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Aula 1 – Sinais e Sintomas (Semiologia do Aparelho Cardiovascular)

Independente do sistema que a gente for estudar, a semiologia tem que intensificar
a informação de que o método clínico sempre deve ser mais importante que os exames
complementares. Claro que o conjunto dos exames clínicos + os exames complementares
vão proporcionar o diagnóstico, entretanto os exames complementares, como o próprio
nome diz, são complementares. Dessa forma, a anamnese, Antecedentes Pessoais e
Familiares, Hábitos de Vida, Condições Socioeconômicas e Culturais são essenciais para
uma boa análise clínica.
OBS: O ruido normal do coração é caracterizado pelo: TUM TÁ

Anamnese do aparelho cardiovascular

* Idade:
Se estivermos diante de uma criança, de um jovem que tem alguma alteração no sistema
cardiovascular, nós vamos pensar mais em anomalias congênitas ou na doença
reumática, se estivermos diante de um paciente de faixa etária entre 20 – 50 anos vamos
pensar numa doença de chagas, hipertensão arterial, se estiver diante de pacientes acima
de 50 anos vamos pensar numa doença arterial coronariana, numa angina ou num infarto
agudo do miocárdio.

* Sexo:
Diante de um paciente do sexo feminino, vamos nos direcionar mais para lesões mitrais,
especialmente a estenose e o prolapso da valva mitral, já no sexo masculino a
arteriosclerose é mais frequente até os 50 anos. A partir dos 50 anos, a mulher já fica
igual ao homem.

* Raça:
A raça negra é mais susceptível a anemia falciforme, ?? e uma hipertensão de mais difícil
tratamento.

*Profissão:
Profissões que exigem do indivíduo o esforço físico intenso podem levar a uma
insuficiência cardíaca, uma profissão que convive muito com o estresse emocional
predispõe o paciente a ter uma hipertensão arterial ou uma cardiopatia.
*Residência:
Até mesmo o local onde o paciente reside pode nos levar a um diagnóstico de Doença de
Chagas

*Antecedentes Pessoais
Paciente que teve infecções estreptocócicas, principalmente bucofaríngea, estarão
predispostos a desenvolver lesões orovalvulares de etiologia reumática
Paciente que tem alimentação rica em lipídios: aterosclerose
Pacientes que tem problemas renais : correlacionando com hipertensão arterial.
Pertubações emocionais :manifestações cardiovasculares de ansiedade e/ou depressão.

*Antecedentes Familiares
Algumas doenças genéticas, ou fatores genéticos que predispõem a doenças como
própria cardiopatia isquêmica e a hipertensão arterial

*Hábitos de Vida
Tabagismo, Alcoolismo e Sedentarismo predispõe -Doença aterosclerótica e Hipertensão
Arterial.

*Condições Socioeconômicas e Culturais


Pacientes de mais baixa renda, com poucas condições socioeconômicas – podemos
pensar na doença reumática, provavelmente devido as más condições alimentares e
habitacionais ou pela falta de um tratamento adequado de infecções que ele já teve na
infância e também a anemia chagásica em locais da periferia e também zona rural.

Sinais e Sintomas relacionados ao sistema cardiovascular

Obs: Não será abordado o edema porque já foi assunto de seminário, porém edema é um
sinal/sintoma do sistema cardiovascular.

1) DOR

1.1 DOR CARDÍACA X DOR PRECORDIAL


A dor precordial nem sempre se remete a uma dor cardíaca, porque a dor precordial tem
várias origens. Ela pode vir de uma alteração no coração, na pleura, no esôfago, na aorta,
no mediastino, estômago, parede torácica, traqueia, brônquios, pulmões ou de origem
psicogênica.
Então a gente tem uma dor torácica, uma dor em precórdio, ela pode ter uma causa
cardíaca ou não cardíaca, se a causa for cardíaca a gente pode pensar numa dor de
origem isquêmica ou de origem não isquêmica. Se ela for de origem isquêmica a gente
vai caminhar, ou para uma angina estável ou para uma angina instável ou para um infarto
agudo do miocárdio. Se ela for não isquêmica a gente vai pensar numa pericardite, numa
doença valvular, ou numa dissecção aguda da aorta. Se ela for não cardíaca, ela pode ser
gastroesofagiana ou não- gastroesofagiana. Se ela for gastroesofagiana a gente pode
pensar num refluxo, num espasmo, ou numa úlcera péptica. Se ela for não-
gastroesofagiana podemos pensar num pneumotórax, numa embolia pulmonar, numa
contração da musculatura esquelética ou alteração da musculatura esquelética ou de
cunho emocional(psicogênica).

1.2 DOR DA ISQUEMIA MIOCÁRDICA

A dor da isquemia miocárdica é decorrente de uma hipóxia celular e que é por sua
vez decorrente de um desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio. Essa hipóxia
celular vai causar a liberação de substâncias como a ??, cininas e prostaglandinas que
provavelmente, não a certeza ainda, mas provavelmente é um dos fatores que fazem com
que surja a dor da isquemia. Ai ela pode ser uma angina ou um infarto agudo do
miocárdio.
A dor da isquemia miocárdica tem uma localização típica, essa localização é retroesternal
mais à esquerda, embora ela também possa aparecer a direita. Ela pode ser restrita a
uma pequena área, ou ela pode ocupar toda a região do precórdio, lembrando que a dor
peri mamilar ou a dor que está abaixo do mamilo, quase nunca é de causa cardíaca, ela
geralmente pode ser de origem emocional, ou decorrente de uma osteoartrite, de uma
distensão do estômago ou com o crescimento, então é aquela dor que o paciente diz
“olha aqui bem abaixo do mamilo”,então provavelmente não é uma dor da isquemia
miocardíaca.
A dor da isquemia miocárdica pode se irradiar para as partes mais auriculares, maxilar
inferior, região cervical, membros superiores, região epigástrica ou região
escapuloumeral. Não é obrigatória
aquela dor clássica que se irradia para o membro superior esquerdo.
Quanto mais intensa for a dor da isquemia, maior a probabilidade dela se irradiar.
Com relação ao caráter e a qualidade, ela pode se apresentar de várias formas, mas o
mais comum é como um aperto, um peso, um nó, uma sufocação, mas ela também pode
se apresentar em ardência.
Duração: a dor da angina dura de 2 a 3 minutos, raramente mais de 10 minutos. A dor de
origem por hipóxia, sem que haja necrose ainda, é uma dor de curta duração.
Já a dor da angina instável é mais prolongada, podendo chegar até a 20 minutos, pois
embora ainda não haja necrose, já vai haver alterações histológicas. A dor da angina
estável dura cerca de 2 a 10 minutos. A dor do infarto agudo do miocárdio dura mais de
20 minutos, podendo chegar até a algumas horas, pois já estamos diante de um quadro
com necrose. A intensidade varia em: leve, moderada e grave. Se ela é leve, o paciente
sente a dor, mas isso não o incomoda o suficiente, relatando uma sensação de
desconforto. Quando ela vai aumentando de intensidade é o que se chama de moderada
e se grava com os esforços físicos do paciente, na intensa, o paciente tende a ficar mais
quieto, pois ela piora aos movimentos e pequenos esforços e, geralmente, vem
acompanhada de sudorese, palidez, angústia, uma sensação de morte eminente (existe
inclusive uma síndrome que ocorre após a realização de algum esforço (subir uma
escada, pegar algo pesado) ou alguma emoção. Já o infarto do miocárdio inicia com o
paciente em repouso, item importante no diagnóstico diferencial. Sabrina fala alguma
coisa. A angina tem geralmente tempo curto de duração enquanto o IAM tem mais de 20
minutos.

Diagnósticos diferenciais:

• Se essa dor ocorre após vômitos intensos = laceração da mucosa do seguimento


inferior do esôfago;
• Se essa dor que decorre de mudanças de decúbito ou movimentação do pescoço =
dores da coluna cervical (hérnia de disco);
• Se for uma dor que piora com a deglutição = espasmo esofágico ou esofagite;
• Se for uma dor que piora com a tosse = pleurite, pericardite ou compressão de alguma
raiz nervosa.

Fatores atenuantes (melhoram a dor):

• Na angina: o repouso e vasodilatadores melhoram;


• Na pericardite aguda: inclinar o corpo pra frente ou fazer uma compressão com o
travesseiro ajuda a aliviar a dor Obs.: no quadro anginoso, enfermidades gastrintestinais
ou ansiedade também funciona.

Manifestações concomitantes (vem junto com a dor):

• No IAM: precordialgia intensa, geralmente acompanhada de náuseas, vômitos e


sudorese fria.
• Na Isquemia (por taquiarritmias): junto com a dor vem palpitações.

1.3 DOR DE ORIGEM PERICARDICA

Dor de origem pericárdica: tem origem no atrito entre as membranas, devido a


grande distensão do pericárdio ou derrames. Mais aguda que a do miocárdio, se localiza
na região retro-esternal, se irradia para o pescoço e costas e geralmente é de grande
intensidade. Contínua, não se agrava com exercícios, piora com a respiração, decúbito
dorsal e movimentação do tronco. Alivia com a inclinação do corpo para frente ou na
posição gênito-peitoral.

1.4 DOR PELA DISSECÇÃO AGUDA DA AORTA

Dor pela dissecção aguda da aorta: decorre da separação das camadas da parede
arterial, em particular, da adventícia, causando uma subida distensão das terminações
nervosas. Dor intensa, lancinante, localizada na região retro-esternal ou parte anterior do
tórax, pode se irradiar pro pescoço e ombro. Paciente inquieto, pois não acha uma
posição de alivie a dor.

1.5 DOR DE ORIGEM PSICOGÊNICA

Surge em pacientes com ansiedade e depressão, limita-se a região do ápice do


coração, costuma ser surda, persistindo por horas ou até semanas. Piora com
contrariedades e situações desagradáveis,. Não está relacionada com exercícios. Pode
vir acompanhada de hipersensibilidade do precórdio, dispneia suspirosa, dormências,
astenia, palpitação, instabilidade emocional, depressão. Ela alivia com repouso,
analgésicos e tranquilizantes (até placebos).
Obs.: É um diagnostico de exclusão, precisa pesquisar a origem.
Obs.: Aneurismas da aorta: não provocam dor.

Atenção!!! Diferenças entre angina estável e instável:

Características da angina estável:


• É a forma mais comum de angina;
• Normalmente ocorre em situações de esforço físico, como subir escadas ou durante
exercícios;
• Acontece quando o coração recebe menos oxigênio do que precisa porque o sangue
bombeado não é suficiente para oxigenar o órgão;
• Desaparece com o repouso;
• Também pode ser desencadeada por perturbações emocionais, exposição a baixas
temperaturas, refeições pesadas, tabagismo.

Características da angina instável:


• O desconforto ou a dor no peito não cessam com o repouso;
• Surge de forma súbita, normalmente quando a pessoa está em repouso;
• Ocorre devido a um bloqueio ou diminuição do fluxo sanguíneo nas artérias que irrigam
o coração;
• Trata-se de uma condição perigosa, pois geralmente antecede um infarto;
• Além do entupimento das artérias cardíacas, a angina instável também pode ser
causada por: Aneurismas da aorta: não provocam dor.
Todas essas dores são recorrentes da isquemia, só que na angina estável não há
alteração celular. Na angina instável nós já temos alterações histológicas. E no infarto
existe a necrose.

2) PALPITAÇÃO

É quando começamos a perceber os batimentos cardíacos. Nem sempre é


decorrente de arritmias. O paciente descreve essa palpitação como um batimento mais
forte, um arranco, uma parada, um tremor no coração. “A meu coração está deixando de
bater” “Meu coração está parando” “Meu coração está aos pulos”. Na verdade as
palpitações são contrações cardíacas que podem ser mais fortes e mais intensas, podem
ser lentas ou rápidas, podem ser rítmicas ou arrítmicas, e também podem ser decorrentes
de transtornos do ritmo ou da frequência cardíaca. Lembrando que as palpitações
também aparecem em indivíduos normais, após exercícios físicos e emoções.
Quando o paciente informa que ele está com uma palpitação o que temos que investigar
nesse paciente?
– A frequência;
– O ritmo;
– O horário de aparecimento;
– O modo de instalação, ou seja, o início e o término, se foi súbito ou não;
– Se o paciente usou chá, café, refrigerante, tabaco, droga.
As palpitações podem ser de esforço, decorrentes de alteração do ritmo cardíaco
ou se acompanha de transtornos emocionais.

2.1 Palpitações de esforço:


Ocorrem durante a execução de um esforço físico, como o próprio nome já está dizendo,
elas aparecem subitamente mas desaparecem lentamente, quando o paciente faz o
repouso ela vai lentamente desaparecendo. Tem o mesmo significado de dispneia de
esforço, sendo comum que elas ocorram juntas. A gente pode caracterizar a magnitude
desse esforço em grandes, médios e pequenos esforços, do mesmo jeito que se faz para
a dispneia. Geralmente são batimentos rítmicos, enérgicos e rápidos.

2.2 Palpitações decorrentes de alterações do ritmo cardíaco:


São descritas como falhas, arrancos, tremores. Provavelmente elas serão extra-
cardíacas. Se o paciente diz que tem disparos no coração, ai já pensaríamos em causas
cardíacas. Se ele diz que o coração começou a bater muito forte, muito rápido, de início
vamos pensar em uma taquicardia paroxística. Se ele tem início súbito e fim gradual, a
gente pensa em uma taquicardia sinusal ou em um estado de ansiedade. Se ele tem uma
taquicardia, mas esses batimentos são irregulares, ai vamos pensar em uma fibrilação
atrial. Alguns pacientes ainda sabem nos contar o número de batimentos por minutos, se
ficou entre 100 e 150 é provavelmente uma taquicardia sinusal, se está acima de 150 ai
pensamos em uma taquicardia paroxística.

2.3 Palpitações decorrentes de transtornos emocionais:


São desencadeadas por agressões emocionais e elas podem ser acompanhadas por
sudorese, desmaios, dormências e de distúrbios neurovegetativos. Maios ou menos
parecido com aquela dor precordial decorrente de origem psicogênica. Ela pode consistir
na síndrome da neurose cardíaca, que o conjunto de palpitações, précordialgia e dispneia
suspirosa.
Então, as palpitações podem ter causas cardíacas e também causas não cardíacas. Entre
as causas cardíacas a gente tem a arritmia, como mais importante. E entre as causas não
cardíacas, em destaque temos as emoções, o esforço físico, medicamentosa.

3) DISPNÉIA

Estudo da dispneia voltada para o sistema cardiovascular.


A dispneia é referida como cansaço, canseira, falta de ar, folego curto, respiração difícil.
Mas na verdade a dispneia é a sensação consciente e desagradável do ato de respirar. A
dispneia é um dos sintomas mais importantes dos portadores de cardiopatia, indica
congestão pulmonar, e será a principal referência da capacidade funcional desses
pacientes, ao lado das fadigas e palpitações.
Lembrar que temos que diferenciar essa dispneia, que o paciente diz como cansaço às
vezes, da própria astenia e da fadiga.
Semiologicamente a dispneia pode se apresentar de duas maneiras, objetiva e subjetiva.
Subjetiva é a dificuldade sentida pela paciente, ele refere que sente dificuldade pra
respirar. E objetiva é quando a gente percebe isso, pela percepção da alteração dos
movimentos respiratórios (taquipneia), pela participação ativa da musculatura acessória.
Causas de dispneia, em sua maioria serão causas respiratórias, mas teremos também a
insuficiência ventricular esquerda e a estenose mitral como causas cardíacas da dispneia.
(Quadrinho, livro)
O que precisamos saber da dispneia?
– O tempo de duração;
– A sua evolução;
– Se rapidamente o paciente passou de uma dispneia aos grandes esforços para uma
dispneia aos pequenos esforços;
– A relação com o esforço;
– A posição adotada pelo paciente.

*Tipos de dispneia cardíaca: Dispneia de esforço, dispneia de decúbito ou ortopneia,


dispneia paroxística noturna, ou a dispneia periódica.

Dispneia de esforço é a dispneia mais comum da insuficiência ventricular esquerda.


Aparece quando o paciente faz um esforço. Sendo classificada como dispneia aos
grandes, médios e pequenos esforços. Aos grandes esforços, subir escadas, fazer
exercícios. Aos médios esforços, andar no plano com passos normais. Aos pequenos
esforços, tomar banho, trocar de roupa, mudar de posição faz o paciente se sentir
cansado.

Dispneia de decúbito ou ortopnéia surge quando o paciente se põe na posição deitada, e


para melhorar o paciente adota a posição sentada. Acontece porque ao deitar o fluxo de
sangue que estava nos membros inferiores ele ganha a circulação sistêmica, e como o
coração está fraco e não tem condições de bombear, esse sangue ficará retido nos
pulmões e com isso acontece uma congestão pulmonar. Ela aparece assim que o
paciente se deita. Quando muito intensa o paciente adota a posição ortopneica, ele fica
geralmente a beira do leito com as pernas para fora, quase sempre fletindo a cabeça para
frente, segurando até mesmo as bordas da cama com as mãos para ajudar o trabalho da
musculatura acessória.

Dispneia paroxística noturna: Ocorre com mais frequência à noite e sua principal
característica é que o paciente acorda com dispneia intensa, na dispneia em decúbito
deitou o paciente se incomoda e senta, aqui não, ele ta dormindo e acorda desesperado
sem conseguir respirar. Acompanhado de sufocação, tosse seca, opressão torácica e o
paciente se sente obrigado a se sentar ou levantar da cama. Pode haver broncoespasmo,
com sibilos devido à congestão da mucosa brônquica e caracterizando a asma cardíaca.
Pode apresentar pele fria, pálida e às vezes até cianose. O tórax estará expandido, pode
apresentar sudorese e taquicardia, um quadro angustiante e desesperador. Nas crises
mais graves pode ocorrer o edema agudo de pulmão onde o paciente vai apresentar
tosse com expectoração espumosa ou rosada, cianose e respiração ruidosa pela
presença dos sibilos e estertores.

Dispneia periódica ou de Chayne-Stokes: O paciente tem períodos de apneia seguidos de


movimentos superficiais (baixa amplitude) depois vai aprofundando (aumentando a
amplitude)e posteriormente reduzindo, parando de respirar de novo, um ciclo repetitivo.
As pausas de apneia podem ter duração variada de 30 a 60s sem respirar. Durante as
pausas o paciente pode apresentar estado de torpor, sonolência, inconsciência, pupilas
bióticas, podendo aparecer cianose, alternando a fase de apneia.
Quem controla a respiração é o excesso de CO2. Quando ele respira o CO2 diminui por
causa do início dos movimentos amplos, interrompe o estímulo do centro respiratório
resultando em apneia, CO2 vai subindo e estimula o centro respiratório.
Frequente em doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, insuficiência ventricular
esquerda, doença arterial coronariana), crianças sadias e idosos também podem
apresentar esse tipo de respiração. O paciente começa a hiperventilar, baixa CO2
(hipocapnia), começa hipoventilar (hipercapnia) estimulando novamente a respiração.
A dispneia da insuficiência ventricular esquerda é decorrente da congestão pulmonar,
onde vai ter retrogradamente um aumento da pressão do átrio esquerdo, aumento da
pressão do meio vascular pulmonar, ocorre a transudação de líquido pro espaço
intersticial, congestão pulmonar, dispneia. A congestão pulmonar é causa básica da
dispneia de pacientes com cardiopatia, a partir dela ocorre o aumento da rigidez do
parênquima pulmonar, diminui a expansibilidade, chega a dispneia, e diminui a difusão
dos gases (a nível da membrana alveolocapilar) prejudicando a oxigenação, por isso o
paciente pode apresentar cianose.

4) TOSSE

Sintoma frequente da insuficiente ventricular esquerda. A gente tosse pra manter a


permeabilidade da árvore traqueobrônquica, nos casos em que houver aumento de
secreção, então é pra expulsar essa secreção e manter a permeabilidade das vias
aéreas. Na insuficiência ventricular esquerda ela é seca e mais intensa à noite podendo
ser incômoda ao paciente. Sua causa também é a congestão pulmonar, quase sempre
associada à dispneia uma vez que tem a mesma base patológica.
Acessos de tosse já podem pensar em aneurisma da aorta, pericardite, grande dilatação
do átrio esquerdo por compressão brônquica, irritação do vago ou do ramo recorrente. A
tosse é um ato reflexo. Primeiro ocorre uma inspiração profunda, a glote fecha e aproxima
as cordas vocais, isso vai provocar uma grande retenção de ar, uma brusca contração da
musculatura expiratória e ai há um deslocamento do diafragma no sentido ascendente,
uma contração violenta e a tosse é exteriorizada.

5) EXPECTORAÇÃO

É o produto eliminado pela tosse procedente das vias respiratórias. Na insuficiência


ventricular esquerda é do tipo serosa, de pouca consistência, contém ar (vem do aparelho
respiratório) e rica em albumina (aspecto espumoso), podendo ser abundante. Sua
principal causa é o edema agudo de pulmão, lembrando que a congestão pulmonar, que é
a base de alterações respiratórias da cardiopatia, vai tornar o pulmão susceptível a
infecções bacterianas e pode haver infecção mucopurulenta.
Pode haver também expectoração de sangue (hemoptise), através dos seguintes
mecanismos: passagem de glóbulos vermelhos dos vasos pulmonares que estão
congestos para os alvéolos, ruptura de vasos endotraqueais dilatados ou necrose
proporcionada por um infarto pulmonar.
A gente considera hemoptise (eliminação de sangue pelas vias aéreas) quando há a
eliminação de mais de 2ml de sangue. Referida pelo paciente como escarrar sangue,
eventualmente com vômito.

HEMOPTISE X HEMATEMESE

*Hemoptise
O sangue é vermelho vivo e arejado, não tem restos alimentares, acompanhado de tosse.
Sintomas: calor retroesternal, prurido na laringe, sensação de gosto de sangue na boca.
Se for acompanhado de expectoração espumosa e rosa = edema agudo de pulmão,
expectoração cor de tijolo = pneumonia pneumocócita, raios de sangue cobrindo muco =
bronquite ou hemorragia de neoplasias brônquicas, sangue escuro tipo geleia de
framboesa (sangue com expectoração mucosa) = infarto pulmonar ou pneumonia
necrosante, volumosa com sangue vivo = ruptura de vasos bronquiais.
*Hematêmese
O sangue pode até ser vivo, do trato gastrointestinal nasal (esôfago), mas geralmente é
coagulado, digerido, de cor escura com aspecto de borra de café. Sintomas são náuseas,
mal estar epigástrico, sem tosse.
OBS: Mesmo em paciente sabidamente cardiopata sempre é necessário fazer o
diagnostico diferencial com patologias respiratórios como tuberculose, bronquiectasia e
carcinoma brônquico porque a hemoptise ocorre com mais frequência nessas afecções do
que nas patologias cardíacas. Tem que fazer a pesquisa da parte respiratória.

6) SIBILÂNCIA

Significa o aparecimento de um ruído junto com a respiração, quase sempre torna


a respiração difícil. Traduz a passagem de ar em alta velocidade através das vias aéreas
estreitadas. Na ausculta é possível encontrar expiração prolongada e sibilos.
Na ausculta é possível encontrar expiração prolongada e os sibilos durante a
sibilância. Percebe-se que o sibilo apresenta-se realmente como uma a dificuldade do ar
passar. Então é um som musical, contínuo, prolongado, predominantemente expiratório,
mas ele também pode acontecer na inspiração. É mais frequente na asma brônquica, na
bronquite crônica e no enfisema pulmonar. Pode ocorrer, também, devido à causa
cardíaca, observado na dispneia paroxística noturna, e na asma cardíaca, que é a
congestão pulmonar mais bronco espasmo.
OBS: Asma cardíaca: Quando ocorre a congestão pulmonar mais a sibilância (o bronco
espasmo). Caracteriza-se por um edema da mucosa cárdica, um estreitamento das vias
aéreas e uma expiração prolongada com sibilos, que provocam a sibilância.

Obs: Diferença entre a asma cardíaca e a asma brônquicas


A asma cardíaca costuma surgir na posição deitada, e a asma brônquica não importa a
posição que a paciente está, se deitado, sentado ou em pé a dispneia é a mesma.
Portanto, a da asma cardíaca melhora quando o paciente senta-se ou fica em pé. A
dispneia da asma cardíaca geralmente é acompanhada por alguma alteração cardíaca
(por uma taquicardia, um ritmo de galope, etc). Com relação a ausculta na asma com
relação à ausculta na asma brônquica os sibilos estarão disseminados juntos com os
estertores por todo o tórax do paciente, já na asma cardíaca a gente vai ter estertores
finos só nas bases pulmonares, é um diagnóstico bem característico da dispneia cardíaca.
No raio-X teremos congestão pulmonar na asma cardíaca e hiperinsuflação pulmonar na
asma brônquica.

7) SÍNCOPE OU DESMAIO

Perda súbita e translúcida da consciência e do tônus muscular postural, quando o


paciente cai mesmo. Mas nem sempre esse sintoma ocorre de maneira completa,
podendo ocorrer a perda apenas parcial da consciência que é a pré-síncope ou lipotimia,
quando o paciente não perde completamente a consciência, quando ele não chega a
desmaiar só senta com mau estar. Lembrando que quase sempre esse quadro evolui
rapidamente para recuperação, porque se esse paciente não se recuperar em pouco
tempo esse paciente terá morte por perda de consciência.
A lipotimia e a síncope elas podem ter causas cardíacas ou extra cardíacas , entre as
causas cardíacas temos arritmias, diminuição do débito cardíaco, hipotensão postural que
é aquela que ocorre quando o paciente levanta, hipovolemias. Também poderá ter causas
extra cardíacas, como causas metabólicas, uma hipoglicemia que pode causar uma
síncope, uma síncope neurogênica decorrente de uma epilepsia, obstruções extra
cardíacas que obstrui o fluxo sanguíneo como uma aterosclerose, até mesmo uma
manobra de Valsalva, e causa psicogênica, tudo isso pode causar um desmaio.
Obs: Manobra de Valsava
Manobra de Valsalva é uma manobra que aumenta muito a pressão intratorácica, por
exemplo, você soprar aqui na sua mão bem forte é uma manobra de valsava, quando a
gente tá ventilando um paciente que a gente aperta e segura a respiração também é uma
manobra de Valsalva, aumenta muito a pressão intratorácica.

Quando a gente está diante desse sintoma o que devemos investigar?


– Tempo de duração, quanto tempo durou esse desmaio;
– Ocorrência ou não de convulsão, de incontinência urinária ou fecal, de mordedura de
língua, sudorese, palidez, porque tudo isso vai construindo nosso diagnóstico;
– Eventuais sintomas que precederam essa lipotimia ou que surgiram depois que o
paciente se recuperou;
– Condições gerais do paciente;
– Tempo decorrido desde a última alimentação, será que foi só uma hipoglicemia?
– Grau de tensão emocional desse paciente, será que foi só um desmaio psicogênico? ;
– A posição do corpo;
– A atitude do indivíduo no momento da crise;
– A execução do esforço físico e mudança de posição, como quando paciente está
deitado e quando levanta desmaia;
– Temperatura do ambiente, às vezes até mesmo uma mudança brusca de temperatura
leva a um desmaio;
– Ocorrência de alguma doença recente.
Todos esses pontos vocês terão que pesquisar em casos de desmaio porque eles dão
direcionamento no diagnóstico, mas o diagnostico só será possível após uma
investigação maior, se esse paciente é cardiopata ou não por exemplo.
Então vamos ver aqui, determinado pelo tempo de início, se foi súbito vocês vão pensar
em uma causa neurológica ou uma arritmia cardíaca, se foi rápido com sinais
premonitórios pode ser neurológico pode ser vasovagal né, se começou devagarzinho (o
paciente foi se sentindo mal até que ele desmaiou), e também se foi gradual pode ser
uma hipoventilação ou uma hipoglicemia.
Posição do paciente no início, se ele tava deitado e desmaiou quando levantou a gente
pensa em uma hipotensão ortostática, se ele ficou muito tempo em pé uma reação
vasovagal.
Condições que precedem a crise, se estava usando algum medicamento né?! Os anti-
hipertensivos, por exemplo, tem alguns que causa como efeito colateral a posição
ortostática, se ele está com a insulina alterada pode ter sido uma hipoglicemia, exercício,
movimentos da cabeça e pescoço, várias condições que vão direcionar nosso
diagnóstico.
Eventos associados, se ele teve incontinência, se ele mordeu a língua, como eu já falei.
Lesões corporais a gente pensa em caso neurológico. Se ele recuperou a consciência
lentamente a gente pensa em caso neurológico e se foi rápido a gente pensa nas outras
causas.

8) INSÔNIA

Insônia também é um sintoma comum nos pacientes com dispneia Cheyne Stokes ,com
aquela respiração horrível, é claro que vai dificultar mesmo o sono do paciente, e ela pode
ser acompanhada de excitação, alternando período de sonolência e prostração. E essa
insônia, porque o paciente cardiopata tem insônia? Ou devido a *estase sanguíneo
hepáticos* que vai causar edema cerebral e hipertensão do (NÃO ENTENDI), ou por
diminuição do fluxo sanguíneo cerebral provocando anoxia nos neurônios. Lembrando
que os sonos inquietos e os pesadelos também podem ser observados nesses pacientes.
OBS: Um paciente cardiopata também é um paciente que sofre muito, porque é uma
doença lenta que vai de maneira progressiva piorando, então a gente tem que tentar dar
uma qualidade de vida melhor a esse paciente. Por isso que é importante estudarmos
insônia, fadiga.. São coisas que precisamos dar atenção e tratar pra melhorar a qualidade
de vida desse paciente já que a gente não pode curar.

9) CIANOSE

Cianose é um sinal que provoca o surgimento de uma cor azulada, aroxeada, na


pele e nas mucosas e ocorre devido ao aumento da hemoglobina reduzida no sangue,
chegando a 5g por 100ml, quando o normal é 2,5. É um sinal importante de enfermidade
cardíaca, principalmente na criança. Lembrando que pacientes intensamente anêmicos
não apresentam cianose porque eles nem tem hemoglobina suficiente pra ocorrer essa
cianose clinicamente visível. A cianose pode ter graus variáveis, então ela pode ser
ligeiramente azulada sem ter mudança de cor na pele, pode ser azul clara ou lilás,
chegando até a um lilás intenso, lembrando que na cianose grave as mucosas são
quase ????, o tegumento cutâneo adquire uma tonalidade azulada ou mesmo arroxeada.
A pigmentação e a espessura da pele pode modificar o aspecto da cianose podendo até
mascará-la. E também a Bilirrubina, se o paciente está com hiperbilirrubinemia também
dificulta o reconhecimento da Cianose.
Pra gente fazer o exame da Cianose, você tem que estar num local claro, um local onde a
pele é mais fina, e áreas ricas em capilares, pra que você veja bem a identidade dessa
cianose. Então você vai examinar o paciente nos lábios, na ponta do nariz, na região
malar, no lóbulo da orelha, língua, palato e extremidades das mãos e pés.
A cianose pode ser generalizada ou localizada, pode estar acompanhada de outros
sintomas, em razão da (Não compreensível – 1h15min50s) tecidual, pode ter irritabilidade,
torpor, crises convulsivas, dor anginosa, o hipocratismo digital, nanismo e infantilismo
também.
A intensidade: a cianose pode ser leve, moderada ou grave, mas não há parâmetros fixos
para caracterizá-la (se uma cianose é intensa, leve ou moderada). Só a experiência do
examinador mesmo, só com o tempo é que vocês vão poder dizer realmente o que é. E
ainda têm diferenças entre os examinadores, porque é algo extremamente subjetivo.
A duração: a cianose pode também durar muito ou pouco tempo, é uma característica
importante. Aqui pra gente lembrar das características do hipocratismo digital. Então o
que o paciente vai ter? Deformidade dos dedos, aumento do volume, os dedos estarão
globosos, em formato de baquetas de tambor e as unhas convexas em todos os sentidos
como o vidro de um relógio, uma das características. E deve também investigar se essa
cianose ora aparece e ora desaparece.
Existe 4 tipos de Cianose:
A) a Cianose Central; B) a Cianose Periférica; C) a Cianose Mista e D) a Cianose por
Alteração da Hemoglobina;
a)Cianose Central – é a mais frequente porque o sangue mal chega na periferia por falta
de oxigênio. Então o problema é central, não é periférico. Quais são as causas? A própria
diminuição da tensão de oxigênio no ar respirado, como nas (Não compreensível –
1h17min47s), como tem mesmo oxigênio no ar respirado, transtornos da ventilação,
transtornos na difusão ou na percussão. Então é central, é lá no pulmão (Não
compreensível – 1h17min58s) há menos oxigênio para entrar na respiração.
b)Cianose periférica – as causas: perda exagerada de oxigênio a nível da rede capilar por
estase, então o sangue está ficando muito lá, é uma estase capilar, então há perda desse
oxigênio. Ou a diminuição funcional ou orgânica do calibre desses vasos da
microcirculação, ou seja, o problema é periférico, o problema tá lá na microcirculação, por
isso ela é cianose periférica. Geralmente ela se apresenta distalmente, e a pele sempre
está fria, porque tem alteração na microcirculação. A causa mais comum da Cianose
Periférica é a vasoconstricção generalizada em decorrência do próprio frio, da água fria, é
a causa mais frequente de Cianose Periférica.
c)Cianose Mista – é a que junta a Central com a Periférica, é o tipo da cianose
Insuficiência Cardíaca Congestiva, porque a congestão pulmonar impede uma oxigenação
adequada (cianose central) e também ocorre estase venosa periférica com grande perda
de oxigenação (cianose periférica). Então tem as duas fases. Como diferenciar entre a
cianose central e a mista? Então tem o teste da água quente e a elevação do membro.
Esses testes podem fazer desaparecer a Cianose Periférica, mas não a Central. A Central
ela vai diminuir ou desaparecer com a inalação de oxigênio, então aí a gente consegue
diferenciar uma da outra.
d)Cianose por Alteração da Hemoglobina – são alterações na própria bioquímica das
moléculas da hemoglobina, que vai impedir a fixação do oxigênio com a hemoglobina. O
problema é na hemoglobina.
10) ASTENIA

Astenia, que é a sensação de fraqueza generalizada. Então o paciente se sente fraco,


está cansado. A gente precisa fazer a diferenciação com a dispneia, que o paciente
também pode referir como um cansaço. É uma síndrome de caráter subjetivo, porque o
paciente é que vai referir, você não tem como medir que o paciente está cansado. E ele
tem como base uma impotência motora funcional e está presente na maioria dos
pacientes com insuficiência cardíaca e infarto agudo do miocárdio. E pode ser confundida
com a dispneia. Então a gente tem que fazer uma anamnese bem feita para poder
diferenciar. Porque acontece essa fadiga nos pacientes? Existem algumas causas, as
mais importantes: pode ser decorrente da diminuição do débito cardíaco com oxigenação
insuficiente dos músculos, provocando o cansaço mesmo devido à falta de oxigenação.
Pode ser devido à administração de diuréticos, por exemplo, tem alguns que causam essa
fadiga. Pode ser também devido à redução do próprio volume sanguíneo, e a diurese
abundante, levando à hipotensão postural, astenia e desmaio ao levantar. Pode ser pela
depleção de sódio e potássio que os diuréticos também promovem nesses pacientes. A
própria atrofia muscular decorrente da própria insuficiência cardíaca ou por falta de
exercício físico (o paciente já tem essa limitação, dispneia nos esforços, então ele fica
quietinho em casa). Então esse cansaço pode ser pela falta de exercício e até pela
inapetência mesmo (Falta de apetite), que os digitais ou outros medicamentos provocam,
e aí o paciente não sente vontade de comer mesmo. Então todas essas causas têm que
ser investigadas, porque podem provocar essa fadiga no paciente cardiopata, e a gente
tem que tratar.

11) POSIÇÃO DE CÓCORAS

Posição de cócoras – é um tipo peculiar de dispneia de esforço, próprio de portadores de


cardiopatia congênita cianótica, com fluxo sanguíneo pulmonar diminuído. Então nessas
patologias é que a gente vai encontrar essa posição de cócoras que o paciente assume
instintivamente. Até às vezes a criança fica lá e a mãe pensa que tá brincando, nem
percebe que é uma defesa do paciente, só quando o médico informa é que ela vai
entender que isso é uma defesa. Então o paciente fica de cócoras, apoiando as nádegas
nos calcanhares, essa posição alivia a dispneia, e melhora a saturação de oxigênio
arterial. E quais são as teorias mais aceitas para que essa posição melhore? Ainda não
existe uma teoria que explique com certeza, mas essas são as mais aceitas: a posição de
cócoras eleva a pressão arterial sistêmica, por compressão das artérias temporais
direitas, isso promove um aumento da pressão da aorta no ventrículo esquerdo, que
diminui a passagem de sangue da direita para a esquerda, que é o que casa a Cianose. E
também a maior compressão venosa nos membros, pela compressão das veias ilíacas,
então esse sangue vai ficar retido nos membros, mobilizando uma menor quantidade de
sangue insaturado que vem dos músculos dos membros inferiores. Então melhora
também a Cianose.

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