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Resumo
O presente artigo tem como objetivo dissertar sobre os procedimentos e patologias dos
revestimentos cerâmicos. Atualmente com a dinamização da construção, as empresas e
construtoras buscam formas de diminuir o custo e o prazo das obras, porém ao acelerar o
tempo de execução, tem gerado o resultado oposto, com o atropelamento de etapas e falta de
controle sobre os materiais e serviços, o que vem a resultar em uma série de patologias e
prejuízos como retrabalhos e ações pós-obra. Então de acordo com essa realidade é de
extrema importância o conhecimento todos os processos que envolvem a contrução civil, e
nesse caso, sobre o sistema de revestimentos cerâmicos a fim de melhorar a qualidade das
obras, conhecendo melhor os materiais empregados e as técnicas utilizadas para racionalizar
os métodos. Além disso, no intuito de verificar o conhecimento dos profissionais da área,
arquitetos e engenheiros civis, foi proposto aos mesmos um questionário com algumas
perguntas a respeito do assunto.
1. INTRODUÇÃO
Os revestimentos cerâmicos datam sua utilização de 10 a 15 mil anos atrás, com a necessidade
da civilização daquela época de fazerem abrigos impermeáveis e termicamente confortáveis,
características as quais eram encontradas na argila. A argila por sua vez sempre foi muito
utilizada devido a sua enorme facilidade de ser encontrada na natureza, seja através de
superfícies rochosas, nos veios e trincas das rochas ou em camadas sedimentares.
Na atualidade a construção tem sido dividida em grandes grupos e são eles: estrutura, vedação
e instalações. No entanto é importante ressaltar que cada um desses grupos tem sua função
especifica e são de extrema importância para a composição final da obra.
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017
Revestimento cerâmico: procedimentos e patologias Dezembro/2017
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2. REVESTIMENTOS CERÂMICOS
Os revestimentos cerâmicos são por definição da NBR 13816 (ABNT, 1997), item 3.3.1:
Assim é importante entender cada elemento isolado com suas respectivas características, e as
interações do sistema como um todo. Desta forma, os mesmos serão abordados de modo
isolado, e posteriormente a atuação conjunta do sistema com boas práticas e patologias do
mesmo.
1. Placas cerâmicas
A placa cerâmica é face mais externa do revestimento cerâmico, sendo utilizado tanto em
ambientes internos quanto em áreas externas. Segundo a NBR 13816 (ABNT, 1997), item
3.3.2 elas são classificadas da seguinte forma:
Placas cerâmicas para revestimento: Material composto de argila e outras
matérias-primas inorgânicas, geralmente utilizadas para revestir pisos e
paredes, sendo conformadas por extrusão (representada pela letra A) ou por
prensagem (representada pela letra B), podendo também ser conformadas por
outros processos (representados pela letra C). As placas são então secadas e
queimadas à temperatura de sinterização. Podem ser esmaltadas ou não
esmaltadas, em correspondência aos símbolos GL (glazed) ou UGL,
(unglazed), conforme ISO 13006. As placas são incombustíveis e não são
afetadas pela luz. NBR 13816 (ABNT, 1997)
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Das classificações mencionadas, a absorção de água é uma das mais importantes, pois a
mesma se relaciona de forma direta com as demais características, e normalmente, quanto
menor o grau de absorção, melhor será a qualidade da placa, segundo YAZIGI (2009). Sendo
assim, é de extrema importancia que todas essas informações sejam informadas pelo
fabricante na embalagem no produto, conforme ilustrado na Figura 2.
2. Argamassa de assentamento
A argamassa de assentamento trata-se do material que irá fazer a ligação entre o substrato e
placa cerâmica. Para o revestimento cerâmico será abordado à argamassa colante
industrializada, devido a sua totalidade em relação ao uso e sua eficiência em relação às
demais.
Atendo a definição, temos segundo a NBR 14081 (ABNT, 2005), item 3.1:
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Esse elemento de ligação pode ser classificado quanto a sua aplicação e características, sendo
quanto a sua utilização definidas por:
Argamassa colante industrializada – AC I: Uso interno, exceto para área com elevadas
varrições de temperatura (saunas, churrasqueiras).
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3. Rejunte
Rejunte acrílico;
Rejunte epóxi;
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Na preparação da base ou substrato de aplicação deve-se garantir que a mesma esteja limpa, e
pode ser utilizada uma escova com fios de aço para tal procedimento. E também é necessário
garantir que a mesma encontra-se úmida para não absorver a água de amassamento da
argamassa.
As etapas como contrapiso e batente de esquadrias devem estar testadas quanto aos caimentos
e folgas em relação a peça cerâmica, respectivamente, segundo YAZIGI (2009).
Outro item que deve ser verificado são as tubulações hidrossanitárias, pois caso as mesmas
tenham algum vazamento podem ser reparados antes da execução dos revestimentos
cerâmicos, haja vista que uma possível intervenção destruiria o sistema de revestimento.
O cuidado com esse item do sistema vem desde o seu recebimento a estocagem, por
apresentar maior vulnerabilidade à umidade.
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Para sua mistura temos duas opções: manual e mecânica. A mistura manual deve ser feita em
ambiente limpo com água limpa. Na mistura mecanizada deve-se utilizar argamassadeira.
Já para situações em que as placas possuem áreas superiores a 900 cm² a aplicação da
argamassa deve ser feita no substrato e no tardoz da placa, em direções opostas conforme
figura 7.
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Nesse processo deve ser utilizado elemento que possibilitem a formação de juntas entre as
placas cerâmicas.
5.4 Rejuntamento
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Após a limpeza, deve-se fazer a mistura do rejunte com água, conforme orientação do
fabricante. Essa etapa só deve iniciar 72 horas após a aplicação da placa cerâmica na
argamassa de assentamento, garantindo que o mesmo já tenha passado pelo processo de cura,
e caso este período seja atropelado, algumas patologias podem surgir posteriormente.
Outro teste que pode ser feito é da verificação da estanqueidade do rejunte, para isso é preciso
espalhar água sob o revestimento e verifica-se visualmente o aparecimento de manchas ou
mudança de tons seja na placa cerâmica ou no próprio rejunte.
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6. PATOLOGIAS
A patologia na construção civil pode ser entendida pela situação na qual o edifício ou parte
dele, em um dado momento da sua vida útil, não apresenta o desempenho previsto. Ainda de
acordo com SEMENSATO e SABATINI (2001) as patologias se evidenciam:
As patologias são:
Construtivas: sua origem está relacionada à fase executiva, no caso, a não aplicação
dos processos adequados e até vícios de mão-de-obra não capacitada.
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Figura 12 – Eflorecência
Fonte 12: http://www.performance.eco.br/produto/10/limpa-facil-eflorescencia/ acesso em 16/03/2017
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Pergunta 02: Você acha importante na obra ter um projeto de revestimento cerâmico
com instruções e especificações?
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Fonte 16: Pesquisa realizada entre os dias 25/01/2017 a 18/03/2017 com profissionais da área de construção
8. CONCLUSÃO
Ao fim deste trabalho, pode concluir-se que, mesmo com toda dinâmica atual da construção
civil, a competitividade do mercado, a busca por redução de custo e prazos, existem métodos
construtivos que são de extrema importância para o conjunto da obra, e que os mesmos
quando não executados geram patologias que afloram na face mais externa, o revestimento,
gerando assim um aspecto negativo para a obra como um todo.
Além disso, percebe-se que o sistema de revestimento cerâmico mesmo sendo constituído de
três itens apresenta uma complexidade em relação as suas especificações de materiais e
métodos, e que parte desse conhecimento não está chegando a obras, o que se pode ser
evidenciado na pesquisa pelo número de profissionais que notam patologia no sistema.
9. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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