Números Complexos-Ime-Ita PDF

NÚMEROS COMPLEXOS – IME-ITA
PROBLEMA RESOLVIDO_________________________________________________________________
Sejam z1  2  i e z2  1  3i. Calcule:
a) z1  z2
b) 2 z1  3 z2
c) z1 z2
d) z12  z22
z1
e)
z2
f) 1  1
Z1 Z2
Resolução
a) 𝑧1 + 𝑧2 = 2 + 𝑖 + 1 − 3𝑖 = 3 − 2𝑖
b) 2 z1  3 z2  2  i   3 1  3i   4  2i  3  9i  1  11i
2
c) 𝑧1 𝑧2 = 2 + 𝑖 1 − 3𝑖 − 2 − 6𝑖 + 𝑖 − 3 3𝑖−1 = 5 − 5𝑖
d) z12  (2  i ) 2  22  2i  i 2  3  2i
z22  1  3i   1  6i   3i   1  6i  9i 2  8  6i
2 2
-9
z12  z22  3  2i  8  6i  5  4i
z1 2  i  1  3i  2  6i  i  3i ² 1  7i 1 7i
e)      
z2 1  3i  1  3i  1   3i  ² 1 9 10 10
1 1 z1  z2 3  2i 3  2i
f)    
z1 z2 z1 z2 5  5i 5 1  i 
3  2i  1  i  3  3i  2i  2i 2 5  i 1 1
    i

5 1  i   1  i  5 1  i
2 2
 10 2 10
EXEMPLO______________________________________________________________________________________
ai
Determine a real para que z seja real.
1  ai
Resolução
z
a  i  ai


2a  1  a 2 i
2a

1  a2
1  ai1  ai 1  a2 1  a2 1  a2
Para que z seja real, devemos ter Im( z ) = 0, ou seja:

1  a2
 0  a  1
1  a2
EXEMPLO______________________________________________________________________________________
Determine m real para que w = (m² - m) + i(m³ + m) seja imaginário puro.
Resolução
Para que w seja imaginário puro, devemos ter Re( z ) = 0 e Im( z )  0, ou seja:
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 m  m  0  I 
2
 3
m  m  0  II 
Da equação (I) temos: m = 0 ou m = 1
Para m = 0, temos w = 0 que é real.
Para m = 1, temos w = 2i
Logo, m = 1
Calcule
a) i1041
b) 1 + i + i² + . . . + i1992
Resolução
a) O resto da divisão de 1041 por 4 é igual ao resto da divisão de 41 por 4. Ou seja i1041  i 41  i1  i
b) usando a fórmula da soma da PG finita:
i1993  1 i  1
1  i  i 2  i1992   1
i 1 i 1
(IME-08) Determine a expressão da soma a seguir onde n é um inteiro múltiplo de 4.
1  2i  3i 2   n  1 i n
Resolução
Seja S  1  2i  3i 2   n  1 i n .
Multiplicando ambos os da equação por i, temos:
Si  i  2i 2  3i 3  ni n   n  1 i n 1
Subtraindo os da equação por i, temos:
S  Si  1  i  i 2  i n   n  1 i n 1
i n 1  1
s 1  i     n  1 i n 1
i 1
n 1
Como n é múltipli de 4, temos que i  i.
Substituindo na expressão:
1   n  1 i n2 n
S 1  i   1   n  1 i  S  S  i
1 i 2 2
OBS: Outras potências importantes

I. 1  i   2i
2
II. 1  i   2i
2
1 i
III. i
1 i
1
IV.  1
i
Determine n para que a igualdade (1  i )  (1  i ) seja verificada.
n n
Resolução
 1 i 
n
(1  i)  (1  i)     1  i  1  n  4k , k  Z
n n n
 1  i 
(EFOMM-08 adaptada) Analise a afirmativa abaixo, sendo z C .
3i  6 z  iz ² 3i  6 z  iz ²
Se w  então podemos afirmar que w 
2  2 z  3iz  3 z  z
2
2  2 z 2  3iz  3 z  z
2 2
Resolução
Observe que iz ²  iz ² e 3iz  3iz , logo:
3i  6 z  iz ²
w
2  2 z 2  3iz  3 z  z
2
(ITA-14) Sejam z, w  C . Das afirmações:
I. z  w  z  w  2 z  w
2 2
 2 2

II.  z  w    z  w   4 zw
2 2
III. z  w ²  z  w  4 Re  zw 
2
É (são) verdadeira(s):
a) apenas I
b) apenas I e II
c) apenas I e III
d) apenas II e III
e) todas
Resolução
I. Verdadeira
zw  zw
2 2
  z  w  z  w    z  w  z  w  
  z  w  z  w    z  w  z  w 
 z  w  zw  wz  z  w  zw  wz
2 2 2 2

2 z  w²
2

II. Verdadeira
 z  w   z  w  z 2  w2  2 zw   z 2  w2  2 zw   4zw
2 2
III. Verdadeira
2 2
   
z  w  z  w   z  w  z  w   z  w  z  w   z  w  z  z    z  w  z  w 
 z  w  zw  wz  z  w  zw  wz  2  zw  wz 
2 2 2 2
Observe que o conjugado de zw é zw  wz .

Assim, zw  wz  zw  zw  2 Re  zw  . Logo, z  w  z  w  4  zw  wz 
2 2
Alternativa E
Sejam z1 e z 2 tais que z1  z2  1 e z1 z2  1.
z1  z2
Prove que é real.
1  z1 z2
Resolução
Para mostrar que um número é real, é suficiente mostrar que o seu conjugado é igual a ele próprio. Para
calcular o conjugado da expressão dada no enunciado, vamos utilizar os seguintes fatos:
1
z1  1  z1  1  z1 z1  1  z1 
2
z1
1
Analogamente: z2 
z2
z1  z2
Seja w  , temos que:
1  z1 z2
1 1

z1  z2 z1  z2 z1 z2 z z
w    1 2 w
1  z1 z2 1  z1 z2 1  1 1 1  z1 z2
z1 z2
Logo W é real.
(ITA-03 adaptada) Classifique como V ou F
2iz  3i  3 2 z 3 2
Se z  0 e w  , então w 
1  2i  z 5z
Resolução
2iz 3i  3 2iz 3i  3
w  w 
1  2i  z 1  2i  z 1  2i  z 1  2i  z
Mas
2iz 2i z 2z 3i  3 3i  3 3 2
    
1  2i  z 1  2i z 5z 1  2i  z 1  2i z 5z
Substituindo, temos
2 z 3 2
w
5z
Afirmativa Verdadeira
Determine o número de soluções da equação
z2  z  0
Resolução
Fazendo z  a  bi temos que z  a 2  b 2 . A equação pode ser escrita como:
 a  bi 
2
 
 a 2  b 2  0  a 2  b 2  a 2  b 2   2ab  i  0  0i
Da identidade de complexos, devemos igualar as partes real e imaginária em ambos os membros da equação
para formar o sistema
a 2  b 2  a 2  b 2  0

 2ab  0
Da segunda equação, temos:

ab  0  a  0 ou b  0
Da primeira equação, temos:
I. a  0  b 2  b 2  0  b 2  b  0  b  b  0
2
 b  0 ou b  1  b  0 ou b  1
II. b  0  a 2  a 2  0  a 2  a  0  a  a  0
2
 a  0 ou a  1  a  0
Logo a equação tem 3 soluções: S  0, i, i
(ITA-04) Calcule a soma das raízes da equação
z3  z 2  z  2z  0
2
Resolução
Utilizando a identidade z  zz , temos:
2
z 3  z 2  zz  2 z  0  z  z 2  z  z  2   0  z  0 ou z 2  z  z  2  0
a 2  b 2  2  0
z  z  z  2  0   a  bi   a  bi   a  bi   0  a  b  2   2ab  2b  i  0  
2 2 2 2
 2ab  2b  0
Da segunda equação obtemos b  0 ou a  1

Substituindo b  0 , obtemos a  2 , que não convem pois a  R
2
Substituindo a  1 , obtemos b  3
A soma das raízes da equação é
  
0  1  i 3  1  i 3  2 
1
(IME-95) Dado Z  , calcule as partes real e imaginária de Z.
7  24i
Resolução
7  24i  a  bi  7  24i   a  bi   7  24i   a 2  b 2    2ab  i
2
a 2  b2  7
  a  3, b  4 ou a  3, b  4
 2ab  24
1 1
Z ou Z 
3  4i 3  4i
Multiplicando o denominador e o numerador pelo conjugado do denominador, obtemos:
3 4 3 4
Z   i ou Z    i
25 25 25 25
(IME-99 adaptada) Determine as raízes de z  2iz  2  4i  0
2
Resolução
Usando a fórmula de Baskhara para resolver a equação
z 2  2iz  2  4i  0
   2i   4.1.  2  4i   12  16i
2
Fazendo 12  16i  a  bi e elevando ao quadrado, obtemos:

a 2  b2  12
  a  2, b  4 ou a  2, b  4
 2ab  16
Logo,   2  4i 
z
2i  2  4i  z  1  i ou z  1  3i
2
Obs: As raízes quadradas de números complexos podem ser calculadas utilizando-se a fórmula de radicais
duplos:
AC AC
A B   com C  A  B
2
2 2
Por exemplo, vamos calcular 7  24i .

7  24i  7  24 1  7  576
 A  7 B  576
 C  A2  B   7   576  625
2
Como C é quadrado perfeito, podemos usar a fórmula para obter

7  25 7  25
7  24i    9  16    3  4i 
2 2
Seja z  3 2  11i . Calcule z sabendo que as suas partes real e imaginária são inteiras.
Resolução
3
2  11i  z  z 3  2  11i
Fazendo z  a  bi , temos:
 a3  3ab 2  2 a3  3ab 2 2
 a  bi 
3
   
 2  11i  a 3  3ab 2  i 3a 2b  b3  2  11i   2  
3a b  b  11 3ab  b 11
3 2 2
 11a 3  6a 2b  33a 2  2b3  0

Essa é uma equação homogênea de 3° grau, ou seja, todas as parcelas são formadas por monômios de 3°
grau. Segue que dividindo a equação em a .
b
11a ³ a 2b ab 2 b2
 6 3  33 3  2 3  0
b³ b b b
Fazendo x  a , temos:
b
11x3  6 x 2  33x  2  0
Testando os divisores de 2, vemos que x  2 é a única raiz racional. Segue que a  2 , ou seja, a  2b.
b
Substituindo esse resultado na primeira equação, temos:
b  1e a  2. Logo z  2  1.
Obs: Radiciação de Complexos.

Os números complexos sempre possuem duas raízes quadradas, diferentemente dos números reais. Por
exemplo, quando estamos no domínio dos números reais temos que 4  2 , pois define-se a raiz quadrada de
como número positivo cujo quadrado é 4. Já no campo dos números complexos define-se raiz quadrada de 4
como todos os números complexos cujos quadrados são iguais a 4, ou seja, 4  2 .
Da mesma forma, temos que, no campo dos reais, 3
8  2 , mas no campo dos complexos 3
8  2,
3
8  1  3i e 3
8  1  3.

De fato, resolvendo a equação x  8  0 temos que  x  2  x 2  2 x  4  0.
3

Logo, x  2 ou x  2 x  4  0 o que nos dá x  1  i 3 ou x  1  i 3.
2
n
Portanto o símbolo a tem significados diferentes dependendo do domínio em que estão sendo analisados,
Reais ou Complexos. Decorre desse fato que a propriedade ab  a b , válida para a e b reais não negativos,
não é válida no campo dos números complexos.
Vamos “mostrar” que 1  1
1  i 2  1 1   1 1  1  1
Identifique o erro
Resolução
O erro se encontra na 3ª igualdade, uma vez que 1 1 não é igual a  1 1 , já que a propriedade
ab  a b não é válida para números complexos não reais.
EXEMPLO____________________________________________________________________________
Represente no plano de Argand-Gaus os seguintes complexos e identificando o módulo e o argumento de cada

um deles.
z1  2
z2  3i
z3  1  3i
z4   5
z5  3  2i
Resolução
Determine o conjunto das imagens dos complexos z tais que:
a) Re  z   1
b) Re  z   Im  z  i 
c) z 1  i   z 1  i   2i
d) z 2 é real
 
e) Re z 2  1
Resolução
a) Re  z   x
Logo, o lugar Geométrico é região determinada pela inequação x  1
Observe que a borda da região deve ser marcada com linha cheia por não se tratar de uma desigualdade
estrita
b) Re  z   Im  z  i  Re  z   x z  i  x  yi  i  x   y   i
Im  z  i   Im  x   y  1 i   y  1
Assim, temos a seguinte inequação x  y  1
Observe que a borda da região é indicada por uma linha tracejada em virtude de a desigualdade ser estrita
c) z 1  i   z 1  i   2i
Fazendo z  x  yi , temos
 x  yi 1  i    x  yi 1  i   2i
 x  y   x  y  i  x  y   x  y  i  2i  x  y  2
d) z ² é real
Fazendo z  x  yi , temos
z 2   x 2  y 2   2 xyi  Im  z 2   2 xy
 
Im z 2  0  x  0 ou y  0 , ou seja, o Lugar Geométrico de z é formado pelos eixos real e imaginário.
e) Fazendo z  x  yi , temos
z 2  x 2  y 2  2 xyi  Re  z 2   x 2  y 2
 x 2  y 2  1 (hipérbole equilátera)
Sejam z e w complexos. Demonstre e interprete geometricamente a identidade.
zw  zw 2 z  w
2 2
 2 2

Resolução
zw  zw
2 2
  
  z  w z  w   z  w z  w 
  z  w  z  w    z  w  z  w 
 z  w  zw  wz  z  w  zw  wz
2 2 2 2

2 z  w²
2

Geometricamente essa identidade mostra que a soma dos quadrados dos diagonais de um paralelogramo é
igual ao dobro a soma dos quadrados de dois lados adjacentes.
Represente geometricamente no plano de Argnad-Gauss os seguintes conjuntos:
A   z  C
∶ z  2
B   z  C
: z  3
C   z  C
: z  1  i  1
Resolução
I. z  2  z  0  2  dist  z , 0   2
O Lugar Geométrico de z é a circunferência centrada em (0,0) e de raio 2.
II. z  3  z  0  3  dist  z, 0   3
O Lugar Geométrico de z é o círculo centrado na origem e de raio 3.
Obs: Como Desigualdade não é estrita, devemos representar borda da região circular por uma linha cheia.
III. z  1  i  1  z  1  i   1
O conjunto C representa a região exterior à circunferência de raio 1 e centrada em (1,1).
Obs: Como a desigualdade é estrita, devemos representar borda da região circular por uma linha tracejada.
A figura mostra, no plano complexo, o círculo de centro na origem e raio 1, e as imagens de cinco números
complexos. O complexo 1 é melhor representado por:
z
a) z
b) w
c) r
d) s
e) t
Resolução: Alternativa E
Como a imagem de z se encontra na região interior da circunferência, temos que z  1 . Assim 1  1 , ou seja,
z
1 deve pertencer à região exterior à circunferência, eliminando a opção d. Como 1 tem mesma direção de
z z
z e z está no 1° quadrante, temos que o complexo que melhor representa é t.
 
Seja z  x  yi , x 2  y 2  0 i 2  1, x e y reais .
1
Determine as condições para que z  seja real.
z
Represente geometricamente o resultado.
1ª Solução (forma algébrica)

1 1 x  yi
z  x  yi   x  yi  2
z x  yi x  y2
 x   y 
x 2 i y  2 
 x  y²   x  y² 
Para que esse número seja real devemos ter:
y  1 
y 0 y 1  2 2 
0
x  y2
2
 x y 
 y  0 ou x 2  y 2  1
Logo, o Lugar Geométrico dos complexos z é o eixo x e a circunferência de raio 1 centrada na origem.
2ª Solução (forma geométrica)

1
O caso 𝑦 = 0 é o trivial, pois se 𝑦 = 0, então z é real e 𝑧 + também o será.
𝑧
Vamos resolver geometricamente o problema no caso 𝑦 ≠ 0
A soma dos vetores z e 1 deve ser um vetor sobre o eixo Real. Pela figura vemos que a diagonal do
z
paralelogramo é também bissetriz, logo esse paralelogramo é um losango, ou seja, todos os lados devem ser
iguais. Segue que:
1
z   z  1  x2  y 2  1
2
EXEMPLO__________________________________________________________________
Passe para a forma trigonométrica e represente graficamente.
a) z  1  3i
b) z  3  3i
c) z  3i
d) z  4
Resolução
a) z  12  3²  4  2
 1
cos  2  
     z  2cis
 sen 3 3 3
 2
b) z  32  3²  18  3 2
 3 2
 cos  
 3 2 2 7 7
    z  3 2cis
 sen  3   2 4 4
 3 2 2
c) z  3i
 z 3
 
   z  3cis
  2
 2
d) z  4
z 4
  z  4cis
  
Mostre que
a) 1  cis  2cos    cis   
2 2
b) 1  cis  2isen    cis   
2 2
Resolução
a) 1  cis  1  cos  isen
Utilizando as identidades
  
1  cos  2cos ² sen  2sen cos
2 2 2
Temos:
  
1  cis  2cos ²
 2isen cos
2 2 2
      
 2cos  cos  isen   2cos   cis  
2 2 2 2 2
b) 1  cis  1  cos  isen

Utilizando os identidades
  
1  cos  2sen² sen  2sen cos
2 2 2
Temos:
  
1  cis  2sen²
 2isen cos
2 2 2
      
 2isen  cos  isen   2isen   cis  
2 2 2 2 2
Obs: Podemos interpretar geometricamente essas identidades
O vetor 1  cis pode ser interpretado geometricamente como a soma dos vetores z1  1 e z2  cis . O
paralelogramo formado é um losango, logo, a diagonal é bissetriz do ângulo de vértice na origem. Segue que o

triângulo destacado é isósceles e o argumento de z1  z2  1  cis é  / 2 e o módulo é 2cos .
2
 
Portanto, z1  z2  2cos cis
2 2
O paralelogramo formado é um losango, uma vez que os módulos dos complexos 1 e –cis são iguais. Da

figura, temos que arg 1  cis   270 
2

Analisando o triângulo destacado, vemos que 1  cis  2sen .
2
  
Logo, 1  cis  2sen cis  270   .
2  2
Como cis270° = - i , temos que
   
1  cis  2isen   cis  
2 2
Vejamos uma aplicação dessas identidades na resolução de uma questão do ITA.
1 z
(ITA-91) Se z  cost  isent , onde 0  t  2 , então podemos afirmar que w  é dado por:
1 z
1
a) i cotg
2
1
b) i tg
2
c) i cotg t
d) i tg t
e) n. d . a.
Resolução
Alternativa A
1 1
2cos cis
1  cist 2 2  icotg 1
w 
1  cist 2isen 1 cis 1 2
2 2
(ITA-03 adaptada) Classifique como V ou F
1+𝑖 𝑧² 𝜋
“Se 𝜔 = , então 2𝑎𝑟𝑔𝑧 + é um argumento de 𝜔.”
4 3+4𝑖 12
Resolução
 1  i  z 2 
arg  w  arg 
 4 3  4i 
 
  
 arg 1  i   arg z 2  arg 4 3  4i  2k 
  
  2 arg  z    2k  2 arg  z    2 k  k  Z 
4 6 12
Afirmação Verdadeira.
Determine o menor número n natural para o qual (i  3) n é imaginário puro.
Resolução
5  5n 5n 
z  i  3  2cis  z n  2n  cos  isen 
6  6 6 
5n 5n
 
z n é imaginário puro  Re z n  0  2n cos
6
 0 como 2n  0 para todo n, temos que cos
6
 0 , ou
seja:
5n  3  4k  1
  2 k  n   k  0,1, 2,
6 2 5
O menor n natural corresponde a k = 1. Logo n = 3.
(IME-90) Resolva a equação z 5   z .
Resolução
Fazendo z  z cis , temos:
 z   1 z cis     z  cis  cis     z cis    
A equação do enunciado pode ser escrita como:

z cis5  z cis    
2
 z  z  z 1 z 1
5 4

  2k  1 
5      2k   
 6
Com k  0,1, 2,3, 4,5

 3 1
k  0 : z0  cis  i
6 2 2

k  1 : z1  cis i
2
5 3 1
k  2 : z2  cis  i
6 2 2
7 3 1
k  3 : z3  cis  i
6 2 2
3
k  4 : z4  cis  i
2
Deduza as fórmulas para cos3x e sen3x
Resolução
 cosx  isenx 
3
 cos3x  isen3x
cos 3 x  3cos 2 x  isenx   3cosx  isenx    isenx   cos3x  isen3x
2 3
 cos x  3cosxsen x   i  3cos xsenx  sen x   cos3x  isen3x

3 2 2 3
Igualando as partes real e imaginária, temos

cos3 x  3cosxsen2 x  cos3x  cos3x  4cos 3 x  3cosx
  
3cos xsenx  sen x  sen3x  sen3x  3senx  4sen x
2 3 3
EXEMPLO______________________________________________________________________________
Calcule
a) 3 1
b) 4
16
c) 1 i
3
d) 1 6
Resolução
a) z  3 1  z 3  1  z cis3  1cis 0
3
 z 3  1  z 1

  2k  k  0,1, 2 
3  0  2k   3

2 4
 z0  cis0, z1  cis , z2  cis
3 3
Na forma algébrica:
1 3 1 3
z0  1, z1    i , z2    i
2 2 2 2
b) z  4 1  z 4  16  z cis 4  16cis
3
  z 2
 z  16
4

   k  k  0,1, 2,3
 4    2 kr   
  4 2
 3 5 7
 z0  2cis , z1  2cis , z2  cis , z3  cis
4 4 4 4
Na forma algébrica:
 z0  2  i 2 z1   2  i 2
z2   2  i 2 z3  2  i 2

c) z  3 1  i  z 3  1  i  z cis3  2cis
3
4
 z  23
 z  2 6
 
    2 k  k  0,1, 2 
3   2k   
 4  12 3
 5 3
 z0  6 2cis  z1  6 2cis , z2  6 2cis
12 12 4
d) z  6 1  z 6  1  z cis 6  1cis
6
  z 1
z 1
6
 
   2k  1  k  0,1, 2,3, 4,5 
6    2k  
  6
  5 7
 z0  cis , z1  cis , z2  cis , z3  cis
6 2 6 6
3 11
z4  cis , z5  cis
2 6
Na forma algébrica
3 1 3 1 3 1
z0   i , z1  i, z2    i , z3   i
2 2 2 2 2 2
3 1
z4  i, z5  i
2 2
Resolva a equação x  7 x  8  0
6 3
Resolução
Fazendo x  y , temos:
3
y 2  7 y  8  0  y  1ou y  8
I. y  1  x3  1  x  3 1
 2 k 
 x  zk  cis   , k  0,1, 2
 3 
z0  cis 0  1
2 1 3
z1  cis   i
3 2 2
4 1 3
z2  cis   i
3 2 2
II. y  8  x  8  x  3 8
3
  2 k 
 x  zk  2cis    , k  0,1, 2
3 3 

z0  2cis  1 i 3
3
z1  2cis  2
5
z2  2cis  1 i 3
3
Logo, o conjunto solução é
 1
 3 1 3 

S  1,  ,  ,i ,1  i 3, 2,1  i 3 
 2 2
 2 2 

EXEMPLO_________________________________________________________________________
Represente geometricamente
a) 3 1
b) 4
16
c) 1 i
3
d) 16
Resolução
a) Já vimos que as raízes cúbicas de 1 são
2 4
z0  cis0, z1  cis , z2  cis
3 3
Os afixos de z0 , z1 e z2 formam um triângulo equilátero inscrito na circunferência centrada na origem e de raio 1.

a) Já vimos que as raízes quartas de -16 são
 3 5 7
z0  2cis , z1  2cis , z2  cis , z3  cis
4 4 4 4
Os afixos de z0 , z1 , z2 e z3 formam um quadrado inscrito na circunferência centrada na origem e de raio 2.

c) Já vimos que as raízes cúbicas de 1 + i são
 5 3
z0  6 2cis , z1  6 2cis , z2  6 2cis
12 12 4
Os afixos de z0 , z1 e z2 formam um triângulo equilátero inscrito na circunferência centrada na origem e de raio

6
2.
d) Já vimos que as raízes sextas de -1 são:

3 1 3 1 3 1
z0   i , z1  i, z2    i , z3   i
2 2 2 2 2 2
3 1
z4  i, z5  i
2 2
Os afixos de z0 , z1 , z2 , z3 , z4 e z5 formam um hexágono regular inscrito na circunferência centrada na origem e de

raio 1.
Sendo w uma raiz enésima da unidade diferente de 1, calcule o valor da soma
1  w  w2  wn 1
Resolução
Como w  1 , podemo calcular a soma pela fórmula da soma de uma PG. Assim, temos:
wn  1 1  1
1  w  w2  wn 1   0
w 1 w 1
Resolva a equação
z5  z 4  z3  z 2  z  1  0
Resolução
Como z  1 não é a solução, podemos utilizar a fórmula da soma da PG com primeiro termo 1 e razão z.
Então:
z6 1 2 k
 0  z 6  1, z  1  z  cis , k  1, 2,3, 4,5
z 1 6
k
 zk  cis , k  1, 2,3, 4,5
3
Ou seja, as soluções da equação são as raízes sextas da unidade com exceção do 1. Observe que, caso z  1
fosse solução, não podemos utilizar a fórmula da soma da PG.
(AFA-16) Considere no Plano de Argand-Gauss os números complexos z  x  iy, onde i  1 e cujos afixos
são os pontos P  x, y   R ²
Dada a equação ( z  1  i )  1 , sobre os elementos que compõem seu conjunto solução, é INCORRETO
4
afirmar que:
a) apenas um deles é imaginário puro

b) todos podem ser escritos na forma trigonométrica.
c) o conjunto do que possui maior argumento é 1 + 2i.
d) nem todos os números são imaginários.
Resolução
k
( z  1  i) 4  1  z  1  i  4 1  z  1  i  cis  k  0,1, 2,3
2
 z0  1  i, z1  1, z2  i, z3  1  2i
Analisando as alternativas:
a) Correta, pois somente z2 é imaginário puro.

b) Correta, pois todos podem ser escritos na forma trigonométrica.
c) Incorreta. O complexo que possui maior argumento é z0, cujo conjugado é 1 + i.
d) Correta. De fato z1 é real.
(IME-86) Mostre que as raízes equação
z 5   z  1  0
5
Pertencem a uma reta paralela o eixo imaginário.
Resolução
Como z = 0 não é a solução, temos que:
 z  1
5
 z 1     2k 
5
z 1 5
 z  1
5
 z 5
  1     1   1  cis  
z5  z  z  5 
  2 k
Fazendo   , k  01, 2,3, 4 temos
5
1 1
1   cis  z 
z cis  1
   
Utilizando a identidade 1  cis  2isen   cis   , temos:
2 2
1 1
z 
cis  1    
2isen   cis  
2 2
Multiplicando pelo conjugado do denominador, temos:
   
icis    icis   
z
1
.  2   2
       
2isen   cis   icis    2sen  
2 2  2 2
   
sen    icos  
 2  2   1  1 ictg
  2 2
2sen  
2
1
 zk   icotg
 2k  1  , k  0,1, 2,3, 4
2 5
1
 Re  zk   , k  0,1, 2,3, 4
2
Logo z pertence a uma reta paralela ao eixo imaginário, uma vez que todas as raízes têm mesma parte real.
EXEMPLO______________________________________________________________________________
Calcule ii
Resolução
i i
  i  i 2
i  cis  e  i   e 2   e 2
2 i
2  
Logo,


ii  e 2
Note que ii é real!
Seja ABC um triângulo equilátero sendo 𝐴 = (1,2) e 𝐵 = (3,5). Determine as coordenadas do vértice C.
Resolução
Incialmente, observe que podemos representar os vetores AC e AB, usando números complexos, da seguinte
forma:
AB  C  A  x  iy  1  2i    x  1  i  y  2 
AB  B  A  3  5i  1  2i   2  3i
Como o triângulo ABC é equilátero, temos que AB  AC , então podemos dizer que AC é obtido através de
uma rotação de 60° de AB, ou seja:

1 3
AC  ABcis60   x  1  i  y  2    2  3i    i 
2 2 
23 3 3 2 3
  x  1  i  y  2   i
2 2
Igualando as partes real e imaginário, temos:
43 3 72 3
x y
2 2
Existe ainda uma segunda solução, esta pode ser obtida de maneira análoga fazendo uma rotação de -60° do
vetor AB.
(ITA-08) Sejam r e s duas retas paralelas distando 10 cm entre si. Seja P um ponto no plano definido por r e s e
exterior à uma região limitada por estas retas, distando 5 cm de r. Determine o perímetro do triângulo.
Resolução
Considere a origem do sistema no ponto S, temos que R = a + 10i e P = b + 15i e SP é uma rotação de vetor
SR de 60°. Logo,
1 3
P  Rcis60  b  15i   a  10i    
2 2 
a  10 3 10  a 3
 b  15i  i
2 2
Igualando as partes real e imaginária, temos:

 a  10 3
b
 2 20 3 5 3
 a ,b  
15  10  a 3 3 3
 2
O lado do triângulo é dado por:

2
 20 3  10 21
R     10² 
 3  3
Logo, o perímetro do triângulo é 10 21 .
Considere um quadrado ABCD sendo A = (1,1) e C = (3,4). Determine as coordenadas do vértice D.
Resolução
1
O vetor AD é dado pela rotação do vetor AC de 45° no sentido trigonométrico e multiplicado por , então
2
podemos escrever:
1 1 1
AD  AC.cis 45  D  A   C  A  .   i 
2 2 2
1 1
  x  1  i  y  1   2  3i  .   i 
2 2
1 5
  x  1  i  y  1    i
2 2
Igualando as partes real e imaginária, obtemos:
1 7 1 7
x y D , 
2 2 2 2
Analogamente, podemos obter as coordenadas do ponto B, fazendo uma rotação do vetor AC de -45°.
(Teorema de Napoleão) Seja ABC um triângulo. São construídos os triângulos equiláteros BCD, ACE e ABF e
externamente ao triângulo ABC. Prove que os baricentro dos triângulos BCD, ACE e ABF são vértices de um
triângulo equilátero.
Resolução
Da geometria analítica, temos que as coordenadas do baricentro são dadas pelas médias aritméticas das
coordenadas dos vértices do triângulo. Assim, temos que:
𝐵+𝐶+𝐷 𝐴+𝐶+𝐸 𝐴+𝐵+𝐹
𝑋= ,𝑌 = ,𝑍 =
3 3 3
2𝜋
Sendo 𝑤 = 𝑐𝑖𝑠 3
, temos que
ABF é equilátero  A  wB  w2 F  0
ACE é equilátero  A  wC  w2 E  0
BCD é equilátero  B  wC  w2 D  0
Devemos provar que X  wY  w Z  0
2
De fato,
BC  D AC  E A B  F
X  wY  w2 Z  w  w2
3 3 3
𝐷 + 𝑤𝐶 + 𝑤²𝐵 𝐶 + 𝑤𝐸 + 𝑤²𝐴 𝐵 + 𝑤𝐴 + 𝑤²𝐹
= + = =0
3 3 3
0 0 =0
Represente o lugar geométrico das imagens dos complexos z tais que 𝑧 − 1 + 2𝑖 = 2.
Resolução
𝑧 − 1 + 2𝑖 = 2 ⇔ 𝑧 − (1 − 2𝑖) = 2
Que representa uma circunferência centrada no ponto (1,2) e raio 2.
Considere o conjunto dos complexos z tais que 𝑧 − 2 − 3𝑖 = 1. Determine o módulo do complexo z
pertencente a esse conjunto que possui:
a) argumento mínimo
b) módulo máximo
Resolução
a) O lugar geométrico de z é uma circunferência centrada em (2,3) e raio 1. O afixo do complexo z1 de menor
argumento, é a interseção da circunferência com uma das retas tangentes que passam pela origem. Observe a
figura.
Pelo teorema de Pitágoras, temos:

2
𝑧1 + 12 = 13 ² ⇒ 𝑧1 = 2 2
b) O afixo do complexo z2, de módulo máximo, é a interseção da circunferência com a reta determinada pela
origem e pelo centro da circunferência.
Observe a figura:
Logo, 𝑧2 = 13 + 1
(EFOMM-10) Considere o conjunto dos números complexos z com a propriedade 𝑧 + 169𝑖 ≤ 65, admitindo
que i é a unidade imaginária. O elemento desse conjunto que possui o maior argumento 𝜃, 0 ≤ 𝜃 ≤ 2𝜋, é igual
a:
a) 60 – 144i
b) 65 – 169i
c) – 104i
d) – 65 – 169i
e) 65 – 156i
Resolução: Alternativa A
A figura mostra o complexo 𝑤 = 𝑥 − 𝑦𝑖 que é solução do problema.
Os valores d x e y podem ser obtidos pelas reações métricas do triângulo retângulo destacado.
"bc = ah"  156.65  169  x  60

x 2  y 2  1562  y  144
Logo, w  60  144i
(IME-77) Seja o conjunto 𝐴 = 𝑧 ∈ ℂ ∶ 𝑧 = 1 .
Determine a imagem de A pela função g, complexa de variável complexa, tal que 𝑔 𝑧 = (4 + 3𝑖)𝑧 + 5 − 𝑖.
Resolução
O conjunto A é representado geometricamente pela circunferência de raio 1 centrada na origem
3
A multiplicação de 𝑧 = 𝑐𝑖𝑠𝜃 pelo complexo 𝑤 = 4 + 3𝑖 = 5𝑐𝑖𝑠𝛼, com 𝛼 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 4 resulta em 𝑧𝑤 = 5𝑐𝑖𝑠(𝜃 + 𝛼),
ou seja, provoca uma rotação do complexo z de um ângulo 𝛼, o que não altera o conjunto, e um aumento do
seu módulo para 5. Assim, a representação dos complexos zw é uma circunferência centrada na origem e de
raio 5.
Ao somar 5 – i os complexos zw são deslocados 5 unidades para a direita a 1 unidade para baixo.
Considere os conjuntos
  3 
A   z  C
: z  2 B   z  C
: z  a  bi  1, a  R  C   z  C
:  argz  
 4 4 
Calcule a área da região determinada por:

a) A  B
b) A  C
Resolução
a) A representação do conjunto A  B é
Essa região é um segmento circular de ângulo central de 120° e raio 2.
Logo, a sua área é dada por:

2²  2 2   4 
S   sen   3  u.a
2 3 3   3 
b) A representação do conjunto A  C é
Essa região é um setor circular de ângulo central de 90° e raio 2. Logo, a sua área é dada por
 2²
S   u.a
4
II. Circulo de Apolônio
É o lugar geométrico dos pontos cuja razão das distâncias a dois pontos fixos é uma constante diferente de 1.
Esse lugar pode ser representado em complexos pela equação.
z  z1
 k, k 1
z  z2
kd
O raio do círculo e Apolônio é R  , sendo d  z1  z2 , ou seja, o comprimento do segmento que liga os
k 2 1
afixos de z1 e z2.
k ² z1  z2
O centro do círculo é o complexo w 
k 2 1
(AFA-14) Considere no plano complexo, o conjunto dos números 𝑧 = 𝑥 + 𝑦𝑖; 𝑥, 𝑦 ⊂ ℝ e i2 = - 1 que satisfazem
a condição 𝑧 ≥ 2𝑧 + 1 . É falso afirmar que
a) este conjunto pode ser representado por um círculo de raio igual a 1 3.

b) z = -1 é o elemento de maior módulo, neste conjunto.
1
c) 𝑧 = − é o elemento de maior argumento neste conjunto.
3
d) não existe z, neste conjunto, que seja imaginário puro.
1ª Solução
𝑧 = 𝑥2 + 𝑦2
2𝑧 + 1 = 2𝑥 + 1 + 𝑖 2𝑦 = 2𝑥 + 1 2 + 2𝑦 2
𝑥 2 + 𝑦 2 ≥ 2𝑥 + 1 2 + 2𝑦 2
⇔ 𝑥 2 + 𝑦 2 ≥ 4𝑥 2 + 4𝑥 + 1 + 4𝑦 2
⇔ 3𝑥 2 + 4𝑥 + 3𝑦 2 + 1 ≤ 0
2 2 1
⇔3 𝑥+ + 3𝑦 2 ≤
3 3
2 2 1
⇔ 𝑥+ + 𝑦² ≤
3 9
2 1
Essa equação representa a região circular de centro no ponto − 3 , 0 e de raio 3,
Analisando as alternativas
1
a) Verdadeira. De fato, o conjunto é representado por um circulo de raio .
3
2 1
b) Verdadeira. O elemento de maior módulo é o complexo 𝑧2 = − 3 − 3 = −1.
1
c) Falsa. O elemento de maior é o complexo z1 da figura que claramente não é − 3.
d) Verdadeira. De fato, o circula não intersecta o eixo imaginário.
2ª Solução
1 𝑧
𝑧 ≥ 2𝑧 + 1 ⇒ 𝑧 ≥ 2 𝑧 − − ⇒ ≥2
2 1
𝑧− −
2
Região interior do círculo de Apolônio do segmento que liga os afixos dos complexos 0 e -1/2 e k = 2.
O centro e o raio desse círculo são dados por
2 −
1 1
2 2 −0 2 2 −2 − 0 1
𝑤= = 𝑒 𝑅 = =
22 − 1 3 22 − 1 3
III. Mediatriz
É o lugar geométrico dos pontos equidistantes de dois pontos fixo.
Sendo z1 e z2 dois complexos dados, a mediatriz do segmento cujos extremos são os seus afixo pode ser
representado pela equação
𝑧 − 𝑧1 = 𝑧 − 𝑧2
(IME-87) Dois números complexos z1 e z2, não nulos, são tais que 𝑧1 + 𝑧2 = 𝑧1 − 𝑧2 .
𝑧
Mostre que 𝑧2 é imaginário puro.
1
Resolução
Como z1 e z2, são não nulos, podemos dividir a expressão do enunciado por 𝑧1 para obter:
𝑧1 + 𝑧2 𝑧1 − 𝑧2 𝑧1 + 𝑧2 𝑧1 − 𝑧2 𝑧2 𝑧2
= ⇔ = ⇔ +1 = −1
𝑧1 𝑧1 𝑧1 𝑧1 𝑧1 𝑧1
𝑧
Temos que o afixo do complexo 𝑧 = 𝑧2 , é equidistante dos afixos dos complexos 1 e -1, logo z pertence à reta
1
mediatriz do segmento cujas extremidades são afixos desses complexos 1 e -1, ou seja, o eixo imaginário.
𝑧2
Logo, é imaginário puro.
𝑧1
PROBLEMA RESOLVIDA________________________________________________
(IME-89) Mostre que as raízes da equação 𝑧 5 + 𝑧 + 1 5 = 0 pertencem a uma reta paralela ao eixo imaginário.
Resolução
𝑧 5 + 𝑧 + 1 5 = 0 ⇒ 𝑧 5 = − 𝑧 + 1 5 ⇒ 𝑧 5 = − 𝑧 + 1 5 ⇒ 𝑧 5 = 𝑧 + 1 5 ⇒ 𝑧 = 𝑧 + 1 ⇒ 𝑧 − 0 = 𝑧 − (−1)
Logo, z é equidistante dos complexos 0 e -1, ou seja, z pertence à mediatriz do segmento de reta determinado
pelos afixos desses complexos, que é uma reta paralela ao eixo imaginário.
Obs: Esse problema foi resolvido anteriormente encontrando a solução da equação, ou seja, as suas raízes.
Entretanto, a interpretação geométrica do problema tornou mais simples a demonstração pedida no enunciado.
IV. Eclipse
É o lugar geométrico dos pontos cuja soma das distâncias a dois pontos fixos (Focos) é igual a uma constante
2a. No plano complexo, esse lugar pode ser representado pela equação.
𝑧 − 𝑧1 + 𝑧 − 𝑧2 = 2𝑎
Sendo 2𝑎 > 𝑧1 − 𝑧2
(ITA-03) Determine o conjunto dos números complexos z para os quais o número w pertence ao conjunto dos
Reais. Interprete o conjunto geometricamente.
𝑧+𝑧+2
𝑤=
𝑧−1 + 𝑧+1 −3
Resolução
O numerador da expressão é dado por
𝑧 + 𝑧 + 2 = 2𝑅𝑒 𝑧 + 2
Que é um real.
No denominador há uma raiz quadrada de um número real (lembre-se de que 𝑧 − 1 𝑒 𝑧 + 1 são reais). Logo,
a expressão dentro do radical deve ser positiva, ou seja:
𝑧−1 + 𝑧+1 −3>0⇔ 𝑧−1 + 𝑧+1 >3
Essa equação representa a região exterior à elipse dos focos z1 = 1 e z2 = - 1 e eixo maior 2a = 3. Sendo 2c a
distância focal e 2b o eixo menor dessa elipse, temos:
2𝑐 = 𝑧1 − 𝑧2 = 2 ⇒ 𝑐 = 1
3 2 5
𝑏 2 = 𝑎2 − 𝑐 2 ⇒ 𝑏 2 = − 12 ⇒ 𝑏 =
2 2
A solução é a região exterior à elipse, como representado na figura.
Existe ainda a possibilidade de w ser nulo e, nesse caso, o denominador pode assumir qualquer valor
complexo. Isso ocorre se 𝑅𝑒 𝑧 = −1. Logo, devemos acrescentar ao lugar geométrico o segmento de reta x =
-1 na região interior
IV. Hipérbole
É o lugar geométrico dos pontos tais que o módulo da diferença das distâncias a dois pontos fixos (focos) é
uma constante 2a. No plano complexo isso pode ser representado pela equação
𝑧 − 𝑧1 − 𝑧 − 𝑧2 = 2𝑎
Obs: para representar somente um dos ramos da hipérbole devemos utilizar a seguinte equação
𝑧 − 𝑧1 − 𝑧 − 𝑧2 = 2𝑎
Essa equação representa o ramo da hipérbole cuja região interior contém o foco z2, uma vez que a distância ao
foco z1 é maior que a distância ao foco z2.
IV. Reta
Para que três pontos estejam alinhados é suficiente termos 𝛼 = 𝛽.
De modo geral, devemos ter:

arg 𝑧 − 𝑧1 = arg 𝑧2 − 𝑧 + 𝑘𝜋
⇔ arg 𝑧 − 𝑧1 − arg 𝑧2 − 𝑧 = 𝑘𝜋
𝑧 − 𝑧1 𝑧 − 𝑧1
⇔ 𝑎𝑟𝑔 = 𝑘𝜋 ⇔ ∈ℝ
𝑧2 − 𝑧 𝑧2 − 𝑧
Mas um complexo é real se, e somente se, for igual ao seu conjugado assim, temos:
𝑧 − 𝑧1 𝑧 − 𝑧1 𝑧 − 𝑧1 𝑧 − 𝑧1
⇔ = ⇔ =
𝑧2 − 𝑧 𝑧2 − 𝑧 𝑧2 − 𝑧 𝑧2 − 𝑧
Sendo 𝑧 ∈ ℂ, resolva o sistema
𝜋
arg 𝑧 − 𝑖 =
4
𝑧 =2
Resolução
Geometricamente, a solução do sistema é o afixo do complexo z0, interseção da semirreta da equação
𝑦 = 𝑥 + 1, 𝑥 > 0 com a circunferência de raio 2 centrada na origem. Note que arg(z – 1) não é definido para z =
i.
Assim, devemos resolver o sistema

𝑦 = 𝑥+1 7−1 7+1
2 2 ⇔𝑥 = ,𝑦 =
𝑥 +𝑦 =4 2 2
7−1 7+1
Logo, 𝑧0 = 2
+𝑖 2
VII. Arco Capaz

É o lugar geométrico dos pontos que enxergam um segmento cujos extremos são os afixos 𝑧1 𝑒 𝑧2 sob um
ângulo 𝛼.
PROBLEMA RESOLVIDO______________________________________________________________
(INDIA) Se z é um número complexo no plano de Argand – Gauss que satisfaz a seguinte expressão
𝑧−3 3 𝜋
𝑎𝑟𝑔 𝑧+3 3
= 3 . Então é corretor afirmar que:
a) 𝑧 − 3𝑖 =6
b) 𝑧 − 3𝑖 = 6, 𝐼𝑚(𝑧) > 0
c) 𝑧 − 3𝑖 = 6, 𝐼𝑚(𝑧) < 0
d) 𝑧 − 3𝑖 = 6, 𝐼𝑚(𝑧) > 0
1ª Solução
Observe que:
𝑧−3 3 𝜋 𝜋
𝑎𝑟𝑔 =⇔ arg 𝑧 − 3 3 − arg 𝑧 + 3 3 =
𝑧+3 3 3 3
𝜋
Seja 𝛼 = 𝑧 − 3 3 𝑒 𝛽 = arg 𝑧 + 3 3 , 𝑧1 = 3 3 𝑒 𝑧2 = −3 3 como 𝛼 − 𝛽 = 3 e 𝛼 é ângulo externo do
𝜋
triângulo 𝑧1 𝑧2 𝑧, temos que z enxerga o segmento 𝑧1 𝑧2 sob um ângulo de .
3
Logo, o lugar geométrico de z é o arco capaz do segmento 𝑧1 𝑧2 , segundo o ângulo de 60°.
Vamos determinar o centro da circunferência que contem o arco. O centro z0 deve estar na mediatriz do
segmento z1z2, além disso, o ângulo 𝑧2 𝑧𝑧1 está inscrito na circunferência, assim, 𝑧2 𝑧0 𝑧1 é 120°. Do triângulo
z0Oz1, obtemos z0O = 3 e z0z1 = 6. Logo, 𝑧 − 3𝑖 = 6
Observe que somente o arco para qual 𝐼𝑚(𝑧) > 0 satisfaz a condição do problema, uma vez que para 𝐼𝑚(𝑧) <
𝜋
0, temps 𝛽 − 𝛼 = 3
Alternativa B
2ª Solução
𝑧−3 3 𝜋 𝜋
= ⇒ 𝑎𝑟𝑔 𝑧 − 3 3 − 𝑎𝑟𝑔 𝑧 + 3 3 =
𝑧+3 3 3 3
𝛼 𝛽
𝑡𝑔𝛼 − 𝑡𝑔𝛽
⇒ 𝑡𝑔 𝛼 − 𝛽 = 3 ⇒ = 3
1 + 𝑡𝑔𝛼𝑡𝑔𝛽
Fazendo z = x + yi, temos que:

𝑦
𝑧 − 3 3 = 𝑥 − 3 3 + 𝑦𝑖 ⇒ 𝑡𝑔𝛼 =
𝑥−3 3
𝑦
Analogamente, 𝑡𝑔𝛽 = .
𝑥+3 3
Substituindo, temos:
𝑦 𝑦 6 3𝑦
−
𝑥−3 3 𝑥+3 3 2
= 3 ⇒ 2 −2 27
𝑥 = 3
𝑦 𝑦 𝑥 + 𝑦 − 27
1+ .
𝑥−3 3 𝑥+3 3 𝑥 2 − 27
2 2 2 2
⇒ 𝑥 + 𝑦 − 6𝑦 = 27 ⇒ 𝑥 + 𝑦 − 3 = 36
Como 𝛼 > 𝛽, temos que y > 0
Alternativa B
Calcule as somas
a) senx + sen2x + sen3x + … + sen (nx)
b) cosx + 2cos2x + 3cos3x + …+ ncos (nx)
Resolução
a) Soma pedida é igual à parte imaginária da soma
𝑆 = 𝑐𝑖𝑠𝑥 + 𝑐𝑖𝑠2𝑥 + 𝑐𝑖𝑠3𝑥 + ⋯ + 𝑐𝑖𝑠(𝑛𝑥)
Mas como 𝑐𝑖𝑠𝑘𝑥 = (𝑐𝑖𝑠𝑥)𝑘 , temos que:
𝑆 = 𝑐𝑖𝑠 + 𝑐𝑖𝑠𝑥 2 + 𝑐𝑖𝑠𝑥 3 + ⋯ + (𝑐𝑖𝑠𝑥)𝑛
Utilizando a fórmula da soma de PG, temos:

𝑐𝑖𝑠𝑥 𝑐𝑖𝑠𝑥 𝑛 − 1 𝑐𝑖𝑠𝑥(𝑐𝑖𝑠𝑛𝑥 − 1)
𝑆= =
𝑐𝑖𝑠𝑥 − 1 𝑐𝑖𝑠𝑥 − 1
𝑐𝑖𝑠 𝑛 + 1 𝑥 − 𝑐𝑖𝑠𝑥
⇒𝑆=
𝑐𝑖𝑠𝑥 − 1
𝜃 𝜃
Utilizando a identidade 1 − 𝑐𝑖𝑠𝜃 = −2𝑖𝑠𝑒𝑛 𝑐𝑖𝑠 , temos:
2 2
𝑐𝑖𝑠 𝑛 + 1 𝑥 − 𝑐𝑖𝑠𝑥
𝑆= 𝑥 𝑥
2𝑖𝑠𝑒𝑛 2 𝑐𝑖𝑠 2
𝑥
Multiplicando o numerador e o denominador por −𝑖𝑐𝑖𝑠 − 2 , temos
𝑥
𝑐𝑖𝑠 𝑛 + 1 𝑥 − 𝑐𝑖𝑠𝑥 −𝑖𝑐𝑖𝑠 − 2
𝑆= 𝑥 𝑥 . 𝑥
2𝑖𝑠𝑒𝑛 2 𝑐𝑖𝑠 2 −𝑖𝑐𝑖𝑠 − 2
𝑥 2𝑛 + 1
𝑖𝑐𝑖𝑠 2 − 𝑖𝑐𝑖𝑠 2 𝑥
= 𝑥
2𝑠𝑒𝑛 2
2𝑛 + 1 𝑥 𝑥 2𝑛 + 1
𝑠𝑒𝑛 2 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛 2 𝑐𝑜𝑠 2 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥
𝑆= 𝑥 +𝑖 𝑥
2𝑠𝑒𝑛 2 2𝑠𝑒𝑛 2
𝑥 2𝑛 + 1 𝑛+1 𝑛𝑥
𝑐𝑜𝑠 2 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 𝑠𝑒𝑛 2 𝑥 𝑠𝑒𝑛 2
𝐼𝑚 𝑆 = 𝑥 = 𝑥
2𝑠𝑒𝑛 2 𝑠𝑒𝑛 2
Logo,
𝑛𝑥
𝑠𝑒𝑛 2 𝑛+1 𝑥
𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑠𝑒𝑛2𝑥 + ⋯ + 𝑠𝑒𝑛 𝑛𝑥 = 𝑥 𝑠𝑒𝑛
𝑠𝑒𝑛 2 2
b) Soma pedida é igual à parte real da soma

𝑆 = 𝑐𝑖𝑠𝑥 + 2𝑐𝑖𝑠2𝑥 + 3𝑐𝑖𝑠3𝑥 + ⋯ + 𝑛𝑐𝑖𝑠(𝑛𝑥)
𝑆 = 𝑐𝑖𝑠𝑥 + 2(𝑐𝑖𝑠𝑥)2 + 3 𝑐𝑖𝑠𝑥 3 + ⋯ + 𝑛(𝑐𝑖𝑠𝑥)𝑛
Fazendo z = cisx, temos a soma da PAG
𝑆 = 𝑧 + 2𝑧 2 + 3𝑧 3 + ⋯ + 𝑛𝑧 𝑛
Multiplicando membro a membro por z, temos:
𝑆𝑧 = 𝑧 2 + 2𝑧 3 + ⋯ + 𝑛𝑧 𝑛+1
Subtraindo as duas expressões, temos

𝑆 1 − 𝑧 = 𝑧 + 𝑧 2 + 𝑧 3 + ⋯ + 𝑧 𝑛 − 𝑛𝑧 𝑛+1
𝑧 𝑧𝑛 − 1
⇒𝑆 1−𝑧 = − 𝑛𝑧 𝑛+1
𝑧−1
𝑛𝑧 𝑛+2 − 𝑛 + 1 𝑧 𝑛+1 + 𝑧
⇒
𝑧−1 2
𝑛(𝑐𝑖𝑠𝑥)𝑛+2 − 𝑛 + 1 (𝑐𝑖𝑠𝑥)𝑛+1 + 𝑐𝑖𝑠𝑥
⇒𝑆=
𝑐𝑖𝑥 − 1 2
𝑛𝑐𝑖𝑠 𝑛 + 2 𝑥 − 𝑛 + 1 𝑐𝑖𝑠 𝑛 + 1 𝑥 − 1
⇒𝑆= 𝑥
4𝑠𝑒𝑛² 𝑐𝑖𝑠𝑥
2
Multiplicando o numerador e o denominador por −𝑐𝑖𝑠(−𝑥), após manipulações algébricas, temos:
𝑛 + 1 𝑐𝑜𝑠𝑥𝑛 − 𝑛𝑐𝑜𝑠 𝑛 + 1 𝑥 − 1
𝑅𝑒 𝑆 = 𝑥
4𝑠𝑒𝑛² 2
Logo,
𝑛 + 1 𝑐𝑜𝑠𝑛𝑥 − 𝑛𝑐𝑜𝑠 𝑛 + 1 𝑥 − 1
𝑐𝑜𝑠𝑥 + 2𝑐𝑜𝑠2𝑥 + ⋯ + 𝑛𝑐𝑜𝑠 𝑛𝑥 = 𝑥
4𝑠𝑒𝑛² 2
Calcule o somatório
𝑛
𝐶𝑘𝑛 𝑐𝑜𝑠𝑘𝑥 = 𝐶1𝑛 𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝐶2𝑛 𝑐𝑜𝑠2𝑥 + ⋯ + 𝐶𝑛𝑛 cos⁡

(𝑛𝑥)
𝑘=1
Resolução
O somatório pedido é dado pela parte real do desenvolvimento em binômio de Newton de (1 + cisx)n
(1 + 𝑐𝑖𝑠𝑥)𝑛 = 𝐶1𝑛 𝑐𝑖𝑠𝑥 + 𝐶2𝑛 𝑐𝑖𝑠𝑥 2 + ⋯ + 𝐶𝑛𝑛 (𝑐𝑖𝑠𝑥)𝑛
(1 + 𝑐𝑖𝑠𝑥)𝑛 = 𝐶1𝑛 𝑐𝑖𝑠𝑥 + 𝐶2𝑛 𝑐𝑖𝑠2𝑥 + ⋯ + 𝐶𝑛𝑛 𝑐𝑖𝑠(𝑛𝑥)
Igualando a parte real de ambos os membros temos:
𝑅𝑒 1 + 𝑐𝑖𝑠𝑥 𝑛 = 𝐶1𝑛 𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝐶2𝑛 𝑐𝑜𝑠2𝑥 + ⋯ + 𝐶𝑛𝑛 cos⁡ (𝑛𝑥)
𝑥 𝑥
Mas podemos calcular 𝑅𝑒 1 + 𝑐𝑖𝑠𝑥 𝑛 utilizando a identidade 1 + 𝑐𝑖𝑠𝑥 = 2𝑐𝑜𝑠 2 𝑐𝑖𝑠 2 .
𝑥 𝑛𝑥
(1 + 𝑐𝑖𝑠𝑥)𝑛 = 2𝑛 𝑐𝑜𝑠 𝑛 𝑐𝑖𝑠
2 2𝑥 𝑛𝑥
⇒ 𝑅𝑒[ 1 + 𝑐𝑖𝑠𝑥)𝑛 = 2𝑛 𝑐𝑜𝑠 𝑛 2 𝑐𝑜𝑠 2 ,
Logo,
𝑥 𝑛𝑥
𝐶1𝑛 𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝐶2𝑛 𝑐𝑜𝑠2𝑥 + ⋯ + 𝐶𝑛𝑛 cos 𝑛𝑥 = 2𝑛 𝑐𝑜𝑠 𝑛 𝑐𝑜𝑠
2 2
Calcular as somas
a) 𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛2 + 𝐶𝑛4 + 𝐶𝑛6 + ⋯

b) 𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛4 + 𝐶𝑛8 + 𝐶𝑛12 + ⋯
c) 𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛3 + 𝐶𝑛6 + 𝐶𝑛9 + ⋯
Resolução
a) Considere os desenvolvimentos em binômio de Newton
1 + 1 𝑛 = 𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛1 + 𝐶𝑛2 + 𝐶𝑛3 + ⋯ + 𝐶𝑛𝑛
(1 − 1)𝑛 = 𝐶𝑛0 − 𝐶𝑛1 + 𝐶𝑛2 − 𝐶𝑛3 + ⋯ + (−1)𝑛 𝐶𝑛𝑛
Somando membro a membro, obtemos:

2 𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛2 + 𝐶𝑛4 + 𝐶𝑛6 + ⋯ = 2𝑛
Logo,
𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛2 + 𝐶𝑛4 + 𝐶𝑛6 + ⋯ = 2𝑛−1
b) Considere o desenvolvimento sem binômio de Newton

1 + 𝑖 𝑛 = 𝐶𝑛0 𝑖 0 + 𝐶𝑛1 𝑖 1 + 𝐶𝑛2 𝑖 2 + 𝐶𝑛3 𝑖 3 + ⋯ + 𝐶𝑛𝑛 𝑖 𝑛
1 + 𝑖 𝑛 = 𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛1 𝑖−𝐶𝑛2 − 𝑖 𝐶𝑛3 + ⋯
1 + 𝑖 𝑛 = 𝐶𝑛0 − 𝐶𝑛2 + 𝐶𝑛4 − 𝐶𝑛6 + ⋯ + 𝑖(𝐶𝑛1 − 𝐶𝑛3 + 𝐶𝑛5 − 𝐶𝑛7 + ⋯ )
𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛2 + 𝐶𝑛4 − 𝐶𝑛6 + ⋯ = 𝑅𝑒(1 + 𝑖)𝑛
𝐶𝑛1 − 𝐶𝑛3 + 𝐶𝑛5 − 𝐶𝑛7 + ⋯ = 𝐼𝑚(1+𝑖)𝑛
Mas, sabemos que

𝜋 𝑛 𝑛 𝑛𝜋
(1 + 𝑖)𝑛 = 2𝑐𝑖𝑠 = 22 𝑐𝑖𝑠
4 4
𝑛 𝑛/2
𝑛𝜋
⇒ 𝑅𝑒(1 + 𝑖) = 2 𝑐𝑜𝑠
4
Segue que,
𝑛𝜋
𝐶𝑛0 − 𝐶𝑛2 + 𝐶𝑛4 − 𝐶𝑛6 + ⋯ = 2𝑛/2 𝑐𝑜𝑠 𝐼
4
Sabemos que
𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛2 + 𝐶𝑛4 − 𝐶𝑛6 + ⋯ = 2𝑛−1 𝐼𝐼
Somando (I) e (II) membro a membro temos
𝑛𝜋
2 𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛4 + 𝐶𝑛8 + 𝐶𝑛12 + ⋯ = 2𝑛−1 + 2𝑛/2 𝑐𝑜𝑠
4
Logo,
𝑛𝜋
𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛4 + 𝐶𝑛8 + 𝐶𝑛12 + ⋯ = 2𝑛−2 + 2(𝑛−2)/2 𝑐𝑜𝑠
4
c) Inicialmente, observe que na solução do item (a) utilizamos a expansão em binômio de Newton de 1 +
2𝜋 𝑛 𝑛
𝑐𝑖𝑠 2
= 1−1 para obtermos a soma de binomiais em que os denominadores estão em PA de razão 2. Já
2𝜋 𝑛 𝑛
na solução do item (b) utilizamos a expansão em binômio de Newton de 1 + 𝑐𝑖𝑠 4
= 1+𝑖 para obtermos
a soma de binomiais em que os denominadores estão em PA de razão de 4. É natural pensar que, para
encontrarmos a soma de binomiais em que os denominadores estão em PA de razão 3, iremos analisar a
2𝜋 𝑛
expansão em binômio de Newton de 1 + 𝑐𝑖𝑠 3
2𝜋
Fazendo 𝑤 = 𝑐𝑖𝑠 3 , temos
(1 + 𝑤)𝑛 = 𝐶𝑛0 + 𝑤𝐶𝑛1 + 𝑤 2 𝐶𝑛2 + 𝑤³𝐶𝑛3 + 𝑤 4 𝐶𝑛4 + 𝑤 5 𝐶𝑛5 + ⋯
Mas, sabemos que:

1 = 𝑤3 = 𝑤6 = ⋯
𝑤 = 𝑤4 = 𝑤7 = ⋯
𝑤2 = 𝑤5 = 𝑤8 = ⋯
1 + 𝑤 𝑛 = (𝐶𝑛0 + 𝑤𝐶𝑛1 + 𝑤 2 𝐶𝑛2 + 𝐶𝑛3 + 𝑤𝐶𝑛4 + 𝑤 2 𝐶𝑛5 + ⋯.

Podemos agrupar as parcelas da seguinte forma:
1 + 𝑤 𝑛 = 𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛3 + ⋯ + 𝑤 𝐶𝑛1 + 𝐶𝑛4 + ⋯ + 𝑤² 𝐶𝑛2 + 𝐶𝑛5 + ⋯
Fazendo
𝑆0 = 𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛3 + 𝐶𝑛6 + ⋯
𝑆0 = 𝐶𝑛1 + 𝐶𝑛4 + 𝐶𝑛7 + ⋯
𝑆0 = 𝐶𝑛2 + 𝐶𝑛5 + 𝐶𝑛8 + ⋯
Temos:
𝑛
1+𝑤 = 𝑆0 + 𝑤𝑆1 + 𝑤 2 𝑆2
𝑛
Observe que 𝑆0 + 𝑆1 + 𝑆2 = 2
Mas sabemos que:

𝑛
2𝜋 𝑛 𝜋 𝜋 𝑛 𝑛𝜋
1+𝑤 = 1 + 𝑐𝑖𝑠 = 2𝑐𝑜𝑠 𝑐𝑖𝑠 = 𝑐𝑖𝑠
3 3 3 3
1 3 1 3
𝑤 =− +𝑖 𝑒 𝑤2 = − − 𝑖
2 2 2 2
Segue que:
𝑛𝜋 𝑆1 𝑆2 3
𝑐𝑖𝑠 = 𝑆0 − − +𝑖 𝑆 − 𝑆2
3 2 2 2 1
𝑆1 𝑆2 𝑛𝜋
𝑆0 − − = 𝑐𝑜𝑠 (𝐼)
2 2 3
3 𝑛𝜋
𝑆1 − 𝑆2 = 𝑠𝑒𝑛 𝐼𝐼
2 3
𝑆0 + 𝑆1 + 𝑆2 = 2𝑛 𝐼𝐼𝐼
Resolvendo o sistema, obtemos:
𝑛𝜋
2𝑐𝑜𝑠 3 + 2𝑛
𝑆0 =
3
Seja A0A1A2 ... An-1 um polígono regular de n lados inscrito em um círculo de raio 1. Prove que
A0A1.A0A2. ... . A0An-2 . A0An-1 = n
Resolução
No plano complexo, podemos considerar esse polígono regular como inscrio na circunferência centrada na
origem e de raio 1.
Os vértices do polígono são os afixos das raízes enésimas da unidade, ou seja, as raízes da equação zn = 1.
Assim,
2𝜋 4𝜋 2(𝑛 − 1)𝜋
𝐴0 = 1, 𝐴1 = 𝑐𝑖𝑠 , 𝐴2 = 𝑐𝑖𝑠 , … , 𝐴𝑛−1 = 𝑐𝑖𝑠
𝑛 𝑛 𝑛
2𝜋 2𝑘𝜋
Fazendo 𝑤 = 𝑐𝑖𝑠 𝑛
, temos que 𝐴𝑘 = 𝑐𝑖𝑠 𝑛
= 𝑤𝑘
O produto desejado é
𝑃 = 1 − 𝑤 1 − 𝑤2 1 − 𝑤 3 . … . 1 − 𝑤 𝑛−1
Sabemos que as raízes da equação

1 + 𝑧 + 𝑧 2 + ⋯ + 𝑧 𝑛−1 = 0
São w, w2, ... , wn-1, assim, temos que

1 + 𝑧 + 𝑧 2 + ⋯ + 𝑧 𝑛−1 = 𝑧 − 𝑤 𝑧 − 𝑤 2 𝑧 − 𝑤 3 . … . 𝑧 − 𝑤 𝑛−1
Fazendo z = 1 e tomando módulo em ambos os membros, obtemos
1 − 𝑤 1 − 𝑤² 1−𝑤 3 . … . 1 − 𝑤 𝑛−1 = 𝑛
Calcule os produtórios
𝜋 2𝜋 3𝜋 (𝑛−1)𝜋
a) 𝑃1 = 𝑠𝑒𝑛 𝑛 . 𝑠𝑒𝑛 𝑛 . 𝑠𝑒𝑛 𝑛 . … . 𝑠𝑒𝑛 𝑛
2𝜋 4𝜋 2(𝑛−1)𝜋
b) 𝑃2 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 𝑛
. 1 − 𝑐𝑜𝑠 𝑛
. … . 1 − 𝑐𝑜𝑠 𝑛
Resolução
2𝜋
a) Fazendo 𝑤 = 𝑐𝑖𝑠 e utilizando a identidade
𝑛
𝜃 𝜃
1 − 𝑐𝑖𝑠𝜃 = −2𝑖𝑠𝑒𝑛 2
𝑐𝑖𝑠 2 , temos que
2𝑘𝜋 𝑘𝜋 𝑘𝜋
1 − 𝑤 𝑘 = 1 − 𝑐𝑖𝑠 = −2𝑖𝑠𝑒𝑛 𝑐𝑖𝑠
𝑛 𝑛 𝑛
𝑘𝜋 𝑘𝜋 1 − 𝑤𝑘
⇒ 1 − 𝑤 𝑘 = 2𝑠𝑒𝑛 ⇒ 𝑠𝑒𝑛 =
𝑛 𝑛 2
Assim,
1 − 𝑤 1 − 𝑤² 1 − 𝑤³ 1 − 𝑤 𝑛−1 𝑛
𝑃1 = . . .…. = 𝑛−1
2 2 2 2 2
𝜋 2𝜋 3𝜋 (𝑛−1)𝜋
b) 𝑃12 = 𝑠𝑒𝑛² . 𝑠𝑒𝑛² . 𝑠𝑒𝑛² ∙ ⋯ ∙ 𝑠𝑒𝑛²
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
2𝑘𝜋
𝑘𝜋 1−𝑐𝑜𝑠 𝑛
𝑛
Utilizando a identidade 𝑠𝑒𝑛² 𝑛 = 2
e o fato de que 𝑃1 = 2𝑛 −1 , temos que
2𝜋 4𝜋 6𝜋 2(𝑛 − 1)𝜋
𝑛² 1 − 𝑐𝑜𝑠 𝑛 1 − 𝑐𝑜𝑠 𝑛 1 − 𝑐𝑜𝑠 𝑛 1 − 𝑐𝑜𝑠 𝑛
= ⋯
22𝑛−2 2 2 2 2
𝑛² 𝑃2 𝑛2
⇒ = ⇒ 𝑃2 =
22𝑛−2 2𝑛−1 2𝑛−1

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NÚMEROS COMPLEXOS – IME-ITA

Para que z seja real, devemos ter Im( z ) = 0, ou seja:

OBS: Outras potências importantes

Observe que o conjugado de zw é zw  wz .

Da segunda equação, temos:

Logo a equação tem 3 soluções: S  0, i, i

Da segunda equação obtemos b  0 ou a  1

Fazendo 12  16i  a  bi e elevando ao quadrado, obtemos:

Por exemplo, vamos calcular 7  24i .

Como C é quadrado perfeito, podemos usar a fórmula para obter

 11a 3  6a 2b  33a 2  2b3  0

Obs: Radiciação de Complexos.

Represente no plano de Argand-Gaus os seguintes complexos e identificando o módulo e o argumento de cada

Assim, temos a seguinte inequação x  y  1

1ª Solução (forma algébrica)

2ª Solução (forma geométrica)

Vamos resolver geometricamente o problema no caso 𝑦 ≠ 0

b) 1  cis  1  cos  isen

Obs: Podemos interpretar geometricamente essas identidades

A equação do enunciado pode ser escrita como:

Com k  0,1, 2,3, 4,5

 cos x  3cosxsen x   i  3cos xsenx  sen x   cos3x  isen3x

Igualando as partes real e imaginária, temos

Os afixos de z0 , z1 e z2 formam um triângulo equilátero inscrito na circunferência centrada na origem e de raio 1.

Os afixos de z0 , z1 , z2 e z3 formam um quadrado inscrito na circunferência centrada na origem e de raio 2.

Os afixos de z0 , z1 e z2 formam um triângulo equilátero inscrito na circunferência centrada na origem e de raio

d) Já vimos que as raízes sextas de -1 são:

Os afixos de z0 , z1 , z2 , z3 , z4 e z5 formam um hexágono regular inscrito na circunferência centrada na origem e de

a) apenas um deles é imaginário puro

a) Correta, pois somente z2 é imaginário puro.

Pertencem a uma reta paralela o eixo imaginário.

Note que ii é real!

uma rotação de 60° de AB, ou seja:

Igualando as partes real e imaginária, temos:

O lado do triângulo é dado por:

Logo, o perímetro do triângulo é 10 21 .

Pelo teorema de Pitágoras, temos:

"bc = ah"  156.65  169  x  60

Calcule a área da região determinada por:

Essa região é um segmento circular de ângulo central de 120° e raio 2.

Logo, a sua área é dada por:

a) este conjunto pode ser representado por um círculo de raio igual a 1 3.

Para que três pontos estejam alinhados é suficiente termos 𝛼 = 𝛽.

De modo geral, devemos ter:

Assim, devemos resolver o sistema

VII. Arco Capaz

Logo, o lugar geométrico de z é o arco capaz do segmento 𝑧1 𝑧2 , segundo o ângulo de 60°.

Fazendo z = x + yi, temos que:

Utilizando a fórmula da soma de PG, temos:

b) Soma pedida é igual à parte real da soma

Subtraindo as duas expressões, temos

𝐶𝑘𝑛 𝑐𝑜𝑠𝑘𝑥 = 𝐶1𝑛 𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝐶2𝑛 𝑐𝑜𝑠2𝑥 + ⋯ + 𝐶𝑛𝑛 cos⁡

a) 𝐶𝑛0 + 𝐶𝑛2 + 𝐶𝑛4 + 𝐶𝑛6 + ⋯

Somando membro a membro, obtemos:

b) Considere o desenvolvimento sem binômio de Newton

Mas, sabemos que

Mas, sabemos que:

1 + 𝑤 𝑛 = (𝐶𝑛0 + 𝑤𝐶𝑛1 + 𝑤 2 𝐶𝑛2 + 𝐶𝑛3 + 𝑤𝐶𝑛4 + 𝑤 2 𝐶𝑛5 + ⋯.

Mas sabemos que:

Sabemos que as raízes da equação

São w, w2, ... , wn-1, assim, temos que

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