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13/03/2019 Ecopedagogia - Caminho para a sustentabilidade

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Ecopedagogia - Caminho para a sustentabilidade


Guilherme Blauth e Patricia Abuhab

A ecopedagogia surge no fim do século XX dentro do contexto de crise sócio-ambiental global, no qual a humanidade
percebe a necessidade de reorientar seus saberes para poder estabelecer uma nova relação com o planeta, que seja
sustentável da forma mais ampla possível.

A palavra sustentabilidade aqui é concebida como a justiça na trama da rede social, o equilíbrio dinâmico dos
ecossistemas naturais, as ações políticas de democracia participativa, e a transcendência espiritual.
O centro dessa nova pedagogia, conforme vemos na figura, deve ser a transformação espiritual a partir de nossas
ações cotidianas, desencadeando um movimento da moral cartesiana-capitalista dominante rumo à uma ética humana
global que possa resgatar valores essenciais como o cuidado, a justiça, o diálogo e a solidariedade.

A ecopedagogia, desta forma, envolve uma processo de aprendizagem que é tecido a partir das interrelações entre a
ARTE (relação eu-comigo), a POLÍTICA (relação eu-outro) e a ECOLOGIA (relação eu-todo).

A manifestação da ARTE permite o resgate da sensibilidade na educação, a possibilidade da criação, o equilíbrio entre
razão e emoção enfim, a própria expressão do ser humano, sem a qual não existe educação (Francisco Gutièrrez). A
ARTE irá cunhar o sentido estético da ecopedagogia, onde o eu dialoga consigo mesmo na apropriação da cultura e a
sua recriação permanente.

A POLÍTICA é parte da própria natureza pedagógica, porque não existe educação neutra, que não seja criadora de
sentido social e de ideologia. O diálogo aqui, como sempre insistiram Paulo Freire e Edgar Morin, é parte essencial da
educação para a paz e para a sustentabilidade. Ouvindo o outro reconheço minha autonomia de ser que se expressa
artisticamente e politicamente. O respeito e o crescimento com o diferente fazem parte de uma educação transcultural
que pode contribuir para frear a extinção massiva de culturas a que assistimos.

Por fim, a ECOLOGIA é a grande chave da mudança de paradigma, ou seja aprender a viver na vida cotidiana os
princípios que regem a teia da vida, as chaves que regulam os ecossistemas, entender que vida é relação e educação é
processo. A palavra ecologia tem um sentido muito mais profundo do que o estudo das relações entre os componentes
de um ecossistema. É chegada a hora da ecologia impregnar nossa vida, mediando nossa compreensão do mundo,
tecendo relações entre o que andou desconectado nos últimos 250 anos, reconectando todo o conhecimento
fragmentado em um todo organizado, simbiótico e significativo. Esse é o grande desafio da ecopedagogia.

A partir desse fluxo constante entre ARTE, POLÍTICA e ECOLOGIA mergulhamos nas dimensões mais profundas do
nosso ser e estabelecemos uma pedagogia apta a transformar a nossa relação com a existência e a consciência.

* Texto de 2000. 747 gráfico

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http://www.harmonianaterra.org.br/nt_html/747-ecopedagogia___caminho_para_a_sustentabilidade.html 1/1

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