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RESUMO
INTRODUÇÃO
1
Pós-Graduada em Direito Processual Civil pelo Centro Universitário UNINTER. Pós-Graduanda em
Direito Processual Penal pela Universidade Anhanguera – UNIDERP. Graduada em Direito pela
UNISULMA – IESMA. Advogada atuante principalmente nas áreas cível e criminal.
Com esta teoria fundamentada, eis a indagação: É possível que uma pessoa
seja presa e mantida em cárcere, sendo que a mesma não foi julgada? A regra é
clara - essa seria a última opção, pois as prisões cautelares são exceções. Há três
espécies delas: prisão preventiva, prisão temporária e prisão considerada “pré-
cautelar”, que seria a flagrante. Como o foco de discussão é apenas uma prisão
cautelar especificamente, não é interessante adentrar na classificação das demais.
Por todo o exposto, este trabalho tem como objetivo concluir se existe no
judiciário brasileiro, casos em que o cárcere preventivo assume finalidade punitiva,
METODOLOGIA
A análise das fontes se pesquisadas para a realização desse artigo se deu por
legislação, artigos e documentos eletrônicos, viabilizados por páginas de internet, e
também por códigos e livros relacionados ao tema. O período de pesquisa se
compreendeu entre os meses de fevereiro à abril do ano de 2017, sendo conclusos
nesta última data.
É uma das medidas mais inovadoras, que ainda não havia sido registrada
em lei, sendo idêntica ao regime aberto, pois o acusado deve se recolher em seu
domicilio a noite, sem exceções, assim como também nas folgas e finais de semana.
i) Monitoração Eletrônica:
A referida Lei ampliou este rol, que encontra-se disposto no artigo 312, do
CPP, todavia, é no seu parágrafo único que se encontra a novidade, a quinta
hipótese passível de decretação de prisão preventiva: em caso de descumprimento
de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares.
Seu conceito e emprego tem ligação com crimes que envolvam ordem
tributária, financeira e econômica, é comum sua aplicação nos crimes considerados
como de “colarinho branco”.
Benéficas Maléficas
Só é aplicada em crimes de Se o crime for de violência doméstica e
natureza dolosa, com pena familiar, contra a mulher, contra pessoas
privativa de liberdade superior a de capacidade relativa, ou incapazes,
04 (quatro) anos: ou seja, na outras para assegurar a execução das medidas
modalidades de crime com penas protetivas de urgência: Neste caso, como
inferiores ou culposos, e também nas já existem tais medidas urgência, a
contravenções penais, a preventiva segregação cautelar, de certo ponto de
não é aplicável. vista, é um excesso, podendo ser
desnecessária, se bem aplicadas e
monitoradas as medidas protetivas.
Reincidência em crime de doloso Será admitida prisão preventiva por falta
no prazo de 5 anos: isso é benéfico de identificação ou dúvida sobre a
ao réu porque impõe limite, não identidade civil do acusado: um agravante
basta que o réu não seja primário, o neste tópico, é a admissão dessa prisão em
crime cometido anteriormente deve crimes de natureza culposa, logo é a única
ser de natureza dolosa, e o prazo hipótese em que um crime culposo ensejaria
para tal reincidência contar ao em prisão preventiva. Outro ponto
cabimento da preventiva é limitado à importante é que em legislação de nº
5 (cinco anos) 12.037/2009, em seu art. 3º, abre a
possibilidade de se fazer a sua identificação
criminal através do processo datiloscópico e
fotográfico, então se mostra assim, injusta e
desnecessária a segregação do indivíduo.
Separação obrigatória de presos
provisórios dos definitivamente
condenados: a antiga redação do
CPP, trazia em seu art. 300 a
expressão “quando possível”, e com
a nova redação dada pela Lei 12.403
tal expressão foi modificada para
“ficarão”, para a separação do preso ___
provisório do preso definitivo. Então,
em tese é dever do Estado separar
os presos processuais dos presos
definitivos, embora é sabido que no
cotidiano carcerário a execução
dessa obrigação é deveras
complexa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por todo o exposto, vimos de forma ampla toda a sistemática que envolve
o tema, para ter uma noção de como ela funciona, até onde deve ser considerado e
aplicado, e se realmente é uma medida utilizada em ultima ratio, para que haja a
preservação da garantia da instrução processual e não modalidade escusa de
execução antecipada e/ou provisória da pena.
Por fim, é importante frisar que a prisão cautelar preventiva deve ser
medida ultra excepcional, última via de prevenção, e é aplicada apenas quando
devidamente amparada pelos requisitos legais, em obediência ao princípio que
protege a presunção de inocência, para que não acarrete na antecipação da
reprimenda a ser cumprida como condenação, que é a retirada da liberdade do
indivíduo.
REFERÊNCIAS