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Psicologia do Trabalho e o Ambiente Organizacional

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Lincoln Ribeiro Nascimento

Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Psicologia do Trabalho e
o Ambiente Organizacional

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Psicologia do Trabalho e o Ambiente Organizacional.

Fonte: iStock/Getty Images


Objetivos
• Apresentar ao aluno uma breve introdução à Psicologia do Trabalho e aos Fatores do
Ambiente de Trabalho que causam o Estresse Ocupacional.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
Psicologia do Trabalho e o Ambiente Organizacional

Contextualização
O trabalhador dos dias atuais está exposto a uma série de fatores que, de certa forma,
expõem esse colaborador a uma série de fatores que podem causar doenças físicas e mentais.

O principal aspecto dessa nova era é a quantidade imensa de informações às quais


nós estamos expostos. Saber lidar com essas informações, de tal forma que elas venham
a contribuir com o nosso desempenho no trabalho, é de vital importância para a nossa
sobrevivência e das organizações.

O mais interessante é que essa pressão não se resume apenas ao ambiente de traba-
lho. Nós estamos expostos a fatores que podem nos causar estresse também no nosso
ambiente social e familiar. O telefone celular, por exemplo, faz com que estejamos pra-
ticamente 24 horas disponíveis para nossos amigos, família e empresa.

A psicologia do trabalho trabalha nesse contexto de forma a se implementar ações


que venham a nos ajudar a reduzir o estresse causado por essa pressão inerente às
transformações do século XXI.

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Psicologia do Trabalho e
o Ambiente Organizacional
Diversas empresas, ao contratar colaboradores para execução de uma determinada
atividade, costumam se preocupar, durante o processo seletivo, apenas em avaliar os
candidatos com relação aos seus conhecimentos técnicos e habilidades, necessários
para executar a tarefa para o qual ele será contratado. Trata-se de um processo
relativamente estressante, que consiste no primeiro contato do colaborador com a
empresa, onde o futuro colaborador costuma ficar de frente com o seu contratante
(Figura 1).

Figura 1 – Entrevista para seleção de um futuro colaborador


Fonte: iStock/Getty Images

Porém, uma prática adotada por determinadas empresas consiste em avaliar o contexto
social onde a empresa está inserida, incluindo regiões urbanas, regiões periféricas,
comunidades carentes, entre outros. Dessa forma, essas empresas passam a considerar
na contratação de seus colaboradores a seleção de perfis que estejam de acordo com
esse contexto, de forma que eles possam entender e colaborar com o desenvolvimento
da empresa, cientes das vantagens, valores éticos e dificuldades inerentes a esse contexto
onde a empresa está inserida.

Outro fator que pode ser considerado são os objetivos pessoais do futuro colaborador
ao ser admitido na empresa. Esses objetivos devem estar em consonância com os
objetivos da organização e espera-se que a organização, ao oferecer o emprego a esse
futuro colaborador, de alguma forma, contribua para que esse colaborador também
atinja seus objetivos pessoais.

Essa abordagem proposta, em que a empresa enxerga o contexto social onde


está inserida, passa a considerar que os seus funcionários também possuem objetivos
pessoais e de alguma forma orienta e ajuda esses funcionários a superar suas fraquezas
e a aprimorar seus pontos fortes, assim possui um grande potencial de aumentar a
produtividade dessa empresa.

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UNIDADE
Psicologia do Trabalho e o Ambiente Organizacional

Esse aumento da produtividade da empresa, causado pelo envolvimento da empresa nos


objetivos pessoais do funcionário, pode ser mensurado através das seguintes evidências:
• Aumento da motivação dos funcionários;
• Redução do número de acidentes;
• Redução do absenteísmo;
• Colaboração entre os funcionários;
• Proatividade.

Porém, para que todos esses objetivos tornem-se realidade, é necessário cuidar tam-
bém para que o ambiente de trabalho seja favorável e contribua para o bem estar físico
e psicológico do colaborador.

Se o colaborador trabalha por um longo período em um ambiente desorganizado, do


ponto de vista físico (Figura 2), com materiais espalhados, falta de padronização etc.,
isso causará um desgaste físico e mental nesse colaborador.

Figura 2 – Ambiente de trabalho desorganizado


Fonte: iStock/Getty Images

Por outro lado, se a desorganização desse ambiente de trabalho envolve questões como:
falta de definição clara de responsabilidades, pressão excessiva por resultados, isolamento
social, entre outros, o resultado será o estresse desse colaborador, com prejuízos para sua
saúde e para a empresa. Na figura 3 é possível visualizar uma cena típica de constrangi-
mento público onde um gestor repreende um funcionário de forma agressiva.

Figura 3 – Gestor repreendendo funcionário em público e de forma agressiva


Fonte: iStock/Getty Images

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Por outro lado, se esse ambiente de trabalho for composto por funcionários que
colaboram entre si e tomam decisões juntos (Figura 4), os resultados obtidos serão total-
mente diferentes.

Figura 4 – Ambiente de trabalho colaborativo – Decisões em conjunto


Fonte: iStock/Getty Images

Treinar gestores e implementar práticas para que os exemplos até aqui tratados se
tornem realidade são atribuições da chamada Psicologia do Trabalho.

A seguir, a ciência conhecida como Psicologia do Trabalho será tratada em seus di-
versos aspectos.

Psicologia do Trabalho: Conceito e Histórico


A Psicologia do Trabalho estuda a organização do ambiente de trabalho e a relação
entre o trabalhador e esse ambiente de trabalho.

Entre os aspectos a serem estudados pela Psicologia do Trabalho devem ser incluídos:
• A personalidade do trabalhador;
• A facilidade de aprendizado do trabalhador;
• A interação desse trabalhador com os outros colaboradores;
• As diferenças entre os demais indivíduos presentes no ambiente de trabalho.

Em outras palavras, a psicologia do trabalho deve se preocupar com a saúde de todos


os ambientes de trabalho.

Essa preocupação é importante porque a saúde mental do trabalhador influencia na


saúde organizacional.

Entender os aspectos e fenômenos psicológicos que ocorrem nos ambientes


organizacionais, propondo soluções para eventuais oportunidades de melhoria, contribui
para um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo e que presta serviços ou fabrica
produtos com qualidade.

A Psicologia do Trabalho, também conhecida como Psicologia Organizacional, teve seu


início em meados do século XX. No início, seu principal objetivo era estudar o desempe-
nho e a produtividade do colaborador e sua contribuição para o bem estar da organização.

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UNIDADE
Psicologia do Trabalho e o Ambiente Organizacional

Em um momento posterior, o foco desses estudos tem sido o bem estar do funcionário
e seus efeitos sobre a organização.

De acordo com SPECTOR (2010), os principais acontecimentos históricos no


desenvolvimento da Psicologia do Trabalho foram:
• 1913: Publicação do primeiro compêndio de Psicologia Organizacional, escrito
por Hugo Münsterberg.
• 1917: Desenvolvimento de Testes Psicológicos para admissão de funcionários.
• 1924: Início dos estudos de Hawthorne, dentre os quais o principal trata do estudo
do efeito do nível de iluminação no desempenho e na execução de tarefas.
• 1939: Início da Segunda Guerra Mundial, onde os conhecimentos de Psicologia
Organizacional foram largamente utilizados nos campos de batalha para determinar
quais soldados deviam executar tarefas com base em suas capacidades mentais.
• 1964: Aprovação da Leis dos Direitos Civis nos Estados Unidos, que influenciou
na forma como as empresas passaram a contratar seus funcionários e como lidar
com esses funcionários. De acordo com essa lei, por exemplo, proibiu-se a discri-
minação de minorias no ambiente de trabalho e as organizações tiveram que mudar
drasticamente suas práticas organizacionais.
• 1970: A Associação Americana de Psicologia (APA) aceitou o nome da Divisão de
Psicologia Industrial e Organizacional.
• 1991: Aprovação de lei no Estados Unidos que favorece os americanos com in-
validez, e os psicólogos foram chamados para encontrar meios de eliminar essa
discriminação no ambiente de trabalho.

Atualmente, nas organizações, os psicólogos organizacionais ou psicólogos do


trabalho são responsáveis por assuntos que envolvam à seleção e contratação de
funcionários, ao treinamento, à segurança, à saúde, à motivação e ao seu desempenho
no ambiente de trabalho.

O Estresse Ocupacional
O Estresse ou “Stress” é a tensão que ocorre no indivíduo diante de uma situação de
desafio, devido à uma ameaça ou provocação.

O estresse gerado pela interação entre o trabalhador e o ambiente de trabalho é


chamado de Estresse Ocupacional ou Estresse Laboral.

Diversos aspectos podem influenciar essa interação entre o homem e o ambiente de


trabalho, provocando o estresse, entre os quais é possível destacar:
• Condições de trabalho da empresa onde o trabalhador atua;
• Atividade realizada pelo trabalhador;
• Características pessoais do trabalhador;

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• Características culturais do trabalhador;
• Necessidades do trabalhador;
• Experiências do trabalhador.

De forma a se facilitar o estudo dos fatores que causam o chamado Estresse laboral
ou ocupacional, esses fatores serão classificados em 4 dimensões, que agrupam fatores
com características semelhantes, da seguinte forma:
1. Dimensão Fisiológica: É a dimensão que inclui os fatores relacionados às con-
dições físicas dos trabalhadores. Isso inclui, por exemplo, o fato de um trabalha-
dor estar com uma doença que prejudique o seu desempenho na execução de
sua tarefa. Outro exemplo, é o fato de um trabalhador praticar exercícios físicos
regularmente (Figura 5). Nesse caso, quando um trabalhador pratica exercícios
físicos regularmente, isso tem como consequência, na maioria das vezes, uma
redução do estresse causado pela sua atividade na empresa.

Figura 5 – Exemplo de fator redutor de estresse: Prática de Exercícios Físicos regulares


Fonte: iStock/Getty Images

2. Dimensão Cognitiva: É a dimensão que inclui os fatores relacionados ao proces-


samento de informações pelos trabalhadores, incluindo sua resposta a essas ações.
Como exemplo, é possível citar a participação de um trabalhador em um treinamen-
to (Figura 6). Nesse caso a resposta cognitiva será o aprendizado de um conheci-
mento ensinado nesse treinamento e sua aplicação no ambiente de trabalho.

Figura 6 – Exemplo de dimensão cognitiva –


Resposta de um trabalhador submetido a um treinamento
Fonte: iStock/Getty Images

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Psicologia do Trabalho e o Ambiente Organizacional

3. Dimensão Emocional: É a dimensão que trata da autoestima do trabalhador,


incluindo a sua personalidade. Um exemplo a ser citado de fator que pode ser
incluído nessa dimensão é a “motivação” de um trabalhador ao executar uma ta-
refa. Uma das ferramentas utilizadas para a motivação das pessoas é o chamado
trabalho em equipe (Figura 7), onde os trabalhadores interagem e se unem com
um objetivo comum.

Figura 7 – Exemplo de dimensão emocional – Trabalhadores motivados em um trabalho em equipe


Fonte: iStock/Getty Images

4. Dimensão Psicossocial: É a dimensão que trata da interação e da comunicação


do trabalhador em um ambiente de trabalho. Em um ambiente onde essa
comunicação e interação ocorrem de forma eficaz e, com respeito, esse fator
costuma reduzir o estresse (Figura 8). Por outro lado, quando essa interação não
é amigável, esse fator pode vir a aumentar o estresse ocupacional.

Figura 8 – Exemplo de dimensão psicossocial – Trabalhadores se comunicando


e interagindo de forma respeitosa ao executar uma tarefa
Fonte: iStock/Getty Images

Estressores Psicossociais
Os acontecimentos que estão relacionados com o tipo de vida que levamos em nossa
sociedade são conhecidos como Estressores Psicossociais.

Um trabalhador, ao ingressar em uma empresa estabelece uma série de objetivos, de


acordo, justamente, com seus objetivos sociais, ou seja, relacionados ao ambiente onde
vive e aos amigos com quem convive. Entre esses objetivos é possível destacar:

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• Recompensa material (salário e benefícios);
• Progresso na carreira;
• Reconhecimento na empresa;
• Reconhecimento na comunidade onde vive;
• Percepção da importância do seu trabalho;
• Satisfação no trabalho;
• Preservação da sua saúde;
• Obtenção de tranquilidade doméstica;
• Segurança no trabalho.

Ou seja, é possível observar que há diversos objetivos inclusos no ato de ser contratado
para trabalhar em uma corporação.

O que muitas vezes acontece é que, por mais que a empresa se esforce para garantir
excelentes condições de trabalho para seus colaboradores, muitas vezes essa empresa
desconhece que seu colaborador está sujeito a estresses produzidos devido ao ambiente
social onde vive.

Entre esses estressores podem se incluir dívidas contraídas, doenças de familiares,


separações, entre outros.

Por outro lado, é preciso ressaltar que, caso esse trabalhador não consiga satisfazer
pelo menos boa parte de seus objetivos sociais, a sua insatisfação no trabalhão será imi-
nente e irá influenciar em seu desempenho na empresa. A relação dessas pessoas com o
seu ambiente de trabalho será muito mais difícil, pois elas não vão enxergar nesse ambien-
te a realização de suas necessidades.

Ainda deve-se juntar a esses fatores apresentados, fatores relacionados ao ambiente


de trabalho como:
• Liderança do Tipo Autoritária;
• Execução de tarefas sob pressão;
• Avaliação de desempenho inexistente ou desconhecida;
• Falta ou deficiência de autoridade e de orientação;
• Excesso de trabalho;
• Interferência do trabalho na vida pessoal.

Finalmente, deve-se destacar a chamada Incerteza como fator de estresse. Entre as


incertezas da vida moderna, pode-se destacar:
• Manutenção do emprego;
• Manutenção do salário;
• Ameaça à sobrevivência;
• Outros.

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UNIDADE
Psicologia do Trabalho e o Ambiente Organizacional

A organização que toma ciência desses fatores e toma providências para mitigar esses
fatores, com certeza está um passo a frente de reduzir o estresse de seus funcionários.

A Síndrome de Burnout e o Estresse Ocupacional


Quando os fatores que causam o estresse em um ambiente de trabalho permanecem
por um longo tempo, sem que ocorram ações que tenham como objetivo mitigar ou
eliminar esses fatores, haverá uma possibilidade de que esses trabalhadores sejam
acometidos pela chamada Síndrome de Burnout.

A Síndrome de Burnout é uma espécie de resposta ao chamado “Estresse Crônico”,


ou seja, quando o estresse deixa de ser algo pontual e passa a fazer parte do cotidiano
do trabalhador de forma contínua.

O efeito da Síndrome de Burnout é o esgotamento físico e mental do trabalhador


devido ao estresse contínuo (Figura 9). Esse esgotamento interfere na vida pessoal e
profissional do trabalhador.

Figura 9 – Exemplo de fatores que causam a Síndrome de Burnout –


Excesso de informação e cobranças no ambiente de trabalho
Fonte: iStock/Getty Images

No anexo I do Decreto Nº 3048 de 6 de maio de 1999, está previsto o afastamento


do trabalho ou, até a aposentadoria por invalidez, de trabalhadores que tenham sido
atingidos por fortes alterações em suas faculdades mentais. A Síndrome de Burnout
pode ser o fator causador dessa condição.

A quantidade de informações e cobranças às quais um trabalhador está submetido


no ambiente de trabalho atual, somadas às cobranças e quantidade de informações
que esse trabalhador recebe durante ou após o expediente de trabalho, de sua família
e amigos, expõem esse trabalhador a esse quadro de estresse crônico, caso ações não
sejam tomadas.

A implementação de ações que possam mitigar ou eliminar os fatores que causam o


estresse de forma continuada no ambiente de trabalho podem evitar que problemas desse
tipo, como a Síndrome de Burnout, aconteçam no ambiente de trabalho, reduzindo-se
assim, o afastamento de funcionários por questões médicas.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Estresse nas organizações de trabalho: compreensão e intervenção baseadas em evidências
Leia o capítulo 3 (p 45-49) da obra de Zanell, intitulada “Estresse nas organizações de
trabalho: compreensão e intervenção baseadas em evidências”, disponível na Biblioteca
Virtual da Universidade, no item “E-books – Minha Biblioteca”. Nesse texto serão
apresentadas teorias para intervenção no ambiente organizacional.
Para acessar essa obra, percorra o seguinte caminho:
Após entrar em sua “área do aluno”, no menu à esquerda da tela, clique em “Serviços”,
depois em “Biblioteca” e, no centro da tela, clique em “E-books – Minha Biblioteca”. No
topo da tela que abrirá, haverá um campo de busca para autor, título, assunto etc. Nesse
espaço, digite “Estresse” e clique na capa, que aparecerá como resultado.

Stress e Trabalho, uma Abordagem Psicossomática


Leia também o capítulo 8 (p 173-178) da obra de Ana Cristina Limongi França e
Avelino Luiz Rodrigues, intitulada “Stress e Trabalho, uma Abordagem Psicossomática”,
disponível na Biblioteca Virtual da Universidade, no item “E-books – Minha Biblioteca”.
Nesse texto será apresentado um breve relato sobre técnicas para reduzir o estresse.
Para acessar essa obra, percorra o seguinte caminho:
Após entrar em sua “área do aluno”, no menu à esquerda da tela, clique em “Serviços”,
depois em “Biblioteca” e, no centro da tela, clique em “E-books - Bib. Minha Biblioteca”.
No topo da tela que abrirá, haverá um campo de busca para autor, título, assunto etc. Nesse
espaço, digite “Psicossomática” e clique na capa, que aparecerá como resultado.

 Vídeos
O que é a Síndrome de Burnout?
Nesse endereço eletrônico, está disponível um vídeo bem interessante que trata da Sín-
drome de Burnout.
https://youtu.be/8xD5itPA940
Quais são os sinais da Síndrome de Burnout?
Nesse endereço eletrônico, também está disponível um vídeo que trata dos sintomas da
Síndrome de Burnout.
https://youtu.be/RgP9IAMQ4n0

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UNIDADE
Psicologia do Trabalho e o Ambiente Organizacional

Referências
Decreto nº. 3.048, de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdência
Social e dá outras providências. Brasília, 1999. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/decreto/d3048compilado.htm>. Acesso em: 30/03/2018.

FRANÇA, A. C. L., RODRIGUES A. L. Stress e Trabalho, uma abordagem Psicos-


somática. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2013.

SPECTOR, Paul E. Psicologia nas organizações. 3. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2010.

ZANELLI, José Carlos. Estresse nas organizações de trabalho: compreensão e in-


tervenção baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed Editora, 2009.

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Comunicação
e Treinamentos
Doenças Ocupacionais e Agentes Causadores

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Lincoln Ribeiro Nascimento

Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Doenças Ocupacionais e Agentes Causadores

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Doenças Ocupacionais e seus Agentes Causadores.

Fonte: iStock/Getty Images


Objetivos
• Apresentar o conceito de doenças ocupacionais e os agentes causadores dessas, incluin-
do os chamados agentes psicossociais.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
Doenças Ocupacionais e Agentes Causadores

Contextualização
As doenças ocupacionais, infelizmente, sempre fizeram parte do cotidiano dos traba-
lhadores. Elas variam de acordo com o tipo de atividade executada pelo operador e ainda
são influenciadas pelo ambiente de trabalho onde esse trabalhador executa suas tarefas.

Porém, nos dias atuais, o estresse ocupacional tem se tornado um dos grandes cau-
sadores de afastamentos médicos nas empresas, o que acaba gerando prejuízos para
todos. Dessa forma, é importante que o engenheiro de segurança do trabalho passe a
conhecer os agentes que causam esse estresse, de modo que possa rever suas estraté-
gias, sempre com o objetivo de promover uma melhor qualidade de vida no trabalho.

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Doenças Ocupacionais e
seus Agentes Causadores
Existem diversos conceitos para as chamadas doenças ocupacionais ou doenças rela-
cionadas ao trabalho. Porém, uma abordagem bastante comum nos dias atuais costuma
tratar as doenças ocupacionais como um tipo de acidente de trabalho.

De acordo com a Lei nº 8.213, de 24 de julhos de 1991, têm-se o conceito de


acidente do trabalho:
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho
a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte
ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade
para o trabalho.

Ainda no artigo 20 dessa mesma lei, considera-se como acidente de trabalho outras
entidades mórbidas, como as doenças profissionais, assim como outras atividades
produzidas ou desencadeadas pelo exercício do trabalho peculiar à determinada atividade.
Essas doenças profissionais devem constar na lista A do anexo II do Decreto 3.048 de
6 de maio de 1999.

As doenças do trabalho adquiridas ou desencadeadas em razão de condições especiais


de trabalho, que se relacionem diretamente, devem constar na lista B do anexo II do
Decreto nº 3.048, modificada pelo Decreto nº 6.957, de 2009.

Por fim, equivalem também a acidentes de trabalho as doenças relacionadas a


condições especiais de trabalho não incluídas nas listas A e B do anexo II do Decreto
nº 3.048. Como exemplo, é possível citar um trabalhador que foi acometido por uma
infecção urinária por estar exposto a condições especiais de trabalho, ou seja, não podia
sair do seu posto de trabalho para realizar suas necessidades fisiológicas.

Existem diversos agentes que podem causar essas doenças ocupacionais. Esses agentes
estão relacionados aos chamados riscos ambientais, ou seja, relacionados ao ambiente
de trabalho. Existem também formas diferentes de classificar esses agentes. Para o
presente estudo, os agentes causadores de doenças ocupacionais serão classificados em
cinco tipos:
1. Agentes físicos;
2. Agentes biológicos;
3. Agentes químicos;
4. Agentes ergonômicos;
5. Agentes psicossociais.

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UNIDADE
Doenças Ocupacionais e Agentes Causadores

Para cada um desses agentes, pode-se afirmar que existem riscos associados. E, na
maioria das vezes, esses agentes não agem de forma isolada ao causar uma doença ocu-
pacional. Existe a possibilidade, inclusive, de um agente físico causar doenças psicológicas.

A seguir, serão apresentados todos esses agentes causadores de doenças ocupacionais.

Agentes Físicos
Os riscos físicos em um ambiente de trabalho são causados pelos chamados agen-
tes físicos.

De acordo com a Norma Regulamentadora nº 9 (NR 9), os riscos físicos são as


diversas formas de energia que os funcionários podem estar expostos no ambiente de
trabalho. Os agentes físicos têm a capacidade de modificar o ambiente de trabalho.

Existem diversos agentes físicos que podem estar presentes no ambiente, a seguir os
principais agentes físicos serão apresentados.

Temperaturas extremas
O calor presente em um ambiente de trabalho pode ser definido como a energia
térmica em movimento. O aumento da temperatura de um corpo provocará o aumento
da agitação dos átomos e das moléculas que compõem esse corpo.

Dessa forma, o movimento do calor, também conhecido como fluxo de calor, sempre
ocorrerá do corpo que possuir maior temperatura (maior agitação dos átomos e molécu-
las) para o corpo com menor temperatura (menor agitação dos seus átomos e moléculas).

O corpo humano tem um sistema termorregulador que tenta manter a temperatura


corporal próxima de 36,5ºC a 37ºC, independentemente da temperatura ambiente.
Quando o corpo humano é exposto a condições de trabalho onde a temperatura do
ambiente de trabalho é maior do que a temperatura normal do corpo humano, começa
um processo de transferência de calor do ambiente para o corpo humano.

A consequência desse processo é a tentativa do corpo humano de resfriar, causan-


do um estresse dos sistemas termorreguladores, o que causa um cansaço prematuro
do trabalhador.

Um exemplo de presença de altas temperaturas no ambiente de trabalho é o ambiente


típico de uma fundição. Na Figura 1, é possível visualizar um operário trabalhando
extremamente próximo do material fundido que está sendo vazado nos moldes metálicos.

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Figura 1 – Exemplo de agente físico – Alta temperatura em uma fundição
Fonte: iStock/Getty Images

Um outro exemplo a ser citado é o ambiente de trabalho inerente ao processo de


soldagem, onde ocorre a fusão de materiais metálicos a altas temperaturas. Na Figura 2,
é possível visualizar um soldador que está exposto às altas temperaturas envolvidas no
processo de soldagem, apesar da utilização de equipamentos de proteção individual (EPI).

Figura 2 – Exemplo de agente físico – Alta temperatura em um processo de soldagem


Fonte: iStock/Getty Images

Por outro lado, caso o corpo humano seja exposto a temperaturas muito baixas, o fluxo
de calor começará a ocorrer a partir do corpo, diminuindo assim a sua temperatura. É o
chamado fenômeno da hipotermia. Esse fenômeno afeta o funcionamento de diversos
órgãos do corpo.

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UNIDADE
Doenças Ocupacionais e Agentes Causadores

Um exemplo de ambiente de trabalho onde o trabalhador fica exposto a temperaturas


extremamente baixas são as chamadas câmaras frigoríficas, onde são processadas as
carnes para consumo humano (Figura 3), nelas as temperaturas comumente costumam
estar abaixo de 0 ºC.

Figura 3 – Exemplo de agente físico –Temperatura extremamente baixa em uma câmara frigorífica
Fonte: iStock/Getty Images

Umidade
A exposição do trabalhador a ambientes de trabalho extremamente úmidos pode
causar diversos males, como doenças respiratórias, de pele, doenças do aparelho circu-
latório, entre outras.

Um exemplo bastante comum é o corte de pedras de mármore ou granito (Figura 4),


onde, de forma a se evitar a poeira (agente químico), utiliza-se a água durante a operação
de corte.

Figura 4 – Exemplo de agente físico – Umidade no processo de corte de uma pedra


Fonte: iStock/Getty Images

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Radiação
Outro agente físico bastante comum em alguns ambientes de trabalho são as chama-
das radiações. A radiação é uma forma de energia que se propaga no espaço através de
ondas eletromagnéticas.

Existem diversos tipos de radiação. Nesta Unidade, vamos classificá-las em dois


tipos principais:
• Radiação ionizante;
• Radiações não ionizantes.

A radiação ionizante é composta por ondas eletromagnéticas de altíssima frequência


que possuem grande poder de ionização, ou seja, podem retirar elétrons de átomos, alte-
rando estruturas moleculares e, dessa forma, causar modificações (mutações) nas células.

Dessa forma, a radiação ionizante pode causar mutações nas células do corpo huma-
no. Sendo assim, trabalhadores que trabalham expostos a esse tipo de radiação devem
se proteger adequadamente. Uma mutação genética pode dar origem, por exemplo, a
um câncer.

Um exemplo muito comum da presença de radiações ionizantes são as radiações


utilizadas para exames de imagem, como, por exemplo, a tomografia computadorizada
(Figura 5).

Figura 5 – Exemplo de agente físico – Radiação ionizante em


um exame de imagem – tomografia computadorizada
Fonte: iStock/Getty Images

Uma radiação é considerada não ionizante quando sua energia não é suficiente para
retirar elétrons dos átomos.

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UNIDADE
Doenças Ocupacionais e Agentes Causadores

Entre as radiações não ionizantes, podem-se destacar as micro-ondas, o infravermelho


e as radiações ultravioletas.

Figura 6 – Exemplo de agente físico – Radiação não ionizante emitida pelo sol
Fonte: iStock/Getty Images

Os principais efeitos da radiação não ionizante no corpo humano são os chamados


efeitos térmicos que, dependendo da área do corpo humano afetada, podem vir a causar
problemas de saúde.

Pressão anormal
A atmosfera, devido ao peso do ar, exerce uma pressão sobre nossos corpos e sobre
todos os demais corpos da terra.

O corpo humano, em especial, possui mecanismos que permitem a adaptação do


corpo à pressão atmosférica do ambiente.

Porém, de maneira natural, a intensidade da pressão atmosférica aumenta à medida


que se reduz a altitude e, por outro lado, reduz quando se aumenta a altitude.

A pressão anormal da atmosfera pode ser classificada em dois tipos:


• Pressão hiperbárica: ocorre quando o homem está exposto a uma pressão maior
do que a atmosférica;
• Pressão hipobárica: ocorre quando o homem está exposto a uma pressão menor
do que a atmosférica.

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Como um exemplo de condição de trabalho hiperbárica, pode-se citar um mergu-
lhador (Figura 7), uma vez que, a cada 10 metros de profundidade na água, a pressão
atmosférica sobe 1 atm.

Figura 7 – Exemplo de agente físico – Pressão hiperbárica durante um mergulho


Fonte: iStock/Getty Images

No corpo humano, essa variação de pressão afeta, principalmente, as orelhas, os


seios paranasais e os pulmões.

Ruído
O ruído é definido como a variação da pressão sonora na forma de ondas mecânicas.
O ruído é um dos principais agentes físicos causadores de doenças ocupacionais.

Além do excesso de ruído causar alterações no aparelho auditivo, pode causar também
distúrbios psicológicos, náuseas, redução da libido, perda ou aumento do apetite, insônia,
hipertensão arterial, entre outros.

Vibração
A vibração consiste em movimentos oscilatórios, periódicos ou aleatórios que
ocorrem em elementos estruturais de uma construção civil, ou ainda em máquinas e
equipamentos.

A exposição do corpo humano a um ambiente de trabalho com excesso de vibração


pode vir a causar problemas nos sistemas nervoso periférico e central.

Como exemplo de um trabalhador exposto a ruído e vibração, simultaneamente po-


de-se citar um operador de britadeira (Figura 8).

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UNIDADE
Doenças Ocupacionais e Agentes Causadores

Figura 8 – Exemplo de agentes físicos – Ruído e Vibração durante a operação de uma britadeira
Fonte: iStock/Getty Images

Agentes Biológicos
Os riscos biológicos em um ambiente de trabalho são causados pelos chamados
agentes biológicos. Esses agentes são os diversos microrganismos que podem contaminar
um ambiente de trabalho. Entre esses microrganismos, podemos destacar:
• Vírus;
• Bactérias;
• Protozoários;
• Fungos;
• Parasitas;
• Bacilos.

Esses agentes biológicos são encontrados principalmente em hospitais (Figura 9) e


clínicas, porém também podem ser encontrados em outros lugares, principalmente onde
a matéria prima seja constituída de material orgânico.

Figura 9 – Exemplo de local onde pode-se encontrar agentes biológicos – Sala de cirurgia de um hospital
Fonte: iStock/Getty Images

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O efeito dos agentes biológicos no corpo humano vai depender dos tipos de micror-
ganismos presentes no ambiente de trabalho e também do estado de saúde e imunidade
do trabalhador, entre outros fatores.

Agentes Químicos
Os riscos químicos em um ambiente de trabalho são causados pelos chamados agentes
químicos. Esses agentes são encontrados normalmente em suspensão no ar.

Entre os principais agentes químicos causadores de doenças ocupacionais pode-


mos destacar:
• Poeiras;
• Fumos;
• Névoas;
• Neblinas;
• Gases;
• Vapores;
• Produtos químicos em geral.

Figura 10 – Exemplo de agentes químicos – Armazenamento de produtos químicos


Fonte: iStock/Getty Images

Os principais efeitos dos agentes químicos no corpo humano é o desconforto. Porém,


dependendo do tipo de agente químico, como gases tóxicos ou, ainda, a deficiência de
oxigênio no ambiente de trabalho, os efeitos no corpo humano podem ser devastadores.

Agentes Ergonômicos
Os riscos ergonômicos em um ambiente de trabalho são causados pelos chamados
agentes ergonômicos.

A ergonomia estuda a adaptação do ambiente de trabalho ao homem, de forma que


ele possa executar sua tarefa com conforto, segurança e bom desempenho.

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UNIDADE
Doenças Ocupacionais e Agentes Causadores

Os agentes ergonômicos consistem em situações presentes no ambiente de trabalho


que causam estresse no corpo humano, prejudicando o desempenho de suas atividades.

Entre os principais agentes ergonômicos causadores de doenças ocupacionais, pode-


mos destacar:
• Esforço físico intenso;
• Levantamento e transporte manual de peso;
• Postura inadequada;
• Ritmos excessivos;
• Monotonia e repetitividade;
• Jornada de trabalho prolongada;
• Turnos noturnos.

A presença desses agentes no ambiente de trabalho pode causar diversas doenças


ocupacionais, inclusive lesões musculares, lesões por esforços repetitivos, doenças men-
tais, entre outras.

A postura inadequada é um dos mais comuns agentes ergonômicos causadores de


lesões. Como exemplo, na Figura 11, é possível observar-se um trabalhador sentado em
uma mesa com um computador de forma inadequada, onde a coluna não está apoiada
no encosto da cadeira.

Figura 11 – Exemplo de agente ergonômico – Postura inadequada


Fonte: iStock/Getty Images

Por outro lado, na Figura 12, é possível observar-se um trabalhador sentado em uma
mesa com um computador de forma adequada, onde a coluna está devidamente apoiada
no encosto da cadeira.

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Figura 12 – Exemplo de correção de agente ergonômico – Postura adequada
Fonte: iStock/Getty Images

Agentes Psicossociais
Os riscos psicossociais em um ambiente de trabalho são causados pelos chamados
agentes psicossociais. Esses agentes são aqueles gerados por fatores como as relações
entre os trabalhadores, a organização e a gestão do trabalho. Embora chamados de
psicossociais, aliados à percepção do trabalhador sobre a atividade que ele realiza e
a maneira como está inserido no ambiente de trabalho, podem causar danos físicos,
psicológicos ou sociais a esse trabalhador.

Entre os principais agentes psicossociais causadores de doenças ocupacionais, pode-


mos destacar:
• A não-definição de objetivos na organização, a não-estruturação de políticas;
• Falta de comunicação interna;
• Lideranças fracas na organização;
• Falta de recursos físicos para a realização de uma função ou para a realização de
uma função de forma eficiente;
• Falta de treinamento para novos funcionários;
• Equipamentos com falta de manutenção ou falta de periodicidade de manutenção;
• Falta de clareza na determinação dos papéis, responsabilidades e funções nos dife-
rentes cargos;
• Falta de controle sobre o ritmo de trabalho, com sobrecarga ou insuficiência de
responsabilidades ou tarefas;

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UNIDADE
Doenças Ocupacionais e Agentes Causadores

• Inflexibilidade de horários, trabalho noturno, turnos longos de trabalho, horários


imprevisíveis de trabalho;
• Pressão psicológica causada pelos prazos estipulados para a realização de tarefas;
• Orientações dadas de maneira contraditória por mais de um supervisor, por exemplo;
• Baixos salários, falta de plano de carreira e estagnação na carreira;
• Baixa autonomia dos funcionários para a resolução de problemas e ao exercerem
as suas funções, além de baixa participação na tomada de decisões da empresa;
• Isolamento social ou físico entre colegas de trabalho, bem como pouco convívio;
• Más relações ou possíveis conflitos com colegas de trabalho;
• A não compatibilidade das exigências do cargo com a vida privada do funcionário,
especialmente no caso das mulheres que têm de cuidar sozinhas da casa e dos filhos.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Segurança do Trabalho e Saúde ocupacional
Como material complementar, leia a Unidade I (p. 53-60) da obra de Celso A. Rossete,
intitulada: Segurança do Trabalho e Saúde ocupacional. Está disponível na Biblioteca
Virtual da Universidade, no item E-books – Bib. Virtual Universitária. Nesse texto, serão
apresentadas outras abordagens para os riscos ambientais.
Para acessar a essa obra, percorra o seguinte caminho:
Após entrar em sua área do aluno, no menu à esquerda da tela, clique em Serviços,
depois em Biblioteca e, no centro da tela, clique em E-books – Minha Biblioteca. No
topo da tela que abrirá, haverá um campo de busca para autor, título, assunto etc. Nesse
espaço, digite segurança e clique na capa, que aparecerá como resultado.

Stress e Trabalho, uma Abordagem Psicossomática


Ainda como material complementar, leia também o Capítulo 8 (p. 156-172) da obra de
Ana Cristina Limongi França e Avelino Luiz Rodrigues, intitulada Stress e Trabalho,
uma Abordagem Psicossomática, disponível na Biblioteca Virtual da Universidade, no
item E-books – Minha Biblioteca. Nesse texto, será apresentado um breve texto sobre
os estressores psicossociais
Para acessar a essa obra, percorra o seguinte caminho:
Após entrar em sua área do aluno, no menu à esquerda da tela, clique em Serviços,
depois em Biblioteca e, no centro da tela, clique em E-books – Minha Biblioteca. No
topo da tela que abrirá, haverá um campo de busca para autor, título, assunto etc. Nesse
espaço, digite Psicossomática e clique na capa, que aparecerá como resultado.

 Vídeos
Como o Risco Psicossocial afeta empresas e trabalhadores | Guilherme Dias | Palestra CIESP
Nesse endereço eletrônico, está disponível um vídeo bem interessante que trata de como
os riscos psicossociais afetam empresas e trabalhadores.
https://youtu.be/lkMX8EdZQ2Q
Introdução aos Tipos de Agentes Riscos ambientais
Vídeo que trata dos riscos ambientais.
https://youtu.be/WmX0vK_pvKs

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UNIDADE
Doenças Ocupacionais e Agentes Causadores

Referências
BRASIL. Decreto nº. 3.048, de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da
Previdência Social e dá outras providências. Brasília, 1999. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048compilado.htm>. Acesso em: 04 abr. 2018.

FRANÇA, A. C. L., RODRIGUES A. L. Stress e Trabalho, uma abordagem Psicos-


somática. 4. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2013.

ROSSETE, Celso A. Segurança do Trabalho e Saúde ocupacional. São Paulo: Editora


Pearson Education, 2015.

SPECTOR, Paul E. Psicologia nas organizações. 3. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2010.

ZANELLI, José Carlos. Estresse nas organizações de trabalho: compreensão e


intervenção baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed Editora 2009.

20
Psicologia
Inserir Título
na Aqui
Inserir TítulodeAqui
Engenharia
Segurança, Comunicação
e Treinamentos
Treinamento e Qualidade de Vida no Trabalho

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Lincoln Ribeiro Nascimento

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Treinamento e Qualidade de Vida no Trabalho

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Contextualização;
• Treinamento e Qualidade de Vida no Trabalho;
• Material Complementar.

Fonte: iStock/Getty Images


Objetivos
• Apresentar ao aluno a influência da Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional e da
aplicação de treinamentos, na Qualidade de Vida no Trabalho.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
Treinamento e Qualidade de Vida no Trabalho

Contextualização
Infelizmente, os acidentes de trabalho ainda são uma realidade nas empresas brasileiras.

Porém, existem diversos exemplos de Empresas que alcançaram bons resultados com
a implementação de um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO).

Entre os diversos requisitos exigidos para que uma Empresa obtenha a Certificação
para o seu Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional está a implementação
de um programa de treinamentos para seus funcionários, como na conscientização e
na prevenção de acidentes.

Esses treinamentos devem focar, também, em atitudes que ajudem a melhorar a


qualidade de vida do trabalho.

Dessa forma, é importante que o Engenheiro de Segurança do Trabalho participe


da elaboração desse programa de treinamentos e inclua temas que tenham o objetivo
de promover melhor qualidade de vida no trabalho.

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Treinamento e Qualidade
de Vida no Trabalho
Na maioria das vezes que um empreendedor investe na criação de uma Empresa, seu
maior objetivo costuma ser o de obter lucros com a operação dessa Empresa.

Isso fez com que, durante um bom tempo, todo e qualquer investimento realizado
nessas Empresas tivesse como foco principal o ambiente fabril, incluindo máquinas e
equipamentos cada vez mais modernos, que pudessem aumentar a produtividade delas.

Produtividade é a razão entre quantidade de produtos fabricados ou serviços prestados


por uma Empresa e a quantidade de recursos utilizados por essa Empresa.”

Em outras palavras, se a Empresa quiser obter aumento em sua produtividade, ela deve
produzir mais produtos, ou realizar mais serviços, utilizando cada vez menos recursos.

Entre esses recursos, podem-se destacar materiais, energia elétrica e recursos


humanos, entre outros, que devem ter utilização reduzida ao máximo.

Isso explica, por exemplo, o fato de o empreendedor focar seus investimentos


em máquinas e equipamentos mais modernos, de forma que consiga produzir mais
produtos com menos recursos. Na figura 1 é possível visualizar um exemplo de
máquina que possui um painel computadorizado conhecido como Comando Numérico
Computadorizado (CNC).

Figura 1 – Máquina que possui um Comando Numérico Computadorizado (CNC)


Fonte: iStock/Getty Images

Em algumas atividades, o risco de acidentes é muito grande ou, ainda, o desgaste dos
operadores pode influenciar na qualidade do produto.

Nesses casos, uma solução para o problema pode ser a substituição dos braços humanos
por braços automatizados, controlados por computador. Estamos falando dos robôs.

Na Figura 2, é possível visualizar robôs sendo utilizados para o processo de soldagem


de componentes, na linha de produção de automóveis.

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UNIDADE
Treinamento e Qualidade de Vida no Trabalho

Figura 2 – Exemplo de robôs utilizados em um processo


de soldagem de componentes na Indústria Automotiva
Fonte: iStock/Getty Images

Porém, o que esses empresários demoraram a perceber foi o fato de que uma Empresa
sempre vai precisar de pessoas, e que as pessoas que trabalham em uma Organização
nos dias atuais costumam ser o bem mais precioso dessa Organização.

Esse empresário moderno passa a perceber que todo investimento que for realizado
também nos colaboradores que atuam na sua Empresa implicará esse tão desejado
aumento da produtividade.

Deve-se salientar que, atualmente, essas Empresas competem num mundo globaliza-
do, no qual o Mercado tem acesso a produtos mais baratos; porém, muitas vezes, são
produzidos em locais sem as mínimas condições de higiene e segurança, ou seja, sem a
preocupação com a qualidade de vida dos seus funcionários.

Dessa forma, foram necessárias diversas mudanças em Legislações, nas quais se


exigissem algumas mudanças no tratamento das pessoas num ambiente empresarial.

Porém, ao implementar, por força de Lei, essas mudanças, muitos empresários


perceberam que seus custos operacionais foram reduzidos.

A explicação é muito simples: ao evitar expor seus funcionários, durante a execução


de tarefas, a situações com menor risco de acidentes, os acidentes com afastamento
reduziram; uma vez que o número de afastamentos médicos reduziram, gastou-se menos
com horas extras e com salários pagos, com os funcionários se recuperando em casa, ou
seja, o resultado acabou sendo um aumento da produtividade das Empresas.

Nesse contexto, surge então o chamado Sistema de Gestão de Segurança e Saúde


Ocupacional (SGSSO) e a importância do treinamento como ferramenta de conscientização
e redução de acidentes de trabalho e melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Sistema de Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO)


O Sistema de Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO) consiste num
conjunto de requisitos que devem ser implementados em uma Empresa que tenha
como objetivo a padronização de ações e procedimentos que promovam a melhoria na
qualidade de vida dos trabalhadores.

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Esses requisitos são definidos em normas. A norma mais conhecida é a OHSAS-18001,
que estabelece os requisitos para a implementação de um Sistema de Gestão em
Segurança e Saúde Ocupacional numa Empresa.

OHSAS é a sigla em inglês para Occupational Health and Safety Assessments Series que é
uma norma que trata dos requisitos para a implementação de um Sistema de Gestão em
Segurança e Saúde Ocupacional.

A adesão a essa norma é voluntária; porém, caso a Empresa busque uma certificação
com reconhecimento internacional, ela deve se preparar para atender aos requisitos
previstos e contratar um Organismo Certificador que possua registro no INMETRO
(Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), para que faça uma auditoria
presencial na Empresa e verifique se ela consegue atender os requisitos da Norma
OHSAS-18001.

Caso o auditor encontre evidências de que a Empresa contratante atende aos requisitos
da Norma OHSAS-18001, o Organismo Certificador emite um Certificado que atesta o
atendimento aos requisitos da norma.

Em intervalos planejados, essa Empresa receberá novas visitas de auditores, de


forma a garantir que a Empresa continua atendendo aos requisitos previstos na Norma
OHSAS-18001.

Um Sistema de Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional pode ser implementado de


forma isolada ou, ainda, de forma integrada com os Sistemas de Gestão da Qualidade e/ou
o Sistema de Gestão Ambiental de uma Empresa.

Entre as vantagens de implementar um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde


Ocupacional em uma Empresa está o fato de que ela será reconhecida internacionalmente
como uma Empresa preocupada com a saúde e segurança de seus funcionários.

Existem ainda países que, impedidos por organizações como a OMC (Organização
Mundial do Comércio) de aplicar taxas extras à importação de produtos, aplicam as
chamadas barreiras não alfandegárias, ou seja, criam restrições a importações de
produtos com base na exigência de Certificações das Empresas que exportam produtos
para seus países, como Certificados de implementação de um Sistema de Gestão da
Qualidade, de um Sistema de Gestão Ambiental ou, até mesmo, de um Sistema de
Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional.

Finalmente, uma vantagem intrínseca na implementação de um Sistema de Gestão


e Saúde Ocupacional na Empresa pode ser visualizada e mensurada por meio do
monitoramento de indicadores como o absenteísmo, o número de acidentes de trabalho
com afastamento e o número de incidência de doenças ocupacionais, entre outros, que
apresentam melhoria em seus resultados.

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UNIDADE
Treinamento e Qualidade de Vida no Trabalho

Por que tratar de uma breve introdução ao Sistema de Gestão em Segurança e Saúde
Ocupacional (SGSSO) em uma Unidade de estudo que trata de Treinamento de Qualidade
de Vida no Trabalho?

Entre os requisitos para a implementação de um Sistema de Gestão em Segurança e


Saúde Ocupacional (SGSSO) está a elaboração de um Programa de Treinamentos.

Esses treinamentos devem ter como objetivo a redução de acidentes de trabalho e,


também, a redução da incidência de doenças ocupacionais.

A seguir, os treinamentos e a sua influência na Segurança do Trabalho serão abordados.

Treinamentos e a Segurança do Trabalho


Os Treinamentos em um ambiente empresarial são ferramentas indispensáveis para
reduzir o número de acidentes de trabalho e a incidência de doenças ocupacionais.

A Empresa deve estabelecer um Programa de Treinamentos que deverá ser realizado.


Para a elaboração desse Programa, devem ser consultadas as áreas envolvidas.

Os treinamentos incluídos nesse Programa não devem ser apenas aqueles


treinamentos que tenham como objetivo a redução de acidentes e da incidência de
doenças ocupacionais. Todas as demais necessidades de treinamento devem ser incluídas
nesse Programa.

O motivo dessa inclusão é que as Empresas possuem recursos limitados, ou seja,


se não houver um Programa de Treinamentos que integre todas as necessidades de
treinamento e as distribua durante um período.

Podem ocorrer, por exemplo, treinamentos planejados para a mesma semana, apesar
de a Empresa possuir apenas uma sala de treinamentos.

Outro exemplo de transtorno que pode ocorrer é o fato de um colaborador de


uma determinada área ser convocado para treinamentos em sequência, prejudicando
suas atividades.

Pode acontecer, ainda, de um colaborador estar convocado para mais de um


treinamento num mesmo período, gerando reprogramações e, muitas vezes, desperdício
de tempo e dinheiro.

Recomenda-se que esse Programa de Treinamentos seja feito de forma a abranger,


pelo menos, um período anual, de forma que investimentos possam ser planejados
para durante esse período, ao invés de serem todos concentrados em um pequeno
intervalo de tempo.

Esse planejamento também permite que as áreas envolvidas que possuem


colaboradores que irão participar de treinamentos no período planejado possam se
programar para que consigam executar suas tarefas sem o colaborador que estará
participando do Treinamento.

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A elaboração de um programa de treinamentos deve obedecer às seguintes etapas:
1. Consulta às áreas envolvidas sobre a necessidade de treinamentos;
2. Realização de orçamentos para se obter os custos dos treinamentos solicitados;
3. Obtenção de recursos financeiros junto à direção para a realização dos Treinamentos;
4. Programação dos Cursos ao longo do período planejado;
5. Comunicar às áreas envolvidas da programação dos Cursos;
6. As áreas devem definir quem irá participar de cada Curso, e em qual período;
7. Realização dos Treinamentos;
8. Documentação que inclua o registro dos Treinamentos;
9. Avaliação da eficácia dos Treinamentos.

Para a Segurança do Trabalho definir as necessidades de Treinamento, podem ser


utilizados dados históricos de número de acidentes em determinadas áreas, incidência de
doenças ocupacionais, os Treinamentos exigidos por normas regulamentadoras, entre
outros, que possam justificar a realização dos Treinamentos propostos.

Em Segurança do Trabalho, a elaboração do Programa de Treinamentos tem vários


objetivos, dentre os quais se podem destacar:
• Garantir que os trabalhadores de uma Empresa conheçam os riscos relacionados à
execução de suas atividades;
• Garantir que os trabalhadores conheçam o ambiente em que as atividades serão
realizadas;
• Transmitir a esses trabalhadores os conhecimentos técnicos necessários para que
executem suas atividades com segurança;
• Informar os trabalhadores sobre quais ações devem ser tomadas em caso de emergências;
• Conscientizar os trabalhadores sobre a importância de se proteger durante a execução
das atividades, de forma a se evitar as lesões, os acidentes e as doenças ocupacionais;
• Implementar uma cultura na qual os trabalhadores fiscalizem uns aos outros com
relação a atitudes seguras durante a execução de suas atividades de tal forma que
todos entendam que a segurança seja uma prioridade para todos.

Com relação aos chamados riscos psicossociais, alguns Treinamentos ainda podem
ser programados, de forma que esses riscos sejam reduzidos ou eliminados.

A seguir, algumas sugestões de temas de treinamentos que podem ser realizados com
esse objetivo:
• Educação Financeira;
• Importância e vantagens do trabalho em equipe;
• Gestão de pessoas;
• Técnicas para falar em público.

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UNIDADE
Treinamento e Qualidade de Vida no Trabalho

Outros temas podem ser propostos de acordo com o contexto social no qual a
empresa está inserida.

Um treinamento que trata de educação Financeira pode ser eficaz, por exemplo,
para os casos em que o trabalhador sempre gasta mais do que os seus rendimentos e,
dessa forma, trabalha de forma desconcentrada, preocupada e, dessa forma, exposto
ao estresse ocupacional.

Em um departamento no qual as pessoas precisam trabalhar interagindo entre si, de


forma integrada e, as pessoas agem sempre de forma isolada, gerando conflitos durante
a execução de suas tarefas no ambiente de trabalho (Figura 3), sem que haja confiança
entre os integrantes dessa equipe, um Treinamento de Trabalho em Equipe pode ser a
solução. Deve-se lembrar de que os conflitos no ambiente de trabalho são importantes
fontes geradoras de estresse ocupacional.

Figura 3 – Exemplo de conflitos no ambiente de trabalho


Fonte: iStock/Getty Images

Um gestor que possui histórico de desrespeito aos seus funcionários (Figura 4), sempre
os constrangendo com repreensões em público, pode ser submetido a um Treinamento
de Gestão de Pessoas, no qual aprenderá, por exemplo, Técnicas de Gestão e de
autocontrole que possam minimizar o estresse ocupacional.

Figura 4 – Gestor repreendendo funcionários em público e de forma agressiva


Fonte: iStock/Getty Images

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Por outro lado, pessoas que são extremamente tímidas e que precisam fazer apresen-
tações em público (Figura 5) com frequência e ficam extremamente estressadas, podem
participar de um Treinamento de Técnicas para falar em público, também conhecidos
como Treinamentos de Oratória, de forma que desenvolvam técnicas para falar em pú-
blico de forma espontânea, reduzindo o seu estresse.

Figura 5 – Colaborador fazendo apresentação para o público de uma reunião de trabalho


Fonte: iStock/Getty Images

Um bom programa de treinamentos contribui para que os funcionários possam


trabalhar de forma motivada e com segurança.

Um trabalhador consciente, além de trabalhar respeitando as regras de segurança da


Empresa passa, também, a agir de forma segura, pois sabe que se, ao executar uma ativi-
dade, por algum motivo, não se sentir seguro, irá pedir ajuda, evitando-se assim, acidentes.

Uma Empresa até pode exigir que seus funcionários cumpram regras de segurança;
porém, essa Empresa não consegue forçar esse funcionário para que tenha comporta-
mento seguro.

Na figura 6, é possível visualizar um exemplo de pessoa que está se comportando de


forma insegura ao executar uma atividade.

Figura 6 – Exemplo de comportamento inseguro


Fonte: iStock/Getty Images

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UNIDADE
Treinamento e Qualidade de Vida no Trabalho

Por esse motivo, durante a realização de um Treinamento que envolva Segurança


do Trabalho, de forma a estimular esse comportamento seguro, os seguintes itens
devem ser incluídos:
• Esclarecimento dos objetivos do Treinamento;
• Consequências às quais esse trabalhador vai estar exposto, caso não seja treinado;
• Esclarecimento sobre a importância de seguir as regras de segurança da Empresa,
incluindo o motivo pelo qual essas regras foram criadas;
• Consequências às quais esse trabalhador vai estar exposto, caso não siga as regras
e os procedimentos de segurança estabelecidos pela Empresa.

O comportamento seguro também pode ser estimulado quando, após a realização do


Treinamento, os trabalhadores sejam envolvidos em atividades que tenham relação com
a segurança da Empresa, nas quais eles possam participar, emitir opiniões e contribuir
com a segurança.

A seguir, alguns exemplos dessas atividades:


• Participação dos funcionários em Comitês de Segurança;
• Participação em grupos de resolução de problemas de segurança na área ou no
departamento em que atuam;
• Participação em auditorias de segurança como auditor ou como auditado;
• Possibilidade de emitir sugestões para que os riscos do trabalho sejam minimizados.

Os treinamentos que serão realizados numa Empresa podem ser, ainda, classificados
em 2 tipos:
• Treinamentos teóricos;
• Treinamentos práticos.

Os Treinamentos Teóricos, normalmente, são executados num ambiente de sala de


aula formal, no qual o instrutor transmite conhecimentos por meio de exposição oral,
imagens e exercícios, entre outras técnicas de treinamento.

Na figura 7, é possível visualizar um exemplo típico de treinamento teórico.

Figura 7 – Exemplo de treinamento teórico


Fonte: iStock/Getty Images

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Os Treinamentos Práticos, normalmente, são executados diretamente no ambiente
de trabalho da Empresa, no qual a atividade será efetivamente executada ou, ainda, em
um ambiente que simule esse ambiente de trabalho.

Na figura 8 é possível visualizar um exemplo de Treinamento Prático.

Figura 8 – Exemplo de treinamento prático


Fonte: iStock/Getty Images

Nos treinamentos práticos, também podem ser utilizados vídeos, simuladores, e os


alunos devem participar das atividades práticas.

Ambos os tipos de treinamentos têm a sua importância e devem ser utilizados


dependendo do contexto de cada Organização.

Finalmente, todos os treinamentos realizados na Empresa devem ser devidamente


documentados. A importância desses registros está relacionada tanto a aspectos legais
(treinamentos exigidos por Legislação específica), como à possibilidade e à necessidade
de se avaliar os resultados desses treinamentos.

Esses registros de treinamento devem incluir, no mínimo:


• Local de realização do treinamento;
• Data de realização;
• Nomes dos participantes;
• Listas de Presença com a assinatura dos participantes;
• Material adotado no treinamento;
• Resultados das avaliações;
• Planos de ação em função dos resultados do treinamento.

Qualidade de Vida no Trabalho


A qualidade de vida no trabalho está relacionada ao bem estar do trabalhador no seu
ambiente de trabalho.

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UNIDADE
Treinamento e Qualidade de Vida no Trabalho

Diversos aspectos contribuem para que se obtenha qualidade de vida no trabalho:


• Trabalho que valha a pena;
• Condições de trabalho seguras;
• Remuneração justa;
• Segurança no emprego;
• Supervisão competente;
• Percepção do desempenho e reconhecimento;
• Oportunidade de crescimento profissional, pessoal e intelectual;
• Ambiente de trabalho justo e com bom clima de trabalho.

Um ambiente de trabalho que promova o respeito entre os colegas de trabalho


contribui de forma significativa com a qualidade de vida no trabalho.

Ações que promovam a saúde e o bem-estar dos funcionários também podem servir
de incentivo para que os funcionários mudem atitudes também em sua vida social.

Um exemplo de ação que pode ser implementada nas EMPRESAS com esse objetivo
é a chamada Ginástica Laboral.

Trata-se de uma pequena parada nas tarefas que estão sendo executadas durante o
horário de expediente, para a realização de exercícios físicos (Figura 9).

Alguns funcionários, após a realização desses exercícios na empresa, passam também


a cuidar mais da sua saúde fora dela, incluindo a prática regular de exercícios físicos.

Figura 9 – Exemplo de ginástica laboral em um escritório


Fonte: iStock/Getty Images

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Segurança do Trabalho e Saúde ocupacional
Como material complementar, leia a Unidade 4 (p. 146-56) da obra de Celso A. Rossete
intitulada Segurança do Trabalho e Saúde ocupacional, disponível na Biblioteca Virtual
da Universidade, no item “E-books – Bib. Virtual Universitária”. Nesse texto, serão
apresentadas outras abordagens para a importância do treinamento na redução de
acidente e na melhoria da qualidade de vida no trabalho.
Para acessar essa obra, percorra o seguinte caminho: após entrar em sua “área do aluno”,
no menu à esquerda da tela, clique em “Serviços”, depois em “Biblioteca” e, no centro
da tela, clique em “E-books – Minha Biblioteca”. No topo da tela que abrirá, haverá um
campo de busca para autor, título, assunto etc. Nesse espaço, digite “segurança” e clique
na capa a seguir, que aparecerá como resultado.

Stress e Trabalho, uma Abordagem Psicossomática


Ainda como Material Complementar, leia também o Capítulo 1 da parte I (p. 21-8) da obra
de Ana Cristina Limongi França e Avelino Luiz Rodrigues, intitulada Stress e Trabalho,
uma Abordagem Psicossomática, disponível na Biblioteca Virtual da Universidade, no
item “E-books – Minha Biblioteca”. Nesse texto, será apresentado um breve texto sobre
como as Empresas reagem quando seu funcionários adoecem.
Para acessar essa obra, percorra o seguinte caminho: após entrar em sua “área do aluno”,
no menu à esquerda da tela, clique em “Serviços”, depois em “Biblioteca” e, no centro da
tela, clique em “E-books - Bib. Minha Biblioteca”. No topo da tela que abrirá, haverá um
campo de busca para autor, título, assunto etc. Nesse espaço, digite “Psicossomática” e
clique na capa a seguir, que aparecerá como resultado.

 Vídeos
Palestra Seguranca no Trabalho - Mágica & Humor! - Eduardo Peres
Nele, está disponível um vídeo bem interessante sobre um Treinamento, na forma de uma
palestra, que utiliza mágica e humor para a conscientização sobre segurança do trabalho.
https://youtu.be/egRODz6yipY
Segurança no Trabalho - Causas de acidentes e suas prevenções (Segunda Edição)
Nele, está disponível um vídeo que trata de um Treinamento para prevenção de acidentes
no trabalho.
https://youtu.be/vJK2HOJNowQ

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UNIDADE
Treinamento e Qualidade de Vida no Trabalho

Referências
FRANÇA, A. C. L.; RODRIGUES A. L. Stress e Trabalho, uma abordagem
Psicossomática. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2013.

ROSSETE, Celso A. Segurança do Trabalho e Saúde ocupacional. São Paulo:


Pearson Education, 2015.

SPECTOR, Paul E. Psicologia nas organizações. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

ZANELLI, José Carlos. Estresse nas organizações de trabalho: compreensão e


intervenção baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed Editora, 2009.

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