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19ªEXPANDIDO
RAIB 199/056 345
Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, Av. Cons. Rodrigues Alves,
1252, CEP 04014-002, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: kiyota@biologico.sp.gov.br
RESUMO
ABSTRACT
*Bolsista CNPq/PIBIC.
**Bolsista FAPESP.
protein fractions, which exhibited Ki values varying from 1.2 to 69.2 mg.mL-1 and from 0.6
to 27.7 mg.mL-1 for trypsin and chymotrypsin inhibitions, respectively. These samples
were not capable of inhibiting papain activity. These results provided new insights to
probable mechanism of toxic action of So seed protein fractions, in which serinoproteases
inhibitors could act as antinutritional factors and/or by protecting the toxic components
against proteolitic enzymes in the digestive tract of animals.
KEY WORDS: Senna occidentalis, proteases inhibitors, seed proteins, enzymatic assays, in-
vitro detection.
Neste estudo, foi investigada a presença de prová- Soluções estoque da quimotripsina 1,0 mg/mL e
veis inibidores de serino-proteases (tripsina, azocaseína 0,4% foram preparadas em TE (Tris-HCl
quimotripsina) e papaína (cisteíno-peptidases) nos 0,05M, pH 7,5 + CaCl2 0,02M). As reações de inibição
extratos protéicos de sementes de Senna occidentalis (So). foram realizadas pela pré-incubação da mistura de
Os resultados preliminares deste trabalho estão solução de quimotripsina (0,1 mg/mL – 10 mL) com
mostrados a seguir e fornecem evidências sugestivas as frações de So diluídas em TE (10 – 50 mL), por
de um provável mecanismo de ação para as ativida- 15min, 37º C. Após a incubação, foram adicionados
des tóxicas das frações protéicas de So observadas 200 mL de azocaseína 0,2% em TE e a mistura
nos animais. reacional com volume final de 0,5 mL foi incubada
por mais 30min, 37º C. A reação foi interrompida pela
adição de TCA 10% (150 mL). A mistura reacional foi
MATERIAIS E MÉTODOS centrifugada e os sobrenadantes foram neutralizados
pela adição de NaOH 0,25 mol.L-1 (150 mL). As
Materiais absorbâncias foram medidas em comprimento de
onda de 440 nm. Para o cálculo das velocidades das
Extrato bruto protéico de Senna occidentalis (EB) e reações enzimáticas (mmol.L-1.min-1) foram conside-
suas frações obtidas através da precipitação rados a variação DA440 em 30 min de reação e o coefi-
fracionada com sulfato de amônio (F25, F50, F75). ciente de extinção molar dos produtos da azocaseína
As enzimas tripsina, quimotripsina e papaína bem e/NaOH = 32-38 mol.L-1.cm-1.
como os substratos N-abenzoil-DL-arginina-r-
nitroanilida (BAPNA) e azocaseína. Ensaios de cinética e inibição de Papaína
Os ensaios de inibição de papaína empregando a
Métodos azocaseína como substrato foram realizados como
descrito a seguir. A solução de papaína 0,2 mg/mL
Ensaios de cinética e inibição de Tripsina em TE (Fosfato 0,25M, pH 6,0) foi incubada com uma
Os ensaios de atividade da tripsina, na ausência solução ativadora (SA) (EDTA 2mM + DTT 3mM) por
ou na presença de inibidor, foram realizados empre- 10 min, 37ºC. Em seguida, foram adicionadas as fra-
gando: soluções estoque de tripsina (E) 5,0 mg/mL ções de So (10 – 50 mL) diluídas em TE a um volume
em tampão de enzima (TE) (Tris-HCl 50 mmol.L-1, pH final de 400 mL e a mistura foi incubada por mais
7,5, em presença de CaCl2 20 mmol.L-1) e de BAPNA 10min, 37º C. Após a incubação, foram adicionados
100 mM em dimetilsulfóxido (DMSO). 10 mL da solu- 200 mL de azocaseína 0,2% em TE e a mistura
ção de tripsina 0,1 mg/mL (correspondente a 1 mg de reacional com volume final de 0,7 mL foi incubada
enzima) foram pré-ativadas em 450 mL TE, na ausên- por mais 10 min, 37ºC. A reação foi interrompida pela
cia de inibidor ou na presença de frações de So em adição de TCA 10% (150 mL). A mistura reacional foi
concentrações variadas (10 – 50 mL), pela incubação centrifugada e os sobrenadantes foram neutralizados
a 37ºC por 10 min. 140 mL de diferentes concentra- pela adição de NaOH 0,25 mol.L-1 (150 mL). As
ções de BAPNA (0,25 a 3,2 mmol.L-1) e 200 mL DMSO absorbâncias foram medidas em comprimento de
25%/TE foram adicionadas aos tubos contendo onda de 440 nm. As velocidades das reações
tripsina ativada e a mistura reacional em volume fi- enzimáticas (mmol.L-1.min-1) foram calculadas como
nal de 0,5 mL foi incubada por mais 15 min a 37ºC. A no método anterior, considerando a variação DA440
reação enzimática foi interrompida com a adição de em 30 min de reação e o coeficiente de extinção
solução de ácido acético 30% (AcOH 30%) e as molecular dos produtos da azocaseína e/NaOH =
absorbâncias do produto formado (p-nitroanilina) 32-38 mol.L-1.cm-1.
foram medidas no comprimento de onda de 410 nm.
As velocidades das reações enzimáticas expressas Determinação das constantes de inibição
em mmol.L-1.min-1foram calculadas pela equação de enzimática (Ki)
Lambert Beer considerando a variação DA410 em 15 min Os valores de Ki foram calculados pelas seguintes
de reação e o coeficiente de extinção molar da p- fórmulas:
nitroanilina e/Tris-HCl = 7680 mol.L-1.cm-1. Os valo-
res de Km e Vmáx da tripsina foram determinados [I ]
Kiapp
através dos gráficos de Michaelis-Menten e duplo-recí- vo vi
proco de Lineweaver-Burk. vi
Tabela 1 - Resultados da inibição da tripsina pelo extrato bruto So (EB) e frações da precipitação com sulfato de amônio
(F25, F50, F75).
Inibidor (I) Concentração Tripsina BAPNA vi (mmol/L.min) Ki app* Ki **
Protéica (μg) (mmol/L) (μg/mL) (μg/mL)
(μg/mL)
EB 49,0 1,0 0,75 0,85 109,3 69,2
F25 1,9 1,0 0,75 0,61 1,8 1,2
F50 7,1 1,0 0,75 0,44 3,9 2,6
F75 14,3 1,0 0,75 0,33 5,3 3,4
PMSF 10,0 1,0 0,75 < 103 < 10-3 < 10-3
*Kiapp= constante de inibição aparente considerando: [I] = concentração protéica do inibidor na reação (mg /mL); vo
= velocidade inicial na ausência do inibidor (mmol.L-1.min-1); vi = velocidade da reação na presença do inibidor
(mmol.L-1.min-1).
**Ki = constante de inibição calculada considerando: Km = 1,38 mmol.L-1; Vmax = 2,45 mmol.L-1.min-1; S = 0, 75
mmol.L-1
Tabela 2 - Resultados da inibição da quimotripsina pelo extrato bruto So (EB) e frações da precipitação com sulfato de
amônio (F25, F50, F75).
Inibidor (I) Concentração Quimotripsina Azocaseína vi (mmol/L.min) Ki app* Ki **
Protéica (μg) (%) (μg/mL) (μg/mL)
(μg/mL)
EB 35,0 1,0 0,2 0,47 31,7 27,7
F25 5,1 1,0 0,2 0,48 4,8 4,2
F50 1,4 1,0 0,2 0,34 0,7 0,6
F75 10,3 1,0 0,2 0,48 9,4 8,2
PMSF 10,0 1,0 0,2 0,48 9,1 8,0
*Kiapp= constante de inibição aparente considerando: [I] = concentração protéica do inibidor na reação (mg/mL); vo =
velocidade inicial na ausência do inibidor (mmol.L-1.min-1); vi = velocidade da reação na presença do inibidor (mmol.L-
1
.min-1).
**Ki = constante de inibição calculada considerando: Km = 1,37%; Vmax = 1,99 mmol.L-1.min-1; S = 0,2%.
PINTO, F.C.R.; LOMBARDO, M.; MARTINS, A.M.C.R.P.F.; 2006, Águas de Lindóia. Resumos. Águas de
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