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Experimentos Química na Cabeça 1

Água, água em todo lugar...

...e nem uma gota para beber. Você já se imaginou no meio do oceano em um barquinho à deriva? Mais água
do que dá para imaginar, e toda ela salgada. Não se preocupe, vamos dar um jeito nisso.

MATERIAL

Sal

Água filtrada

Garrafa PET de 2 litros

Tesoura

Fita Adesiva

Filme plástico transparente

MÃOS A OBRA

Corte a garrafa PET de 2 l perto do topo. Encha a garrafa até cerca de um quarto de sua altura com água
filtrada. Para deixar a água mais parecida com a água do mar, dissolva uma colher de sopa de sal. Tampe a
garrafa com o filme transparente de modo a vedar bem todo o topo, fixando-o com a fita adesiva. Coloque a
garrafa no sol por algum tempo. O que você nota na superfície do filme transparente? Abra a garrafa
cuidadosamente e experimente os líquidos no topo e no fundo da garrafa.

Para pensar

Onde ficou o sal que estava na água?

O que acontece

A água do mar contém um número muito grande de compostos dissolvidos, principalmente o cloro (19,4
g/L) e o sódio (10,8 g/L). Juntos eles formam o sal que usamos na cozinha, o cloreto de sódio. Outros
elementos encontrados na água do mar em menor proporção incluem o magnésio (1,3 g/L), o enxofre (0,9
g/L), o potássio (0,4 g/L), o cálcio (0,4 g/L) e o bromo (0,07 g/L), além de quantidades minúsculas de quase
todos os outros elementos. Ao dissolvermos esta quantidade de sal em água preparamos uma "água do mar"
caseira. Ao ficar exposta ao sol e ser aquecida, a água evapora, ou seja, passa lentamente para o estado de
vapor. Quando chega no topo da garrafa o vapor d'água condensa, voltando ao estado líquido e formando
pequenas gotas. Estas gotas vão aumentando de tamanho até pingarem de volta para o fundo da garrafa. O
sal dissolvido na água não passa para o estado gasoso quando a água evapora, e permanece dissolvido na
água no fundo da garrafa. A água que se condensou no topo da garrafa recebe o nome de água destilada. Se
você pudesse achar uma maneira de recolher esta água, você poderia matar sua sede no meio de um oceano
de água salgada.
Preparando água destilada

Agora vamos modificar o experimento para podermos recolher um pouco de água destilada.

Material

Água

Corante alimentício

Chaleira

Panela de metal pequena

Gelo

Frasco com tampa

Fogão ou outra forma de aquecimento

Mãos a obra

Coloque cerca de um copo de água com algumas gotas de corante para ferver na chaleira. Quando a água
estiver fervendo, aproxime do bico da chaleira uma pequena panela contendo gelo no seu interior. Observe o
que ocorre do lado de fora da panela com gelo. Recolha a água destilada, inclinando a panela com geloe
colocando um frasco bem embaixo de onde as gotas comegarema pingar. Recolha cerca de meio copo de
água destilada.

Tome cuidado para interromper a destilação antes que toda a água da chaleira acabe.

Guarde a água destilada para o próximo experimento.

O que acontece

A água destilada recolhida após o vapor d'água se condensar na superfície fria da panela é incolor. O corante,
como o sal no experimento anterior, não passa rara o estado de vapor e permanece na chaleira. Mas será que
a água que você recolheu é "pura"? Bom, aí depende do que você chama de água pura. A água de torneira ou
mesmo a filtrada contém materiais dissolvidos como o cloro (ou hipoclorito de cálcio) usado para matar
bactérias. E a água mineral? Se você acha que esta, sim, é que é pura, dê uma olhada no rótulo de uma
garrafa de água mineral e confira alista de substâncias dissolvidas. Compare esta lista com rótulos de águas
minerais de outras marcas, provenientes de outras fontes e locais bem diferentes. À medida que a água
percorre seu caminho até chegar nas fontes, ela irá dissolver uma pequena quantidade de um grande número
de compostos. Na linguagem da ciência, um material puro é aquele que é constituído de apenas uma única
substância. Água (ou qualquer outro material) 1oo% pura é algo que não existe, embora possamos, com
muitos cuidados, chegar bem perto disso.
Aquecendo a água

Vamos verificar se a água destilada é tão pura assim.

Material

Água destilada

Fogão ou lamparina ou outra fonte de calor

Panela pequena

Mãos à obra

Aqueça a água destilada lentamente. Observe cuidadosamente, mas não deixe a água ferver.

Para pensar

Do que são formadas as pequenas bolhas antes da água que aparecem muito começar a ferver? Como os
peixes respiram dentro da água? Por que os aquários grandes têm borbulhadores de ar?

O que acontece

Muito antes da água ferver, nós podemos observar pequenas bolhas se formando, principalmente nas paredes
da panela. A água destilada praticamente não tem mais sal, corante ou outros sólidos dissolvidos. No entanto,
ao ficar exposta à atmosfera, ela lentamente vai dissolvendo os gases contidos no ar. Embora em quantidade
pequena, os gases presentes na atmosfera irão se dissolver na água e os peixes respiram o oxigênio presente
no ar dissolvido na água. Borbulhando ar na água, repomos o oxigênio consumido pelos peixes e bactérias
aeróbicas presentes na água do aquário. Quando aquecemos a água, fazemos com que o ar dissolvido saia,
formando as pequenas bolhas que você observou.
Fervendo a água

Material

Copo de papel ou uma forma de papel para empadas

Balão de borracha (usado em festas de aniversário)

Fio de cobre rígido encapado

Mãos à obra

Parte A - Coloque água no copo de papel até cerca de 1/3 do seu volume. Construa um suporte para o copo
com o fio de cobre rígido, conforme a figura a seguir. Acenda a vela e aqueça o copo de papel diretamente na
sua chama. Observe e mantenha o aquecimento até a ebulição da água.

Parte B - Coloque um pouco de água em um balão de borracha, infle o balão e dê um nó na sua boca. Acenda
um fósforo e use-o aquecer balão diretamente abaixo da parte que contém para o tempo, pois ele água.
Observe. Não aqueça o balão por muito tempo, pois ele pode estourar.

Para pensar

O que aconteceria com o balão ou com o copo de papel se houvesse ar e não água no seu interior? Se você
tem alguma dúvida, faça o experimento!

O que acontece

Ao se aquecer a água sua temperatura vai progressivamente aumentando. Ao entrar em ebulição, entretanto,
a temperatura para de aumentar, fica constante. Isto quer dizer que todo o calor fornecido à água pela chama
está sendo gasto para que ela entre em ebulição e não para elevar sua temperatura. As moléculas de água têm
fortes interações com suas vizinhas, interações que precisam ser rompidas para que a água entre em ebulição.
A temperatura na qual a água entra em ebulição, ao nível do mar, é 100° C, enquanto houver água líquida no
interior do copo. A temperatura necessária para que o papel queime ´r cerca de 230°C. Quando aproximamos
um fósforo aceso de um balão com ar ele estoura imediatamente. Quando ele contém água, o calor da chama
é absorvido pela água, evitando que a borracha amoleça e o balão estoure.
Fervendo a água na seringa.

Material

Seringa descartável

Água

Panela pequena

Fogão ou outra fonte de aquecimento

Mãos à obra

Coloque um pouco de água na panela e aqueça-a até cerca de40-50 °C. Para saber se a temperatura está
correta, basta observar atentamente a água e parar o aquecimento quando surgirem as primeiras bolhas de ar
no fundo da panela. Puxe um pouco de água (cerca de um quinto do volume da seringa) para dentro da
seringa, tomando o cuidado de não deixar entrar nenhuma bolha de ar. Caso você tenha algumas bolhas de ar
dentro da seringa, coloque a seringa na vertical com o bico para cima, bata levemente nas suas paredes e
aperte o êmbolo da seringa até que elas saiam completamente. Imediatamente tampe a ponta da seringa
comum dedo e puxe o êmbolo para trás, com força, mas sem retirá-lo completamente da seringa. O que você
observa? Solte o êmbolo e observe. Repita o procedimento algumas vezes.

Para pensar

É possível fazer com que a água ferva a uma temperatura menor do que 100 °C? O que você está fazendo ao
puxar o êmbolo da seringa?

O que acontece

A temperatura necessária para que a água entre em ebulição(ferva) ao nível do mar é 100 °C. Como é
possível então que a água tenha entrado em ebulição a uma temperatura tão mais baixa? Ao puxarmos o
êmbolo da seringa fechada estamos diminuindo a pressão no interior da seringa. Ao diminuirmos a pressão
estamos tornando a ebulição da água mais fácil. Por ebulição nós entendemos o estado em que bolhas de
vapor podem se formarem qualquer ponto do líquido. O vapor dentro destas bolhas exerce uma certa pressão
na água à sua volta. Quando aquecemos a água a uma temperatura inferior à sua temperatura de ebulição, as
bolhas de vapor não conseguem se for pela pressão atmosférica. Ao atingirmos a temperatura de ebulição, as
bolhas de vapor d'água se tornam estáveis pois sua pressão interna (pressão de vapor) se torna igual à pressão
externa (pressão da atmosfera) e as bolhas conseguem sair de qualquer parte do líquido. É por isso que a
água entra em ebulição a uma temperatura menor do que 100 °C em locais elevados. Quanto maior a altitude,
menor será a pressão atmosférica, e mais fácil será fazer a água entrar em ebulição.

Será que isto quer dizer que você poderia cozinhar seu macarrão muito mais rapidamente colocando a água
morna e o macarrão em uma grande seringa e puxando seu êmbolo? Ou talvez levando sua panela e fogueira
para o monte Everest? Infelizmente não é tão fácil. Apesar de água ferver a uma temperatura mais baixa
quando a pressão é menor para cozinharmos o alimento o que nós queremos é uma temperatura mais alta.
Com a temperatura mais alta, podemos acelerar os processos que ocorrem durante o cozimento seria
aumentar a pressão sobre a água. Desta forma, a maneira mais inteligente de cozimento seria aumentar a
pressão sobre a água. E isto que ocorre quando usamos uma panela de pressão. A panela de pressão foi
inventada por Denis Papin, em 1679. Na panela de pressão, a dentro da panela se torna maior que a
atmosférica e, portanto, a temperatura necessária para a ebulição da água se torna maior que 100°C Por
exemplo, se a pressão dentro da panela for o dobro da pressão atmosférica ao nível do mar (2 atmosferas), a
água irá ferver a 120°C. Quando a pressão se torna muito grande o pino no centro da tampa se levanta,
deixando o vapor sair. Em resumo, na panela de pressão gastamos mais tempo para ferver a água que em
uma panela aberta, porém o cozimento dos alimentos será mais rápido pois a temperatura que conseguimos
atingir é maior.
Qual dos dois é água?

Será que o sal irá mudar o comportamento da água?

Material

2 tubos de ensaio pequenos

2pregadores ou garras para tubo de ensaio

Fogão ou outra forma de aquecimento

Água

Sal de cozinha

Mãos a obra

Marque os dois tubos de ensaio, de forma a poder reconhece-los. Coloque água em um dos tubos de ensaio
até um terço de sua altura. Prepare uma solução concentrada de sal em água, dissolvendo 2 colheres de sopa
de sal em meio copo de água, coloque esta solução de sal no outro tubo até a mesma altura. Usando os dois
pregadores, aqueça os dois tubos lentamente movendo-os sobre a chama, de modo que os dois tubos recebam
a mesma quantidade de calor. Tome cuidado para não apontar a boca do tubo na direção de ninguém.

Inicie o aquecimento dos dois tubos ao mesmo tempo e continue até a ebulição da água. Tenha um suporte
para tubos de ensaio ou um copo à mão para deixar os tubos esfriando após o experimento.

Para pensar

Por que os liquidos nos dois tubos de ensaio ferveram em tempos diferentes? Você saberia dizer qual dos
tubos tem sal qual tem água sem provar o líquido?

O que acontece

Temperatura de ebulição da água é aproximadamente 100°C (como vimos anteriormente, ela depende da
pressão atmosférica). A mesma quantidade de calor está sendo fornecida aos dois tubos de ensaio. O fato de
que a água sem sal ferveu mais rapidamente indica que atingimos sua temperatura de ebulição mais
rapidamente. Isto mostra que a presença do sal na água causou um aumento na sua temperatura de ebulição.
Quando dizemos que a temperatura de ebulição da água é 100 nos referimos a água pura. Se temos outras
substâncias dissolvidas na água, elas irão alterar as suas propriedades, incluindo a ebulição. Será que a gente
conseguiria cozinhar mais rápido alimentos usando água salgada em vez de usar uma panela de pressão? Na
verdade, a quantidade de sal necessária para elevar o ponto de ebulição da água uns poucos graus tornariam a
comida salgada demais. Se fizermos a água usada para cozinhar um macarrão tão salgada quanto a água do
mar (adicionando cerca de 3 colheres de sopa cheias de sal por litro de água), o ponto de ebulição só iria
subir 0,6 °C. Este aumento iria economizar muito pouco tempo ao se cozinhar o macarrão. Ao colocar o sal
na água quando eia está quase fervendo, temos a impressão de que ela começa a ferver mais rapidamente. O
que ocorre é que os grãos de sal estão funcionando como pontos em que as bolhas de vapor se formam mais
facilmente. Estes pontos que facilitam a formação de bolhas são chamados de sítios de nucleação, pois
servem de núcleos, ou centros, ao redor dos quais as bolhas se formam.
Fórmula 1 da evaporação

Uma corrida diferente entre dois líquidos. Quem chegará na frente?

Material

Bolinhas de algodão

Água

Álcool

Acetona

Glicerina

Quadro negro ou qualquer superfície plana lisa

Mãos à obra

Vamos trabalhar com os líquidos aos pares. Tente trabalhar em um lugar sem correntes de ar. Molhe uma das
bolinhas de algodão com água e uma outra com álcool. Não coloque liquido demais, os pedaços de algodão
não devem ficar pingando. Tome o cuidado de testar se a superfície que você pretende usar não será afetada
pelos líquidos. A acetona pode retirar a tinta ou estragar o acabamento de alguns plásticos. Segurando uma
das bolinhas de algodão em cada mão trace duas linhas verticais no quadro negro usando os pedaços de
algodão para molhar a superfície. Observe o que ocorre com o passar do tempo. Repita agora com outros
dois líquidos, comparando o que ocorre com cada um deles. Se você quiser observar bem de perto você pode
usar hastes flexíveis de algodão e traçar o seu "autódromo" em uma superfície plana na horizontal.

Para pensar

Qual dos líquidos secou primeiro? Coloque os líquidos em ordem crescente do tempo que levou para eles
secarem. Como foi que a água secou à temperatura ambiente se sabemos que sua temperatura de ebulição é
100°C?

O que acontece

Os líquidos secaram através deu um processo chamado evaporação. Este processo é bem diferente da
ebulição que vimos anteriormente. precisa chegar a 100°C para que a água evapore. Quando aumentamos a
temperatura de um material, aumentamos a velocidade média com que suas moléculas se movimentam, mas
para qualquer temperatura nós temos uma distribuição de velocidades e, portanto, de energias, entre as
moléculas. Algumas moléculas na superfície de um liquido tem energia suficiente para escapar e entrar na
fase gasosa. É isto que chamamos de evaporação. No caso da ebulição, quase todas as moléculas, em

qualquer parte do líquido, possuem a energia necessária para passar para a fase gasosa. Líquidos diferentes
terão temperaturas de ebulição diferentes e terão uma maior ou menor tendência para evaporar de acordo
com esta temperatura. As temperaturas de ebulição seguem a seguinte ordem crescente: acetona (56,2 C)
<álcool etílico (78,5 °C) água (100 °C) glicerina (se decompõe antes de ferver, a 290 °C) e esta é a ordem na
qual eles evaporam. Quando um líquido evapora facilmente, dizemos que ele é volátil.
A nuvem na garrafa

Material

Frasco de vidro de boca larga incolor

Água

Fósforo

Balão de borracha

Elástico

Ou

Água

Bomba de encher bola com bico

Garrafa Pet de 2 litros

Rolha de cortiça (que encaixe bem na garrafa Pet de 2 litros.

Mãos à obra

Coloque água no frasco até um quinto de sua altura. Corte um balão de borracha de modo que você consiga
fechar completamente o frasco, mantendo o balão bem esticado. Use o elástico para prender o balão esticado
sobre a boca do frasco. Deixe o frasco fechado e parado com a água por uns quinze minutos. Abra o frasco e
acenda um palito de fósforo no seu interior, de modo que a fumaça produzida permaneça lá dentro. Agora
feche imediatamente o frasco com o balão e prenda-o com o elástico. Force o balão para dentro do frasco
com sua mão e segure esta posição por alguns segundos. Rapidamente solte o balão e observe o que acontece
no interior do frasco. Aperte o balão novamente. O que ocorre? Uma outra maneira de produzirmos uma
nuvem na garrafa é usarmos uma garrafa PET de 2 Le uma bomba dessas de encher bolas de futebol.
Coloque um pouco de água na garrafa PET, cerca de meio copo. Encaixe o bico da bomba em uma rolha de
modo que a ponta atravesse completamente a rolha. Tome cuidado para que o encaixe fique bem vedado.
Encaixe o bico na bomba e a rolha na garrafa PET. Agora bombeie ar para dentro da garrafa segurando
firmemente na junção entre a garrafa e a rolha para que ela não se solte. Bombeie até sentir que a garrafa está
bem dura e que está ficando mais difícil continuar a bombear. Rapidamente solte a rolha da boca da garrafa e
observe o seu interior.

Para pensar

Para que acendemos o fósforo dentro do frasco? Você observa alguma coisa se não houver fumaça no
frasco? Tente! De onde veio o vapor que se condensou? Por que ao apertarmos o balão a névoa desaparece?

O que acontece
Para que nuvens se formem na natureza, são necessários vários elementos. Um deles é a umidade do ar, a
quantidade de vapor d'água que ele contém. Nós obtivemos um ar úmido fechando o frasco com a água por
algum tempo, pois um pouco da água evapora e passa para o ar, ficando retido no frasco. Quando apertamos
o balão, estamos aumentando a pressão dentro do frasco. Isto causa um pequeno aumento na temperatura no
interior do frasco. Quando retiramos a mão, que está pressionando o balão, diminuímos a pressão e a
temperatura cai. Quando isto ocorre a água se condensa, formando uma névoa de gotículas de água. Quando
apertamos novamente o balão, a pressão e a temperatura aumentam novamente e a nuvem desaparece
completamente. Note que isto nada tem a ver com quanta água o ar consegue manter na fase gasosa, uma
explicação errônea que às vezes é apresentada em relação ao fenômeno da formação de nuvens. O ar é uma
mistura de gases e a água condensa ou evapora sem nenhuma interferência dos outros gases presentes no ar.
Quanta água permanece na fase gasosa e quanta irá se condensar depende da temperatura e de outros fatores,
mas nunca de um certo limite que o ar teria para o vapor d'água. A fumaça do fósforo foi colocada para que
as gotículas de água pudessem ter algum lugar para começarem a se condensar. Após algum tempo estas
partículas irão para o fundo do frasco. Estes pontos que facilitam a condensação da água são chamados de
sítios de nucleação, pois eles agem como núcleos ou centros para as gotas. Na natureza as gotículas de água
em uma nuvem se formam em torno de partículas de poeira. A medida que mais e mais vapor d'água se
condensa ao redor destas partículas a gota cresce, até o ponto em que ela fica pesada o suficiente para cair: lá
vem chuva! Quando usamos a bomba aumentamos muito mais a pressão dentro da garrafa do que no caso do
balão sobre a boca do frasco. O resultado é uma queda mais brusca na temperatura no interior da garrafa e
podemos perceber a formação da nuvem mesmo sem usarmos a fumaça do palito de fósforo.
Reciclando uma lata

Vamos preparar uma lata de refrigerante para manda-la para a reciclagem

Material

Lata de alumínio de refrigerante

Água

Pinça ou garra capaz de segurar a lata

Tigela de vidro

Fogão ou outra fonte de calor

Mãos à obra

Coloque água na tigela até aproximadamente três quartos de sua altura. Adicione um pouco de água na lata,
suficiente para cobrir o seu fundo. Usando a garra, segure a lata e aqueça-a diretamente na chama, até a
ebulição da água. Observe o que ocorre quando a água entra em ebulição. O que é aquela névoa saindo da
boca da lata? Quando uma grande quantidade desta névoa estiver saindo pela boca da lata, inverta está na
tigela contendo água, de forma que a boca da lata fique submersa. Uôa! Aposto que você não esperava por
isto...

Para pensar

Qual é a temperatura que a água chegou ao ferver? O que foi que amassou a lata? O que foi que você viu
saindo da boca da lata? O que aconteceria se usássemos uma lata de paredes grossas e rígidas?

O que acontece

O vapor d'água é absolutamente invisível. Aquilo que observamos como uma névoa ou neblina saindo da
boca da lata ou de uma chaleira são gotículas de água formadas pela condensação do vapor d'água no ar. As
nuvens no céu, a névoa observada ao se sair de um chuveiro quente ou ao se respirar em um dia bem frio não
são formadas por água no estado de vapor, e sim no estado liquido, na forma de pequenas gotas que
podemos.

No início a lata contém água e ar. Quando a ebulição começa, vapor d'água preenche a lata, expulsando parte
do ar. Quando a lata é colocada na tigela, ela se resfria rapidamente e o vapor no

interior da lata se condensa. O volume ocupado no estado líquido (após a condensação) é muito menor do
que o volume ocupado no estado gasoso. Esta drástica diminuição no volume deixa um grande espaço vazio
na lata, ou seja, faz com que a pressão interna da lata diminua. Como a pressão externa fica muito maior que
a interna, a pressão atmosférica comprime as paredes, esmagando a lata rapidamente. Quando colocamos
uma lata de alumínio para reciclar podemos amassá-la para que ela ocupe menos espaço. Desta forma irão
caber mais latas no ponto de coleta. Caso se usasse uma lata de paredes rígidas, a diferença de pressão não
seria suficiente para amassar a lata. Neste caso, a água da tigela iria entrar na lata ocupando o espaço
anteriormente ocupado pelo vapor.
O gelo é transparente?

Material

Água

Tubo plástico cilíndrico usado para guardar filme fotográfico (peça nas lojas que revelam filme)

Filme plástico transparente

Fogão ou outro meio de aquecimento

Mãos à obra

Ferva uma pequena quantidade de água (medindo com o tubo, use duas a três vezes o volume do tubo).
Mantenha a água fervendo por cinco minutos, pelo menos. Transfira a água fervida ainda quente para o tubo,
enchendo-o até o topo e imediatamente cubra-o com um pedaço de filme plástico transparente. Não deixe
ficar nenhuma bolha de ar entre o filme plástico e a água. Deixe a água esfriar tampada, até voltar à
temperatura ambiente. Encha um outro tubo de filme com água da torneira. Mantenha este tubo aberto.
Coloque os dois tubos no congelador até o dia seguinte. Retire os tubos do congelador e observe. Espere um
pouco até parte do gelo derreter e retire os dois cilindros de gelo dos tubos.

Para pensar

Qual é a diferença mais visível entre os dois pedaços de gelo? Por que o gelo normalmente é mais
esbranquiçado no centro do que nas extremidades? Se você colocar dois pratos, um com água 6 °C e outro
com água a 50 °C no congelador, qual deles congelará primeiro?

O que acontece

O gelo formado com água da torneira não fervida apresenta várias bolhas e uma aparência esbranquiçada.
Estas bolhas contêm ar, que fica dissolvido na água. Ao resfriarmos a água, este ar fica preso no gelo,
separando-se, entretanto, em pequenas bolhas.

Como a água congela de fora para dentro, lentamente, o ar dissolvido permanece na parte líquida, se
separando do gelo que vai se formando ao seu redor. Dessa forma, quando toda a água se congela, o ar fica
preso no centro do cilindro de gelo.

Ao contrário, o gelo formado com a água fervida fica completamente transparente. O aquecimento elimina
completamente o ar dissolvido na água. Ao colocarmos o filme plástico transparente evitamos que o ar
presente na atmosfera volte a se dissolver na água enquanto ela esfria.

Por mais incrível que possa parecer, um prato contendo água a uma temperatura maior irá congelar primeiro
que o contendo água mais fria. A resposta está na evaporação. A água quente perde calor para o ambiente de
dois modos, pelo contato com o ar e as paredes do congelador, que estão a uma temperatura menor, e pela
evaporação. São as moléculas com maior energia que conseguem escapar do líquido e evaporar, deixando
para trás as que possuem menor energia. Além disso o prato com água perde

massa à medida que a água evapora, e aquele que perde mais massa, mais rapidamente, leva menos tempo
para congelar. O fato da água esfriar quando parte dela evapora é o que explica por que a sopa esfria quando
sopramos. Ao soprar nós facilitamos a evaporação pois retiramos o vapor d'água logo acima do liquido.
Qual derrete primeiro?

Material

2 copos plásticos de 250 mL

Corante alimentício

2 tigelas de vidro de 1L

Sal de cozinha

Água

Mãos à obra

Coloque a mesma quantidade de água em dois copos plásticos 250 mL. Adicione algumas gotas de corante a
cada copo e coloque-os no congelador por algumas horas. Coloque a mesma ade de água nas duas tigelas.
Em uma das tigelas vá adicionando, aos poucos, sal de cozinha, mexendo com uma colher, até que você não
consiga mais dissolver completamente o sal. Ao terminar você terá preparado uma solução saturada de sal
em água. Coloque simultaneamente um bloco de gelo colorido em cada uma das tigelas. Arrisque uma
previsão: em qual das tigelas o gelo irá derreter primeiro? Deixe o sistema parado por alguns minutos. O que
ocorreu com o líquido em cada tigela? Retire os dois blocos de gelo da água, e compare os seus tamanhos.

Para pensar

Qual dos blocos de gelo ficou menor? Como é que o gelo derrete?

O que acontece

À medida que os blocos de gelo com corante fundem, o corante se espalha pela água líquida. No caso da
tigela contendo apenas água, a água fria proveniente da fusão do gelo é mais densa que a água à temperatura
ambiente, indo para o fundo da tigela e empurrando a água do fundo da tigela para cima. Este movimento
vertical da água com densidades diferentes devido a uma diferença de temperatura é chamado uma corrente
de convecção. Desta forma o corante se espalha por toda a água na tigela e o gelo funde mais rapidamente,
pois existe uma troca de calor mais eficiente. Já no caso da solução saturada de sal, a água proveniente da
fusão do gelo é menos densa, formando uma camada no topo da solução salina. O resultado é que o bloco de
gelo fica cercado por água muito fria e demora mais para fundir, já que a corrente de convecção não pode
funcionar neste caso. Portanto água contendo muito sal (alta salinidade) ou com baixa temperatura tende a ir
para o fundo, pois nestes dois casos a densidade é maior. A água contendo menos sal ou mais aquecida tende
a ficar nas camadas superiores. É assim que a água se organiza nos mares e oceanos, em camadas que estão
em constante movimento. As correntes marinhas são causadas pela ação do vento, da rotação do planeta e do
sol, que aquece as camadas superiores da água, causando correntes de convecção. Estas correntes são
responsáveis pela dispersão de nutrientes entre as diversas camadas.
Gelo e sal

Material

Gelo

Sal grosso

Copo

2 sacos plásticos de tamanhos diferentes, com fecho

Copinho descartável para café (de 50 mL)

Água

Mãos à obra

Quebre o gelo em pequenos pedaços. Você pode usar um liquidificador ou enrolar os cubos de gelo em um
pano velho e bater com um objeto pesado. Coloque um copo cheio de gelo moído no saco plástico grande.
Encha o mesmo copo com sal e adicione-o aos poucos no saco grande, misturando bem ao gelo moído.
Continue misturando até que todo o gelo tenha derretido. Coloque um pouco de água (um copinho
descartável para café cheio) no saco plástico pequeno, feche-o e coloque-o dentro do saco maior contendo a
mistura de gelo e sal assim que ela tiver derretido. Aguarde alguns minutos e observe o interior do saco
menor.

Para pensar

Quando colocamos sal no gelo estamos facilitando ou dificultando a sua fusão? Por que a água congelou no
saco pequeno se tudo que havia ao seu redor era água com sal?

O que acontece

Ao colocarmos sal no gelo estamos abaixando a sua temperatura de fusão. Isto quer dizer que em vez de
fundir (derreter) quando a temperatura externa é maior do que O °C ele pode fundir a uma temperatura mais
baixa, por exemplo a —5 °C. Em termos práticos isto quer dizer que o gelo com sal derrete muito mais
facilmente que o gelo puro. E por que então a temperatura ao redor do gelo cai tanto? Para que o gelo derreta
é preciso que ele receba calor de algum lugar. Se você deixar um cubo de gelo em cima de uma mesa ao ar,
ele irá derreter pois o ar e a mesa irão transferir calor para o gelo, que está a uma temperatura muito mais
baixa. Como consequência a temperatura da mesa e do ar irá cair. Se você colocasse este mesmo cubo ao ar
na Sibéria ou no Alasca no inverno ele iria "se sentir" perfeitamente em casa e permanecer bem sólido, pois a
temperatura do ar lá permanece bem abaixo de O °C. Ao misturarmos o sal no gelo ele derrete mais
rapidamente e "rouba" calor do ambiente e a temperatura cai mais que no caso do gelo puro. O saco pequeno
com água está cercado por água a uma temperatura abaixo de O °C e congela após um tempo. Por isso nos
países frios se joga sal nas rodovias e calçadas para derreter a neve. O sal permite que a neve derreta mais
facilmente em contato com o ar frio.
Preparando Sorvete

Material

Suco de fruta de sua preferência

Leite condensado

Gelo

Sal de cozinha

Sacos plásticos de tamanhos diferentes, com fecho

Luvas de borracha

Mãos à obra

Misture em um copo quantidades iguais do suco de frutas e do leite condensado. Coloque esta mistura em
um saco plástico pequeno (você pode encontrar sacos plásticos compridos usados para se preparar sorvete no
congelador).

No saco plástico grande coloque um ou dois copos de gelo moído e meio copo de sal de cozinha e feche o
saco plástico bem, retirando o ar de seu interior. Coloque as luvas de borracha para proteger suas mãos do
frio. Misture bem a mistura de sal e gelo, amassando com as mãos o saco plástico. Coloque o saco pequeno
contendo os ingredientes dentro do saco maior. Ajuste o saco pequeno de forma que ele esteja
completamente mergulhado no gelo. Retire o excesso de ar do interior e feche o saco plástico grande.
Amasse o saco plástico, misturando bem os ingredientes dentro do saco pequeno. Quando o material dentro
do saco pequeno estiver com a consistência de sorvete, retire e lave por fora o saco pequeno. Corte um dos
cantos do saco contendo o sorvete e experimente a sua criação.

Para pensar

Por que precisamos misturar bem os ingredientes do sorvete enquanto ele esfria?

O que acontece

Ao misturarmos o gelo e o sal, nós novamente abaixamos a temperatura da mistura até que ela ficasse abaixo
de O °C. Isso faz com que a água dos ingredientes do sorvete congele. O segredo para um bom sorvete é
conseguir que os cristais de gelo formados sejam os menores possíveis. Devemos misturar os ingredientes
durante o congelamento para obtermos um sorvete cremoso, com cristais de gelo bem pequenos. Ao se
congelar, a água se separa dos outros materiais da mistura. Você já deve ter observado isso ao chupar um
picolé e notar que todo o corante se dissolve e só resta o gelo incolor.
Criando neblina

Material

Gelo

Sal de cozinha

Latas de tamanhos diferentes

Mãos à obra

Arrume duas latas sem tampa, uma maior que a outra. Ao se colocar uma dentro da outra ainda deve sobrar
algum espaço ao redor da lata menor. Prepare uma mistura de quantidades iguais de sal e gelo. Coloque a
mistura na lata maior ao redor da lata menor. Complete todo o interior da lata maior com a mistura de gelo e
sal. Agora assopre próximo da abertura da lata menor. O que você observa?

Para pensar

Por que conseguimos observar uma névoa quando respiramos em um dia bem frio?

O que acontece

Ao misturarmos o gelo e o sal, nós novamente abaixamos a temperatura da mistura até que ela ficasse abaixo
de O °C. Isso faz com que o ar no interior da lata menor fique bem frio. Quando o ar contendo vapor d 'água
encontra o ar frio, o vapor se condensa em pequenas gotículas, formando uma nuvem. Caso o ar esteja frio o
suficiente, poderíamos congelar as gotículas de água. Neste caso os pequenos cristais de gelo formam
belíssimos flocos de neve. Uma das características mais interessantes dos cristais de neve é que todos eles
têm formas diferentes. A probabilidade de se encontrarem dois cristais de neve exatamente iguais é muito,
muito baixa, praticamente zero. Isto se deve à maneira como os cristais se formam em diferentes
temperaturas e condições atmosféricas.
Cortando gelo

Material

1 pedaço de gelo

2 pesos iguais (por ex duas latas de refrigerante cheia de areia)

Fio de nylon ou cobre bem fino

Pedaço de madeira

2 latas iguais

Mãos à obra

Apoie um pedaço de madeira em duas latas. Coloque o Cubo d e a madeira. Amarre os dois pesos nas pontas
de um fio de cobre bem fino, e coloque o fio sobre o gelo, de modo que os pesos fiquem soltos no ar.
Observe o que ocorre após um certo tempo.

O que acontece

Quando colocamos o fio com os pesos sobre o gelo ele atravessa o bloco de gelo, mas este permanece em um
só pedaço. Ao derreter o gelo o fio vai descendo, porém, a água sobre ele congela novamente, um processo
chamado de regelo. Este é o processo que às geleiras se moverem lentamente, uma vez que as camadas p
adas inferiores vão derretendo sob o peso das camadas superiores. Talvez você já tenha ouvido falar que
quando se patina sobre o gelo é a pressão do patinador sobre o gelo que faz o gelo derreter, permitindo que o
patim deslize sobre a sua superfície com muito pouco atrito. A pressão aí seria o peso do patinador dividido
pela pequena área da lâmina do patim. Uma vez que o gelo é menos denso que a água, um aumento na
pressão leva a uma diminuição no volume, derretendo o gelo. Embora esta seja a explicação mais simples
sobre a patinação no gelo, ela não está totalmente correta. É verdade que um aumento de pressão leva a uma
redução no ponto de fusão do gelo, mas este efeito é muito pequeno e é preciso uma pressão de 120
atmosferas para reduzir o ponto de fusão da água em apenas 1 °C. Uma vez que se patina no gelo mesmo
quando a temperatura está muito abaixo de zero, deve haver uma outra explicação para este fenômeno. A
explicação mais aceita pelos cientistas hoje é a de que a superfície do gelo é diferente do seu interior. No
interior do cubo de gelo as moléculas de água estão rodeadas de outras moléculas de água com as quais
podem interagir. Já as moléculas de água da superfície do gelo só podem interagir com as moléculas de água
da camada abaixo, pois não existem moléculas de água acima delas para formar interações. O resultado é que
as moléculas de água na superfície do gelo se parecem mais com água no estado líquido, estando mais
"soltas" e são capazes de se tornarem líquidas a uma temperatura menor do que a temperatura de fusão do
gelo. Esta camada desordenada, com características de líquido, tem apenas algumas moléculas de espessura a
baixas temperaturas e vai se tornando mais espessa à medida que a temperatura aumenta. O fenômeno é
conhecido como “fusão superficial”.
Gelo na bebida

Material

2 copos transparentes

Água

Álcool etílico (álcool comum)

Gelo preparado com água contendo corante alimentício

Mãos à obra

Prepare uma forma de gelo com água contendo várias gotas de corante alimentício, até se obter uma cor
intensa. Prepare dois copos enchendo-os até a metade, um com água e outro com álcool etílico. O álcool
etílico é inflamável. Ao manipulá-lo, certifique-se de que não existem chamas nas proximidades.
Coloque um cubo de gelo em cada copo e observe. Adicione um pouco de água ao copo contendo o gelo em
álcool. Continue adicionando a água aos pouquinhos até observar alguma mudança.

Para pensar

Quando colocamos um cubo degelo na água a maior parte dele está dentro ou fora da água?

O que acontece

A água é um líquido muito interessante, possuindo diversas propriedades que fogem ao senso comum. Uma
destas propriedades é o fato de no estado sólido ser menos densa do que no seu estado líquido. A densidade
da água líquida é 1,00 g/cm3 e a do gelo, 0,92 g/cm3. Apesar disso, estamos tão acostumados a ver cubos de
gelo flutuando em bebidas que raramente pensamos nisso. Pela diferença de densidade entre o gelo e a água
podemos calcular que são necessários apenas 92% do volume do gelo para igualar a massa de água que ele
desloca. Desta forma 92% do volume do gelo ficam abaixo da superfície da água e 8%, acima da superfície.
No caso de um pequeno cubo isto não faz tanta diferença, mas no caso de um iceberg, urna enorme
montanha de gelo, saber que aquilo que vemos é apenas uma pequena porcentagem do seu tamanho pode ser
muito importante (como o capitão do Titanic percebeu, tarde demais...).

Ao colocar o cubo de gelo no álcool etílico percebemos que ele afunda. Isto ocorre porque o álcool é menos
denso que o gelo, possuindo uma densidade de cerca de 0,79 g/cm3. O que ocorre com a densidade do álcool
ao adicionarmos água? Uma vez que estamos adicionando um componente mais denso que o álcool, a
densidade da mistura irá aumentar. Quando a densidade da mistura atingir 0,92 g/cm3 o gelo irá possuir a
mesma densidade do líquido e poderá ficar flutuando no meio do líquido. Um pequeno aumento na
densidade do líquido ao se colocar mais água fará com que ele e na superfície da mistura.
Normal ou dietético?

Material

1 lata de refrigerante normal, fechada

1 lata de refrigerante dietético, fechada

1 jarra alta ou aquário

Água

Seringa

Mãos à obra

Encha a jarra ou aquário com água. Faça uma previsão: o que irá acontecer quando colocarmos a lata de
refrigerante normal na água? Irá afundar ou flutuar? E a lata de refrigerante dietético? Coloque a lata de
refrigerante normal na água e observe o que ocorre. Em seguida, coloque a lata de refrigerante dietético no
aquário e veja o que acontece. Você acertou suas previsões? Coloque a lata de refrigerante normal na água
novamente, porem desta vez coloque-a lentamente, na posição vertical com a tampa pra cima. O que você
nota? Com a lata debaixo d’água, coloque um pouco de ar na parte curva embaixo da lata usando a seringa.
O que ocorre agora ao se soltar a lata?

Para pensar

Podemos descobrir se algo flutua apenas olhando para seu tamanho ou volume? O que será que uma lata
contém e a outra não, que as faz se comportarem de maneira diferente?

O que acontece

As latas de refrigerante apresentam um comportamento diferente quando colocadas na água. A lata de


refrigerante normal afunda e a lata de refrigerante dietético flutua. As latas são idênticas, apresentando o
mesmo volume. Como vimos anteriormente, objetos só irão flutuar se tiverem uma densidade menor que a
da água. Podemos dizer que as latas têm densidades diferentes, uma maior e a outra menor que a da água. As
latas devem ter então massas diferentes, com a lata de refrigerante normal tendo uma massa maior. O
responsável pela maior massa na solução do refrigerante normal é o açúcar dissolvido. Nos refrigerantes
dietéticos o açúcar é substituído por alguns miligramas de adoçante sintético (geralmente o aspartame,
conforme indicado nos rótulos da lata). A massa de açúcar dissolvida no refrigerante normal pode ser
estimada pela diferença das massas nas duas latas, uma vez que todos os outros componentes são
praticamente os mesmos. Mesmo no caso do refrigerante dietético o valor da densidade do líquido é maior
que o da água no aquário.

Entretanto, a lata de refrigerante dietético flutua devido ao gás carbônico (dissolvido e presente acima do
líquido na lata), que possui uma densidade muito menor que a da água. Quando colocamos uma bolha de ar
na parte inferior da lata de refrigerante normal, ela flutua. Como a densidade do ar é muito menor que a da
água, a densidade média do conjunto "ar mais lata" torna menor que a densidade da água, e a lata flutua. É a
presença de ar que explica a flutuação de imensos navios de aço. Embora eles pesem muitas toneladas, seu
volume está quase que totalmente preenchido por ar, diminuindo a densidade do navio.
Sobe-e-desce químico

Material

2 copos transparentes

Água

Comprimido antiácido efervescente

Uvas-passas (ou pedaços de macarrão cru ou bolinhas de naftalina)

Mãos à obra

Coloque água no copo até cerca de 2/3 do seu volume. Coloque unia uva-passa (ou um pedaço de
macarrão cru ou uma bolinha de naftalina) na água e observe. Caso você use uma bolinha de naftalina,
evite tocar a bolinha com as mãos. Adicione o comprimido antiácido e observe o que ocorre com o material
que você colocou na água. Observe bem e tente descobrir como os pequenos objetos se movimentam.
Você pode tentar repetir a experiência usando um refrigerante ou água com gás.

Para pensar

Será que a uva-passa irá parar? E se ela parar, onde ela vai ficar, no fundo ou no topo do copo?

O que acontece

A uva-passa, o pedaço de macarrão ou a bolinha de naftalina afundam no copo contendo água pois têm
uma densidade maior que a da água. Ao adicionarmos o comprimido efervescente notamos a produção de
um gás. O gás liberado pelo comprimido é o gás carbônico. Se você observou bem de perto a experiência,
deve ter notado que pequenas bolhas deste gás ficam presas na superfície rugosa da uva-passa (ou dos
outros materiais). Mas por que a uva-passa sobe e desce? A densidade do gás carbônico é muito menor
que a da água. As bolhas de gás que se prendem à uva-passa fazem com que a densidade média do
conjunto uva-passa + bolhas de gás fique menor que a da água. Ao chegar ao topo do copo as bolhas se
desprendem da uva-passa que volta a ficar mais densa que a água e afunda. O processo se repete por um
bom tempo, enquanto houver bolhas de gás que levem a uva-passa até o topo. No fim, a uva-passa retorna
ao fundo do copo, pois o gás tende a se soltar da sua superfície.
1+1 é sempre 2?

Material

Copo transparente de 250mL

Água

Álcool etílico (álcool comum)

Funil

Garrafa PET de 600mL ou frasco transparente alto e estreito (frasco de xampu, por exemplo)

Caneta hidrográfica ou para retroprojetor

Mãos à obra

Faça uma marca próxima ao topo de um copo com a caneta de retroprojetor. Encha o copo com água até a
marca. Transfira cuidadosamente toda a água para o frasco ou garrafa, usando o funil. Marque no frasco o
nível da água com uma linha horizontal Coloque mais um copo de água no frasco e marque novamente o
nível da água. Esvazie o frasco completamente. Agora coloque um copo de água seguido por um copo de
álcool, sempre tornando cuidado para que as medidas sejam o mais parecidas possível com as anteriores. O
álcool etílico é inflamável. Ao manipulá-lo certifique-se de que não existem chamas nas proximidades.
Tampe bem o frasco e inverta-o várias vezes para misturar os dois líquidos O que aparece no interior do
frasco? Repare agora se o nível do líquido da garrafa continua na marca de dois copos.

Para pensar

De onde vêm as bolhas que aparecem quando misturamos a água e o álcool? Por que o líquido "encolheu"?

O que acontece

A água e o álcool apresentam densidades diferentes. Uma mistura de água e álcool terá sempre uma
densidade intermediária entre a da água e a do álcool (entre 0,8 e 1,0 g/cm3). Se temos urna mistura com
volumes iguais de álcool e água nós podíamos esperar uma densidade igual a 0,9 g/cm3. Afinal, se temos 1
copo de álcool (que pesa 200 g) e 1 copo de água (que pesa 250 g) teríamos 450 g em 500 cm3, e, portanto, a
densidade seria 0,9 g/cm3. Mas quando fazemos a medida verificamos que a densidade fica em torno de 0,94
g/cm3. Se a densidade da mistura fosse igual à média das densidades dos líquidos, os volumes seriam
aditivos e teríamos dois copos da mistura. A densidade final é maior que a média das densidades. Como a
massa não pode ter aumentado do nada, então o volume diminuiu, como nós observamos. As moléculas de
água e álcool se rearranjaram e, na média, a distância entre elas diminuiu, daí a contração •no volume. As
bolhas que aparecem ao misturarmos a água e o álcool contêm ar no seu interior. Este é o ar que estava
dissolvido na nos líquidos separados. água e no álcool. A solubilidade do ar na mistura é menor do que nós
líquidos separados.
O tubo em U misterioso

Material

1 tudo de vidro em forma de U ou mangueira transparente flexível

Conta-gotas

Álcool

Água

Azul de metileno ou outro corante solúvel em água.

Mãos à obra

Prepare uma solução contendo uma certa quantidade de um corante (por exemplo, azul de metileno) em
água, de forma a de obter uma cor intensa. Prepare em outro recipiente uma solução contendo a mesma
quantidade de corante em álcool, de forma que esta apresente a mesma intensidade de cor que a solução
aquosa. Coloque a água colorida no tubo em U. Você pode preparar um tubo em U usando uma mangueira
transparente flexível e prendendo as pontas na posição com um barbante ou arame. Note que a altura dos
líquidos nos dois lados do tubo é igual. Adicione em um dos braços do tubo a mesma quantidade de álcool
colorido, tomando muito cuidado para não agitar o conteúdo do tubo. O que você observa? Você pode
refazer a experiência preparando um segundo tubo da mesma forma, porém adicionando um corante azul à
água e um corante vermelho ao álcool. Coloque a água colorida de azul no tubo em U e acrescente o álcool
colorido de vermelho, cuidadosamente, em um dos lados do tubo. Agora fica bem mais fácil entender o que
está acontecendo. Mostre a seus amigos o primeiro tubo e veja se eles adivinham o que está acontecendo.
Depois mostre o segundo tubo com cores diferentes e explique o mistério do tubo em U.

Para pensar

Poderíamos ter colocado o álcool primeiro e depois a água? Tente!

O que acontece

Ao adicionar o álcool, você deve ter notado que os níveis dos dois lados do tubo em U ficaram diferentes.
Isto é devido às diferentes densidades da água (d = 1,0 g/mL) e do etanol (d = 0,79 g/mL). É muito difícil
perceber a separação entre os dois líquidos, pois estes se encontram coloridos com a mesma intensidade.
Quando usamos corantes diferentes percebemos que os líquidos não se misturam imediatamente. Na verdade,
se você deixar o tubo parado, irá levar vários dias para que o álcool e a água se misturem completamente. A
altura de um líquido em um tubo em U aberto à pressão atmosférica deve ser igual em ambos os lados. Neste
caso, temos dois líquidos de densidades diferentes. O tubo em U funciona como uma balança, onde a massa
do líquido no lado esquerdo é igual à massa do líquido no lado direito. Se nós traçarmos uma linha passando
pelas duas colunas verticais do tubo em U, poderemos enxergar melhor isto (veja a figura). As massas do
álcool e da água que estão sobre a linha são iguais. Já os volumes são diferentes, pois temos cilindros de
mesma base e alturas diferentes. Note que a interface entre os dois líquidos não está no centro do tubo em U.
A bolinha obediente

Material

Frasco alto e estreito de plástico transparente ou vidro

Açúcar

Água

Bolinhas de naftalina

Mãos à obra

Dissolva cerca de quatro colheres de sopa cheias de açúcar em meio copo de água. Agite bem até que todo o
açúcar se dissolva. Coloque esta solução no frasco até metade de seu volume (prepare mais solução se
necessário). Em seguida, adicione água (sem açúcar) lentamente, de modo que ela escorra pela parede do
frasco, até encher o frasco. Evite agitar o frasco para que os líquidos não se misturem muito. Coloque uma
bolinha de naftalina no frasco e observe. Evite tocar nas bolinhas de naftalina com as mãos. Repita a
experiência colocando um corante na solução de açúcar e enchendo o frasco com água cuidadosamente corno
antes. Coloque a bolinha de naftalina rio frasco novamente e observe. Mostre esta experiência para seus
amigos, dizendo que você possui o total controle sobre as bolinhas de naftalina, que obedecem a todas as
suas ordens. Ao colocar a bolinha no frasco aponte para o local onde ela deve parar e diga para a bolinha
parar exatamente ali. Eles vão ficar surpresos com o que ocorre. Não deixe de explicar o que ocorreu para
sua plateia!

Para pensar

O que acontecerá com o sistema após alguns dias? À medida que o tempo passa, a bolinha de naftalina deve
subir ou descer?

O que acontece

A bolinha de naftalina flutua exatamente na interface entre a água pura e a solução concentrada. A densidade
da bolinha de naftalina é menor que a da solução concentrada de açúcar, porém maior que a da água. Você
pode tentar este experimento usando um ovo cru ou um pedaço de batata no lugar da bolinha de naftalina. A
solução de açúcar irá se misturar muito lentamente com a água acima, tornando-se mais diluída e, portanto,
menos densa. Se a solução resultante for ainda mais densa que a naftalina, a bolinha irá subir. Caso contrário,
ela irá descer.
Gotas flutuantes

Materiais

Água

Álcool etílico (álcool comum)

Óleo vegetal de cozinha ou azeite de oliva

Frasco estreito transparente

Mãos à obra

Pegue um frasco transparente que seja bem estreito e comprido. Um frasco plástico de xampu pode servir
bem para isso. Coloque água até a metade do frasco. Cuidadosamente, como no experimento anterior,
coloque o álcool sobre a água, evitando ao máximo que eles se misturem. Usando um conta-gotas ou uma
colher de chá, deixe cair algumas gotas de óleo vegetal no frasco. O que acontece? Coloque no mesmo frasco
umas gotas de azeite de oliva, que apresenta uma coloração diferente do óleo vegetal.

O que acontece

Ao colocarmos o álcool cuidadosamente sobre a água evitamos que eles se misturem. Como ambos são
incolores fica muito difícil dizer onde está a separação entre a camada de álcool e a de água. Ao
adicionarmos o óleo de cozinha ou o azeite observamos que ele irá se posicionar exatamente na fronteira
entre estas duas camadas, formando gotas perfeitamente esféricas. Isto ocorre porque a densidade do óleo é
menor que a da água, porém maior que a do álcool. As gotas formadas são esféricas pois devido à tensão
superficial do óleo esta forma geométrica é aquela na qual temos a menor área superficial em relação ao
volume. Ou seja, as gotas de óleo mantêm o menor número possível de moléculas de óleo expostas à água.
Um ponto deve ser esclarecido, entretanto, sobre a interação entre o óleo e a água. Normalmente se usa o
termo hidrofóbico para se denominarem substâncias que, como o óleo, são imiscíveis com a água. Isto pode
dar a impressão aos mais incautos de que as moléculas de óleo e de água se repelem umas às outras, o que é
completamente falso! Na verdade, uma molécula de água atrai uma molécula de óleo muito mais fortemente
do que duas moléculas de óleo se atraem. Para perceber melhor isto, pense em uma gota de óleo caindo em
um copo com água. Não fique aí só pensando, faça o experimento! Enquanto ela está caindo através do ar a
gota é esférica, pois as moléculas de óleo se atraem e novamente o óleo minimiza o número de moléculas
que não estão rodeadas por outras moléculas de óleo. Ao tocar na superfície da água, no entanto, o óleo se
espalha. Você acha que o óleo faria isso se ele repelisse a água de alguma forma? O óleo se espalha e
maximiza suas interações com a água. E por que então o óleo não se dissolve de uma vez ria água? Para que
isto aconteça o óleo teria de ficar entre moléculas vizinhas de água. As moléculas de água têm interações
muito mais fortes entre elas do que com moléculas de óleo. Desta forma o óleo não consegue se dissolver na
água. Às vezes se chega até a atribuir emoções às moléculas de água e óleo, como por exemplo: "a água não
gosta do óleo" ou "a água prefere ficar com a água". Muito embora o mundo seria um lugar superinteressante
se a água, o óleo ou qualquer outra substância tivessem preferências; até onde nós sabemos, isto não é o que
acontece. Como estamos vendo, não existe necessidade de dar vida às moléculas para explicar o que ocorre,
ou para tornar o nosso mundo um lugar fascinante.
Camadas de líquidos

Materiais:

1 Frasco cilíndrico alto, transparente e com tampa

Xarope de milho ou mel

Óleo vegetal

Álcool contendo algumas gotas de corante alimentício de outra cor

Objetos pequenos de materiais diversos: bolinha de gude, bolinha de metal, pedaço de vela, bolinha de
naftalina, rolha de cortiça.

Mãos à obra

Coloque no frasco o xarope de milho ou mel. Adicione, uma quantidade semelhante de água contendo umas
gotas de corante, escorrendo-a pelas paredes do frasco. Adicione a mesma quantidade de óleo vegetal por
cima da água com corante e, cuidadosamente, adicione o álcool contendo algumas gotas de corante por cima
do óleo. Coloque pequenos objetos como bolas de gude, pedaços de plástico, rolhas de cortiça, etc. no
cilindro e observe. Em que camada cada objeto flutuou?

Para pensar

Por que os objetos param em camadas diferentes? Os líquidos irão eventualmente se misturar? Poderíamos
ter usado uma outra ordem para a adição dos líquidos? Tente!

O que acontece

Duas propriedades das substâncias estão envolvidas aqui: a solubilidade e a densidade. Líquidos que não se
misturam entre si são chamados de imiscíveis. Neste caso apenas o óleo vegetal é imiscível com a água, e
assim a ordem de adição dos líquidos é importante para que estes não se misturem. Eventualmente, o xarope
irá se dissolver na água, porém o processo é muito lento. Já o álcool não se mistura com a água, pois a
camada de óleo separa os dois liquidos. O que aconteceria se o cilindro fosse invertido? Tampe-o e tente! Ao
inverter o cilindro você irá perceber que o álcool e a água se misturam, formando uma única fase. Os
liquidos foram colocados na ordem decrescente de suas densidades, com o xarope de milho tendo a maior e o
álcool a menor densidade de todos os líquidos. Os objetos sólidos irão flutuar apenas em um líquido que
apresente uma densidade maior que a sua.
A lâmpada de lava

Material

Álcool etílico (álcool comum)

Água

Óleo vegetal (de soja, milho, etc.)

Garrafa de vidro incolor (500 a 600 mL)

Lata de refrigerante de alumínio

Lâmpada de 60W com soquete e fiação para ligar na tomada

Máos à obra

Prepare a "lava" colocando o óleo vegetal na garrafa até cerca de um quinto de sua altura. Adicione o álcool
etilico sobre o óleo vegetal. Vá adicionando água ao álcool etilico aos poucos, misturando bem estes dois
líquidos. Quando você notar que o óleo está prestes a subir, pare de adicionar água. Você pode perceber que
o ponto foi alcançado olhando a curvatura da interface entre o álcool e o óleo. Quando houver uma grande
curvatura na interface (voltada para baixo) você alcançou o ponto ideal. Se o óleo flutuar, é porque você
passou do ponto. Coloque mais álcool aos poucos para que o óleo volte para o fundo.

Coloque a lâmpada de 60 W no soquete e ligue todos os fios. Tome o cuidado de usar uma fita isolante nas
conexões. Para evitar choques, só ligue o fio na tomada após todas as conexões estarem feitas e isoladas. Não
use uma lâmpada com uma potência maior, pois um aquecimento muito intenso pode quebrar a garrafa de
vidro. Prepare um suporte para a garrafa usando a lata de refrigerante. Para isto, corte o topo e o fundo da
lata e coloque-a sobre a lâmpada. Ajuste a garrafa e a lâmpada de forma que o fundo da garrafa fique
próximo do topo da lâmpada, sem encostar nesta. Ligue a lâmpada e aguarde até que o fundo da garrafa se

aqueça. O que ocorre com o líquido dentro da garrafa?

O que acontece

As lâmpadas de lava são objetos que fazem parte da cultura pop dos anos de 1970 e são associadas aos
hippies e ao psicodelismo da época. Embora os componentes da lâmpada de lava comercial sejam
patenteados, podemos obter um efeito muito semelhante Com materiais bem simples, como descrito neste
experimento. Embora seja menos denso que a água (densidade 1,0 g/cm), o óleo vegetal (por exemplo, o óleo
de soja, densidade 0,91 g/cm) é mais denso que o álcool etilico puro (densidade - 0,79 g/cm). Ao
misturarmos o álcool com a água, podemos ajustar a densidade desta mistura para que ela fique muito
próxima do óleo de soja. Ao aquecermos a parte inferior da garrafa, fazemos com que o óleo vegetal fique
menos denso que a mistura água-álcool e, deste modo, ele sobe formando grandes esferas de óleo. Ao chegar
na parte superior da garrafa o óleo esfria, tornando-se novamente mais denso que a mistura e desce ao fundo
da garrafa. O ciclo se repete por um longo tempo. Isto nos mostra que a densidade de um líquido depende de
sua temperatura.
O submarino

Material

1 garrafa de plástico flexível PET, incolor.

Água

Conta-gotas de vidro ou canudinho de plástico

Clipes de metal.

Mãos à obra

Encha a garrafa de plástico com água até o topo. O submarino pode ser construído a partir de um conta-
gotas. No caso de se usar um conta-gotas de vidro, este deve ser preparado colocando-se água no seu interior
e ajustando-se a quantidade de água até ele flutue no meio ou na parte superior da garrafa cheia d'água. Você
pode construir um submarino muito simples usando um canudinho de plástico e alguns clipes de metal.
Dobre o canudinho no meio e prenda as duas pontas com os clipes.Coloque o canudinho na garrafa. O
submarino deve estar quase completamente submerso. Corte as pontas do canudinho e prenda-o novamente
com os clipes até que ele esteja na posição correta. Você pode também adicionar mais clipes nas pontas do
canudinho. Coloque seu submarino na garrafa e feche bem a tampa. Agora aperte os lados da garrafa com
sua mão. O que ocorre? Solte a garrafa e observe o que ocorre com o submarino.

Para Mostrar

Você pode dizer aos seus amigos que após muito tempo você conseguiu treinar o seu submarino muito bem,
e ele é capaz de obedecer a todos os seus comandos. Toda vez que você pede ao conta-gotas que ele afunde,
ele afunda (com uma pequena ajuda da sua mão em volta da garrafa). Da mesma maneira toda vez que você
pede a ele que flutue, ele flutua (após você parar de apertar a garrafa). Repita a brincadeira com seus amigos
até que eles percebam o truque e então explique a eles o que está ocorrendo.

O que acontece

Se você observar bem de perto o que está acontecendo ao submarino quando você aperta a garrafa, irá notar
que um pouco de água entra no submarino e ele afunda. Quando soltamos a garrafa esta água sai e ele flutua.
Ao se apertar a garrafa aumentamos a pressão sobre o gás presente no interior do submarino, diminuindo o
seu volume e fazendo com que a água entre no submarino. Desta forma a densidade do objeto aumenta,
fazendo com que ele afunde. Ao se diminuir a pressão na garrafa o processo se reverte e o submarino volta a
flutuar. O principio envolvido é semelhante ao que ocorre em um submarino de verdade. No caso do
submarino real, a densidade (e port futuaçáo da embarcação) é controlada por bombas que admitem ou
expelem água ("lastro").
Sempre cabe mais um

Material

Água

Conta-gotas

Pote de plástico pequeno

Bacia rasa com altura menor que o pote

Moedas ou outros objetos pequenos

Detergente

Agulha ou tampa de caneta.

Mãos à obra

Parte A - Lave bem uma moeda de um centavo e seque-a com urna toalha de papel. Coloque a moeda sobre
urna mesa. Coloque urna gota de água sobre a moeda. Tente adivinhar quantas gotas d'água você conseguiria
colocar sobre a moeda sem que elas se derramem. Coloque uma gota de detergente sobre a moeda seca e
esfregue nela com os dedos de modo a espalhar bem. Retire o excesso de detergente com um papel toalha
seco. Coloque novamente gotas de água sobre a moeda e conte quantas você consegue colocar agora. Parte B
- Coloque o pote plástico dentro da bacia. Coloque água no pote plástico até enchê-lo completamente e o
nível de água coincidir com o topo do pote. Tente prever quantas moedas seria possível colocar no pote sem
que a água transborde. Coloque as moedas uma a uma na água, cuidadosamente, soltando-as abaixo da
superfície. Continue colocando as moedas e contando até que a água transborde. Repita o experimento mas
coloque uma moeda a menos do que o necessário para a água transbordar. Observe o nível cia água rio pote.
Toque a superfície da água com uma agulha ou tampa de caneta. Molhe a agulha no detergente e toque
novamente a superfície da água. O que ocorre agora?

O que acontece

Quando colocamos uma gota de água sobre a moeda notamos que ela possui um formato arredondado. Ao
adicionarmos mais gotas elas se juntam e formam uma gota maior. Você deve conseguir colocar um número
muito maior de gotas do que você esperava sobre a moeda antes que a água derrame. No segundo
experimento conseguimos colocar um grande número de moedas no pote sem derramar a água, que fica
acima do nível das paredes do pote. Por falar em gotas, qual das duas, na última figura, você acha que
representa uma pequena gota de chuva enquanto ela está caindo? Se você escolheu a da esquerda, não fique
triste. A maior parte das pessoas imagina as gotas como sendo esticadas, em uma forma mais
"aerodinâmica". Na verdade as menores gotas de chuva, com cerca de 1 mm de raio, são completamente
esféricas. Gotas maiores irão ficar mais achatadas, e não alongadas. Se você deixar uma gota pendurada em
um conta-gotas, ela terá o formato da figura à esquerda, Ao se soltar, no entanto, a gota torna a fuma
esférica. O formato de uma gota de água é resultado da atraçao entre as moléculas de água. As moléculas de
água interagem fortemente umas com as outras. O seu arranjo mais estável ocorre quando eles estao rodeadas
por outras moléculas de agua, o que acontece no interior da gota. Na superfície isso não é possivel, já que
algumas moléculas tem de ficar em contato com o ar. O resultado é que a água tende a oferecer a menor
superfície possível ao ar, de modo que o maior número possível de moléculas possa estar no interior.
Chamamos está propriedade dos líquidos de tensão superficial. É a tensão superficial que mantém a água
coesa, como se houvesse uma película elástica na sua superfície. O detergente diminui a tensão superficial da
agua, fazendo com que a água derrame tanto no caso da moeda quanto no do pote de água . Vamos ver como
o detergente funciona na próxima experiência.
Corrida de barcos

Material

Tigela de vidro ou plástico

Cartolina ou papel alumínio

Tesoura

Água

Detergente.

Mãos à obra

Encha a tigela com água. Corte pequenos pedaços de cartolina ou papel alumínio (cerca de 2 x 1 cm). Estes
serão os seus barcos. Experimente com as formas dos barcos, cortando-os na fe,„ retângulos, triângulos,
setas, etc. Coloque os barcos lado a lado na tigela, flutuando na água. Para dar a largada coloque uma gota de
detergente na água, na região imediatamente atrás do barco (marcada na figura com um ponto vermelho). O
que acontece?

O que acontece

Os "barcos" de cartolina ou papel alumínio flutuam na água devido à tensão superficial. Se colocarmos os
barcos abaixo de superfície da água, veremos que eles afundam. Ao colocarmos o detergente na água ele
tende a se espalhar por sua superficie. criando uma "onda" que empurra os barcos rapidamente isto acontece
porque a tensão superficial diminui na parte de tras dos barcos, mas permanece como antes na parte da
frente. O detergente é composto de moléculas bem compridas possuem duas partes distintas.

A "cauda" do detergente se parece com um óleo e portanto serve muito bem para interagir com gorduras. Já a
'cabeça' do detergente interage muito bem com a água, permitindo que detergente se dissolva na água. É
assim então que conseguimos lavar as mãos sujas de óleo com a ajuda de um detergente. Você já reparou que
é muito difícil retirar o óleo das mãos usando apenas água? Isto ocorre porque o óleo não se dissolve na
água. O detergente consegue remover o óleo envolvendo-o com a sua cauda". Como o detergente se dissolve
na água através de sua "cabeça", ele leva o óleo embora consigo. Quando nós colocamos o detergente na
superfície da água a sua 'cabeça' interagiu com a água mais fortemente que a sua "cauda". As longas cadeias
carbono das "caudas" ficam então na superfície apontando fora da água. O resultado final disto é um numero
menor de moléculas de água na superfície, o que diminui a tensão superficial.
Cores que se movem

Material

Leite

Pires ou tigela pequena

Água

Corante alimentício

Detergente

Palito de dente

Mãos à obra

Coloque o leite em um pires. Aguarde um minuto até que o leite se assente e pare de se mover. Coloque urna
gota de corante na superficia do leite, próxima à borda do pires. Coloque outras gotas do corantes c Ice coros
diferentes sobre o leite, afastados uma das outras junto à horda do pires. Molhe o palito de dente no
detergente. Toque o centro do pires com o palito de dente. Observe O que ocorre. Coloque uma gota de
corante no centro do pires. Toque o centro da gota de corante com o palito de dente previamente molhado no
detergente. O que acontece?

Para pensar

Por quanto tempo você acha que a agitação no pires vai continuar? O que faz um líquido que estava parado
mostrar tanta atividade? Será que o mesmo aconteceria se você tivesse água e não leite? Experimente!

O que acontece

O leite é uma mistura que contém diversos componentes. Você já deve ter ouvido falar que o leite contém
uma certa quantidade de gordura. Como esta gordura se dissolve na água? Na verdade, ela não se dissolve na
água. A gordura está presente no leite como pequenos glóbulos, que têm a tendência de se juntarem. Para que
os glóbulos de gordura fiquem separados por mais tempo, o leite é homogeneizado, passando por um furo
muito pequeno que quebra os glóbulos, tornando-os minúsculos e fazendo com que eles permaneçam em
suspensão. São estes glóbulos de gordura que espalham a luz e dão ao leite a sua cor branca

. A maneira como um sabão ou detergente permite a remoção de gordura é muito interessante. Os sabões ou
detergentes são substâncias que têm moléculas bem compridas, nas quais uma ponta — a "cabeça" —
interage fortemente com a água. O restante da molécula, a "cauda", interage bem com moléculas de gordura
ou com as "caudas" de outras moléculas de sabão ou detergente. A partir de uma certa concentração as
moléculas de detergente começam a se associar formando micelas. Em algumas micelas existem tantas
moléculas de detergente juntas que o resultado é uma esfera com as longas moléculas de detergente lado a
lado. Nestas micelas as longas "caudas" do detergente apontam para o centro da micela e as cabeças apontam
para fora. Dessa forma são maximizadas as interações entre as caudas e as interações entre as cabeças e a
água. A gordura penetra nas micelas, que são cercadas por moléculas de água por todos os lados, e esta é
removida da solução. Deste modo a gordura pode ser retirada do material que estava suje e levada ralo
abaixo pela água.
O frasco mágico

Material

Frasco de boca larga com tampa plástica

Estilete

Água

Aquário

Tela de plástico ou metal (usada para manter insetos fora de casa)

Mãos à obra

Remova um círculo da parte interna da tampa, próxirno da sua beirada, cortando cuidadosamente com um
estilete. Corte um circulo da tela no tamanho da parte interna da tampa. Encaixe este pedaço de tela na parte
inferior da tampa e feche bem o frasco com ela. Encha o aguaria com água até três quartos de sua
capacidade. Coloque o frasco no aquário em uma posição vertical, enchendo-o de água. Com a boca do
frasco abaixo do nível da água, vire o frasco de cabeça para baixo e mantenha-o em uma posição vertical.
Retire a boca do frasco da água e segure-o acima do aquário, sempre na vertical. O que acontece com a água
no inrterior do frasco? Agora incline o frasco levemente e observe. Retome o frasco a posição vertical. O que
ocorre agora?

Para pensar

Porque a tela deixa passar o ar e não a água?

O que acontece

Ao colocarmos o frasco no aquário ele se enche de água e e mos ver o ar saindo do frasco. Quando o frasco
está de cabeça para t 'xo a água não saí, a não ser que o frasco seja inclinado. O que a água dentro do frasco é
a tensão superficial. Para a do frasco pela tela ela precisa se separar em muitas gotas, o c ,e envolve vencer
esta barreira que mantém a água unida, como uma única superfície. Como poderíamos verificar qual será a
separação máxima entre os fios da tela? Pense no procedimento e mãos à obra!
Bolhas de sabão gigantes

Material

Água

Detergente

Xarope de milho

Mangueira de gás ou bambolê

Mãos À obra

Para preparar a solução especial para fazer bolhas de sabão gigantes, misture para cada copo de detergente
um copo de água e acrescente meio copo de xarope de milho. Embora você possa asar esta solução
imediatamente, ela fica melhor quando se espera um ou dois dias. Você pode usar um grande número de
apetrechos para soprar bolhas de sabão. Você pode entortar um cabide de metal até que ele forme um círculo,
ou usar um pedaço de barbante que se passou por dois canudinhos de plástico e se amarrou as pontas. Para
bolhas realmente gigantes, nós usaremos um aro feito com uma mangueira de gás (você pode aproveitar um
bambolê de plástico também), O tamanho do aro para formar as bolhas dependerá do tamanho da bacia onde
você colocara a solução. Usando a bacia como medida, corte um pedaço de mangueira de gás de forma que
ao formar um aro ele caiba com alguma folga dentro da bacia. Para prender as duas pontas do aro você pode
usar um pequeno pedaço de madeira ou vários palitos de sorvete, de modo que cada ponta da mangueira
encaixe bem firme. Coloque na bacia a solução que você preparou. Deite o aro na solução e molhe bem os
dois lados. Certifique-se de que você tem solução suficiente para que o aro fique completamente
mergulhado. Segure o aro pela sua parte exterior e lentamente levante uma das pontas até retirá-lo
completamente da solução, formando um filme de sabão no interior do aro. Caso você não tenha conseguido
formar o filme ou ele tenha estourado, continue tentando até pegar bem o jeito. Evite colocar seus dedos na
parte interior do aro. Quando o filme estiver formado, balance o aro para cima e para baixo. Com um
impulso firme, porém sem muita pressa, puxe o aro para cima e ao mesmo tempo ande para trás, formando
um longo tubo com o filme de sabão. Pratique bastante esta etapa. Para formar bolhas gigantes você deve
girar o aro após formar o tubo, de modo a fechar a bolha. Pratique sem pressa e, de preferência, em um lugar
aberto e que possa ser molhado.

Para pensar

Por que as bolhas de sabão são esféricas? Por que colocamos o xarope na solução?

O que acontece

Bolhas de sabão feitas com uma mistura, como a sugerida aqui, levam-nos a pensar que o sabão aumenta as
interações entre as moléculas de água. Afinal, o filme de sabão se comporta como um fino e delicado balão
de borracha, com elasticidade e resistência muito maior do que a esperada. Na verdade o que ocorre é
justamente o oposto. As interações entre moléculas de água são tão fortes que nunca conseguiríamos separá-
las para formar uma bolha sem a ajuda do sabão. Quando a água está no interior uma cota, por exemplo, ela
está confortavelmente cercada de outra-moléculas. Já quando ela está na superficie da gota, só existem
moléculas de água abaixo dela, e nao acima, onde se encontra o ar Quando está em urna bolha, a água esta
exposta em uma superfície ' muito maior do que ela estaria em uma gota. Para diminuir esta superfície para
um mínimo, a bolha assume uma forma esférica, na qual ternos a menor área superficial possível em relação
a() volume da bolha. O sabão diminui as interações entre as moléculas de água, pois se coloca entre elas. A
elasticidade do filme de água e sabão é devida às interações entre as moléculas de água que ainda restaram
mesmo com a adição do sabão.

Colocamos o xarope de milho na nossa mistura para aumentar a resistência das bolhas. A bolha de sabão
apresenta uma grande área superficial em um filme muito fino. Esta grande superfície facilita a evaporação
da água, e o filme fica cada vez mais fino até que... POP! a bolha estoura. O xarope de milho (ou outras
substâncias pouco voláteis como açúcar ou glicerina) forma fortes interações com a água, dificultando a sua
evaporação.

As bolhas de sabão vém encantando crianças e adultos há muito tempo.desde o século 19 já se sopravam
bolhas usando simples cachimbos e sabão. Nos anos de 1940 a solução para se soprarem bolhas de sabão
começou a ser engarrafada e comercializada e hoje estas soluções são um dos brinquedos mais vendidos no
mundo:

Mas será que as bolhas ajudam na limpeza das roupas, pratos, verdade as bolhas têm um papel muito
pequeno na remoção da sujeira. Quando a única alternativa era se usar o sabão um problema aparecia em
regiões onde a água utilizada continha muitos sais de calcio e magnésio dissolvidos, a chamada água 'dura'.
Estes sais formam compostos insolúveis com o sabão comum. Desta forma ao lavar um prato se a pessoa
observava a presença de bolhas, ela sabia que estava usando sabão suficiente para dar conta de todo o cálcio
e magnésio e ainda remover a gordura. Os detergentes sintéticos não formam compostos insolúves com o
cálcio ou o magnésio, mas foram rejeitados pelos consumidores, que associam um bom detergente com a
quantidade de espuma produzida. Hoje se colocam outros aditivos que ajudam na formação de bolhas, muito
embora um detergente que não forme espuma saia muito mais facilmente na água.

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