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Flávio de Sousa Freitas

O principal foco dos tradutores

Tendo em vista as especulações e estudos acerca de tradução, qual fora o principal

foco dos tradutores: o efeito do seu trabalho em um dado contexto cultural ou os

processos envolvidos ao criá-lo?

Na análise histórica da tradução oferecida por Susan Bassnett em seu livro Estudos

da Tradução, mais precisamente a partir do segundo capítulo, intitulado: História da

tradução literária e dividido em treze subtítulos nos quais a estudiosa primeiramente

investiga a problemática de se estudar um assunto dinâmico tal qual é a tradução através

de periodizações e, posteriormente, apoiada nesse argumento parte para uma análise

mais acertada e menos definitiva.

As principais indagações em torno da prática de tradução surgiram mediante a

necessidade de se traduzir, promovendo a compreensão seja dos textos latinos, seja dos

textos sagrados ou demais que constituíram os modelos civilizadores das culturas

antigas, como por exemplo, os escritos de Platão e Aristóteles.

Diante das transformações de cada época, nota-se que a tradução tomara funções

diversas. De iniciativa à erudição, passara pela propagação do Cristianismo e mais

tarde, na Contra-Reforma, servira de arma política contra a supremacia da Igreja, até

então detentora da primazia das interpretações da Palavra de Deus.

Primeiramente, os tradutores realizavam as suas atividades sem estarem muito

ligados a métodos específicos, ou regras particulares, até mesmo porque a parte teórica

da tradução ainda era inexplorada e não se tinha estudiosos engajados. Mas com a

questão do humanismo, houve a possibilidade de voltarem-se, os estudiosos, às questões

humanas, dentre elas a literatura e conseqüentemente a tradução. A partir de então,

alguns princípios foram formulados na tentativa de teorizar a disciplina e implantar uma


definição mais concisa sobre o assunto, partindo para conceitos mais abstratos e gerais,

outra tentativa, a de moldar um sistema de tradução.

Os movimentos de investigação aumentavam cada vez mais e a tentativa de

estabelecimento de uma teoria definitiva à tradução era bem vista pelos intelectuais, até

o momento em que a analise aprofundou-se ao conceito de originalidade, correlata a

estruturas profundas universais. Quando perigosamente, se aproximou os estudos do

âmbito a uma teoria da intraduzibilidade, o que seria uma regressão fatal, ao passo que

levaria à negação dos esforços múltiplos em estabelecer uma padronização do processo

tradutório.

Sem duvida, o itinerário dos estudos em tradução é a repetição da busca pela

perfeição tanto estética quanto teórica, uma tentativa de definir os processos essenciais à

boa tradução e atingir as metas desejadas, com focos diferentes ao longo da História.

Pois, além de influenciada, a tradução era meio de influenciar. E, os tradutores

intimamente ligados aos anseios de sua época, embora nem sempre interessados em

como traduzir, sempre estiveram preocupados com o efeito de suas traduções perante os

leitores.

Referencias:

BASSNETT, Susan. Estudos da Tradução. Tradução de Viviana de Campos

Figueiredo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.

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