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Trabalho Guthrie – Gilliardi Batista Tolentino

Guthrie, Stan – Missões no Terceiro Milênio: 21 Tendências-chave para o Século XXI/ Stan
Guthrie; tradução: Cinthia Itiki. – Monte Verde, Camanducaia, MG : Logo da Missão, 2003.

Autor e Propósitos:
Stan Guthrie é um renomado escritor/ jornalista, que desenvolve capacitações
treinamentos na área das comunicações escrita e falada e autor de diversos livros
nesta área e também realizou pesquisas sobre os trabalhos missionários em especial
sobre o movimento global dos muçulmanos.
Embora esteja claro na introdução os motivos da escrita. Mais que mostrar tendências,
ficou evidente, durante toda a leitura do livro, que o autor objetivava instrumentalizar
as igrejas, os missionários e todos que se interessar pelo tema que seja realizado o
cumprimento do “Ide por todo o mundo e fazei discípulos de todas as nações”.

Responda a uma das perguntas sôbre cada capítulo que aparecem no fim de cada um
dos 21 capítulos com o título “Questões para Discussão”. TOTAL DE 21 PERGUNTAS

Do Capítulo Um:
Quais fatores contribuem para o alto custo do sustento do missionário?
As instituições que enviam, costumeiramente, são as que sustentam e é de
fundamental importância que estas entendam a construção das necessidades do
missionário e sua família para que haja um trabalho efetivo no campo missionário. O
sustento do missionário passa por todas as necessidades do ser humano e algumas que
vão além, desde a comida, a vestimenta, a previdência/jubilação, capacitações e
preparações, viagens de férias, momentos sabáticos que são de extrema necessidade e
vai às documentações, processos burocráticos no país/cultura destino. A partir disso é
importante perceber que parte destes objetos sofrem a influência de fatores que fazem
com que os custos sejam variáveis, em especiais em países que as moedas são
desvalorizadas deixando os missionários expostos aos riscos das variações cambiais,e
para reduzir este custo é necessário um estudo que possa planejar o envio dos recurso
em tempos favoráveis à proteção do impacto desta variação cambial. Outro Fator que
pode ajudar na redução dos custos é o planejamento exaustivo do processo, por mais
que este planejamento seja aberto para algumas variações, prever as ações faz com
que se evite o desperdícios de recursos.

Do Capítulo Dois:
Porque dizem que os missionários nativos são mensageiros mais eficazes do evangelho?
O objetivo do trabalho missionário é comunicar uma mensagem soteriológica,
cristocêntrica e bíblica, sendo assim, este trabalho é centrado em comunicação. Para a
comunicação se tornar efetiva é necessário diversos elementos que a concretizam, e
dentro deste elementos estão aspectos antropológicos que os missionário devem
adquirir, dentre eles, idioma, cultura, costumes, entre outros. Contudo, os
missionários nativos já os tem pois já receberam em si a impressão destes elementos,
evitando o famigerado choque cultural que sempre acomete os missionários, cada um
em certo grau, mas nos nativos este choque é irrelevante ou menos impactante,
fazendo que o trabalho seja mais produtivo.

Do Capítulo Três:
Você consegue enxergar em sua igreja aquilo que neste capítulo foi chamado de
mal-estar missionário? De que forma?
Sim. Na IMW os missionários são, com raríssimas exceções, clérigos. Somos uma
igreja responsável e equilibrada com o sustento dos obreiros locais, contudo, por certo
tempo deixou a desejar no cuidado e sustento dos missionários, o que gerou uma
demanda de clérigos dispostos ao trabalho em igreja locais e com sérias resistências
ao trabalho missionário, em especial, ao transcultural.

Do Capítulo Quatro:
Você está disposto a enfrentar quais sacrifícios, para fazer sua parte na Grande
Comissão?
Após alguns anos no Campo Missionário, especificamente, no Paraguai, pude
entender a importância do cuidado missionário, em especial, o quanto é relevante a
presença da igreja no ministério do enviado. A IMW me deu certo suporte e boa parte
de meu ministério no campo, me enviava parte do sustento em dia, me auxiliou com
algumas necessidades e mesmo no meu retorno tive um bispo que me apoiou de uma
maneira muito relevante. As igrejas locais me enviaram ofertas, cartas e mensagens de
apoio e outras formas de cuidado, mas sem dúvidas a forma que de cuidado que
percebi ser a mais efetiva foi a visita missionária. Recebi visitas de meus líderes e de
muitos irmãos, amigos e familiares e sem sombra de dúvida foi uma das coisas que
mais me ajudaram a me manter no campo foi a presença da igreja, ainda que por
pouco tempo (em um caso foi questão de horas). Hoje, como pastor de uma igreja
local, quero me dispor a estar junto dos missionários ofertando, intercedendo mas
também acompanhado seus trabalhos e na medida do possível visitando-os, pois
entendo que a solidão e a distância enfraquece o labor missionário e minha presença
ao lado destes obreiro pode motivá-los a seguirem em suas jornadas desafiadoras.

Do Capítulo Cinco:
Como os cristãos deveriam responder quando o mundo desafia as crenças evangélicas
tradicionais?
Vivemos em um mundo líquido, segundo Zigmund Baumann, onde as ideias são
extremamente flexíveis e mudam em um piscar de olhos e essa característica deste
mundo pós moderno contrasta com a mensagem da fé cristã, sendo essa uma crença
em um único Deus, em um exclusivo salvador, e àqueles que não o recebem tem o
sofrimento eterno. A Liquidez deste mundo não aceita estes preceitos cristãos pois
ofende a diversidade e as peculiaridades da fé pessoal, ou mesmo, individualista dos
seres. Estes fatos nos levam a tentação de relativizar nossos trabalhos, ou mensagens,
mas devemos nos manter firmes em nossa fé. Mas se faz importante destacar que a
contextualização é um ponto crucial na propagação do evangelho e devemos não nos
confundir no que tange relativizar e contextualizar a mensagem.

Do Capítulo Seis:
Como você avalia as contribuições missionárias das mulheres? Como elas mudaram ao
longo dos anos?
Acredito que não é de hoje que a influência, direta ou indireta, das mulheres nos
movimentos missionários é relevante, o que tem mudado é a graduação da relevância,
que tem avançado conforme o olhar sobre a mulher é lançado em nosso tempo.
Com o passar dos anos os movimentos de valorização da força feminina ao redor do
mundo tem sofrido transformações e influenciado o câmbio das sociedades e a igreja
não está imune a estas mudanças, sendo assim os movimentos missionários tem
recebido diretamente o impacto desta “nova” cultura do valor feminino.
Diante disso existe uma aceitação maior do ministério feminino, embora em alguns
lugares existam ressalvas sobre isso, as mulheres tem conquistado espaço como
agentes de transformação nas culturas e campos missionários, o que gera resultados
substanciais em seus trabalhos missionários, consequentemente faz com que a
aceitação deste ministério/movimento seja gradual, conforme o reconhecimento da
mulher no mundo vai se transformando. Em suma, somos o reflexo/influenciadores da
sociedade.

Do Capítulo Sete:
Qual abordagem deveria ser priorizada: alcançar os resistentes ou colher os receptivos?
Responder esta pergunta é uma tarefa demasiadamente desafiadora pois,
aparentemente, estamos escolhendo não apenas a quem iríamos anunciar a salvação,
mas também a quem negligenciaríamos o anúncio do Evangelho de Cristo. Talvez
seria como escolher em retirar a asa direita ou a esquerda de um avião, e esta resposta
não pode ser excludente e sim aglutinadora. A Igreja de Cristo necessita realizar
projetos que abarquem ambos os desafios, tanto daqueles que estão em regiões abertas
ao Evangelho, quanto aos que vivem em regiões de perseguição aos crentes em Jesus.
Há uma extrema complexidade nesta tarefa, mas não podemos deixá-la de lado.

Do Capítulo Oito:
O que a igreja deveria fazer de diferente nas missões do século XXI, em relação ao
século XX?
A igreja deveria primeiramente repensar a forma das instituições. Este tópico é um
tema delicado, porém se faz necessário o entendimento de que o povo de Deus sempre
viveu a realidade de seu tempo, e diferentemente do século XX os movimentos
missionários devem repensar a forma de se fazer missões onde o objetivo seja a
plantação de uma instituição, mas que esta instituição que é responsável por esta
missão se ocupe de entender a liquidez da sociedade hodierna e implante o Reino de
Deus, fincando a bandeira dos céus, usando as instituições como referência e
instrumento missional e não como o fim do trabalho missionário.
Outra ação importante que a igreja deveria realizar é utilizar dos elementos culturais
disponíveis em uma sociedade conectada, líquida e multifacetada. Seja a música, a
arte, as mídias sociais e outros elementos culturais que podem ser ferramentas no
labor missionário.

Do Capítulo Nove:
Qual será o efeito do movimento nos cristãos e igrejas no exterior?
Tiago 5:16 deixa claro que a oração dos justos pode muito, porém, a má interpretação
deste e de outros textos bíblicos sobre o tema faz com que ocorram distorções e isso é
bem aplicável à realidade dos movimentos missionários espalhados pelo mundo. Em
uma perspectiva muito pessoal, no Paraguai os efeitos desta má interpretação gerou,
assim como no texto de Guthrie, uma religião evangélica animista, supersticiosa, às
vezes , até idólatra. Tudo isso ocasionado pela influência de Carlos Annacondia e os
movimentos de “Sanidad interior y Liberación”. Esta influência gerou o testemunhos
de cristãos problemáticos, algo que impediu o desenvolvimento saudável do
evangelho no país. Creio ser o que este efeito ‘Annacondia’ influencia negativamente
a propagação da mensagem salvífica de Cristo, o objetivo principal da missão da
Igreja.

Do Capítulo Dez:
Quais são alguns pontos fortes e alguns fracos de missões de curto prazo?
Pontos fortes:
a. Gera novos missionários: ​Foi a partir de uma experiência um período de 15
dias na cidade de “La Paz” na Bolívia que recebi a confirmação de minha
vocação missionária. Enquanto realizava uma missão de curto prazo. Desfrutar
de um pouco do que é a vida de uma missionário despertou em mim o amor
pela obra transcultural.
b. A Preparação mais rápida
O preparo de um missionário transcultural pode levar muito tempo e isso gera
altos custos, contudo, o preparo para um missionário que passará meses em
atividade não demanda um preparo tão minucioso, o que faz com que se tenha
obreiros disponíveis de maneira mais rápida e eficaz.
c. Redução dos impactos negativos da missão
Um dos grandes prejuízos à obra missionária são os choques culturais e
problemas com a adaptação à cultura local que o missionário enfrenta, contudo
em missões de curto prazo estes choques são reduzidos, principalmente pela
expectativa de um retorno breve a cultura de origem e por não haver uma
imersão tão profunda na cultura destino.
Pontos fracos:
a. Imersão superficial:
O conhecimento efetivo da cultura destino é vivenciado e não aprendido, por
isso, por mais que haja muita leitura e preparo, a imersão leva tempo e
experiência. Sendo assim as missões de curto prazo correm o risco de serem
missões que não se aprofundam no conhecimento das culturas o que pode
gerar sérios problemas para pregação do Evangelho.
b. Problemas de compreensão de propósitos:
Muitas instituições que promovem a missão de curto prazo sofre pela ausência
de compreensão, por parte dos missionários, do objetivo real da missão.
Alguns acreditam que estão embarcando em uma viagem de férias, a passeio
que vão aproveitar para realizar um pouco da “obra”. Essa ausência de
esclarecimento por parte das instituições gera prejuízos à obra, ao missionário
e aos evangelizados.

Do Capítulo Onze:
De que formas sua organização se envolve em parcerias?
A IMW oficialmente está aberta a se envolver em parcerias que geram efeitos
positivos para o trabalho missionário, contudo, existe uma certa resistência por parte
de sua liderança em efetivá-las, às vezes por experiências mal sucedidas, às vezes por
falta de compreensão dos limites legais/estatutários, por parte dos nossos pastores ou
mesmo por falta de clareza dos termos da parceria. Mas em linhas gerais algumas
parcerias são feitas e geram resultados positivos.

Do Capítulo Doze:
Defina contextualização, sincretismo, visão de mundo e cultura.
Contextualização se dá quando existe uma compreensão completa da cultura
originária, do contexto bíblico em que a palavra transmitida se enquadra e da cultura
dos evangelizados, havendo uma aplicação correta sem ferir os princípios que regem a
fé cristã.
Sincretismo é a mistura do bíblico e sagrado, com o extra bíblico profano.
Visão de mundo é a forma que o ente olha para si e para o mundo, é a lente com a
qual afere tudo a que se envolve (cultura, valor, vida, mundo/cosmos, etc.).
Cultura é tudo o que gera desenvolvimento ou declínio/alteração no ente, em especial
no humano. Seja arte, política, alimentação, costume, ritual e tantos outros fatores que
faz com que o ente sofra alteração em seus estado do ser.

Do Capítulo Treze:
Missões como Processo versus Missões como Projeto, como as duas linhas podem
trabalhar melhor em conjunto?
Segundo o guia Project Management Body of Knowledge (​PMBOK​) — Quinta
Edição existe uma interação entre processo e projeto onde ambos se complementam e
colaboram mutuamente. A aplicação deste conceito nas linhas propostas de Missões
se dá quando:
a. As Missões como Processo oferece elementos para a realização das
Missões como Projeto: Uma missão já estabelecida em uma determinada
cultura recebe uma equipe de missionários de curto prazo oferecendo
conhecimento da cultura local e outras ferramentas como infraestrutura,
contatos locais e etc., potencializando os resultados da obra realizada por este
missionários;
b. As Missões como Projeto culminam em Missões como Processo: Após a
realização de projetos evangelísticos, os missionários de curto prazo deixam
estabelecido trabalhos que persistirão após sua saída, ou mesmo colaboram
com as atividades das missões longo prazo.

Do Capítulo Quatorze:
Fazedores de Tendas: Quais são alguns motivos usados normalmente para apoiar esse
tipo de ministério?
Segundo o texto propõe um dos motivos é que os fazedores de tendas usam suas
atividades paraeclesiásticas como chave que abre portas para a pregação do
evangelho, em especial seu testemunho. Mas também existem instituições que usam
os fazedores de tendas apenas como uma estratégia para aliviar seus custo
operacionais no sustento dos missionários, o que pode ser algo extremamente
perigoso ao missionário ou mesmo para pregação do Evangelho.

Do Capítulo Quinze:
Quais são alguns dos perigos de se envolver com o ministério social?
A Missão Holística, aqui no Brasil denominada Missão Integral é o exemplo claro dos
perigos de se envolver com o ministério social. A M.I. tece sua origem em Lausane
em 1974 e foi tremendamente difundida nas nações latinas da América, em especial
no Brasil. Nos últimos anos alguns dos seus seguidores tem trilhado caminhos que se
distanciam da jornada teológica cristã verdadeira, incorrendo nos mesmos erros da
Teologia da Libertação, tornando-se muito mais um movimento estritamente político,
ao invés de ser um movimento teológico de transformação social. Entre seus
seguidores existem aqueles que tem uma análise marxista da teologia o que faz que se
torne em uma ideologia e não um fundamento teológico.

Do Capítulo Dezesseis:
Como a globalização da igreja afetou sua visão da tarefa missionária?
A globalização, como um todo, e ainda mais a do evangelho, tende a gerar culturas
homogêneas, uma vez que nada mais acontece exclusivamente no ocidente. Realizar
treinamentos, capacitações, alinhamento de visão, etc., neste momento, é uma tarefa
que tornou-se relativamente fácil, ainda mais na era da gestão do conhecimento
global. Existem movimentos que trabalham uniformemente e realizam ações
missionárias por todo o globo terrestre, como por exemplo o “The Send”, projeto que
visa enviar jovens a impactar o mundo todo com o Evangelho, em suas diversas
dimensões.

Do Capítulo Dezessete
Você concorda que os pentecostais precisam de uma abordagem mais holística para sua
fé? Justifique.
Sim. De fato o movimento pentecostal precisa compreender o todo no que tange o
Reino de Deus. É notório que existe uma tendência a ignorar o “já” e focar apenas no
“ainda não” e isso faz com que os fatos naturais da humanidade sejam interpretados
como sendo apenas momentâneo, terrestre e que não há nada de divino. Contudo
existem movimentos dentre os pentecostais que já estão se ocupando de pensar a
missão de alcançar o homem todo e em suas circunstâncias. Sendo assim os
pentecostais precisam se desenvolver neste aspectos, mas é inegável que o olhar
holístico na missão está bem evoluído em seu meio.

1. Quais são alguns sinais dos indícios de que as igrejas e agências missionárias não
ocidentais estão atingindo a maioridade? Você viu algum desses sinais em seu
próprio ministério?
Sinais: Há uma multiplicação de discípulos verdadeiros; Há treinamento eficaz e
capacitação de novos obreiros autóctones; Há o levantamento de obreiros nacionais; e
quando há o envio de obreiros a outros campos missionários. Graças a Deus pude ver
alguns destes sinais em minha denominação, em especial o trabalho missionário
realizada na Europa, onde existe uma igreja consolidada, embora ainda necessite de
supervisão brasileira, claro isso considerando a Europa como campo missionário.

2. Defina globalização, modernismo e pós-modernismo. Como você os tem visto


funcionar?
Globalização é a homogeneização das culturas em seus diversos espectros (arte,
negócios, educação, etc); Modernismo tem a ver com a percepção de que as religiões
tradicionais não satisfazia as questões que eram respondidas nas academias;
Pós-modernismo tem a ver com o fracasso do ambiente acadêmico em oferecer as
respostas satisfatórias a uma sociedade líquida.
Durante muito tempo todo conhecimento ocidental foi regido, em linhas gerais, por
grandes religiões monoteístas, contudo o movimento iluminista, ponto marcante da
modernidade, leva a busca pelo conhecimento aos bancos das universidades,
afirmando que o verdadeiro conhecimento é o empírico. Mas esta presunção também
não foi capaz de dar respostas substanciais aos mais profundos desígnios da
humanidade, aquele vazio que somente pode ser preenchido por Deus (Bacon). Hoje
vivemos na transição do período modernista e pós-modernista, fase onde as religiões e
as academias estão desenvolvendo um profundo diálogo, apesar de que boa parte
desta corrente tem trilhado caminhos perigosos que relativizam questões ontológicas e
absolutas. Tudo isso é levado a frente através de culturas que estão sendo hibridizadas
em um mundo conectado por uma rede, não apenas de computadores, mas de
conhecimentos e contatos que se estão em constante mutação e mescla entre si.

Do Capítulo Vinte:
Como você se sente em relação a trabalhar juntamente com membros de outras
religiões contra os males do mundo moderno? Quando não deveríamos trabalhar com
eles?
Realmente minha primeira sensação é de desconforto, quando penso em trabalhar com
membros de outras religiões. Ao pensar sobre isso comecei a refletir do porque e
conclui que têm influência da interpretação doutrinária bíblica, influência eclesiástica
e mesmo cultural. Sei que em um mundo onde os cristãos sofrem por demonstrarem
sua fé solidificada em Cristo à uma sociedade líquida existe uma tentação enorme de
nos adequarmos aos parâmetros modernos de relação inter-religiosa, mesmo que
apenas para trabalhos sociais.

Do Capítulo Vinte e Um:


Quais são alguns dos benefícios espirituais da perseguição?
Apesar de parecer macabro o ato de averiguar os benefícios da morte de nossos
irmãos missionários, eles existem e quero destacar apenas dois que julgo serem
relevantes:
a. A purificação dos cristãos: esta purificação não tem a ver com a purificação
dos pecados, mas sim com uma seleção natural dos verdadeiros cristãos. EM
um ambiente de perseguição os benefícios terrenos da aceitação da fé cristã
não são nada atraentes. A teologia da prosperidade trouxe um crescimento das
estatísticas sobre o número de cristãos no mundo, porém junto veio muita
gente que não são convertidos e querem apenas os “benefícios” terrenais desta
fé. O ambiente onde existe a perseguição elimina todos os “interesseiros”, pois
ao se converterem estão dizendo ao mundo que estão dispostos a largar tudo e
morrer pela fé em Cristo e isso de fato não nada atraente.
b. Crescimento do testemunho verídico da fé cristã: ​Por consequência ao fator
anterior, um testemunho de uma comunidade de cristãos que dão o testemunho
que dá sua própria vida é muito convincente aos seus ouvintes, mas não é isso
que gera o crescimento da igreja, mas sim cristãos verdadeiros vivem a fé em
seu nível mais extremo, experimenta as verdades espirituais de uma maneira
mais intensa que os crentes não perseguidos e isso gera um círculo virtuoso da
fé: uma fé corajosa gera atos corajosos, que tem resultados majestosos.
Análise:
O autor desenvolve com clara evidência e um profundo conhecimento dos assuntos
abordados e isso o torna convincente e nos leva a respeitar sua posição, mesmo
quando o assunto é de difícil explanação.
Pontos Fracos: O livro foi publicado em 2003 na sua versão em português, o que nos
leva a crer que sua autoria está perto dos anos 2000, isso faz com que os dados
apresentados estejam desatualizados, o que pode fazer com que os argumentos sejam
refutados.
Pontos Fortes: Mesmo com a desatualização dos dados, o livro é muito atual e
relevante para nossa missão e isso se dá, acredito eu, ao nível de profundidade do
conhecimento do autor.

Conclusão:
“Missões no Terceiro Milênio” é um livro de extrema importância nos treinamentos,
cursos e capacitações que tem como temática “Missões”, isso se dá pela sua
abordagem envolvente e motivadora ao aprofundamento no tema. Sem sombra de
dúvidas que, nos cursos que ministro sobre missões e antropologia missionária, será
bibliografia obrigatória pois promove o envolvimento de todas as partes interessadas
no cumprimento da nossa Missão.
Não posso deixar de mencionar que, apesar do equilíbrio do autor em mostrar que as
missões hoje são realizadas muito além dos missionários norte americanos, fica claro
as marcas da prevalência da cultura missionária ocidentalizante.

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