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Transtornos Globais
Transtornos Globais
de Desenvolvimento de Desenvolvimento
e Altas Habilidades e Altas Habilidades
Ana Regina Caminha Braga
48531
9 788538 763147
Transtornos Globais
de Desenvolvimento
e Altas Habilidades
2017
© 2017 – IESDE Brasil S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos
autores e do detentor dos direitos autorais.
Bons estudos!
Sobre a autora
2 ATranstornos
Educação Especial e os
Globais de Desenvolvimento 21
2.1 As características específicas da Educação Especial e a relação com o TGD 22
2.2 Definição, conceituação e características do TGD 24
2.3 Desmembramentos do TGD e as ações
necessárias a serem seguidas pela escola, família e sociedade 27
A formação continuada e o
7 acompanhamento da escola, da família e da sociedade 77
7.1 A situação atual dos professores e sua formação 78
7.2 A importância da formação continuada e o
atendimento aos alunos com TGD, altas habilidades e superdotação 78
7.3 O papel da equipe pedagógica e a relação
da escola com os pais para a questão da inclusão 83
Como a família é o primeiro contato que a criança tem ao nascer, pode-se considerar que
os sintomas do Autismo, da Síndrome de Rett, Síndrome de Aspeger, as quais contemplam o
TGD, e das altas habilidades e superdotação apareçam na escola, pelo fato deles se manifesta-
rem a partir dos três anos em diante, quando algumas já estão inseridas nas creches e escolas.
É fundamental que a equipe de pedagogia esteja a par dos sintomas apresentados pela
criança, caso isso seja detectado pelo professor, para que ambos os segmentos conversem e
consigam traçar um plano de observação e atividades, e o aluno prossiga no seu desenvol-
vimento cognitivo e social dentro da escola com seus pares.
Em relação à sociedade, serão abordadas questões referentes à atitude que as pessoas
devem aprender a ter diante de uma criança com suas especificidades, TGD, altas habilidades
ou superdotação, pois ainda existe um olhar preconceituoso do ser humano em relação a isso,
pela falta de conhecimento, leitura e até de convívio. Para isso é necessário que a família, a
escola e a mídia concedam um espaço para o aprender e atitudes adequadas do cidadão.
É preciso que todos possam refletir, como sociedade, sobre a Educação Especial, mais
especificamente o TGD, as altas habilidades e a superdotação. Se pararmos para pensar o
simples olhar, ou atitude demonstrada por uma pessoa, seja ela em sala de aula, na igreja, no
supermercado, no teatro ou em qualquer espaço em que uma criança ou pessoa com TGD,
altas habilidades e superdotação esteja fará a diferença, não apenas para ela, mas também
para a sua família, que é conhecedora dos limites e das lutas enfrentadas, e por essa razão
busca motivar seu filho e/ou familiar a ir além do que já conquistou.
Parolin (2006, p. 37) contribui de maneira assertiva ao dizer: “diante de uma visão de
possibilidades e limites de cada aprendiz, acredito no trabalho de inclusão escolar pautado
em um processo de responsabilidade social, em que se comprometem a família, o aprendiz,
a escola, e os profissionais envolvidos”.
Dessa maneira, pode-se visualizar a relevância do papel e trabalho de cada um para que
as primeiras aprendizagens da criança sejam acompanhadas pelos responsáveis e na escola,
caso ela apresente alguma especificidade, analisada pelo professor e equipe pedagógica.
Para contribuir com o conteúdo, assista à fala da psicopedagoga e mestre em Educação
Isabel Parolin (2016) e pense nos seguintes aspectos:
O primordial é que o aluno com TGD, altas habilidades e superdotação tenha a oportuni-
dade de participar, aprender na escola e no meio social de maneira significativa e interligada.
Dessa forma, as experiências serão vividas e divididas com os seus parceiros de apren-
dizagem, ou seja, amigos, colegas, professores e familiares.
As Leis e Diretrizes da Educação Especial amparam os alunos com deficiência, trans-
tornos ou dificuldades de aprendizagem por meio dos recursos existentes, bem como o
Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a Sala de Recursos Multifuncionais.
Esses são atendimentos e espaços formalizados para atender aos alunos da EE, um di-
reito previsto e que os ampara por lei. Os atendimentos podem ser realizados no contratur-
no do período em que a criança estuda e o acompanhamento é realizado por profissionais
com formação adequada, que elaboram e trabalham os conteúdos diante de uma metodolo-
gia e proposta que atendam o seu público.
Uma estratégia que já acontece nas escolas – mas citamos nessa aula como lembrete e
também mostrando a importância desse momento – é a visita da escola à casa dos alunos,
com o objetivo de conhecer a realidade de cada um e até mesmo para aproximar e dizer aos
responsáveis que a instituição e os docentes estão realizando o seu melhor e ainda traba-
lham com o intuito de que seu filho se desenvolva integralmente.
Veja as informações a seguir sobre o programa PIFE:
Programa de Integração Família e Escola (PIFE) em Bertioga tem o objetivo de aproximar a es-
cola da família e proporciona o professor conhecer a realidade dos seus alunos e assim trabalhar
as questões afetivas, as quais são importantes para o aprendizado dos alunos. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=izZoKugegLY>. Acesso em: 30 nov. 2016.
É preciso considerar que inserir na sala de aula um aluno sem oportunizar estratégias
que possam contribuir para o seu aprendizado pode comprometer as aquisições futuras ou
estagnar o processo. Portanto, a integração pela integração, sem colocar à frente desta atitu-
de uma objetividade, acaba não atingindo o ponto crucial da integração escolar.
O papel da sociedade é integrar as pessoas sem distinção por questões de raça, religião,
cultura, costumes, deficiências ou outros aspectos. Todos precisam interagir com o meio que
estão inseridos e esses aspectos hoje ganham voz com a Lei da Inclusão, que respalda, como
citado anteriormente, o lazer, o transporte, a saúde, a educação e demais fatores necessários
para o ser humano.
Contudo, a pergunta é: por que no Brasil é preciso instaurar leis todos os anos para ga-
rantir algo que já é de direito do cidadão? A resposta a essa pergunta é clara se pensarmos
que ainda existe um paradigma social repleto de preconceitos que impossibilita as pessoas
de tomarem consciência do espaço do outro. Ou seja, nem sempre a sociedade respeita o
Para refletir: A postura da professora é de fato interessante para sua análise como pode ser vista
no vídeo, porém, atualmente outras estratégias e processos podem e são realizados em sala de
aula quando recebemos alunos ou pessoas com deficiência. Qual sua proposta para melhorar e
de fato contribuir para inserção da criança na turma e convívio com os colegas?
Para somar com os seus conhecimentos prévios, indicamos a leitura de um artigo que vai au-
xiliar na ampliação de suas aprendizagens. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/
arquivos/pdf/visaohistorica.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2016.
Para conhecer um pouco de perto a realidade e a luta das famílias com seus filhos, indica-
mos um documentário de pais de filhos autistas e as atitudes tomadas. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=mNab1gzIy1o>. Acesso em: 30 nov. 2016.
A educação dessas crianças deve ser pautada em moldar o psicológico a lidar com o dia
a dia, com suas habilidades e limitações. Para isso o apoio dos responsáveis é indispensável,
pois elas precisam sentir segurança e ter sua rotina organizada, com os atendimentos profis-
sionais em dia, para que os resultados sejam alcançados dentro do tempo esperado.
Paniagua e Palacios (2005, p. 214) comentam que “a hipótese fundamental sobre as re-
lações pais-filhos e sobre os estilos educativos é, portanto, a do respeito e da consideração.
A imensa maioria dos pais gosta muito de seus filhos, são eles que têm mais interesse no
bem-estar e que fazem o melhor que sabem e podem”.
Contudo, ainda quando se fala sobre situações específicas como o caso dos alunos com
TGD, altas habilidades e superdotação, é preciso considerar as condições sociais de cada
família, principalmente quando relacionado ao tratamento e atendimento com profissionais
específicos para os sintomas da pessoa.
É importante considerar que nem todas as vezes esses pais/responsáveis conseguem
o tratamento adequado para o seu filho e, dessa maneira, a criança chega na escola com
dificuldades mais acentuadas por não receber aquilo que é necessário para o seu desenvol-
vimento. A escola pode auxiliá-los nessa caminhada em busca dos profissionais com o seu
devido encaminhamento.
Ainda como realidade das famílias, pode-se encontrar pais/responsáveis sem a forma-
ção ou instrução necessária para lutar por aquilo que o seu filho necessita, não por falta de
interesse, mas por não conhecer o caminho ou não ter as oportunidades sociais para atentar
e aprimorar o seu olhar dentro dessa perspectiva.
O direito da pessoa com deficiência existe desde 1824 em outros países, mas foi em
1857 que o Brasil iniciou a criação de serviços para atender às pessoas com deficiências físi-
cas, mentais e sensoriais. A partir desta movimentação que em 1854 surgiu o Instituto dos
Meninos Cegos, chamado de Benjamim Constant.
Sendo assim, inicia-se o trabalho com a educação inclusiva, que visa proporcionar o
ensino e a aprendizagem para as pessoas com qualquer tipo de dificuldade ou deficiência.
Mas, para pensar esta modalidade, é preciso refletir de acordo com Stainback e Stainback
(1999, p. 407), por mais centrado que esteja o objetivo da inclusão, é necessário “criar uma
comunidade em que todas as crianças trabalhem, aprendam juntas e desenvolvam repertó-
rios de ajuda mútua e ajuda aos colegas, pois o objetivo da inclusão não é esquecer as dife-
renças individuais entre elas”, é trabalhá-las de maneira que a escola, família e comunidade
possam enxergar a criança passiva de várias habilidades.
Nas palavras de Paniaguas e Palácios (2007, p. 84) é possível transmitir exatamente a
execução da Educação Especial quando diz que “queremos uma educação para todos, não
uma Educação Especial para alguns, entretanto, queremos um mundo especial para cada
um de nós, em que nosso olhar esteja atravessado pela dignidade e respeito aos outros e a
suas diferenças”.
Independente da condição e comprometimento que o aluno tenha, é o professor que
precisa acompanhar suas atividades e direcionar os passos que ele der, orientando-o ao que
é adequado.
Síntese
Durante esta aula abordamos aspectos importantes com o objetivo de contribuir com a
atuação da escola, da sociedade e da família para com a educação e formação das pessoas
com TGD, altas habilidades e superdotação dentro de algumas características específicas do
país e da sociedade em que estão inseridas.
Para a Educação Especial é importante que não apenas a família, mas a escola e a
sociedade conheçam e compreendam os processos desenvolvidos com seus filhos/fami-
liares. No caso da escola voltar-se às adaptações necessárias e vencer as dificuldades
existentes e assim buscar resultados significativos para o aluno, para a instituição e para
a família. Esse trabalho deve ser realizado junto à sociedade para que as adequações
sejam realizadas em conjunto.
Em relação à família dos alunos da Educação Especial, contemplamos a relevância dos
membros que convivem com eles estarem preparados para lidar com as variantes e situa-
ções referentes à aprendizagem desta criança, relacionando sempre que possível as dimen-
sões que envolvem o ser humano – cognitivo, afetivo e social – e dessa maneira permitem
que eles consigam interagir, dentro de suas habilidades e limitações, com os seus pares.
A sociedade tem um papel importante a ser desempenhado, é um olhar único para o ci-
dadão que tem seus direitos como pessoa pertencente a um grupo social, que deve e precisa
ser visto com a possibilidade de caminhar e desenvolver-se sem discriminação, preconceito
ou intolerância.
• garantir a escolarização;
Assim é que vemos a escola como polo central para onde se encaminham
denúncias relativas a negligências nos cuidados infantis, como centro de
alimentação das crianças de muitas famílias desprivilegiadas, como cen-
tro de recurso a cuidados relativos à saúde, e muitos outros. Também não
é raro ver professores, diretores e técnicos de uma escola assumindo um
papel em que o afeto é literalmente marcado por uma relação de quase
parentesco (maternal, paternal, filial...).
2. Assista à entrevista de Bruna Linzmeyer que interpretou Linda, uma autista, na no-
vela Amor à vida, disponível nos links:
<https://www.youtube.com/watch?v=l8JNb5_cKBM>
<https://www.youtube.com/watch?v=KZw_Isq1pzk>
3. As pessoas com deficiência e transtornos são amparadas por lei e devem ser parte
do meio social. Na questão trabalhista não pode ser diferente. Na sua visão, como as
oportunidades para esse público são conduzidas no Brasil e quais são as diferenças
para os Estados Unidos ou Europa.
Referências
LA FORTUNE, Louise; SAINT-PIERRE, Lise. A afectividade e a metacognição na sala de aula. Lisboa:
Les Édditions Logiques, 1996.
PANIAGUA, Gema; PALACIOS, Jesús. Educação Infantil: resposta educativa à diversidade. Porto
Alegre: Ed. Artmed, 2007.
PANIAGUA, G.; PALACIOS, J: Educación Infantil. Respuesta educativa a la diversidad. Alianza Editorial:
Madrid, 2005.
PAROLIN, Isabel. Aprendendo a incluir e incluindo para aprender. São José dos Campos: Ed. Pulso, 2006.
SANTOS, Mônica Pereira dos. O lado educacional da família. O lado maternal da escola. In: A inclusão
e as relações entre a família e a escola. Informativo técnico do INES, n. 11, junho, 1999. Disponível em:
<http://www.lapeade.com.br/publicacoes/artigos/A%20Inclusao%20nas%20Relacoes%20entre%20
a%20Familia%20e%20a%20Escola.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2017.
STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Tradução de Magda França
Lopes. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
Resolução
1. Será necessário trazer alguns tópicos do texto analisado e relacionar com a vivência
da sua cidade, para comentar quais são as possíveis melhorias a acontecer.
3. Ao realizar suas leituras, será necessário traçar um paralelo com a realidade dos Es-
tados Unidos ou da Europa. É importante demonstrar sua leitura e visão de mundo.
A Educação Especial tem amparo legal de diversas leis e Carneiro (2014, p. 425), em seu
livro LDB fácil, comenta que haverá, quando necessário, atendimento e serviços especializados
nas escolas. No art. 58 está posto que “§3°. A oferta da educação especial, dever constitucional do
Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a Educação Infantil”.
Dessa forma, para que o atendimento à Educação Especial aconteça e seja realizado de ma-
neira significativa, algumas discussões são relevantes e tornam-se leis para que possa seguir as
normativas sem problemas ou desencontros, como está descrito por Carneiro (2014, p. 432):
§2˚ O atendimento Educacional da clientela da Educação Especial, esgotadas
as possibilidades de ser realizado em classes comuns de ensino regular, poderá
ocorrer em instituições ou serviços especializados. O Brasil não pode ignorar o
trabalho das APAES, Pestallozi. O bom senso e a responsabilidade pública reco-
mendam que os sistemas de ensino se articulem com estas entidades especiali-
zadas com três objetivos:
Desenvolver atividades compartilhadas para a complementação e/ou suplemen-
tação da formação dos alunos;
Realizar agendas conjuntas para a formação de professores e de pessoal de
apoio; trabalhar, programações e atividades de sensibilização, mobilização e en-
volvimento das famílias e das comunidades, objetivando aprimorar, cada vez
mais, o processo sociopsicopedagógico dos alunos.
Entretanto, há vários casos de pais/responsáveis com alunos da Educação Especial que
não possuem esse serviço à sua disposição, pois mesmo sendo amparado por lei, algumas
escolas não aceitam matricular, ou de fato, não têm condições de atender suas especificida-
des e os alunos que enfrentam desafios e problemas acesso, como podemos visualizar no
vídeo a seguir:
Mães relatam desafios no ato na criação de filhos autistas: Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=yJpBUURb94Y>. Acesso em: 30 nov. 2016.
Mãe de autista conta as dificuldades de matricular o filho na escola regular. Disponível em: < https://
www.youtube.com/watch?v=mQgiUqtI7Yg>. Acesso em: 30 nov. 2016.
Nesses exemplos podemos observar alguns relatos de mães com filhos autistas, os quais
podem trazer elementos ricos para a sua reflexão, já que no início do texto foi falado sobre a
LDB e o que constitui o direito das pessoas com TGD.
O que deve ser pensado para a Educação Especial é que a sociedade tem uma ideia
do ser humano com o mesmo desenvolvimento, ritmo e tempo de aprendizagem. Essa
Leia o artigo na íntegra da Revista Escola intitulado: O que são os Transtornos Globais do
Desenvolvimento (TGD)? Autoria: Paula Nadal. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.
br/formacao/transtornos-globais-desenvolvimento-tgd-624845.shtml>. Acesso em: 27 nov. 2016.
Falta de flexibilidade
Defasagem qualitativa Alterações na comuni-
no comportamento e
na relação com o outro cação e na linguagem
mental
A Síndrome de Rett, segundo Smith (2008), foi descrita pelo médico austríaco Andreas
Rett há mais de 40 anos, e tem como característica o fato de se manifestar ainda muito cedo
na criança, sendo predominante em meninas, e de ser uma doença que não estaciona.
Parolin (2006, p. 37) contribui de maneira assertiva ao dizer: “diante de uma visão de
possibilidades e limites de cada aprendiz, acredito no trabalho de inclusão escolar pautado
em um processo de responsabilidade social, em que se comprometem a família, o aprendiz,
a escola, e os profissionais envolvidos”.
Este transtorno apresenta características próprias nos primeiros seis meses de vida do
sujeito, podendo estender-se até 12 meses. Paulatinamente, a criança perde os movimentos
e as habilidades das mãos. Há diminuição dos interesses sociais, crises convulsivas, prejuízo
na linguagem receptiva e expressiva. Ocorre também desaceleração do crescimento cranial
(microcefalia) e perda dos movimentos adquiridos de origem motora.
Por esse motivo, a criança pode fazer movimentos repetitivos com as mãos como se esti-
vesse se lavando. O comprometimento cognitivo é mais acentuado que o observado no autismo.
Segundo Belisário Filho e Cunha (2010), os mecanismos envolvidos na síndrome de
Rett são desconhecidos. Há, no entanto, reduções significativas no lobo frontal, no núcleo
caudado e no mesencéfalo e evidências de desenvolvimento sináptico.
De acordo com Honora (2008), as crianças podem ainda apresentar crises convulsivas,
alterações respiratórias, alteração de sono, bruxismo e constipação intestinal.
Podem ser consideradas características da Síndrome de Rett:
O desdobramento do TGD foi citado e discutido durante esse capítulo com as especifi-
cidades de cada um, ou seja, o Autismo, a Síndrome de Asperger e Síndrome de Rett.
Para retomarmos como a EE iniciou seus primeiros passos, faremos uma retrospectiva.
Diante dessa proposta é possível dizer que o direito da pessoa com deficiência existe desde
1824 em outros países, mas em 1857 que o Brasil iniciou a criação de serviços para atender as
pessoas com deficiências físicas, mentais e sensoriais. A partir desta movimentação que em
1854 surgiu o Instituto dos Meninos Cegos, chamado de Benjamim Constant.
Assim inicia-se o trabalho com a educação inclusiva que visa proporcionar o ensino
e a aprendizagem para as pessoas com qualquer tipo de dificuldade ou deficiência. Mas,
para pensar esta modalidade, é preciso refletir de acordo com Stainback e Stainback
(1999, p. 407) que o objetivo da inclusão é de “criar uma comunidade em que todas as
crianças trabalhem, aprendam juntas e desenvolvam repertórios de ajuda mútua e ajuda
aos colegas, pois o objetivo da inclusão não é esquecer as diferenças individuais entre
elas”. É necessário trabalhar de maneira que a escola, família e comunidade possam en-
xergar a criança passiva de várias habilidades.
Síntese
Por volta dos 6-18 meses de idade, os primeiros sinais clínicos aparecem,
estando associados à perda de aquisições motoras e aquisições cognitivas,
ou seja, perda das capacidades anteriormente adquiridas, iniciando-se,
portanto o curso da doença.
• Sexo feminino;
O quadro clínico que mais está presente nos casos de Síndrome de Rett está
relacionado com desaceleração do crescimento craniano, perda da fala e
das habilidades motoras adquiridas, em particular o movimento ativo da
A Síndrome de Rett por ser uma doença de caráter progressivo, evolui por
4 estágios divididos em: estágio I ou “estágio de desaceleração precoce”;
estágio II ou “estágio rapidamente destrutivo”; estágio III ou ”estágio
pseudoestacionário ou planteau”; estágio IV ou “Estágio de deterioriza-
ção motora tardia”.
2. David tem 5 anos é autista e mora no mesmo prédio que você. Ele e seu filho de 5
anos brincam juntos. Qual seria a sua postura para orientá-lo nesse momento de
modo a evitar e sanar as possíveis curiosidades de uma criança?
Referências
BELISÁRIO FILHO, José Ferreira, CUNHA, Patrícia. A educação especial na perspectiva da inclu-
são escolar: Transtornos Globais do Desenvolvimento. Coleção A Educação Especial na Perspectiva
da Inclusão Escolar, v. 9. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. Disponível em: <http://
basenacionalcomum.mec.gov.br/documentos/biblioteca/Colecao_Educacao_Especial_Fasciculo_9.
pdf> Acesso em: 31 jan. 2017.
CARNEIRO, Moaci. LDB Fácil: leitura crítico-compreensiva artigo a artigo. 22. ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2014.
CASTRO, T.M.; LEITE, J. M. R. S.; VITORINO, D. F. M., PRADO, G. F. Síndrome de Rett e Hidroterapia:
Estudo de Caso. Revista Neurociências. v. 12, n. 2, abril/junho 2004. Disponível em: <http://www.
revistaneurociencias.com.br/edicoes/2004/RN%2012%2002/Pages%20from%20RN%2012%2002-5.
pdf.>. Acesso em: 9 jan. 2017.
GONZÁLEZ, Eugênio e Colaboradores. Necessidades educacionais especiais: intervenção psicoedu-
cacional. Porto Alegre: Artmed, 2007.
HONORA, Márcia; FRIZANCO, Mary. Esclarecendo as deficiências. Rio de Janeiro: Ciranda Cultural, 2008.
PAN, M. O direito à diferença: uma reflexão sobre deficiência intelectual e educação inclusiva.
Curitiba: IBPEX, 2008.
PAROLIN, Isabel. Pais educadores: é proibido proibir? 4. ed. Porto Alegre: Mediação, 2006.
RUTTER, M; SCHOPLER, E. L’Autisme, une réévaluation des concepts et du traitement. Trad. de
l’anglais par S. Missonnier et L. Hemain. Paris: Laivosier, 1991.
SAMPAIO, Simaia; FREITAS, Ivana. Transtornos e dificuldades de aprendizagem: entendendo me-
lhor os alunos com necessidades educativas especiais. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2014.
SMITH, Deborah. Introdução à Educação Especial. Ensinar em tempos de inclusão. 5. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2008.
STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Tradução de Magda França
Lopes. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
Resolução
1. A resposta exige que se apresente a visão sobre os temas. Para isso recomendamos a
leitura do texto, a consulta nos materiais extras indicados e, também, o que já se tem
de conhecimento de mundo.
2. A resposta exige que se apresente a visão sobre os temas. Para isso recomendamos a
leitura do texto, a consulta nos materiais extras indicados e, também, o que já se tem
de conhecimento de mundo.
3. A resposta exige que se apresente a visão sobre os temas. Para isso recomendamos a
leitura do texto, a consulta nos materiais extras indicados e, também, o que já se tem
de conhecimento de mundo.
A seguir, assista ao programa apresentado pelo Dr. Dráuzio Varela no Fantástico sobre o
Autismo e a dificuldade encontrada pelas famílias. Essas precisam de apoio não só financeiro,
mas principalmente psicológico, no sentido de haver a necessidade por parte dos pais/respon-
sáveis em buscar saber como será a inserção do seu filho na faculdade, no mercado de trabalho
e na sociedade:
Como o autista organiza o seu mundo? Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=OvFNiFQuGPA>. Acesso em: 12 dez. 2016.
Figura 1 – Transtornos.
Comunicação verbal,
interação social
Respostas incomuns às
experiências sensoriais
Nos estudos citados pela autora de Sturmey e Sevin (1999), 75% dos autistas são diag-
nosticados com inteligência abaixo do normal e 25% têm nível normal de inteligência.
Diante de tais pesquisas, resultaram os termos autismo de baixo funcionamento para as
pessoas com a deficiência mental associada e o de alto funcionamento, entendido como um
grupo do Transtorno do Espectro Autista.
Nesse momento, é interessante assistir ao vídeo das profissionais Caroline Scotarelli e Consuelo
Almeida para desenvolver os estudos dentro da perspectiva do TGD e agora especificamente a
Síndrome de Asperger. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Ir1DMmD9_iU>.
Acesso em: 12 dez. 2016.
Para que possamos reconhecer a Síndrome de Rett, indicamos os vídeos a seguir, com o objetivo
de deixar mais visual essas prioridades que precisam ser desmembradas:
1. Programa da TV Brasil. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=m1MLYq10CSs>.
Acesso em: 12 dez. 2016.
2. Depoimento – Caso Fernanda no Programa Saúde e Bem-estar. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=UFaJCWdE9hM>. Acesso em: 12 dez. 2016.
Os bebês são demasiadamente calmos. Apresentam hipotonia, e atraso postural e esteriotipias – dificuldade
dos pais para identificar.
Regressão psicomotora, choro sem causa evidente, irritabidade, irregularidade respiratória, perda da fala
adquirida, epilepsia e distúrbio do sono.
3. Pseudoestacionário (entre 2 a 10 anos) e 4. Deterioração motora tardia (por volta dos 10 anos)
3. Possível melhora no contato social. Permanecem distúrbios motores, ataxia e apraxia. 4. Prejuízos motores
(comprometimento na marcha) e mentais.
A Síndrome de Rett está presente na maioria dos casos em pessoas do sexo feminino,
as quais podem estabelecer o contato visual quando precisam se comunicar ou solicitar algo
em específico, já que a linguagem, por vezes, pode não acontecer.
É importante ressaltar que durante a evolução dos estágios, as crianças podem apresen-
tar uma melhora a partir do 3° estágio, como explicado, mas por outro lado, no 4° estágio os
sintomas são inúmeros, principalmente no que tange ao movimento, impossibilitando-a, em
algumas situações, de caminhar.
Para retomarmos como a EE iniciou seus primeiros passos, faremos uma retrospectiva.
Diante disso, é possível dizer que o direito da pessoa com deficiência existe desde 1824 em
outros países, mas em 1857 o Brasil iniciou a criação de serviços para atender as pessoas com
deficiências físicas, mentais e sensoriais. A partir desta movimentação que, em 1854, surgiu
o Instituto dos Meninos Cegos, chamado de Benjamim Constant.
Síntese
A partir da observação da imagem, escreva que atitudes o professor pode tomar para
que o aluno com autismo seja inserido e participe das atividades com os colegas.
Após assistir ao depoimento, elenque os tópicos mais evidentes, na sua visão, que
um autista passa no dia a dia e como você pode colaborar para possíveis mudanças.
3. A Revista Nova Escola traz uma reportagem sobre os autistas e algumas dicas de
como lidar com eles, de maneira a respeitar e compreender o seu mundo.
Leia a reportagem e pontue quais são os elementos a serem trabalhados com o autis-
ta, de acordo com a sua visão.
Referências
ALMEIDA, Consuelo. Dissertação: A relação do professor com seu aluno psicótico (TGD)
em processo de inclusão. UFPR, 2013. Disponível em: <http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/
handle/1884/41384/R%20-%20D%20-%20CONSUELO%20DE%20ALMEIDA%20VASQUES%20
FERNANDES.pdf?sequence=2>. Acesso em: 10 jan. 2017.
AMARAL, Priscila. Autismo no tempo da delicadeza. Rio de Janeiro: Wak, 2014.
CARNEIRO, Moaci. LDB Fácil: leitura crítico-compreenssiva artigo a artigo. 22. ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2014.
GONZÁLEZ, Eugênio e colaboradores. Necessidades educacionais especiais: intervenção psicoedu-
cacional. Porto Alegre: Artmed, 2007.
HAGBERG, B. Witt Engerstrom. Rett syndrome: a suggested staging system for describing
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HONORA, Márcia. FRIZANCO, Mary. Esclarecendo as deficiências. Rio de Janeiro: Ciranda Cultural, 2008.
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Disponível em: <http://www.revistaautismo.com.br/noticias/casos-de-autismo-sobem-para-1-a-cada-
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RUTTER, M; SCHOPLER, E. L’Autisme, une réévaluation des concepts et du traitement. Trad. de
l’anglais par S. Missonnier et L. Hemain. Paris: Laivosier, 1991.
SAMPAIO, Simaia; FREITAS, Ivana. Transtornos e dificuldades de aprendizagem. Entendendo me-
lhor os alunos com necessidades educativas especiais. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2014.
SMITH, Deborah. Introdução à educação especial. Ensinar em tempos de inclusão. 5. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2008.
Resolução
1. O professor precisa aprofundar os seus conhecimentos, leituras, estudos, pesquisas
para que consiga aprender e dessa maneira traçar as estratégias e recursos a serem
utilizados em sala de aula com os alunos autistas.
2. O que está fora dos padrões estabelecidos pela sociedade causa uma certa inseguran-
ça, curiosidade e até mesmo desconforto nas pessoas por não terem o conhecimento
adequado para lidar e se aproximar de pessoas com especificidades e por essa razão
é imprescindível a sociedade conhecer os combinados necessários para trabalhar
com esse público.
3. O aluno nesse momento pode trazer o que sugere como trabalho com o autista, de
acordo com o que estudou e pesquisou.
As condutas típicas ainda são pouco comentadas e até mesmo desconhecidas pela so-
ciedade. Entretanto é relevante abrir esse espaço para conhecermos essa realidade como
aluno e profissional, pois as especificidades também estão presentes cada vez mais nas prá-
ticas dos professores e da equipe pedagógica, que, em alguns momentos, precisam orientar
os responsáveis e solicitar possíveis encaminhamentos para outras áreas analisarem o caso.
Como já sabido, é válido retomar as questões legais que englobam e alicerçam os alu-
nos a participarem do processo educacional e social, com o objetivo central de preparar
esse aluno da melhor forma possível, para conviver em grupo e se reconhecer como per-
tencente a ele. Dessa maneira, a Educação Especial tem amparo de diversas leis e Carneiro
(2014, p. 425), em seu livro LDB Fácil, comenta que haverá, quando necessário, atendi-
mento e serviços especializados nas escolas. No art. 58 está posto que “§3˚. A oferta da
educação especial, dever ser constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a
seis anos, durante a Educação Infantil”.
Após essa informação, ainda pode-se refletir sobre a execução das leis na escola, pois as
pessoas envolvidas nesse processo ainda são surpreendidas pela realidade de algumas esco-
las ainda não estarem preparadas para receber alunos com alguma deficiência, transtornos,
dificuldades ou síndromes, o que acaba dificultando o processo de ingresso dos alunos, seja
com condutas típicas ou não.
Para compreender as especificações das condutas típicas é valido contemplar o quadro
a seguir e, assim, esclarecer como foi realizada a diferenciação não apenas pelo momento
histórico e datas, mas também da nomenclatura utilizada para cada uma.
A partir de 2008
De 1994 até 2007
Transtorno Global do
Condutas típicas
Desenvolvimento (TGD)
Quadros neurológicos, como por exemplo: Refere-se especificamente à
alunos com diagnóstico de:
• Transtorno do Déficit de Atenção
e Hiperatividade. • Autismo.
Síndromes, como por exemplo: • Síndromes do espectro de
Autismo, como por exemplo:
• Síndrome de Asperger.
Síndrome de Asperger,
Psicológicos, como por exemplo: Síndrome de Rett, entre outros.
• Transtorno Bipolar. • Psicose infantil.
• Transtorno de Conduta.
• Transtorno de Ansiedade, entre outros.
• Psiquiátricos persistentes, como por exemplo:
• Psicose.
Fonte: SANTOS, 2017.
As estratégias e os recursos devem ser traçados pelos professores e pela equipe pedagó-
gica, conforme a necessidade do aluno e com as orientações dos profissionais para aproxi-
mar e/ou atingir os resultados esperados, seja em curto ou longo prazo.
Dessa forma, para que o atendimento às pessoas com condutas típicas aconteça signifi-
cativamente, é importante considerar a inserção do Atendimento Educacional Especializado
(AEE), que é um direito de todos os alunos, e que oferece estratégias diferenciadas para o
seu aprendizado.
Em síntese:
4. Seus efeitos, caso o problema não seja abordado, geralmente são des-
trutivos para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno, bem como
para seu desenvolvimento e integração social.
Atividades
1. No caso de alunos com condutas típicas dentro do Transtorno de Ansiedade é pos-
sível que o professor elabore com a turma um projeto e realize uma palestra sobre o
tema. O que você pode sugerir como proposta?
2. O aluno demonstra certa inquietude dentro da sala de aula nos momentos em que
você solicita uma atividade individual e isso tem ocorrido com frequência. Quais se-
riam as estratégias que você visualiza como possível para trabalhar com esse aluno?
Referências
BRASIL, MEC. Projeto Escola Viva. Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola.
Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2002. Disponível em: <http://www.
dominiopublico.gov.br/download/texto/me000453.pdf>. Acesso em: 19 jan. 2017.
CARNEIRO, Moaci. LDB Fácil: leitura crítico-compreenssiva artigo a artigo. 22. ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2014.
KONKIEWITZ, Elisabete; VIRGOLIM, Angela. Altas habilidades/superdotação, inteligência e criati-
vidade. Campinas, SP: Papirus, 2014.
SANTOS, Shirley Aparecida dos. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação
Especial e Inclusão Educacional. Transtornos Globais do Desenvolvimento. Disponível em: <http://
www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/tgd_texto9.pdf>. Acesso em: 19 jan. 2017.
Resolução
1. Manter o foco no que está solicitado na atividade e não se esquecer de referenciar os
sites ou livros consultados. Para essa etapa você pode pensar em uma disciplina ou
conteúdo interessante para todos e explorá-lo no projeto. Por exemplo, na Educação
Física, trabalhar alguma atividade que possa auxiliar o aluno a desenvolver meios
para beneficiar-se em relação à ansiedade.
3. O aluno deve manter o foco no que está solicitado na atividade e não se esquecer
de referenciar os sites ou livros consultados. Para lidar com a questão relacional é
possível usar em sala de aula trabalho com dinâmicas e jogos que possam exigir dos
alunos um envolvimento de equipe.
As características do aluno com altas habilidades são variadas, mas um grupo delas
é considerado universal como, por exemplo, a curiosidade, vivacidade mental, motivação
interna, persistência na área de seu talento, capacidade de resolver problemas, energia, habi-
lidade em assumir riscos, sensibilidade, pensamento original e divergente, conduta criativa.
As caracteristicas podem variar de acordo com a especificidade de cada sujeito e de
acordo como cada um sistematiza seus comportamentos. Pode-se destacar que o atendimen-
to a esses alunos precisa oferecer condições que atendam suas necessidades para a aprendi-
zagem, conforme suas dimensoes cognitivas, afetivas e sociais.
No entanto, características podem variar em grau de intensidade e na forma de sistema-
tizar os comportamentos. O relevante é atender esses alunos, oferecendo-lhes uma condição
adequada para sua aprendizagem e que atenda suas necessidades, de acordo com a realida-
de cognitiva, afetiva, familiar e social de cada aluno.
Pessoas com altas habilidades podem ser conceituadas por Smith (2008, p. 202) como
aqueles que foram identificados na pré-escola e no ensino fundamental por te-
rem demonstrado ou terem potencial de habilidades que evidencie uma capa-
cidade de alto desempenho nas áreas intelectuais, criativas, acadêmicas espe-
cíficas, habilidade de liderança e realização, artes visuais e, por essas razoes,
requerem serviços que não são comumente oferecidas pelas escola.
Dentro dessa perspectiva, é possível visualizar que pessoas superdotadas e com altas
habilidades podem ter uma constituição neurológica que as permitem aprender com mais
facilidade e utilizando algumas ferramentas a seu favor, como a boa memória e o proces-
samento das informações, para conduzi-las até uma aprendizagem de maneira eficaz, num
tempo diferente de seus colegas da mesma idade.
A principal orientação é que, independente do caso apresentado pelos alunos em suas
especificidades, é necessário buscar parceria com a equipe pedagógica da escola e com a
família, para que eles também participem e compreendam a importância de seguir as reco-
mendações e busquem por outros profissionais para auxiliar no processo de investigação.
Algo relevante de se contemplar são os testes aplicados por psicólogos para que se pos-
sa compreender um pouco melhor o desenvolvimento e os critérios utilizados pela pessoa
em atendimento. No entanto, um ponto precisa ser destacado: a escola, ao receber qualquer
laudo ou explicação de um profissional, seja ele psicólogo, psicopedagogo, neurologista e
Winner (1998, p. 15) afirma que: “os testes de QI medem uma estreita gama de habilidades
humanas, principalmente facilidade com linguagem e número. Há poucas evidências de que
altas habilidades em áreas não acadêmicas, como artes ou música, requeiram um QI excepcio-
nal”. (RECH, 2005)
Após a aplicação dos possíveis testes, se forem uma determinante para se chegar ao
diagnóstico ou encaminhamento, é preciso deixar de modo claro para a escola quais são
os parâmetros a serem utilizados e as áreas a serem desenvolvidas como, por exemplo, o
campo musical, artístico, entre outros. Assim será possível pensar no ser humano dentro de
sua integridade, ou seja, um ser pleno e dotado também de dimensões cognitivas, afetivas e
sociais, como já abordado em outros momentos das aulas.
Figura 1 – Tríade.
Inteligência:
potencial elevado.
Personalidade: Criatividade:
sentido ético aptidão para
e moral. gerar
Sensibilidade ou inventar
para os proble- algo novo e
mas sociais. original.
No entanto, a causa das altas habilidades e superdotação ainda não alcançou total es-
clarecimento do que pode provocar os aspectos mais irrigados e por essa razão os estudos
continuam, bem como os educadores estão em busca dessa definição para o caso. Por outro
lado, existe o estudo de vários profissionais, dentre eles o biólogo, para verificar até que
ponto essa determinante pode ser causada pelos estímulos recebidos.
O mais adequado é seguir na perspectiva de que as pessoas com altas habilidades
têm suas habilidades, capacidades, limitações e recursos, os quais podem subsidiar a
adaptação no meio em que vivem e assim os olhares podem ser refinados, conforme os
estudos forem acontecendo.
Os encaminhamentos a serem realizados com aluno com altas habilidades ocorrem, na
escola, por meio da figura do professor, que identifica as características que podem trazer
algum traço das altas habilidades e o caminho a ser trilhado por esse aluno para chegar até a
equipe pedagógica. Assim, a busca pelos atendimentos acontece de maneira precisa e madura.
As possibilidades de ferramentas a serem oferecidas para o aluno com altas habilidades
começa pelo teatro, música, artes, artesanato, ou seja, áreas com as quais o sujeito tem afini-
dade e busca o seu desenvolvimento. Lembrando que é necessário haver uma aceitação do
sujeito às tarefas que serão praticadas dentro e fora da sala de aula.
O processo escolar para os alunos com altas habilidades deve ser visto de maneira
detalhada pela equipe pedagógica da escola, a qual precisa ter conhecimento dos direi-
tos assegurados a esse aluno em específico e quais os órgãos educacionais podem ser
procurados para oferecer o melhor atendimento e acompanhamento a esse público, de
maneira que sua inclusão ocorra de forma plena, isto é, que suas especificidades sejam
trabalhadas e atendidas.
Uma das possibilidades a ser pensada como prática da escola ao receber alunos com
altas habilidades é a adaptação curricular, que pode ser vista como um meio de enriquecer o
currículo daquele determinado sujeito para elaborar um programa educacional individua-
lizado, passível de atender e respeitar o tempo de escolarização regular e ainda possibilitar
alterações com os objetivos, a metodologia, as atividades e a avaliação, atendendo, dessa
maneira, a ampliação de conteúdos e atividades.
De acordo com Gama (2006), os conteúdos que integram o currículo devem se organizar
de forma diferenciada, sendo mais complexos, abstratos e variados, de modo a tornarem-se
apropriados ao aluno em questão.
A adequação curricular pode ser realizada com tranquilidade pelos profissionais, pois
proporciona ao seu aluno um espaço de desenvolvimento juntamente com o trabalho volta-
do à autonomia, reflexão e absorção do que tem sido abordado dentro e fora da sala de aula.
Síntese
Nesta aula abordamos o tema altas habilidades com o objetivo de contemplar algumas
questões que podem ser desmistificadas em relação aos alunos e à maneira como o atendi-
mento escolar, familiar e social pode acontecer. Para isso, alguns itens foram desenvolvidos
como o conceito, diagnóstico e encaminhamentos.
Durante a leitura da aula, é possível perceber também uma preocupação em identificar
as características e potencialidades desse aluno e, para tal, utilizar em alguns casos os testes
de QI, os quais precisam ser analisados juntamente com o laudo da equipe pedagógica.
O maior objetivo é fazer com que a leitura sobre altas habilidades seja um dos
meios a ser consultado para a sociedade conhecer e aprofundar como auxiliar, me-
diar e formar esses alunos, conscientes de seu potencial e limitação, independente
das especificidades existentes.
Família e Superdotação
Atividades
1. Escreva o que você conhece sobre a realidade dos alunos com altas habilidades e
aponte uma possibilidade de trabalho com esse público em sala de aula.
2. Pesquise um projeto realizado na sua cidade e que esteja voltado para alunos com
altas habilidades. Caso você encontre, registre como e quais são os trabalhos desen-
volvidos nesse local. Caso não tenha um trabalho já desenvolvido, pesquise um que
lhe agrade educacionalmente e escreva como você o aplicaria em sua cidade.
Referências
CARNEIRO, Moaci. LDB Fácil: leitura crítico-compreenssiva artigo a artigo. 22. ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2014.
CARVALHO, Isabelly de Souza. A importância da escola no desenvolvimento de altas habilidades/
superdotação. 2012. Disponível em: <https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/a-importancia-
da-escola-no-desenvolvimento-de-altas-habilidades-superdotacao>. Acesso em: 9 jan. 2017.
CUPERTINO, C. M. B. (org.). Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos. Secretaria
da Educação. São Paulo: FDE, 2008.
GAMA, M. C. S. S. Educação de superdotados: teoria e prática. São Paulo: EPU, 2006.
Resolução
1. É necessário pesquisar para elaborar a atividade solicitada e pontuar as fontes aces-
sadas com o objetivo de o professor acompanhar o que fora escrito.
3. O diálogo com a família deve ser frequente e parte do papel da equipe pedagógica
para explicar quais são as habilidades, o potencial e as limitações que serão trabalha-
das com o aluno para que ele possa desenvolver a dimensão cognitiva, mas também
a afetiva e a social.
Para conhecer mais sobre a lei que regulamenta esta área de ensino leia o Capítulo V da LDB
9394/94 da Educação Especial (BRASIL, 1996). Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l9394.htm>. Acesso em: 17 dez. 2016.
A superdotação tem por base o conceito de inteligência, que é um conceito não univer-
sal. Tomando emprestada a abordagem de alguns pesquisadores da área, destaca-se aqui
o conceito de Sternberg (2000), que apresenta a superdotação como sendo a capacidade de
adaptação do ser humano ao contexto sociocultural, e de Gardner, que a define como a ha-
bilidade para resolver problemas ou criar produtos que sejam significativos em um ou mais
ambientes culturais. Stenberg completa definindo-a como um potencial biopsicológico para
processar informações, que pode ser ativado num cenário cultural para solucionar proble-
mas ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura.
Ampliando estes conceitos, Renzulli (1986) afirma que o comportamento superdotado
compreende a interação entre três grupos básicos dos traços humanos: habilidade acima da
média; envolvimento com a tarefa e criatividade, configurando-se na teoria dos três anéis.
Habilidade Envolvimento
acima com a tarefa
da média
Criatividade
É preciso compreender antes de qualquer coisa o que você como profissional precisa conhecer
para motivar e mediar a aprendizagem dos alunos respeitando suas habilidades e limitações.
Superdotação global e genialidade este mito leva a crer que todos os superdotados são
superdotados em tudo, respondendo de forma superior em todas as disciplinas escolares,
ou seja, respondendo como alguém à beira da genialidade. No entanto, gênio é uma pessoa
que tem grande capacidade mental, cujo Quociente de Inteligência (QI) apresenta-se acima
de 140 pontos. Vale reforçar que conforme a Escala de Inteligência Wechsler para Crianças,
WISC IV, 100 pontos corresponde à inteligência na média, sendo esta a pontuação corres-
pondente à maioria da população.
Para ampliar seus conhecimentos leia o artigo da Secretaria de Estado da Educação Departamento
de Educação Especial e Inclusão Educacional Altas Habilidades/Superdotação: “Altas Habilidades/
Superdotação: Um Desafio”. Disponível em: <www.nre.seed.pr.gov.br/londrina/arquivos/
File/3encontrogeahdeein.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2016.
Nesta aula conhecemos mais sobre a superdotação para termos condições de compreen-
der as características desse aluno, auxiliando na identificação de algum caso em sala de aula,
e quais ações possam ser tomadas frente ao seu aprendizado e a prática do professor.
Portanto, é preciso lembrar que para a identificação de pessoas com superdotação, faz-
-se necessário tomar por base critérios múltiplos e refinados, ou seja, minuciosos, de modo a
ter conhecimento adequado para orientar a família, a escola e a sociedade.
A partir destas colocações, pode-se perceber que os alunos com altas habi-
lidades/superdotação possuem características que permitem sua identifi-
cação, de acordo com a perspectiva de cada autor. Cabe aos professores
aprofundarem seus conhecimentos sobre estas características, assim como
de seus alunos, para reconhecer em alguns deles uma habilidade especial.
Somente desta forma a gestão escolar poderá desenvolver um programa
de estimulação de talentos dentro da própria escola, ou atividades com-
plementares que enriqueçam a aprendizagem destes alunos.
Atividades
1. De acordo com o debate do programa Em Tese sobre a Superdotação, escreva com suas
palavras como esses alunos podem ser vistos e até trabalhados pela família e escola. Ví-
deo disponível em: <www.youtube.com/watch?v=ia23pIc-PQs>. Acesso em: 19 jan. 2017.
2. No vídeo a seguir podemos verificar o depoimento de algumas mães com filhos super-
dotados. Assista ao vídeo e liste os avanços ou as limitações encontradas por eles. Vídeo
disponível em: <www.youtube.com/watch?v=MgY-AhD2Oig>. Acesso em: 19 jan. 2017.
3. Uma das alternativas e atividades traçadas para serem trabalhadas com os alunos
superdotados é o caso retirado do site Educar para crescer (RODRIGUES, 2009):
Referências
BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Documento elaborado pelo grupo de trabalho nomeado
pela Portaria n. 555/2007, prorrogada pela Portaria n. 948/2007, entregue ao Ministro da Educação em
7 de janeiro de 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf>.
Acesso em: 19 jan. 2017.
______. Ministério da Educação e Cultura. Centro Nacional de Educação Especial. Portaria n. 69, de 28
de agosto de 1986. Regulamenta a Portaria Interministerial n. 186, de março de 1977. Expede normas
para fixação de critérios reguladores da prestação de apoio técnico e/ou financeiro à Educação Especial
nos sistemas de ensino público e particular. Brasília, DF. Brasília: MEC, 1986.
______. Ministério da Educação e Cultura. LDB - Lei n. 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece
as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
GARDNER, Howard. Estruturas da mente: a teoria das múltiplas inteligências. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1994. Publicado originalmente em inglês com o título: The Frams of the Mind: the Theory of
Multiple Intelligences, em 1983.
NEGRINI, Tatiane; FREITAS, Soraia Napoleão. Alunos com altas habilidades/superdotação e seu
atendimento em uma escola pública: uma discussão sobre a inclusão e a gestão educacional. Revista
Contrapontos, vol. 8, n. 3, p. 433-448, Itajaí, set/dez 2008. Disponível em: <http://siaiap32.univali.br/
seer/index.php/rc/article/view/964/821>. Acesso em: 10 jan. 2017.
RENZULLI, J. S; REIS, S. M. (1997). The Schoolwide Enrichment Model: A how-to guide for educational
excellence (2nd ed.). Mansfield Center, CT: Creative Learning Press.
RENZULLI, J. S. The Three-Ring Conception of Giftedness: a Developmental Model for Creative
Productivity. In: STERNBERG, R. J.; DAVIDSON, J. E. (Eds.). Conceptions of Giftedness. New York:
Cambridge University Press, 1986. p. 53-92.
RODRIGUES, Cinthia. Superdotados: repletos de necessidades. Educar para crescer. 2009. Disponível em:
<http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/educacao-superdotados-498467.shtml>. Acesso em:
19 jan. 2017.
SAMPAIO, Simaia. FREITAS, IVANA. Transtornos e dificuldades de aprendizagem. Entendendo
melhor os alunos com necessidades educativas especiais. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2014.
Resolução
1. A família e a escola devem e até precisam dialogar sobre as estratégias traçadas e
alcançadas durante o processo de aprendizagem do aluno com o objetivo de acom-
panhar e até mesmo prosseguir, de acordo com as habilidades e limitações apresen-
tadas por essa criança.
3. A questão da inclusão e do trabalho docente nas escolas tem acontecido aos poucos
e ainda é preciso estudar bem com a equipe pedagógica, instruir e motivar os profes-
sores a buscarem o conhecimento adequado para esse público e, assim, compartilhar
com a família e a sociedade o que pode ser realizado.
Esta aula tem por objetivo traçar alguns elementos discutidos e viven-
ciados na escola, na família e na sociedade sobre a formação continuada
dos professores, tanto do ensino regular como da Educação Especial, pois
o interesse, a busca, a pesquisa e a continuidade da formação docente deve
ser realidade para todos os âmbitos da Educação Básica à Superior.
É nesse movimento frequente que o professor tem a oportunidade
de avaliar sua prática e, junto com os demais colegas e profissionais da
equipe pedagógica, realizar um balanço geral de quais foram as estraté-
gias utilizadas que obtiveram sucesso e verificar aquelas que ainda pre-
cisam amadurecer, ou até trocar a metodologia ou o recurso aplicado
naquele determinado momento.
Vale ressaltar que nesta aula o foco é abordar a formação do docente para atender as es-
pecificidades do Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), altas habilidades e superdo-
tação, trazendo a experiência e embasamento teórico de autores renomados para a educação.
áreas especificas dos alunos inseridos na escola, para pontuar os aspectos a serem desenvol-
vimento pela tríade – escola, família e sociedade.
Nesta aula abordamos questões referentes à formação de professores e a importância
do seu papel dentro da sala de aula, com o objetivo de atender às especificidades dos alunos
com TGD, altas habilidades e superdotação, sendo eles do ensino regular ou da educação
especial, lembrando as questões de valorização, remuneração, reconhecimento do profissio-
nal da educação.
Uma reflexão foi realizada referente à metodologia e visão tradicional da escola e as
novas possibilidades que a ela vivencia com a equipe pedagógica e os alunos de maneira
a conquistar novos desafios e resultados para a aprendizagem dos alunos, sendo eles seres
humanos que pensam, sentem, agem e interagem no meio em que vivem.
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível
superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e
institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o
exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do
ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal.
Nesse artigo, a LDB reafirma o ensino superior como nível desejável, ape-
sar de admitir a formação mínima em curso normal para a atuação na
educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. Essa delibe-
ração foi confirmada por meio do parecer n.º 1 do Conselho Nacional de
Educação (CNE), aprovado em 19 de fevereiro de 2003, segundo o qual
todo professor concursado que atue em turmas de educação infantil ou
séries iniciais do ensino fundamental tem assegurado o seu cargo, mesmo
que não frequente curso em nível superior.
Atividades
1. Abordamos a formação de professores, um assunto importante e bastante debatido
nas escolas e na sociedade, principalmente quando o diálogo é referente ao professor
do ensino público x ensino privado e ainda ensino regular x educação especial.
Mediante ao que fora estudado, escreva quais são as suas considerações para esse
tema, lembrando que devemos considerar os alunos como seres únicos, cognoscen-
tes, em sua totalidade e dentro de suas habilidades e limitações.
3. Elabore uma atividade específica para trabalhar com um aluno com especificidades.
Não se esqueça de delimitar a faixa etária e série, bem como a disciplina a ser con-
templada e de inserir objetivo geral e específico, encaminhamento, recursos.
Referências
ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2010.
ARRIBAS, Teresa et al. Educação infantil: desenvolvimento, currículo e organização escolar. 5. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2004.
BARTH, Britt-Mari. A aprendizagem da abstração: métodos para um maior sucesso escolar. Lisboa:
Instituto Piaget, 1987.
BRAGA, Ana Regina Caminha. A formação continuada do professor. 2016. Disponível em: <https://ana-
reginablog.wordpress.com/2016/09/29/a-formacao-continuada-do-professor/>. Acesso em: 19 jan. 2017.
BRANDSFORD, John; BROWN, Ann; COCKING, Rodney. Como as pessoas aprendem: cérebro,
mente, experiência e escola. 1. ed. São Paulo: Senac, 2007.
CLAXTON, Guy. O desafio de aprender ao longo da vida. Porto Alegre: Artmed, 2005.
FOUREZ, Gérard. Educar: docentes, alunos, escolas, éticas, sociedades. Aparecida, SP: Ideias & Letras, 2008.
GRANGEAT, Michel. A metacognição, um apoio ao trabalho dos alunos. Porto: Porto Editora, 1999.
LAFORTUNE, Louise; SAINT-PIERRE, Lise. A afectividade e a metacognição na sala de aula. Lisboa:
Horizontes Pedagógicos, 1996.
PERISSÉ, Gabriel. A arte de ensinar. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
Resolução
1. O esperado é que se tenha condições de explicar de maneira clara o que fora solicita-
do a respeito da formação de professores.
2. É importante ter sua resposta voltada à prática, estratégia e recurso que os professores
podem utilizar quando recebem alunos com TGD, altas habilidades ou superdotação.
Para conhecer o aluno, sendo ele do ensino regular ou da educação especial, ou seja,
do processo inclusivo, é importante ressaltar que o professor primeiramente precisa se co-
nhecer e ter uma referência de sua identidade pessoal e profissional, bem como de suas
habilidades, limitações e melhor estilo de aprender e assimilar os conteúdos estudados e
posteriormente contemplados em sala de aula com os alunos.
Após este movimento, é possível pensar em conhecer ou reconhecer o outro, o aluno.
Para que isso ocorra, a escola precisa abrir um espaço e permitir que haja uma aproximação
professor-aluno, não apenas para pensar no resultado final, mas sim no decorrer, no desen-
volvimento do processo de aprendizagem. Se assim ocorrer, o diálogo pode ser estabelecido
e, desta maneira, o aluno desde as séries iniciais irá aprender a expressar seu pensamento,
suas ideias, dúvidas e questionamentos e o professor poderá contribuir retomando os as-
pectos relevantes. Isso pode ocorrer, por exemplo, no momento da roda de conversa, da
contação de história, da atividade no canto diversificado e assim por diante, com o objetivo
de despertar no aluno o ato reflexivo, consciente e participativo.
O aluno da educação especial e inclusiva necessita de uma adequação, de acordo com
sua deficiência e o professor, para atender os objetivos traçados para ele, deve buscar co-
nhecer e estudar as especificidades, assim como realizar o trabalho multidisciplinar com os
professores e profissionais orientados pela coordenação pedagógica para auxiliar no caso.
Um aspecto relevante é considerar que a família que tem um aluno ou uma pessoa
com deficiência pode passar por vários períodos, dentre eles a rejeição ao diagnóstico ou a
orientação da escola em buscar profissionais de áreas afins para contribuir com o processo.
Os pais/responsáveis estão preparados, na maioria das vezes, para receber um filho/parente
saudável, sem comprometimentos físicos e/ou cognitivos e, como instituição, é importante
que a escola dê a orientação e o respeito em conjunto, para que o processo de aprendizagem
aconteça da maneira mais adequada.
A aprendizagem do ser humano acontece individual e socialmente, como verificado nas
teorias de Vygotsky e Piaget, ou seja, existem fases e etapas do desenvolvimento a serem cum-
pridas. No entanto, o professor deve estar atento ao tempo de cada aluno e, no caso de alunos da
educação especial, trabalhar e desenvolver as especificidades conforme as suas possibilidades.
Para Claxton (2005) o processo da aprendizagem acontece baseado em três pilares: a
resiliência, a desenvoltura e a reflexibilidade.
A resiliência pontua a aprendizagem como uma atividade intrinsecamente emocional,
ou seja, tem a expectativa de o aluno não desanimar diante de suas dificuldades, mas ter
coragem e ousadia de ir à luta, realizar suas atividades, buscar ferramentas que auxiliem sua
trajetória. O autor (2005) continua sua abordagem ao dizer que “mesmo quando a aprendi-
zagem está transcorrendo tranquilamente, há sempre a possibilidade de surpresa, confusão,
frustração, desapontamento ou apreensão – assim como, é claro, de fascinação, absorção,
O caminho trilhado até aqui mostra a progressão da Educação como um todo, se for
lembrado o processo histórico vivido no ensino regular e na educação especial. É certo que a
inclusão ainda tem muito a ser aprimorada tecnicamente nas escolas, não apenas na questão
de adaptação física, mas também na metodologia. Da mesma maneira, a sociedade precisa
prosseguir na mudança de olhar para aquilo que não está totalmente dentro dos padrões
“normais”, os quais as pessoas estão acostumadas.
Dentro dessa dinâmica é relevante retomar a questão das atitudes sociais quando a
escola recebe um aluno com especificidades, pois em alguns casos a família já chega com os
estereótipos prontos e transmite-os à equipe pedagógica. Nesse momento, cabe aos profis-
sionais sentarem com o corpo docente e elaborar uma investigação, traçando assim algumas
estratégias e planos de aula para atender o aluno de maneira significativa, sem deixar o
olhar se contaminar pelo diagnóstico que a família levou à escola.
Nesses casos, quando necessário, a instituição pode verificar a possiblidade de encon-
trar apoio com as clínicas conveniadas do estado ou do município, caso o aluno esteja no
ensino público. Se estiver no particular, deverá solicitar o acompanhamento preciso para a
evolução do aprendiz como um ser em sua totalidade.
Atividades
1. O aluno da inclusão tem suas características e demandas a serem atendidas pela
escola, família e sociedade. Se você tiver contato com uma pessoa com TGD, altas
habilidades ou superdotação faça uma entrevista com o objetivo de conhecer um
pouco mais como é ou como foi o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social desse
sujeito, quais foram as facilidades e limitações encontradas. Se você não tem contato,
é preciso procurar e entrar em contato com essa realidade para realizar a atividade.
2. Qual deve ser o papel da sociedade para a inclusão das pessoas com TGD, altas ha-
bilidades ou superdotação e como você vivencia isso do seu cotidiano?
Referências
BARBOSA, LMS. A psicopedagogia no âmbito da instituição escolar. Curitiba: Expoente, 2001.
BRANDSFORD, John; BROWN, Ann; COCKING, Rodney. Como as pessoas aprendem: cérebro, men-
te, experiência e escola. 1. ed. São Paulo: Senac, 2007.
CLAXTON, Guy. O desafio de aprender ao longo da vida. Porto Alegre: Artmed, 2005.
JENSEN, Eric. Enriqueça o cérebro: como maximizar o potencial de aprendizagem de todos os alunos.
Porto Alegre: Artmed, 2011.
MISSAGLIA, Vivian; FERNÁNDEZ, Sarai Sánchez de León. A intenção pedagógica na inclusão de
alunos com transtornos globais do desenvolvimento. Anais do I Simpósio Internacional de Estudos
sobre a Deficiência – SEDPcD/Diversitas/USP Legal – São Paulo, junho/2013. Disponível em: <http://
docplayer.com.br/6182672-A-intencao-pedagogica-na-inclusao-de-alunos-com-transtornos-globais-
do-desenvolvimento.html>. Acesso em: 11 jan. 2017.
PERISSÉ, Gabriel. A arte de ensinar. 2. Edição. São Paulo: Saraiva, 2012.
PORTILHO, Evelise (org). Formação continuada na educação infantil: outros olhares sobre as crian-
ças e as infâncias. 1. edição. Curitiba: Appris, 2015.
QVORTRUP, Jens. A infância enquanto categoria estrutural. Educação e pesquisa. São Paulo, v. 36, n. 2,
p. 631-643, mai/ago, 2010.
Resolução
1. Elaborar o relato de acordo com o que verificar com o entrevistado. É importante que
os tópicos solicitados no enunciado sejam abordados.
2. A sociedade brasileira ainda está no processo da inclusão e muitas vezes o que não aten-
de ao “padrão” estabelecido causa uma diferença e esse é o trabalho a ser desenvolvido.
3. O professor deve preparar-se para trabalhar com os vários estilos de aprendizagem e de-
ficiências que possam aparecer em sala de aula e contar com a equipe pedagógica como
apoio nos momentos de elaboração das atividades específicas e adaptações necessárias.
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