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CURSÃO SANTA RITA

Módulo III-AS DIFERENTES NATUREZAS DOS


CONTEÚDOS CURRICULARES- (2ª. parte)

O ENSINO NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO-


Educação na Era da Incerteza. (Andy HARGREAVES)

INTRODUÇÃO. O autor afirma que vivemos numa


sociedade dinâmica, e ele examina o significado da
sociedade do conhecimento, sua importância e seu sentido
para os professores de hoje.
As sociedades do conhecimento necessitam das escolas
para tornar-se sociedades aprendentes criativas e
solidárias.

Capítulo 1- O Ensino para a sociedade do


conhecimento: educar para a inventividade.
Hargreaves afirma que ensinar é uma profissão paradoxal,
por que entre todos os trabalhos diferentes que existem,
apenas no ensino é que se espera a geração de habilidades
e capacidades humanas que possibilitarão aos indivíduos e
organizações, sobreviver e ter êxito na sociedade do
conhecimento nos dias de hoje. Para atingir seus objetivos,
a educação- a Escola e os professores- devem estar a
serviço da criatividade e da inventividade.As empresas e
as Escolas esperam que os professores desenvolvam
capacidades de aplicação de conhecimentos para a
resolução de novos problemas e comuniquem a outros,
seus resultados.
Para poder gerar um trabalho coletivo eficaz, a equipe
docente deve utilizar a inteligência emocional ( Daniel
Goleman) que possui 5 características básica:
1) conhecer e ser capaz de expressar as próprias
emoções;
2) ser capaz de criar empatia para com as emoções dos
outros;
3) conseguir controlar as próprias emoções para não sair
do controle;
4) ter a capacidade de motivar a si mesmo e aos outros;
5) ter as habilidades sociais para colocar em ação essas
quatro competências.
Em síntese: ensinar para a sociedade do conhecimento
estimula e floresce a partir de: criatividade,
flexibilidade, solução de problemas, inventividade,
inteligência coletiva( todos são capazes de aprender),
confiança profissional, disposição para o risco e
aperfeiçoamento permanente.
Capítulo 2- O Ensino para além da sociedade do
conhecimento: do valor do dinheiro aos valores do
bem.
A economia do conhecimento leva as pessoas a colocar
o seu interesse próprio antes do bem comum e social e é
necessariamente sedenta de lucros.Em sua expressão
mais radical transforma-se em um fundamentalismo de
mercado.
O autor aborda o choque de duas posturas resultantes da
globalização: o movimento islâmico de um lado,
representando parcela considerável de povos excluídos
descarregando seu ódio religioso/nacionalista sobre a
civilização ocidental, e, de outro lado, o MC Mundo onde
tudo está à venda, onde não há objetivos comuns e
interesses públicos,; todos são iguais, desde que possam
pagar o preço do ingresso e se contentem em assistir e
consumir.
Ensinar para a sociedade do conhecimento exige
valores, justiça social e solidariedade como referências
centrais na formação dos professores, além do
desenvolvimento comunitário e uma agenda de
formação de políticas públicas, visando estimular o bem
comum.
Ensinar para além da economia do conhecimento é
cultivar: caráter, comunidade, segurança, inclusão,
integridade, democracia e maturidade pessoal e
profissional.
Capítulo 3: O ensino, apesar da sociedade do
conhecimento: o fim da inventividade.
Capítulo 4- O ensino, apesar da sociedade do
conhecimento- a perda da integridade.
Esses dois capítulos foram escritos por outros autores e
revelam que os imperativos fundamentais da reforma da
educação não estão preparando as pessoas para a
economia do conhecimento e nem para a vida pública.
Os autores fizeram pesquisas nos EUA e Canadá com
entrevistas nas Escolas de Ensino médio e os resultados
são lamentáveis: alunos com baixo rendimento,
professores preocupados apenas em treinar alunos para
exames padronizados.
O ensino norteado pela lógica do fundamentalismo de
mercado, reduz o professor ao exercício de um ensino
padronizado e do que lhe foi imposto pelo Estado.
Hargreaves refere-se ao ensino como elemento
catalizador do conhecimento: 1) como altamente
desejável;2) contrapontual ( que vai além do
conhecimento); 3) desastrosa. ( vide: ilustração na
página 77 da apostila).
Os autores falam do fim da inventividade e da
integridade uma vez que o fundamentalismo de
mercado passou a ser uma tendência típica neoliberal
pela maioria dos Estados.Por esta postura, o Estado não
interfere nas relações econômicas e sociais, já que o
mercado se auto-regula. Pela expressão do
fundamentalismo de mercado, serviços públicos de
saúde, segurança, educação e desenvolvimento social
devem se reduzir ao mínimo possível.
Capítulo 5- A Escola na Sociedade do
conhecimento: uma entidade em extinção ( Corrie
Giles)
Esse autor no texto trata das exceções do modelo de
padronização e descreve uma Escola norte americana
que consegui construir uma organização de
aprendizagem e uma comunidade de aprendizagem
profissional bem sucedida, uma vez que realiza um
trabalho em equipe, envolve todos no projeto
pedagógico, utiliza a tecnologia para promover a
aprendizagem pessoal e organizacional, baseia as
decisões em dados compartilhados e envolve os pais na
definição dos rumos dos estudantes quando estes
deixam a Escola.
A Escola prepara jovens não somente para a economia
do conhecimento, mas para a sociedade do
conhecimento, levando em conta valores, cooperação,
desenvolvimento pessoal, apreço ao bem público, às
causas sociais, sem descuidar da formação curricular,
esta dentro da concepção construtivista e sistêmica da
vida e da realidade social.
Capítulo 6- Para além da padronização:
comunidades de aprendizagem profissional ou seitas
de treinamento para o desempenho?
Se persistir a tendência da adoção do modelo de
reforma padronizado, como vem acontecendo em
muitos países, segundo Hargreaves, teremos um
agravamento entre ricos e pobres, aqueles com acesso a
um ensino diferenciado, com mais recursos e de toda
ordem, e os pobres sujeitados a uma estrutura curricular
padronizada e não atendendo às peculiaridades,
necessidades e expectativas da clientela.
As seitas de treinamento para o desempenho possuem o
“ totalitarismo essencial” de todas as seitas religiosas.
Obs. Nas páginas 78-79 há um quadro demonstrativo
que revela com clareza a diferença entre a comunidade
de aprendizagem profissional e as seitas de treinamento
para o desempenho Fica claro que as abordagens
sectárias do treinamento para o desempenho não são
apenas problemáticas do ponto de vista ético e moral,
mas também tecnicamente inflexíveis.
Hargreaves incita todos os educadores a um esforço
para que se direcionem para alvos superiores,
recuperando a inventividade, a integridade sociais e
políticas mais elevadas do ponto de vista ético.
Capítulo 7- O futuro do ensino na sociedade do
conhecimento: repensar o aprimoramento, eliminar
o empobrecimento.
Considerando que não existe um só modelo pedagógico
disponível e adequado para todas as situações,
Hargreaves propõe que as duas tendências em vez de
agirem contraditoriamente, atuem de forma
complementar.desenvolvendo redes integradoras e que
saibam lidar com a mudança, comprometendo-se com a
aprendizagem por toda a vida.
O autor preconiza ainda como tarefa essencial:
redesenhar a melhoria escolar a partir de linhas de
desenvolvimento de forma a fazer com que a
comunidade profissional esteja disponível a todos,
indistintamente, onde a missão social principal seria por
fim à pobreza como grande projeto de inventividade
social no século XXI.

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AUTONOMIA DOS PROFESSORES
(José Contreras Domingo )

Biografia: José Contreras DOMINGO é professor


titular da Universidade de Barcelona, graduado em
Ciências da Educação pela Univ. de Madri; doutor em
Ciências da Educação pela Univ. de Málaga e atua, no
Departamento de Didática e de Organização
Educacional.
Resumo
O autor discute a idéia da autonomia dos professores e
de sua profisionalidade que se tornaram expressões
comuns nos discursos pedagógicos, embora esses
conceitos possam encobrir pretensões pouco claras, ou
ainda, dependendo de quem as utilize, interesses
opostos.
A autonomia profissional pode ser interpretada como
uma demanda dos docentes para obter mais espaços de
independência em suas decisões, menor controle
burocrático por parte dos administradores públicos.
O autor destaca ainda que os poderes públicos estão
deixando de assumir responsabilidades políticas em
educação, transferindo-as aos docentes , os quais devem
dar respostas às necessidades educacionais aos alunos e
aos interessados, os mais variados e desiguais das
famílias.
1ª. parte: O PROFISSIONALISMO NO ENSINO.

Capítulo 1- A Autonomia perdida: a proletarização dos


professores.
A proletarização do trabalho dos professores significa
deterioação das condições gerais de trabalho e a perda
do status de professor.
Além disso, houve ainda a atomização e perda de
qualificação do trabalho visível pela separação entre
concepção e execução ( base taylorista), a
desqualificação, e a perda de controle sobre seu próprio
trabalho.
Traça ainda um paralelo entre os trabalhadores
industriais que Tb passaram por um processo de
proletarização, mas no caso da educação é diferente,
pois o ensino é um trabalho com seres humanos e a
docência tem um lugar privilegiado que permite o
acesso a diversas concepções culturais e ideológicas
sobre o mundo e a vida.
Capítulo 2- A Retórica do Profissionalismo e suas
ambigüidades.
Nesse capítulo, o autor aborda o profissionalismo do
professor no que se refere à autonomia,descrevendo as
etapas ou tarefas a serem desempenhadas por um
profissional: fazer algo, bem feito e com destreza que
vai além do rotina que exige um corpo de
conhecimentos de nível superior onde cada um tem um
grau de liberdade mas tb. de responsabilidade.
A necessidade de formação prolongada e a
responsabilidade devem ser recompensadas com um
alto prestígio e um nível adequado de remuneração.
O autor ressalta que atualmente quem detem o maior
status de profissional no ensino é fundamentalmente, o
grupo de acadêmicos e pesquisadores universitários,
bem como os especialistas com funções administrativas,
de planejamento e de controle sobre o sistema
educacional. Com isso, aumentou o trabalho dos
professores, sem maior remuneração ou o altruísmo em
vez do enfoque profissional., quer dizer, em nome do
profissionalismo criam-se uma série de armadilhas: o
discurso do profissionalismo atua como modo de
garantir a colaboração, sem discutir os limites da
atuação.
Portanto, o trabalho do professor não pode ser
compreendido à margem das condições sócio-políticas
que dão credibilidade à própria instituição escolar.
Capítulo 3- Os Valores da Profissionalização e a
profissionalidade docente.
É impossível realizar as múltiplas funções educativas se
não se dispõe da capacidade de decidir de modo
responsável , a adequação entre os propósitos educativos e
a realidade concreta na qual ele tenta se realizar.
A profissionalidade docente refere-se às qualidades da
prática profissional dos professores em função do que
requer o trabalho educativo. Esta dialética é um jogo de
condicionantes e influências mútuas, onde fatores
históricos, culturais, sociais, institucionais e trabalhistas
tomam parte junto com os indivíduos.
Essa profissionalidade tem três dimensões significativas:
a) a obrigação moral b) o compromisso com a
comunidade c) a competência profissional.
2ª. parte: MODELOS DE PROFESSORES: EM
BUSCA DE AUTONOMIA PROFISSIONAL DO
DOCENTE.

Capítulo 4- A autonomia ilusória- o professor como


profissional técnico.
Embora o exercício da profissão exija uma formação
teórica e portanto, científica, o professor acaba exercendo
a sua função muito mais buscando a solução instrumental
dos problemas mediante a aplicação de um conhecimento
teórico e técnico previamente disponível que procede da
pesquisa científica.Então, o professor como profissional
técnico compreende que sua função consiste na aplicação
de decisões técnicas.O que se esquece é a configuração
dos problemas que são enfrentados em sala de aula, que
podem ser totalmente inusitados e daí a pergunta: qual a
natureza do problema, a complexidade dele, o que se
pretende diante de uma determinada situação nova,
desafiadora, que decisão tomar, com base em que
critérios?
Contreras afirma que buscamos uma autonomia ilusória,
pois, no fundo, faz-se uma prática reprodutivas, dirigida a
reproduzir nos alunos, os objetivos que guiam seu
trabalho.Assim, as políticas públicas também ficam de
fora e se despolitizam e o que é pior, fica de fora a
discussão sobre a política educacional.Somente o ato de
assumir e o compromisso pessoal com opções pedagógicas
podem proporcionar o substrato para enfrentar o
imprevisto, o incerto ou o ambíguo.
Capítulo 5- O Docente como profissional reflexivo.
P ara superar a rigidez e a perspectiva positivista é
necessário resgatar a base reflexiva da atuação profissional
para entender melhor a função do profissional docente.
Daí, a importância da ação pedagógica estar intercalada
entre uma permanente ação- reflexão-ação, mesmo
porque o ensino é uma arte, onde cada aluno, cada
classe, cada situação de ensino reflete características
únicas e singulares segundo Stenhouse (pág. 82) Por
isso, Stenhouse entende o professor como um
pesquisador de sua própria prática, em busca da
melhoria de sua qualidade educativa, sobretudo no que
se refere à proposta curricular.
A conclusão a ser tirada aqui: a educação não ode ser
determinada a partir de fora, ou seja, de agentes
externos à própria ação.
Capítulo 6- Contradições e contrariedades: do
profissional reflexivo ao intelectual crítico.
Contreras afirma que não vivemos simplesmente em
uma sociedade pluralista, mas também estratificada,
dividida em grupos com status desigual, poder e acesso
a recursos materiais e culturais diversificados.
O autor pergunta: como podemos reconhecer a
diferença entre pluralidade e desigualdade? Até onde
vai a acomodação e a exploração?
H.A. Giroux estuda o papel do professor como
intelectual crítico e vai buscar em Antonio Gramsci o
significado do papel do intelectual em três níveis: 1) o
trabalho do professor como trabalho intelectual
2) a construção de uma prática intelectual crítica 3) a
construção da criticidade visando as transformações
pelas práticas sociais.
Todos esses enfoques sobre a reflexão crítica
encontram se u fundamento na Teoria Crítica de
JÜRGEN HABERMAS(1982-84)que propõe a teoria
crítica enquanto concebida com interesse libertador,
dirige-se a restituir aos grupos e pessoas, as condições
de construção de sua história e a
democracia.
Contreras afirma que haverá espaço para reivindicar a
igualdade, a justiça, a liberdade, a solidariedade, se
simultaneamente estes valores não forem transformados
em significados unificados,mas mantidos abertos e
problematizados.

3ª. parte- A AUTONOMIA E SEU CONTEXTO.


Capítulo 7- As Chaves da autonomia dos professores.
A autonomia dos professores deverá ser entendida como
um processo de construção permanente no qual devem
se conjugar, equilibrar-se e fazer sentido a partir de
alguns elementos:
1) a autonomia como reivindicação trasbalhista e como
exigência educativa;
2) a autonomia como qualidade de relação profissional;
3) a autonomia como distanciamento crítico. Segundo
Habermas a Escola não deve ser governada pelo poder
administrativo e nem pelo poder econômico, mas deve
ser visto como um espaço público autônomo e que
permita a formação de opinião da vontade comum.
Capítulo 8-As Novas Políticas Educacionais e a
autonomia dos professores.
O livro de Contreras mostrou que não é possível falar de
autonomia dos professores sem fazer referência ao
contexto trabalhista, institucional e social em que os
professores realizam o seu trabalho.
Por muito tempo, o Estado planejava, os especialistas
pesquisavam e os professores aplicavam em suas aulas,
as soluções técnico-científicas vindas de fora.
Hoje, há clareza nisso: as inovações e mudanças devem
partir de um panorama mais amplo: as tendências, as
estruturas, os interesses políticos e sobretudo, o
envolvimento dos professores e da sociedade. Há, a
necessidade da descentralização administrativa, a
flexibilização e a definição de um currículo comum
como pontos centrais.
Atualmente, o Estado protetor (welfare state) está em
profunda crise e prevelace na maioria dos países do
mundo, a implantação de modelos neoliberais,
transferindo os direitos sociais à iniciativa privada.
Segundo Contreras, há três mudanças em curso:
a) a crise fiscal do Estado
b) a crise da motivação da sociedade
c) a crise da motivação dos serviços públicos.
Um dos paradoxos das atuais políticas de reforma é
que combinam simultaneamente, o controle da
educação por parte do Estado e o seu abandono ao
mercado.
Fala-se muito em eficácia nos métodos de ensino, mas
não se discute a concepção e os rumos da educação.
Concede-se autonomia à Escola, mas os parâmetros das
políticas já estão fixados e pré-determinados nos
mínimos detalhes. A autonomia não é política, mas
somente de gestão.
Conclusão: O debate público sobre o significado do
que está acontecendo nas Escolas é uma forma de
avançar na democratização da educação, é uma
forma de apelar para que as Escolas tenham
simultaneamente, responsabilidade profissional e
social e possam transformar a participação pública
em um processo de aprendizagem social.

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O NOVO PACTO EDUCATIVO.- Educação,
competitividade re cidadania na cidade moderna.
( Juan Carlos TEDESCO)

Tedesco nasceu na Argentina em 1944 e formou-se em


Ciências da Educação. Em 1976 ingressou na
UNESCO como especialista em política educacional e
atualmente é Diretor do escritório regional de Buenos
Aires do Instituto Internacional de Planejamento da
Educação, órgão da UNESCO que discute os rumos
da educação.

Capítulo 1- Vivemos uma revolução.


A crise não se limita à educação: há crise no mercado
de trabalho,no sistema político, na família, no sistema
de crenças e de valores.
Em que consiste essa revolução?Basicamente: as
mudanças no modo de produção, nas tecnologias da
comunicação e na democracia política.
Como fica a educação diante da nova realidade social?
A educação, entendida como a atividade por meio da
qual se produz e se distribui conhecimento, assume uma
importância histórica inédita em dois sentidos
diferentes: do ponto de vista político-social, abrindo um
leque maior para todos os envolvidos na produção e
distribuição de conhecimentos; e do ponto de vista dos
conteúdos da educação: a profundidade do processo de
mudança social que ocorre atualmente, nos obriga a
reformular as perguntas básicas sobre os fins da
educação e sobre quem assume a responsabilidade de
formar a concepção de homem e de sociedade que
desejamos transmitir
Capítulo 2- A crise do sistema tradicional.
A história da educação ocidental está intimamente
relacionada à história da construção da Nação, da
democracia e do mercado.
A Escola através da história, especialmente a escola
pública obrigatória foi projetada e expandiu-se como
instituição e ocupou espaços que tradicionalmente eram
ocupados pela família e pela |Igreja.
A relação entre essas instituições tornou-se mais
conflituosa com o advento da burguesia e do poder
político estatal.
Um dos problemas mais sérios que a formação do
cidadão enfrenta atualmente é o que o autor denomina
de “déficit de socialização” que caracteriza a sociedade
atual.Vivemos num período no qual as instituições
educativas tradicionais- particularmente a família e a
Escola- estão perdendo capacidade para transmitir com
eficácia valores e normas de coesão social.
Tedesco fala da socialização primária- que se dá no
convívio familiar onde há uma enorme carga
emocional; e a socialização secundária, exercida pelas
Escolas.
Quais as principais características da família atual:
presença de extremos individualismo, a incorporação da
mulher no mercado de trabalho,, a redução do número
de filhos,o aumento das separações, e do número de
filhos que vivem sozinhos ou com um dos pais.
Ontem, a família garantia a formação moral e um estilo
de vida; a Escola fortalecia a coesão social: adesão à
nação, aceitação da disciplina e dos códigos de conduta
básicos, iguais para todos.
Segundo Tedesco, no século XX a família modificou-se
muito mais do que a escola. Entre a família de hoje e a
do final do século passado há uma distância enorme,
enquanto entre a escola do final do século, as mudanças
são muito menos significativas.
Todos esses fatores, expressam a significativa
deterioração do professor como agente de
socialização.O desaparecimento da distinção entre
professor e aluno faz parte do processo mais global de
crise da autoridade na sociedade contemporânea.
A crise de identidade e a ausência do sentido de
continuidade histórica explicam o surgimento do
fenômeno de “falta de sentido” que numerosos estudos
atribuem à época atual.
Capítulo 3- Qualidade para todos.
O problema da educação é fundamentalmente
qualitativo e a teoria econômica revalorizou o papel da
educação no crescimento, superando as concepções
tradicionais acerca dos “recursos humanos e do “capital
humano” das décadas 60-70.
Com isso, ocorreu uma redifinição da educação com o
mercado de trabalho, principalmente nos setores mais
avançados da atividade produtiva.
A possibilidade de substituir os trabalhadores-chave, de
manter um caráter mais aberto possível do mercado de
trabalho constitui aspecto central das opções sociais que
se colocam para o futuro, onde a formação para o
trabalho e a formação para a cidadania requerem as
mesmas atividades e a tensão e o conflito transferem-se
de novo para o âmbito quantitativo: definir quantos e
quem terá acesso a essa formação.
Capítulo 4- As Novas Tecnologias.
A análise desse tema sofreu modificações importantes
dada a profunda transformação tecnológica e há hoje uma
idéia generalizada de que a sociedade do futuro será uma
“sociedade da informação”.O debate entre a educação e a
tecnologia desdobrou-se em dois níveis distintos: o papel
das tecnologias da informação no processo de socialização
e por outro, no processo de aprendizagem.
Televisão e aprendizagem-
Na sociedade contemporânea, a criança passa mais tempo
na frente da televisão do que em companhia dos amigos,
dos professores dos pais e adultos. Isso acarreta
diminuição no interesse pela leitura, maiores
possibilidades de obesidade e passividade psíquica,
índices mais elevados de violência e medo da violência
real.
O problema da TV como agente de socialização não se
resolve só com o aumento da diversidade na oferta de
programas e de cadeias ou com a criação de canais
educativos e culturais.A raiz do problema não está apenas
no conteúdo dos programas, mas no vínculo que se
estabelece entre emissor, receptor e conteúdo.O interesse
em dispor de uma televisão de caráter geral, pública e de
boa qualidade, é um dos temas cruciais de qualquer
política educativa futura.
Informática e educação.
Enquanto na televisão, a inteligência está localizada no
centro e os terminais são passivos, no computador, a
inteligência está nos terminais e o centro é passivo e a
diversidade de operações que podem ser realizadas pelos
terminais é regulada pelos programas disponíveis em
software.
Já o telefone procura assegurar a circulação da
informação, sem implicar nenhuma concentração de
inteligência nem no centro e nem nos terminais.
O problema central é que a educação deve formar
capacidades que conformam um comportamento
inteligente: observação, comparação, classificação,
aplicação,e assim por diante.
As tecnologias não dão as informações e permitem a
comunicação, porém, a construção do conhecimento e das
comunidades é tarefa das pessoas e não dos aparatos.
Capítulo 5- A construção da identidade.
Um grande desafio hoje é cada um construir a sua
identidade de forma quase independente, com fragmentos
dispersos da realidade( no passado, o indivíduo
incorporava sistemas que existiam de forma
independente).
A ausência de um modelo cultural hegemônico, está na
base de todo o debate atual no multiculturalismo e suas
conseqüências para a educação.
Quais são as principais tensões e desafios a serem
enfrentados?
1) a necessidade da articulação entre o estável e o
dinâmico.( a competitividade gera a agressividade).
2) A necessidade da articulação entre o próprio e o
alheio
3) O individualismo e os interesses gerais.
4) Identidade e capacidade de escolha.
5) O conflito e a construção da identidade. No modelo
tradicional, a Escola trabalhava sobre o
universal,sobre o comum, utilizando a neutralidade; a
crise do Estado-Nação, as dificuldades cada dia
maiores de mobilidade social e as mudanças culturais
associadas ao processo de modernização, esgotaram
esse modelo.Uma proposta democrática supõe
assumir posições críticas e participativas., com
identidade própria
Capítulo 6- A Escola Total.

O desafio da sociedade atual e da educação é encontrar o


ponto ideal de articulação entre a racionalidade e a
subjetividade no plano de uma ação social, onde cada um
é ator social e não meramente indivíduo isolado.
O paradigma da modernização está esgotado porque
excluiu os fins da educação., e por isso, na elaboração de
uma proposta educacional democrática, o primeiro aspecto
que deve ser discutido é exatamente o sentido da atividade
educativa.
A Escola deverá assumir a dupla tarefa: o
desenvolvimento cognitivo e a formação da
personalidade(verificar o art. 2º. da L.D.B.) Assim, o uso
de tecnologias é importante na medida em que libera o
tempo aplicado a tarefas rotineiras, para dedicá-lo a
fortalecer um clima de maior “conviviabilidade” no
trabalho pedagógico.
Escola e Sociedade.
Um dos desafios a enfrentar é: valorizar a educação básica
tanto em termos de propiciar condições reais de trabalho(
valorização e prestígio) e de investir recursos econômicos
mais substanciais devem ser uma tendência democrática
do futuro.
Capítulo 7- Sistema ou Instituição

A defesa em prol da autonomia da Escolas tem duas fontes


principais: as teorias da aprendizagem ( o construtivismo)
e as teorias das organizações a partir de suas
peculiaridades e contexto.
Tedesco abre uma discussão sobre o público e o privado
que no fundo, historicamente, gerou disputa pelo controle
das instituições responsáveis pelo processo de socialização
das pessoas.
Se, no entanto, relacionarmos o público e o privado com o
desenvolvimento social, chegaremos a uma triste
conclusão: os filhos das famílias de classe média alta
freqüentam escolas primárias e secundárias privadas de
boa qualidade, o que lhes permiteingressar nas melhores
Universidades públicas gratuitas; em contrapartida, as
crianças com poucos recursos, estudam nas redes públicas
e vão ter que pagar por uma educação superior de baixa
qualidade.
De toda a maneira, as inúmeras pesquisas que avaliam os
bons resultados em aprendizagem não está no caráter
estatal ou privado dos estabelecimentos escolares, mas na
sua dinâmica institucional que tem um projeto
pedagógico próprio em todas as suas etapas
constitutivas.
Capítulo 8- Os docentes: profissionais, técnicos ou
militantes?
Há um consenso hoje de que o trabalho pedagógico
destinado a formar capacidades que o desempenho da
sociedade requer, demandam níveis mais altos de
profissionalização por parte dos educadores.
As análises das inovações educativas revelam que a
participação efetiva dos docentes é decisiva para a
obtenção de bons resultados, onde a promoção do trabalho
em equipe se contraponha contra a atuação isolada.
O autor destaca ainda a importância de uma boa liderança
educacional, sobretudo na direção das Escolas.

Capítulo 9- A Reforma Educacional.

Tentar produzir reformas parciais, ajustes e aspectos


pontuais não trarão qualquer efeito desejável e duradouro.
Uma vez que, hoje há um consenso razoável de que o
crescimento econômico e a ampliação da democracia
política têm uma relação direta com o sucesso da Escola,
as cotas de participação de todos os setores da sociedade
devem ser ampliadas e concretizadas.
Nunca produziremos unanimidade e as tensões e interesses
diversos continuarão presentes.
Por isso, em vez de falar em reforma educacional é
preferível adotar inovações permanentes institucionais e
interinstitucionais.
Ocorre que as mudanças educacionais dependem da
interação de múltiplos fatores, que atuam de forma
sistêmica, e as experiências indicam que estes aspectos
podem ser mais facilmente no âmbito local do que no
nível geral e central.

MUITO GRATO PELA ATENÇÃO!!!

DESEJO A TODOS GRANDE SUCESSO NO


CONCURSO!

PROF. MARINO ANTONIO SEHNEM

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