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ARTIGO TÉCNICO

O biodiesel metílico encontra-se dentro dos limites esta-


3 Resultado e Discussão belecidos pela Resolução n. 42 da Agência Nacional de Petró-
Os ensaios físico-químicos do sebo bovino foram realiza- leo, Biocombustíveis e Gás Natural (ANP) com relação aos
dos seguindo as normas da SMAOFD (Tabela 1) e do biodiesel ensaios relatados na Tabela 2. A pureza ésteres metílicos fi-
metílico pelos métodos da Associação Brasileira de Normas cou acima do exigido pela norma européia “Projeto Norma
técnicas (ABNT), “American Society for Testing and Materi- Européia” (prEN) 14103 para o B100. Rendimento percentual
al” (ASTM) indicadas pela ANP. em massa de biodiesel metílico foi de 83,50% e a pureza dada
em ésteres metílicos de ácidos graxos de 96,80%.
Análise físico-química do sebo bovino
Espectros na região do infravermelho do biodiesel de sebo
A Tabela 1 apresenta os resultados dos testes físico-quí-
micos do sebo bovino. As Figuras 1 e 2 apresentam as bandas de absorção obti-
das dos espectros de infravermelho das amostras de sebo
Tabela 1 - Análises físico-químicas do sebo bovino bovino e do biodiesel metílico, respectivamente.
O espectro na região do infravermelho (Figura 1) apre-
sentou as principais bandas de absorção referentes aos
triacilglicerídeos: 1166 cm -1 banda forte referente ao
estiramento de C-O e 1745 cm-1, banda muito forte referente
a grupo carbonila (C=O)

Figura 1 - Espectro de IV do óleo de Sebo bovino

Análise físico-química do biodiesel metílico de sebo bo-


vino

Foram realizadas as seguintes análises físico-químicas:


densidade, viscosidade, Ponto de Fulgor, glicerina livre e teor
de ésteres no biodiesel (Tabela 2)
Na Figura 2 verificou-se no espectro na região do
Tabela 2 - Análises físico-químicas do biodiesel de infravermelho do biodiesel metílico, pequenos deslocamen-
tos das bandas de absorção, quando comparado aos
sebo bovino
estiramentos do sebo bovino, referentes aos estiramentos
CH2, (2951 e 2913 cm-1 ) e da carbonila C=O (1741 cm-1)
dos ésteres de ácidos graxos.

Figura 2 - Espectro de IV do biodiesel metílico de


Sebo bovino

FEVEREIRO DE 2007 REVISTA BIODIESEL 35


ARTIGO TÉCNICO
Estudo térmico do sebo e biodiesel de sebo Figura 5 - Curva TG/DTG do biodiesel metílico do
sebo bovino
TG/DTG e DSC do Sebo Bovino

A curva TG/DTG do sebo bovino (Figura 3) apresentou


um estágio de decomposição em 199,46 °C com uma perda
de massa de 54,63% referente aos ácidos graxos insaturados,
a segunda com Tonset 367,22°C com uma perda de massa
34,19% atribuída aos ácidos graxos saturados e a última tem-
peratura de decomposição em 469,64 °C apresentando uma
perda de massa 10,02% referente à carbonização da gordura.

Figura 3 - Curva TG/DTG do Sebo bovino

A curva DSC (Figura 6) do biodiesel metílico do sebo


bovino mostrou duas transições exotérmicas: a primeira em
torno de 273,20 °C com uma variação de entalpia de 400,5 J/
g. A segunda em 487,22 °C com um pequeno valor de entalpia
41,36 J/g todas referentes à decomposição dos ésteres
metílicos.

Figura 6 - Curva DSC do biodiesel metílico do sebo


bovino

A Figura 4 mostra a curva DSC do sebo bovino com três


transições entálpicas exotérmicas: a primeira em torno de
190 °C. A segunda em 405,00 °C com um pequeno valor de
entalpia 79,16 J/g e a terceira em 453,31 °C, todas referentes
à decomposição dos ácidos graxos.

Figura 4 - Curva de DSC do sebo bovino

4 CONCLUSÃO
As condições reacionais para a produção do biodiesel
metílico do sebo bovino exige temperaturas altas, em torno
de 70º C, pois essa gordura é sólida até a temperatura de
40°C dificultando a transferência de massas. Nessas condi-
ções obteve-se um teor de ésteres de 96,80 %, que um valor
acima do exigido pela norma européia prEN 14103 e um ren-
dimento de biodiesel puro igual a 83,50 %. Quanto à estabili-
dade térmica do sebo bovino observou-se na curva TG/DTG
TG/DTG e DSC do Biodiesel metílico de Sebo Bovino uma temperatura de início de decomposição de 199,46 °C.
Na curva de DSC verificou-se três transições exotérmicas
A curva TG/DTG do biodiesel metílico do sebo bovino referentes à decomposição dos ácidos graxos. Na curva TG/
(Figura 5) apresentou dois estágios: o primeiro em 119,12 °C DTG do biodiesel metílico de sebo bovino observou-se uma
com uma perda de massa de 96,08% referente à decomposi- temperatura de estabilidade térmica em 119,12 °C com dois
ção dos ésteres metílicos e outra entre 283,34 °C a 492,59 °C estágios de decomposição. Na curva DSC verificou-se duas
com uma perda de massa 3,078 % referente à decomposição transições exotérmicas referentes à decomposição dos ésteres
de resíduos de mono, di e triglicerídeos. metílicos de ácidos graxos.

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