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TEMA 11
CONSELHOS SECCIONAIS

De acordo com o art. 45, § 2º, do EAOAB, os Conselhos Seccionais têm “jurisdição” sobre os respectivos
Estados-membros, do Distrito Federal e dos territórios, embora se saiba que no Brasil, atualmente, não há mais
territórios.

Composição e voto
A composição desses conselhos é diferente do Conselho Federal. Nos Conselhos Seccionais, a composi-
ção é proporcional ao número de advogados inscritos (art. 106 do Regulamento Geral do EAOAB com nova reda-
ção dada pela Resolução 02 de 2009 do Conselho Federal). Desse modo, se houver menos de 3.000 advogados
inscritos na Seccional, poderá ter até 30 conselheiros seccionais, podendo ser acrescentado mais um conselheiro
a cada grupo completo de 3.000, até atingir o número máximo de 80 conselheiros seccionais.
Integram, ainda, os Conselhos Seccionais os seus ex-presidentes, na qualidade de membros honorários
vitalícios, valendo para estes a mesma regra do art. 81 do EAOAB quanto ao direito de voto, ou seja, continuam
com direito de voz e voto apenas os que tenham assumido originariamente o cargo de Presidente até a data da
publicação da Lei nº 8.906/94 (05 de julho de 1994). Os demais, de acordo com esta lei, possuem apenas o direito
de voz.
O Presidente do Instituto dos Advogados local é membro honorário do Conselho Seccional, tendo direito a
voz em suas sessões.

Diretoria do Conselho Seccional


A Diretoria do Conselho Seccional tem composição idêntica e atribuições equivalentes às do Conselho
Federal: Presidente, Vice-Presidente, Secretário Geral, Secretário Geral Adjunto e Tesoureiro.

Competências do Conselho Seccional


O art. 58 do Estatuto da Advocacia diz competir privativamente ao Conselho Seccional:
a) editar seu Regimento Interno e Resoluções;
b) criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados;
A criação das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados é da competência exclusiva dos Con-
selhos Seccionais, não podendo ser criadas pelo Conselho Federal.
c) julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua diretoria, pelo
Tribunal de Ética e Disciplina, pelas Diretorias das Subseções e pela Caixa de Assistência dos Advogados;
O Conselho Seccional também funciona como tribunal de recursos. Digamos que, via de regra, os recur-
sos em segunda instância na OAB são julgados por esse Conselho.
Na OAB, algumas decisões são da competência do Presidente, outras da Diretoria do Conselho, das Sub-
seções ou da Caixa de Assistência dos Advogados. Já os processos disciplinares contra advogados e estagiários
são, em regra, julgados pelo Tribunal de Ética e Disciplina (TED). As decisões proferidas pelo Presidente do Con-
selho Seccional, por aquelas Diretorias ou pelo TED terão seus recursos encaminhados para o Conselho Seccio-
nal, não podendo ser remetidos diretamente ao Conselho Federal, sob pena de supressão de instância.
d) fiscalizar a aplicação da receita, apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as con-
tas de sua diretoria, das diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados;
Sendo da competência do Conselho Seccional a criação das Subseções e da Caixa de Assistência dos
Advogados, será também de sua responsabilidade a fiscalização da aplicação da receita, da apreciação do relató-
rio anual e da deliberação sobre as contas e os balanços desses órgãos.
e) fixar a tabela de honorários, válida para todo o território estadual;
Compete a cada Conselho Seccional determinar a tabela de honorários advocatícios, que terá validade
para aquele Estado-membro ou Distrito Federal. Não existe, portanto, uma tabela nacional. A tabela de honorários
do Rio de Janeiro, por exemplo, é diferente da tabela fixada pelo Conselho Seccional da Bahia.
f) realizar o Exame de Ordem;
O art. 58, VI, do Estatuto determina que cabe a cada Conselho Seccional realizar o Exame de Ordem.
Entretanto, na prática, por convênio entre os Conselhos Seccionais, a competência passou a ser do Con-
selho Federal
g) decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados e estagiários;
h) manter cadastro de seus inscritos;
Incumbe aos Conselhos Seccionais atualizar, até o dia 31 de dezembro de cada ano, o cadastro dos ad-
vogados inscritos, organizando a lista correspondente. Esse cadastro contém o nome completo de cada advogado

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com os respectivos números de inscrição (principal e suplementar), além dos endereços e os telefones dos locais
onde exerçam sua profissão e o nome da sociedade de que faça parte, se for o caso.
Nesse cadastro devem ser incluídas a lista dos cancelamentos de inscrição e a lista das sociedades de
advogados registradas nos Conselhos Seccionais, indicando os nomes dos sócios e o número do registro na OAB.
i) fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas;

Cada Conselho Seccional fica responsável para estabelecer e receber:


i.1) as contribuições, que são as anuidades, tanto dos advogados como dos estagiários;
i.2) os preços de serviços, que são os valores fixados para emissão de carteira, inscrição no Exame da
Ordem, etc.
i.3) as multas.

j) participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos
na Constituição e nas leis, no âmbito do seu território;
Compete ao Conselho Seccional participar de forma efetiva nos concursos públicos de âmbito estadual,
quando houver previsão na Constituição e em leis específicas como, por exemplo, nos concursos públicos para o
ingresso na Magistratura, no Ministério Público e em outras carreiras jurídicas.
O representante da OAB, indicado pelo Conselho Seccional, tem atuação em todas as fases do concurso,
desde a fase da elaboração do edital, fiscalizando e intervindo quando houver suspeita de irregularidades.
Quando os concursos tiverem abrangência nacional ou interestadual, a competência será do Conselho
Federal (art. 54, XVII, EAOAB).
k) determinar, com exclusividade, critérios para o traje dos advogados no exercício profissional;
É competência exclusiva dos Conselhos Seccionais a determinação dos trajes dos advogados, não po-
dendo nem mesmo os magistrados interferir nessa regulamentação.
l) aprovar e modificar seu orçamento anual;
Compete ao Conselho Seccional da OAB aprovar e, se necessário, modificar o orçamento do ano que se
segue.
m) definir a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética e Disciplina, e escolher os seus
membros;
O Tribunal de Ética e Disciplina, localizado em cada Conselho Seccional, será por este organizado, recru-
tando seus membros, que podem, ou não, ser conselheiros seccionais.
n) eleger as listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos nos tribunais
judiciários, no âmbito de sua competência e na forma do provimento do Conselho Federal, vedada a inclu-
são de membros do próprio Conselho e de qualquer órgão da OAB;
Será competência do Conselho Seccional elaborar a lista sêxtupla, quando a indicação for para tribunais
de abrangência estadual. Se o tribunal tiver abrangência nacional ou interestadual, a competência será do Conse-
lho Federal (art. 54, XIII, EAOAB).
A proibição para a inclusão de membros do próprio Conselho Seccional ou de outro órgão da OAB é justa
e ética, já que são os conselheiros que irão escolher os seis indicados para o respectivo tribunal judiciário, evitan-
do-se, com isso, que haja qualquer privilégio ou tráfico de influência.
o) intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados;
Vimos acima que compete ao Conselho Seccional criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advo-
gados, podendo, entretanto, intervir nestes. O quorum nesse caso é de 2/3 (dois terços).
Assim, não se deve confundir: compete ao Conselho Federal intervir nos Conselhos Seccionais, mas compete ao
Conselho Seccional intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados.
p) desempenhar outras atribuições previstas no Regulamento Geral.
O Regulamento Geral tem função supletiva aos casos omissos no Estatuto da Advocacia e da OAB.

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