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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA – UFRB

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – CETEC


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

AVALIAÇÃO I: QUESTIONÁRIO

Disciplina: Gestão da Qualidade


Professor: Janailson Oliveira Cavalcanti
Período: 2018.2

Data: 13/11/2018 Curso: Engenharia Mecânica

Aluno: Danrley Montalvão, Jhaidan Cruz e Pedro Valente Nota:__________

QUESTÃO I: (2,0 PONTOS)

Apresente os marcos históricos ocorridos em cada período da Gestão da Qualidade. Cite


também as ferramentas de controle da qualidade criadas para cada período:
1. Inspeção
2. Controle Estatístico de Processo
3. Garantia da Qualidade
4. Gestão Total da Qualidade

1. Inspeção
A era da inspeção iniciou-se juntamente com a produção em larga escala. Antes
dessa época do surgimento das grandes indústrias, a produção artesanal era predominante e
a inspeção final de qualidade, produto por produto, realizada pelo próprio artesão, era uma
atividade informal e, na prática, descartável.
Com o início da produção em massa, fez-se necessário a criação de sistemas (ou
departamentos) de inspeção formais, aos quais funcionários específicos (inspetores) eram
responsáveis pelo controle da qualidade de todo um volume de produtos fabricados. Estes
usavam gabaritos, modelos-padrão, técnicas de medição e ferramentas específicas de
verificação dimensional, para determinar a conformidade de um produto. As peças
defeituosas eram descartadas ou retrabalhadas.
Esta era ficou caracterizada pela ênfase no produto, sem a análise do processo,
sendo o principal interesse a verificação de produtos, com uma perspectiva de um problema
a ser resolvido.
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2. Controle Estatístico de Processo


Ainda na era da Inspeção, com o aumento da produção, a tarefa de verificar a
conformidade dos produtos começou a se tornar muito complexa e custosa. Começou-se
então o desenvolvimento de ferramentas estatísticas para o uso no controle da qualidade.
Iniciava-se a era do Controle Estatístico da Qualidade (ou Controle Estatístico de Processo
– CEP).
A principal inovação nesta era foi a do reconhecimento da variabilidade como um
atributo normal dos processos produtivos. A grande questão para os inspetores de qualidade
passava a ser reconhecer o momento em que a variação do resultado do processo poderia ou
não ser considerada natural.
A inspeção passou a ser feita por amostragem. Amostras de peças dos processos
controlados eram retiradas e inspecionadas com uma frequência predeterminada. Com o
auxílio de ferramentas da estatística, sempre que os resultados das medidas estivessem fora
dos limites de controle, seria o indício de que algo de anormal estaria ocorrendo,
justificando a interrupção do processo produtivo e a inspeção de todas as peças fabricadas.
Esta era ficou caracterizada pelo interesse principal no controle, com ênfase na
uniformidade do produto, reduzindo-se a inspeção, porém, a qualidade ainda continuava
focada em um problema a ser resolvido. A responsabilidade da qualidade passou a ser do
específico departamento de controle da qualidade, sendo os profissionais responsáveis por
resolverem problemas, aplicando métodos, técnicas e ferramentas estatísticas, como o
Gráfico de Controle – uma ferramenta criada por Walter A. Shewart na década de 1940.

3. Garantia da Qualidade
Era iniciada no Japão, que trazia novas abordagens como: custos da qualidade
(Cost of Quality - COQ); engenharia de confiabilidade; a do Controle Total da Qualidade
(TQC), de zero defeito, etc. Juntas, elas proviam uma série de ferramentas cujo objetivo era
mostrar que os custos totais da qualidade poderiam ser reduzidos por meio de um acréscimo
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dos custos de prevenção. Surgiram padrões e normas de qualidade e, foram criados
sistemas de qualidade, que deixava de ser vista como responsabilidade de um departamento
específico e passava a cooptar para suas frentes todos os funcionários da empresa. Os
custos da falta de qualidade eram calculados e julgados como um problema que precisava
ser enfrentado de maneira proativa.
Esta era ficou caracterizada pela coordenação do processo produtivo, mantendo a
ênfase em toda a cadeia de fabricação, desde o projeto até o mercado, com a contribuição
de todos os grupos funcionais da empresa. A proatividade na resolução de defeitos em
produtos consistia na ineficiência de tirar de circulação o produto defeituoso; fazia-se
necessário eliminar o defeito antes que ele aparecesse, bem como deslocar os investimentos
para a prevenção.

4. Gestão Total da Qualidade


Era na qual a qualidade passou a ser vista como estratégia. Esta deixou de exigir
apenas um bom desempenho das funções de produção da empresa, e passou a requisitar de
todas as suas funções principais, isto é, produção, marketing e desenvolvimento de
produtos, suportadas pelas funções de apoio. A prioridade é a gestão, com o objetivo de
superar as expectativas do mercado e do cliente.
Esta era ficou marcada pelo surgimento das normas ISO, e caracterizada pelo
interesse principal no impacto estratégico. A qualidade era vista como uma oportunidade de
diferenciação da concorrência. A responsabilidade era de todos na empresa, com a alta
administração exercendo forte liderança. Os profissionais também ficam responsáveis pelo
estabelecimento de metas, educação e treinamento, consultoria a outros departamentos e
desenvolvimento de programas.
Metodologias, como a 6Sigma, garantem o planejamento estratégico, o
estabelecimento de objetivos, e a mobilização da organização.

QUESTÃO II: (0,5 PONTO)


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O que são Cartas de Controle ou Gráficos de Controle? Apresente e comente um caso de
aplicação da Carta de Controle na área da qualidade.

É um modelo de gráfico utilizado no acompanhamento de processos, que


basicamente determina uma faixa, entre limites superior e inferior, contendo uma linha
média do processo, definidas estatisticamente. Foi desenvolvida na década de 1940 pelo
estatístico norte-americano Walter Shewhart. Sua principal função é analisar a variabilidade
dos processos. Acompanha-se o comportamento do processo e documenta-se a sua
variabilidade. Dessa forma, é possível identificar o instante em que um certo desvio foi
identificado e selecionar demais ferramentas para estudar as suas causas e corrigi-las.
(PEARSON EDUCATION DO BRASIL, 2011; LINS, 1993).

Alencar et al. (2004). Utilizou ferramentas do controle estatístico de processo para


estudar e validar retrospectivamente a performance da etapa de compressão do processo de
produto de formas farmacêuticas sólidas do Laboratório Farmacêutico do Estado de
Pernambuco, bem como verificar a estabilidade estatística do processo utilizando dados
históricos da produção de 2003. Ele utilizou cartas de controle para as médias e desvios-
padrão geral de todos os lotes de medicamentos estudados. Os resultados, dispostos na
figura abaixo, mostram que todos os pontos estão dentro dos limites de controle e
distribuídos ao redor da média pretendida.
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QUESTÃO III: (0,5 PONTO)

O que são Diagramas de Causa e Efeito? Apresente e comente um caso de aplicação do


Diagrama de Causa e Efeito na área da qualidade.

Esse diagrama foi desenvolvido pelo japonês Kaoru Ishikawa, é utilizado quando
se precisa identificar as causas de um determinado problema, no qual a representação
gráfica é capaz de relacionar o efeito (problema ou não conformidade) e sua causa
potencial. É uma técnica simples em que as possíveis causas são agrupadas por famílias
para facilitar a análise. As famílias são geralmente dividas em causas ligadas a matéria-
prima, máquinas, medidas, meio ambiente, mão-de-obra e método.
MARIANI (2005) utilizou o Diagrama de Causa e Efeito para estudar o problema
de uma empresa de produção e comercialização de bebidas em geral, a Indústria Missiato
de Bebidas Ltda., sediada em Jandaia do Sul, Estado do Paraná. Existia um problema da
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empresa relacionado ao processo de lavagens de litros, no qual havia uma grande
quantidade de retorno para a lavagem, ocasionando retrabalho e mais custos para a
empresa.
A empresa fez uma sessão de brainstorming com a equipe para elaborar as possíveis
causas do problema. O diagrama de Causa e Efeito criado pelo autor da pesquisa pode ser
visto na imagem a seguir. Pode-se notar pelo diagrama que as causas estão relacionadas à
falta de treinamento e falta de boas práticas por parte dos colaboradores.

Diagrama de Causa e Efeito (MARIANI, 2005).

QUESTÃO IV: (0,5 PONTO)

O que são Diagramas de Pareto? Apresente e comente um caso de aplicação do Diagrama


de Pareto na área da qualidade.

O economista Vilfredo Pareto identificou nos diversos problemas que poucas


causas principais influíam fortemente no problema, cerca de 20% das causas correspondem
a 80% dos problemas. Assim a finalidade da ferramenta é identificar as causas principais
dos problemas e evita-las. O diagrama apresenta um gráfico de barras no qual ordena as
barras de forma decrescente, a fim de resolver os problemas do maior para o menor.
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MULLER et al. (2014), utilizaram o Diagrama de Pareto para identificar e organizar
as causas relacionadas ao setor de produção que ocasionavam no problema de alto índice de
devoluções de calçados numa empresa calçadista do Vale do Paranhana, Brasil. Através do
diagrama a seguir pode-se notar que a maioria dos problemas estão relacionados as etapas
do processo de colagem dos calçados, podendo ser ocasionado por diversos fatores os quais
o autor não cita.

Diagrama de Pareto (MULLER et al., 2014).

QUESTÃO V: (0,5 PONTO)

Defina a ferramenta 5W2H e mostre um caso de aplicação do 5W2H durante a fase de


planejamento da qualidade.

A ferramenta 5W2H é uma ferramenta simples de plano de ação, no qual contém


informações necessárias para o planejamento e execução da ação pretendida. Consiste em
responder as questões: What (O que), Why (Por quê), When (quando), Where (Onde), Who
(Quem), How (Como) e How Much (Quanto Custa).
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MARIANI (2005), utilizou o 5W2H para 3 planos de ações visando
diminuir o problema relacionado ao retrabalho na lavagem de litros na Indústria Missiato
de Bebidas Ltda. A imagem a seguir mostra a utilização da ferramenta na elaboração dos
planos de ações.

Aplicação dos planos de ações utilizando a ferramenta 5W2H (MARIANI, 2005).

QUESTÃO VI: (0,5 PONTO)

Descreva as principais tarefas realizadas nas etapas de Controle da qualidade e Garantia da


qualidade?

O controle da qualidade é um modelo de gestão da qualidade que visa medir os


resultados e comparar com os objetivos, verificando se há ou não conformidades. Ela é
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baseada em valores como: qualidade, custo, entrega, moral e segurança. É uma modelo que
preza pela experiência para tomada de ações, identificando o problema mais crítico para
otimizar a produção assim atendendo a necessidade do cliente. A metodologia prevê a
criação de POP’s (procedimentos operacionais padrão) que servem para orientar o processo
produtivo e tomada de decisões.
A garantia da qualidade é a reunião de atividades sistemáticas com objetivo de
assegurar a continuidade do processo em conformidade com o que foi planejado, para tal é
necessário existir um processo de trabalho definido, como POP’s por exemplo. Esse
sistema avalia a aderência dos produtos de trabalho aos padrões e procedimentos de
maneira objetivas ao longo do seu ciclo de vida, são somente no final do processo, além
disso verifica a aderência dos processos aos padrões criados pela instituição, identificando
problemas e não conformidades e propondo ações corretivas. É possível perceber que a
garantia da qualidade utiliza em sua essência o ciclo PDCA para melhoria contínua, sempre
avaliando quais são as necessidades de mudança e melhorando os processos de maneira
interrupta.

Questão VII: (0,5 PONTO)

O Ciclo PDCA é o método gerencial do modelo de gestão TQC, enquanto o Ciclo DMAIC
é o método gerencial do modelo de gestão 6 Sigma. Defina e compare os ciclos PDCA e
DMAIC.

O ciclo PDCA é uma ferramenta de gestão que tem como foco a melhoria contínua
do processo, através de 4 etapa. Essas etapas são divididas em: Planejar (Plan), Executar
(Do), Checar (Check), Agir (Act). A fase de planejamento basicamente define os objetivos
e as estratégias para alcançá-los; a fase de execução consiste em implementar o que foi
planejado, medindo os resultados de modo que possam ser avaliados na próxima fase; a
etapa de checagem basicamente confere se os resultados estão são satisfatórios e atendem a
qualidade desejada e caso não estejam são propostas mudanças; a etapa de agir consiste em
efetivar as mudanças propostas na etapa anterior voltando ao início do ciclo.
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A DMAIC é uma ferramenta de melhoria contínua que além de aprimorar os
processos visa melhorar o setor pessoal a fim de obter resultados desejados. DMAIC é a
sigla que advém de definir (Define), medir (Measure), analisar (Analyze), melhorar
(Improve) e controlar (Control). Na fase de definir são determinadas as condições dos
steakholders, visando fidelizar e conquistar quem será contemplado com o processo; a fase
de medições é utilizada para avaliar as deficiências que estão inseridas no processo; na fase
de análise através da matemática estatística com o auxílio de softwares é possível realizar
cálculos e produzir gráficos para conhecer o que não está em conformidade com o
processo; a fase de melhoria utilizam-se os dados da fase anterior para propor melhorias do
processo, para tanto a deverão ser observadas as alterações empregadas nessa fase; a fase
de controle além do monitoramento são produzidos documentos que irão contribuir com os
futuros ciclos.
Ao conhecer ambas as metodologias, pode-se perceber que ambas são próximas
ambas utilizam a melhoria contínua, alguns autores defendem a ideia de que o DMAIC foi
desenvolvido com base no ciclo PDCA, como sugere a seguinte imagem.
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Figura: PDCA e DMAIC


Fonte: AGUIAR, Silvio. Integração das Ferramentas da
Qualidade ao PDCA ao Programa Seis Sigma. Nova Lima:
INDG, 2006, p. 207
Ao observar a imagem é possível perceber que o ciclo DMAIC, pode ser inserido
na metodologia PDCA, que terá maior parte das ações nas fases de planejamento e
execução.

NOTA: Apresente as Referências Bibliográficas consultadas para responder seu


questionário.

BOA SORTE.
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Referências:

AGUIAR, Silvio. Integração das Ferramentas da Qualidade ao PDCA ao Programa


Seis Sigma. Nova Lima:INDG, 2006, p. 207
ALENCAR, J. R. B. et al. Uso de Controle Estatístico de Processo (CEP) para
validação de processo de glibenclamida comprimidos. Rev. Bras. Farm., 85(3): 115-119,
2004.

CARVALHO, M. M. Paladini, E. P. Gestão da qualidade: teorias e casos. 2. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier: ABEPRO, 2012.

CORDEIRO, J. V. B. de Mello. Reflexões sobre a Gestão da Qualidade Total: fim de


mais um modismo ou incorporação do conceito por meio de novas ferramentas de
gestão?. Rev. FAE, Curitiba, v.7, n.1, p.19-33, jan./jun. 2004.

DONADEL, D.C. Aplicação da Metodologia DMAIC para Redução de Refugos em


uma Indústria de Embalagens- São Paulo 2008

LINS, B. F. E. Ferramentas básicas da qualidade. Ci. Inf., Brasília, 22(2): 153-161,


maio/ago. 1993.

MARIANI, CELSO ANTONIO. Método PDCA e ferramentas da qualidade no


gerenciamento de processos industriais: um estudo de caso. Revista de Administração e
Inovação, 2005.

MULLER et al. Contribuições do CEP para a melhoria do desempenho de pós-vendas


na indústria calçadista. Revista Ingeniería Industrial, 2015.

PEARSON EDUCATION DO BRASIL. Gestão da qualidade. São Paulo: Pearson


Education do Brasil, 2011.

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