Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
net/publication/281408816
CITATIONS
3 authors, including:
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
Justice spatiale, gouvernance et territorialisation dans les villes des Suds View project
All content following this page was uploaded by Alain Musset on 01 September 2015.
Confins
Revue franco-brésilienne de géographie / Revista franco-brasilera de geografia
13 | 2011 :
Numéro 13
Projet de recherche / Projeto de pesquisa
Sociedades, mobilidades,
deslocamentos: os territórios da
espera. O caso dos mundos
americanos (de ontem a hoje)
Sociétés, mobilités, déplacements: les territoires de l'attente. Le cas des mondes américains (d'hier à
aujourd'hui)
Notes de l'auteur
Tradução: Carina Sartori (Mestranda em história - UFSC) ; revisão: Thiago Rocha
(Doutorando em geografia – UFRJ – em bolsa-sanduíche na Universidade de La Rochelle -
CRHIA)
Texte intégral
Afficher l'image
1 Os fenômenos de mobilidade e de deslocamento se afirmam como
características essenciais das nossas sociedades contemporâneas. Para tanto, longe de
serem fluidos, homogêneos ou lineares, estes deslocamentos são pontuados de tempos,
mais ou menos longos, de espera. Tendo por origens razões técnicas, administrativas
ou políticas, tais momentos encontram bem frequentemente uma tradução espacial:
territórios acolhem estas sociedades em espera.
2 Examinar estes territórios da espera e a multiplicidade de formas com que se
projetada para o objetivo a atingir. «A palavra “waitier” [é] uma variante normanda de
“guaitier” do francês antigo. Esperar é, também, “guaitier” ou espreitar 4 ».
10 - Standstill: ponto morto, pausa, situação na qual algo não se move ou não caminha.
Também na dimensão jurídica: prazo suspensivo nos procedimentos jurídicos.
11 Observamos que estas diferentes definições da espera contêm em germe, de
maneira implícita ou explícita, dimensões espaciais. A imobilidade é necessariamente
localizada: remete, por conseguinte, ao lugar onde se vive esta espera (que seja
fechado, saturado ou coercitivo), lugar onde o homem faz frequentemente a
experiência da tirania da espacialidade. Quanto à esperança, ela se cristaliza em torno
de um lugar desejado, imaginado, sonhado (desde a famosa cidade de Deus de Santo
Augostinho, passando pela ilha utópica de Thomas More até avatares contemporâneos
de países de abundância para os migrantes de países pobres). Este lugar distante
invade o presente, fagocita-o em certa medida, ou seja, o esvazia da sua substância
temporal e espacial5. Mede-se, a partir daí, o quanto esses territórios da espera
induzem ou constrangem a possibilidade de ação : sonhados, geram a mobilidade;
sofridos, impõem a imobilidade.
12 Daqui por diante, interessa de maneira mais precisa a noção de «território»,
como é utilizado na expressão «territórios da espera», estes aparecem, ao primeiro
olhar, sob duas formas claramente distintas:
13 - A de um espaço fechado, separado, distinto, possuindo uma forte visibilidade. É
marcado por um uso social quase exclusivo que enquadra um dispositivo jurídico
específico. É pensado para por em espera temporariamente grupos em deslocamento -
trate-se de razões administrativas ou políticas, médicas ou humanitárias - mas
também para separar os grupos em espera do resto da sociedade circundante. Citemos
aqui: as estações de quarentena (lazaretos), a hospedaria de imigrantes, a zona de
espera, o campo de exilados ou de refugiados.
14 Se fosse necessário reter uma forma que encarna estes territórios, poderia ser a ilha
(«objeto inconstante 6 » de acordo com Franck Lestringant). Com efeito, inicialmente,
são as ilhas que são privilegiadas para a instalação de quarentenas ou hospedarias de
imigrantes. A ilha apresenta a vantagem de ser espacialmente distinta do continente.
Ela cria, pois, a ilusão de um território separado, externo, espécie de peneira para
selecionar os candidatos à entrada no território nacional.
15 E muitos destes territórios fechados de espera vivem sob o modo da insularidade.
Assim o campo (de refugiados, trânsito) se apresenta e se administra sob forma de ilha,
distinta juridicamente das regras de direito comuns. Hoje, as zonas de espera são ainda
ficções jurídicas, pois permitem tratar uma pessoa que se encontra fisicamente no país
como se estivesse no exterior do país.
16 - A outra forma que tomam estes territórios é a de um espaço aberto, mas, no
entanto forçadoou saturado: aquele dos clandestinos ou dos engarrafados, por
exemplo. A situação de espera cria um uso inesperado deste espaço que vem se
sobrepor (transitoriamente) ao seu uso comum. A espera é uma das modalidades de
uso destes espaços: ela não os define. Além disso, não é enquadrada por nenhum
dispositivo jurídico específico. É difícil fazer uma lista exaustiva destas formas
territoriais mais abertas que, por um tempo ocasional ou repetitivo, acolhem grupos em
espera: ontem, o albergue e o porto, mas também a ponte do navio do emigrante; hoje,
a estação rodoviária ou o aeroporto, o check point. Vai das cidades de fronteira onde os
clandestinos procuram um meio para cruzar o muro ou os arames farpados, até a via
expressa ou a auto-estrada urbana engarrafada, ou a sala de espera de um serviço
administrativo, onde nascem solidariedades efêmeras e se instala uma economia da
espera.
17 Não fosse essa noção de certa forma mal empregada, seria possível inscrever esta
efeito, a espera pode ser uma metáfora fácil para descrever muitas das situações
sociais. Nem tudo é espera, e nem tudo é território da espera. No âmbito deste projeto,
intitulado: «sociedade, mobilidade, deslocamentos», os territórios da espera designam
especificamente os espaços destinados voluntariamente ou servindo involuntariamente
a por em espera populações deslocadas ou em deslocamento. Há, por conseguinte, uma
dimensão coletiva necessária (e deste pontode vista, mesmo o clandestino não está
sozinho, uma vez que irá buscar activaruma rede de informações).
Campos de estudos
31 Este projeto propõe esclarecer, particularmente, três campos de estudos que
oferecem muitas oportunidades para experimentar uma mudança de foco analítico,
não mais motivada pela observação das mobilidades, dos deslocamentos e outras
migrações, mas pelos tempos de parada, de pausa e de espera que pontuam os fluxos.
No cruzamento de olhares disciplinares complementares (geografia, história, sociologia
e literatura), convém doravante descrever e compreender os territórios que acolhem
estes tempos de espera, os jogos sociais e as identidades que se constroem.
32 - Tipologia dos territórios da espera: aqui se analisam as configurações territoriais
das situações de espera comparando duas modalidades: a dramática e excepcional dos
emigrantes, de migrantes e refugiados, e a mais comum que toma lugar nas brechas
que se abrem no cotidiano das sociedades. Trata-se igualmente de elaborar uma
tipologia dos territórios que abrigam situações de espera: desde o campo -
especialmente desenhado e destinado à esta função - até via expressa urbana
engarrafada, sem esquecer as paisagens da clandestinidade. Convém, também,
descrever e compreender a evolução dessas formas no tempo. Pode-se levantar as
invariáveis ou as constantes da multiplicidade das formas espaciais que cobrem estes
territórios da espera? Quais são as formas sociais que aí se desenrolam? A partir de
quais estatutos jurídicos se erguem estes territórios?
33 - Economia da espera: aqui se interroga o comum dos dias ou das horas num lugar
de espera: quais atividades sociais ou econômicas nascem nestes lugares confinados
onde é experimentada a experiência de um «tempo elástico 15». Entre a prostituição e a
venda ambulante, importa descrever e compreender as formas espaciais do jeitinho.
Um importante questionamento se refere ao estudo das transformações sociais destes
territórios da espera: a experiência do exílio e os campos conduzem, às vezes, a uma
perturbação dos modelos sociais. Tais perturbações relativas à economia das
sociedades podem ser observadas nos campos de migrantes das Américas? Também se
trata de tomar a medida da inoperância social: Giorgio Agamben demonstra, com
efeito, quanto a inoperância pode ser percebida como um paradigma das formas
modernas de governo dos homens: os Estados modernos assim fizeram delaum modo
de gestão das multidões humanas, e nomeadamente dos migrantes16. Postos em
situação de espera, em lugares específicos, onde nenhuma atividade econômica legal
lhes é possível, sua inutilidade social se torna patente - cada indivíduo se reencontra
sozinho, nu, perante a administração de Estado. Os territórios da espera se
enriquecem, assim, dessa outra dimensão: são também espaços de inoperância. Mas
como se manifesta a gestão administrativa da inoperância?
34 - Memórias e identidades: os territórios da espera não são estes «não lugares» que
Marc Augé evocava em 1992, arranjando nesta categoria os espaços incapazes de criar
«nem identidade singular, nem relação, mas solidão e semelhança 17 »: a título de
exemplo, o autor cita o campo do trânsito. Sabemos que não é possível manter tal
definição: nestes territórios, «lugares de um possível espaço público18 », ainda que
para as cidades de passagem dos emigrados: alojamento, controle… Daniel Roche, com
seus Humeurs vagabondes 33, não interroga os territórios da espera. Enquanto ele
insiste sobre uma ligação crescente entre movimento e controle a partir do século XVI,
os lugares de inatividade não o preocupam. Evoca apenas albergues, que define como
«um espaço liminar, nem totalmente marginal, nem totalmente integrado 34 » e cujas
atividades dão relevo a uma «economia do acaso». E o mesmo para Alain Montandon,
que coordenou a obra coletiva Le livre de l’hospitalité. Accueil de l’étranger dans
l’histoire et les cultures35, que em nenhum momento visa a uma reflexão específica
sobre os lugares de espera do estrangeiro. Laurent Vidal formulou hipóteses em
Mazagão: «Seja a emigração voluntária ou organizada por um poder qualquer, o
emigrante nunca chega ao porto no mesmo dia da partida. Geralmente são dias ou
semanas que deverá esperar - uma embarcação, uma autorização… E que faz ele
durante este tempo? Onde se aloja? O que come? Com quem se encontra? Trata-se da
sua primeira experiência da cidade? Em um porto, os rumores espalhados por
marinheiros e taverneiros logo se difundem: eles conheceram ou ouviram falar do país
de destinação. Seria ilusório então pretender que a pessoa que acaba de embarcar é a
mesma que chegou alguns dias ou semanas antes: na verdade, está alimentada das
experiências da espera e do lugar de espera 36 ».
43 Neste veio de pesquisa, se integram também as investigações sobre refugiados
e clandestinos. Seja nos trabalhos sobre diásporamarraneno Novo Mundo (por Nathan
Wachtel 37 ) ou sobre os refugiados huguenotes(por Didier Poton et Bertrand Van
Ruymbeke 38 ), se encontram reflexões sobre paisagens de clandestinidade, ou sobre a
necessidade de uma história subterrânea, tantos elementos que poderiam tomar lugar
numa reflexão sobre a importância dos territórios da espera no percurso destes
clandestinos ou refugiados. Tomemos o exemplo da diáspora huguenote nas ilhas
Caraíbas, errando entre as ilhas francesas, holandesas e inglesas, em busca de
informações para uma instalação definitiva, ou um regresso possível. Estas «ilhas de
espera» que se revelam a posteriori como uma etapa igualmente decisiva num
percurso espiritual.
As tarefas da história
51 Após esta rápida apresentação, pensemos o quanto uma história social da espera
deve se concentrar na análise detalhada das interações entre os territórios e sociedades
em espera. Este estado da arte nos permite definir mais precisamente quais serão as
tarefas da história nesta investigação:
52 - Inicialmente, se tratará de delimitar melhor a especificidade de cada um dos
momentos de crise que lançaram homens, mulheres e crianças sobre as estradas e os
oceanos, e que frequentemente os conduziu, sobre estes longos deslocamentos, ao seu
agrupamento, temporário ou duradouro, em territórios específicos. No prolongamento
dos trabalhos de Alain Corbin 51, importa por em destaque a historicidade das
paisagens da espera. Aqui, interrogaremos a gênese desses territórios, suas múltiplas
formas arquiteturais e suas diversas topografias. Esta análise comparada nos levará a
uma atenção específica às práticas administrativas e sociais das arquiteturas da espera.
53 - As investigações históricas levarão igualmente uma atenção específica às
temporalidades específicas aos territórios da espera: entre o tempo coercitivo da
administração, o tempo vivido, pelos que esperam, e o tempo sonhado dos múltiplos
projetos de vida, convirá se interrogar sobre os diversos conflitos temporais que tomam
forma nos territórios da espera.
54 - Um terceiro campo de análise pensará sobre a maneira como a experiência da
espera, nomeadamente quando se trata de uma espera que se instala na duração, pode
alterar (temporariamente ou duradoramente) as identidades e laços sociais.
55 - A última orientação do trabalho de historiador se referirá ao problema da memória
contemporânea desses lugares da espera, e a forma como entra na definição da
identidade dos imigrantes mas também das sociedades; nesta ótica, um lugar
específico será consagrado ao enfoque do patrimônio material ou imaterial. Será
necessário também interrogar os dois lados do Atlântico, países de emigração e de
imigração: porque, por exemplo, é mais evidente criar um museu da imigração que da
emigração?
dos tempos de parada e dos lugares da espera. Sabemos que há pontos de ruptura de
carga, mas ignora-se o que se passa quando a mercadoria ouo passageiro estão em
espera de transbordo oumudança de veículo. Além disso, esta geografia dos transportes
tende a privilegiar a escala macro-geográfica que lhe permite apreender a
complexidade das trocas mundiais ou estudar os processos de integração regional ou
intercontinental (com grande reforço de análises estatísticas) - mas é menos
interessada nas escalas locais, muitas vezes vistas como anedóticas. Ora, é esta escala
local que se situa no coração dos territórios da espera, ainda que estes se inscrevam em
sistemas de circulação muito maiores, como o demonstrou Alain Tarrius ao falar de
“territórios circulatórios” para evocar os sistemas estabelecidos pelas comunidades de
migrantes oriundos da margem sul do Mediterrâneo.
57 Mesmo Augustin Berque, cujos trabalhos se inscrevem no cruzamento da geografia e
da filosofia não utiliza a noção de espera para interrogar sobre o sentido que é
necessário ou que pode se dar ao território52. Nas suas definições de topos e chôra
fundamentados sobre os escritos de Aristóteles e Platão, ele não leva em conta a
duração da estada dos indivíduos ou dos grupos num espaço que eles irão ou não
poder (ou dever) se apropriar de maneira provisória. O «pensamento de espaço» que
caracteriza os trabalhos geográficos negligenciou, geralmente, uma dimensão essencial
da nossa condição humana e a nossa vida cotidiana - dimensão que não escapou a
Georges Perec na sua Tentativa de esgotamento de um lugar parisiense, quando se
sentou durante três dias na varanda de diferentes cafés parisienses para tentar captar a
essência do lugar de Saint-Sulpice: «O meu propósito nas páginas que seguem foi,
sobretudo, de descrever o resto: o que não se nota geralmente, o que não se observa o
que não damos importância: o que se passa quando não se passa nada, se não o tempo,
as pessoas, os automóveis e as nuvens»53.
Notes
1 ANR TERRIAT é um projeto quadrienal (2011-2014), financiado pela Agence Nationale de
la Recherche (França) e sua dimensão é internacional e interdisciplinar - site:
http://terriat.hypotheses.org.
2 Literalmente “entre-dois”. Esta expressão evoca uma situação intermediária, instável
3 O objetivo do “on hold marketing” é de aproveitar dos tempos de espera (numa
comunicação telefônica, nos aerportos e outros lugares de espera) para a difusão de
mensagens publicitários.
5 Thomas Mann, evocandoum homem que esperapara a distribuiçãosemanal
decorreio,observou: «Dizem que é enfadonho esperar. Mas ao mesmo tempo, e mais
propriamente, é divertido, porque assim devoramos quantidades de tempo sem as viver e
explorar como tais. Podereríamos dizer que o homem que apenas espera se parece com um
comilão cujo aparelho digestivo deixa passar as massas de comida sem lhes assimilar os
valores nutritivos e proveitosos.» (La Montagne magique).
6 Franck Lestringant, Le livre des îles. Atlas des récits insulaires de la Genèse à Jules
Vernes, Paris, Droz, 2002, p. 13.
7 Michel Foucault, « Des espaces autres. Hétérotopies », in Dits et Écrits 2, Paris, Gallimard,
2001, pp. 752-762.
8 Henri Desroche, Sociologie de l’espérance, Paris, Calmann-Lévy, 1973 ; Henri Desroche,
Dieux d’hommes. Dictionnaire des messianismes et millénarismes de l’ère chrétienne.
Contribution à une sociologie de l’attente, Paris, Mouton, 1969.
10 Esta pergunta foi feita por Jean Duvignaud, Paul Virilio e Georges Perec na revista Cause
Commune (« le pourrissement des sociétés », 1975) em que Perec publica sua « tentative
d’épuisement d’un lieu parisien ».
12 René Char, Feuillets d’Hypnos, n°213 (recueil de poèmes publié en 1946).
13 René Char, Aromates chasseurs, Paris, Gallimard, 1975.
14 Aimé Césaire, Moi, Laminaire, Paris, Seuil, 1982.
15 Stéphane Beaud, « Un temps élastique », Terrain, Numéro 29, « Vivre le temps »,
septembre 1997, pp. 43-58
16 Giorgio Agamben, Homo Sacer, II, 2, Le Règne et la Gloire. Pour une généalogie
théologique de l’économie et du gouvernement. Paris, Seuil, 2008
17 Marc Augé, Non-lieux. Introduction à une anthropologie de la sur-modernité, Paris,
Seuil, 1992, p. 130.
18 Michel Agier, Gérer les indésirables. Des camps de réfugiés au gouvernement
humanitaire, Paris, Flammarion, 2008, p. 102.
20 Georges Perec, Ellis Island, Paris, POL, 1995.
23 Para uma bibliografia geral ver oestado da artepreparado por Grégory Bériet e acessar o
blog ANR TERRIAT http://terriat.hypotheses.org/293.
24 Jacques Le Goff, La naissance du Purgatoire, Paris, Gallimard, 1981.
25 Idem, p. 453.
26 Franck Lestringant, Le livre des îles. Atlas des récits insulaires de la Genèse à Jules
Vernes, Paris, Droz, 2002, p. 31. Voir aussi Gilles Deleuze, L’île déserte et autres textes,
Paris, Editions de Minuit, 2002.
27 Camille Maire, En route pour l'Amérique, L'odyssée des émigrants en France au XIXe
siècle, Nancy: Presses Universitaires de Nancy, 1993
28 Nancy Green, François Weil, Citoyenneté et émigration : Les politiques du départ, Paris,
Éditions de l’EHESS, 2006.
29 Nancy Green, « Trans-frontières : pour une analyse des lieux de passage », Socio-
Anthropologie, Revue interdisciplinaire de sciences sociales, n° 6, Passages, 1999, p. 48.
30 Laurent Vidal, «Por uma história social da espera», in Mazagão, a cidade que atravessou
o Atlântico. Do Marrocos à Amazônia (1769-1783), São Paulo, Martins Fontes, 2008, pp. 275
– 282. Ver também: Laurent Vidal, «Cidades em espera, sociedades em espera no Brasil
colonial : alguns desafios metodológicos». In: Fania Fridman; Mauricio de A. Abreu. (Org.).
Cidades latino-americanas. Um debate sobre a formação de núcleos urbanos. Rio de
Janeiro: Casa da Palavra, 2010, p. 53-62.
33 Daniel Roche, Humeurs vagabondes: de la circulation des hommes et de l’utilité des
voyages, Paris, Fayard, 2003.
34 Idem, p. 518
35 Alain Montandon, dir., Le livre de l’hospitalité. Accueil de l’étranger dans l’histoire et les
cultures, Paris, Bayard, 2004.
36 Laurent Vidal, Mazagão, a cidade que atravessou o Atlântico. Do Marrocos à Amazônia
(1769-1783), São Paulo, Martins Fontes, 2008, p. 278.
37 Nathan Wachtel, La Foi du souvenir. Labyrinthes marranes, Paris, Editions du Seuil (La
Librairie du XXIe siècle), 2001
40 Edward Laxton (The famine ships. The Irish exodus to America, New York, Holt
Paperback, 1998) coletahistóriasde viagens, umas mais terríveisdo que outras, mas sem
qualquer reflexão sobreo barcocomo um lugar/espaço confinadoda travessia.
42 Giorgio Agamben, Qu’est-ce qu’un dispositif ?, Paris, Payot & Rivages, 2007
43 Ver a esterespeitoas hipótesesde trabalho dohistoriador Grégory Bériet e acessar o blog
ANR TERRIAT: « La quarantaine, territoire de l’attente : quelques réflexions
épistémologiques (1 et 2) » [http://terriat.hypotheses.org/75 ;
http://terriat.hypotheses.org/325]
44 Para os Estados Unidos, ver o recente estudo de Vincent J. Cannato, American Passage.
The history of Ellis Island, New York, Harper Collins, 2009. O autor reconheceem sua
introduçãotambém: « this book is a biography, not of a person, but of a place, of one small
island in New York Harbor that crystallized the nation’s complex and contradictory ideas
about how to welcome people to the New World » (14).
46 John Steinbeck, The Harvest Gypsies. On the Road to The Graps of Wrath, Berkeley,
Hayday Books, 1988.
47 John M. Crouse, Joan M. The Homeless Transient in the Great Depression: New York
State, 1929–1941, The New York University Press, 1986 ; Christina Anne Sheehan Gold,
Hoovervilles: Homelessness and Squatting in California during the Great Depression, PhD
dissertation U. of California, Los Angeles, 1998.
48 Raimundo Alves Araujo, Edvanir Maia de Silveira, « A cidade e a seca: o campo de
concentração de 1932 e as transformações urbanas em Ipú-CE », Revista da Casa de
geografia de Sobral, Sobral, vol. 8/9, n°1, pp. 99-110, 2007.
49 Denis Peschanski, La France des camps : l'internement 1938-1946, Gallimard, 2002, p.
411 et p.412
50 Idem, p. 418.
51 Alain Corbin, L’homme dans le paysage, Paris, Textuel, 2001.
52 Augustin Berque, Écoumène. Introduction à l’étude des milieux humains, Paris, Belin,
Auteurs
Laurent Vidal
Coordenador do projeto (ANR) TERRIAT – Historiador - Professor da Universidade de La
Rochelle - Diretor-adjunto do Centre de Recherche en Histoire Internationale et Atlantique
(CRHIA - EA 1163).
Alain Musset
Coordenador-adjunto do projeto (ANR) TERRIAT – Geógrafo – Diretor de estudos na EHESS
Dominique Vidal
Sociólogo - Professor da Universidade de Paris VII – Diretor-adjunto da Unité de Recherche
Migrations et Société (Urmis - UMR 205).
Droits d'auteur
© Confins