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Na seção de cartas da revista Veja (ed.

1352) figura o seguinte texto:


“Há algum tempo, durante um cafezinho na copa do prédio de Letras, da
Universidade de São Paulo, ouvia, involuntariamente, alguns comentários de
professores que ali estavam, em intervalos de aulas. O assunto eram os filhos. ‘Meu
filho mais velho se forma em Medicina neste ano.’ ‘O meu em Direito’. Aí, por mera
curiosidade, interrompi a conversa do grupo e perguntei: ‘Alguém de vocês tem, por
acaso, algum filho professor ou que esteja seguindo a carreira do magistério?’ Ninguém
tinha. Perguntei o porquê. A resposta comum a todos foi que sempre desejamos o
melhor para os filhos e ninguém quer que eles sofram em sua vidas profissionais os
constrangimentos experimentados pelos pais.”
(Antônio Suarez Abreu)

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Rondonópolis, 30 de abril de 2007

Senhor diretor,

Todos sabemos da importância dos pais na formação dos filhos, mas o relato
tecido pelo leitor Antônio Suarez Abreu (edição nº 1352) me fez questionar sobre o
papel dos pais no momento da escolha da profissão: “até que ponto a influência dos
pais pode ser benéfica?”
No caso do comentário, específico de professores, acredito que os pais estejam
em seu direito de querer privar os filhos dos constrangimentos do ofício do ensino. Mas
será que os pais sempre estão certos quando, tentando proteger o filho, interferem na sua
escolha profissional?
Na minha opinião, os pais podem sugerir, mas não impor. Até porque a escolha
da profissão tem relação direta com vocação, e vocação é um chamado que vem de
dentro de cada um. Uma coisa é orientar os filhos, e outra, é desviar esta ou aquela
profissão de sua trajetória na vida. Uma influência nesse sentido pode, mais tarde, gerar
uma frustração para o resto da vida.

Atenciosamente,
Renan Burtet

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Rondonópolis, 30 de abril de 2007

Prezado senhor Antônio Suarez Abreu,

Em referência à sua carta publicada na revista Veja (ed. 1352), deixo claro que
os filhos têm todo direito de escolher uma profissão. É óbvio que sempre queremos o
melhor para nossos descendentes, mas deixá-los um pouco mais livres na escolha de seu
futuro torna-os mais independentes e com opinião mais adequadamente preparada para
a convivência em sociedade.
Talvez, a carreira que desejamos a um filho não seja aquela de que ele mais
goste, e isso pode vir a prejudicar seu desempenho profissional. Além do mais, se o
jovem recebeu uma boa formação familiar ao longo de sua vida, ele será capaz de trilhar
os caminhos que mais lhe convêm, não necessitando de palpites possivelmente
ditatoriais para anuviar seus objetivos.

Atenciosamente,

Caio Murilo

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