi-
tam esferas sutis da dimensão “mundo espiritual”,
residindo em colônias (cidades) desenvolvidas,
onde a sensação de bem estar e felicidade é a regra.
Diante desse conhecimento, podemos entender
que a prática da caridade assume relevante papel em
nossas vidas.
Por meio da caridade sincera e fraterna aprende-
mos a sair de nosso sentimento egoísta, doando par-
te de nosso tempo e de nosso conforto material em
prol de irmãos nossos em condições menos felizes.
Com isso, a prática da caridade sincera e fraterna
torna-se exercício da alma para o aprendizado da lei do
amor trazida e vivenciada por Nosso Senhor Jesus Cristo.
142
Sem aprendermos a amar nossos semelhantes,
seja quem for, não conseguiremos sublimar nossos
sentimentos e não ascenderemos rumo à Vida Maior.
Além de ser importante exercício da alma,
com a prática da caridade sincera e fraterna
entramos em sintonia com os amigos espiritu-
ais superiores que procuram almas encarnadas
para fazer o bem. Assim, quando chegar a nossa
hora de viajarmos de volta para casa, para a di-
mensão vibratória principal, a qual conhecemos
como “mundo espiritual”, possuiremos méritos
ante a lei divina para receber assistência, sendo
já encaminhados para hospitais ou colônias de
transição.
Dessa forma, por meio da caridade, sublimamos
nossos sentimentos, elevando nosso padrão vibrató-
rio, entramos em sintonia com amigos espirituais,
auferimos méritos junto às leis divinas e, por conse-
quência inevitável, evitamos residir em locais infe-
lizes do chamado “mundo espiritual”.
Vemos, portanto, que a frase “fora da caridade
não há salvação” resume a enorme importância des-
se exercício que nos aproxima do Pai Criador.
Deus, nosso pai, socorre as criaturas por meio
das criaturas. Assim, durante a caridade aos irmãos
menos favorecidos, estamos, naquele momento, em
sintonia e a serviço de nosso querido pai e sua infi-
nita misericórdia.
143
Por fim, importante ressaltar que a caridade não se
resume à doação de valores materiais. Em verdade,
trata-se da forma mais fácil de caridade. Aquele que
quer seguir as trilhas de Nosso Mestre Jesus deve
dedicar-se diretamente junto aos necessitados, por
meio da caridade fraterna e sincera, doando tempo,
amor, sorrisos e alegria.
Todas as instituições religiosas do mundo neces-
sitam de ajuda, se não podemos doar valores mate-
riais, podemos doar nosso tempo. Se estamos atare-
fados, doemos ao menos uma hora de nosso mês, de
nossa quinzena.
A seara de trabalho é enorme e faltam trabalhado-
res do bem.
Tornemo-nos um deles e sejamos um dos instru-
mentos do Pai Criador entre nossos irmãos.
144
Peixinho vermelho
145
dade de peixes, a se refestelarem, nédios e satisfei-
tos, em complicadas locas, frescas e sombrias.
Elegeram um dos concidadãos de barbatanas para
os encargos de rei, e ali viviam, plenamente despre-
ocupados, entre a gula e a preguiça.
Junto deles, porém, havia um peixinho vermelho,
menosprezado por todos.
Não conseguia pescar a mais leve larva, nem re-
fugiar-se nos nichos barrentos.
Os outros, vorazes e gordalhudos, arrebatavam
para si todas as forma larvárias e ocupavam, displi-
centes, todos os lugares consagrados ao descanso.
O peixinho vermelho que nadasse e sofresse. Por
isso mesmo era visto em correria constante, perse-
guido pela canícula ou atormentado de fome.
Não encontrando pouso no vastíssimo domicílio,
o pobrezinho não dispunha de tempo para muito la-
zer e começou a estudar com bastante interesse.
Fez o inventário de todos os ladrilhos que enfei-
tavam as bordas do poço, arrolou todos os buracos
nele existentes e sabia, com precisão, onde se reuni-
ria maior massa de lama por ocasião de aguaceiros.
Depois de muito tempo, à custa de longas perqui-
rições, encontrou a grade do escoadouro.
À frente da imprevista oportunidade de aventura
benéfica, refletiu consigo:
— “Não será melhor pesquisar a vida e conhecer
outros rumos?”
146
Optou pela mudança.
Apesar de macérrimo pela abstenção completa
de qualquer conforto, perdeu várias escamas, com
grande sofrimento, a fim de atravessar a passagem
estreitíssima.
Pronunciando votos renovadores, avançou, oti-
mista, pelo rego d’água, encantado com as novas
paisagens, ricas de flores e sol que o defrontavam, e
seguiu, embriagado de esperança...
Em breve, alcançou grande rio e fez inúmeros co-
nhecimentos.
Encontrou peixes de muitas famílias diferentes, que
com ele simpatizaram, instruindo-o quanto aos percal-
ços da marcha e descortinando-lhe mais fácil roteiro.
Embevecido, contemplou nas margens homens e
animais, embarcações e pontes, palácios e veículos,
cabanas e arvoredo. Habituado com o pouco, vivia
com extrema simplicidade, jamais perdendo a leve-
za e a agilidade naturais.
Conseguiu, desse modo, atingir o oceano, ébrio
de novidade e sedento de estudo.
De início, porém, fascinado pela paixão de ob-
servar, aproximou-se de uma baleia para quem toda
a água do lago em que vivera não seria mais que
diminuta ração. Impressionado com o espetáculo,
abeirou-se dela mais do que devia e foi tragado com
os elementos que lhe constituíam a primeira refei-
ção diária.
147
Em apuros, o peixinho, aflito, orou ao Deus dos
Peixes, rogando proteção no bojo do monstro e, não
obstante as trevas em que pedia salvamento, sua
prece foi ouvida, porque o valente cetáceo começou
a soluçar e vomitou, restituindo-o às correntes ma-
rinhas.
O pequeno viajante, agradecido e feliz, procurou
companhias simpáticas e aprendeu a evitar os peri-
gos e as tentações.
Plenamente transformado em suas concepções
do mundo, passou a reparar as infinitas riquezas da
vida. Encontrou plantas luminosas, animais estra-
nhos, estrelas móveis e flores diferentes no seio das
águas. Sobretudo, descobriu a existência de muitos
peixinhos, estudiosos e delgados tanto quanto ele,
junto dos quais se sentia maravilhosamente feliz.
Vivia, agora, sorridente e calmo, no Palácio de
Coral que elegera, com centenas de amigos, para re-
sidência ditosa, quando, ao se referir ao seu começo
laborioso, veio a saber que somente no mar as cria-
turas aquáticas dispunham de mais sólida garantia,
de vez que, quando o estio se fizesse mais arrasador,
as águas de outra altitude continuariam a correr para
o oceano.
O peixinho pensou, pensou... e sentindo imensa
compaixão por aqueles com quem convivera na in-
fância, deliberou consagrar-se à obra do progresso e
salvação deles.
148
Não seria justo regressar e anunciar-lhes a ver-
dade? Não seria nobre ampará-los, prestando-lhes a
tempo valiosas informações? Não hesitou.
Fortalecido pela generosidade de irmãos benfei-
tores que com ele viviam no Palácio de Coral, em-
preendeu comprida viagem de volta.
Tornou ao rio, do rio dirigiu-se aos regatos e dos
regatos se encaminhou para os canaizinhos que o
conduziram ao primitivo lar.
Esbelto e satisfeito como sempre, pela vida de
estudo e serviço a que se devotava, varou a grade
e procurou, ansiosamente, os velhos companheiros.
Estimulado pela proeza de amor que efetuava, su-
pôs que seu regresso causasse surpresa e entusiasmo
gerais. Certo, a coletividade inteira lhe celebraria o
feito, mas depressa verificou que ninguém se mexia.
Todos os peixes continuavam pesados e ociosos,
repimpados nos mesmos ninhos lodacentos, prote-
gidos por flores de lótus, de onde saíam apenas para
disputar larvas, moscas ou minhocas desprezíveis.
Gritou que voltara à casa, mas não houve quem
lhe prestasse atenção, porquanto ninguém, ali, havia
dado pela ausência dele.
Ridicularizado, procurou, então, o rei de guelras
enormes e comunicou-lhe a reveladora aventura.
O soberano, algo entorpecido pela mania de gran-
deza, reuniu o povo e permitiu que o mensageiro se
explicasse.
149
O benfeitor desprezado, valendo-se do ensejo, es-
clareceu, com ênfase, que havia outro mundo líqui-
do, glorioso e sem fim. Aquele poço era uma insig-
nificância que podia desaparecer, de momento para
outro. Além do escoadouro próximo desdobravam-
-se outra vida e outra experiência. Lá fora corriam
regatos ornados de flores, rios caudalosos repletos
de seres diferentes e, por fim, o mar, onde a vida
aparece cada vez mais rica e mais surpreendente.
Descreveu o serviço de tainhas e salmões, de tru-
tas e esqualos. Deu notícias do peixe-lua, do peixe-
-coelho e do galo-do-mar. Contou que vira o céu
repleto de astros sublimes e que descobrira árvo-
res gigantescas, barcos imensos, cidades praieiras,
monstros temíveis, jardins submersos, estrelas do
oceano e ofereceu-se para conduzi-los ao Palácio de
Coral, onde viveriam todos, prósperos e tranquilos.
Finalmente, os informou de que semelhante felici-
dade, porém, tinha igualmente seu preço. Deveriam
todos emagrecer, convenientemente, abstendo-se de
devorar tanta larva e tanto verme nas locas escuras
e aprendendo a trabalhar e estudar tanto quanto era
necessário à venturosa jornada.
Assim que terminou, gargalhadas estridentes co-
roaram-lhe a preleção.
Ninguém acreditou nele.
Alguns oradores tomaram a palavra e afirmaram,
solenes, que o peixinho vermelho delirava, que ou-
150
tra vida além do poço era francamente impossível,
que aquela história de riachos, rios e oceanos era
mera fantasia de cérebro demente e alguns chega-
ram a declarar que falavam em nome do Deus dos
Peixes, que trazia os olhos voltados para eles uni-
camente.
O soberano da comunidade, para melhor ironizar
o peixinho, dirigiu-se em companhia dele até a gra-
de de escoamento e, tentando, de longe, a travessia,
exclamou, borbulhante:
— Não vês que não cabe aqui nem uma só de
minhas barbatanas? Grande tolo! Vai-te daqui! Não
nos perturbe o bem estar... Nosso lago é o centro do
universo... Ninguém possui vida igual à nossa!
Expulso a golpes de sarcasmo, o peixinho reali-
zou a viagem de retorno e instalou-se, em definitivo,
no Palácio de Coral, aguardando o tempo.
Depois de alguns anos, apareceu pavorosa e de-
vastadora seca.
As águas desceram de nível. E o poço onde vi-
viam os peixes pachorrentos e vaidosos esvaziou-
-se, compelindo a comunidade inteira a perecer, ato-
lada na lama...
O esforço de André Luiz, buscando acender luz
nas trevas, é semelhante à missão do peixinho ver-
melho.
Encantado com as descobertas do caminho in-
finito, realizadas depois de muitos conflitos no so-
151
frimento, volve aos recôncavos da crosta terrestre,
anunciando aos antigos companheiros que, além
dos cubículos em que se movimentam, resplandece
outra vida, mais intensa e mais bela, exigindo, po-
rém, acurado aprimoramento individual para a tra-
vessia da estreita passagem de acesso às claridades
da sublimação.
Fala, informa, prepara, esclarece...
Há, contudo, muitos peixes humanos que sorriem
e passam, entre a mordacidade e a indiferença, pro-
curando locas passageiras ou pleiteando larvas tem-
porárias.
Esperam um paraíso gratuito com milagrosos des-
lumbramentos depois da morte do corpo. Mas, sem
André Luiz e sem nós, humildes servidores de boa
vontade, para todos os caminheiros da vida humana
pronunciou o Pastor Divino as indeléveis palavras:
“A cada um será dado de acordo com as suas obras.”
152