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Diretora-Geral da Secretaria
Patrícia Maria Landi da Silva Bastos
Setor de Administração Federal Sul, Quadra 7, Lotes 1/2
70070-600 – Brasília/DF
Telefone: (61) 3030-7373
Fac-símile: (61) 3030-9903/9904
Organização:
Cedric Pin
Colaboradores:
Ana Cláudia Braga Mendonça
Eliane Martins de Souza
Elmano Amâncio de Sá Alves
Fabiano Damasceno Sousa Falcão
Flávio Feitosa Costa
Leonice Vera Severo Fernandes
Lilian de Moura Andrade
Lívia Regina de Sá Eirado
Luiz Valério Rodrigues Dias
Marise Mesquita de Oliveira
Patrícia Luíza Ribeiro Serra
Patrícia Maria Landi da Silva Bastos (Presidente)
Rubens André Gonçalves Dusi
Rui Moreira de Oliveira
Salatiel Gomes dos Santos
Sônia Kill Camps Guimarães
Sonia Solange Montenegro
Thayanne Fonseca Pirangi Soares
Thiago Fini Kanashiro
Thiago Henrique Pinheiro de Souza
Revisão:
Dackson Soares
Eliane de Souza Marques
Capa:
William Bernardo Costa
Seção de Editoração e Programação Visual (Seprov/Cedip/SGI)
3
Tribunal Superior Eleitoral
Presidente
Ministro Ricardo Lewandowski
Vice-Presidente
Ministra Cármen Lúcia
Ministros
Ministro Marco Aurélio
Ministra Nancy Andrighi
Ministro Gilson Dipp
Ministro Marcelo Ribeiro
Ministro Arnaldo Versiani
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Apresentação
5
Glossário
GC – Governança Corporativa
6
Conteúdo
Apresentação ................................................................................................................................................. 5
Glossário ........................................................................................................................................................ 6
1. Considerações Gerais ................................................................................................................................. 8
Conceito ..................................................................................................................................................... 8
Breves Referenciais Históricos ................................................................................................................. 10
Governança Corporativa no Setor Público............................................................................................... 11
Princípios .................................................................................................................................................. 11
Distinção de outros conceitos.................................................................................................................. 13
2. Sistema Gerencial de Governança Corporativa ....................................................................................... 14
A – Alinhamentos ..................................................................................................................................... 15
C – Conformidades ................................................................................................................................... 17
S - Sustentabilidade.................................................................................................................................. 21
E - Estrutura ............................................................................................................................................. 23
P - Processos ............................................................................................................................................ 26
3. Avaliação .................................................................................................................................................. 32
4. Referências............................................................................................................................................... 33
Anexo I - Painel do Sistema Gerencial de Governança Corporativa ............................................................ 34
7
1. Considerações Gerais
Conceito
Uma relação principal-agente surge em toda situação na qual um principal designa a um agente a
realização de certas ações de seu interesse (por meio de contrato formal ou não). Essas relações são
caracterizadas pelo custo de monitoramento das ações do agente pelo principal e/ou pela assimetria de
informação - o principal não tem acesso a determinadas informações que o agente tem. Desse modo, o
agente atua frequentemente conforme seu próprio interesse, em vez de agir de acordo com o interesse
do principal.
O conflito de agência é, portanto, toda situação em que a delegação de uma tarefa requer
esforços que, se não forem cumpridos, podem causar desalinhamento de interesses entre as partes
envolvidas. Exemplos típicos são proprietário e gerente, empregador e empregado, Estado e servidor
público, investidor e consultor financeiro, seguradora e segurado, cliente e advogado, assim como
outras situações que ensejam pactos ou contratos (formais ou informais).
1
Akerlof (1970)
2
Lemons, no original
3
Organização dedicada à promoção da Governança Corporativa no Brasil. Sítio: www.ibgc.org.br
8
de alinhamento entre o comportamento do agente e aquele desejado pelos proprietários. Com isso,
sedimentou-se nas grandes empresas a separação da figura do proprietário daquela de administrador da
empresa.
O artigo seminal sobre Governança Corporativa é o de Jensen & Meckling (1976). Eles
analisam uma empresa do ponto de vista do conflito de agência. A partir do momento em que os
agentes maximizam seus próprios interesses, surge um custo para elaborar mecanismos de alinhamento
desses interesses com os do principal.
A esses custos incorridos tanto pelo principal quanto pelo agente denomina-se custo de
agenciamento. Ele é separável em três tipos: custos de monitoramento, custos de ligação e custos
residuais. Os custos de monitoramento ocorrem para que o agente esteja agindo com lealdade, para
atestar que o agente não está agindo de má-fé. Os custos de ligação são custos que o agente incorre
para garantir a sua confiabilidade ao principal. Os demais custos não relacionados nem ao
monitoramento nem à ligação são chamados de custos residuais. São os custos decorrentes da
discordância entre os incentivos do agente e do principal, por exemplo, quando o agente recebe apenas
parcialmente uma recompensa pelo seu esforço.
Esses custos são arcados por meio de mecanismos, como a designação de papéis, o relato
constante, a medição e a adoção de medidas corretivas nos processos. Desse modo, a literatura
apresenta definições para Governança Corporativa voltadas para os meios de resolução do problema
agente-principal. O IBGC assinala que:
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Breves Referenciais Históricos
• O Banco Mundial (1992) apresentou um livreto que demonstra por meio da experiência dos
seus projetos de financiamento como o sucesso de uma política pública vai além do simples
gerenciamento técnico, mas abrange também a prestação de contas, o arcabouço legal e a
transparência das informações, que constituem as boas práticas de Governança.
• A Lei Sarbanes (EUA) – Oxley (2002) nos Estados Unidos, aprovada em resposta aos
escândalos contábeis e financeiros de empresas públicas americanas (e.g. Enron), estabelecendo
normas mais rígidas na auditoria da prestação de contas dessas empresas.
• Os Princípios OCDE (2004) para empresas públicas e privadas estabelecem uma série de
diretrizes a serem seguidas por essas organizações.
4
Leis Federais nº 6.404/1976, 6.616/1978, 9.457/1997, 10.303/2001, 10.411/2002
10
Governança Corporativa no Setor Público
As empresas públicas tipicamente apresentam uma página em seu sítio contendo as boas
práticas de GC instituídas na organização. Alguns órgãos responsáveis pela regulação do mercado
também sugerem práticas de GC para serem aplicadas nas empresas (e.g. instituições financeiras). Nesse
sentido, o Governo Federal instituiu o Decreto nº 6.021/2007, que cria a Comissão Interministerial de
Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União – CGPAR.
Princípios
Entende-se que a GCSP, no seu escopo mais amplo, deve proporcionar o alinhamento
entre os atos administrativos dos gestores com os interesses do cidadão obedecendo a princípios
básicos. O IFAC5 vê a GCSP como um mecanismo que identifica com rapidez os problemas
organizacionais. Ela viabiliza a implementação sistêmica de práticas de boa gestão que possibilitam
5
Estudo nº 13 do IFAC. O IFAC é a Federação Internacional de Contadores, voltada a proteger o interesse público por
meio do apoio à profissão de contador no mundo todo. Sítio: www.ifac.org
11
descobrir ou evitar fraudes nas instituições públicas, por meio do envolvimento dos atores que
participam do processo de governança (agentes públicos, empregados, auditores e demais interessados).
A estrutura de avaliação da GCSP proposta pelo IFAC envolve os seguintes princípios:
• A Abertura, necessária para garantir que as partes interessadas tenham confiança nos processos
decisórios e nas ações das entidades do setor público, no gerenciamento das suas atividades e
nos indivíduos que trabalham nelas. Estar aberto por meio de consultas significativas com as
partes interessadas e a comunicação de informação completa, precisa e límpida, leva à ação
efetiva e tempestiva, servindo de suporte ao devido escrutínio.
• A Integridade compreende uma relação direta e completa. É baseada na honestidade e na
objetividade, e nos altos padrões de propriedade e probidade no uso dos recursos públicos e
gerenciamento dos negócios da entidade. Ela depende da efetividade do arcabouço de controle
e dos padrões pessoais e profissionais dos indivíduos dentro da entidade. Está refletida tanto
nos procedimentos decisórios quanto na qualidade dos seus relatórios financeiros e de
desempenho.
• A prestação de contas com responsabilização6 é o processo por meio do qual as entidades públicas, e
os indivíduos que atuam nela, são responsabilizados pelas suas decisões e ações, incluindo o
bom uso dos recursos públicos e todos os aspectos de performance, e se submetem ao devido
escrutínio externo. É alcançada por todas as partes a partir de uma clara compreensão de suas
responsabilidades, e tendo claramente definidos os papéis por meio de uma estrutura robusta.
De fato, a prestação de contas é a obrigação de responder por uma responsabilidade que foi
conferida ao indivíduo.
• Equidade, o tratamento justo das partes interessadas. Atitudes ou políticas discriminatórias, sob
qualquer pretexto, são totalmente inaceitáveis.
• Responsabilidade Corporativa: Os agentes de governança devem zelar pela sustentabilidade das
organizações, visando à sua longevidade, incorporando considerações de ordem social e
ambiental na definição dos negócios e operações.
6
O termo inglês accountability não tem tradução direta para o português, pois envolve tanto a responsabilização do
agente quanto à prestação de contas.
12
Distinção de outros conceitos
O termo “Governança Corporativa” foi adotado de forma a não ser confundido com outros
conceitos. Para distingui-los, cabe definir conceitos correlatos, mas que não se sobrepõem à GC7:
7
Pereira (2010) apresenta a distinção dos conceitos de governabilidade e governança.
8
O Control Objectives for Information and related Technology – COBIT é um guia de boas práticas em Governança de
TI elaborado pela ISACA. Site: www.isaca.org.br
13
2. Sistema Gerencial de Governança Corporativa
A meta do atual planejamento estratégico 2011-2014 do TSE é “Consolidar a credibilidade da
Justiça Eleitoral, especialmente quanto à efetividade, transparência e segurança”. Para subsidiar essa
meta, foi instituído o Sistema Gerencial de Governança Corporativa – SGGC no Tribunal. Essas boas
práticas de Governança Corporativa fornecem um meio de monitoramento e avaliação para todos os
envolvidos – cidadãos, ministros, gestores, partidos políticos, candidatos, terceiro setor.
O Sistema Gerencial de Governança Corporativa foi ordenado a partir das seguintes dimensões:
Alinhamentos, Conformidades, Sustentabilidade, Estrutura e Processos:
Cada dimensão elenca uma série de categorias contendo os elementos constituintes da GC. As
dimensões adotadas são aquelas do livro Governança Corporativa - Um modelo brasileiro de Álvares et
al. (2008). As categorias e os elementos foram adaptados para as especificidades do Tribunal.
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A – Alinhamentos
O Planejamento Estratégico da Justiça Eleitoral deve ser instituído com vistas a cumprir a sua
missão institucional e alcançar sua visão de futuro. Pode ser adotada uma metodologia de
implementação e acompanhamento do planejamento estratégico, por exemplo, o Balanced Scorecard, com
dimensões adaptadas ao setor público.
O Código de Ética dos servidores do Tribunal Superior Eleitoral visa, especialmente, informar e
reafirmar as bases comportamentais que devem ser observadas pelos servidores.
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A.3 Alinhamento organizacional
A transição entre o final e o início da gestão do Tribunal deve atentar à ruptura de continuidade
do negócio. Para tanto, deve ser instituído formalmente um grupo de transição entre a nova e a antiga
gestão com vistas a alinhar as decisões organizacionais.
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C – Conformidades
C.1 Transparência
A divulgação destas informações tem previsão legal na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio
de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Ela foi modificada pela Lei Complementar nº 131, de 27 de
maio de 2009, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão
fiscal.
Nesse sentido, o Conselho Nacional de Justiça – CNJ determinou, por meio da Resolução nº
79, de 9 de junho de 2009, e da Resolução nº 102, de 15 de dezembro de 2009, que todos os órgãos do
Poder Judiciário deverão disponibilizar, em seus sítios na internet, informações sobre gestão
orçamentária e financeira, quadro de pessoal e respectivas estruturas remuneratórias, em ícone
intitulado Transparência.
Com o objetivo de dar plena transparência ao moderno processo eleitoral brasileiro, o Tribunal
deve disponibilizar dois grandes depósitos de dados e informações eleitorais: a página de estatísticas
eleitorais e o repositório de dados eleitorais.
A página de estatísticas eleitorais é dividida por eleições e possui diversas informações sobre o
eleitorado e o pleito em questão. Cuida-se de informações já prontas, obtidas pelo cruzamento de
diversos dados.
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Já o repositório de dados eleitorais é uma compilação de dados brutos das eleições, desde 1994,
voltada para pesquisadores, imprensa e cidadãos em geral que tenham interesse em analisar os dados de
eleitorado, candidaturas, resultados e prestação de contas das eleições.
Os detalhes sobre a atividade jurisdicional da Corte podem ser obtidos na página de Estatísticas
Processuais e de Julgamentos do Tribunal. Nesse endereço, o jurisdicionado pode consultar, dentre
outras informações, a quantidade de processos distribuídos e julgados, a quantidade de decisões
proferidas e de sessões de julgamento realizadas.
Ressalte-se que todos os processos que tramitam na Corte podem ser consultados no sítio de
Consulta Processual, com a íntegra das decisões proferidas e todos os andamentos processuais, de
forma atualizada.
Os projetos básicos e termos de referência com maior impacto e/ou complexidade para o
Tribunal devem ser sistematicamente divulgados e disponibilizados na página inicial do portal
www.tse.jus.br, para permitir que eventuais futuras licitantes apontem eventuais restrições de
competitividade ou exigências não normatizadas.
Cabe ao TSE a atribuição de emitir parecer técnico sobre os processos de prestação das contas
anuais da direção nacional dos partidos políticos. É possível acompanhar o andamento e as decisões
nos processos de prestação de conta anual dos partidos no sítio do TSE.
18
C.2.2 Prestação de contas e relação de processos eleitorais
A elaboração e entrega da prestação de contas de campanha à Justiça Eleitoral é feita por meio
do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE) e a regulamentação das eleições é editada em cada
pleito, conforme o calendário eleitoral do TSE.
Visando garantir mais transparência e publicidade nas eleições, o TSE disponibiliza informações
sobre os gastos e as arrecadações dos candidatos.
Art. 13. Os autos iniciais dos processos de contas serão constituídos das peças a seguir
relacionadas:
I. rol de responsáveis, observado o disposto no capítulo III do título II desta instrução normativa
e na decisão normativa de que trata o art. 4º;
II. relatório de gestão dos responsáveis, conforme conteúdos e formatos estabelecidos pelo
Tribunal na decisão normativa de que trata o art. 3º;
III. relatórios e pareceres de órgãos, entidades ou instâncias que devam se pronunciar sobre as
contas ou sobre a gestão dos responsáveis pela unidade jurisdicionada, consoante previsão em lei
ou em seus atos constitutivos, observados os formatos e os conteúdos definidos na decisão
normativa de que trata o art. 4º deste normativo;
IV. relatório de auditoria de gestão, emitido pelo órgão de controle interno, conforme formato e
conteúdo definidos na decisão normativa de que trata o art. 4º deste normativo;
O Relatório de Gestão a ser enviado ao Tribunal de Contas da União contém os principais fatos
daquele exercício, tais como, seu desempenho orçamentário e cumprimento de metas. Ele apresenta
inclusive a distribuição do fundo partidário
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Esse relatório é elaborado de acordo com as normas editadas pelo TCU e resulta de um esforço
conjunto de todas as unidades desta Corte, sob a coordenação da Assessoria de Gestão Estratégica. O
teor do relatório pode ser consultado na própria página do Tribunal de Contas da União.
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de
diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas
desses documentos.
[...]
Esses dados podem ser acessados pelo portal www.tse.jus.br no menu Transparência.
O Princípio da Legalidade versa que toda atividade administrativa deve ser autorizada por lei.
Destarte, todos os atos da Corte são, constantemente, objeto de controle de legalidade interno,
exercido pelas diversas unidades técnicas e jurídicas da Casa.
Trata-se de atividade contínua, ou seja, uma constante aderência dos atos administrativos à
legislação em vigor.
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S - Sustentabilidade
O TSE, preocupado com o desperdício de recursos e o impacto que as suas atividades causam
ao meio ambiente, estabeleceu a Comissão de Combate ao Desperdício e Apoio à Sustentabilidade -
CDAS, com as seguintes atribuições:
III - captar propostas, promover análise de viabilidade, propor e implementar ações que visem
ao uso racional de recursos materiais e naturais;
VI - implementar ações que promovam a gestão adequada de todos os resíduos gerados pelo
Tribunal;
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servidores, bem como à promoção do uso racional dos recursos naturais, buscando a qualidade
ambiental na gestão pública.
S.3 Ouvidoria
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E - Estrutura
E ainda:
Essa metodologia é direcionada a projetos corporativos – projetos que, por serem críticos e de
alto impacto para a instituição, necessitam de atenção da alta gestão –, mas é recomendada também
para projetos setoriais, podendo aproveitar as atividades internas das secretarias, destacadas nos fluxos.
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E.3 Auditoria
O relatório do controle dos atos de gestão deve ser prestado aos ministros do Tribunal. Dessa
forma, o Sistema Gerencial de Controle Interno e a Auditoria Interna devem estar diretamente
vinculados à Presidência. Deve-se evitar subordinar a auditoria interna à gestão do Tribunal (diretoria-
geral, secretaria) para garantir integralmente a segregação entre a execução e o controle.
A análise das rotinas administrativas adotadas em razão da gestão dos contratos celebrados pelo
Tribunal Superior Eleitoral deve ser objeto de controle pelo Tribunal. Isso possibilita a disseminação de
uma cultura de boa gestão administrativa.
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P - Processos
A Gestão de Processos tem como ponto central a reunião de tarefas ou atividades isoladas.
Inicialmente era vista como um procedimento para melhorar o desempenho organizacional.
a) planejamento;
b) projeto;
c) construção;
d) implementação;
e) utilização;
f) monitoramento;
g) identificação de melhorias e realização de ajustes.
Abordar por processos enseja apagar as fronteiras funcionais em prol da eficiência e eficácia,
privilegiando a satisfação do cliente. Gerir por processos significa desenvolver aprendizado
organizacional, conhecendo o fluxo das atividades, suas interfaces, entradas, saídas, insumos,
fornecedores e os requisitos para sua execução.
I) cadeia de valor;
26
P.1.2 Escritório de Gestão de Qualidade
A existência de uma organização justifica-se primordialmente pelo público ao qual ela atende.
Nesse contexto, o TSE busca adotar práticas de gestão da qualidade que visem ao atendimento das
necessidades do cidadão assistido pela Justiça Eleitoral, fazendo-o de modo eficiente. Tais práticas se
consolidam através de um Sistema de Gestão da Qualidade implantado em conformidade com os
requisitos da família de normas internacionais ISO 9000.
Assegurar a eficácia dos contratos administrativos é uma tarefa que requer ação padronizada e
harmônica nos diversos níveis que envolvem as contratações.
A fim de auxiliar os fiscais dos contratos no acompanhamento de sua execução, foi elaborado o
“Guia Prático de Fiscalização de Contratos Administrativos” contendo orientações e estabelecendo
práticas e rotinas entre as diversas áreas envolvidas, assegurando que o contrato cumpra o seu objetivo
primário, o de atender à necessidade da administração identificada quando da convocação do certame.
Um sistema de aplicação de sanções almeja inibir dano à Administração Pública e aos seus
administrados, causados pelo contratado, bem como melhorar a qualidade das contratações realizadas
pelo ente público na medida em que detecta fatos não previstos no termo de referência ou projeto
básico que ensejaram a contratação. Devem ser estabelecidos os procedimentos e regras gerais para
aplicação de penalidade em licitações e contratos, tornando o fluxo do processo mais célere e eficiente.
27
P.3 Avaliações
Essa avaliação identifica as competências que precisam ser desenvolvidas e aquelas das quais os
servidores já dispõem, aplicando o sistema informatizado como metodologia, no qual colher-se-á a
autoavaliação do servidor, a avaliação de seus pares (escolhidos aleatoriamente pelo sistema), do
superior imediato e dos subordinados, quando for o caso. Com isso, é possível identificar prioridades
de capacitação e desenvolvimento mais compatíveis com a necessidade premente.
A avaliação gerencial faz parte, portanto, de uma reestruturação gradativa e constante que tem
sido observada na Administração Pública. Implantada em 2009, a Avaliação Gerencial no TSE revela-se
de fundamental importância para o desenvolvimento dos gestores do Tribunal, pois permite que
recebam uma avaliação direta dos seus subordinados (feedback), além de realizar uma autoavaliação, o
que permite ao gestor refletir na sua atuação.
28
O TSE já completou 3 ciclos avaliativos que utilizaram a metodologia de avaliações de
subordinados imediatos de modo não identificável; avaliações realizadas pelo superior hierárquico do
gestor; e amostra de até 30% de avaliação dos subordinados mediatos, com diferenciação de pesos
entre os avaliadores. Apenas gestores e servidores com mais de três meses na lotação atual participam
do processo.
Considerando seu papel como área estratégica que deve planejar e conduzir a formação de
gestores do Tribunal, a Secretaria de Gestão de Pessoas utiliza os insumos fornecidos pela Avaliação
Gerencial para embasar a construção do Programa de Formação de Lideranças, que é realizado
anualmente.
Essa iniciativa faz parte de um conjunto de ações que visam desenvolver competências e
fortalecer os valores essenciais aos líderes que atuam na instituição, e que tem como pilar a avaliação
gerencial, instrumento atualmente utilizado para identificar necessidades e mensurar o impacto das
ações realizadas.
Nas organizações os líderes podem ser considerados peças-chave. São agentes transformadores,
responsáveis pela implementação de melhorias e de mudanças. Bons líderes mantêm as equipes
motivadas, cada vez mais comprometidas com o negócio, gerando assim bons resultados.
O TSE tem implantado desde 1999 diversas ações educativas proporcionando aos líderes
ferramentas e modelos avançados em gestão que lhes permitam analisar seu contexto de atuação, rever
seus modelos mentais e garantir resultados para a organização.
Todas as ações são planejadas e estruturadas com foco no desenvolvimento das seguintes
competências gerenciais:
a) comunicação;
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b) planejamento estratégico;
c) tomada de decisão;
d) orientação para resultados;
e) gestão de pessoas e liderança.
Com essa nova política, pretende-se valorizar e aproveitar o capital humano do TSE, bem como
criar desafios àqueles servidores que se destacam em suas unidades pela visão sistêmica, inovação,
proatividade, facilidade de comunicação, mobilização de pessoas e orientação para resultados.
Os servidores, então denominados de trainees, são indicados pelo gestor da área e passam por
um processo de seleção com diversas fases: análise curricular, entrevista individual, dinâmica de grupo e
estudo de caso.
Ao final, realiza-se avaliação dos trainees sob vários aspectos: gerencial, pelos membros da
equipe, pelos coaches que os acompanham, pelo Escritório Corporativo de Projetos e autoavaliação.
Além disso, a frequência em cada atividade também é considerada. Os participantes avaliam o projeto
Escola de Gestão e suas diversas atividades, apontando os pontos fracos e fortes, e fazendo sugestões
de melhoria. Dos participantes, cerca de 20% já foram nomeados para posições de liderança.
30
P.4. Governança em Tecnologia de Informação
Desse modo, os gestores e a alta administração devem ser responsáveis pelos processos de
gestão de risco e controle de TI da organização, conduzindo os investimentos realizados na área a ações
que agreguem valor e segurança aos serviços prestados pela instituição.
31
3. Avaliação
Foi estabelecida uma métrica única para todos os elementos da Governança Corporativa:
Nota 3 O elemento já existe formalmente, mas ainda não está gerando os resultados
esperados.
Nota 4 O elemento funciona e está sendo eficaz na consecução dos objetivos a que foi
designado.
Tendo em vista tratar-se de uma avaliação ordinal, e não cardinal, decidiu-se não adotar
nenhuma metodologia de indicador que sintetize a situação atual. Porém, o Controle Interno deve
elaborar constantemente gráficos que representem a avaliação atual da Governança Corporativa no
órgão.
O gráfico mais atual está disponível no portal www.tse.jus.br , menu transparência, no álbum da
página de Governança Corporativa do TSE. Intuitivamente, quanto maior a área obscurecida em
relação à totalidade do radar apresentado, melhor o nível da Governança Corporativa no Tribunal.
32
4. Referências
AKERLOF, George A. "The Market for 'Lemons': Quality Uncertainty and the Market Mechanism".
Quarterly Journal of Economics, 84 (3): 488-500. The MIT Press, 1970.
BERLE, Adolf A. & MEANS Gardiner C. The Modern Corporation and Private Property. 1932.
FAMA, Eugene & JENSEN, Michael. The Separation of Ownership and Control. Journal of Law and
Economics, Vol. XXVI, June 1983. Disponível em:
http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=94034
JENSEN, Michael C. & MECKLING, William H. Theory of the Firm: Managerial Behavior,
Agency Costs and Ownership Structure. Journal of Financial Economics, outubro, 1976, V. 3, Nº 4,
p. 305-360. Disponível em: http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=94043
TIMMERS, Hans. Corporate governance in the public sector,why and how? in: 9th fee Public
Sector Conference. Netherlands, 2000. Disponível em:
http://www.ecgi.org/codes/documents/public_sector.pdf
33
Anexo I - Painel do Sistema Gerencial de Governança
Corporativa
Categoria
Dimensão Elemento
A.2.1 Valores
A.2 Alinhamento de conduta
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