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Isabella Santos Tarossi, 21

3ª B

O ISLAMISMO

1. O interesse da sociologia pelo islamismo


A organização da sociedade islâmica

O islamismo é interessante à sociologia porque enuncia a formação de uma


sociedade, com bases ideológicas, políticas e estruturais bem definidas. Nos dias de
hoje, o islamismo predomina praticamente em todo o norte da África e países de língua
árabe. Atualmente é a religião que mais cresce no mundo, aproveitando dos vários
movimentos migratórios da população árabe para o ocidente e também o período de
descrença que o cristianismo teve devido à evolução da ciência e críticas a alguns mitos
e lendas que perpetuaram durante séculos.
O monoteísmo e a revelação por intermédio de Maomé representam a base
fundamental da fé islâmica. É por meio desses princípios que os muçulmanos não
apenas professam suas crenças, mas também conduzem seus atos de vida, suas normas
de conduta e comportamentos, seja em suas obrigações privadas, quando praticam as
suas orações, o jejum ou as peregrinações; seja nas suas obrigações com os outros
quando praticam a caridade. A crença de que não há outro deus além de Alá e de que
Maomé é o seu profeta é, portanto, a pedra angular da doutrina islâmica.
Tais fundamentos são encontrados em vários trechos das suas escrituras
sagradas, como por exemplo: "Deus dá testemunho de que não há mais divindade além
d'Ele; os anjos e os sábios O confirmam Justiceiro; não há mais divindade além d'Ele, o
Poderoso, o Prudentíssimo”. (Alcorão Sagrado, 3:18). Nesses termos as obrigações
religiosas dos muçulmanos amparam-se em cinco pilares, a saber:

1. O credo;
2. A oração;
3. A caridade;
4. O jejum;
5. A peregrinação a Meca.

2. Em que acreditam os brasileiros

Um dos feitos mais marcantes dos muçulmanos no Brasil foi a Rebelião de


Libertação, na qual foi iniciada uma batalha para defender o Quilombo dos Palmares
entre os anos de 1693 a 1694. Além disso, foram de extrema importância na Revolta
dos Muçulmanos Haussás (1807) e, em 1835, na Revolta dos Malês, movimento de
escravos de origem muçulmana com propostas radicais referentes à libertação dos
demais servos africanos que também fossem muçulmanos.
Outro fator importante para o crescimento do Islã no Brasil foi a imigração de
libaneses e sírios durante a realização da Primeira Guerra Mundial. Com isso, no ano de
1927, foi criada a Sociedade de Bem-Estar Palestina Muçulmana, na cidade de São
Paulo. A partir de 1929, com novos adeptos do Islã chegando ao País, o nome da
instituição foi alterado para Sociedade do Bem-Estar Muçulmano.
Entre outros aspectos, um fator que endossou o aumento da quantidade de
muçulmanos no Brasil foram traduções confiáveis do Alcorão para o idioma português
brasileiro, além da imensa quantidade de informações na internet. De acordo com
informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de
seguidores da religião no País é 27.000. Entre os anos de 2001 e 2011, o número de
convertidos ao Islã teve crescimento de 25% na nação.
Apesar disso, algumas entidades não concordam com o número publicado pelo
IBGE. Um exemplo é a Federação Islâmica Brasileira, que aponta a existência de 1,5
milhão de seguidores do Islã no Brasil. Em todo o País, estima-se que existam oitenta
centros de Islã e cerca de 50 mesquitas.
As cidades de Foz do Iguaçu, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo abrigam
as mais populosas comunidades de muçulmanos no Brasil. Notavelmente, na já citada
Foz do Iguaçu, encontra-se o maior número de adeptos da religião. Além da presença
de salas destinadas à oração e templos por quase todos os outros Estados que compõe
a nação, em São Paulo há aproximadamente 10 mesquitas, sendo que a mais antiga é a
Mesquita Brasil, fundada no continente latino-americano a partir do ano de 1929.

3. O que diz o Estado e o que faz a sociedade

O Alcorão Sagrado é considerado a Constituição Islâmica, já que é a primeira fonte


de consulta e consequentemente a mais importante. O Alcorão orienta o Direito
Islâmico e serve de seu fundamento valorativo. O Direito Islâmico consegue retirar do
Alcorão tudo o que necessita para a organização de todas as áreas do Direito.
A fonte Alcorânica do Direito consta de versículos ou passagens, alguns dos quais
referem-se ao Direito Cultual, outros versículos referem-se ao Direito Civil, que orienta
a conduta do homem com seus semelhantes, outros versículos referentes ao Direito de
Família, bens e sucessões, outros de Direito Comercial, contratos e transações, e outros
ainda referentes ao Direito Penal, e direitos referentes à guerra e à paz.
A Sunnah é, na verdade, um documento que contém leis sentenciadas (tradições,
normas, atos, preceitos e consentimentos) do profeta Muhamad e consiste na
compilação dos ensinamentos do profeta Muhamad, bem como suas sentenças e sua
conduta em geral. Ela é também, baseada na aplicabilidade das leis do Alcorão Sagrado.
O Ijtihad, é o consenso dos sábios islâmicos (juristas mulçumanos) referentes a
jurisprudência sobre assuntos da atualidade não abordados claramente no Alcorão e na
Sunnah. Baseia-se na analogia e não pode de forma alguma, contrariar as duas
primeiras fontes, o Alcorão e a Sunnah.
Quando existe um tema da atualidade que não foi abordado claramente nas duas
primeiras fontes, é constituída uma comissão de especialistas de acordo com a
necessidade do tema a ser tratado, e elas expõem os seus veredictos sobre o tema,
fundamentado a partir das duas primeiras fontes. Essas resoluções são a jurisprudência
islâmica, que é conhecida por “Fatwa”.
O Direito Islâmico é a lei estipulada por Deus aos homens e “regula a relação do
homem com Seu Criador”. Toda a normatização desse Direito parte das duas primeiras
fontes do Direito islâmico (Alcorão Sagrado e a Sunnah). Tais fontes são imutáveis e
eternas. Defende-se a premissa de que não é possível existir leis desatualizadas ou
ultrapassadas, pois quem ditou as leis foi Deus e na concepção deles Deus conhece o
presente e o futuro.
A submissão da Shariah à religião, ocorre, pois um dos princípios morais mais
importantes considerados pelo Islam é a confiança em Deus e a submissão a Ele. Já que
na concepção do Islamismo, pautado no Alcorão Sagrado, toda criatura está sob
controle de Deus e nada que ele não deseje ocorrerá. A Ele pertence tudo que existe no
céu e na terra: tudo se submete a Ele devotadamente.
O Direito Islâmico é pautado pela submissão à religião. O islamismo defende que
o Direito não deve se modificar, mas sim que os humanos devem modificar-se e
amoldarem-se para ficar de acordo com as normas jurídicas pré-estabelecidas pelo
Alcorão Sagrado.
Independentemente da modificação da consulta do ser humano com o passar do
tempo, os conceitos de moral e justiça continuam intactos, tendo o ser humano que se
adaptar a eles e não eles ao ser humano.
No processo judicial islâmico, o juiz deve julgar conforme o que foi pré-
determinado por Deus, a partir das três fontes do Direito Islâmico, o Alcorão Sagrado, a
Sunnah e o Ijtihah, não podendo ele fugir de tais fontes, já que todas as suas soluções
devem ser fundamentadas a partir de tais fontes.
A Shariah é a fonte para a solução de todos os conflitos e por este motivo o juiz
deverá sempre recorrer a ela ao emitir um juízo. O Islam compreende uma legislação
completa, autosuficiente e reparadora.

4. O poder e a fé

Estado Islâmico: Também conhecido como Isis, sigla em inglês para Estado
Islâmico do Iraque e da Síria, o Estado Islâmico (EI) é um grupo muçulmano extremista
fundado em outubro de 2004 a partir do braço da Al Qaeda no Iraque. É formado por
sunitas, o maior ramo do islamismo. Entre os países muçulmanos, os sunitas são
minoria apenas entre as populações do Iraque e do Irã, compostas majoritariamente
por xiitas. Em janeiro deste ano, o EI declarou que o território sob seu controle passaria
a ser um califado, a forma islâmica de governo, extinta em 1924, que representa a
unidade política do mundo islâmico e que sobrepõe a ideia de pertencimento nacional,
pregando o fim de fronteiras e a imposição da sharia. Abu Bakr Al Baghdadi, que liderou
o braço da Al Qaeda no Iraque, foi nomeado califa, ou líder, sucessor do profeta
Maomé. Em fevereiro, a rede Al Qaeda anunciou que não apoiava o EI, apesar de
defenderem o mesmo tipo de ideologia jihadista.
O sunitas radicais do EI consideram que os xiitas são infiéis e devem ser mortos.
Aos cristãos, os extremistas dão três opções: a conversão, o pagamento de uma taxa
religiosa ou a pena de morte.
No Iraque, o EI tenta se aproveitar da situação conflituosa entre curdos, árabes
sunitas, cristãos e xiitas, que atualmente governam o país, para ampliar sua área de
controle. Lá, tem a simpatia dos iraquianos sunitas, que estiveram no poder durante as
décadas de governo Saddam Hussein, perseguindo a maioria xiita. Atualmente, os
sunitas são perseguidos pelo governo xiita. Na Síria, o EI também tem a simpatia de
parte dos rebeldes que lutam contra o governo de Bashar Al Assad.
A maior parte dos militantes do EI vem de nações árabes, entre elas, a Arábia
Saudita, o Marrocos e a Tunísia. Estima-se que cerca de 3 mil cidadãos de países
ocidentais também estejam entre os combatentes. Alguns levantamentos indicam que
as nacionalidades dos voluntários do EI chegam a mais de 80.
Embora ainda não haja comprovação, as suspeitas indicam que boa parte dos
recursos que financiam o grupo vêm de doadores privados de países do Golfo Pérsico.
Apesar do apoio de combatentes de várias nacionalidades, o extremismo e a crueldade
com que o EI atua é visto como ameaça pelos próprios sunitas moderados, que detêm o
poder político em outros países da região, como Jordânia, Arábia Saudita e Turquia.

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