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SERGIPE–BR | EDIÇÃO 1874 | ANO 37 | 11/3/2019

A NOVA ERA DA NOTÍCIA

DENÚNCIA
ENGODO

SONHO
O COMPLICADO
CASO DO HOSPITAL
DO CÂNCER DE SERGIPE

REALIDADE
As pessoas continuam sofrendo na fila de espera por
um atendimento digno, enquanto políticos trocam farpas,
fazem promessas eleitoreiras e celebram novas conquistas
ACESSE P. 14
A NOVA ERA DA NOTÍCIA

SERGIPE–BRASIL
t
ÍNDICE CADERNO 1 TOQUE E ACESSE

OPINIÃO
EDITORIAL – Uma “batata quente”
para o governador 5

CHARGE 8

CINFORMANDO –
O Brasil precisa ganhar essa 9

POLÍTICA
O complicado caso do Hospital
do Câncer de Sergipe 14

Corrupção nas mineradoras


alertada desde 2016 21

NACIONAIS 36

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 2


GERAL
Medo constante no centro de Aracaju 41

ARTIGO – Da promiscuidade à
opinião bolsonarista 46

PRÓ SOLUÇÃO – A após denúncia,


prédio em construção é identificado 50

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ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019- 3
ÍNDICE
TOQUE
t
E ACESSE

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 4


1/3

EDITORIAL

UMA “BATATA
QUENTE” PARA O
GOVERNADOR
De acordo com a Lei de Responsabilidade
Fiscal – uma das mais importantes
conquistas para o reequilíbrio fiscal dos
estados da federação e do país nas últimas
décadas – os entes federados não podem
ultrapassar o limite de gastos brutos com
pessoal, estabelecido em 60% de suas
receitas correntes líquidas (RCL), ou seja,
das receitas com recebimento de impostos,
taxas e contribuições.

Para que todos tivessem um gatilho de


alerta, foi estabelecido o que se denominou
Limite Prudencial, que é disparado quando

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| EDITORIAL 2/3

estados, municípios ou a União atingem


gastos da ordem de 44,1% das referidas
receitas com o quadro funcional de ativos,
aposentados e pensionistas. Todos os
estados superaram esse limite, sendo que o
melhor ranqueado é São Paulo, com exatos
54, 45% comprometidos.

Sergipe tem um quadro ruim,


pois 88,1% dos seus servidores são
aposentados ou pensionistas, ao passo
em que gastou, em 2018, 59% de sua
arrecadação com servidores

Responsável pelo acompanhamento e


controle, a Secretaria do Tesouro Nacional
efetua cálculos permanentes com os
dados que são fornecidos pelos estados,
utilizando para isso metodologia adotada
internacionalmente.

Esses gastos vêm sendo onerados


anualmente, atingindo, na média de todos

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| EDITORIAL 3/3

os estados 47,53% em 2016, 49,36% em


2017 e 50,23% em 2018.

Sergipe tem um quadro ruim, pois 88,1%


dos seus servidores são aposentados ou
pensionistas, ao passo em que gastou, em
2018, 59% de sua arrecadação com servidores,
um escândalo se comparado com 2017, quando
gastava 48%, segundo dados do Tesouro
Nacional.

Sergipe já vem de um estouro na LRF desde


2017, quando ficou em 7º lugar entre os piores
do Brasil, depois de MG, MS, RN, RJ, RS e MT,
pontuando negativamente em um quadro geral
de penúria dos estados.

Com esses dados macroeconômicos fica


difícil a gestão do estado de Sergipe, porque
sobra muito pouco para custeio da máquina
pública e novos investimentos, iniciativas
imprescindíveis para azeitar a economia do
Estado, e que coloca nas mãos do gestor
uma maior exigência para sua capacidade de
administrar essa verdadeira “batata quente”.

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| OPINIÃO

CHARGE | Percles
ENQUANTO ISSO... PELOS ESGOTOS AFORA...

...NUM
GUENTO MAIS
SER CONFUNDIDO
COM CORRUPTO
E LADRÃO...

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| OPINIÃO 1/5

Edvar Freire
CINFORMANDO

O BRASIL PRECISA
GANHAR ESSA
Passado o frenesi do carnaval e da
reverberação nervosa do “vídeo pornográfico”
de Bolsonaro, a sociedade agora cai na
realidade e acompanha, desinteressada,
como já é de costume, o desenrolar da tribuna
congressista onde perpassa o debate da
reforma previdenciária.

Este seria um excelente momento, também,


para que se iniciassem os trabalhos de
elaboração de um projeto sério de reformas

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| OPINIÃO | CINFORMANDO 2/5

política e judiciária. Como isso transparece uma


tarefa mais difícil do que a transposição do São
Francisco, vamos pensar na previdenciária.

A população, que não leu a íntegra da PEC


(Proposta de Emenda Constitucional) da
reforma, simplesmente adota um dos dois lados:
contra ou a favor da reforma, simplesmente
assim. Dentre os que a estudaram há jornalistas
responsáveis, advogados mais ligados ao tema e
alguns políticos em busca de detalhes contra ou
a favor dos seus interesses partidários.

Dizem alguns que a PEC prejudica as


mulheres; outros, mais entendidos, que
apressa a Reforma Trabalhista; muitos,
defendem que o propósito, mais uma vez, é
favorecer os ricos e espoliar ainda mais os
mais pobres; outros afirmam que prejudica
o trabalhador rural; muitos alegam que o
desequilíbrio da previdência no Brasil não está
na arrecadação, mas sim, nos gastos.

Resumindo, há muito que torcer para


que tudo dê certo e que o Brasil, e não um

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| OPINIÃO | CINFORMANDO 3/5

agrupamento político qualquer, celebre a vitória


com uma previdência social revigorada e livre da
bandalheira que assola este pobre país rico.

Estância tem Ronda Maria da Penha


No último dia 8, Dia Internacional da Mulher, a
deputada Goretti Reis, autora do Projeto de Lei,
acompanhou a instalação da primeira ronda
feminina “Hoje é um especial, 8 de Março, Dia
Internacional da Mulher. E em Sergipe temos o
que comemorar. Foi o lançamento do Projeto
Piloto da Ronda Maria da Penha da Polícia Militar
de Sergipe (PM-SE)”, ressaltou a presidente da
Frente Parlamentar em defesa das Mulheres e
procuradora da Mulher na Assembleia Legislativa
de Sergipe, deputada estadual.

Delegacia Eletrônica de Proteção Animal


De autoria da deputada estadual Kitty Lima
(REDE), encontra-se em tramitação na
Assembleia Legislativa um projeto de lei que
dispõe sobre a criação da Delegacia Eletrônica
de Proteção Animal (DEPA). Pela proposta da
deputada a Secretaria de Estado da Segurança
Pública criará acesso, no Portal da Delegacia

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| OPINIÃO | CINFORMANDO 4/5

Eletrônica, para apresentação de notícia de


fato tipificado como infração penal envolvendo
animais. O acesso “DEPA” contará com atalhos
nos portais eletrônicos da Polícia Civil e da
Polícia Militar de Sergipe. O denunciante terá que
fornecer seus dados pessoais, facultando-lhe o
direito pela manutenção do sigilo. A Secretaria
de Estado da Segurança Pública comunicará
ao interessado, no prazo máximo de 10 dias, o
registro da ocorrência e, quando for necessário,
indicará a Delegacia de Polícia que promoverá a
apuração do fato.

Vereador oferece serviços gratuitos


Um dia inteiro para cuidar da beleza e saúde
da mulher. A Ação “Autoestima”, realizada
nesta última quinta-feira (7), no conjunto
Bugio, contou com a presença de centenas
de moradores da localidade, atraídos pelos
serviços de corte, maquiagem, manicure,
massagem, aferição de pressão e muito
outros de forma gratuita. A ação foi
idealizada pelo vereador Zezinho do Bugio e
o Sindicato dos Cabeleireiros Autônomos de
Sergipe – Sindicab.

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| OPINIÃO | CINFORMANDO 5/5

Feirantes têm novo prazo para se adequar


Ainda em decorrência de denúncia do
CINFORM, acerca da desorganização das
feiras livres de Aracaju, e após algumas
tentativas de acordo entre os feirantes e
órgãos públicos fiscalizadores do Estado,
na manhã desta sexta-feira, 8, o vereador
Seu Marcos (PHS) participou da Audiência
Pública que determinou o novo prazo para
normalização da venda de produtos de
origem animal em feiras livres do município.
A Empresa Municipal de Serviços Urbanos
(Emsurb) tem até dia 10 de maio para publicar
o edital. O dia 10 de agosto é o prazo final
para a conclusão do processo licitatório e
assinatura ordem de serviço pelo órgão

Presidente do CRO–SE
recebe cidadania aracajuana
A Câmara Municipal de Aracaju (CMA)
concederá na próxima terça-feira, 12, o título
de Cidadão Aracajuano ao presidente do
Conselho Regional de Odontologia de Sergipe,
Anderson Lessa Siqueira. A Sessão Solene será
realizada no Plenário da CMA, às 16h.

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1/7

POLÍTICA
ENGODO

Estado de abandono do que seria o Hospital do Câncer de Sergipe

O COMPLICADO CASO
DO HOSPITAL DO
CÂNCER DE SERGIPE
lAs pessoas continuam sofrendo na fila de
espera por um atendimento digno, enquanto
políticos trocam farpas, fazem promessas
eleitoreiras e celebram novas conquistas

EDVAR FREIRE | edvarfreire@cinform.com.br

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| POLÍTICA | ENGODO 2/7

Em 2013 o deputado Francisco Gualberto anunciou o início da obra

Todos lembram de quando circulou pelo


estado de Sergipe um abaixo-assinado,
coordenado pelo ex-senador Eduardo Amorim,
colhendo assinaturas para implantação do já
famigerado Hospital do Câncer de Sergipe.

Não faltaram candidatos à autoria do


projeto: senadores, deputados, até três
governadores. A mídia e a população
fecharam em favor da construção do
hospital, quase uma comoção estadual.
Foram mais de 300 mil assinaturas só na
lista de Eduardo Amorim, lá pelos idos de
2011 para 2012. Mas, outras organizações
civis também criaram abaixo assinados.
Enquanto isso, as pessoas iam morrendo.

Os anos se passaram, houve uma renhida


batalha de egos, cada político assumindo a

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| POLÍTICA | ENGODO 3/7

paternidade do hospital, enquanto pessoas


continuavam morrendo por falta ou deficiência
de atendimento, desde que não dispusessem de
recursos para tratamento fora de Aracaju, coisa
que havia em qualquer lugar das adjacências
do Estado, até mesmo em cidade do interior de
Alagoas, como é o caso de Arapiraca.

INDÍCIOS DE INAÇÃO DO ESTADO


O orçamento previsto para execução do projeto,
aí incluídos também os equipamentos, móveis e
utensílios, é da ordem de R$126 milhões, sendo
que o estado de abandono em que se encontra o
canteiro demonstra que não há qualquer ânimo
de retomada daquela obra de grande importância
para os acometidos pelo câncer em Sergipe,
enquanto as pessoas continuam sofrendo por
falta de acomodações, de leitos e de outros.

Pelo último relatório do Tribunal de Contas


do Estado, menos de 3% das obras foram
executados, o que é uma piada de mau gosto,
considerando-se que todo esse imbróglio se
arrasta desde 2012, sendo que ocorreu a última
licitação em 2016, para retomada dos serviços,

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 16


| POLÍTICA | ENGODO 4/7

Em 2016, mais uma vez Jackson Barreto assegurou o início da obra

já que houve uma desistência da construtora.

UM HOSPITAL COMPLETO
Quem conhece o Hospital do Câncer de São
Paulo, o AC Camargo, pode ter uma ideia do
que falta aqui em Sergipe ao ver um hospital
público da mais alta qualidade, que é o mais
bem-referenciado da América Latina, sendo
um dos melhores do mundo.

Executado esse projeto, Sergipe poderia


contar com unidades de emergência, de
fisioterapia, ambulatórios, laboratórios,
tecnologia para transplantes de medula,
dois aceleradores lineares, dois bunkers para
radioterapia, bunker para braquiterapia, além de
equipamentos mais comuns como ressonância
magnética, unidades de cintilografia e
mamografia, tomógrafo e radiografia.

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| POLÍTICA | ENGODO 5/7

Para acomodação dos pacientes, além de


confortáveis salas de espera climatizadas nos
diversos setores, serão disponibilizados 120
leitos para adultos, 30 leitos para crianças além
dos imprescindíveis leitos de UTI em número
de 20, totalizando 170 leitos. Com certeza
teremos um dos mais bem estruturados do
Brasil, contanto com um lay out mais moderno
e totalmente voltado para esse objetivo.

HOUVE MELHORAS NO TRATAMENTO


Enquanto se aguarda pelo desenrolar desse
pacote de incompetência, estive conversando
com uma oncologista, Dra. Élida que afirmou
“Nesses últimos meses, as coisas até que estão
funcionando na radioterapia. Tem filas, mas
em qualquer lugar do Brasil também tem. Se
você for em Salvador, em São Paulo, em todo
lugar tem fila. Em alguns você pode até ter
mais conforto, agora, fila para tratamento de
radioterapia tem em qualquer lugar do Brasil”.
Com relação à incidência, o CINFORM exibe
tabela disponível no site do Instituto Nacional do
Câncer – INCA, que demonstra os novos casos
de neoplasia maligna em 2018, destacando-

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| POLÍTICA | ENGODO 6/7

Retrato da irresponsabilidade de vários governantes sergipanos

se que essas previsões foram de 4.930 casos,


sendo 2.380 em homens e 2.550 em mulheres.
Infelizmente, parece que essa estimativa foi
superada, mas não dispusemos dos dados finais.

Entre os homens, destaca-se o câncer de


próstata com 700 casos, seguido de traqueia,
brônquios e pulmão com 120 incidências. Já
entre as mulheres, ainda é o câncer de mama o
mais presente, com 550 casos, seguido do de
colo de útero com 250.

EXPECTATIVA DA POPULAÇÃO
Já com números muito mais expressivos,
o minucioso estudo “Estimativas 2018 ¬
Incidência de câncer no estado de Sergipe e nas
suas regiões de saúde”, elaborado pelo médico
Carlos Anselmo Lima, com suporte técnico de

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 19


| POLÍTICA | ENGODO 7/7

CONPREV/INCA/MS: Marceli de Oliveira Santos,


o pesquisador sergipano demonstra um quadro
muito mais preocupante de 9.320 casos novos
de câncer – praticamente o dobro da tabela do
INCA, no Estado em 2018.

2.380 211,34 - 700 236,05 - 2.550 215,40 - 800 234,31 -

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| POLÍTICA 1/15

FOTOS ISIS MEDEIROS

Helicópteros do Corpo de Bombeiros de Minas


Gerais resgatando vítimas em meio à lama

CORRUPÇÃO NAS
MINERADORAS
ALERTADA
DESDE 2016
lTribunal de Contas da União constata o
óbvio: tragédia em Brumadinho foi ocasionada
pelo altíssimo risco de corrupção e quadro
deficiente de funcionários para fiscalizar

PAULA COUTINHO | paula.coutinho@cinform.com.br

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| POLÍTICA 2/15

Após duas tragédias seguidas na área


da mineração no Brasil, Mariana (2015) e
Brumadinho (2019), o Tribunal de Contas da
União (TCU) ‘finalmente constata’ que o Estado
precisa ter mais eficiência geracional acerca da
questão fiscalizatória. No último mês o Tribunal
divulgou um parecer em que reitera ser crônica
a deficiente atuação do Departamento Nacional
de Produção Mineral (DNPM), atual Agência
Nacional de Mineração (ANM).

Essa foi a conclusão de levantamento


realizado na agência para analisar os riscos
relacionados com a fiscalização, a cobrança
e a arrecadação da Compensação Financeira
pela Exploração de Recursos Minerais
(CFEM). De acordo com a instituição, a
fiscalização também avaliou a governança na
gestão dos recursos minerais.

DESASTRE EM BRUMADINHO
O caso de Brumadinho infelizmente não
é emblemático. E está por trás disso o que
o brasileiro conhece bem – corrupção. A
mineração é, para o país, o setor que representa

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| POLÍTICA 3/15

Lama formada por rejeitos de minério destrói


propriedades de cerca de 140 famílias. E onde
existiam casas e até uma pousada renomada hoje
sobre apenas lama e desolação

16,7% do Produto Interno Bruto (PIB), 30% da


balança comercial, e fatura algo em torno de US$
32 bilhões (faturamento em dólares em 2017).

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| POLÍTICA 4/15

Há limitações orçamentárias e financeiras,


um quadro técnico deficitário, um corpo
técnico com pouca e insuficiente capacitação,
altíssima exposição à fraude e corrupção; e,
todos estes fatores somados e em conjunto,
eis a receita dos desastres, ou melhor dos
crimes ambientais e dos assassinatos de
inocentes como nas catástrofes seguidas
(Mariana/Brumadinho).

Na avaliação dos processos de fiscalização


da CFEM, o Tribunal encontrou, entre outros
problemas, planejamento deficiente, ausência
de padronização e de avaliação da fiscalização
e comprovação insuficiente das informações
autodeclaratórias prestadas pelos mineradores,
por meio do Relatório Anual de Lavra.

O levantamento, elaborado com fundamento


nos incisos I a III do art. 238 do RI/TCU, teve
por finalidade analisar os riscos inerentes
à fiscalização, cobrança e arrecadação da
CFEM, com o objetivo de gerar agenda de
fiscalizações a serem realizadas pelo TCU.
Foram analisadas a estrutura do então DNPM,

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| POLÍTICA 5/15

incluindo o quadro de pessoal, os recursos


materiais disponíveis e os necessários para o
pleno desempenho de sua missão institucional;
e os processos relacionados à fiscalização, à
arrecadação e à cobrança da CFEM.

Com relação aos processos de arrecadação


da compensação, foram constatadas carência
na área de tecnologia da informação; elevada
sonegação com possibilidade de lavagem
de dinheiro e distribuição inadequada do
valor integral da arrecadação aos Estados e
municípios, entre outros.

Já a respeito da cobrança da CFEM, o


TCU encontrou prescrição e decadência dos
processos de cobrança e lentidão operacional
pela desatualização dos dados do Cadastro
Mineiro, um banco de dados com informações
sobre os processos de outorgas minerárias.

Para o relator do processo, ministro Aroldo


Cedraz, “a atuação deficiente do DNPM é uma
situação crônica, pois os riscos identificados
são similares aos apontados nas auditorias

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| POLÍTICA 6/15

que o Tribunal realiza desde 2010”. O ministro


Cedraz comentou, também, que “as tragédias
por que passou o nosso País recentemente,
com o rompimento das barragens nos
municípios de Mariana e de Brumadinho,
devem forçar uma urgente mudança de rumo
de nossa atuação, bem como dos órgãos
governamentais supervisores”.

Ele ainda acrescentou que “urge que a


segurança dessas instalações seja levada a
sério, quer pelos licenciadores, quer pelas
empresas mineradoras, quer pelos órgãos
reguladores e fiscalizadores da atividade
minerária, de modo a atuarem de forma
responsável, tempestiva e preventiva, evitando
mortes trágicas de centenas de cidadãos”.

TCU AVISA DESDE 2016


Desde 2016, o Tribunal avisa: “As falhas e
irregularidades verificadas nessa auditoria
envolvem a atuação a nível institucional da
autarquia e alertam para o risco latente e
potencial de novos acidentes envolvendo
barragens de rejeitos de mineração no país”. E

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| POLÍTICA 7/15

dá exemplos. Como a exemplificação de que


a estrutura orçamentária e financeira limita
significativamente o desempenho como órgão
fiscalizador do setor minerário brasileiro.

Isto porque na auditoria operacional


sobre a fiscalização da segurança de
barragens de rejeitos de mineração (acórdão
2.440/2016-TCU-Plen.), realizada em
3/9/2016, o TCU constatou que “desde
2010, houve declínio progressivo do total
autorizado para as despesas relativas a
fiscalização da segurança de barragens,
em virtude da não concessão de limite
de empenho, pela SOF/MP, às emendas
parlamentares e de contingenciamentos
realizados pelo MME”.

Outra constatação foi a de que a


estrutura orçamentária e financeira limita
significativamente o desempenho como órgão
fiscalizador do setor minerário brasileiro, já
que a cota-parte da Compensação Financeira
pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM),
legalmente destinada ao órgão regulador do

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| POLÍTICA 8/15

Bombeiros entram no local acima da barragem, uma espécie


de teto da mina. Distância morro a abaixo que a lama atingiu,
até a cidade de Brumadinho, é quilométrica e equipe a
aproximadamente 300 campos de futebol.

setor, correspondente a 9,8% da arrecadação


e não está sendo repassada integralmente.
Acerca deste mesmo acórdão de 2016, o

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| POLÍTICA 9/15

documento do TCU ratifica que “verificou-


se que a gestão orçamentária e financeira
do DNPM possui limitações que prejudicam
sua atuação finalística e comprometem seu
desempenho enquanto órgão regulador e
fiscalizador da atividade de mineração no
Brasil. Tais limitações referem-se, sobretudo,
ao orçamento decrescente das despesas
discricionárias, ao descompasso temporal
dos repasses financeiros, que impactam o
desempenho das atividades de fiscalização,
incluindo a da segurança de barragens de
rejeitos de mineração”.

DÉFICIT DE PROFISSIONAIS
Para fiscalizar as barragens e/ou crimes
ambientais no Brasil seria preciso muito
mais profissionais do que os hoje existentes.
E esse déficit de servidores compromete
o alcance dos resultados esperados para
a necessária regulação e fiscalização
do setor. Segundo o TCU, o quadro de
servidores equivalia a 62% do total que o
órgão regulador deveria ter para a adequada
realização de suas atividades finalísticas.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 29


| POLÍTICA 10/15

E somente 42% dos cargos de


especialista em recursos minerais e 20%
dos cargos de técnico em atividades de
mineração encontravam-se ocupados. Já a
Superintendência de Minas Gerais estava com o
maior déficit de servidores, com 79 servidores,
enquanto seriam necessários 384 para atender
a demanda de trabalho daquela Unidade.

E entre os servidores efetivos, 41% da


área administrativa e 23% da área finalística
recebiam abono de permanência e estavam
na iminência de se aposentar. Além do que o
último concurso foi realizado em 2009. Desde
2015, foi solicitada autorização para realização
de concurso público para provimento de
cargos efetivos, mas apenas dez vagas foram
liberadas pelo Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão (MP).

Corrupção dentro do ramo de mineração


também foi alvo das investigações do TCU.
De acordo com a auditoria operacional, o
Tribunal identificou que a ANM possui altíssima
exposição à fraude e corrupção. Isto porque

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| POLÍTICA 11/15

há uma ausência de critérios objetivos para


ocupação de cargos e funções; não há gestão
efetiva de riscos e o tratamento de conflitos
de interesse e de casos de nepotismo é
insuficiente, envolvendo colaboradores e
gestores da organização; há uma inexistência
de programa de integridade e código de
ética insuficiente; é insuficiente a atuação da
auditoria interna nas áreas mais expostas a
riscos e também o modelo de transparência da
organização é insuficiente e não há modelo de
prestação de contas diretamente à sociedade.

FISCALIZAÇÃO DE BARRAGENS
Conforme documentação do TCU, na
fiscalização de 2016, verificou-se que a
debilidade do controle exercido pelo DNPM
ultrapassava atos singulares e pontuais e
abarcava todo o processo de fiscalização, o
que implica afirmar que a situação constatada
em relação à Barragem do Fundão (tragédia
de Mariana) apenas exemplifica uma conduta
padrão daquela Autarquia, a qual atinge, em
termos gerais, todo o universo de barragens
de rejeitos no Brasil.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 31


| POLÍTICA 12/15

Assim, constatou-se que a fiscalização


das barragens de rejeitos de mineração
realizada à época pelo DNPM não tinha
o condão de induzir suficientemente os
necessários padrões de segurança exigidos
dos empreendedores, dessa forma não atingia
os objetivos da PNSB.

Dessa forma, o TCU expediu diversas


recomendações e determinações com o intuito
de proporcionar melhorias no processo de
fiscalização relacionado com a fiscalização de
barragens de rejeitos de mineração.

Em 2018, o TCU abriu processo de


monitoramento para avaliar a implementação
das recomendações e determinações
atinentes ao acórdão 2440/2016-TCU-
Plenário, no qual constataram-se diversas
melhorias na fiscalização a cargo da autarquia
por meio da implantação do Sistema Integrado
de Gestão em Segurança de Barragens
de Mineração (SIGBM), pois esse sistema
informatizado possibilitou a análise tempestiva
das informações prestadas pelas mineradoras,

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| POLÍTICA 13/15

Em meio a dor, o conforto de amigos e familiares


próximos é a forma de enfrentar o caos. Porque a
própria Vale não está auxiliando as vítimas como deveria.

além da emissão de alertas em caso de risco


iminente de ruptura da barragem. (Vide
Acórdão 1.374/2018-TCU-Plenário).

NOSSA RIQUEZA
O Brasil detém um dos maiores patrimônios
minerais do mundo e está entre os grandes
produtores e exportadores. Entre as principais
reservas minerais brasileiras de alumínio, cobre,
estanho, ferro, manganês, nióbio, níquel e ouro.
De acordo com o Anuário Mineral Brasileiro
2017, a produção está concentrada nos estados

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 33


| POLÍTICA 14/15

de Minas Gerais e Pará (87%), tendo o ferro


representado 64,3% do valor da produção das
oito principais substâncias metálicas.

Em 2016, o ranking do valor da produção


mineral comercializada (principais substâncias
metálicas) foi liderado pelos estados de Minas
Gerais (46,81% ou R$ 33.659.714.059,00),
Pará (40,10% ou R$ 28.829.470.884,00),
Goiás (6,46% ou R$ 4.641.236.785,00) e Mato
Grosso (2,16% ou R$ 1.550.984.327,00).

Segundo o Relatório de Gestão de 2017,


ano base 2016, foram outorgados 3.641
títulos, dos quais 3.522 para autorização de
pesquisa (42,8% na região Nordeste), 32 para
concessão de lavra (53,1% na região centro-
oeste) e 87 para permissão de lavra garimpeira
(70,1% na região Norte), com destaque para o
ouro nos três tipos de outorga.

Havia cento e oitenta e sete minas em


produção, das quais um terço com produção
bruta de minério acima de 1.000.000
toneladas/ano. Nesse mesmo ano foram

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 34


| POLÍTICA 15/15

arrecadados um bilhão e quatrocentos mil


reais à título de Compensação Financeira pela
Exploração de Recursos Minerais (CFEM),
dos quais pouco mais de um bilhão é oriundo
da exploração do ferro. O recolhimento da
CFEM encontrava-se assim dividido por região
geográfica: 54,98% no Sudeste, 37,16%
no Norte, 7,11% no Centro-oeste, 0,7% no
Nordeste e 0,05% no Sul (Anuário Mineral
Brasileiro, pg. 10, 11 e 34).

No comércio exterior, foram exportados


mais de 31 bilhões em bens primários e
importados mais de 5 bilhões em bens
manufaturados, gerando um superávit de
26 bilhões de reais. O ferro e o alumínio são
os principais itens de exportação, tendo
como destino a China, os Estados Unidos
e o Japão. Os principais países de origem
das substâncias importadas pelo Brasil são
Chile, China e Peru. Uma pena todo esse
patrimônio não estar a serviço somente da
geração de riquezas para o país, e sim estar
mal fiscalizado ocasionando tragédias que
acabaram matando centenas de pessoas.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 35


| POLÍTICA 1/5

NACIONAIS
Por CANDISSE MATOS

lESCÂNDALO
CARNAVALESCO

Um
escândalo!
É assim que
podemos definir
a divulgação
de um vídeo
“desnecessário”
feita pelo
presidente Jair
Bolsonaro em
pleno período
FÁBIO PAMPLONA

carnavalesco.

Um
escândalo
porque num
ambiente

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 36


| POLÍTICA | NACIONAIS 2/5

virtual, que não existem filtros, inclusive


para visualização de crianças e
adolescentes que sequer entendem sobre a
sexualidade mas podem assistir nas redes
sociais a postagem do Presidente. Uma
pessoa consciente não publica algo tão
inadequado.

Um escândalo porque foi um presidente da


República que fez essa postagem, sem qualquer
respeito a institucionalidade do cargo que
ocupa. Tanto que virou piada internacional!

Um escândalo porque sugere que a


maior festa popular do povo brasileiro seja
um ambiente de “promiscuidade” e que
as pessoas que prezam pela moral e bons
costumes devem reprimir tamanho absurdo
porque as cenas daquele vídeo é o resultado
de uma ideologia partidária.

O pior é que o maior escândalo que


está por trás da publicação daquelas
imagens não está tão explícito assim. Mas é
verdadeiramente um escândalo!

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 37


| POLÍTICA | NACIONAIS 3/5

Em meio a esta confusão, o presidente lança


mão de a Medida Provisória para restringir a
atividade sindical.

Medida Provisória é um instrumento


normativo à disposição de um Presidente para
o uso em casos de urgência e emergência.
E vem um questionamento inevitável: qual
a urgência em regular a atividade sindical
através de uma MP em pleno Carnaval?

Bem, a manobra de criar um escândalo


para esconder os verdadeiros escândalos já
é uma rotina estratégica do clã Bolsonaro.
Só que não podemos fechar os olhos para
as arbitrariedades que vêm acontecendo
com tais abusos que desrespeitam a
Constituição Federal.

Percebem que não é de hoje que falo


que essa onda de “moralidade”, de apelo
“popular” – manipulado, de clamor por
posturas implacáveis, desrespeitam o
conjunto de leis que orientam a nossa
democracia. Isso sim, é preocupante!

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 38


| POLÍTICA | NACIONAIS 4/5

Na questão dos sindicatos, é escandaloso


perceber que todo este “circo” só foi
armado para enfraquecer o movimento
sindical em busca da aprovação da proposta
de Reforma da Previdência mais fácil, sem
resistências sindicais.

Ora, será que esse Governo pensa


mesmo na população? Pensa mesmo nos
prejuízos? Na miserabilidade? No respeito
ao povo e à Constituição? Ou vale tudo para
haver conquistas políticas e de interesses
pessoais sem pensar nas consequências
provocadas por tantos atos impensados?

O impasse sindical está sendo decidido


na justiça. Com muito esforço, as pessoas
tomam consciência das ações desastrosas
deste Governo.

E só nos resta lembrar do título de uma


música de Los Hermanos para concluir
tantos escândalos atuais: Todo Carnaval
tem seu fim!

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 39


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ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 40


1/5

GERAL

VIEIRA NETO
PERIGO
FOTOS ARQUIVO CINFORM VIEIRA NETO

Falta de manutenção pode causar incêndios e acidentes no centro

MEDO CONSTANTE
NO CENTRO DE
ARACAJU
lHistórico de incêndios e acidentes assusta
quem frequenta região do centro de Aracaju

JULIA FREITAS | julia.freitas@cinform.com.br

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 41


| GERAL 2/5

Incêndios no centro comercial de Aracaju


sempre são uma preocupação para lojistas,
clientes e, principalmente, para os órgãos
públicos. O assunto já foi tema de reunião
entre representantes do Corpo de Bombeiros,
Defesa Civil estadual e municipal, Câmara
de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Federação
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do
Estado de Sergipe (Fecomércio).

Na ocasião, foram apresentadas propostas


para a resolução do problema de acesso, como a
remoção de elementos decorativos que são fixados
nos calçadões do Centro de Aracaju, que impedem
a circulação de caminhões de bombeiros, viaturas
policiais e ambulâncias, em caso de tragédia.

Além da dificuldade no deslocamento das


viaturas do Corpo de Bombeiros, a idade da
maioria dos prédios e a falta de manutenção
são elementos que contribuem para que o
medo seja constante. “É importante que se faça
periodicamente a verificação das instalações
elétricas das lojas do Centro. São prédios de
mais de 50 anos de construção e que não têm

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 42


| GERAL 3/5

a sua planta elétrica atualizada. Uma grande


quantidade de ligações no mesmo local de
extração de energia pode provocar uma grande
tragédia”, comentou o anterior superintendente
da Fecomércio, Alexandre Wendel.

HISTÓRICO DE INCÊNDIOS
Na época da reunião na Fecomércio, um dos
principais motivos foi o incêndio que atingiu
a loja de tecidos Poliana, localizada na rua
São Cristóvão (centro de Aracaju). Naquela
madrugada, as chamas consumiram o prédio
durante quase três horas e dois outros prédios
foram comprometidos.

No mês passado, um incêndio de grandes


proporções destruiu uma madeireira na
avenida Coelho e Campos, também na
região central de Aracaju. Três dias depois
do início do incêndio, equipes do Corpo
de Bombeiros ainda trabalhavam no local
para apagar novos focos de chamas e
uma equipe da Defesa Civil precisou isolar
metade da via porque o muro da madeireira
corria o risco de desabamento.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 43


| GERAL 4/5

O fato de muitos prédios serem antigos aumenta os riscos

A equipe de reportagem do CINFORM entrou


em contato com o Corpo de Bombeiros para
saber quantos incêndios foram registrados
na região central de Aracaju nos últimos anos,
bem como as suas principais causas, mas até
o fechamento desta reportagem nenhuma
resposta foi dada aos nossos questionamentos.

DEFESA CIVIL
Outro risco que preocupa aqueles que
trafegam diariamente pelas ruas do centro de
Aracaju são as marquises ou estruturas que,
sem manutenção podem desabar e causar

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 44


| GERAL 5/5

um grave acidente. Como o que aconteceu em


2010, quando parte da marquise de uma loja
de departamentos localizada no calçadão da
João Pessoa desabou e matou Vanuza Silva
dos Santos e deixou duas crianças feridas.

Segundo a Defesa Civil de Aracaju, por


meio do atendimento aos chamados da
população, através do número emergencial
199, do atendimento às demandas dos órgãos
reguladores ou durante vistorias de rotina,
“as edificações da região recebem a atenção
do poder público municipal, que reforça sua
atuação em caráter preventivo”.

Na nota encaminhada ao Cinform, a


Defesa Civil do município ressalta ainda
que, com base na Lei Municipal Nº 2765/
99, a cada cinco anos, os proprietários das
edificações devem contratar um responsável
técnico para elaboração de um Laudo de
Manutenção predial. Neste documento,
devem constar todas as patologias que
venham a ser identificadas na edificação,
além do plano de recuperação estrutural.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 45


| GERAL 1/3

ARTIGO DA SEMANA
lAmorosa

DA PROMISCUIDADE À
OPINIÃO BOLSONARISTA
A semana foi quente. E a culpa não foi das
cinzas, mas da declaração do presidente,
Jair Bolsonaro, que decidiu mostrar para o
mundo uma das faces do carnaval brasileiro - a
libertinagem em praça pública.

Na condição de cidadão, Bolsonaro


até poderia, como fez, opinar sobre uma
imagem desagradável. No entanto, não
estamos tratando de um cidadão comum,
mas de um presidente, onde sua fala tem
poder de alterar da economia ao estado
emocional do seu povo.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 46


| GERAL 2/3

Diante do fato, fica a pergunta: o presidente


errou em mostrar um vídeo impróprio, ou
acertou em colocar na arena da discussão um
tema que precisa ser tratado com seriedade?

Se o carnaval é a festa do povo, crianças


podem brincar em qualquer lugar? Qual o limite
entre a brincadeira e a libertinagem? De fato,
faltou ao presidente uma assessoria que o
orientasse sobre os efeitos de uma publicação
que geraria grande polêmica, como gerou.
Porém, na ânsia de atacar a figura do presidente,
não vimos nenhum educador pontuar a
gravidade da cena que ocorreu abertamente, em
lugar público. Sendo assim, devemos esconder
o que deve ser discutido, ou precisamos de um
presidente doido que publica, sem pensar duas
vezes, tudo que lhe deixa indignado?

Há um foco orquestrado – tudo que


Bolsonaro disser, será usado contra ele! Na
linguagem da comunicação, isto não é difícil
de se construir em narrativas, colocando o
denunciante na condição de réu. Ele errou por
denunciar ou o “pau que se dá em Chico não é

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 47


| GERAL 3/3

o mesmo que dá em Francisco”? Quando um


homem nu foi tocado por crianças, alguém
se indignou com quem fez a denúncia?
Lembremos que disseram que era arte! Um
homem urinando em outro também seria?

Estamos diante de um cenário social


preocupante, onde a rebeldia tem se
manifestado em formas animalescas, grotescas
e inaceitáveis. Concordo que o presidente não
teve um comportamento dentro do padrão
institucional que seu posto exige. Só tem uma
questão - quem o elegeu, não quer um político
engomado na aparência e no discurso, mas
um presidente que diga o que pensa, como se
estivesse conversando na sala dos seus eleitores.

Parte da mídia e da massa intelectual do


país, podem até sentir repulsa do que ele faz
e diz. Mas, ao que parece, seus eleitores estão
amando sua ousadia em trazer a lume aquilo
que é guardado nos porões sociais.

lCantora, compositora e imortal da Academia


Itabaianense de Letras

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 48


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ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 49


| GERAL 1/6

APÓS DENÚNCIA,
PRÉDIO EM
CONSTRUÇÃO É
IDENTIFICADO
lResponsáveis pela EMURB defendiam não
ser mais necessária a colocação de placas
de identificação, mas, hoje, a obra está
devidamente identificada por duas placas.

EDVAR FREIRE | edvarfreire@cinform.com.br

Quem passa pela rua Terêncio Sampaio,


ali, bem próximo à confluência com a avenida
Francisco Porto, espanta-se com a rapidez
com que um edifício está sendo construído, já
alcançando o 12º pavimento.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 50


| GERAL 2/6

FOTOS EDVAR FREIRE

Após a denúncia do CINFORM a placa de identificação foi instalado

Há poucos meses atrás, entretanto, se


houvesse interesse em identificar de que
se tratava, qual a construtora, quem era o
responsável, ou qualquer outra informação,
não existia ali qualquer placa de identificação,
como é costume em edificações do tipo.

As pessoas físicas existem a partir do seu


registro, que ocorre por ocasião do nascimento
com vida. As pessoas jurídicas, por seu lado,
existem a partir de sua inscrição na Junta
Comercial do Estado.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 51


| GERAL 3/6

Na época da denúncia a obra estava no quinto andar, hoje está no 12º

Uma obra, para ser edificada, necessita


de registro no CREA - Conselho Regional
de Engenharia e Arquitetura, além da
imprescindível autorização fornecida pela
Prefeitura Municipal, mais outras eventuais
certidões de órgãos fiscalizadores.

De acordo com norma do Conselho Federal


de Engenharia e Arquitetura, pelo menos, a

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 52


| GERAL 4/6

obra deve possuir e exibir, através de placas


de dimensões padronizadas, afixadas em local
visível, informações contendo: Registro de
imóvel; Cadastro do imóvel na prefeitura; Alvará
de construção emitido pela prefeitura; ART
(Anotação de Responsabilidade Técnica); Habite-
se da obra e ainda, por lei, todo proprietário de
uma construção civil particular é obrigado a
efetuar matrícula da obra junto ao INSS, em até
30 dias a contar do início da mesma.

Ainda de acordo com o Conselho, “Enquanto


durarem as construções ou instalações de
serviços de engenharia ou arquitetura, de
qualquer natureza, é obrigatória a afixação de
placas em lugar bem visível ao público, contendo,
perfeitamente legíveis, os nomes dos profissionais
responsáveis pelo projeto, construção ou
instalação, e a indicação dos seus títulos de
formatura, bem como a de seus escritórios”.
Para imposição de responsabilidade, está ainda
exarado no documento que “Serão considerados
infratores do art. 7º e seu parágrafo, do Decreto
nº 23.569, e sujeitos às penalidades do art. 38,
letra “a”: inciso a) Os profissionais e as firmas

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 53


| GERAL 5/6

que deixarem de colocar placa em obra cujo


projeto, construção ou instalação tenham sob
sua responsabilidade ou que as colocarem em
desacordo com a presente Resolução; (...).

Confirmando a exigência da legislação, a


Lei 6.138, de 26 de abril de 2018, estabelece,
no artigo 15, inciso 4º, o seguinte: “Constitui
responsabilidade do proprietário, instalar e
manter atualizada placa informativa de dados
técnicos do projeto e da obra, de forma visível”.

RESPOSTAS DA EMURB À ÉPOCA


“No local serão construídos dois edifícios
residenciais. A obra está devidamente licenciada
na Emurb, uma vez que toda a documentação
necessária para obter o licenciamento foi
apresentada, obedecendo a legislação em
vigor. A autorização foi expedida sob o número
12/2018. O código de obras não obriga a
colocação de placa na obra. O que é exigido é
que os projetos e a autorização da obra estejam
disponíveis no canteiro para serem apresentados
aos fiscais durante as fiscalizações de rotina.
Quanto à calçada, é permitido ocupar até 1/3

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 54


| GERAL 6/6

Mais uma placa com a devida identificação da obra

da calçada com tapume. Como foi dito que todo


o passeio está ocupado, a Emurb vai fazer uma
fiscalização no local”.

Independentemente dessa estranha


declaração da EMURB, o fato é que, depois
do alerta do CINFORM, hoje, duas vistosas
placas identificam legalmente a obra, muito
embora, quando ouvida pela reportagem deste
semanário, a assessoria de comunicação
da Emurb tenha declarado “não ser mais
necessária a colocação de placas nas obras”.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 55


EDIÇÃO 1874

NOSSA SENHORA DAS DORES


CONTRATOS SOB
SUSPEIÇÃO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO
PODEM COLOCAR
PREFEITURA NA MIRA
DA JUSTIÇA
Em Nossa Senhora das Dores
contrata-se sem licitação, são feitos
cursos de formação para profissionais
a preços exorbitantes e por meio de
contratos sob suspeição, alugam-se
imóveis com valores muito acima da média.
|

ÍNDICE
TOQUE E ACESSE

INTERIOR | Prefeitos, governem


suas cidades! 59

POLÍTICA
Gastança no município de Dores
será investigada pelo MPE 64

Mão Amiga 2019 atenderá trabalhadores


do corte da cana de qualquer município 70

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 57


|

Todos os 75 municípios sergipanos


aderem ao Programa Saúde na Escola 76

GERAL
Carnaval de Frei Paulo deixou saudades 82

MPF pede punição para pesca irregular 86

Carnaval em Pirambu, o destino


mais procurado pelos foliões 89

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ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 58
| | OPINIÃO 1/5

Paula Coutinho
INTERIOR

PREFEITOS,
GOVERNEM SUAS
CIDADES!
Prefeitos, governem seus municípios, zelem
pelas cidades que os escolheram por gestores,
não queiram somente ser a sombra de outrem,
e estarem relegados ao papel de vilões e/
ou ao anonimato. Pode até parecer tentador
ficar à sombra de um terceiro, entregar a
Prefeitura ao comando de conveniências,
e simplesmente esperar o rico dinheirinho
salarial cair todos os meses na conta.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 59


| | OPINIÃO | INTERIOR 2/5

Mas isto também tem lá seu quinhão de custo.


E uma hora ou outra a responsabilidade vai sim
pesar sob os ombros de vocês, os reais gestores
das cidades. Mais cedo ou mais tarde, na maioria
das vezes, verdade, muito mais tarde, porque a
Justiça em nosso país é mesmo lenta. Porém,
uma hora a conta vem. Então, por que esperar?
Por que não tomar atitudes certeiras agora,
enquanto é tempo, enquanto vocês são os reais e
legais responsáveis pelas suas cidades?

Há prefeitos – e não somente um, viu? – que


estão se escondendo ‘embaixo da saia’ ou das
‘calças’ de muita gente por aí, viu? Nas gestões
municipais há sim marinheiros de primeira viagem,
é verdade. Mas também há muito oportunismo,
muito gestor que não quer se indispor com
familiares, muito gestor que está é servindo de
fantoche nas mãos de terceiros. Para esses, saibam
que a conta da História sempre chega.

Educação profissionalizante I
O governo de Sergipe, através da Secretaria de
Estado da Educação, do Esporte e da Cultura
(Seduc), mantém abertas as inscrições para

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 60


| | OPINIÃO | INTERIOR 3/5

cursos técnicos profissionalizantes em três


unidades de ensino da rede estadual. Estão
sendo ofertadas, ao todo, 400 vagas em
diversas cursos, visando preparar os alunos
para suprir as demandas de suas localidades.

Educação profissionalizante II
De acordo com a coordenadora do Serviço
de Educação Profissional, professora Rivânia
Andrade, os cursos são pensados tendo
como base os arranjos produtivos locais das
comunidades e seus entornos. Ela cita como
exemplo o município de Poço Redondo, onde
muitos moradores vivem da agropecuária e
agroindústria, e por isso, o Centro Estadual
de Educação Professor Dom José Brandão de
Castro oferta cursos nessas áreas.

Mês da Mulher I
A campanha “Todxs por Todas”, promovida pelo
governo do Estado através de diversas secretarias,
contará com rodas de conversa, seminários,
saraus e oficinas. A programação especial em
comemoração ao mês da mulher é coordenada
pela diretoria de Direitos Humanos da Secretaria de

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 61


| | OPINIÃO | INTERIOR 4/5

Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho


(Seit) juntamente com a vice-governadoria.

Mês da Mulher II
As ações foram realizadas nesta sexta-feira,
08 de março, Dia Internacional da Mulher, a
partir das 09h, no pátio da Seit (Rua Santa
Luzia, 680, bairro São José), com oficinas de
Yoga do Riso, autocuidado, estética, turbantes
e penteados afro.

Mês da Mulher III


Com o foco no combate à violência,
empoderamento, valorização, fortalecimento e
promoção da igualdade, a programação envolveu
organizações não governamentais, conselhos
de participação da sociedade civil, movimentos
sociais, organismos de políticas para as
mulheres nos municípios e, principalmente,
beneficiárias de programas sociais e usuárias de
equipamentos da Assistência Social mantidos
pelo Estado e pelos municípios.

Inscritos no Garantia-Safra I
Boa notícia para os agricultores inscritos no

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 62


| | OPINIÃO | INTERIOR 5/5

Garantia-Safra. O Ministério da Agricultura,


Pecuária e Abastecimento informou que
irá regularizar o pagamento do programa.
Funcionando como uma espécie de seguro
agrícola para pequenos produtores que tiveram
perda de 50% ou mais da sua safra, em
função da estiagem, o programa conta com a
participação da União, Estados, Municípios e
do próprio agricultor. Contudo, o pagamento
da parte alusiva ao governo Federal sofreu
alguns atrasos nos últimos meses, em razão da
transição administrativa do Ministério.

Inscritos no Garantia-Safra II
Segundo informa a Secretaria de Estado da
Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da
Pesca (Seagri), o Mapa divulgou que a folha
de pagamento de março prevê repasses para
os municípios de Aquidabã, Canindé de São
Francisco, Feira Nova, Frei Paulo, Gararu, Gracho
Cardoso, Itabi, Monte Alegre de Sergipe, Nossa
Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Glória,
Nossa Senhora de Lourdes, Pedra Mole, Poço
Verde, Porto da Folha, Ribeirópolis, São Miguel do
Aleixo, Simão Dias e Tobias Barreto.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 63


| 1/6

POLÍTICA

GASTANÇA NO MUNICÍPIO
DE DORES SERÁ
INVESTIGADA PELO MPE
lOs contratos para locação de imóveis com
indícios de irregularidades e um evento de um
milhão para os profissionais da área de saúde
podem colocar a prefeitura da cidade de Nossa
Senhora das Dores sob suspeição

Em Nossa Senhora das Dores contrata-se


sem licitação, são feitos cursos de formação
para profissionais a preços exorbitantes
e por meio de contratos sob suspeição,
alugam-se imóveis com valores muito
acima da média. Quem denuncia a situação
da gastança e desperdício do erário é
o vereador Fabrício Moreira Menezes, o
Fabício da Nettocred. Em frente ao Fórum
de Justiça da cidade, na última quinta-

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 64


| | POLÍTICA | DENÚNCIA 2/6

Valores para um evento para os profissionais da área de saúde

feira, dia 7, o parlamentar gravou um vídeo


explicitando o porquê de tal denúncia.

Nos documentos que chegaram à redação


do jornal CINFORM é possível verificar que,
em relação a um evento realizado para os
profissionais da área de saúde, apenas para o
almoço de um dia de evento foi gasto R$ 30
mil. E o gasto com o palestrante do evento para
o nível superior foi de exatos R$ 678.500,00.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 65


| | POLÍTICA | DENÚNCIA 3/6

Já em relação aos aluguéis de imóveis, a


documentação contratual revela que, sob
contrato de número 08/2018/FMAS, para a
locação de imóvel destinado à instalação e
funcionamento do Programa Bolsa Família,
situado na Rua Desembargador Humberto
Diniz Sobral, nº 88, bairro Centro, município de
Nossa Senhora das Dores, conforme laudo de
avaliação técnica, com vigência de 12 meses e
podendo ser posteriormente atualizada para
24 meses, e orçado no valor de R$ 60 mil,
houve dispensa de licitação.

Para a instalação da secretaria Municipal


de Inclusão, Assistência de Desenvolvimento
Social, com valor contratual de R$ 30 mil
também ocorreu a dispensa de licitação. Isto
também ocorreu para a instalação da sede da
Secretaria da Saúde e do Posto de Saúde, com
locações de imóveis com valores acima da
média, com dispensa de licitação.

Acerca dos aluguéis, sabe-se que é possível


a contratação sem licitação, com base no
que dispõe a legislação, nos termos do

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 66


| | POLÍTICA | DENÚNCIA 4/6

inciso X do art. 24 da Lei nº 8.666/93: “É


dispensável a licitação “para a compra ou
locação de imóvel destinado ao atendimento
das finalidades precípuas da administração,
cujas necessidades de instalação e localização
condicionem a sua escolha, desde que o preço
seja compatível com o valor de mercado,
segundo avaliação prévia”.

É necessário verificar se todos os itens


relacionados aos aluguéis atenderam a outros
requisitos da própria Lei, considerando-se que
“licitação dispensável” não significa “licitação
dispensada”, que é outra situação bem diferente.

CÂMARA MUNICIPAL REAGE


Vale ressaltar que, no sistema público, caso
a despesa supere o montante de R$ 8 mil,
qualquer que seja ela, independentemente de
ser a compra de prego ou papel ou insumos
hospitalares, é preciso ocorrer processo
licitatório. O processo, porém, é dispensável,
quando o caráter é emergencial.

“Protocolei hoje 07/03, no Ministério

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 67


| | POLÍTICA | DENÚNCIA 5/6

Público de Nossa
Senhora das Dores,
uma denúncia
contra a Prefeitura
e a Secretaria
Municipal de Saúde,
que contrataram
uma empresa pelo
valor de quase 1
milhão de reais,
para a promoção
de palestras para
servidores da
pasta. Procurei as
autoridades porque
entendo que a Contrato com dispensa de licitação
saúde de Nossa
Senhora das Dores tem outras prioridades,
como contratação de mais médicos, compra
de equipamentos, agilidade em exames,
consultas e melhor estrutura das unidades
básicas. Confio no MPE e na Justiça para
que apurem e constatem de que forma essa
quantia milionária está sendo realmente gasta”,
reitera Fabrício da Nettocred.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 68


| | POLÍTICA | DENÚNCIA 6/6

“Descobri esse absurdo no dia 1º de


março por meio do Portal da Transparência
do Município. Não é fácil encontrar o
prefeito na cidade. Soltei uma nota
preliminar nas redes sociais esperando
uma explicação. Como não obtive resposta
na quinta fui até o MP”, analisa o vereador.
E continua: “O prefeito diz que o dinheiro é
“carimbado”. Mas não é. Ele (o prefeito) usa
duas fontes de recursos (como mostra o
contrato), sendo uma com verbas federais
do PAB e outra de recursos próprios (da
prefeitura).

Até o fechamento dessa edição o prefeito


de Nossa Senhora das Dores, Thiago de
Souza Santos, o conhecido Dr. Thiago, não
retornou ao contato feito pela reportagem
do jornal. O Dr. Thiago é filho do Dr. Gilberto
Santos, ex-Diretor Presidente do Hospital
Cirurgia, que fora alvo de investigação recente
do Ministério Público de Sergipe (MPE), que
averigua suspeição de ilicitudes no Hospital
Cirurgia durante a administração dele e com
malversação do erário.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 69


| | POLÍTICA 1/6

MÃO AMIGA
2019 ATENDERÁ
TRABALHADORES
DO CORTE DA CANA
DE QUALQUER
MUNICÍPIO
lAté 2017, só podiam ser beneficiados
trabalhadores que residissem em um dos 20
municípios produtores da cana definidos pelo
censo agrícola do IBGE

As inscrições para a edição 2019 do


Mão Amiga Cana estão abertas até 29 de
março. Este ano, o programa irá beneficiar
trabalhadores que morem em qualquer

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 70


| | POLÍTICA 2/6

ASCOM SEIT

Reunião com todos os municípios na última


semana para explicar o projeto Mão Amiga Cana

município de Sergipe. Essa é a principal


mudança para a presente edição, debatida
durante reunião realizada com todos os
municípios, na última semana, quando foram
definidas as orientações para a execução deste
ano. Até 2017, só podiam ser beneficiados
trabalhadores que residissem em um dos
20 municípios produtores da cana definidos
pelo censo agrícola do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE.

“Surgiu a demanda de que existiam


101 trabalhadores de Aquidabã que não

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 71


| | POLÍTICA 3/6

podiam ter acesso ao benefício por não


residirem em um município produtor. Por
isso, o governo decidiu corrigir essa injustiça
histórica alterando a lei para possibilitar o
acesso desses trabalhadores ao benefício.
Retiramos esse critério e agora, para
receber as parcelas, basta comprovar que é
trabalhador da cana, por meio da Carteira
de Trabalho e Previdência Social – CTPS”,
explicou Heleonora Cerqueira da Graça,
do departamento de Inclusão Produtiva da
Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência
Social e do Trabalho (Seit).

Representando os trabalhadores da
cana do município de Rosário do Catete,
Mara Celi dos Santos está à frente do
Sindicato desde 2009, e conta que saiu
satisfeita da reunião. “A gente apresentou
algumas adaptações que foram atendidas
pela secretaria. É uma conquista grande
saber que moradores de mais municípios
terão acesso a esse benefício, que é tão
importante para quem fica desempregado
durante a entressafra. São R$ 760 que

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 72


| | POLÍTICA 4/6

ajudam muito em casa: dá para comprar um


gás, uma cesta básica. O trabalhador rural
só tem a agradecer”, disse Celi.

O diretor de Assistência Técnica e Extensão


Rural da Empresa de Desenvolvimento
Agropecuário de Sergipe (Emdagro),
Esmeraldo Leal, parabenizou a atitude do
governo do Estado, a partir do entendimento
que a cana não se prende às fronteiras
municipais. “Essa ampliação é muito
importante. Quero também cumprimentar
a equipe da Seit por estar o tempo todo
discutindo o programa com os trabalhadores,

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ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 73


| | POLÍTICA 5/6

de forma transparente e com bastante diálogo.


A Emdagro está à disposição nessa parceria
para fortalecer o programa, que é uma grande
conquista dos trabalhadores”, pontuou.

Outra decisão importante normatizada


pelo Comitê Gestor do Programa é que,
para receber o benefício [criado para
mitigar o efeito do desemprego causado
pela entressafra do cultivo], o trabalhador
precisa comprovar, também por meio da
CTPS, que ficou desempregado no ano de
2019. De acordo com a secretária de Estado
da Inclusão Social, Lêda Couto, essas são
apenas as primeiras de algumas mudanças
previstas para o Mão Amiga neste ano.
“O programa está completando dez anos,
e acreditamos que é tempo de atualizar
suas diretrizes, tornando-o mais completo,
para ser capaz de auxiliar os pequenos
produtores rurais de uma forma mais ampla.
Retomamos as reuniões do Conselho Gestor
do Mão Amiga para discutir essas questões,
sob o ponto de vista intersetorial e de oferta
de oportunidades”, explicou Lêda.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 74


| | POLÍTICA 6/6

INSCRIÇÕES
Para se inscrever no programa, os
trabalhadores devem buscar a sede da Emdagro
ou o sindicato dos Trabalhadores Rurais
dos municípios de Areia Branca, Aquidabã,
Capela, Divina Pastora, Japaratuba, Japoatã,
Laranjeiras, Malhada dos Bois, Maruim,
Muribeca, Neópolis, Nossa Senhora das Dores,
Pacatuba, Riachuelo, Rosário do Catete, Santa
Rosa de Lima, Santana do São Francisco,
Santo Amaro das Brotas, São Cristóvão,
São Francisco e Siriri. Moradores de outros
municípios devem se dirigir até a localidade
mais próxima, entre as citadas acima.

A documentação necessária é a Carteira de


Identidade (original e duas cópias); Carteira de
Trabalho (original e duas cópias da página da
foto, frente e verso; e da página onde consta o
último contrato de trabalho); CPF (original e duas
cópias); Folha de Resumo do Cadastro único – V7
– duas cópias (emitida pela Secretaria Municipal
de Assistência Social). A entrega dos cartões e
novas senhas acontecerá entre os dias 17 e 27 de
junho deste ano.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 75


| | POLÍTICA 1/5

TODOS OS 75
MUNICÍPIOS
SERGIPANOS
ADEREM AO
PROGRAMA SAÚDE
NA ESCOLA
lCom isso, alunos das escolas municipais
e estaduais de todos os municípios terão
a oportunidade de participar das ações de
promoção e prevenção desenvolvidas pelo
Governo do Estado

Programa Saúde na Escola (PSE) é


viabilizado através de parceria entre a
Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 76


| | POLÍTICA 2/5

Governo dá início a projeto onde todas as cidades têm


oportunidades de participar e prender como se promovem ações

de Educação, Esporte e Cultura (Seduc), que


promovem conjuntamente ações intersetoriais.
Em 2019, 100% dos municípios sergipanos
aderiram ao Programa, com isso, alunos das
escolas municipais e estaduais de todos
os municípios terão a oportunidade de
participar das ações de promoção e prevenção
desenvolvidas pelo Governo do Estado, desde a
faixa etária do berçário, ensinos fundamental e
médio, até aqueles que compõem o Ensino de
Jovens Adultos (EJA), pertencentes ao período
noturno do ensino não regular.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 77


| | POLÍTICA 3/5

De acordo com a referência técnica da SES


para o PSE, Luciana Boaventura, com a total
adesão, neste ano a amplitude das ações
poderá ser bem maior e mais elaborada. Os
gestores receberão recursos financeiros do
Ministério da Saúde (MS), como acontece
em todos os anos, o que dará condições
para que os grupos de trabalho intersetoriais
dos municípios, com os representantes da
Saúde da Educação, sigam o cronograma
de atividades que vai abordar a promoção
e a prevenção em diversos âmbitos,
como gravidez na adolescência, IST/Aids,
obesidade infantil e na adolescência, além
de sensibilizar os pais para uma alimentação
saudável, para uso do preservativo e sobre o
início das relações sexuais a fim de prevenir
as doenças e a gravidez não elaborada.

“Penso que vai ser um ano de grandes


conquistas, de mudanças de hábitos que
é o que a gente quer porque a promoção
e a prevenção de doenças começam aí,
mudando os hábitos para que futuramente
se consiga diminuir os indicadores negativos

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 78


| | POLÍTICA 4/5

na Saúde. Vale ressaltar a relação entre


a Saúde e a Educação, porque sem os
coordenadores dos municípios nas suas
respectivas secretarias não acontece a
articulação da equipe de Saúde com a equipe
escolar. É necessário e muito importante
essa articulação e que façam as ações
durante o ano todo, que não sejam ações
pontuais, considerando os indicadores
epidemiológicos da Saúde e a realidade da
Educação também”, disse Luciana.

O Programa Saúde na Escola possui 12


ações que devem ser desenvolvidas pelas
escolas através da intersetorialidade, além
de outras de avaliação de saúde, tais como:
combate ao mosquito Aedes, a promoção
das práticas corporais, da atividade física e
do lazer nas escolas, a prevenção ao uso de
álcool, tabaco e outras drogas, a promoção
da cultura de paz, cidadania e direitos
humanos, a promoção e avaliação de saúde
bucal, verificação e atualização da situação
vacinal, promoção da alimentação saudável e
prevenção da obesidade infantil, promoção da

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 79


| | POLÍTICA 5/5

saúde auditiva e identificação de educandos


com possíveis sinais de alteração, gravidez na
adolescência, prevenção das IST/Aids, além da
promoção da saúde ocular e identificação de
estudantes com possíveis sinais de alteração.
Além dessas ações há, ainda, outras de
avaliação de Saúde.

MOBILIZAÇÃO
Instituído em 2007, o PSE acontece em
todos os estados brasileiros e se trata de
uma iniciativa conjunta entre o Ministério da
Educação e Cultura e o Ministério da Saúde.
A SES e a Seduc promoveram nos dias 13 e
14 de novembro de 2018 um encontro com os
75 municípios sergipanos para renovação da
adesão ao Programa Saúde na Escola (PSE)
que é bianual. O encontro teve como objetivo
orientar os municípios sobre as regras, os
critérios e o período de adesão ao Programa
como também sobre o uso do sistema que
estará disponível para preenchimento e
impressão do Termo de Adesão que deve ser
assinado pelos secretários municipais da
Saúde e da Educação.

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|

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 81


| | GERAL 1/4

GERAL

CARNAVAL DE FREI
PAULO DEIXOU
SAUDADES
lMoradores do município de Frei Paulo
realizaram carnaval no povoado
Alagadiço e na sede do município, com
apoio da Prefeitura municipal

Foi com criatividade e pensando na


economia de recursos públicos, tudo isso
aliado à boa vontade de proporcionar diversão

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| | GERAL 2/4

aos moradores do povoado Alagadiço e


visitantes, que idealizadores do Bloco Todo
Todo realizaram o Carnaval de Paz e Alegria, na
segunda-feira (5), naquela comunidade.

Já na terça-feira (6), com a mesma


empolgação, idealizadores do Carnaval da
Ruinha realizaram a segunda edição do evento,
que levou a juventude e famílias freipaulistanas
àquele local, que é conhecido também como a
Praça da Bandeira, na sede do município.

Com a mesma decisão de não gastar


recursos públicos, mas sim, de abusar da
criatividade e de boas parcerias, foi pensando

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 83


| | GERAL 3/4

no resgate das festividades carnavalescas


tradicionais que a Prefeitura Municipal de
Frei Paulo, sob a gestão do Prefeito Anderson
de Zé das Canas, e contando com o apoio do

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| | GERAL 4/4

Bloco Todo
Todo, realizou
a festa no
povoado
Alagadiço, e
o Carnaval da
Ruinha 2019,
na sede do
município.
E assim
contribuindo
para o
sucesso dos
dois eventos.

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| | GERAL 1/3

DIVULGAÇÃO TAMAR
Projeto Tamar serve para a preservação das tartarugas
marinhas e da biodiversidade em que elas vivem

MPF PEDE PUNIÇÃO


PARA PESCA
IRREGULAR
lMulta de R$ 100 mil é proposta para evitar
a pesca de arrasto em regiões proibidas

O Ministério Público Federal em Sergipe,


por meio da Procuradoria da República em
Propriá, ingressou com duas ações civis
públicas para evitar a pesca irregular na costa
sergipana. O pedido é de que os proprietários de

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 86


| | GERAL 2/3

embarcações que descumprirem as regras para


a prática sejam multados em R$ 100 mil.

Em 2018, duas embarcações foram flagradas


pela fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) pescando
camarão com a técnica de arrasto motorizado a
menos de 2 milhas náuticas da costa. A prática
é vedada em Sergipe pela Instrução Normativa
nº 21/2004 do Ibama e seu descumprimento é
considerado crime ambiental.

À época, o MPF denunciou os


proprietários das embarcações por meio
de ação criminal, mas a Justiça Federal
entendeu que as provas apresentadas não
eram suficientes para a condenação.

O MPF não recorreu da sentença e


ingressou com as ações civis públicas para
aumentar a rigidez no controle sobre a
pesca de arrasto, sugerindo a aplicação de
multa de R$ 100 mil caso os donos dessas
embarcações descumprissem a instrução.
De acordo com o procurador responsável

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 87


| | GERAL 3/3

pela ação, Flávio Matias, a violação da


limitação geográfica nas práticas de pesca
é prevista na lei de Crimes Ambientais
com pena de 1 a 3 anos de reclusão, com
possibilidade de pagamento de multa.

O Ibama proíbe a pesca de arrasto na


área para preservar as tartarugas marinhas.
A prática provoca a morte das tartarugas,
que costumam ficar presas nas redes de
pesca até a morte devido a lesões no corpo
e asfixia. A região protegida pela instrução
é um dos principais locais para alimentação
e reprodução das tartarugas-oliva na costa
sergipana, considerada como a principal
área de desova da espécie no Brasil.

Estudos realizados pelo Instituto Chico


Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio) apontam que a pesca de arrasto
é a principal causa da mortandade de
tartarugas no litoral sergipano. As ações
tramitam na Justiça Federal com os
números 0800073-92.2019.4.05.8504 e
0800072-10.2019.4.05.8504.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 88


| | GERAL 1/4

SECOM/PIRAMBU
CARNAVAL EM
PIRAMBU, O DESTINO
MAIS PROCURADO
PELOS FOLIÕES
lRealizado no período de 02 a 05 de
março, carnaval aquece economia local

O Carnaval sem dúvidas é uma das épocas


em que o comércio local espera para o período
das grandes vendas, e neste ano de 2019 não

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| | GERAL 2/4

foi diferente, 90% dos comerciantes avaliaram


as vendas durante o período carnavalesco
entre bom e ótimo, melhor ainda para quem
trabalhou com bebidas, lanches e refeições,
principalmente próximo ao espaço da festa.

Neste carnaval também identificamos


que muitos pirambuenses aproveitaram a
oportunidade para fazer uma renda extra com
vendas de bebidas e aluguéis de casas.

Pousadas, Orla Municipal, bares,


restaurantes e outros pontos turísticos
também foram visitados durante o carnaval
como se este servisse como o grande cartão
postal para mostrar as riquezas naturais
pirambuenses para os visitantes de toda
parte do Brasil.

O CARNAVAL DA INCLUSÃO
Um outro aspecto a ser considerado é que
Pirambu se tornou o carnaval da inclusão,
onde mais uma vez proporcionamos a
alegria e momentos de lazer que jamais serão
esquecidos pelos nossos idosos e crianças,

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 90


| | GERAL 3/4

onde a primeira-dama , Patrícia Moura, grande


idealizadora da Matinê infantil e do tradicional
Bloco da Melhor Idade , não mediu esforços
para que todos os grupos sociais de nossa
comunidade pudessem ser envolvidos. “Foi com
muito carinho e amor que passamos noites em
claro planejando a estrutura, segurança e as
fantasias para que mais uma vez nossos Blocos
brilhassem na avenida, esbanjando a qualidade e
a elegância da nossa gente”, afirmou a primeira-
dama, Patrícia Moura.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 91


| | GERAL 4/4

SEGURANÇA ABSOLUTA
Durante o período festivo nenhuma
ocorrência de maior relevância foi
registrada. “Quando se há planejamento
tudo fica organizado, tudo dá certo.
Parabéns e obrigada pela parceria das
operações especiais da Polícia Militar, SSP,
Guarda Municipal e corpo de bombeiros”,
disse Élio Martins, prefeito de Pirambu.

JÁ DEIXOU SAUDADES
O carnaval de 2019 foi embora deixando
muitas lembranças positivas de amigos
que se reencontraram, famílias que
acolheram seus visitantes e puderam
socializar momentos especiais fazendo de
Pirambu um verdadeiro espaço de alegria
e festividades. Por esses e outros motivos
é que pedimos: que venha o carnaval 2020,
tão alegre e seguro como foi em 2019. A
todos os foliões que nos visitaram, aqui fica
o nosso muito obrigado!

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EDIÇÃO 1874

N T
AVA
S 4
C R
Nosso ícone da linha
RS tem um histórico
incomparável
ÍNDICE TOQUE E ACESSE

EDITORIAL 95

Dia de fúria 96

Salão Duas Rodas 2019 - Desencontro marcado 107

Começar pelo início 112

Onda maneira 123

Tecnologias em ação 130

NOTAS 137

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2/8

O carro que
quebra um estigma
Por Edvar F. Caetano

Meus amigos e minhas amigas, emocionalmente


ligados ao mundo maravilhoso dos automóveis.
Nesta edição do melhor caderno de veículos do
Nordeste, fruto da parceria do jornal CINFORM com a
agência AutoMotrix, você vai conhecer uma máquina
de tirar o fôlego, dotada de um possante motor V6 de
fogosos 450 cavalos.

Você conhecerá a incrível aventura de possuir, ou,


simplesmente, curtir uma Audi RS4 que desafia o
estigma de “carro de família” das “station wagons”
e leva o seu feliz condutor, ou felizarda condutora, a
velocidades, retomadas e curvas velozes e seguras
pelas rodovias do país, tudo isso fustigado pela
energia desse bólido alemão.

Mas, como vocês bem conhecem, a viagem pelo


caderno de veículos do CINFORM/AutoMotrix não
fica por aí, vai muito além, com destaque para outros
veículos destinados aos mais diversos públicos e
várias finalidades, não só esportivas, mas também de
lazer e trabalho. Boa leitura!

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 95


1/11
FOTOS DIVULGAÇÃO

Dia de fúria
Com motor V6 de 450 cavalos, a
Audi RS4 desafia o estigma de “carro
de família” das “station wagons”

Por Luiz Humberto Monteiro Pereira


Agência AutoMotrix

No último dia de fevereiro, a Audi apresentou


ao mercado nacional a quarta geração da RS
4 Avant. A “station wagon” está no portfólio da
Audi há quase 20 anos, é um dos esportivos mais
emblemáticos da marca das quatro argolas e

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 96


2/11

tem a proposta de combinar a possibilidade de


condução altamente esportiva com a usabilidade
do dia a dia. Ou seja, a RS4 Avant pretende quebrar
o paradigma de que as “stations” são “carros
de família”, destinados a levar muitas pessoas
e muitas bagagens para passeios pacatos. Um
dos destaques no estande da fabricante alemã
no último Salão do Automóvel de São Paulo,
em novembro do ano passado, a RS 4 Avant é
empurrada por um motor V6 de 2,9 litros TFSI, que
desenvolve 450 cavalos de potência. Dotado com
a tradicional tração integral permanente Quattro
da Audi, o modelo faz de zero a 100 km/h em 4,1
segundos – é o modelo mais rápido da família A4.

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3/11

Segundo a Audi, os designers da marca se


inspiraram em detalhes esportivos usados no
Audi 90 Quattro IMSA GTO, de 1989, um dos ícones
da marca nas competições esportivas, ao projetar
a nova RS 4 Avant. A frente traz as entradas de
ar com uma estrutura em colmeia típica dos
modelos RS e uma ampla grade em peça única
(singleframe). As caixas de rodas foram ampliadas
em 3 centímetros cada em comparação com
o A4 Avant. Na traseira, o difusor, as saídas
de escapamento ovais e o spoiler de teto,
equipamentos específicos da linha RS, arremetam
o visual ousado e explicitamente esportivo. “A
RS 4 Avant é o nosso ícone da linha RS e tem um
histórico incomparável”, comemora Johannes
Roscheck, presidente e CEO da Audi do Brasil.

Como em qualquer esportivo que se preze, a


“estrela da companhia” do RS 4 Avant está sob
o capô. No novo RS 4 Avant, o motor V6 biturbo
2.9 TFSI, que pesa apenas 182 quilos, tem torque
máximo de 61,2 kgfm – 17,3 kgfm a mais do que
seu predecessor – e atinge uma ampla faixa de
rotação, de 1.900 a 5 mil rpm. Com esse conjunto,
o carro atinge a velocidade máxima de 280 km/h.

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4/11

A potência de 450 cavalos é transferida para


o sistema de tração permanente Quattro por
meio de um câmbio de 8 velocidades Tiptronic
com tempos de trocas de marcha reduzidos e
preparados especialmente para a condução
esportiva. O bloqueio do diferencial envia 60% do
torque para o eixo traseiro e 40% para o dianteiro.
Agilidade, precisão, estabilidade e tração podem
ser ajustadas com o software do controle
eletrônico de estabilidade (ESC). O diferencial
esportivo ainda oferece um ajuste específico
no qual é possível desativar o controle ESC
pressionando o botão por mais de 3 segundos. A
suspensão esportiva deixa a RS 4 Avant milímetros
7 milímetros mais baixo do que no A4 Avant. Os
motoristas podem criar sua própria experiência
pessoal de direção usando o Audi Drive Select,

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5/11

com quatro modos de condução disponíveis:


Comfort, Dynamic, Auto e Individual.

O interior na cor preta destaca o caráter


esportivo da RS 4 Avant, e os assentos têm
costura em padrão de colmeia. O volante
multifuncional com base plana, a estrutura
do câmbio automático e as faixas iluminadas
do painel trazem o emblema RS. No Audi
Virtual Cockpit, gráficos específicos da linha RS
fornecem informações sobre força G, pressão
dos pneus e temperatura, bem como potência

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6/11

e torque. O temporizador de voltas é capaz de


memorizar até 99 voltas e comparar os tempos
entre si. Status de componentes técnicos como
a temperatura do óleo, do motor e do fluido
de transmissão e a pressão do ar nos pneus
são apresentados no painel. A RS 4 Avant está
com mais espaço interno em sua nova geração.
A distância entre-eixos é de 2, 83 metros,
enquanto a largura dos ombros nos assentos
frontais foi ampliada em 11 milímetros. Em
sua configuração básica, o compartimento
de bagagem da nova RS 4 Avant oferece 505
litros, volume que sobe para 1.510 litros com os
assentos rebaixados. A abertura e o fechamento
elétrico do porta-malas contam com sistema
hands-free, acionáveis pelo movimento do pé.

O sistema de infoentretenimento está


acessível por meio do MMI Touch presente no
console central. O touchpad sensível ao toque
oferece entrada de caracteres ou gestos com
dedos. Outras funções são selecionadas pelo
controle de voz. Já o visor central mede 8,3
polegadas. O sistema tem unidade de DVD,
memória flash de 10 GB, leitores de cartão,

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7/ 11

conector USB com função de carregamento e


conexão Aux-In. A interface do smartphone pode
ser projetada na RS 4 Avant com integração via
Apple Car Play e Android Auto. O sistema de som
Bang & Olufsen oferece a melhor qualidade de
áudio, com amplificador de 755 watts, 19 alto-
falantes e dois subwoofers.

Veículo de padrão impressionante, voltado


para pouquíssimo privilegiados, a nova Audi
RS 4 Avant estará disponível por também
impressionantes R$ 546.990. Quem não se
der por satisfeito com o esse valor e com
o que a RS 4 Avant oferece de série, há o

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8/ 11

opcional pacote Audi Assistance Tour, que


contempla ampla variedade de recursos de
alta tecnologia, como o Traffic Jam Assist
(auxilia na condução durante engarrafamentos
e movimentação de velocidade até 65 km/h),
o Audi Active Lane Assist corrige a direção
e alerta sobre possível saída da faixa sem
sinalizações), o Adaptive Cruise Control
(mantém distância do veículo da frente
acelerando e freando se necessário com
auxílio de sensores e câmera) e assistente
de luz alta. Freios de cerâmica também
estão disponíveis como opcionais e trazem
vantagens na otimização do sistema.

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PRIMEIRAS IMPRESSÕES

“Game” da vida (quase) real


Mogi Guaçu/SP - A oportunidade de avaliar a
Audi RS 4 se restringiu a três voltas no circuito
de 3.493 metros do autódromo Velo Cittá, na
cidade paulista de Mogi Guaçu. Ou seja, pouco
mais de 10 quilômetros. Parece pouco. E é!
Pouquíssimo! Mas, apesar da disponibilidade
limitada, o teste permitiu avaliar particularmente
bem o funcionamento do sistema Quatro de
tração integral aliado aos sistemas de controle de
estabilidade do veículo. Uma chuva de verão, que
começou como garoa tímida e terminou como um
verdadeiro “pé d’água”, se encarregou de deixar

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a pista bastante escorregadia e tornar a rápida


“brincadeira” ainda mais divertida.

Colocar balaclava e capacete dá ao


motorista uma sensação de estar em um “game”
extremamente interativo. Depois de selecionar
o modo Dynamic, finalmente chega a hora
de deixar os boxes e pisar fundo no pedal da
direita. De cara, a estabilidade da RS 4 Avant
nas curvas molhadas feitas em alta velocidade
no Velo Cittá impressiona. E muito! Eventuais
imprecisões do motorista nas manobras rápidas
são compensadas pelos sistemas eletrônicos
tão instantaneamente que o “piloto” mal tem a
oportunidade de perceber as próprias falhas. Para
manter os olhos na via em todos os momentos,
o motorista conta com o head-up display, um
recurso que também parece ter saído de um
jogo de computador – o dispositivo projeta
informações relevantes diretamente no para-
brisa, no campo de visão do motorista. No modo
manual, o visor sugere a mudança de marcha,
que é feita com os “paddle shifts” no volante.
O câmbio tiptronic, de 8 velocidades, é preciso
como se espera de um esportivo.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 105


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Mas os grandes momentos do dia ocorreram


quando surgia pela frente a longa reta dos boxes,
que começa ascendente e termina em descida.
É a oportunidade perfeita para acelerar fundo a
perua de 450 cavalos e ultrapassar os 200 km/h,
sem ter de se preocupar com a possibilidade
de encontrar no caminho radares, pedestres,
ciclistas, animais ou outros carros. Pena que
a alta velocidade praticada na pista tenha um
“efeito colateral”: a oportunidade de dirigir
termina cedo demais. Uma experiência rápida –
muito rápida –, mas bastante intensa!

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ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 106


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Mercedes-Benz
Actros 2651

Salão Duas Rodas 2019


Desencontro marcado
Maior evento de motocicletas de América
Latina, que será em novembro, enfrenta a
desistência de diversas marcas

Por Sidney Levy, do Motonline


especial para a Agência AutoMotrix

A debandada de empresas do Salão Duas


Rodas 2019, iniciada por BMW, Harley-Davidson e
Ducati, parece não ter fim. Agora é a vez de Dafra e
KTM anunciarem que não participarão do evento
agendado para novembro – que, por enquanto,

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ainda é o maior evento do setor de motocicletas da


América Latina. O motivo, segundo o comunicado
conjunto das empresas, é a necessidade de
relacionamento direto com novos e potenciais
consumidores por meio de test-rides, o que o
Salão Duas Rodas não proporciona. Também há
o clamor por mudanças no formato e o custo alto
de participação, apesar de apenas a Ducati ter
manifestado que o custo é um fator decisivo.

O fato é que um Salão Duas Rodas com


importantes e sensíveis ausências não é bom
para ninguém. Nem para quem já confirmou
a participação – Honda, Yamaha, Kawasaki,
Suzuki, Haojue –, tampouco aos que ainda não

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 108


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confirmaram, como Triumph e Royal Enfield, e


muito menos aos ausentes confirmados – BMW,
Harley-Davidson, Ducati, Dafra e KTM. Para o
setor, é um verdadeiro desastre, sobretudo após o
início da suada retomada de produção e vendas
em 2018 após seis anos de quedas sucessivas.

O assunto ocupa espaço na imprensa


especializada desde o início deste ano, quando a
Reed Exhibitions Alcântara Machado anunciou a
renovação do contrato com a Abraciclo (Associação
Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas,
Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares)
garantindo a realização do Salão até 2025. Logo
em seguida, a BMW anunciou que não participaria
do evento, e na esteira do impacto da decisão
da BMW, a norte-americana Harley-Davidson e a
italiana Ducati também declinaram do Salão Duas
Rodas. E agora, Dafra e KTM juntas pularam fora.
É bom lembrar que a não participação da marca
austríaca é consequência da decisão da Dafra, pois
essa é importadora, montadora e distribuidora
oficial das motos KTM no Brasil.

Por enquanto, nem a empresa promotora,

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 109


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tampouco a Abraciclo se pronunciaram


oficialmente sobre as desistências do Salão Duas
Rodas. Mas parece claro o desconforto que o
assunto causa a executivos que atuam no setor.
Razões para isso não faltam! A começar pela falta
de unidade na Abraciclo, que vê quatro das 10
empresas do setor de motocicletas associadas à
entidade fora do Salão Duas Rodas 2019, apesar
dela, Abraciclo, ser a entidade que dá caráter
oficial ao evento. Alguns até podem dar de
ombros e orgulhosamente dizer que as empresas
já confirmadas no evento detém mais de 95%
das vendas de motos no Brasil. No entanto, a
preocupação não é pela representatividade do

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 110


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evento em termos de volume do mercado, mas


o fato de que pode haver um esvaziamento em
termos de público e uma frustração geral ao se
perceber que o maior evento do setor não reúne
todas (ou a maioria) das principais empresas do
setor. É bom lembrar que o objetivo do Salão
Duas Rodas – como de todas as outras mostras
dos segmentos de motocicletas e de automóveis
em todo o mundo – é mostrar novidades,
apontar tendências e, acima de tudo, oferecer a
oportunidade aos consumidores de sonharem com
motocicletas que não veem nas ruas todos os dias,
as chamadas “motos dos sonhos”.

Além de tudo, a ausência de grandes marcas


no contexto do mercado brasileiro, apesar de não
representarem grande volume de vendas, causa
uma enorme desconfiança nos consumidores.
A maioria não terá a preocupação de entender
as razões de cada uma, porém certamente
desconfiará da saúde do setor e acumulará
dúvidas quanto ao compromisso de cada marca
ausente com o mercado brasileiro. De fato, algo
não cheira bem! Com a palavra, Abraciclo e Reed
Exhibitions Alcântara Machado.

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FOTOS LUIZA KREITLON/AGÊNCIA AUTOMOTRIX

Começar
pelo início
Com preço competitivo, câmbio manual e o básico
em termos de conforto e tecnologia, Ford Ka 1.0 SE
tem o que se espera de um “primeiro carro”

Por Luiz Humberto Monteiro Pereira


Agência AutoMotrix

Os grandes “objeto do desejo” da indústria


automotiva sempre foram os esportivos com
motorizações potentes e a mais moderna tecnologia

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a bordo. Mas pouca gente começa no universo


automotivo dirigindo uma Ferrari, um Lamborghini
ou um Porsche, privilégio reservado a um percentual
ínfimo da população. Os “simples mortais” que
não são milionários, logo que tiram sua carteira de
motorista, normalmente optam por um carro básico,
com um padrão aceitável de conforto e segurança.
Algo sem maiores extravagâncias – até porque,
para quem acabou de aprender a dirigir, é comum
acontecer uma batidinha ou outra. Por isso, baixos
custos de manutenção e reparabilidade ganham
importância, assim como o câmbio manual – se um
motorista não se acostuma a engatar manualmente
as marchas logo que aprende a dirigir, dificilmente

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 113


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se adaptará mais tarde. Dentre esses carros


que servem de “introdução ao consumo” dos
automóveis está o Ka 1.0 SE, a versão mais barata
do hatch compacto da Ford – exceto pela S, que não
tem nem rádio e é destinada para frotistas.

A lista de itens de série é enxuta, mas precisa


na função de atender às necessidades básicas de
quem enfrenta o trânsito diariamente. Lá estão ar-
condicionado, direção elétrica, vidros dianteiros
e travas elétricas com controle remoto, chave tipo
canivete, ajuste de altura da coluna de direção
e rádio com Bluetooth e comandos de voz.
Airbags frontais e ABS com EBD, como determina
a legislação, também são de série. Itens mais

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“sofisticados”, como ajustes elétricos para os


retrovisores externos ou uma central multimídia
mais incrementada, não estão disponíveis na
versão. Ou seja, apesar de não oferecer grandes
requintes, o pequeno hatch da Ford entrega
um “nível civilizado” em termos de conforto,
segurança e conectividade. Em termos estéticos,
o visual é o mesmo apresentado em 2014 e
sutilmente remodelado no ano passado – as
mudanças se resumiram à nova grade e aos novos
para-choques. O fato de ser uma configuração de
entrada não chega a ficar tão explícito, embora
a ausência de faróis de neblina e a presença
de rodas de aço de 14 polegadas cobertas com
calotas evidenciem que não é um “top de linha”.

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O Ka 1.0 SE é movido pelo propulsor


tricilíndrico 1.0 de 85 cavalos de potência e
10,7 kgfm de torque com etanol. Na aferição de
consumo promovida pelo Inmetro, o conjunto
obteve médias de 9,2 km/l na cidade e 10,7 km/l
na estrada com etanol e 13,4 km/l na cidade
e 15,5 km/l com gasolina, que lhe renderam
um conceito “A” na comparação relativa da
categoria e o Selo Conpet de Eficiência Energética
Veicular. Para obter esse selo, um automóvel
precisa ser eficiente energeticamente, não só
comparado a modelos semelhantes da sua
categoria (classificação relativa), como também
comparando a todos os demais modelos

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participantes do Programa Brasileiro de


Etiquetagem Veicular (PBEV).

Segundo a tabela da Ford, o Ka 1.0 SE custa


R$ 46.490. Porém, o modelo é “figurinha fácil” nas
“Ofertas Ford”. No final de fevereiro, era oferecido
no site da marca por preços a partir de R$ 42.490
à vista ou entrada de R$ 32.717 e saldo em 18
vezes de R$ 600. Na prática, por um valor similar
aos concorrentes, essa versão do compacto
fabricado na cidade baiana de Camaçari cumpre
a proposta de oferecer o que se espera encontrar
em um hatch básico, com os níveis aceitáveis
de conforto, segurança e tecnologia dos quais
ninguém gosta de abrir mão. E a versão mais barata
tem ajudado a embalar as vendas do Ka. Desde
o lançamento de sua linha 2019, em julho do ano
passado, o compacto da Ford ganhou volume de
emplacamentos e passou a ameaçar o Hyundai
HB20 na briga pela vice-liderança nacional de
vendas – ambos ficam atrás do líder Chevrolet Onix.
Este ano, o Ka ultrapassou o HB20 e emplacou
15.656 unidades em janeiro e fevereiro, ocupando
o segundo lugar no ranking nacional de vendas de
automóveis no primeiro bimestre de 2019.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 117


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EXPERIÊNCIA A BORDO

Simples assim
O Ka oferece acesso fácil, com bons ângulos de
abertura de portas. Há espaços bem projetados
para abrigar objetos no interior, além dos
específicos para levar copos ou garrafas. O espaço
interno dá para quatro passageiros sem grandes
apertos. Os plásticos dominam o habitáculo,
entretanto, a montagem é precisa. É simples,
não faz feio. O isolamento acústico não é dos
melhores e o barulho do propulsor entra na
cabine com vontade quando o motorista acelera

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um pouco mais. Todavia, nada muito diferente do


padrão dos haches compactos.

O painel do Ka SE não tem maiores requintes,


porém é bem resolvido. Acima do sistema de
som fica um porta-objetos cuja tampa também
serve para prender um telefone celular. Dentro
do compartimento, fica uma entrada USB, o que
é prático para carregar o smartphone enquanto
se usa o GPS no trânsito. O sistema de som traz
Bluetooth, mas o volante não é multifuncional
e os comandos são todos junto à tela. Os vidros
elétricos só estão disponíveis na frente, os
de trás são manuais, com as nada saudosas
manivelas que dão um toque quase “vintage”. Os
ajustes dos retrovisores são manuais, contudo
não é necessário meter os dedos no espelho
– comandos satélites ajudam a escolher a
posição ideal de cada retrovisor. Apesar de
mais simplificado que o tradicional Sync
com tela sensível ao toque, o computador de
bordo cumpre a função de dar informações
relevantes sobre consumo e autonomia. O
porta-malas leva apenas 257 litros, volume um
pouco abaixo da média do segmento.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 119


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PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Eficiência sem extravagâncias


O motor 1.0 de três cilindros e 85 cavalos da
Ford é moderno e empurra o pequeno Ka com
facilidade. Arrancadas são boas e, a partir dos 3
mil giros, o “powertrain” fica à vontade. O torque
máximo aparece em 3.500 rpm com gasolina,
mas só em 4.500 mil giros com etanol. Contudo
nada disso representa qualquer problema para a
performance. Ultrapassagens e retomadas podem
ser feitas de forma precisa, em um bom padrão
dinâmico em relação ao segmento de hatches 1.0.
O Ka sempre teve engates suaves e o novo câmbio
lançado com a linha 2019 honra essa tradição. O

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entendimento do motor com o câmbio manual


de 5 velocidades é amistoso e a transmissão
oferece engates precisos, rentabilizando bem o
desempenho do conjunto. A assistência elétrica
da direção foi recalibrada e ficou mais direta.

Embora não ofereça “luxos” como um controle


eletrônico de estabilidade, tecnologia que é sempre
bem-vinda e efetiva em termos de segurança, o Ka
tem uma suspensão bem resolvida, é naturalmente
bem equilibrado e evolui com firmeza nos caminhos
sinuosos, sem vacilações. As rolagens de carroceria,
que só ocorrem em velocidade elevadas, são
discretas e a suspensão absorve com eficiência as
irregularidades lamentavelmente habituais nas
ruas brasileiras. São as vantagens de um modelo
que já frequenta o mercado nacional há algum
tempo e já está acostumado aos “pedaços de mau
caminho” das vias locais. Para quem se incomodar
com o estilo “espartano” do Ka 1.0 SE, vale dar
uma espiada na versão SE Plus, que acrescenta
Sync com tela touch, retrovisores elétricos,
vidros elétricos nas quatro portas e sensor de
estacionamento traseiro. Anda sendo oferecida
por menos de R$ 3 mil acima da SE.

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FICHA TÉCNICA
Ford Ka 1.0 SE
Preço: R$ 1
MOTOR Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 997 cm³, três cilindros
em linha, duplo comando variável na admissão e no escape no
cabeçote e quatro válvulas por cilindro. Acelerador eletrônico e
injeção eletrônica multiponto sequencial.
TRANSMISSÃO Câmbio manual de 5 marchas
à frente e uma a ré. Tração dianteira.

POTÊNCIA 80/85 cavalos com gasolina/etanol a 6.500 rpm.

TORQUE 10,2 kgfm a 3.500 rpm com gasolina


e 10,7 kgfm com etanol a 4.500 mil rpm.

DIÂMETRO E CURSO 71,9 mm x 81,8 mm. Taxa de compressão: 12:1.

SUSPENSÃO Dianteira independente do tipo McPherson, com


molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora.
Traseira semi-independente por eixo de torção, molas helicoidais e
amortecedores hidráulicos.

PNEUS 175/65 R14.

FREIOS Discos ventilados na frente e tambores


atrás. ABS com EBD e assistência de frenagem.

CARROCERIA Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares.


Com 3,89 metros de comprimento, 1,70 metro de largura, 1,53 metro de
altura e 2,49 metros de entre-eixos.
PESO 1.037 KG. CAPACIDADE DO PORTA-MALAS 257 litros.

TANQUE DE COMBUSTÍVEL 51 LITROS. PRODUÇÃO Camaçari/BA.

1869-11/3/2019
ANO 37 - ED. 1874 -4/2/2019 - 122
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FOTOS DIVULGAÇÃO
FOTOS DIVULGAÇÃO

Onda maneira
A versão conceitual do Kicks Surf é a proposta da
Nissan para a comodidade da galera do mar

Por Daniel Dias


Agência AutoMotrix

A Nissan acaba de apresentar o Kicks Surf


Concept, realçando as raízes do nome do SUV
produzido no Complexo de Resende (RJ). Vindo
da expressão em inglês “kicks”, com significado
“doing something for fun” (fazer alguma coisa
por diversão), o carro se aproxima agora das

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emoções do surfe. A chegada do protótipo da


Nissan, que em um primeiro momento não
deve se tornar um veículo de série, não poderia
ser em uma hora mais adequada, com os
recentes títulos mundiais dos brasileiros Gabriel
Medina (2014 e 2018) e Adriano de Souza, o
Mineirinho, em 2015.

O veículo-show em alusão ao esporte das


ondas é baseado na versão topo de linha do
Kicks, que está no mercado com preço de R$
101.390. O motor é o 1.6 bicombustível de
114 cavalos de potência a 5.600 rotações por
minuto e torque de 15,5 kgfm a 4 mil rpm,
associado à transmissão CVT X-Tronic com
modo Sport. Conforme números da Nissan,
o carro acelera de zero a 100 km/h em 12,4
segundos. Para o Programa Brasileiro de

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Etiquetagem do Inmetro, o Kicks tem consumo


de 8,1 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada com
etanol e de 11,4 km/l no ciclo urbano e 13,7
km/l na rodovia abastecido com gasolina. De
acordo com dados da Fenabrave, representante
das concessionárias no país, o crossover da
Nissan, apresentado no Brasil em 2016, teve
uma média de 3,8 mil unidades vendidas por
mês no ano passado.

A equipe do Estúdio de Design da Nissan


América Latina, liderada por John Sahs,
teve como inspiração a paixão pelo surfe e
as famosas praias da América Latina para
desenvolver o “show car”. O modelo se
destaca pela incorporação de características e
elementos exclusivos para enfrentar o asfalto e
as aventuras dos surfistas. “Para desenvolver o

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4/7

conceito de design do Kicks Surf, imaginamos


que ele deveria ser o aliado perfeito para o
estilo de vida e as necessidades dos surfistas.
Por isso, fizemos analogias entre a emoção
sentida pelos esportistas e a inovação de
nossos veículos”, comentou Sahs.

O Kicks, o primeiro modelo global da


marca japonesa apresentado ao mundo na
América Latina e que foi inspirado na cultura
e vitalidade dos clientes dessa região, serviu
como tela para dar forma à criatividade da
equipe de Sahs. O carro-conceito se destaca
pelo design de grafismos inspirados nas
ondas do mar por meio de uma interpretação

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matemática, semelhante à Sequência de


Fibonacci, uma sucessão de números que
obedece a um padrão no qual cada elemento
subsequente é a soma dos dois anteriores. Os
designers do Kicks Surf Concept escolheram
a cor do céu e do mar como predominante no
conceito não por acaso. “O azul é uma cor em
evolução, que vai do escuro ao claro e, com
isso, quisemos representar a variedade de tons
da água do mar. O acentuado tom de amarelo-
esverdeado brilhante em combinação com o
azul dá ao Kicks Surf Concept uma sensação
dinâmica e esportiva”, pondera Sahs.

Para oferecer equipamentos adaptados

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às necessidades dos surfistas, os designers


entrevistaram os irmãos Alejo e Santiago Muñiz,
que competem pelo Brasil e pela Argentina,
respectivamente. Os esportistas compartilharam
as necessidades básicas para um veículo
adaptado ao surfe. O Kicks Surf Concept conta
com uma proteção na área de carga traseira
para transportar alguns dos acessórios que um
surfista precisa durante uma viagem ou quando
sai para treinar e barras transversais de teto para
colocação das pranchas. Dentro, conta com
detalhes nos acabamentos e costuras na cor azul,
que se harmonizam com os tons externos.

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O Kicks Surf associa as tecnologias da


Nissan Intelligent Mobility a outras criadas
para os surfistas profissionais. Uma delas é
o sistema de chave inteligente, adaptado à
pulseira KLS, ou “Surfe Sem Chave”. O novo
dispositivo permite que os surfistas utilizem
uma pulseira, resistente à água, para abrir e
fechar o carro. Assim, ficam livres do estresse
de ter de esconder as chaves antes de entrar na
água, carregando a pulseira nas ondas. Outros
acessórios incluem um sistema de ducha
portátil e um trocador, para que os surfistas
possam tirar a roupa de banho ao ar livre.

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FOTOS DIVULGAÇÃO

Tecnologias
em ação
Produção de cabines na fábrica de caminhões da
Mercedes-Benz incorpora evoluções da Indústria 4.0

Por Luiz Humberto Monteiro Pereira


Agência AutoMotrix

A Mercedes-Benz está disposta a liderar a


evolução da indústria brasileira de caminhões
no rumo da Indústria 4.0. Os pilares da chamada
“quarta revolução industrial” – como uso
intensivo da tecnologia digital, conectividade,
dados na nuvem, Big Data e Internet das Coisas

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2/7

– já estão presentes na linha de cabines de


caminhões da fábrica de São Bernardo do
Campo, no ABC Paulista. “Há pouco menos de
um ano, inauguramos nesta planta a nova linha
de montagem de caminhões, com a implantação
pioneira e efetiva de conceitos da Indústria 4.0.
Agora, com a linha de cabines, estamos dando
mais um passo histórico e decisivo, que terá
continuidade, porque avançaremos para a
produção de agregados, como motores, câmbios
e eixos, e também de chassis de ônibus”, valoriza
Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz
do Brasil e CEO América Latina.

Com o novo ambiente de trabalho na produção


de cabines, a Mercedes-Benz projeta ganhos de

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3/7

15% em eficiência e 20% em logística em relação


a processos anteriores. A nova Linha de Cabines
4.0 vem desenvolvendo e testando, por exemplo, o
uso de avançadas soluções – inéditas na empresa,
na Daimler Trucks e em veículos comerciais no
país – como óculos de realidade aumentada,
robô colaborativo e exoesqueleto, ferramentas
inovadoras para as linhas de produção. Essas
tecnologias trazem ganhos importantes de
ergonomia, qualidade de vida e segurança no
ambiente de trabalho para os colaboradores. “Com
a nova Linha de Cabines, seguimos entregando
investimentos no Brasil, dentro do aporte de R$
2,4 bilhões programado de 2018 a 2022”, informa
Schiemer. “A linha de cabines também é resultado
do aprimoramento do processo ergonômico nas

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células de trabalho e do investimento contínuo


na qualidade de vida dos colaboradores, com
participação da área de Medicina e Segurança do
Trabalho. Nosso foco é a evolução do ambiente de
trabalho, contribuindo para o desenvolvimento das
equipes”, reforça Carlos Santiago, vice-presidente
de Operações da Mercedes-Benz do Brasil.

O universo de equipamentos, ferramentas e


tecnologias de última geração é diversificado
e está totalmente conectado na atual linha
de cabines. A tecnologia aplicada por toda
linha permite disponibilizar dados em tempo
real para diversas áreas da fábrica. Um App
permite acompanhar 100% da produção pelo
celular e de qualquer lugar. Essa ferramenta

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5/7

tem interface com a planta de Juiz de Fora


(MG), onde ocorre a pintura das cabines, e com
diversas áreas de São Bernardo do Campo.
Dados gerados por equipamentos como
as apertadeiras eletrônicas, robôs e AGVs
(Automatic Guided Vehicle ou Veículo Guiado
Automaticamente) são armazenados em um
Data Lake e alimentam sistemas de inteligência
artificial e Big Data. Utilizando recursos de
Analytics, pode-se monitorar a qualidade de
todos os produtos, detectar falhas e até fazer
uma correlação com as informações de vendas,
flexibilizando o mix de produção.

O uso da realidade aumentada é uma


iniciativa pioneira na Mercedes-Benz do Brasil e
na Daimler Trucks. Está sendo utilizada, a partir

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deste ano, no início do processo de montagem


inferior da cabine para manutenção preventiva.
Os óculos de realidade aumentada possibilitam
visualizar imagens com parâmetros e informações
dos sensores de um determinado equipamento
ou do processo produtivo. Permite ao operador
ou inspetor que atue de forma rápida e com as
mãos livres, tendo o suporte de áudio, vídeo e
outros documentos que auxiliam o processo de
manutenção, garantindo redução no tempo de
atendimento e qualidade na execução da tarefa.

Os robôs colaborativos trabalham em total


sintonia com os operadores, aliviando esforços
em atividades repetitivas, contribuindo para
maior assertividade e qualidade. Na Mercedes-
Benz do Brasil, o primeiro robô colaborativo atua
na montagem da chave geral do caminhão. De
braço duplo e mãos flexíveis, o robô colaborativo
manuseia qualquer objeto, com alto nível de
precisão. Graças a seu design compacto e ao
controle preciso, não exige barreiras, gaiolas
ou grades para utilização, nem zonas restritas
de uso, garantindo a segurança dos operários
e das pessoas a sua volta.

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O uso do exoesqueleto é outra evolução da


linha de cabines, com foco na ergonomia, saúde
ocupacional e segurança para os colaboradores.
Já são mais de três meses de estudos e testes,
feitos em parceria com a Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo – Poli-USP, em um
laboratório montado dentro da própria empresa.
O exoesqueleto é uma estrutura de suporte
adaptada ao corpo do colaborador e projetada
ergonomicamente para ajudar nas ações de
movimentos repetitivos, reduzindo o risco de
lesões. Conforme o modelo, pode diminuir
esforços nos ombros, coluna, quadril e pernas.
Não aumenta a força do colaborador, mas
reduz a fadiga muscular.

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ANÉIS ELETRIZADOS
DIVULGAÇÃO

Por Daniel Dias


Agência AutoMotrix

No Salão de Genebra do ano passado, a


Audi exibiu o e-Tron como seu primeiro modelo
totalmente elétrico. Agora, a marca dos quatro
anéis está apresentando na mostra suíça seu
terceiro modelo “verde”, o SUV Q4 e-Tron Concept,
construído na base modular MEB do Volkswagen
Group, a mesma do VW ID. A bateria de 82 kW fica
na parte de trás do carro e autonomia é de 450
quilômetros. A potência de envio para as rodas
é de dois motores elétricos, um em cada eixo.
O traseiro tem 201 cavalos e torque de 23 kgfm,
enquanto o dianteiro conta com 100 cavalos

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 137


2/9

e 11,5 kgfm de torque. Combinados, ganham


a força de 301 cavalos e torque de 34,5 kgfm.
Conforme a Audi, o Q4 e-Tron acelera de zero a
100 km/h em 6,3 segundos. Por dentro, o SUV
elétrico é uma mistura do primeiro e-Tron com o
“convencional” Q3. O Q4 e-Tron Concept tem 4,59
metros de comprimento, 1,90 metro de altura,
1,61 metro de largura e 2,77 metros de entre-eixos.

POTENCIAL DINÂMICO

DIVULGAÇÃO

Por Daniel Dias


Agência AutoMotrix

Com elevado potencial dinâmico, os SUVs


são as grandes apostas da Volkswagen no

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 138


3/9

Salão de Genebra deste ano. A marca alemã


escolheu a mostra suíça para apresentar os
novos Touareg V8 TDI e T-Roc R. O primeiro
inicia sua trajetória comercial em maio, com
um motor 4.0 V8 turbodiesel com 421 cavalos
e brutais 91,5 kgfm de torque. Conforme a
Volkswagen, o utilitário esportivo de grande
porte pode acelerar de zero a 100 km/h em
4,9 segundos e chegar à velocidade de 250
km/h, limitada eletronicamente. Traz de série
equipamentos como suspensão pneumática,
operação elétrica de abertura da tampa do
porta-malas, bancos Comfort, pedaleira em
aço inoxidável, rodas de 19 polegadas e o
pacote Light & Sight, com retrovisores externos
eletrocromáticos e faróis com acendimento
automático. Desenvolvido pela R, divisão
desportiva da Volkswagen, o T-Roc R tem
motor 2.0 TSI (turbo) com 300 cavalos e 41,5
kgfm de torque, associado à transmissão
DS de dupla embreagem e 7 velocidades e
à tração integral 4Motion. De acordo com a
marca alemã, o carro pode acelerar de zero a
100 km/h em 9 segundos e atingir 250 km/h de
velocidade máxima.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 139


4/9
CRIA DE MARANELLO

DIVULGAÇÃO
Por Daniel Dias
Agência AutoMotrix

Seguindo uma tradição, a Ferrari lança mais


um modelo no Salão de Genebra. Desta vez, é o
F8 Tributo, máquina que substitui o 488 GTB, com
50 cavalos a mais de potência em relação ao seu
antecessor. O novo modelo da Casa de Maranello
tem o V8 biturbo mais potente da Ferrari, com
720 cavalos e 73,4 kgfm de torque. Segundo a
marca italiana, o F8 Tributo acelera de zero a 100
km/h em apenas 2,9 segundos e até 200 km/h
em 7,8 segundos e pode chegar à velocidade

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 140


5/9

máxima de 340 km/h, a mesma da Ferrari Pista,


estrela na mostra suíça no ano passado. Tamanho
desempenho não vem somente do poderoso
“powertrain”. O carro perdeu 40 quilos e pesa
1.330 quilos, além da aerodinâmica com 10%
de eficiência. O visual segue a nova identidade
proposta pela equipe de Maranello inspirado
no 308 GTB da década de 80. Vale lembrar que a
preocupação com a aerodinâmica não se limita
aos modelos de rua da Ferrari. Desde 2017, um
novo time de projetistas – formado em Maranello
– assina os carros da famosa equipe vermelha da
Fórmula-1, brigando, então, ombro a ombro com
a pentacampeã Mercedes.

INSPIRAÇÃO EXPLÍCITA
Por Edmundo Dantas/Agência
Agência AutoMotrix

Quando a BMW revelou no Concorso d’Eleganza


Villa d’Este, realizado em maio do ano passado na
Itália, a exótica concept 9Cento, deixou claro que
a marca planejava uma série de novos modelos
inspirados no conceito. Agora, sem querer, a
BMW acabou por confirmar a chegada da nova

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 141


6/9

DIVULGAÇÃO
F850 RS, primeiro modelo de série inspirado
na 9Cento. Nas pequenas letras colocadas no
fundo de um folheto de publicidade que vazou
na internet, está escrito que a BMW apresenta a
nova F850 RS como uma moto que servirá para
os motociclistas que pretendem entrar no mundo
das touring, uma alternativa às maiores K1600 ou
à R1250 RT. Em relação à 9Cento, na qual as novas
F850 se baseiam, ainda não se sabe se a BMW
utilizará mesmo o inovador sistema de fixação de
malas laterais da moto conceitual, que aproveita
superfícies magnéticas para fixar as bagagens à
moto, em vez dos convencionais mecanismos de
encaixe. A previsão é que a nova F850 RS chegue
ao mercado ainda durante o verão europeu.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 142


7/9
QUESTÃO DE ETIQUETA
DIVULGAÇÃO

Por Edmundo Dantas


Agência AutoMotrix

A Honda divulgou o preço e a data de chegada


às concessionárias da naked CB 1000R. A
moto será produzida na planta da Zona
Franca de Manaus, no Amazonas, e chegará
ao mercado em abril pelo preço sugerido de
R$ 58.690 (base Estado de São Paulo). Estará
disponível nas cores vermelho metálico e
preto perolizado. A nova CB 1000R tem um
forte apelo retrô, mas sem perder as linhas

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 143


8/9

esportivas. O motor é um quatro cilindros em


linha de 998 cm³ DOHC derivado da última
geração da CBR 1000RR Fireblade, no entanto,
retrabalhado para oferecer torque e potência
de acordo com a proposta da moto. A nova CB
1000R produzida no Brasil tem 141,4 cavalos a
10.500 giros, enquanto o torque máximo é de
10,2 kgfm nos 8.250 rpm.

PARA VER LONGE


Por Luiz Humberto Monteiro Pereira
Agência AutoMotrix

Com o objetivo de aumentar a visibilidade em


atividades severas, a DAF Caminhões oferece
os faróis Skylight, luzes de longo alcance
posicionadas na parte superior da cabine.
O equipamento é oferecido como opcional
no XF105 Super Space Cab e no CF85 Space
Cab. Para ligá-los, basta acionar um botão no
painel. As luzes se acendem somente quando
os faróis altos forem ligados, substituindo
os tradicionais. O equipamento atende à
resolução número 227/2007, do Contran
(Conselho Nacional de Trânsito), e suas

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 144


9/9
DIVULGAÇÃO

atualizações, que estabelecem os requisitos


dos sistemas de iluminação e sinalização
de veículos. “Os faróis Skylight surgiram da
necessidade de aumentar a segurança em
estradas com pouca iluminação. O resultado
é a boa receptividade dos brasileiros ao
equipamento”, afirma Luis Gambim, Diretor
Comercial da DAF Caminhões Brasil.

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ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 145


Emprego
EDIÇÃO 1874

Mas continuam ganhando menos


que empresários do sexo masculino
Emprego

ÍNDICE
TOQUE E ACESSE

Mulheres estão à frente de


34% dos negócios em SE 148

Segurança no trabalho vai


muito além dos EPI 156

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Emprego 2/9

DIVULGAÇÃO

Hoje, as mulheres estão em diversos segmentos da economia

MULHERES ESTÃO À
FRENTE DE 34% DOS
NEGÓCIOS EM SE
lApesar do crescimento, elas
continuam ganhando 22% menos que
os empresários do sexo masculino

JULIA FREITAS | julia.freitas@cinform.com.br

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 148


Emprego 3/9

Há cada ano, as mulheres conquistam


cada vez mais espaço na sociedade,
na política e no mundo dos negócios.
Rompendo barreiras e assumindo um
papel importante em áreas que antes eram
totalmente dominadas pelos homens.

Segundo um levantamento feito pelo Sebrae


com base nos dados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD
Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), de 2018, em Sergipe 95,8
mil pessoas do sexo feminino são proprietárias
de um negócio. Número que representa 34%
do total de empreendedores do estado. Ainda
segundo o levantamento, elas são mais jovens
(43,8 anos contra 45,3 no caso dos homens), mais
escolarizadas (42% possuem o ensino médio) e
trabalham em média 30,8 horas no negócio.

MULHERES EM TODOS OS RAMOS


Segundo dados da Junta Comercial de
Sergipe (Jucese), das 76.672 empresas
ativas, 47.152 têm a participação feminina,
sendo que deste número mais de 16 mil

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 149


Emprego 4/9
ARQUIVO PESSOAL

têm a mulher
como sócia-
administradora, a
cabeça do negócio.
E elas estão
presentes nos mais
diversos ramos da
economia, inclusive
nos que antes
eram vistos como
“profissões de
homens”.

A empresária Luzia Lima Torres,


Luzia Lima Torres empresária do setor de móveis
é um desses
exemplos. Trinta anos atrás, ela iniciou a
empreitada no ramo de móveis como sócia-
administradora de seu negócio e, de lá para cá,
só o viu prosperar. Hoje, trinta anos depois de
abrir a sua primeira empresa, o seu grupo já
reúne diversas empresas.

“Abri a empresa junto com o meu marido


e minha irmã, mas a sócia-administradora

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 150


Emprego 5/9
ARQUIVO PESSOAL

era eu. Eu gostaria


de, na outra
encarnação, não
ser empresária,
pois trabalhria
menos”, afirma aos
risos. Brincadeiras
à parte, ela
ressalta que “é
muito prazeroso”.
“Eu amo, gosto
de fazer. Eu
nasci para isso”,
enfatiza. Maria José Andrade atua
no setor de moto peças
Maria José
Andrade é outra mulher que rompeu
barreiras e adentrou em um ramo dominado
por homens. Ela é sócia-administradora de
uma empresa de moto-peças. “No início,
senti um pouco de dificuldade por conta
do ambiente. Mas logo me acostumei.
Administrar uma empresa de pequeno
porte, independentemente do ramo, não é
tão diferente”, ressalta.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 151


Emprego 6/9

Hoje viúva, ela já tinha experiência com o


comércio, já que trabalhava com o seu marido
em um minimercado da família. Ela só voltou à
gerência de um negócio a pedido do seu filho.
“Meu filho se identificava com o ramo de moto-
peças e pediu uma ajuda para abrir um negócio.
Optei em ajudá-lo, abrindo a empresa e atuando
na parte administrativa e financeira. Reacendeu-
se em mim esse lado de administradora com a
moto-peças”, afirma Maria José.

GANHANDO MENOS
Apesar dessa forte presença no mundo
empresarial, as mulheres continuam ganhando
22% menos que os empresários do sexo
masculino. Em 2018, os donos de negócio
tiveram um rendimento mensal médio de
R$ 2.344, enquanto que o rendimento das
mulheres ficou em R$ 1.831.

A desvantagem para as empresárias também


é significativa quando se trata de acesso a crédito
e linhas de financiamento. Elas acessam um valor
médio de empréstimos de aproximadamente
R$ 13 mil a menos que a média liberada aos

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 152


Emprego 7/9

homens. Apesar disso, elas pagam taxas de juros


3,5 pontos percentuais acima do sexo masculino.
Nesse aspecto, nem os índices de inadimplência
mais baixos, verificados entre as pagadoras do
sexo feminino, foram suficientes para gerar uma
redução dos juros. Enquanto 3,7% das mulheres
são inadimplentes, os homens apresentam um
indicador de 4,2%.

“Infelizmente as mulheres enfrentam


muito mais obstáculos que os homens na
hora de empreender. Além da necessidade
de administrar duplas ou até mesmo triplas

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ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 153


Emprego 8/9
DIVULGAÇÃO

jornadas, elas
ainda precisam
superar uma
série de barreiras
impostas pelo
mercado. Diante
desse cenário é
cada vez mais
urgente a criação
de políticas
públicas que
ajudem a reduzir
essa desigualdade
e estimulem o Diretora de Registro Mercantil
da Jucese, Cristina Melo

empreendedorismo entre pessoas do sexo


feminino”, comenta o superintendente do
Sebrae em Sergipe, Paulo do Eirado.

CRESCIMENTO NÍTIDO
Para a diretora de Registro Mercantil
da Jucese, Cristina Melo, o aumento das
mulheres no comando de empresas e, até
mesmo, na elaboração do processo em si
do registro, é nítido. “Trabalho na Junta

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 154


Emprego 9/9
DIVULGAÇÃO

Comercial há
mais de 10 anos
e, com certeza,
atendo muito
mais mulheres
do que anos
atrás. Para nós,
eu como mulher
em especial, é
motivo de alegria
ver a participação
feminina crescer
em todos os
espaços da
Superintendente do Sebrae
sociedade”, em Sergipe, Paulo do Eirado
ressalta.

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 155


Emprego 1/7
DIVULGACAO

Falta de segurança no local de trabalho pode gerar até mortes

SEGURANÇA NO
TRABALHO VAI MUITO
ALÉM DOS EPI
lEspecialistas comentam a
necessidade da segurança em todos
os tipos de ambientes de trabalho

JULIA FREITAS | julia.freitas@cinform.com.br

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 156


Emprego 2/7
ARQUIVO PESSOAL

Quando
se pensa em
segurança no
trabalho muitos
lembram apenas
das profissões
que estão em um
risco praticamente
constante, como
a construção
civil e fábricas.
No entanto, até
mesmo aqueles Phillipe Gabriel, técnico
que trabalham em em segurança no trabalho
escritórios com ar
condicionado correm risco de sofrer algum
acidente ou lesão durante o trabalho.

Segundo o técnico em segurança Phillippe


Gabriel, algumas profissões possuem
equipamentos de proteção individual (EPI)
específicos: com os eletricistas, luva isolante;
soldador, máscara de solda. Mas é preciso
usá-los da maneira correta. “Os EPI são de
fundamental importância para minimizar os

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 157


Emprego 3/7

riscos provenientes do ambiente de trabalho.


No entanto, são necessários treinamentos
de como, quando e para que utilizar os
equipamentos. Não apenas entregando o EPI
ao trabalhador, mas dando as orientações
necessárias para que o seu uso seja feito de
forma correta e, em casos de sinistros, o EPI
minimize as sequelas ao trabalhador”, explica.

Ao contrário das fábricas e das obras,


onde os trabalhadores podem perder algum
membro ou mesmo morrer, nos escritórios os
riscos perceptíveis são totalmente diferentes.
Phillippe explica que os riscos presentes
em um escritório não afetam a saúde do
trabalhado de um dia para o outro. E, por isso,
muitas vezes são esquecidos.

“No escritório o risco mais presente


é o ergonômico (má postura, mobiliário
inadequado ao trabalhador) e este risco
não se propaga na saúde do trabalhador de
um dia para outro. São anos trabalhando
na mesma profissão, quando o trabalhador
pode ter dores lombares, por não ter uma

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 158


Emprego 4/7
ARQUIVO PESSOAL

cadeira confortável
para desenvolver
suas atividades ou
por movimentos
repetitivos,
digitação de
documentos,
causando LER/
DORT (Lesão
por esforço
repetitivo/Distúrbio
Osteomuscular
Loren Nascimento, fisioterapeuta
Relacionado ao
Trabalho), por isso os riscos laborais do
escritório são esquecidos”, comenta.

ALONGAMENTOS
A fisioterapeuta Loren Nascimento
explica que fazer alongamentos antes,
durante e depois da jornada de trabalho
são fundamentais para evitar lesões,
sobretudo para trabalhadores que pouco se
movimentam nesse período. Segundo ela, a
chamada ginástica laboral visa à recuperação
e manutenção da qualidade de vida. Mas,

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 159


Emprego 5/7

por existirem vários tipos de exercícios,


é necessário o acompanhamento de um
educador físico ou fisioterapeuta.

“A ginástica laboral é um programa de


atividades planejadas realizadas no trabalho
visando à recuperação e manutenção da
qualidade de vida. Ela pode ser classificada em
três fases. A primeira é a preparatória, realizada
antes de iniciar a jornada de trabalho com o
objetivo de aquecer os grupos musculares,
promovendo o aumento da circulação

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ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 160


Emprego 6/7

sanguínea local e consequentemente aumento


da oxigenação no músculo. A segunda, trata-se
da fase compensatória e é realizada durante a
jornada de trabalho a fim de executar exercícios
de compensação aos esforços repetitivos e às
posturas inadequadas no posto de trabalho.
A terceira fase, o relaxamento, é realizada no
final com o objetivo de oxigenar as estruturas
envolvidas, evitar o acúmulo de ácido lático, que
é o que provoca a fadiga muscular e situação de
intensidade e prevenir possíveis lesões”, alerta.

A fisioterapeuta lembra ainda que, segundo


uma pesquisa realizada em 2014 pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
aproximadamente 3,5 milhões de pessoas,
com mais de 18 anos, possuem ou possuíram
diagnóstico de LER e DORT.

“Essas possíveis lesões são classificadas


como risco ergonômico, e dentre eles estão a
repetitividade dos movimentos e das atividades
que podem gerar desgaste e fadiga muscular,
ou seja comprometimento do sistema músculo-
esquelético e favorecendo o surgimento de

ANO 37 - ED. 1874 -11/3/2019 - 161


Emprego 7/7

lesões como: bursite, tendinite, lombalgia e dor


crônica da coluna vertebral”, comenta.

PUNIÇÕES
Segundo o técnico em segurança no trabalho
Phillipe Gabriel, em caso de comprovação
de que uma empresa não oferece condições
mínimas de segurança para os seus
funcionários, ela pode ter obras embargadas ou
mesmo todo o seu setor de serviços interditado.

“Se alguma empresa descumprir o que


dizem as Normas Regulamentadoras do MTE
(Ministério do Trabalho e Emprego, atualmente
fazendo parte do Ministério da Economia)
e a CLT (Consolidação das Leis Trabalhista)
ou deixar de cuidar da integridade física
do trabalhador, a empresa pode responder
sanções penais. Mas como a quantidade
de auditores do MTE é pouca, as punições
ocorrem em forma de denúncia ou quando o
colaborador aciona a Justiça”, explica.

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