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Hortaliças
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se dado com o emprego de alta tecnologia, especialmente no que diz respeito a sistemas de
irrigação.
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Os componentes mais importantes das frutas e hortaliças podem ser agrupados deste
modo: água, proteínas, carboidratos, lipídios, minerais e vitaminas, sendo que as
quantidades presentes de alguns desses constituintes são mínimas.
A água é o componente mais abundante (mais de 80 %), oscilando entre 82 % nas uvas,
90 % nos morangos, 93 % nos tomates, 94 % nas alfaces, etc., sendo que o conteúdo em
água de um determinado produto pode variar em função de diferenças estruturais presentes
e condições de cultivo.
As proteínas representam geralmente menos de 1 % do peso fresco das frutas e
hortaliças. As frutas cítricas, os tomates e os morangos contêm quantidades elevadas de
substâncias nitrogenadas simples como a asparagina e a glutamina e os ácidos aspártico e
glutâmico. Nas maçãs e nas pêras, temos a asparagina e as laranjas são ricas em prolina.
Os carboidratos são polissacarídeos (grupo de carboidratos complexos (polímero)
formados pela condensação de mais de 10 unidades de açúcares simples
(monossacarídeos)) como o amido, a celulose e as substâncias pécticas, ou dissacarídeos
(carboidratos compostos por dois monossacarídeos combinados) como a sacarose, a
frutose e a glicose. O conteúdo desses açúcares varia grandemente durante a maturação,
quando as frutas que contém amido sofrem a hidrólise deste polissacarídeo. Os açúcares
mais importantes das frutas são a glicose e a frutose, mas em algumas, como nos pêssegos,
o açúcar principal é a sacarose. A celulose, a hemicelulose e as substâncias pécticas são os
componentes essenciais da parede celular das frutas e hortaliças. A pectina pode ser
empregada comercialmente para a elaboração de geléias e doces de corte, sendo extraída do
albedo (parte branca da casca de frutas cítricas, também conhecida como mesocarpo)
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das frutas cítricas e também das maçãs. O conteúdo em carboidratos totais pode variar de 3
% nos limões e tomates até 15 % nas uvas.
O conteúdo lipídico das frutas e hortaliças normalmente está abaixo de 1 %, sendo que
os mesmos não constituem uma boa fonte deste grupo de nutrientes.
Os minerais presentes nos alimentos estão sob a forma de um variado grupo de
elementos e de íons complexos. Muitos são necessários ao metabolismo humano e alguns,
quando consumidos em quantidades excessivas, passam a ser tóxicos. A quantidade
presente nas frutas e hortaliças é muito variável, dependente de fatores ambientais e da
composição do solo. Suas perdas estão relacionadas principalmente a processos de preparo
dos alimentos, além de algumas interações com outros constituintes. O conteúdo de alguns
minerais pode até mesmo aumentar durante o processamento, advindos do contato com a
água de processamento, equipamentos e materiais de embalagens.
As vitaminas estão presentes em praticamente todos os tecidos de frutas e hortaliças;
são de estruturas químicas diversas, e essenciais para muitas funções biológicas. As
vitaminas são genericamente classificadas em dois grandes grupos: lipossolúveis (A,D, E,
K) e hidrossolúveis (complexo B e vitamina C), sendo as primeiras solúveis em lipídios e
as outras solúveis em meio aquoso. O conteúdo em vitaminas das diferentes frutas e
hortaliças varia consideravelmente com a espécie e a variedade, assim como com as
condições de cultivo (composição do solo, fertilizantes utilizados, tec.). Algumas destas
vitaminas são extremamente lábeis como, por exemplo, a vitamina C, a qual é facilmente
decomposta na presença de luz, ao aquecimento e até mesmo durante o congelamento.
As frutas e hortaliças representam uma fonte importante de nutrientes para a
alimentação humana (www.fruitveg.com/po/), sendo indispensáveis para uma boa dieta.
Atualmente comenta-se muito, tanto especialistas da área quanto a própria mídia, a respeito
da importância das pessoas adotarem uma dieta saudável e equilibrada, incluindo-se nessa o
consumo regular de frutas e hortaliças. Existem vários entraves especialmente no Brasil,
com relação a essas questões como, por exemplo, a falta de condições financeiras e o baixo
nível cultural da população.
No Brasil, o consumo per capita (Kg/ano) de frutas é de 57 Kg, o qual é relativamente
baixo quando comparado com o de países mais desenvolvidos como a Alemanha (112 Kg),
Itália (114,80 Kg) e Espanha (120,10 Kg), por exemplo.
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Quando falamos em higiene, as pessoas associam logo com limpeza. Mas, nem
sempre algo que tem aparência 'limpa' é higiênico. As pessoas que trabalham com
processamento de produtos alimentícios devem fazer tudo que está ao seu alcance para
assegurar um alimento 100 % seguro.
Higiene é todo controle que se faz para assegurar que os alimentos atinjam os
consumidores nas condições mais aceitáveis e nutritivas, isentos de microrganismos
patogênicos e/ou substâncias tóxicas que possam causar prejuízos à saúde pública.
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Qualidade da Água
1. Aspectos Físicos
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2. Aspectos químicos
água mole 50
3. Aspectos Microbiológicos
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Insetos e roedores não aparecem somente em ambientes sujos. Basta existirem próximo
a unidade de processamento lugares abandonados, depósitos de lixo, falta de higienização
de depósitos, etc. Para prevenir os insetos e roedores, os meios mais utilizados atualmente
são:
- meios mecânicos: uso de telas nas janelas, portas, cortinas de ar, etc.;
- meios químicos: toxinas de ingestão, toxinas de contato, fumegantes. Usar apenas
produtos autorizados.
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BIBLIOGRAFIA
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III. 1 Alterações
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♦Uso do calor -
• Pasteurização: técnica desenvolvida por Louis Pasteur (Químico e bacteriologista
francês. Inventor do processo conhecido como pasteurização que consiste na
esterilização de elementos orgânicos, sobretudo o leite, mediante aquecimento
seguido de resfriamento brusco. Esse notável cientista, em 1837, demonstrou que
a acidificação do leite era provocada por microrganismos e, em 1860, conseguiu
assegurar a preservação do vinho e cerveja por meio de tratamento térmico suave,
processo este que, posteriormente, passou a denominar-se pasteurização).
Tratamento térmico que elimina a grande maioria dos microrganismos existentes no
alimento. A temperatura não passa dos 100º C, podendo este aquecimento ser
produzido por vapor, água quente, radiação ionizante, microondas, etc. É empregada
quando os tratamentos térmicos mais elevados prejudicam a qualidade do produto. Os
sucos de frutas, por exemplo, são submetidos a temperaturas em torno de 70º C/ alguns
minutos ou temperaturas mais elevadas (sempre abaixo de 100º C) por um tempo
menor. É utilizada para alimentos que serão posteriormente armazenados em condições
que minizem o crescimento microbiano (refrigeração, conservantes, etc.).
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• Apertização: processo descoberto por Nicolas Appert (Em 1809, sob o comando de
Napoleão Bonaparte, o governo francês ofereceu um prêmio a quem inventasse
um meio de manter os alimentos frescos por longo tempo e transportáveis por
longas distâncias, com o objetivo de alimentar seus exércitos em campanha.
Nicolas Appert venceu o concurso e tornou-se fundador da indústria de
processamento de alimentos. Ele trabalhou com jarros de boca larga, fechados
hermeticamente com rolhas fixadas no bocal.). É o processo de conservação de
alimentos pelo calor utilizando recipientes hermeticamente fechados. Pode-se
classificar as conservas vegetais em:
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♦ Uso do frio -
Essa conservação em escala comercial teve início em 1865 com pescado, em 1905
com frutas e em 1929 com hortaliças. A conservação de alimentos pelo uso do frio se dá
pela inibição ou retardamento do crescimento e atividade dos microrganismos, reações
químicas e atividade enzimática, os quais contribuem para a deterioração dos alimentos. A
conservação de frutas e hortaliças pelo uso do frio pode ser feita de duas maneiras:
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- Descongelamento:
- obedecer a aspectos de higiene e segurança;
- risco de crescimento de microrganismos sobreviventes por manuseio inadequado;
- risco de contaminação microbiana adicional;
- uso imediato do alimento descongelado.
♦Uso do açúcar - seu uso como agente de conservação de produtos alimentícios tem sido
largamente difundido, principalmente quando combinado com o calor. A presença do
açúcar promove o aumento da pressão osmótica do meio, criando assim condições
desfavoráveis para o crescimento e reprodução da maioria dos microrganismos, ocorrendo
uma redução da atividade de água (é uma das propriedades mais importantes para o
processamento, conservação e armazenamento de alimentos. Ela quantifica o grau de
ligação da água contida no produto e conseqüentemente a sua disponibilidade para
agir como um solvente e participar das transformações químicas, bioquímicas e
microbiológicas) do produto. Os principais alimentos conservados pelo uso do açúcar são
as geléias, doces de corte, frutas cristalizadas e glaceadas, compotas, etc. Devido a
existência de microrganismos que conseguem sobreviver mesmo em condições de baixa
umidade (osmofílicos), todo alimento conservado pelo uso de açúcar deve receber um
tratamento complementar para sua conservação.
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BIBLIOGRAFIA
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Sites:
www.brazilianfruit.org
www.alimentos.org.ar
www.tetrapak.com
www.setor1.com.br
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IV. 1.1 Colheita: vários fatores influenciam na qualidade pré-colheita de frutas e hortaliças,
como por exemplo, as características da cultivar específica, condições edafoclimáticas,
tratamentos fitossanitários, manejo dos pomares e canteiros, etc.
Produtos orgânicos (www.planetaorganico.com.br, www.ufpel.tche.br/pif)
representam 6-7 % do mercado mundial, valendo 15-20 % mais que os produtos
convencionais. Crescem 25 % ao ano!
É importante salientar que práticas de manejo como a irrigação, adubação e o uso de
defensivos são indispensáveis, mas que, no entanto, quando conduzidas de forma
inadequada podem ser fonte de contaminação da matéria-prima. Em face disto, muitas
empresas avaliam as condições higiênico-operacionais dos produtores como subsídio para
cadastrá-los. Programas de assistência técnica, educação e treinamento devem ser
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IV. 2 Transporte
O transporte dos produtos até a indústria pode ser feito por via marítima, fluvial,
rodoviária, ferroviária ou aérea. A disponibilidade econômica e a localização definem a
escolha do meio mais adequado, sendo o transporte rodoviário o responsável por 80 % da
distribuição de frutas e hortaliças no Brasil. Quando o transporte é feito a longas distâncias,
há necessidade de manter os produtos sob baixas temperaturas, sempre levando em
consideração as suas peculiaridades.
Perdas pós-colheita de frutas e hortaliças no Brasil: 50 %.
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IV. 4 Estocagem
IV. 5 Higienização
Deve ser executada antes do armazenamento temporário dos produtos ou logo após
a recepção. Tem como objetivos a remoção das sujidades, melhorando a aparência dos
produtos, além de proporcionar uma redução da carga microbiana. Alguns produtos como
raízes e tubérculos, quando estocados, só devem ser limpos a seco através de escovação,
aspiração, etc.
Técnicas:
IV. 5.1 Por imersão em água:
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# sem agitação: usada como uma pré-lavagem. Retira sujidades mais grosseiras como areia,
pedras, amolece a terra aderida. Os tanques para imersão, de formatos e tamanhos variados,
devem ser de aço inox ou outro material não absorvente (figura 5);
# com agitação: mais eficiente. Pode-se agitar a água através de pás ou hélices, ou ainda
pelo uso de ar comprimido (mais indicado para frutas e hortaliças mais sensíveis como
morangos e aspargo, por exemplo). Outra maneira é mover o material com relação à água
pela passagem contínua de uma esteira por dentro de um tambor perfurado rotativo.
A água utilizada deve ser clorada e removida com freqüência para evitar que
os tanques de imersão tornem-se focos de contaminação!
IV. 5.2 Por aspersão: considerado o método mais eficiente na remoção de sujidades.
Consiste na aplicação de jatos de água sobre a superfície do material, através de bicos
aspersores. O material deve ser deslocado para que a água atinja toda a superfície dos
produtos.
# lavador de tambor: cilindro rotativo com aspersores. O cilindro é dotado de uma barra
central com bicos pulverizadores ou ranhuras, por onde é feita a aspersão da água. O ciclo
de lavagem é controlado pela velocidade de rotação e o ângulo de inclinação. Deve haver
um cuidado especial com frutas mais sensíveis.
# lavador de esteiras/cilindros: sistema que desloca o produto por uma esteira sob jatos de
água. Produtos como maçãs, por exemplo, tem o contato melhorado com o uso de cilindros
ou roletes que fazem a fruta girar sob os jatos.
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IV. 5.3 Por processos combinados: método mais empregado na indústria, com
equipamentos compostos de seções combinadas de imersão, aspersão e escorrimento da
água de lavagem. Permite o reaproveitamento da água da última fase, o que gera economia
e reduz o volume de efluentes líquidos.
Independente do método a ser utilizado, é necessário o monitoramento
constante da qualidade da água, para evitar contaminações!
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IV. 7 Descascamento/corte
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Deve ser feito de forma que não origine uma grande quantidade de resíduos, o que reduz a
rentabilidade.
IV. 7.1 Manual: dispendioso e de baixa produtividade, mais utilizado em pequenas
indústrias. Utilizam-se facas de aço inox, providas de lâminas com formatos especiais.
IV. 7.2 Mecânico: existem máquinas específicas para fazer o descascamento de abacaxi,
maçã, pêra, etc. Exemplo: cilindro revestido com material abrasivo (raízes e tubérculos).
IV. 7.3 Físico: procedimentos que preparam a fruta para o descasque.
# calor seco – amendoim colocado em forno a 250º C, ressecando a casca que se abre,
sendo eliminada através de discos;
# calor úmido – usa-se vapor de água ou água quente (em torno de 100º C);
# uso de frio – o produto é submetido a um choque térmico. É congelado superficialmente
com formação de cristais de gelo na polpa abaixo da epiderme. A pele permanece intacta e
se solta.
IV. 7.4 Químico: são utilizadas soluções à quente de hidróxido de sódio, por imersão ou
aspersão. A concentração de hidróxido de sódio, o tempo de tratamento e a temperatura da
solução variam de acordo com a fruta e seu grau de maturação.
Os pêssegos primeiramente são cortados em metades e descaroçados. Após são
colocados em uma esteira com a casca para cima, quando recebem jatos de hidróxido de
sódio (5 %/90º C). Após são lavados com água potável e ácido cítrico a fim de retirar as
cascas aderidas e neutralizar resíduos de soda.
IV. 8 Branqueamento
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TO
Alcachofra 5-9
Aspargo 2-5
Batata 4-5
Cenoura 2-5
Couve-flor 3-4
Ervilha 1-2
Espinafre 1-2
batata 1-2
BIBLIOGRAFIA
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Picles são legumes, hortaliças e, não raro, algumas frutas conservadas em salmoura
ou em vinagre, com ou sem fermentação lática e com ou sem adição de especiarias.
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Fluxograma de Produção
Recepção e seleção
lavagem
corte/descascamento
branqueamento
envase
adição de salmoura
exaustão
tratamento térmico
resfriamento
rotulagem
armazenagem
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# Envase: após o branqueamento das hortaliças, deverá ser providenciado o seu envase.
Neste sentido, a composição e quantidade dos diversos vegetais, bem como o arranjo na
embalagem, podem ser importantes fatores de venda. As hortaliças devem ser
cuidadosamente arranjadas, uma a uma, preenchendo todos os espaços vazios (figura 1).
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# Resfriamento: após o tratamento térmico, o produto deverá ser resfriado com água à
temperatura ambiente para que os produtos não cozinhem em demasia. O resfriamento deve
ser efetuado de forma gradativa para evitar choque térmico com conseqüente quebra dos
vidros.
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V.1.1 Chutney - são molhos que se prestam como acompanhamento para pratos
salgados (carnes, picles), queijos e também como recheios de sanduíches. Os chutneys são
de origem indiana e possuem sabor agridoce, sendo preparados com frutas e hortaliças
cozidas com sal, açúcar e vinagre.
Rélisch de abacaxi -
1 Kg de abacaxi
2 pimentas malaguetas vermelhas picadas
2 colheres de sopa de gengibre ralado
1 colher de chá de noz-moscada ralada
1 colher de chá de mostarda
2 colheres de sobremesa de sal
2 xícaras de chá de vinagre
1 colher de sopa de alho socado
300 g de cebola
Pique o abacaxi e deixe em escorredor 30 minutos. Pique as
cebolas e as pimentas, junte o abacaxi e os demais ingredientes, leve
ao fogo por 30 minutos. Coloque em vidros esterilizados e quentes,
deixando 1 cm da borda. Elimine o ar e tampe o frasco. Pasteurize
por 15 minutos.
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V.2.1 FOLHOSAS:
- Alface (Lactuca sativa) – as principais cultivares distinguem-se quanto à textura, cor das
folhas, compacidade da cabeça e tamanho da planta. Os cultivares que apresentam alta
compacidade da cabeça são os que melhor se adaptam ao fatiamento. Os cultivares que não
formam cabeça são os mais indicados para a comercialização de folhas inteiras.
- Acelga (Beta vulgaris) – pertence à mesma espécie botânica da beterraba. No âmbito
nacional são muito poucas as cultivares de acelga. O cultivar preferido, no centro-sul, é a
verde escura folha larga, enquanto que a Branca de Lyon é muito plantada em hortas
domésticas.
- Couve (Brassica oleraceae L. var. Acephala) – é uma hortaliça arbustiva anual. Produz
folhas consumidas na forma cozida, podendo as novas serem servidas como salada.
Existem várias cultivares, sendo as 'Manteiga' as mais consumidas entre nós.
- Repolho (Brassica oleraceae L. var. Capitata L.) – hortaliça anual formada por inúmeras
folhas que se unem dando origem a uma “cabeça”, que constitui a parte comestível da
planta. As variedades mais adaptáveis ao processamento são aquelas que apresentam alta
compacidade da cabeça, pois oferecem maior resistência ao corte. A melhor estratégia é
combinar variedades que apresentam, concomitantemente, alta compacidade da cabeça e
alta resistência à rachadura.
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V.2.2 RAÍZES:
- Cenoura (Daucus carota L.) – hortaliça herbácea anual cujo produto comestível é uma
raiz tuberosa, carnuda, lisa, reta e sem ramificações. As variedades distinguem-se pelo
formato da raiz, coloração externa e da ramagem. As cultivares que melhor se adaptam ao
processamento são aquelas de raízes mais cilíndricas, pois reduzem as perdas durante o
processamento.
- Beterraba (Beta vulgaris L.) – hortaliça herbácea cuja parte comestível é uma raiz
constituída, internamente, por faixas circulares de tecidos condutores alternadas com faixas
de tecidos de reserva. As cultivares de beterraba distinguem-se pelo formato da raiz
(globular ou achatada), coloração interna (intensidade da cor avermelhada).
V.2.3 FRUTOS:
- Pepino (Cucumis sativus L.) – entre as inúmeras variedades, existem variações quanto ao
tamanho, formato, cor, sabor e características vegetativas. O mercado dispõe hoje de quatro
tipos de pepinos: japonês, caipira, aodai (comum) e indústria (conserva). O tipo japonês é o
mais apropriado ao processamento, pois além de ser cultivado o ano todo em estufas,
apresenta frutos mais finos, cujas rodelas não se rompem após o processamento.
- Feijão-vagem (Phaseolus vulgaris L.) – grupo de cultivares que produzem vagens verdes,
lisas, tenras, com baixo teor em fibras, polpa espessa e formato alongado. Todos os grupos
são adaptáveis ao processamento, porém deve-se escolher o tipo mais aceito pelo mercado
local.
V.2.4 INFLORESCÊNCIAS:
- Couve-flor (Brassica oleraceae L. var. Botrytis L.) – hortaliça herbácea anual, cuja parte
comestível é uma inflorescência com massa espessa, carnosa, tenra e grande, de coloração
branca a creme, com aspecto de uma flor.
- Brócolos (Brassica oleraceae L. var. itálica Plenck) – hortaliça anual de porte arbustivo.
Produz uma inflorescência com botões florais, de coloração verde, que constitui a sua parte
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Fluxograma de produção
recepção da matéria-prima
pré-seleção e classificação
lavagem/sanitização
enxágue
centrifugação
seleção
embalagem
* Recepção da matéria-prima
* Pré-seleção e classificação
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* Lavagem
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V.4 Sucos
Suco ou sumo é a bebida não fermentada, não concentrada e não diluída, destinada
ao consumo, obtida da fruta madura e sã, ou parte do vegetal de origem, por processamento
tecnológico adequado, submetida a tratamento que assegure a sua apresentação e
conservação até o momento do consumo, onde:
I – o suco não poderá conter substâncias estranhas à fruta ou parte do vegetal de sua
origem, excetuadas as previstas na legislação específica.
II – o suco que for parcialmente desidratado deverá ser denominado de "suco
desidratado".
III – ao suco poderá ser adicionado açúcar na quantidade máxima fixada para cada tipo de
suco, através de ato administrativo, observado o percentual máximo de 10% (dez por cento)
em peso, calculado em base de sólidos solúveis naturais do suco.
IV – é proibida a adição, em sucos, de aromas e corantes artificiais.
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A maçã é a fruta de clima temperado mais processada no mundo, depois da uva que
é transformada em vinho. O suco de maçã é o mais consumido no mundo, seguido do suco
de laranja. Aproximadamente 25 % da produção brasileira de maçã não possui
características de qualidade adequadas para consumo de mesa, portanto as perspectivas de
transformação em outros produtos são promissoras.
Suco de laranja:
Todas as plantas cítricas são originárias da Ásia. A laranjeira, por exemplo, foi
levada do norte da Ásia para a África e de lá para o sul da Europa, onde teria chegado na
Idade Média. Da Europa foi trazida para as Américas na época dos descobrimentos, por
volta de 1500. As pesquisas e experimentos para aprimorar variedades de laranja
começaram a ser desenvolvidas no século XIX na Europa, depois da disseminação das
teorias de Mendel e Darwin.
Atualmente, os pomares mais produtivos, resultantes de uma citricultura
estruturada, estão nas regiões de clima tropical e subtropical, destacando-se o Brasil,
Estados Unidos, México, China e África do Sul. A maior parte da produção brasileira de
laranjas destina-se à indústria do suco, concentrada no estado de São Paulo, responsável por
70 % das laranjas e 98 % do suco que o Brasil produz.
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Fluxograma de produção
seleção
lavagem /sanitização
extração
clarificação
desaeração
pasteurização
envase
# extração: no caso da laranja e tangerina, onde a casca contém óleos essenciais amargos,
o extrator de suco é especialmente desenhado para evitar que estes elementos entrem em
contato com o suco (figura 6). Cerca de 50 % do peso da fruta é suco, o restante é casca,
polpa e sementes. No caso de maçãs não temos os tipos de problemas citados com a laranja.
A fruta esmagada é colocada em panos de algodão de fibra forte até a profundidade de 5-
7,5 cm e as margens desse pano são dobradas para dentro. Uma armação de ripa de madeira
forte e pesada é colocada sobre o pano contendo a fruta e um segundo pano contendo a
fruta esmagada é colocado sobre essa grade. O processo se repete até que a prensa esteja
cheia.
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Subprodutos:
♦ óleos essenciais - são óleos voláteis que são retirados da casca das frutas cítricas.
Durante o processo de extração do suco, as bolsas de óleo da casca rompem-se, liberando o
produto, que é então removido por meio de jatos de água. Em seguida ele é separado por
meio de centrifugação e depois é resfriado. Tem aplicação nas indústrias alimentícias e
farmacêuticas.
♦d'limonene: é um líquido incolor, com leve odor cítrico, obtido da destilação do licor
cítrico. Este licor provem da prensagem do resíduo úmido da laranja após a extração do
suco. O d'limonene é a fração oleosa e é considerada uma das mais puras fontes de terpeno
monocíclico, o qual pode ser aplicado como solvente industrial, componente aromático
(sabores artificiais de menta e hortelã), etc.
♦ farelo de polpa cítrica: obtido por meio do tratamento de resíduos sólidos e líquidos
remanescentes da extração do suco. Este material equivale a 50 % do peso de cada fruta e
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www.bebasuco.com.br
V.5.1. Definição: produto obtido por esmagamento das partes comestíveis de frutas
carnosas, por processos tecnológicos adequados. O produto será designado por “polpa”
seguido do nome da fruta de origem.
Deverá ser preparado com frutas sãs, limpas isentas de matéria terrosa, de parasitos
e de detritos animais ou vegetais. Não deverá conter fragmentos das partes não comestíveis
da fruta, nem substâncias estranhas ‘a sua composição normal. Será tolerada a adição de
sacarose na proporção declarada no rótulo.
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F l ux og ra ma de p r o duç ã o
r ecepção /seleção
lavagem
descascam en to/co rt e
d esint egração
acondicionam ento
congelament o
ar mazenament o
- recepção da fruta
- seleção e lavagem: descartar os produtos que não estejam no ponto de maturação
adequado ou que apresentem contaminações aparentes, podridões ou danos na
estrutura. Deve-se retirar também todo o material estranho como folhas, pedras,
caules, etc. A lavagem pode ser feita em lavador adequado existente no mercado ou
manualmente em tanques que podem ser de aço inox, PVC ou construídos em
alvenaria e revestidos com azulejos e resina epóxi. De acordo com o tipo de fruta,
recomenda-se usar escovas para melhorar a eficiência da limpeza.
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- descascamento: sua necessidade varia com o tipo de fruta a ser processada. Nesta
etapa também devem ser retirados os caroços.
- despolpamento: processo utilizado para separar da polpa da fruta, o material fibroso,
as sementes, os restos de cascas, etc.
O processo consiste em fazer passar a fruta, descascada ou não, inteira ou já
desintegrada, pela despolpadeira, recolhendo-se a polpa em baldes limpos, e pelo
fundo do equipamento, os resíduos.
- acondicionamento
- congelamento: deve ser feito o mais rápido possível para que sejam mantidas as
características originais da fruta. Podem ser utilizados armários próprios para
congelamento, com circulação de ar frio, ou freezers domésticos.
- armazenamento: a temperatura recomendada para seu armazenamento, em câmara
frigorífica, varia de –18 a –22º C.
Preservação química:
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V.6.1.1 Secagem natural – esse sistema exige a exposição do alimento ao sol nos
primeiros dois dias e, depois, na sombra e em local ventilado. Para a utilização desse
sistema, o clima deve ser seco, com pouca precipitação pluviométrica, temperatura
relativamente alta o ano todo, quantidade de horas de sol efetiva.
Vantagens: baixo custo, boa aparência.
Desvantagens: tempo (4-5 dias), predisposição à deterioração, suscetibilidade ao clima,
condições sanitárias precárias.
O que pode ser desidratado ao sol:
Frutas – maçã, figo, uva, abacaxi, ameixa. Evitar banana, melão, abacate, morango, mamão.
Vegetais – a luz solar costuma provocar queimaduras. Pimentão, ervilha, vagem, soja.
Ervas e temperos – perda de sabor, cor e óleos aromáticos.
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Fluxograma de produção
recepção/seleção
lavagem
sanitização
corte/descascamento
desidratação
embalagem
armazenamento
Pré-tratamentos:
- Solução antioxidante: imersão das frutas que tendem a escurecer, em uma solução
ácida. Pode-se usar ácido ascórbico, cítrico, ou uma mistura de ambos na proporção de
uma colher de sopa rasa/ l de água. Sucos de limão, laranja, abacaxi são alternativas
naturais que também evitam a oxidação.
- Sulfuração ou enxofração: queima do enxofre e posterior ventilação do anidrido
sulfuroso (SO2) resultante num espaço fechado no qual deverão estar expostas as frutas.
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1 ½ sopa rasa/10 Kg de fruta fresca/20-30’ (fruta brilhante e com uma leve camada de
sumo na superfície).
- Sulfitação: a diluição do bissulfito de sódio em água libera o SO2. O nível máximo de
dióxido de enxofre permitido por lei é 200 ppm ou 0,02% no produto final.
2 colheres de sopa rasa /5 l de água
- Branqueamento: tratar o produto por cocção numa solução chamada xarope
branqueador para manter a cor da fruta, dar sabor adocicado, textura suave.
º
1 lavar e cortar as frutas
2º submetê-las a uma solução fraca de bissulfito de sódio e/ou ácido cítrico, ascórbico
3º xarope 500 ml de água, 1 copo de açúcar refinado, 1 copo de glicose/Kg de fruta fresca.
Cozinhar 10’, quando levantar fervura retirar do fogo, mantendo as frutas no xarope quente
30-45’. Enxaguar em água corrente, escorrer e desidratar.
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Pêssego –
- escolher frutas maduras, firmes e sem manchas
- lavar em água corrente
- descascar, cortar e descaroçar
- para evitar que escureçam, devem ser mantidos em uma solução contendo1 col.
chá de ácido cítrico ou ascórbico/l água
- sulfitação: 1 col. chá de metabissulfito de sódio/l água/15’
- 65o C/2-3 h → 55 º C
Ameixa –
- escolher frutas bem maduras, doces e frescas
- lavar em água corrente
- se for desidratá-las inteiras, fazer pré-tratamento idêntico ao da uva, ou corta-las
ao meio e retirar o caroço
- 70oC/1-2 h → 55-60oC
Tomate seco –
Ingredientes
½ kg tomates
1 colher (sopa) sal
1 colher (sopa) açúcar
2 dentes de alho
2 xícaras (chá) óleo de girassol
2 colheres (sopa) azeite
Modo de Preparo - Corte os tomates ao meio, tire as sementes e polvilhe com açúcar e
sal, misturados. Arrume em um refratário, com o corte para cima, e leve ao microondas por
25 minutos em potência média. Vire os tomates e volte ao microondas por mais 10 a 15
minutos, na mesma potência. Deixe esfriar e adicione o alho, o óleo e o azeite.
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V.6.2.1 Definição – preparado com frutas, nas quais parte da água de sua
composição é substituída por açúcares, por meio de uma tecnologia adequada. Tem como
objetivo aumentar o tempo de conservação dos alimentos, evitando as alterações
microbiológicas e químicas. As frutas que melhor se adaptam a esse processo são a ameixa,
abacaxi, cereja, damasco, maçã, pêssego, pêra.
F lu xo g r a m a d e pr o d uç ã o
re c ep çã o/s e leç ão
lav age m
san itiz aç ão
fe rm e n ta ç ão
la va gem
bra nq ue am e nto
a ç uc ar am e nto
sec a gem
em ba la gem
a rm az en am e n to
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Abacaxi cristalizado
1. Fazer a pré-lavagem das frutas e, sem seguida, a lavagem com água clorada (6 a 10
ppm);
2. Selecionar, levando em conta tamanho, consistência, estado de maturação, manchas
escuras e defeitos nas frutas;
3. Descascar e cortar em fatias (rodelas);
4. Levar as fatias a fermentar, imergindo-as em solução contendo 4% de cloreto de sódio
(NaCl) e 1% de bissulfito de sódio.
- com a fermentação consegue-se a destruição parcial da estrutura fibrosa da fruta;
5. Lavar as fatias fermentadas, cozinhar por 15 minutos e imergi-las em água fria;
6. Fazer o açucaramento com xarope a 30º Brix (concentração de sólidos solúveis -
açúcares - em uma solução. Por exemplo, 1 litro de uma calda com 22º Brix é
elaborada com 220 g de açúcar e 780 mL de água; ou 1 litro de uma calda com 30º
Brix é elaborada com 300 g de açúcar e 700 mL de água) contendo 25% de açúcares
redutores (glicose);
7. Concentrar a calda, aumentando em 10º Brix a cada 24 h, até atingir 75° Brix;
8. Deixar a fruta em calda por 2 a 4 dias;
9. Proceder à secagem.
Figo cristalizado
1. Fazer a pré-lavagem das frutas e, em seguida, a lavagem com água clorada (6 a 10 ppm);
2. Selecionar, levando em conta tamanho, consistência, estado de maturação, manchas
escuras e defeitos nas frutas;
3. Perfurar as frutas de um lado a outro, para facilitar o acesso do xarope ao seu interior;
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20
100º Brix 10
____
90 litros
90 litros de solução 20º Brix ----------- 80 litros de solução 10º Brix
2 litros de solução 20º Brix ----------- x
x = 1,7 litros de solução 10º Brix
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1,7 + 0,2 = 2 litros (sempre tem que fechar o valor da quantidade pretendida!)
10
0º Brix 10
____
20 litros
20 litros de solução 10º Brix ----------- 10 litros de solução 20º Brix
2 litros de solução 10º Brix ----------- x
x = 1,0 litro de solução 20º Brix
# para misturarmos duas soluções, obtendo uma terceira - por exemplo, estou
trabalhando com duas soluções, uma com 40º Brix e outra com 60º Brix, mas quero
obter 5 litros de uma solução com 30º Brix.
40º Brix 30
30
60º Brix 10
____
40 litros
40 litros de solução 30 Brix ----------- 30 litros de solução 40º Brix
º
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São feitas com frutas inteiras ou em pedaços, com ou sem sementes ou caroços,
introduzidas cruas ou cozidas, colocadas em recipientes apropriados (latas ou vidros), que
serão preenchidos com a calda passando, depois de vedados, pelo tratamento térmico. Será
designado por compota, seguido do nome da fruta ou das frutas, seguido da expressão ‘em
calda’. O produto preparado com mais de três espécies receberá a designação genérica de
‘salada de frutas’, seguida de expressão ‘em calda’. A calda pode ser preparada seguindo
as quantidades indicadas:
calda leve 300g açúcar/l água
calda média 750 g açúcar/l água
calda pesada 2 Kg açúcar/l água
Para a sua elaboração, além da boa produtividade e resistência a moléstias, as frutas
devem apresentar as seguintes características:
# tamanho e formas regulares;
# elevado rendimento em pedaços de tamanho uniforme;
# uniformidade das características químicas;
# sabor e aroma agradáveis e próprios da fruta;
# textura firme e resistência ao tratamento térmico;
# cor da polpa intensa e uniforme.
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F lu xog ra m a d e p ro du ç ã o
re ce pç ã o /s ele ç ã o
la va ge m
sa n it iza ç ã o
d e s ca s c am en to /c or te
b ra n qu e a me n t o
e n va se
a diç ã o da c a ld a
ex au st ã o
tra t am en to té rm ic o
rot ula g em /a rm a ze na me n t o
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Detalhes importantes
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b) Mudança de coloração
A cor dos produtos processados pode ser afetada negativamente por fatores como:
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· demora no resfriamento após o tratamento térmico. Nesse caso alguns produtos podem
tornar-se rosados. São exemplos típicos dessa alteração os pêssegos e as pêras enlatadas.
· presença de dióxido de enxofre nas frutas ou no açúcar, isso pode levar à produção de gás
sulfídrico, de cheiro desagradável, além do surgimento de manchas e depósitos pretos.
Legislação
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V.8. Geléias
V.8.1 Definição: é o produto obtido pela cocção das frutas inteiras ou em pedaços,
polpa ou suco de frutas, com açúcar e água, concentrado até a consistência gelatinosa.
Poderá sofrer a adição de glicose ou açúcar invertido; não poderá ser colorida e nem
aromatizada artificialmente, e será tolerada a adição de acidulantes e de pectina, para
compensar qualquer deficiência no conteúdo natural de pectina ou de acidez da fruta.
Geleiada é uma geléia com pedaços de frutas em suspensão.
V.8.2.1 Frutas: as frutas devem estar no ponto ótimo de maturação e devem ter bom aroma.
Frutas muito maduras têm mais dificuldades para formar o gel, enquanto as muito verdes,
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Teste do álcool
Existe em teste bastante prático, conhecido como "Teste do álcool", que permite
estimar o teor de pectina presente em uma fruta. Extrai-se o suco da fruta e misturam-se,
em um pires ou vidro de relógio, quantidades iguais de suco e de álcool etílico comercial
(cerca de 5 ml). Se a mistura formar um gel firme, volumes iguais de açúcar e suco poderão
ser usados para produzir a geléia. Se a massa for macia e não muito firme, deverão ser
usadas 3 partes de açúcar para 4 partes de sucos e, se pequenos grumos isolados de pectina
se formarem, somente uma parte de açúcar deverá ser usada para duas partes de suco.
V.8.2.4 Pectinas: o termo pectina engloba certos compostos naturalmente presentes nos
vegetais e que apresentam propriedades de geleificação. É um ácido poligalacturônico
parcialmente esterificado com grupos metoxilas.
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0 ,5 1,0 1 ,5 pH 64 67 ,5 71
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e xt r ação do s uc o/ po lp a
aq u ecim en to 60 -65 gr au s C
adiç ão do ácido
en v ase
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menos tempo de cocção em relação aos tachos grandes. Uma vez atingido o ponto de
cocção requerido, interrompe-se o aquecimento e adiciona-se o ácido. Essa precaução é
tomada porque o cozimento da pectina junto com o ácido compromete a formação do gel.
Nas geléias processadas a vácuo, em que a temperatura do processo é mais baixa, o ácido
pode ser adicionado antes do final da cocção.
Existem vários métodos para se determinar o ponto final de cocção, como por
exemplo, a refratometria e a temperatura de ebulição. Na refratometria, determina-se o teor
de sólidos solúveis por meio de refratômetros. O método que se baseia na temperatura de
ebulição permite concluir, através da comparação em tabelas, a concentração de sólidos
solúveis do produto.
Ponto final
# 68 º Brix (refratômetro), 105 º C (termômetro)
# quando gotas grossas de geléia escorrem da colher ou escumadeira e se unem em
uma só gota, como se fosse uma placa.
# retirar uma colherada da geléia que está fervendo e mistura-la com uma colher de
álcool. Se ficar gelatinoso, o produto está no ponto.
V.8.3.3 Envase: deve ser feito à quente, o que auxilia na esterilização da embalagem.
Quando formos utilizar embalagens plásticas, é aconselhável o uso de conservantes como:
benzoato de sódio – atua sobre bactérias
sorbato de potássio – atua sobre fungos
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- as geléias deverão conter, no mínimo, o equivalente a 33 partes de frutas frescas, por peso,
para cada 100 partes do produto final, com exceção dos seguintes casos:
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# Preparo de geléias a partir de frutas ricas em pectina – 3 copos de suco de fruta, 2 copos
de açúcar.
# Preparo de geléias a partir de frutas pobres em pectina – 3 copos de suco de fruta, 1 copo
de pectina caseira, 2 copos de açúcar.
Desafio: Que quantidades de açúcar, glicose, pectina e ácido cítrico precisamos para
elaborar uma geléia do tipo extra, utilizando-se como matéria-prima 25 litros de suco de
uva?
Obs.: a geléia vai ser envasada em potes plásticos sendo necessário portanto, o cálculo
da quantidade de conservantes a serem adicionados.
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pH e outros aditivos e ingredientes permitidos por estes padrões até uma consistência
apropriada, sendo finalmente acondicionado de forma a assegurar sua perfeita conservação.
V.9.2 Classificação -
V.9.3 Denominação - são designados pelo nome da fruta acrescido do sufixo Ada,
quando se tratar de doce em massa elaborado com uma única espécie de fruta. Pela palavra
‘doce’ seguida do nome da espécie ou espécies de vegetais empregados e da palavra
‘cremoso’ quando se tratar de doce em massa de consistência cremosa.
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Ponto final – 75-76 º Brix (caixetas), 72-73 º Brix (latas) (refratômetro), 108-109 º
C (termômetro). Quando a massa soltar da lateral e do fundo da panela. Com uma
faca molhada, espetar o doce, quando sair limpa, o doce está pronto.
la va ge m/ sa ni tiz açã o
desca sc am ent o e / ou c or te
de sinte gr açã o
env ase
Os problemas mais comuns que podem surgir na fabricação de doces são os seguintes:
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V.9.5 Legislação -
- Nos doces cremosos, o teor de sólidos solúveis do produto final não deve ser inferior a
55% e, nos doces de corte, a 65%.
- Quando participar mais de um vegetal na composição do produto, a proporção mínima
de cada ingrediente vegetal será de 20% sobre o total dos ingredientes vegetais.
- Como aditivo incidental, a tolerância máxima de dióxidos de enxofre no produto é de
100 mg/kg.
BIBLIOGRAFIA
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Princípios Gerais
1. A preparação, transformação, embalagem, armazenagem, transporte, manuseio e
distribuição dos derivados de frutas e hortaliças devem realizar-se em condições de higiene
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e rígidos aspectos de segurança para garantir o seu consumo, em perfeitas condições e sem
riscos por parte do consumidor.
2. As embalagens utilizadas devem possuir identificação que assegure a utilização
do produto em condições seguras.
Sua utilização deve estar fundamentada nos princípios a seguir enunciados, que são
básicos para sistemas de análise de perigos e pontos críticos de controle.
• análise dos potenciais riscos alimentares nas operações;
• identificação das fases dessas operações em que podem verificar-se riscos
alimentares;
• determinação das fases identificadas como críticas para a segurança dos
produtos derivados de frutas e hortaliças - "pontos críticos";
• definição e aplicação de um controle dos pontos críticos, e revisão periódica,
e sempre que haja alterações dos processos, da análise de perigos, dos
pontos críticos e dos processos de monitoração.
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1. O piso deve ser mantido em boas condições, ser facilmente limpo e desinfetado.
Para tal deverão ser utilizados materiais impermeáveis, não absorventes,
laváveis e atóxicos. Deve permitir um escoamento adequado das águas de
lavagem;
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companhia que não a que o produziu, mas a informação sobre como essa distribuição vai
ser realizada pode ser decisiva para a inocuidade do produto e influenciar sua forma de
produção.
Durante e a análise de perigos, a importância de cada fator deve ser avaliada segundo
o risco e severidade. Risco é estimação do potencial de agressão à saúde. A avaliação de
um risco deve basear-se na combinação de experiência com informação epidemiológica e a
informação disponível na literatura científica. A severidade é a gravidade resultante para a
saúde do consumidor.
A equipe HACCP tem a responsabilidade inicial de decidir quais perigos são
significativos e devem ser incluídos no plano HACCP. Esta decisão pode e deve ser
discutida por toda a equipe e, algumas vezes, se justifica efetuar consultas a especialistas
externos. Sempre é possível haver opiniões divergentes e, nesse caso, a equipe deverá
confiar na opinião dos especialistas.
Durante a análise de perigos, os aspectos concernentes à inocuidade deverão ser
diferenciados daqueles relativos à quantidade. Os perigos são definidos como uma
propriedade biológica, química ou física que pode determinar que o alimento deixe de ser
inócuo para consumidor. O termo “perigo” está limitado somente ao aspecto de inocuidade.
É indispensável que, nesta primeira etapa do plano HACCP, a equipe decida
adequadamente sobre quais perigos são relevantes para a inocuidade, e também sobre a
probabilidade de que eles venham a ocorrer.
Ao terminar a análise, todos os perigos significativos que podem ocorrer em cada
etapa do processo, devem ser identificados no diagrama de fluxo e listados juntamente com
as medidas preventivas que foram identificados para controlá-los. Essa tabulação será útil
na aplicação do Princípio 2, para determinar os PCCs
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Decisões”. O processo deve considerar todos os perigos que foram classificados como
razoavelmente prováveis de ocorrer. A aplicação da 'árvore de decisões' pode ser muito útil
para ajudar a determinar se uma etapa específica é um PCC para um perigo previamente
identificado.
Os PCCs se localizam em qualquer ponto onde os perigos devam ser prevenidos,
eliminados ou reduzidos a níveis aceitáveis. Por exemplo, um processamento térmico com
tempo e temperatura especificados como necessários para destruir um determinado
microrganismo patogênico é um PCC. Do mesmo modo, a refrigeração que se requer para
prevenir a multiplicação de microrganismos patogênicos ou o ajuste do pH necessário para
prevenir a formação de toxinas, também são considerados PCCs.
Alguns exemplos de PCC são a cocção, resfriamento, procedimento específicos de
higiene, controle de formulação do alimento, prevenção de contaminação cruzada além de
alguns aspectos de higiene ambiental e higiene dos operários.
Os PCCs devem ser descritos e documentados em todos os seus detalhes. Além disso,
devem ser usados somente com o propósito de conseguir-se a produção de alimentos
inócuos.
Instalações e/ou equipamentos diferentes, usados para preparar o mesmo produto,
podem apresentar diferentes tipos de perigo, assim como os pontos, etapas ou
procedimentos identificados como PCCs. Isso pode ser devido a diferenças entre as
instalações ou ainda relacionado à distribuição e/ ou especificações do equipamento,
origem dos ingredientes, etc. Os planos HACCP genéricos podem servir como orientação
mas as condições únicas de cada instalação sempre devem ser consideradas durante o
desenvolvimento de um plano HACCP.
Além dos PCCs, a direção do estabelecimento sempre pode considerar aspectos que
não estejam diretamente relacionados com a inocuidade dos alimentos. Entretanto, deve-se
ter presente que esses aspectos não devem formar parte do plano HACCP.
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estudos experimentais e especialistas nos temas que nos interessa. A indústria alimentícia é
responsável pelo comprometimento das autoridades competentes, na validação dos limites
críticos que controlarão o perigo identificado.
Por exemplo, uma bebida acidificada, onde somente o engarrafamento a quente e um
breve período de retenção que funciona como processo térmico, garantem a sua inocuidade,
pode ter na adição de um ácido um PCC importante. Se o ácido adicionado é insuficiente
ou não está na concentração adequada, o produto estaria incompletamente processado e isso
permitiria a multiplicação das bactérias patogênicas esporuladas. A medida preventiva para
este PCC seria o pH com um limite crítico de 4,5. O limite crítico pode ser diferente dos
critérios associados com fatores de qualidade. O mesmo produto pode, por exemplo, ser de
qualidade inaceitável quando o pH excede a 3,8 enquanto que, do ponto de vista de saúde
pública, os perigos estão controlados desde que não se exceda o limite de 4,5.
Em alguns casos, as variações do processamento podem exigir o estabelecimento de
limites críticos baseados na observação de parâmetros indiretos. Por exemplo, uma medida
preventiva para um perigo biológico pode ser a temperatura interna de um produto para
assegurar que o mesmo foi cozido adequadamente. Entretanto, como não é prático tomar-se
esta temperatura rotineiramente, considerando-se que para que esta temperatura seja
atingida é necessário que o forno esteja a uma temperatura superior, estabelecem-se os
limites críticos para a temperatura do forno.
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de controle e ocorrem desvios em um PCC, i.e., quando se excede o limite crítico. Nesse
caso, as ações corretivas devem ser implementadas imediatamente. Em terceiro lugar, o
monitoramento proporciona documentação escrita que vai ser utilizada durante a
verificação do plano HACCP.
Se um processo não é controlado adequadamente e ocorre um desvio, é possível que
o alimento produzido nessas condições seja perigoso à saúde do consumidor. Devido a
sérias conseqüências de um defeito crítico, os procedimentos de monitoramento devem ser
efetivos; em termos ideais, o monitoramento deveria estar sempre no nível de 100% da
produção. O monitoramento contínuo pode ser atingido através de vários métodos, tanto
físico como químicos. Por exemplo, a temperatura e o tempo de processamento térmico dos
alimentos enlatados de baixa acidez, são registros continuamente em cartas especiais de
aparelhos conhecidos como termógrafos ou termo-registradores. Se a temperatura cai
abaixo da temperatura programada, ou se o tempo de processamento é insuficiente,
conforme se pode observar na carta, a carga da retorta é retida para análise detalhada. Do
mesmo modo, produtos líquidos podem ter o pH medido continuamente. Existem muitas
formas de monitorar os limites de um PCC de maneira contínua ou realizar-se o controle de
lotes, registrando-se a informação em formulários apropriados. O monitoramento contínuo
deve sempre ter preferência quando isso seja possível. O equipamento de monitoramento
deve ser calibrado adequadamente para manter a precisão.
Uma consideração importante diz respeito à designação da responsabilidade pelo
monitoramento. As atividades que se atribuem a cada pessoa com tal responsabilidade,
estão na dependência do número dos PCCs, das medidas preventivas e da complexidade do
monitoramento. Tais indivíduos devem estar associados de alguma maneira com a
produção (supervisores de linha, operários mais especializados, pessoal de manutenção),
podendo-se, se necessário, optar por pessoal da equipe de controle de qualidade. As pessoas
que realizam monitoramento dos PCCs devem ser treinadas na técnica utilizada para
monitorar cada medida preventiva, de modo a que possam compreender totalmente o
propósito e a importância de seu trabalho, ter fácil acesso aos instrumentos, serem honestas
no desempenho de suas funções e no preenchimento de registros, informando de forma
precisa as atividades de monitoramento. Acontecimentos que fujam da rotina deverão ser
informados imediatamente, a fim de que os necessários ajustes possam ser feitos a tempo
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BIBLIOGRAFIA
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