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Capítulo 27

Solo-Ci mento e Solo-Ca l


Antonio Anderson da Süva Seganlini
Marco Antonio de Morais Alcllntara
Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"

27.1 Solo-cimento

27.1.1 Definifão e histórico

O solo-cimento é o produto resultante da mistura íntima de solo, cimento


portland e água que, após a compactação na umidade ótima, adquire resistência
através das reações de hidratação do cimento.
Os principais fatores que afetam as propriedades do solo-cimento são: tipo de
solo, teor de cimento, teor de umidade, compactação e homogeneidade da
mistura, além de outros fatores como idade e tempo de cura da mistura.
Andrade Fi lho (1989) diz que a conceituação do solo-cimento teve origem em
Salzburg, no ano de 1917. Entretanto, somente após 1932 têm-se relatos dos
primeiros trabalhos cientificamente controlados, por meio da sua utilização na
2
pavimentação de 17.000 m em Johnsonville, Carolina do Sul, EUA. Em 1944, a
American Society for Testing Materiais (ASTM) passou a normalizar ensaios
com o solo-cimento , <,endo seguida pela American Association of State Highway
Officiah (AASHOJ e pela PortJand Cement Association (PCA).
O interes<,c pelo assunto no Brasil se deu a partir de 1936, por meio da
Associação Brasileira de C imento Portland (ABCP), que regulamentou ,
fomento~ e pesquisou a sua aplicação, levando, em 1941, à pavimentação do
aeroporto de PctroJina, PE. Em J945, foi erguida a primeira edificação em solo-
cimcnto: uma casa de bombas com 42 m para abastecer as obras do aeroporto de
2

Santarém , PA. I :m seguida, cm Petrópolis, no Vale Florido, foram executadas


casas com parede~ monolíticas de solo-cimento. Em 1950, foi concluída a obra
do Ho pit.aJ Adrfono Jorge cm Manaus, AM, com 10.800 m 2 em paredes
mo, I C'l~.
A r de 1'Jf,(), ,, solo c;jmento teve grande aceitação, passando a ser
n
pe c to s tt e l a c i o n a d o ; à .
p a r a a u m en t o d
0 tillmnos ailes,
O 0
ti J o lo s m o d u la re s .
s ~srcom r e c e n t e m e n t e n o p ro c e s s o d
cnolôgicas in t r o d u z i d a s g e n ~
a i o r a g il i d a d e e i n ú m e r a s v a n ta
os tij o lo s p r o p o r c i o n a r a m m ã o d o c u s to
e o s q u a i s s e d e s t a c a a re d u ç
rrocesso c o n s t r u t i v o , d e n tr e s , o s ti jo lo s
e g u l a r id a d e d e s u a s d im e n s õ
construç ã o . G r a ç a s à r d e a rg a m a s s a d e
e m p l o , d i s p e n s a m a u t i li z a ç ã o
a r e s c o m en c a i x e , p o r e x id a d e d e s e u ti li z a r
t o d a s p a r e d e s , n ã o h á n e c e s s
tamento. N o r e v e s t i m e n a p i s c o p a r a s u p o r te
o ( e m b o ç o ) , a s s i m c o m o o c h
gamassa d e r e g u l a r i z a ç ã a p e n a s c o m a p li c a ç ã o
, o r e v e s ti m e n t o p o d e s e r f e i t o
emboço. Dess a f o r m a ,0 c m ) , s u f ic ie n t e p a r a
e n a e s p e s s u r a ( e m t o m o d e 1
m ~ s a única, d e p e q u s e p a r a a a p lic a ç ã o d a
u r a d o s t i j o l o s e s e r v i r d e b a
~ i l f e n r u m a b o a co b e r t c e b e n d o a p e n a s p in tu r a
n a s p o d e m f i c a r a p a r e n t e s , r e
m t u r a . A s parede s e x t e r e n t o s c e r â m i c o s e m
a s s e n t a m e n t o d e r e v e s t i m
a1 d e acabam e n t o . O s t i j o l o s d a a lv e n a ria ,
s e r f e i t o d i r e t a m e n t e s o b r e o
b a n h e i r o s e cozin h a s p o d e a m e n t o .
a r g a m a s s a c o l a n t e d e a s s e n t
apenas c o m a a p l i c a ç ã o d a s a d ic io n a i s e m
ã o , r e c o m e n d a m - s e c u i d a d o
e r c o n s t r u ç
C o m o e m qualqu c o n t a t o d a a l v e n a r i a c o m p i s o s m o lh á v e is .
u j e i t o s à u m i d a d e , c o m o n o n e m d a s
loc a i s s
n t o d e c a i x a s d e p a s s a g e m
n e c e s s i d a d e d e e m b u t i m e f u ro s
N ã o h á s , p o i s o s t i j o l o s p o s s u e m
a s i n s t a l a ç õ e s e l é t r i c a
tubulações para d u t o s q u e p e r m i t e m a p a s s a g e m d a f ia ç ã o .
e n t e s n a v e r t i c a l , f o r m a n d o t a s , c u ja
coin c i d l o s c o m f o r m a t o d e c a n a l e
e m s e r u t i l i z a d o s t i j o
Na horizontal, pod o p a r a a p a s s a g e m d a f i a ç ã o . N ã o h á ,
é j u s t a m e n t e d e i x a r e s p a ç a b a lh o
fu n ç ã o o s n a s p a r e d e s , q u e g e r a m tr 27.
s s i d a d e d e a b e r t u r a s d e r a s g
po r t a n t o , n e c e t o d a s e s s a s p o s s i b i l i d a d e s ,
m a t e r i a l . D e s s a f o r m a , c o m
extr a e d e s p e r d í c i o d e p a d r ã o m é d i o s e ja
s t o f i n a l d e c o n s t r u ç õ e s d e
a - s e q u e a e c o n o m i a n o c u u i v a l e n t e ,
est i m m c o n s t r u ç õ e s d e p a d r ã o e q
3 0 % q u a n d o c o m p a r a d o c o
da or d e m d e e n c i o n a i s .
t é c n i c a s c o n s t r u t i v a s c o n v
nas q u a is s e e m p r e g a m , e s t á r e la c io n a d a
d o s o l o - c i m e n t o , c o n t u d o
c i p a l v a n t a g e m d o u s o u r e z a ,
A p r i n
é u m m a t e r i a l a b u n d a n t e n a n a t
e c t o s a m b i e n t a i s . O s o l o
com o s a s p
27.1.2.1 Solo
O solo é o material que entra em maior proporção n
selecionado de modo que possibilite economia no co
solos mais adequados são os que possuem as seguintes n s
caraote
1986):
• 100% dos grãos passando n a peneira ABNT 4,8
m m (n. 4);
• 10% a 5 0 % dos grãos passando na peneira ABN
T 0,075 m m (n. 2
• limite de liquidez s 4 5 % ;
• índice de p la st ic id a d e s 18%.
Quanto à granulometria, portanto, os solos arenoso
s são considerados o s
mais adequados. A presença de grãos de areia gro
ssa e d e pedregulhos é
benéfica, pois são materiais inertes, c o m função
apenas d e enchimento,
favorecendo a liberação de maiores quantidades de c
imento p a ra a g lo m e ra r o s
grãos menores. O s solos devem ter, no entanto, um
teor m ín im o da fração
fi n a , p o is a resistência inicial d o solo-cimen
to compactado se d e v e à c o e sã o
da fração fina compactada. A experiência tem dem
onstrado q u e so lo s c o m
teores d e silte mais argila inferiores a 2 0 % não
p ro p ic ia m c o m p a c ta ç ã o
adequada, sobretudo n a confecção d e tijolos p
re n sa d o s, d if ic u lt a n d o o
p ro c e ss o d e m o ld a g e m . N o Q u a d ro 1 , sã
o a p re se n ta d a s faixas
granuJométricas c o n si d e ra d a s ideais p o r alguns au
tores:
Quadro l - Critérios para a seleção de solos.

Autores Areia Silte Argila


(% ) (% ) (% ) Sllte + Argila (% )
m CINVA (1963) 45-80
s. - - 20-25
IC P A (1 97 3) 60-80 10-20
s Merril (1949)
5-10 -
s
>50 - - -
MAC (1 97 5) 40-70 <30
C EP E D (1 98 4)
20-30 -
45 -9 0 - <20 10-55
PCA (1 96 9) 65 - - 10-35

27.1.2.2 Cimento

Poden1 e r utilizados cimentos que atendam às se


guintes especificações,
confr e aprese&1ta no Quadro 2:
.
,' 2 - C.ompoaiç1o do s cim en tos Pa rtl an d .

................
.......... SI GL A Qf aq ae r
+p ua
Oo
El dr la
FU al ad ad e
-- (% -- >
Mablrlal
po aa lb lco
Ma ter ial
ca rtN tút lco
Ne .._
b... ... ...

-
alt o-f or ao
Comum CPI 10 0 - - - NB R. s7 i2 -
CP U- E 94 -5 6 6- 34 - O- 10
Compoatc, CP 11-Z 94 -7 6 - 6- 14 o 10 NBR 11 s18
CP U- F 94 -9 0 - 6- 10
Al to for no CP UI 65 -2 5 3S -7 0 - 0- 5 N BR .5 7~
PozoJAnico so o s
Al ta
rcaiat&icia
inJciaJ (ARO
CP IV

CP V
8S -4 S

10 0- 9S
IS

0- S
N B R s~

NBRS733
--
-
m postos P Il ) são os m ais utilizados s
ti ~ s cimentos portland co (C
am ente 67~nd 0
acidme_nt~ encontrados no mercado , resp on de nd o por aproxi mad d
0 a
pro uçao mdustrial.
2 7.J .3 D os ag em do solo-cimento

is te na fix aç ão de tr"
~~ ~eral, a do~agem do solo -c im en to co m pa ct ad o co ns
e m as sa es pe cí fi~ !
vanave1s: quant~d~de de cim~n to , qu an tid ad e de ág ua
ci m en to de pe nd e da s ca ra ct er ístic as e
apare~te s~ca max1ma.A quantidade de da ap lic aç ão
d a aph~açao que se pretende para o m at er ia l re su lta nt e. N o ca so
ir a pe rm an ên ci a da co es ão do so lo -c im en to
em pav1me~t?s, procura-se garant en ie nt es da ~
tr áf eg o ou pe lo s es fo rç os pr ov
q u ~ d ~ sohc1tado pela ação do os té cn icos da
v an aç o es de temperatura e de umidade. C om es se ob je ti vo ,
am en sa io s de du ra bi li da de em qu e os co rp os -d e- pr ov a sã o
PC A el ab or ar
ag em e co ng el am en to /d eg el o. O ob je tiv o
submetidos_a ciclos de molhagem/sec sist ên ci a
o da du ra bi li da de e nã o da re
de ss es en sa io s, no entanto, é a verificaçã
ao de sg as te , co m o te m si do às ve ze s in te rp re ta do .
id er am ad eq ua do us ar te or es de
P in to (1 98 0) afirma que os ingleses cons sã o
as de cu ra , re si st ên ci a à co m pr es
ci m en to ca pa ze s de conferir, aos sete di io s de
ão ta m b ém em pr eg ad os en sa
ig u al o u su p er io r a 1,75 M P a. S
o ti po m ol ha ge m /s ec ag em e co ng el am en to /d eg el o, cu jo s
d u ra b il id ad e d
d o de cr és ci m o de re si st ên ci a. O au to r
re su lt ad o s sã o ex pr es so s em função
m ét o d o s d e en sa io pa dr on iz ad os pe la s no rm as in gl es as , no
af ir m a q u e o s
od os ad ot ad os pe la P C A , no s qu ai s se
en ta n to , d if er em ba st an te dos m ét
u si v e, as pe ct os re la ci on ad os às di m en sõ es do s co rp os -d e-
co n si d er am , in cl
p ro v a, p ro ce ss o d e co m p ac ta çã o e si st em as de cu ra .
b ra si le ir a ba se ia -s e no s m ét od os de do sa ge m da P C A .
A ex p er iê n ci a
p ro ce d im en to s di fe re nt es em ou tro s
E m b o ra te n h am si d o d es en v o lv id o s
aq u il o q u e é a m ai o r re co m en da çã o , o u se ja , a co m pr ov aç ão
p aí se s, fa lt a- lh es
p o r u m g ra n d e n ú m er o d e o b ra s ex ec ut ad as e em us o, co m
d e se u s re su lt ad o s
d e so lo s, d as m ai s d iv er sa s or ig en s e re g iõ t'; . A P C A di sp õe
g ra n d e v ar ie d ad e
al e d e u m a n o rm a si m pl if ic ad a p ar a a u os ag em do so lo -
de u m a n o rm a g er

tares so bre os cimentos Portland brm,i l iras ve ( · 1


1 Infonnações compl emen
o~
,. iden
•escolha ~
• execução do ensaio
• escolha dos teores de cimente
• moldagem de corpos-de-prova p a r
• execução do ensaio d e durabilidade J?O
• escolha do teor d e cimento adequado e m fiin
Essa norma apresenta a desvantagem prática
a realização dos ensaios, sobretudo os d e dura d e re q u e :re
quarenta dias. Procurou-se, então, correlacion b il id a d e , qU e. 4'!
sendo ar o s resultados d o s
7%da outros de execução mais rápida. C o m ba
resultados de ensaios de durabilidade e resist se n a c o rr e la ção e s
corpos-de-prova, aplicados a mais d e 2 4 0 0 ê n c ia à c o m p re ssão s im p l
tipos d e solos arenosos, a P G A
apresentou a norma simplificada d e dosagem
, a qual p o d e s e r re s u m id a nas
seguintes operações:
de três • ensaios preliminares do solo;
• ensaio d e compactação do solo-cimento;
• determinação d a resistência à compressão
icas e simples a o s s e te d ia s;
• comparação entre a resistência média o b ti
ação d a aos sete d ia s e a re s is tê n c ia
e n to , admissível para o solo-cimento produzido c
o m o s o lo e m e s tu d o .
O uso desse m é to d o s e restringe aos solos
das q u e c o n te n h a m n o m á x im o 5 0 %
s da
das partículas c o m diâmetro equivalente infe
e no máximo 20% d e partículas c o m d iâ m e tr
rior a 0,05 m m (s il te m a is a rg il a ) ,
são o e q u iv a le n te in fe ri o r a 0 ,0 0 5 m m
(argila).
ti v a De acordo c o m o E st u d o T é c n ic o ET-35 d
ncia a A B C P (1 9 8 6 ), a d o s a g e m d o
solo-cimento d e v e s e r fe it a p o r m e io
d e e n s a io s d e la b o ra tó ri o , c o m
interpretação d o s re s u lt a d o s e m fu n ç ã o d e
de c ri té ri o s p re e s ta b e le c id o s p a ra a s
possíveis a p li c a ç õ e s d o m a te ri a l. N o Q u a d
ão ro 3 , s ã o a p re s e n ta d o s o s te o re s d e
cimento re c o m e n d a d o s e u ti li z a d o s p e lo
de L a b o ra tó ri o C E S P d e E n g e n h a ri a
Civil (L C E C ), e m IJha S o lt e ir a , SP, n a d o s a
os g e m d a s m is tu ra s d e s o lo -c im e n to
compactado p a ra s o lo s c o m as c a ra c te rí s ti
c a s c it a d a s , s e g u n d o a c la s s if ic a ç ã o
da H ig h w a y R e a s e a rc h B o a rd (H R B ).

Quadro 3 - Teores de cimento (ABCP, 1986).

Classificação da HRB Teor de cimento


(%)
A l- a 5
A l- b 6
A2 7
A3 8
A4 10
A5 10
A6 12
A7 13
, vi sa nd o à ob te nç ão de um a su pe rr - .
re ~ ír l pav11nento1 rodoviário e e •c ie ~
íatente à er o lo , a PCA (1
men~s de 30 % passando
d e ci m en to .
na pe
96
ne
9)
ir a
su

ge
m
re
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,
o
pa
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ra
0,
os
au
so
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lo
en
s
to
qu
de 2;ºtes
no 1~
en to pl ás ti co , a P C A ( 19 71 ) es ta b e
.P_ara a do sa ge m do so lo -c im osas
en to , em pe so , 4% ac im a da qu el es ele ec a
ut ih za çã o de te or es de ci m l:u ge ~d os
~ ~ c it i,
ct ad o, na su a de ns id ad e m áx im a. A ~.:.,JO de 1111 pr6P
para o so lo -c im en to co m pa ad a: ~s 1 ~P os
fi no s, re qu er em qu an ti d~ de s el ev
de so lo , so br et ud o os m ai s c,IY';s~ es0 P
pa ra se co ns eg ui r a co ns is tê nc ia
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ar ga m as sa de em bo ço . N es se s ca a
re la çã o ág ua /c im en to na su a do sa ge m , se nd o id ea l um a re la çã o ir aç ão ~bll e1let11 fu
ás ti co , vi sa nd o a su a ap lic a e_..:;: 1,o . tJfll ."e nas
N a do sa ge m do so lo -c im en to pl Ça o em ·oclllst A,M, e .
os se gu in te s as pe ct os :
fu nd aç õe s, de ve m se r co ns id er ad os i aflaos, co rr
s ar en os os , ev it an do -s e so lo s qu e co nt rA sapatas de pr
• ut il iz ar se m pr e so lo ar n
m o m at ér ia or gâ ni ca ou ar gi la s ex pa ne ~h ef'll 40 ct1l 3
m at er ia is in de se já ve is , co
m at er ia l co m as aç õe s ac tnu ·ss ~v as : coJ1l atas de
• co m pa ti bi li za r a re si st ên ci a do SI\'eis. e eJ1l 11 o b se r
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re qu en as pe la ap li ca o na ob ra ;
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ic ie m na do sa ge m um a re la çã o a/ e < 1 O·
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la bo ra tó ri o se ja co nv er ti da pa
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ge ra l, pa ra O
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ba st an te
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so lo -c im en to co m pa ct ad o si tu am -s º os
ar en os os , os tr aç os em vo lu m e do defeito q (t 9 8
so lo -c im en to pl ás ti co , de 1: 8 a l: lO e~
fa ix a d e 1: 12 a 1: 16 , e pa ra o íhornaz
sa pa ra os tr aç os em vo lu m e é fe ita · e "derado e x
co n v er sã o d a do sa ge m em m as o: cons1 99 4
fu nç ão da s m as sa s es pe cí fi ca s do s m at er ia is ut il iz ad os . D ep en de nd Silva ( 1
il iz ad a na ob ra , po de m ta m bé m seª estacas de so 1
q u an ti d ad e d e m at er ia l a se r ut r
vo lu m e de um sa co de ci m en to . -iü cm e comPi
el ab o ra d o s tr aç os em fu nç ão do
solo-cimento
2 7 .1 .4 S is te m a s de aplicação fundações p r
projeto de fu
2 7 .1 .4 .1 F u n d aç õ es a ca rg a ap li ca
co m pa ct ad o é um m at er ia l de gr an de po tenc ia lid ad e do so lo e o t
O so lo -c im en to
em fu nd aç õe s di re ta s pa ra ob ra s de pe qu en o po rte . N o C am p
p ar a se r ap li ca d o
n o en ta n to , d ev em se r ob se rv ad os qu an do e tem a di \'e rs as pe s
A lg u n s cu id ad o s,
su pe rf ic ia is co la ps ív ei s. N es se ca so , de ve m er to m ad a pa rtir de 19 9
p re se n ça d e so lo s
n ti d o d e se ev it ar a in fi lt ra çã o de ág ua no ol o. E de ol o- ci m e
m ed id as n o se
e se im p er m ea b il iz em as ár ea s 11 1o lháY ei , co m o ob je tiv an do
re co m en d áv el q u
s, co zi n h as , la v an d er ia s, ca lç ad a e pavi m en to s fo ra m re al iz
v ar an d as , b an h ei ro
p ro v id en ci ad o s m ei os pa ra o rá pi do es co am en to da s Os re su lta d
ex te rn o s; q u e se ja m
as d e li tn pe L.a e m an u te n çã o , pr oc ur ~n do -.~ ol o- ci m en t
ág u as p lu v ia is e ta m b ém
tr ab al h ar co m ca im en to m ín im o de 2o /(l cm ca lç ad as e pa nm en to ~ de re si st ên
na s pr o\ .im id ad es da s en sa ios de
ex te rn o s, ev it an d o -s e q u e a água fi qu e p ar ad a
en sa io s de
p ar ed es e d as fu n d aç õ es . tC EP ED . s
C en tr o d e P es q u i sa s e l lV l) lv im en to te m po . O
D e ac o rd o co m o
m p . 'a fu nd aç õe s di re tas Se ga nt in i (
1 9 8 4 ), o d es em p en h o d o so lo -c im en to co
ni'O s
c o m p re s s f
aquelas com,
abaixo d e t o d d
solos arenosos compactos
ordem de 4 0 cm, com profund.ídiai
a mistura na própria cava. Pare
des in
senão o peso próprio, podem ter fun
embutidas de 2 0 cm a 3 0 cm no terreno.
u m exemplo clássico de aplicação d
inclusive nas fundações, foi a construção o s o lo - e
Manaus, AM, em I 950 (THOMAZ, 1984 d o H ospital  .1.U..1,~u Jofg
em sapatas corridas, aplicando-se o solo ). A s fu n d ações foram executii
com 4 0 cm de profundidade por 3 0 cm d -c im e n to compactado e m v a l
e em valas de 3 0 cm de profundidade po e la r g u r a p ara as paredes externas;".
internas. Observou-se, em inspeção reali r 2 0 c m de largura p a r a as pared~s
ainda não havia sido totalmente ocupado z a d a 2 6 a n o s d epois, que o p r é d to
em razão da falta de recursos finance e q u e o s s e rviços d e manutenção,
forma bastante precária. Mesmo assim, ir o s , h a v ia m s id o executados d e
defeito que pudesse ser atribuído ao a o b r a n ã o a p r e s entou s e q u e r u m
Thomaz (1984), o desempenho do s o lo - c im e n to . D e acordo c o m
sistema c o n s tr u ti v o a d o ta d o f o i
considerado excepcional.
Silva ( 1994) realizou ensaios de lab
estacas de solo-cimento e em estacas d o r a tó r io e p r o v as d e c a r g a e m
e concreto, to d a s c o m d iâ m e tr o d e
40 cm e comprimento variando de 2,8
m a 6 m . O a u to r c o n c lu iu q u e o
solo-cimento r e p r e s e n ta u m a a lt e r n
a ti v a v iá v e l p a r a a p li c a ç ã o e m
fundações p r o f u n d a s submetidas a pe
quenas c a r g a s , a c r e s c e n ta n d o q u e o
projeto de fundação e m solo-cimento
d e v e b u s c a r a c o m p a ti b il id a d e e n tr e
a carga a p li c a d a , o d iâ m e tr o d a e s ta c a
, seu c o m p r im e n to , a s c a r a c te r ís ti c a s
do solo e o te o r d e c im e n to ideal a s e
r a p li c a d o .
No C a m p o E x p e r im e n ta l d a UNES
P, e m I l h a S o lt e ir a ( F i g u r a 1) ,
diversas p e s q u is a s foram r e a li z a d a s
e m f u n d a ç õ e s m o ld a d a s i n l o c o a
partir de 1994. F o r a m r e a li z a d a s p r o
v a s d e c a r g a e m e s ta c a s d e c o n c r e t o
de s o lo - c im e n to c o m p a c ta d o e d e s o lo ,
- c im e n to p lá s ti c o . N e s s á s p e s q u i s a s
objetivando a v a li a r a in f lu ê n c ia d a c o ,
la p s ib il id a d e d o s o l o , a lg u n s e n s a i o
foram r e a li z a d o s c o m e n c h a r c a m e n to s
p r é v io d o s o lo a o r e d o r d a e s t a c a .
Os re s u lt a d o s o b ti d o s in d ic a r a m a p
o s s ib il id a d e t é c n i c a d e a p l i c a ç ã o d
so lo-cimento e m e s ta c a s m o ld a d a s in l o c o
o , r e s p e it a d a s a s c a r a c t e r í s t i c a s
de re si')téncia d o m a t e r ial e d a in
s te r a ç ã o e s t a c a - s o l o . F o r a m e f e t u a
ensaio s d e l a b o r a t ó rio p a r a c a r a c t e r dos
izar os materiais utilizados e tamb
ensaio , je r e s is tê n c i a a c o m p r e s s ã o e m ó ém
dulo de elasticidade ao longo do
temp o . .O resulta dos da~ p e s q u i s
as realizadas foram divulgados
Segan t m _QOO). M o r a i \ (2002) e M a c h por
a d o e t a l . (2005).
A...,_..,. • .,.,., &6flllllnl li M. A dJ, Morou Akdnlanl

Figura 1 - Campo Experimental da UNESP em Ilha Solteira, SP.

Com relação
verificou-se u ao comportamento das estacas, para o solo em e
carga do u q e as estacas de solo-cimento apresentam menor capac·d Studo,
das estaca~ e as drconcreto. Esse fato pode estar associado à textura'dad~de
não imp d' a qua 'nas de concreto, apresenta-se mais rugosa. Isso no o ste
tenham e e o uso das estacas de solo-cimento com segurança ciesd:ntanto,
e a tensãcargas _de _trabalhos compatíveis com a capacidade de carga da fu~~e ~
de labo ºt~~rmssivel do material, o que toma indispensável a realização e aç_a(.)
ra ono e controle tecnológico. nsaios

27 ·1 .4:~ Tijolos e blocos para alvenaria


d Os tIJol~s e blocos de solo-cimento constituem alternativas para a exe -
ª alvenana_ e_m habitações e outras edificações. As vantagens da uti~uç~o
des~es matenats vão desde a fabricação até a aplicação no canteiro de obU:ç~
eq?1p_amento~ utilizados são simples e de baixo custo, permitindo operaçã~ s
propno c~terro. A resistência à compressão, em geral, é superior à do tijolo~
b~o coz1d<;>, e a qualidade final é superior, pois o material apresenta textu!
umforme, dimensões regulares e superfícies planas. São bastante atrativos do
P_?nto de vista ecológico, pois não passam pelo processo de cozimento, no qual
sao consumidas grandes quantidades de madeira ou de óleo combustível, como
acontece no caso dos tijolos produzidos em cerâmicas e olarias.
A resistência média à compressão dos tijolos, segundo a NBR 8491 (ABNr,
1984), não deve ser inferior a 2,0 MPa aos sete dias, e a absorção média deve
ser inferior a 20%. Os solos mais adequados para a confecção do solo-cimento
compactado são os que possuem 100% dos grãos passando na peneira 4,8 mm~
de 10% a 50% passando na peneira 0,075 mm; limite de liquidez< 45% e índice
de plasticidade < 18%. Solos com essas característica s propiciam condições
para que se tenha menor consumo de cimento e tijolos de melhor qualidade.
Existem no mercado empresas que oferecem diversos modelos de prensas
para a fabricação dos tijolos. Algumas prensas fabricam até sete ~ipos diferentes
de tijolos, bastando para isso apenas trocar os seus molde:~. Existem empresas
estudo
c id a d e d ~
d o fu s te
e n ta n to,
e q u e se
undação
Figura 2 - Prensa manual utilizada na fabricaç
e n s a io ão do s tijolos (Fonte: http://www.permaq.com
.br).

O aprimoramento dos equipamentos para


a fabricação d o s tijolos te m
contribuído para a racionalização das técnic
as de construção, possibilitando a
ecução ela b o ra ç ã o d e projetos c o m menor custo e maior qualidade
uso inclusive e m obras d e padrão mais so . Is s o in c e n ti v a o s e u
li z a ç ã o fisticado. P o d e m s e r p ro d u z id o s ti jo lo s
maciços. tijolos modulares c o m encaixe, ca
ra s . Os naletas, placas d e re v e s ti m e n to e
elementos decorativos.
ç ã o no Os tijolos d e encaixe, p o r exemplo, proporcio
·0 1 0 de nam m a io r ra p id e z n a e x e c u ç ã o
da alvenaria. c o m as seguintes vantagens:
extura • execução das edificações c o m aplicação d a
o s do s té cnicas d a a lv e n a ri a e s tr u tu ra l;
• redução d a necessidade d e rasgos nas p a re
>qual d e s e d o c o n s u m o d e tu b u la ç õ e s
na instalações hidráulicas e elétricas, q u e p
como o d e m s e r e m b u ti d a s n o s fu ro s
dos ti jo lo ;
• redução d a n e c e s s id a d e d e fô rm a s , pois
o s fu ro s c o in c id e n te s d o s ti jo lo s
p o s s ib il it a m a e x e c u ç ã o d e c a n a le ta s ,
v e rg a s e c o lu n a s g ra u te a d a s ;
• e x e c u ç ã o d e p a re d e s c o m tijolos a p a re n
te s , d is p e n s a n d o-s e a u ti li z a ç ã o d e
a rg a m as a d e a d e rê n c ia , e m b o ç o e re b o c
o;
• apli c a ç ã o d e a rg a m a s s a d e g e s s o o u m
a s s a ú n ic a d ir e ta m e n te s o b re o s
tijolo s~
• p ossibilid a d e d e a s s e n ta m e n to d e a z u le
jo s s e m n e c e s s id a d e d e c h a p is c o e
ma~~a '-g rossa~
• p o s s ib il id a d e de d is p e n s a d o u s o d e a rg
a m a s s a d e a s s e n ta m e n to d o s tijolos~
Na Figura 3 . é m o s tr a d a u m a c o n s tr u ç ã
o e m d o is p a v im e n to s , e x e c u ta d a c o m
sas tijo lo s d lo -c im e n to .
Hgum 3 Constmçã u cm dois· P'av1mentos
. com llJO . 1~.co
.. 1os de solo-cimen to (Fonte: http://www.virnaqprcn!,; rn.1>r,.

27 · 1.4 .3 Parede monolítica


de
.
7~or~as, em bloc_?S horizontais sucessivos, semelhante ao antigo sisl entro
execução das paredes monolíticas, o solo-cimento é compac tado d
1ai~a. compa~ taçao na umidad e ótima permite a imediata desfôrma d~~f <1t
re~ m-c_?nfecc10nado, possibilitando a execução dos blocos seguintes p oco
co_ ocaça? de tubulações embutidas, recomenda-se que os rasgos nas ·paar~ª
seJ~ feitos. logo após a compac tação do material, antes de ocorre,:e e,
reaçoe s de hidrata ção do ci':1en_to. As paredes devem ser curadas por me';;,~
molha gens sucessivas na pnmerra semana após a sua confecção. O Manua\ de
Constr ução com Solo-Cimento, do CEPED (1984), traz detalhadamente e
proces so de constru ção das parede s monolí ticas, bem como os critérios paraº
e~colh a do solo e para a dosage m a ser utilizad a na confecção do so\;_
cimen to.De acordo com o CEPED (1984) , o sistema construtivo em paredes
monol íticas aprese nta, em relação aos sistemas que utilizam tijolos e blocos
• 1

as seguin tes vantag ens:


• não há necess idade de confecção dos tijolos e blocos, propiciando
econo mia no custo da mão-de-obra;
• não há necess idade de grande s áreas para a fabricação, cura e estocagem
desses materi ais;
• é possível, muitas vezes, utilizar o solo do próprio local, reduzindo-se 01
custos com transp orte.
• dispen sa o uso de revesti mento ; 27.l
• reduz custo da parede em tomo de 40%, se comparado ao da alvenaria
O
conve nciona
A espess l.
ura da parede deve ser calculada em função da sua altura.
Consi derand o-se esbelt ez igual a 80, tem-se: d == 0,043L, onde d== espessura
da pared e (m) e L == altura da parede (m). Recomenda-se trabalhar com
espes sura mínim a de 12 cm. As parede s extern as devem set
A utilização de dois pares de forma
dos painéis, possibilitando a utiliz p rop icia m a ior l) l' O d ll t
ação das fôrmas e m s u a
necessidade de transpasse d a fô
rma com a camada r e d ~
procedimento reduz o número d
e montagens e desmonúlle:ei~ \ d e
execução de um mesmo painel,
além de evitar choques n o s 1>10
Jançados. Para isso, após a conclus 008'
ão do bloco correspondente a o prim
fôrmas, monta-se o segundo par eim
de fôrmas sobre o primeiro e e
próximo bloco, quando, então, o xecuta-se
primeiro p a r de fôrmas é retirado
sobre o segundo, e assim sucessiv e colocadd.
amente, até que seja concluído o p
Na sua execução, após a conclu aineL
são d e u m p a i n e l , r e c o m e n d a - s e
execução d o acabamento, utiliz a imeAtiala
ando-se u m a c o l h e r d e p e d r e i r o
possíveis falhas que p o d e m surgir p a r a conigir
no encontro d a s f o r m a s , t a p a r
deixados pelos parafusos d e fixaç o s bmacos
ão d a f o r m a e , n o c a s o d e t u b u l a ç
efetuar o s rasgos n a p a r e d e p a r a õ e s embutidas
a passagem das tubulações.
N a utilização d e traços e m vol
ume acima d e 1:18, recomenda
equipamentos m e c â n i c o s p a r a r e -s e o uso de
a l i z a r a h o m o g e n e i z a ç ã o d o mat
erial.

27.15 Aproveitamento de resíduos de


construção e demolição
A idéi a de aproveitar os resíduos de
construção e demolição na confecção
solo- cimento surgiu em razão de se c
onstatar que os solos arenosos são o do
indicado para a sua confecção. É s mais
exatamente isso o que se busca c
rncorpo -( desses resíduos, po om a
is são materiais cujas caracter
ísticas
r e s íd u o s ( S O U Z A , 2 0 0 6 ) .
s d e s o lo - c im e n to c o m
F ig u r a 5 - T ij o lo

íd u o d e c o n c re to é ta m b é m u
. ( 2 0 0 5 ) d iz e m q u e o r e s u s o m a
M a c h a d o e t a 1
o s o l o - c i m e n to p lá st ic o p a ra
t e r n a t i v a p a r a a c o n f e c ç ã o d l h o : :
ex c e l e n t e a l p o s i~ õ e s e s tu d a d a s , o s m e
a d a s . i ~ l~ c o ., E n tr e as ': o m f o ra m
estaca s m o l d o e m o ? u lo d e e l a s t i c id a d e
e r e s 1 s te n c ~ a _ a c o m p r e s s a m a s s a d e
res?lt a d o s d 0 % d e re s 1 d u o e m r e la ç ã o à
a a s c o m p o s 1 ç o e s c o m 1 0 h a v e r
o b t i d o s p a r s o l o e o r e sí d u o , i n d i c a n d o
a , u m a r e l a ç ã o 1 : 1 e n t r e o o d es s e
solo , o u s e j i e n t e d e s e g u r a n ç a , p a r a o u s
t é c n i c a , c o m e l e v a d o c o e f i c so
po s s i b i l i d a d e a r g a s d e t ra b a l h o i n fe r io r e s a
a s m o l d a d a s i n l o c o , c o m c
mat e r i a l e m e s t a c i s e m p r e g a d o s , c o n s id e r a -s e
v a r i a b i l i d a d e d o s m a t e r i a
k N . C o n t u d o , d a d a à e c o n t r o l e d e q u a lid a d e
o d e e n s a i o s d e l a b o r a t ó r i o
imp r e s c i n d ív e l a r e a l i z a ç ã r a s ta m b é m s ã o
p e ç õ e s p e r i ó d i c a s e m o b
m a t e ri a i s u t i l i z a d o s . I n s ra m e n t o d as
do s v i s u a l d o m a t e r i a l e a p r im o
i s r o p i c i a m a v a l i a ç ã o
n e c e s s á r i a s , po p
. A c r e s c e n t a - s e q u e o u s o d o s r es íd u o s d e
n s t r u t i v a s e m p r e g a d a s f o rm a
t.écnicas c o o v o s m a t e r i a i s d e v e s e r f e it o d e
n a c o m p o s i ç ã o d e n eu
ieonstrução i n t e n s a d e p e s q u i s a s , d e m o ~ o . ~ u e o s
p a r a d a p e l a r e a l i z a ç ã o .
uidadosa, am e f i c a z , c o m s e g u r a n ç a e c r e d 1 b 1 h d a d e
n t o s e j a f e i t o d e f o r m a
roveitame
!0836
11798 ateriais para sub-base ou base de solo
-cimento. 19 90. 2 p.
12023 olo-cimento - Ensaio de compactação
. 1992, 6 p.
12024 olo-cimento - Moldagem e cura de co
rpos-de-prova cilindricos. 1992, S p.
12025 olo-cimento - Ensaio de compressão
simples de corpos-de-prova cilindricos. 19 90
. 2 P·
12253 olo-cimento - Dosagem para empreg
o como camada de pavimento. Procedimento
. 19 92 .
12254 Execução de sub-base ou base de solo
-cimento. 1990, 5 p.
13553 Materiais para emprego em parede
monolítica de solo-cimento se m função estrut
ural. 19 96.
13554 Solo-cimento - Ensaio de durabilidad
e po r molhagem e secagem. 1996, 4 p.
13555 Solo-cimento - Determinação da abso
rção d'água. 1996, 2 p.

2 7.2 Solo-Cal

27.2.1 Matérias-primas básicas: solo e c a l

Na composição do solo-cal, assim como na do so


lo-cimento, o solo é o material
que entra em maior quantidade. Portanto, o con
hecimento de suas características
mineralógicas e granulométricas, assim com
o a sua acidez, é de extrema
importância para a composição da mistura,
uma vez que essas propriedades
exercem forte influência nos mecanismos de es
tabilização química d o solo-cal.
O solo é um sistema complexo, e m que as su
as partículas podem s e r dotadas
de cargas envoltas por componentes divers
os. O entorno das partículas é
conhecido como a "solução do solo". As
atividades desse sistema " s o lo " -
"solução do solo " influem no comportamento
macroscópico d o solo e d e p e n d e m
do tip o de mineralogia predominante e tam
bém d o tipo d e íons presentes n a
solução d o solo. Esses conceitos são muito im
portantes p a ra a c o m p re e n s ã o d o s
princípios de e s tabilização química dos solos
Muitc, ünportante tam bém é a atividade físico-qu
ímica d o s s o lo s . A s e s tr u tu ra s
dos m.. 1rrais p o d em pro p ic ia r o surgim
ento d e c a rg a s e lé tr ic a s e m s u a s
A......,.,.,,. da Silvas«
'BOIUinl e M. A. tk Moraú Alcantara

su~ · s. em decolT@n . d
a,-u.ac1e
um elem~t o químico su~:tu~ substituições isomórficas. Estas
eletrostática final seja inferior outro na estrutura . de modo que ª~nem quand
:re~do , assim, cargas não sati~~~ :: proporc ionada ~lo elemen: addc ª~ç~
. modo geral, o solo é v· t na estrutura do mmeral. e ongern
qwus ~oram definida s no Js o como um corpo dotado de diferentes . .
~no!11" 1adas ..horizon tes.. eco~r do process o evolutiv o. Essas re~~ões, é\!i
mclw a região superfi ·a1 ct' que sao classific ados em •• A" ..B" e ..C" reg1oes sà(:)
ic1
e h Uffilºfi1cação da matéria ,
o solo em que ocorrem os processo . O Pri .
A • • s de min r°'etr()
O
nutrient es e de bases trocáv~ r:ià•ca. ? seg~do é o horizont e de acum:r '~ªÇà()
de alteraçã o, em ue os . ~ so ~ (Ca 'Na+' K+). O terceiro é oh aç.ao de
espessu ra desses h~rizo nte~~: •: a1~a ~uarda.n:1 a herança da rocha~~~onte
A cal' por sua vez é 1 m nçao do ~hma e do relevo do solo e. A.
dolomí ticas, na qual se ~bté~esu_ ~te da , c~lcmação de rochas calc~ias
a cal virgem . Da hidrata ão d o OXI ~ de cálc10 ou o óxido de magnésio ou s ~u
como a outra podem ser ~tili a cal v1rgem.s~ º':tém a cal hidratada. T~nto :Ja,
hidrata da seja mais freqüe :ad;s na estabihz açao de solos, embora o uso da~
impure zas' de modo que ont:~r d pric~;s o de ~abricação da cal pode produ~ir
importa nte para a seleção d e x1 ...os .totais presente s no material é muit
e sua procede ncia2. o

2722 Mecan ismos da esta bºlº


z izaçao ,, . a dos solos com a cal
- quimic

me~~~:i:o
t b,,
~e ~ tab~izaçã o química dos solos com a cal pode ocorrer segundo
0 ica ores de sua estrutura, que acontecem a curto prazo
am em a longo pr~~- As modificaç?~s de curto prazo são responsáveis pel~
mudanças nas co~ctiçoes de trabalhab1lidade do material no estado fresco . As de
longo pr~,º cons~1tuem-se nos processos de cimentação do material.
Como Jª .mencionado, de m~~o geral, as partículas finas dos solos apresentam
cargas eletncas em suas superf1c1es. Essas cargas são normalmente satisfeitas po
íons presen tes na solução do solo, como, por exemplo, o íon K+ e o Na+. lss~
condu z à formação de um núcleo envolvido por uma nuvem de íons, denominada
"Dupla Camad a Difusa". A Dupla Camada Difusa constitui-se num objeto
particu lar de discuss ão da físico-química. Contudo, aqui ela será vista de modo
simpli sta, como um dos elementos contribuintes para as condições favoráveis à
disper são ou à flocula ção dos solos. Os modelos propostos para ela pressup õem
um sistem a em que os íons se dispõem em tomo da partícu la, de maneira tal que
exista um gradie nte de concen tração inversan1cnte proporciona\ à distância do
núcleo de carga.
Segundo a teoria dos colóides, as partícu las coloidais se encontram em
constante movimento, conhecido como Movimento Browniano. Um movimento,
então, estabelece-se a partir da atração das partículas e tan1bé1n pela rep~\são
entre elas , a qual é determinada pela espess ura da Dupla Camada Difusa.
Contu do, existe um mecanismo de competitividade entre os possíveis íons
presentes no meio, de modo a se promover satisfação das carg<I' prc\cntcs nas
2Maís informações sobre a cal são apresentadas no Capítulo 22 d ·~te 1iv10.
Os solos devem ter compon
pozoJânicas. Esses componen e ntes rea tivo d i ponívei p a r a as rea
tes são o alumino- ilicato ~ ç õ é
formas de minerais do tipo " 1 apresentados n a s
: l " , ou ''2: l " , conforme e
Os argiJo-minerais do tipo " ilu t r a n a F i g u r a 6 .
1: l " ão repre entado pela
Haloisita, se ndo muito abun Caulinita e p e l a
dantes em olo tropicai . A
básicas, compostas à base do S s duas u n i d a d e s
ilício e do Alumínio, di põem
forma que o empacotamento s -se s o l i d á r i a s , d e
eja maior e a superfície de exp
e praticamente não se manife osição s e j a m í n i m a
ste a presença de cargas não
razão, esses solos são bastan satisfeitas. P o r e s s a
te estáveis do ponto de vista
so lo~ tropicais apresentam t físico-químico. O s
ambém uma riqueza de oxi-h
alumínio. o~ minerais d o t idróxidos d e ferro e d e
ipo H2: l " constituem-se nas
predominantes cm so los de formas mais r e a t i v a s ,
regiões t e m p e r a d a s o u c o
intempcri mo. São esses os ca m b a i x o grau d e
sos dos argila-minerais Mont
Vennicu lita. A est rutura min morilonitas, C l o r i t a e
eralógica d o tipo "2: 1" per
carga entr lâmin as de s ilício, de modo m i t e a o c o r r ê n c i a de
ínteraçã q u e e s s e s minerais f i c a m sujeito à
Jerncntos ativos d o m e i o , e
m particular o s íons p o s i t i v
o e
.. 1-if) + +

+ +

MINERAIS DO TIPO 1 1
Figura 6 _ T"ipos. de nuncruis
. quanto a . MINERA1SO OT1Po21
o numero e à d.1spos1çao
. _ das camadas tetraédrica s e oct éd .
a ncas.

Assim
.solos. é possível estabele
..n-aoum
. .· pois solo argilo cerern-se regras rígidas para a escolha d
desem penho frente à estabil i!~· - por exemplo, pode apresentar bai~s
conter elevad a porcen tagem d çao,, ~om a cal, visto que esse solo pod()
" ·d
ox l os de ferro em sua com e matena
. - " · .
organ1ca. A despeito da presença de
promis sores já pudera m s!rºsJa o,dme smo em solos tropicais, resultado:
predom inante foi a Caulin ita ~a~1n o~ de solos em que a mineralogia
solos com cal no Brasil . a dma1s deta~hes sobre a estabilização de
( J 98 J) e de Alcânt ara Ú;~c5o)m~m~-osse dª. leitura dosbtrabalhos de Lima
. b ·1·d d . iscorrem so re as questões d
via • 1 a e de _esta~ilização de_ solos com a cal em solos brasileiros, além d:
e~tudo s de apllca çoes, em particu lar com solos predominantes no Estado de
Sao Paulo , que guarda m muita semelh ança com os Latossolos brasileiros.

27.2.4 Prepa ro das misturas de solo-cal


0
O prepa ro das mistur as de solo-c al envolv e norma lmente
destor roame nto do solo, o peneir ament o e a mistur a íntima com a cal. A
mistu ra pode ser realiza da por meio de utensíl ios utiliza dos na construção
civil, como enxad as e caixas para prepar o de argam assa, ou ainda com o
auxíli o de betoneiras. Conforme as aplicações, o processo de mistura pode 27
assum ir difere ntes forma s, seja para a produção de materiais ou para a
const rução rodov iária. Um cuidado que se deve ter, após a mistura, é a de
prote gê-la do conta to direto com o ar, de modo a se minimizar a
possjb ilidad e de recarb onataç ão da cal.
.,,O · · 1 · - " 1 t " "2 I" e o nu'mero e a d,·sposição das \ãminas de "tetraedros de
• ·
,; mwcrais recebem a { cs1 gnaçao : ou : , .
conionne . d · d0 s à designação das \ammas, saoA • _
1
Silicio" e <lc º O<.:tm:clros <lc Alumínio" Os elementos qmm1cos ora cita os, associa
" ' representativos e tanto orientam pnori1ariamente como definem as ligações formadas.
W ot w {% )
fí!!Uf3 7 - Variação ge né ric a do s parâmetros
de co m pactação pa ra as misturas de solo-cal (A
LCÂNTARA , 19 96) .

Além dessa s propriedades, a adição de cal pode


interferir n a e x p a n s ã o d o s
e stões solos . visto que esse processo se desenvolve e m
d e c o rr ê n c ia d a a ti v id a d e
físico -química e m razão de cargas elétricas n
, além ão satisfeitas e m e s tr u tu ra s
min erais . Particularmente, os solos c o m minera
Stado is d o ti p o " 2 : 1" s ã o o s m a is
suscep tív eis à ex pansão. O s íons C a2+ podem sa
sileiros tisfazer a d e m a n d a d e c a rg as ,
de mod o que a atividade físico-química seja in
operante.
Finalmente , c o n s id e ra -s e a permeabilidade d o
s s o lo s tr a ta d o s c o m a c a l.
Quando s e c o n s id e ra o e s ta d o fr e s c o , as
m is tu ra s d e s o lo -c a l p o d e m
aprese nta r m u d a n ç as e m s u a e s tr u tu ra d e v id
o à fl o c u la ç ã o . C o n tu d o , n a s
condições d e tr a b a lh o , é m a is re le v a n te o m a
te ri a l n o e s ta d o e n d u re c id o , o
qual já p a s s o u p e lo p ro c e s s o d e c im e n
ta ç ã o in te rn a e re d u ç ã o d a
p e rm e a b il id a d e .

27.2 .6 Fatores tecnológicos do solo-cal

Entre os fatore'; a serem considerados no estudo


tecnológico do solo-c al ,
podem ser citad os as condiçõ es de compactação, a
s condições qualitativas d a
AA....... ,_,.saw,
S./lflllllnl • M A d. ~
-onmAlal ntata

lllistura e os f
a engenh aria :t~res relativo s à cura
solo-ca l. é ob . conhec imento da . UI!' fator de extrema i
estático ou . tida. por meio do r densida de dos materiai s mportàn cia
!~{~ alcança ~:!°:J'; ;~i1a::e ~gia .~P':c:"J: n~\~:'.,';:"1a~t,"· ~u~~~o~ ~
N, eseJada , que está associad a à contnbui !>ara '<t
o contexto das co . - umidade 6ti <\Uc
cal. o teor de . nd1çoes qualitativas d . rna d~
co~pos ição. est.::i:~~ade e o tipo de so~~1:::;r~~ pod~-se citar o teor
~~
81
~!::!fa~ 0
: ª~::::,~~~H;~ ~~I:':'e:'~:~ ~~::: :e;~~ ~::; ..t::t\~~
ro~esso se desenvolve u· . material. Contudo. considerandr associada~
1;
iiªp: ~ularel
1 s de equilíb rio~ ~~·~r~f1~:t·dexdistem. e_videntemente~-~:n1~e_ o
e so o. Um dado t d a e as reaçoes química tçoes
considerado ótimo parae~~ e cal, em relação ao peso seco do
excess o poderá ser "sob
!~f~nfo rme"
d dado tempo de cura. O que for ad· . , pode
su . ra e reagent ,, . . 1c1onado ser
as proprie dades geotéc nic O e ou mterfenr desfavoravelm em
ser compatível com a ener i:s. _teor de umidade do solo, por sua v::1e na,
Por fim, a cura do solo~cai3~h_cada no _processo de compactação. , deve
temper atura ambien te e o teme influenciada pelas condições de umidad
ocorre m entre a cal e o solo sã po de cu~a. Normalmente, as reações : ·
Como o processo de reações o r~v_orec~das pelo aumento da tempera~ e
variáv el com o aumento d p;zo amcas e lento, o teor ótimo de cal pode:•·
poderá ser máxim o dentro d: ::po ?ed cura, pois o apr_oveitamento da e:\
ser compa tível com as condiçõesp;pr~~ º. cre~cedntede, ev1lden~emente, deverá
da cal no solo. acionais a as pe a rmstura e difusão

27.2.7 Propr iedade s do material solo-cal endurecido


A~ propri edade s do solo-c al no estado endure cido em geral -
avaha das em fu_nç~o do solo _?ã_o es~abilizado. Em primeiro lugaI, te~~s~
o caso da res1ste nc1a mecan 1ca a compr essão simple s. Em termos
porce ntuais , a variaç ão nas propri edades pode depend er do índice de
pozol anicid ade do solo. O Quadr o 5 ilustra a variaç ão percen tual de três
solos após o tratam ento, em relaçã o ao solo natura l. Os resultados
refere m-se a três tipos de solo existe ntes na região de Ilha Solteir a, SP: um
Latos solo Verme lho Escur o, denom inado "Rotat ória" (R) conforme o
local de coleta ; outro do tipo Podzó lico Verme lho Amare lo , denominado
"Torr e de Trans missã o" (TT), e , finalm ente , um Latoss olo Vermelho
Amar elo, denom inado "Linh a de Transm issão" (LT). Observ a-se que os
solos podem aprese ntar compo rtame ntos difere ntes frente à reatividade do
solo-c al. O solo R aprese ntou desem penho inferio r, com maior conteúdo
de matér ia orgân ica e de óxido s de ferro, além de maior acidez nos ensaios

quími cos realizados.


Solo-Cimento e Solo-Cal 881

os sem tra tam en to e va ria ção po rce ntu al do au me nto da


Quadro 5 - Resistência à co mp res são simples pa ra sol
ên cia ap ós o tra tam en to co m a cal {F on te· AL CÂ NT AR A 19 95 )
resist '
Resistên cia à co m pr essã o sim pl es do so lo sem tra tam ento (k Pa )
LT (A-2-4) TT (A-4) R(A-7-6)
t - - -- t 267
--
180 354
1

es são sim pl es do so lo- ca l em co m paraçã o co m os solos sem


Variação da resistência à compr
tratamento (% )
eo r Idade %Cal
lo gi (dias) LT TT R
1

in d 1 2% 6% 10% 2% 6% 10% 1 2% 6% 10%


ci ad 3 33 76 74 81 11 0 14 9 126 15 6 178
qu e . 125 17 8
-185
7 37 75 109 18 4 24 3 20 6
lliçõ .l - -•
212 415 929 900 171 49 0 55 5-
28 166 287
. 14 00 72 68 2 85 8
90 24 805 562 281 15 48
1217 14 96 35 0 18 10 21 75 61 79 0 92 8
120 1 135
- - 1916 23 38 13 2 - 797- 1291
180 2 35 1876 2442 208

m pr es sã o si m pl es , um co rp o- de -p ro va de
Quando submetido ao ensaio de co
m od o di fe re nt e de ru pt ur a, se m ap re se nt ar a
solo-cal curado experimenta um
çã o tra ns ve rs al , as qu ai s sã o m an ife st ad as
fluência e a variação progressiva da se
. A se çã o tra ns ve rs al do co rp o- de -p ro va se
tipicamente em solos não estabilizados
ng o do en sa io . O co rp o- de -p ro va ro m pi do
mantém praticamente inalterada ao lo
líq ua s, in di ca tiv as da in fl uê nc ia do s
pode apresentar fissuras verticais ou ob
do s du ra nt e ca rr eg am en to . O m at er ia l es ta bi liz ad o
esforços internos de tração gera
tra çã o, di fe re nt em en te do m od o de ru pt ur a po r
rompe preferencialmente po r
co m po rta m en to dú ct il. D o m es m o m od o, o
cisalhamento, qu e caracteriza o
m oc or rê nc ia co m a su pe rf íc ie de ru pt ur a
ensaio po r compressão diametral te
-p ro va . A Fi gu ra 8 m os tr a as fe iç õe s de
orientada conforme a geratriz do corpo-de
sa io s de co m pr es sã o si m pl es e de tra çã o po r
corpos-de-prova rompidos nos en
ai compressão diametral.
rm aç õe s fr en te às te ns õe s ap lic ad as ga nh a um a
O comportamento das defo
se m tra ta m en to , o m at er ia l no rm al m en te
nova conotação. N o caso do solo
erm o e el ev ad os ní ve is de flu ên ci a e de
apresenta ba ix a capacidade de carga
ic e d ad os co m ca l, po ré m , o co m po rt am en to te ns ão -
ductilidade. Pa ra os solos estabiliz
de tr ê id o de qu e a ca rg a re si st id a se ja ca da ve z
deformação pa ss a a se modificar no sent
Ilt ad o do te m po de cu ra , ha ve nd o te nd ên ci a pa ra qu e
maior em função do te or de ca l e
8P: u pe lo fr ág il, co m el ev ad a ca rg a de su po rt e
o comportamento dúctil se ja substituído
en to . E ss e co m po rt am en to é o re su lta do de
em relação à do solo se m tratam
m e o te m po de cu ra e co m o tip o de so lo .
reações pozolânicas e po de variar co nf or
m po rt am en to dú ct il pa ra o co m po rt am en to
A Figura 9 ilustra a transição de um co
lo s R , T T e LT tra ta do s co m 6% de ca l,
frágil, sendo os resultados relativos aos so
ns ão de co nf in am en to de 10 0 kP a. O s te m po s
a partir de ensaios triaxiais co m te
28 e 12 0 di as . Pa ra fin s de co m pa ra çã o, as cu rv as
de cura em estudo fo ra m de 3,
lo s se m tr at am en to sã o ta m bé m ap re se nt ad as .
relativas aos casos de so
A. Anderson da Silva s · ·
eganr;n, e M. A. de Morais Alcdntara

a) Ensaio de compressão simples e b) Feições do corpo-de-prova rompido por


compressão simples.

Fig

d) Feições das superfícies de ruptura no ensaio de compressão


e) Ensaio de compressão diametral e
diametral o
Figura 8 - Caracterização de corpos-de-prova rompidos por esforços de compressão simples e por compressão mate
diametral. sua,
relaç
dar;

0nct1
Sitn,
E
CC)r
Obtj
28das

ºPor

3000

2500

2000
Solo LT
1500

1000

500

Deformação (%)

Figura 9 - \ ariação com o rempo no componamento do solo com relação à tensão e a deformação para solos
mpressão rraraeos com caJ (Fonte: Alcântara, 1995).
pressão Com relação ,à resistência à tração. o material solo-cal se comporta como um
material frágil. A medida que o solo estabilizado experimenta o processo de cura,
sua ductilidade vai perdendo em magnitude. Como referência, apresenta-se uma
relação encontrada por Thompson (1966) para solos do Estado de Illinois. O valor
da resistência à tração pode ser dado por:

S r =O.uq
(Equação 1)

onde: ST é o valor da resisténcia a tração e q" é o valor da resistência à compressão


simples.
Esse va,or e apresenta compatível com os encontrados para solos brasileiros.
Contudo de ·e ficar como um indicativo, devendo-se confiar sempre nos valores
obtidos p · de ensaios de laboratório.
., A. .4ndar.ton4a SUvas.- -.:
•1
.,_ ,.,.oral.,
11-N•ft' f! M. A ......
u Alatntara
ma outra mane.
a estabili zaçã ira de se ilustrare
ensaios triaxi~s~ ~ cal é por m::Oas transformações reoló .
para o caso do La Figura 10 mostra das envoltórias de do SOio
.HR. q\lando
M8""' ~
distingu indo tosolo Vermelho E resultadosR)de ensaios triax.iais ...,_, ein
-se os tem d scuro (solo
confjmamen to dad pos e cura dad ' estabilizado •._.i~
as por 50 kPa, 100 kPos por 3, 28 e 120 dias •com 6%
e as ten~ de cai ,
a e 200 kPa • -...;;S de

(Solo R) 03 DIAS DE CURA


1 0 0 0 r , - (So1o:--R~)r - - - ~
1

28 DIAS DE CURA 120 DIAS DE CURA


(Solo R) 1SoloR1
1500

1000

500
:
,r
I
-

~~
1
o
r
.500 "
: ~~ ./ /
-1000

-1500
--
-2000 ... 1000 . .
o 2000 3COO
1 1 TENSÃO TOTM. ll<Pa
TENSÃO TOTAL (kPa)
Figura 1O - Variação com o tempo e tensão confinante no modo de ruptura de solos tratado- com cal em ensaios
triaxiais (ALCÂNTARA, \ 995).

Pode-se notar, na Figura 10, que, para o material estabilizado com cal e período
de cura de 120 dias, as envoltórias de tensões se apresentam quase como cúculo
concêntricos, não sendo mais relevante para esses casos o valor da ten ão de
confinamento. O solo pas~a, então, a se comportar dotado de rigidez.
Quanto ao aumento do Indice de Suporte Califórnia (CBR). quando consideradas
as aplicações rodoviárias, uma observação importante deve . er con iderada,
conforme Pinto (1985). O valor apresentado para a melhoria do CBR do ~o~o
estabilizado com cal pode exibir vantagens que exprimem uma contnbwçao
cowu1.1~~
,ifveldefl
enquanto a e
substancialmente ã tb : 'M
bI1JSCamente para um patamar n o
decorrência da ruptura de ligações. Consi
alcançado para a capacidade de s u p o r te e ~
seja menor do que o valor alcançado e m s ô l
sistemática para os solos s e m tratame e n s aio s .,
- - ., ~
considerável perda de resistência, o va n to . C o n tl ld o ;..-.: U J ~
apresentado para o solo sem tratamento, c lo r fin al é relativamen
onforme apresentado pelo a ü ~
se tem um C B R final de 4 2 para o solo tr
tratamento. a ta d o, c o n tr a u m de 1 2 para o so]
Em face das propriedades higroscópicas
d o solo, o material solo-cal fica sujeiU>
à absorção e à secagem. D a porosida
de e d a s possíveis conexões entre o s po
podem se estabelecer os canais capilares, ros,
permitindo a ascensão capilar e a difusão
interna. A durabilidade d o material re
mete necessariamente aos fatores d e
intemperização, existentes no caso dos cic
los d e absorção e secagem e d e dilatação
e contração frente às ações térmicas.
A estabilização dos solos te m p o r f im
minimizar esses efeitos, havendo, no
rmalmente, correlação entre o s valore
encontrados para as propriedades mecân s
icas e os d e durabilidade. S e n d o o solo-c
um material estabilizado quimicamente, al
certamente goza d e propriedades b e m m
favoráveis d o q u e as d o solo não estabil a is
izado.
2 72 .8 Solo-cal p a r a a fa b r ic Q fã o de co
mponentes de al,venaria
Uma solução p a r a os materiais d e co
nstrução e m te r m o s d e c o m p o n e n te s
alvenaria p o d e s e r o uso d e tijolos de
o u d e blocos d e s o lo -c a l. E s s a s o lu
viabilizada q u a n d o e x is te m propriedad ção é
es pozolânicas n o s s o lo s a s e r e m u ti li
Recomenda-se o u s o d e s o lo s prefere zados.
ncialmente d o s h o r iz o n te s " B " o u "
caracterização final d o material s e r á C". A
feita e m f u n ç ã o d o s fa to re s te c n o ló g
ensaios solo-cal, o s q u a is f o r a m a p r e s e n ta d o s n o ic o s d o
it e m 2 7 .2.6.
C o m o r e c u r s o s te c n o ló g ic o s p a r a a
p r o d u ç ã o d o s c o m p o n e n te s , tê m - s e
prensas, q u e p o d e m s e r a d q u ir id a s n as
o m e r c a d o , e s p e c íf ic a s p a r a a f a b r ic
ríodo blocos e 6jolos p r e n s a d o s . A u m a p r e ação de
s s ã o d e 1,8 M P a , p o d e m - s e f a b r ic a
[CUfoS processo a u to m á ti c o a té 1500 ti jo lo s r por
p o r d ia .
~o de Os tijolos e blocos d e s o lo - c a l p o d e m
s e c o n f ig u r a r n a s o lu ç ã o a d e q u a d a p
casos e m q u e o s u s u á r io s te n h a m f ara os
a m il ia r id a d e c o m o s o lo , m a s n e c e
·adas autonomia p a r a a p r o d u ç ã o d o s m a te r s s it am de
ia is . O p r o c e s s o te c n o ló g ic o é s im p le
de u m s is te m a d e p r o d u ç ã o n o c a m s . D e n tr o
p o , o s o lo é d e s to r r o a d o e p a s s a d o
peneira d e a b e 1 tu ra d e 2 m m a 3 m e m uma
m , s u s p e n s a p o r u m tr ip é . A s e g u ir
adícion ad , a caJ. d en tro d o te o r e s p , pode ser
e c if ic a d o . A á g u a é a d ic io n a d a d e
pouco em
""~•SIiva S.BGlllfnJ ~ M· A -lkMoralaAlcdn,a,u
pouco, fazendo -se 1
desejado de umi~ ongo do processo. o tes
9W10do na con~;; ..: aqdeuele que permite o in'~ parada saber se foi alcan.....~
Jmporta n •u.-,,.au um ..boi ., iCIO exsudaçã de -..,.....o O l)()
mate . . te é que a mistura . o com a pressão das mã o U got1cu1as de,111a
. nrus. para se evitar seJa recoberta durante os. ma recome &ua
unporta ntes. que são as ~nat ação da cal e ~=. "" de f a b r \ ~

ficaz.es. conforme relatam . o


!
:'°tegid o. à sombraA cura pozol:lmcas. A cura dos
~
~~:,:a as ~ , ma~.
hvre e a cura úmida tê . 1?<X1e ser em \0c !\
suas experiências. Segund P1cclh1 & Cincotto ( 1986) e A\canmtaras1do consider 6 au:
aumentaram O o re ato dos t et al. ( \ 99 !\
iode d quando considerados au ores. os valores de resistência ) en,
. ~n entemente das cond· - os tempos_ de cura de seis meses ,mccanica
imersao em solução alcar içoes de exposição: sob galpão ao arp\~a um an(),
Os p · . . ma. • 1vre ou
,.. . nnc1pais requisitos de d \X>r
mecam ca, durabilidade e~empenho para uso em alvenaria são· .. ~
esses requisitos tende a·s:tanqu~1!:"'de e absorção. De modo geral, o ab!.::;""tência
o process o de estabiliz"a - s~u ~eo e dependente do teor ótimo de cal n:ncnto a
. i.: & . çao qumuca dos sol d . d . . , visto qu
icem
· Cmcott o ( 1986) constataram oslh eve
· m · uzir à cimentação dos solose
,..
P
ensaios de resistên cia m ,.. . ~~ onas s1multaneas com rela ã ·
material após ciclos de :am:a e de durab~hdade. avaliando-se a perda de
de cal situado entre 691 er;~ e escovaçao quando considerada a variação do t do
,;;~.:as
~
desempenho da cal d e , º: que era o teor ótimo. Verificaram também qu""'
Como valores , º. bpo cálcica era melhor do que o da cal dolomítica. eo
tijolos de solo-calrmmmoJ a serem alcançados para a resistência mecânica do
ciment o, dados 'cons1 eram-se os mesmos adotados para os tijolos de solo~
MP por 2 ,0 MPa para o valor mécho de res1stencia e nunca infe ·
:.. a para o valor individ ual. Para os casos de absorção de âgua O valor n?~.ª
17
nao deve _ser ~upenor a 20%, e o valor individual não deve ultrapa;sar 22%m~i::'
ressalv a e feita para os blocos, nos quais o valor da resistência mecã.nic~ d ª
supera r 1,5 MPa, e o da absorção, que deve ser no máximo 20%. Em a1;e
caso~, :sses valores não são alcançados; em outros, podem até ultrapassar::
condiç oes de dese~p enho, em função do tipo de solo e do tipo da cal.
Do ponto de vista da pres~nça ~~ umidade, cabe salientar-se o que já foi
apresentado para o solo-ca l, pois os t1Jolos de solo-cal estão sujeitos aos mesmos
proces sos que envolv em os materi ais higroscópicos, dotados de poros
permit indo, portan to, a ascensão capilar e a difusão quando em contato com~
umida de. Deve- se, então, atentar para as condiç ões de execução e de
imperm eabilid ade do revesti mento, de modo a proteger a alvenaria da presença Quadr

daOutro
umidaaspect
de. o interes sante dos tijolos de solo-cal é a regularidade dimensional,
resulta nte da produç ão por prensagem, que favorece o processo eY.ecutivo da
alvena ria. Ainda convé m consid erar, em se tratand o de alvenarias, a fixação do
revest imento . Confo rme Associ ação Brasile ira de Produtores de cal (ABPC,
1988a ), o materi al tem demon strado bom desem penho quanto ao recebimento de
aplica ções de chapis co ( 1: 3) e de argamassas ( 1:2:9). além de pJnturas c?m calda
de cimen to ou látex. Embo ra existam precauçõc~ quanto a necessidade do
A estabilização solo-cal e m pavim
necessidades particulares d e c a d a cas e n to s é a d o
o, muitas d â s quais
intervenções que sã~ relacionadas, p o r exemplo, a o re
que é ~ m caso m~uto c o m u m para e fo rço d o s o la ito
execuçao d a p r ó p n a d a base o u à melh s s e ti p o d e e s ta bilização, 011
primeiro caso, d e melhorias d o subleito o ri a d o s o lo c o mponente d a b a s e .
, podem s e r considerados, p o r e x e m p lo ,
caso dos solos argilosos e sílico-argilo o
s, instáveis mecanicamente o u sujeitolf
expansão. P a r a o s casos d e melhori à
a d o solo p a r a a construção d a b a s
consideram-se materiais c o m o o cascalh e,
o argiloso, o cascalho oriundo d o rejeito
pedreiras o u a ~ britada suja p o r argil de
podem s e r considerados são o s d e re a . O u tr o s c a s o s particulares q u e ainda
parações de pavimentos e d e tratame
primário p a ra a diminuição d o índice d nto
e plasticidade e m rodovias.
O tratamento p o d e , conforme o caso, es
tar vinculado a o u s o d o s o lo lo c a l, in s it
ou recorrer a u m a á re a d e empréstimo u,
. A isso estão relacionados fatores té c n
tanto d e o r d e m construtiva operacion ic o s
al c o m o da caracterização d o s solos
exemplo, a p re s e n ç a o u n ã o d e u m a u . Por
sina p a ra a fabricação d a s m is tu ra s n o
da obra, o u a qualificação d o s solos lo lo c a l
cais. U m a análise g e o ló g ic o -p e d o ló g
imprescindível p a r a a localização d e u ic a é
m a á r e a d e e m p ré s ti m o . R e c o m e n d a -
geral, o uso d e s o lo s d o s horizontes se, em
" B " o u " C " , o u o s s o lo s ti p o " A 6 " e
segundo a c la s s if ic a ç ã o H ig h w a y "A7",
R e s e a rc h B o a r d ( H R B ) .O s te o r e s
requeridos p a r a a e s ta b il iz a ç ã o d e v e m de cal
esmos m e io d e e n s a io s g e o té c n ic o s , p r
s e r definidos c o n f o r m e a o r ie n ta ç ã o d
ada por
poros, iv il e g ia n d o - s e , s o b r e tu d o , o s e n s
g ra n u lo m e tr ia , o s re la ti v o s a o s ín d ic , a io s d e
com a e s d e c o n s is tê n c ia e o e n s a io d o ln
Suporte C a li f ó r n ia , C B R . C o n tu d o , c d ic e d e
e de o m o v a lo re s in d ic a ti v o s , p o d e m s e r u
os d a d o s fornecidos p e la A B P C (198 ti li z a d o s
8b), c o n f o r m e m o s tr a d o n o Q u a d r o 6 .
Quadro 6 - Teores de cal recomendados co
nforme a natureza do solo ou o tipo de aplicação (ABPC,1988b).
·onal,
Teor de cal com
o da Tipo de solos ou tipos de relação ao peso seco
1

o do aplicações Exemplos
do solo
PC, (%)
de Solos granulares 2a4 Construção de uma base
lda Solos argilosos 3a6 Reforço de subleito
Redução do índice de la2
do plasticidade dos solos
Melhoria de solo para a
construção da base.
Os procedimentos con trutivo8
upertTcae om o au Oao da to normalmente requerem a prc
base. Providencia se. e m se -rgrafia. definindo-se a geometria d a ~ ~
para o leito pn:parado. No e~~~· des~onte do solo de jazida e seucatnada \\e
0

escariflcação do subleito com u e se u~ihzar o próprio solo do local, ~ ~


da granulometria deve ser rea~ ~scanficador de garfo ou de grade. O c~a-sc a
sucessivas. A distribuição da cal zado em ~mbos os. casos com pu\ven~r~\1:
cal cm locais pré-definidos . ~ e s:~ feita por mem da colocação desa. ç'->e._
or aspersão ele 1c·1t ~ d I ou l:om aux1ho de espalhadores pneumáticos oco~ de
P · e e ca conte d 35C¼ d · , . · • u a1n%
escarificadorc s de gm1<> <l u· .. n o . º. e cal.~ mistura mt1ma é realizada .
umidade ótinr . . : . isco ou rotativo. Então, pode-se realizar o ac \ll.)r
rol .. ~ d <.:<~m o aux1lm de ..carro-pipa", e a compactação com au e~o d;,.
0 pc -de.-carnciro" ou o rolo liso. Segundo aABPC (1988a) o· pe, d Xího d()
para esse t1 d .· - . · no ode
b 'f · · po e situaçao vana entre cinco a sete dias, podendo ser feit c:ura.
º":ª.st~imcnto ,de
água para manter a superfície úmida, ou pelo selo ~epe\()
revc •mento a base de material asfáltico. Quando se trata de reforço ou sub-bum
a etapa da cura pode ser dispensada, podendo-se aplicar imediatamente a ca a<;,e,
de solo-cal para a base e proceder a compactação. mada
Em alguns casos, a mistura da cal e o acerto da granulometria do solo pode
demanda~ duas fases, com um período de cura intermediário de um a quatro di m
Isso se da em especial quando o solo é muito argiloso. Dessa forma, os torr:·
podem se adequar às condições de se terem 100% passando na peneira de 38 ~
e 60% na peneira de 12,7 mm.
A Figura 11 mostra o instante da realização da compactação do material na
pista com um rolo "pé-de-carneiro" após a mistura da cal, e a Figura 12, a
execução de serviços de pavimentação urbana a partir da utilização de misturas
de solo-cal. Ressalta-se que os serviços podem ser executados utilizando-se de
mão-de-obra local, preparada exclusivam~nte par~ esses servi_ç~s, pe~~do as
prefeituras realizarem os serviç~s de pav~entaçao_ por adrmrustraçao drreta, 0
que minimiza os custos dos serviços de pavunentaçao.

l .

-
- da mistura de solo-cal (Fonte: ABPC)
Figura 11 - Compactaçao
F ig ur a 12 - Pavimentação urbana co m
o us o de solo-cal (Fonte: A B P C )

Os controles que podem ser apontados para


com cal são a curvatura e as dimensões o s ca so s de estabilização d e sotóí
distribuição da cal, verificado pela variaç do le ito , a g ran ulometria do solo, a
corriqueiros de validação em obras dados ão d o p H n o leito, além dos ensaios
pela área de pavimentação.
27.2.10 C o lu n a s solo-cal p a r a a m e lh o
r ia de propriedades g e o té c n k a s e
reforço

As colunas de solo-cal têm por fina


lidade a obtenção d a melhoria das
propriedades geotécnicas dos solos, tais
como os parâmetros d e resistência ao
cisalhamento e de permeabilidade do
s solos. Como se verá nesta b r e v e
apresentação, essas melhorias são obtida
s explorando-se o s fatores positivos da
interação entre a coluna criada no solo
e o solo e m to m o da coluna, conform
princípios geotécnicos. e
O processo tecnológico d e constru
ção das colunas d e solo-cal é apresenta
em Juran e t al. (1989). Ele envolve a m do
istura dos solos in situ c o m a c a l. P a r
tanto, um equipamento perfurador g a
iratório é mergulhado n o s o lo até
profundidade requerida p e lo comprime a
nto d a coluna. A c a l é f o r ç a d a p a r a d e n
do solo p o r m e io d e a r comprimido. O tr o
afastamento d a b r o c a s e d á le n ta m e n te
modo a se p e r m it ir a m is tu r a c o m p le ta , de
d o solo c o m a c a l e a c o m p a c ta ç ã o .
A ação das colunas d e solo-cal reside n
o fato d e q u e a tr a n s f e r ê n c ia d e c a r g a
entre a c o lu n a e o s o lo é s im il a r a q
u e é e x p e r im e n ta d a q u a n d o u m a e s ta
introduzida n o solo. I s s o im p li c a u m ca é
m o v im e n to relativo m u it o p e q u e n o e
coluna e o so lo , c a p a z d e d e s e n v o lv n tr e a
e r a c o m p le ta a d e s ã o e n tr e o solo
superfície d o e le m e n to . D is ti n g u e - s e e a
, e n tã o , o s o lo n ã o tr a ta d o , e m to r
coluna , e a c o lu n a , o s q u a is s e m o v e m no da
c o m o u m a u n id a d e . A s d e f o r m a ç õ es
coluna s ão tr a n s f er id a s p a r a o s o lo e n na
tr e e la s . S e n d o g r a n d e a á r e a d e co
entre o se o e a s c olu n as , o v a lo r d ntato
a p r o f u n d id a d e n e c e s s á r ia n ã o s e r á
muito
A:Anditl.,,, c6I BUva . .,,,.,,,., • M A ,i. n'IOl'GQAlc
... dntani

elevado para que ha·


entre os grupos de ~a a complet a transti
9
.
~
compre ssibilid ade e~taca e as colun erênc1a de carga. A difere
resistên cia de pontaw:i~n_clulsão. Em am.:s : solo-cal é defonna ~m~Ci\> a\
As vantage ns que inc podeusão. casos, considera-se a~-"'
uu1Uê'UG.Ue• e a.
tratame nto são o m ser advind ncia <i.
control e do aument o da capacid ad as para o solo em dec ~

são iguais e~
colunas s- .
1:~
Como supo~ que diferencial e a acele:'ad: carga do terreno, adi~':;? "~• <lo
os _projetos de colui::
0 solo e da e 1 . ca : tem-se que os
l,,a,:'~
0 delconso \idação d;~~e ()
no.
dos módu~~s c~;:;~:~~~~:J~~ticas
so1oeda coluna.
·, ':.,~~':;
0
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Sugestões para estudo complementar
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Construção de paredes monolíticas com solo-cimento compactado.
São Paulo: ABCP, 1985a. 8 p.
_ _ . Fabricação de tijolos de solo-cimento com a utilização de prensas manu ais. São Paulo: ABCP, 1985b. 8 p.
_ _ . Fabricação de tijolos e blocos de solo-cimento com a utilização de prensas hidrá áullc as. São Paulo: ABCP, 1985c. 5 p.
_ _ . Solo-cimento na habitação popular. 2. ed. São Paulo: ABCP, 1987. 12 p.
ASSO CIAÇ ÃO BRA SILE IRA DE NOR MAS TÉC NICA S. NBR 8492 : Tijol o maci ço de solo- cime nto - Dete rmin ação da
resistência à compressão e da abso rção de água . Método de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 1984. 4 p.
CARVALHO, J.; CORTOPASSI, R. S.; CORTOPASSI JR. R. S. Análi se do comportamento do solo-cimento plástico para uso em
fundações . ln: CONGRESSO BRASILEIRO DE MECÂNICA DOS SOLOS E ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES, 9,
Salvador, BA. Anais. v. 2, Salvador: ABMS, 1990. p. 403-408.
CORTOPASSI, R.S. Solo-cimento plástico para fundações de baixo custo no Distrito Fede ral Brasília, DF: DEC, Universidade
de Brasília, 1989. 43p.
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de tijolos prensados de solo-cimento. ln: CONGRESSO BRASILEIRO 00 CONCREfO, 48. 2006, Rio de Janeiro. Anais do
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