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826 \V.

Lo11g 11i11i Repette

co nc re to s e te m el ev ad a re si st ên ci a à ág ua do m ar e a m eios
co ntendo
su lf at o . O ci m en to de es có ri a- si li ca to de só di o de se nv oJve
re sistênci a
ra pi da m en te e po de se r em pr eg ad o na fa br ic aç ão de pa in éi s e
el emento s
pr é- fa br ic ad os .
O cimento de retração compensada, também chamado de cimento ex
pansivo
é empregado em concretos, argamassas, grautes e pastas de injeção. Su a pr
incipai
caracteóstica é possuir retração quase nula, ou m esm o promover ex
pansão. É
empregado em tabuleiros de pontes , construção de pisos sem j untas,
construção
de reservatórios e sempre que a diminuição de volume não é tole rada
, como em
grautes de embasamento de máquinas industriais de precisão e de pree
nchimento
de vazios em estruturas de concreto armado e protendido.
O cimento ultra.fino é produzido a partir do cimento portland e, graç
as à sua
elevada finura, é utilizado, po r exemplo, no preenchimento de fis sura
s de rochas
e concretos e na recuperação de pisos de elevada durabilidade.
O cimento geopolimérico pertence a um a classe totalmente nova de m
ateriais ,
os polissialatos . Su a obtenção envolve reações de polimerização de el
ementos de
silício e al um ín io , resultando em um material de ex tr em a re
sistência e
compacidade. Ainda em fase de desenvolvimento inicial, vislumbra-se
que possa
se r empregado co m vantagens co m o substituto do cimento portland em
diversas
aplicações.
O cimento esférico apresenta grãos pequenos e arredondados. Sendo
ainda um
protótipo, te m potencial pa ra consumo em larga escala. Possibilita a pr
odução de
concretos e argamassas co m elevada fluidez a um consumo reduzido
de aditivos
superplastificantes.
O ut ro s ci m en to s ap re se nt ad os ne st e C ap ít ul o sã o: o ci m en to
natural,
ob ti do a m en or cu st o e de in te re ss e pa ra a re st au ra çã o de ob ra s
históricas;
os ci m en to s de m ag né si o, de nt re el es o ci m en to So re /, qu e te
m elevada
re si st ên ci a à ab ra sã o e pe ga rá pi da , se nd o em pr eg ad o em m at
er ia is de
reparo; o ci m en to de be li ta , qu e é um ti po de ci m en to po
rt la nd , porém
pr od uz id o co m m en or co ns um o de en er gi a e m en or li be ra çã
o de gás
~ h ô n ic o na at m os fe ra ; e, fi na lm en te , o ci m en to de pe ga
rápida.
ad o pr in ci pa lm en te no re pa ro do co nc re to em in dú st ri as
e
en to s, on de a li be ra çã o ao us o de ve se r a m ai s rá pi da po ss ív el .
Os
pe ci ai s aq ui ab or da do s nã o se li m it am ao s di sp on ív ei s no
á 'll or m al iz aç ão br as il ei ra pa ra os ci m en to s apresentados
to expansivo
· Su a Principai
r expansão. É
, construção
ada, co m o em
reenchimento 26.2.1 F ab ri ca çã o
, gr aç as à sua O desenvolvimento do processo industrial de produção do cim
ras de rochas ento de
aluminato de cálcio remonta ao início do século 20. Objetivando a pr
odução de
um ci m en to co m el ev ad a resistência ao ataque de sulfato
de materiais s, os trabalhos
desenvolvidos po r B ie d, nos laboratórios da companhia J. & A . Pavin
el em en to s d; na França, resultaram numa patente, de 1908, que descreve o pr
de Lafarge,
ocesso de
es is tê nc ia e obtenção de um cimento através da fusão de calcário e bauxita, ou
se qu e po ss a de outros
materiais contendo elevados teores de alumina e baixos teores de ferr
em di ve rs as o e sílica.
O cimento aluminoso é, modernamente, obtido po r fusão de bauxita e
pedra
calcária em fornos abertos de reverberação. A vantagem desse tipo de
do ai nd a um forno é a
promoção de m en or contato entre o produto da fusão e os gases or
pr od uç ão de iginados da
de co m po si çã o da m at ér ia -p rim a e da qu ei m a de co m bu st ív el
de ad iti vo s pa ra se u
aquecimento. A bauxita empregada tem, geralmente, em to m o de 40
% de A l20 3
e, preferencialmente, não mais do que 20% de Fe i0 e 6% de S i0 •
3
to na tu ra l, A pó s a fusão da matéria-prima, o que ocorre a aproximadamente 14 2

hi st ór ic as ; 00ºC, o
líquido é vertido continuadamente em moldes pa ra qu e oc or ra o resfria
.. m el ev ad a mento. O s
blocos ou lingotes de clínquer resultantes desse processo são queb
rados e as
.a te ri ai s de partes reduzidas a partículas finas em moinho de bolas. A energia
de m oa ge m
nd , po ré m necessita se r elevada, já qu e o material, qu e se assemelha visualmen
te à pedra
ão de gá s basáltica (pedra ferro) , te m elevada dureza. Diferentemente do qu
e ocorre na
a rá pi da , fabricação do ci m en to portland, no caso do cimento de aluminato de
cálcio nã o
clú s tr ias e há adição de gesso e o controle da pe ga se dá pelo proporcionamento
da matéria-
s sí ve l. O s prima utilizada na fabricação (S C R IV EN ER e C A PM A S, 1997).
rn ív ei s no O m es m o pr oc esso po de se r empregado pa ra a produção de
cimentos
·e se nt ad os refratários ou de co r cl ar a, co m a diferença de que a ba ux ita é su
bstituída po r
alumina re fi na da , re du zi nd o drasticamente os teores de ferro e silício
no produto
final . N es se s ca so s, a pr od ução também po de se da r po r sinterização
em fornos
rotativos e cont ín uos, si m ila res ao s utilizados na fabricação de cimen
to porland.
1é ri ca do s 26.2.2 Composi çã o e classificação
C A em
e. O principal co m post o do ci m en to de alum inat o de cálcio é ~ monoa
m in os o . lumin~to
de cálcio (CaAl O ou CA em no m en cl at ur a de ci men to). N os cllllen
·d in ár io s, 4 tos de m ai or
teor de al umina~o, al ém do CA , ta m bé m sã o ve rific ad os CA (G ross
2 ita) e C 12A1
H2H w J,1m,:u1111 R,•p,•11,·

(Maycnita ). A síli<.:a es tá presente nos compo. tos C' ,.. e C , \S .l.í a mairn parte do
kr ro aparece co mo co nstituinte do ~ ,F- :F, que ll' m inL·o1 pora~·ao de TiO
Si(>, l' MgO . Nos ci mentos aluminoso, . o teor de C \ e tk . apro , 1111ada mcntc,
50 '*· e o de fcrrita é <le 20-40% (massa). Uma pequena qu untid ad t de porção
40:
ví trea wmbé m pode es tar presente. uma vc , que o 1\.'sfrianu: nto
da porção
superfi cial do s lin gotes moldado, com d mqucr liquido pode ocorrer mais
rapidamente do qu e na pa rte interna. Os principais oxidos do CAC são Al Q
C'aO , SiO i e Fc J0 1 e FeO (SCRlVENER e CAPi\ l ... 1997). 2
.1,
Em função do s compostos p1i ncipai ·. os imcntos de alumin ato de cálcio
atualmente fabricados pode m ser elas, ificados conforme Q uadro 1.
C) umlro 1 · Clussilicação dos cimentos dt! alumin,lh, dl' l'aki\1 l ' III fu11~·110 du <.' <>mp<N
~·fio
(adnptndo de CR I\ ER e (' \ P~ I..\ ~. t'll>7),

C. _. tfl ca çlo AliO, CaO 8102 Fe20a + FeO


Padrlo, alumlnoao ou de 36-42 36-42 3-8
baixo tlo r de alumlna 12·20

llalxoe tlo l'N de alumlna e 42-60 36-42 3-8 1·3


,."º
ll6dlo tlo r de alumlna 65-75 25-35 <0 ,5 <0,5
AMo tlo r de alumlna ~ <20 <0 ,2 <0,2

26.2.3 Hidratação
A temperatura é o principal fator que detcrminn o tipo de produto formado na
hidratação do CAC e o tempo de pega do cimento.
Os principais produto formados da hidratação do C A são CAH a
10
temperaturas abaixo de 27ºC, C2AH e H.l {gel) entre IOºC a 40ºC e C AH6e
3
AH, (gel e gibsita) acima de 40°C. bai. o de IO' predomina a formação de
CAH10, que é inexistente em temperaturas maiores que 27ºC. Temperaturas
~riores a SOOC produzem e clu i am nt ., H(l 'Y- H3 , como ilustram os
.._,gramas de raios X apre entado na Figura 1. om a passagem do tempo ,
o ue se chama de conv rsão ou ja. a transformação de C AH 10 e C2AHs
e . Taylor (1997) incli a qu • quando o único constituinte ativo do
1m:te4;A, a hidratação abai d 1 promov , principalmente, ª
qu para im nt qu nt m 1 7 o 2AH8 é o principal
a baix raturas.

(Equação 1)
(Equação 2)
(Bquaçl03)
CAC anidro

ição

~+F eO Hidratado à 700C


12-20 5 10 15

1-3
Figura 1 - Espectr ograma s de raios X de amostras de CAC anidro (baixo teor de alumina) e pasta hidratada às
temperaturas de SºC e 70ºC na idade de 24 horas (a/c=0, 4).
<0,5
<0,2
O mecanismo de hidratação é complexo e ainda não é completamente
conhecido. A teoria mais aceita é a de que se processa por dissolução
incongruente, seguida de precipitação. Do que se pode aferir pelas descrições de
Taylor (1997) e Odler (2000), o processo segue três estágios. O primeiro,
exotérmico , tem início imediatamente após o contato do CA com água, e ocorre
orma do na a dissolução do aluminato até o estado de supersaturação do Ca2+ e Al(OH)4- caq),
passando-se ao estágio dormente. Durante essa fase, ocorrem reações de
CAH10 a 2
nucleação, com as quantidades de Ca + e Al(OH)4-caq) mantendo-se próximas dos
eC3~ e seus teores de supersaturação. O terceiro é último estágio caracteriza-se pela
rmaç ão de massiva precipitação e pelo crescimento dos cristais hidratados. A redução dos
P.1peraturas 2
teores de Ca + e Al(OH)4-caq) forçam a dissolução de CA anidro para que a
llustram os supersaturação com íons aconteça e dê seqüência ao processo de hidratação. O
do tempo, período de indução é caracterizado pelo incremento da relação C/A na solução.
0 e C 2AHs Além da temperatura, a presença de C 12A7 afeta a concentração dos elementos em
e ativo do solução. Quando o cimento tem somente CA como aluminato , a relação C/A
Fen te, a máxima é de 1,06 e a pega ocorre dentro de 6 a 12 horas. Entretanto, quando
~ principal C12A7 também está presente, a relação C/Ap ode ter valores de até 1,20 e a pega
do cimento pode ser imediata.
O tempo de início de pega é maior entre, aproximadame~te, 24ºC e 3.,4ºC e é
0
parecido para temperaturas maiores e_menores do qu~ ~s~e mtervalo (ate 40 C);
uaçã o 1) Para o cime nto de baixo teor de alunnna, o tempo de 1ruc10 de pega pode ~er ate
10 vezes maior a temperaturas ao redor de 28ºC do que a temperaturas abaixo de
uaçã o 2) 20ºC. Uma hipótese que explica tal comportamento relaciona a.lentidão da pega
ao fato de que nem O cAH 10 e o CzAH8 se f01mam rapidamente a essa
uação 3) temperatura Além disso , também não há formação de C3AH6, que somente
830 W. Longuini Repelle

poderia resultar da convers ão. Como a hiclnt1m,;,io do <'AC é altamente


exotérmica, raras serão as ocasiões de aplicaç ão cm que a ll'lllpcratura da mistura
não ultrapassará os 35°C, de forma que, na prátic"t, o cf<..'ito do aunwnto do tempo
de início de pega entre 24ºC e 34"(' será de menor reJcvância . A pega finaliza cm
menos de 40 minutos após o seu início.
Outros elementos secundários podem ser obtidos pclH hidrat.1ção dos cimentos
de aluminato de cálcio, dentre os quais estão os hidrnlos formado s cm presença
de sílica, com destaque para gehlcni ta hidratada (C' 2ASJ 18) e o compos to cJc ferro- .,
aluminato hidratado, CiAF) H 6 , que rcsuJta da reação com compos tos férrico. .., 'H
.K~·~ : -t -
(SCRN ENER e CAPM AS, J997).
Os teores de água necessários à hidratação comple ta do CA para formação de probletnas c~n
CAH 10. C2AH8 + AH3 e C 3AH 6 + 2AH 3 são, respectivamente, 1,14, 0,63 e 0,46 uutura. part te
(significativamente superiores ao necessário~. hidratação do dmcnto portland, ao a.com conse
redor de 0,3) (TAYLOR, 1997). de conver~
26.2.4 Características da microestrutura ia à co1nprcs
d[~ ·enta u 111
A microestrutura formad a por CAH"' é extremamente fina , compacta, com ão da resist
pequena quantidade de vazios. Os cristais de CAJ J10 têm sistema cristalino tura
hexagonal prismático, com dimensfics ao redor de 1 µ m de comprimento e 0,2
µm de largura (observadas em pasta com a/cd.J,7 e curada a 12ºC) (TAYLOR,
1997), com densidade de 1720 kg/m1. Por sua vez, o C 2AH 8 , com sistema
cristalino hexagonal e densidade de 1950 kg/m , ocorre na forma de agregados de
1

placas com dimensões de dezenac., de micrômctros, como ilustra a Figura 2a. O


C3~ apresenta sistema cristalino cúbico, com célula unitária de 1.257 nm e
densida de de 2520 kg/m 3 • Ocorre na forma de agregad os de nódulos
equidimensionais com diâmetros individuais ao redor de 200nm, podendo estar
sobre as escamas de AH3 • A Figura 2B apresenta uma ilustração da aparência do
½~ em pasta de CAC hidratada a 60ºC e com 24-horas de idade.
do s cimentos
s em presenÇa
st o de ferro- 2CAH10 ~ ½ A H s + A H3 + 9H
st os férricos
3CiAHs ~ 2C3A H6 + A H3 + 9H
(Equação5)
formação de
, 0,63 e 0,46 Os pr ob le m as ca us ad os pe la conversão relacionam-se à altera
ção da
po rt la nd ,a o microestrutura, particularmente ao aumento da porosidade da pa st a
de C A C
hidratada, co m co ns eq üe nt e diminuição da resistência e da durabilidad
e. C om o
as reações de conversão resultam em liberação de água, ao longo do tempo a
resistência à co m pr es sã o atinge um valor mínimo, causado pe la conv
ersão, e
logo ap re se nt a um pe qu en o aumento, resultado da hidratação do
CA. A
pa ct a, co m recuperação da resistência, qu e na prática po de le va r anos, é mais ex
a cristalino pressiva
para m is tu ra s co m re la çã o ág ua /c im en to m en or es qu e 0, 50 .
M is tu ra s
en to e 0; 2 produzidas co m ág ua ci m en to menores qu e O,40 nã o permitem a form
(T A Y LO R , ação de
grandes vo lu m es de C A H 10 , sendo menos afetadas pe la conversão. Q
ue da s de
po m si st em a resistência à co m pr es sã o em mais de 50 % já fo ra m observadas pa ra
~gregados de cimentos
de ba ix o te or de al um in a e relações água/cimento maiores qu e 0, 40 . A
s reações
Fi gu ra 2a . O de co nv er sã o po de m le va r anos se ocorrerem a 5º C e po de m
se r qu as e
1.257 nm e instantâneas ca so ac on te ça m a temperaturas maiores do qu e 50 ºC (T
AYLOR,
ele nó du lo s 1997).
de nd o es ta r Para Sc ri ve ne r e C ap m as (1997), na prática, a oc or rê nc ia da s reaç
pa rê nc ia do ões de
conversão é in ev itá ve l, se ja m quais fo re m a temperatura e a um
idade do
ambiente on de es tá lo ca liz ad o o elemento feito co m C A C . Sa lie nt am
qu e, na
grande m ai or ia do s ca so s, a conversão de pa rc el a significante do co
ncreto se
dará até os pr im ei ro s 5-1 O anos de vi da do material, um a idad
e bastante
inferior ao te m po de vi da útil requerido pa ra a m ai or ia das estrutur
as. D es sa
forma, in di ca m qu e se m pr e se de ve pr oj et ar pa ra a resistência à com
pressão e
demais pr op ri ed ad es qu e o co!1creto te rá ap ó! a c?nvei:s~o do
s hidratos
metaestáveis. Pa ra qu e o ef ei to da co nv er sa o seJa nu nu no ,
ta nt o na s
propriedades m ec ân ic as co m o na du ra bi lid ad e, re co m en da m qu e, na
pr od uç ão
d~ concreto, 0 te or de ág ua m áx im o se ja de 0 ,4 0 e o co ns um o m
ínimo de
cunento de 40 0k g/ m3 •

26.2 .6 Características físicas

Os ci m en to s al um in os os m ai s di sp on ív ei s no mercad~ (p or
ex e~ pl o,
Cimento Fo nd u) co m ba ix o te or de al um in a, tê m co lo ra çã o cm za cl
ar3 o, fm ur a
Blaine en tr e 350~ m 2/k g e m as sa es pe cí fi ca em torno de 3200 kg /m • Q ua nt o
45 0
832 W. Longuini Repette

z6.z.1.
maior o teor de ferro , mais acinzentado é o cimento. Cimertr,0 de e l 1 ado e Blll
médio teor de alumina são mais claros. Os cimentos produzidos com lumina rodttZ
refinada podem apresentar cor branca. ~odenc
O calor de hidratação total é da ordem de 500 kJ/kg, similar ao do cimento 5jrriiJar
portland comum. No entanto, a evolução de calor é extremamente rápida, com cAC a
totais da ordem de 340 kJ/kg após 6 horas e 445 kJ/kg após um dia. Esse com~t
aspecto é fundamental para o rápido desenvolvimento de resistência nas idades ser íruc
iniciais, para o tipo de composto formado durante a hidratação e para as corn° t(
aplicações práticas, quando cuidados especiais devem ser tomados para que se É int
evite a fissuração das peças estruturais decorrente de gradientes térmicos das peç
expressivos. Lajes com 15 cm de espessura, concretadas sobre moldes de cAPM
madeira e mantidas à temperatura ambiente ao redor de 23ºC podem
desenvolver temperaturas ao redor de 70ºC no centro da seção logo após 9 26.2.7.~
horas de hidratação. Nessa temperatura, o elemento resultante da hidratação do
Adm
CAC é o C 3AH6 , e os efeitos deletérios da convenção não afetam o material.
é recoo
262.7 Propriedades concret<
desempi
26.2.7 .1 Resistência à compressão edema
Como ocorre para o cimento portland, a resistência à compressão do margma
concreto produzido com CAC depende da relação água/cimento empregada na portland
mistura. Concretos com cimento de baixo teor de alumina podem desenvolver Come
resistências aos 7 dias da ordem de 70MPa para a/c 0,40 e de 50MPa para a/c ~elhorc
de O,65. Tanto a resistência mínima após a c~nversão como a máxima após a drataçi
recuperação são proporcionais à relação a/c. A temperatura ambiente, o tempo que
de pega do CAC assemelha-se ao do cimento portland. A diferença ocorre no . gita
avanço da resistência, muito mais rápido no CAC.
Como não há uma relação direta entre as resistências do concreto antes e •licaç:
após a conversão, já que os fatores que influenciam a resistência são muitos e a pe
de difícil controle na prática, um desafio que ainda persiste é o da definição de
condições padronizadas para a caracterização e o controle do concreto. Para o
controle de recebimento, a moldagem de corpos-de-prova prismáticos e cura
em água a 38ºC é o procedimento mais empregado no Reino Unido e na França
e visa acelerar a formação dos aluminatos estáveis. A resistência de controle é
a mínima resistência obtida após a conversão, já que, como visto, ocorrerá a
recuperação de parte da perda ao longo do tempo. Quando a cura tem início
Ioso após a moldagem, a 38ºC, a resistência mínima é obtida a 5±1 dias para
C.Qncreto produzido com CAC com baixo teor de alumina. A importância da
enção das condições de cura é evidente quando se observa que a
Qia mínima somente será atingida após 3 meses caso os corpos-de-
am submetidos a uma pré-cura a 18ºC durante as primeiras 24 horas,
i,H:.serem. mantidos a 38ºC (SCRIVENER e CAPMAS, 1997). Esse
i,am;et.d,a complexidade das questões relativas ao controle de
a~uzid.os com CAC.
'a Retração
.decorrência da elevada taxa de hitlFátãf
uzido com CAC ocorre intensamente nas primeiras~1i
ao do chn ent ~~n do ~er comp~ável a que ocorreria somente após 7 dl
te rápida, co~ ~a r feito com cnnento porland. Ao longo prazo, a retração dê cQU
~m dia. Esse CAC asseme~a-se a de_ concretos similares produzidos com cimento tflrr,
~a nas idades Co~~ ~ retra~ao o~orre mtensamente antes de 24 horas, as suas me diç ~áe:'m
ao e para as ser m1ciada~ 1med1atamente após o fim de pega ou no máxim0 pó 6 h
s par a que se como tem sido comum. ' , a s oras,
ntes térmicos É interessante _ressaltar-se que não são observadas alterações nas dimensões
e mol des de das peças produzidas com CAC durante a reação de conversão (SCRIVENER
23º C pod em CAPMAS, 1997). e
logo apó s 9
hidr ataç ão do 26.2.7.3 R~~istência a sulfatos e outros agentes agressivos
o material. , A durab1~dade do ~imento de aluminato de cálcio frente ao ataque de sulfatos
e reconhecida p~r diversos pesquisadores. Há descrições de casos em que
concretos produzidos com CAC e relação água/cimento de até 0,65 tiveram
desempenho satisfatório em águas e solos agressivos contendo sulfatos de cálcio
e de ~ag nés io. O desempenho em soluções de sulfato de sódio é, no entanto,
pre ssão do margmalmente inferior ao de concretos similares produzidos com cimento
mpr ega da na portland com baixo teor de C3A.
des env olve r Como salienta Scrivener e Campas (1997), muitos autores acreditam que o
~a pa ra a/e melhor desempenho se dá pelo fato de o hidróxido de cálcio não ser formado na
ixim a apó s a hidratação do CAC. Para eles, essa é uma explicação simplista, uma vez que se
·nte , o tem po sabe que os diferentes aluminatos de cálcio hidratados podem reagir para formar
~a oco rre no etringita, mesmo quando a concentração de SOi - na solução é pequena. A
explicação mais aceita refere-se à existência de uma camada superficial de muito
"reto antes e baixa permeabilidade, sobre as peças produzidas com CAC, que impede a
são mui tos e entrada dos agentes agressivos no interior do concreto. Essa camada, com
defi niçã o de espessura que pod e variar de 2 mm a 50 mm, é composta basicamente por
reto . Par a o hidróxidos instáveis e em maior quantidade por CAH 10 • A baixa permeabilidade
tticos e cura é associada à baix a porosidade, da ordem de 2-4%, em contraste com
e na Fra nça aproximadamente 17% da parte interna composta por produtos estáveis. Tanto a
le con trol e é penneabilidade como a porosidade podem ainda ser diminuídas caso o concreto
oco rrer á a sofra carbonatação.
'a tem iníc io Além dos sulfatos , concretos com CAC possuem excelente resistência à água
1- 1 dias par a do mar e a soluções ácidas com pH de até 4, <:u me~mo com.~H em tomo de 3
Çortância da para os caso s em que os compostos formados tem baixa solubilidade (TAYLOR,
erv a que ª 1997). Por outro lado , 0 CA C é atacado por meios ~calinos f~rtes, com P_!l
cor pos-de- maior que 13, uma vez O AH dissolve para forr o~ 1?ns almmnato, que sao
3
3.s 24 horas, lixiviáveis. Evidências experimentais reforçam a hip~te~e ;de que a elev~da
[997). Ess e resistência dos con cretos de cimento de aluminato de cálcio.e, em parte, ;devida
con trol e de a efeitos que imp ede m O ingresso das substâncias agressivas para alem das
camadas superficiais do material.
83 4 IV. Um gw m RepPtte

26.2.7.4 Degradação por hidrólise alcalina


Os concretos produzidos com CAC são especialmente vulneráveis a solu
ções
contendo hidróxidos aJcaJinos , especialmente em presença de C 0 . O
2 que se
designa por hidrólise aJcaHna é o ataque combinado de carbonatação e lix
iviação
alcalina dos aluminatos de cálcio hidratados e da alumina hidratada
(AI li),
resultando em lixiviação doAJ 20 3 na forma de do íon Al(OH)4 - (TAYLO
R, 1997;
SCRIVE. r:ER e CAPMAS , J997). Como resultado , o concreto pode
sofrer
redução drástica da resistência à compressão e aumento da porosidade. O os cha
ataque
é mais intenso em mjsturas com elevado fator água/cimento e m
antido cm ~ o na con.
ambiente com alta umidade. Em decorrência do ataque, também a . n
eflorescéncia de sais brancos na superfície do concreto. É de particular
ocorre uos c1 ~e
interesse com cun
o exemplo de ataque causado por álcalis provenientes de um conc
reto ou devido ao
argamac;;sa de cimento portland colocado em contato com o concreto de CA
C em ' em que
atmosfera contendo C 02 e elevada umidade.
do uso na
26 2. 1 5 C ar bo na ta çã o , 2000). A.
A s principais reações de carbonatação na pasta de CAC
hidratado são
(SCRIVENER e CAPMAS, 1997):

/J.G = -82,25kJ (Equação 6)


~ + 3C 02 -+ 3C aC 03 + AH3 + 3H20 /J.G = -230 ,41 kJ (Equação 7)
Devido à formação de carbonato de cálcio e de gel de aJumina, a carbonatação
causa aumento da resistência à compressão e diminuição da permeabilidade.

exceção para o caso de a carbonatação ocorrer em presença de álcalis
. como
descrito no item 26 3. 7. 4. Assim como ocorre para o cimento portland. a
caabonatação pode ser um fator de despassivação do aço em CAC, ap
esar de as
profundidades carbonatadas serem, geralmente, muito pequenas devido à
elevada
compacidade da camada superficial e ao baixo teor de água observado no
s poros.
11,.J!.1L, Corrosão das armaduras
o lúdroxido de cálcio não é um produto da hidratação do CAC, é comum
sobre a capacidade de o CAC promover a passivação do aço,
., ;m , a iniciação do processo de corrosão. Estudos comprovam que 0
~ poros da pasta de CAC atinge valores de 12.2-12,4 logo após
, mantendo-se nesse patamar mesmo após a ocorrência das
A .p a r do baixo teor de álcalis, o pH é mantido elevado
~ hidratados terem baixa afinidade pelos fons
que, nesses níveis de pH, ocorre 8
de aluminato de cálcio.
·vaç1o do aç.o no CAC hidratado,
• u ~ al m en te quan~o se
• ~ a fabncaçl<>
26.2.8 Usos mais comuns

Dentre os ch am ad os cimentos especiais, o CA C é, atualmente, o mais


empregado na. construção civil. É usado como aglutinante, como matéria-prima
p~ a ou tro s cm~entos e aditivos (por exemplo, cimentos expansivos), e em
misturas co ~ cim en to portland para conferir-lhes propriedades especiais. No
e~tant~. de vid o ao elevado custo, seu emprego restringe-se, principalmente, às
s1tuaçoes em qu e o cim en to portland não tem desempenho satisfatório,
encontrando uso nas situações qu e exigem grande resistência química e à abrasão
(ODLER, 2000). As formas de uso mais freqüentes estão descritas a seguir.
rat ad o são
26.2.8.1 Pis os industriais
Pis os industriais produzidos co m concreto de CA C, além de possuírem elevada
qu aç ão 6) durabilidade, apresentam:
• ele va da resistência à abrasão e ao impacto, adequado pa ra locais sujeitos a
trá feg o pesado e intenso;
• ma ior resistência a alterações de temperatura, podendo ser usado em
arb on ata ção co nd içõ es tanto de frio intenso de até -30ºC , como ocorre nas câmaras
i>ilidade. Há frigoríficas , quanto de forte calor, até 200ºC , como se encontra, po r exemplo,
ali s, co mo em fun diç õe s e indústrias de alimentos;
ort lan d, a • gra nd e resistência a produtos químicos e soluções ácidas (pH>4), típicos em
esa r de as laticínios (leite, gorduras), frigoríficos (sangue , gorduras) e indústrias de
o à ele va da ali mentos (su co s de laranja, tomate), po r exemplo.
no s po ros . Co mo o int erv alo en tre o iní cio e o fim de pe ga é mu ito pe qu en o, um
au me nto d a mã o- de -o br a e do nú me ro de eq uip am en tos po de ser
nec ess ári o pa ra pe rm iti r o ad eq ua do ac ab am en to do pis o em me no r esp ~ç o
t'l ,é co mu m de te mp o . O e mp rego de pro du tos de hig ien iza çã ? c?1? ele va d? pH (ma10r
;ão do aço , que 13 ) é de se nc ora jad o , po is po de pro vo ca r h1 dro hse alc ali na do CA C
varo qu e,,o hidrat ad o . C om o o ga nh o de resi stê nc ia é mu ito ráp ido , um a v~ nta ge m do
log o ap os uso do CAC e m rep aro s de pis os ou ou tro s co mp on en tes e o fat o de
rrê nc ia da s pos sib il ita r um pe qu e no tem po de pa rad a , co m ráp ida lib era çã o do trá feg o
io ele vado e retomad a da pr od uç ão na s ind ús tri as.
pe los íon s
oc orr e ª 26.2.8.2 Revesti1nento de tub ulaçõ es . AC
hid rat ad o,
°
Há dé cada s. d ev ido à e lev ad a res ist ên cia a _ácidos ~ ª sul fat os , C de
tem sid o en 1p reg ad o co mo ma ter ial de rev est imen to rnt ern ~ de ~a ~! da s
ua nd o se esgoto do mé sti co Po de ser ap lic ad o manu almen te em fadnas
-abrica ção ~ · . ál. u em ca ma as esp ess as ,
através do us o de de sem pe na de ira me t ica , 0
836 \\ I 011g11111i !~1·111 ·((1 •

como é o caso dl' nrgamassns ou co11c.: relos ,1pl i< :1do\ po, projeção. É
utilizado tanto. na produ~;no de novos t111>os. t orno 11< , 1c p:1ro de tub ulaçõc ·
s
degradadas (F1gurn 3) .

Figum 3 - Pmji:,;íln dl· mgnm11ss11 til• ll' Vl'~ l1111t·1110 p1rnh11ulu 1·11111 <A< ' 11111cw1>eni1riTo de cmwl ele
l11111spo1 ll' d1• l'spnlo ~111111(11 lo (l ,Al•AJ« JE, 2()() 1),

Os produtos de prolc,,;.io mais :ivançados são produzidos com CAC com


elevado teor de aluminato e agn:gndrn, dt· aluminato de cálcio, Os fabricantes
afirmam que os revestimentos possuum elevada resbténcia ao alaquc ácido que
ocorre na pa1tc acrada do tubo. Essa resistC·11c.:ia ocorre porque as características
mineralógicas dos aluminatos 111i11i111i/a111 a atividade microbactcriológica do
Thiobacillus thiooxida11.'i, rcspons,ívl'I pelc1 oxidação do sulfeto de hidrogênio,
diminuindo a produção de ,ícido sulftírico (l 12S04 J, que é agressivo ao material
de revestimento. Esses mesmos produtos podem ser empregados para a proteção
contra águas puras. salmoura e ,ígua do mar e para soluções ácidas com pH<4.
Também têm desempenho satisf'at<',rio e similar ao <.lo revestimento de cpóxi na
proteção de concreto cm torres de resfriarrn:nto (BERNDT, 2001 ).

26.2.8.3 Revestimento de pisos im.Justriais


As camadas de acabamento supcrf icial de pisos (toppings) foi tas com CAC
apresentam elevada resistência química e a abrasão, além de ganharem rcsistênci~
rapidamente, pennitindo a Jibcru~ilo du área para tráfego leve cm poucas horas. E
empregado em misturas com cimento portland, sulfato de cálcio, para promover
~ansão branda que combate u rctrm;iio e, por vezes, um polímero modificador.
Pata melhorar a aderência e diminuir u pcrmcubilidadc da mistura.
Concreto resistente ao calor
to resistente ao calor resiste a temperaturas de até 900- JOOOºC.
t&l produzido A d baixo teor de alumina (aluminoso),
u b álti , aditivo redutor de água e relação água/cimen;o
11
- -..... , • · -· mum , na composição do concreto o~ 0

u a1 1uje1tos a derramamento e respingo


Mml'l'il!! em fundições de produção de aço
Concrêtó refratário
êonereto refratáriot resiste a temperaturas de até 2000°<!.
de aluminato de baixo teor de alumina, pode resistir a tem
ximas de I 350°C. Para resistir a temperaturas mais elevadas, é necessáãd ô
uso de CAC com maiores teores de alumina. Em ambos os casos~ o emprego de
agregados convencionais não é adequado, e agregados à base de alumina são
treqilentemente utilizados. Taylor ( I 997) explica que o alto desempenho do
concreto refratário produzido com CAC deve-se ao fato de os hidratos sofrerem
conversão e serem desidratados quando aquecidos. A resistência mecânica atinge
seu mínimo por volta de 900ºC a 11 OOºC. Com o aumento da temperatura, ocorre
a sinterização entre a matriz e o agregado, resultando em uma ligação cerâmica
responsável pelo aumento das resistências mecânica e à abrasão. Da sinterização
çifo de cnnnl de geralmente resultam CA2 , C~ e óxido de magnésio-alumínio (MgA120 ).
4
O concreto (e também a argamassa) refratário é empregado tanto para
moldagens no local, como para a produção de elementos pré-moldados. Embora
o concreto refratário resista a elevadas temperaturas, sua condutividade térmica
com CAC com relativamente alta, de 0,15 a 0,50 W/m/K, faz com haja necessidade de se usar
. Os fabricantes isolamento térmico na construção de fomos e de equipamentos retentores de calor
taque ácido que (SCRIVENER e CAPMAS, 1997).
s características
acteriológica do 26.3 Cimento de escória
de hidrogênio.
sivo ao material Cimentos de escória, ou cimentos de escória álcali-ativados, são formulados
para a proteção com escória granulada de alto-forno e um ou mais ativadores químicos, que
·das com pH<4. aceleram sua hidratação. Os cimentos de escória distinguem-se dos cimentos
nto de epóxi na portland com adição de escória (ver Capítulo 25), uma vez que, nestes, o
). aglutinante é o clínquer portland, devendo, por isso, serem chamados de cimentos
portland com escória.
A escória granulada de alto-forno é um resíduo da indústria siderúrgica na
itas com CAC fabricação do ferro-gusa. Para o uso em cimento de escória, o teor de matéria
em resistênci~ vítrea - resultado do resfriamento rápido da escória líquida com água - deve ser
oucas horas. E elevado, preferencialmente maior do que 95% (em massa).
para promover
~o modificador, 263.1 Características da escória granulada de alto-forno
~.
Podem-se empregar escórias básicas ou ácidas. A porção vítrea da escória é a
f 900-1OOOºC ·
porção reativa. Com técnicas de resfriamento utilizando água sob pressão, pode-
se obter escória granulada com até 95% de porção vítrea em massa. Devido ao
a (aluminoso),
água/cimento resfriamento brusco a reatividade é maior na escória granulada do que na
oncreto ou do ~sfriada ao ar, que t;m porção cristalizada em maior quantidade.~ mai~r energia
~nto e respingo hvre faz com que a escória granulada entre em .dissolução ~ais r~~1damente
odução de aço quando em água, resultando mais reativa, com maior grau de hidra~li~1dad~ ..
Além da quantidade de porção vítrea, a basicidade e a compos1çao. q?uruca
afetam a reatividade da escória granulada. Entretanto, apesar das mumeras
1
betalhes sobre concretos refratários são apresentados no item 20.4.4 do Capítulo 20 - Refratários.
838 W. Longuini Repette

eq ua çõ es sugeridas pa ra a quantificação da basici~ad~ e sua rela


ção com as
propriedades do cimento hidratado, pesquisas tê m m di cado que nã
o há como
relacionar co m precisão es se s parâmetros. O co m po rt am en to do
cimento de
es có ri a de pe nd e das características dos materiais envolvidos na reaç
ão e, assim a
contribuição dos ativadores e su a interação co m a escória sã o fu
ndamentais.
R eg ou rd ( 1997) salienta qu e a m el ho r fo rm a de se av al ia r a reatividad
e da escória
é po r meio de ensaios de desempenho, sendo a resistência à co
mpressão 0
parâmetro mais em pr eg ad o. D e fo rm a geral, tem-se que:
• a reatividade da escória granulada é m ai or qu an to m ai or o te or de fa
se vítrea;
• o módulo hidráulico, da do pe la relação (C aO +M gO +A l 0 )/ Si 0
2 3 2) tem que
se r m ai or do qu e 1 e, preferencialmente, m ai or do qu e 1,5 pa ra que
a escória
apresente ad eq ua da reatividade;
• qu an do o ativador é de ba se sulfato, o te or de alumina na escória
granulada
necessita se r m od er ad o ou el ev ad o para qu e apresente hidrau
licidade
satisfatória;
• a relação CaO/SiO'.! de ve . preferencialmente, estar entre 1,15 e 1,
35, sendo
qu e o te or de C aO relaciona-se diretamente co m a capacidade de di
ssolução
da es có ri a gr an ul ad a e. portanto. co m sua reatividade.
Q ua nt o m ai or a finura da escória granulada moída, m ai or a taxa de
formação
dos produtos hidratados, efeito qu e é mais pronunciado nas idades
iniciais de
hidratação.
D e ac or do co m R eg ou rd ( 1997), a porção vítrea da escória granulad
a pode ser
caracterizada co m o um grande halo no difratograma de raios X na
proximidade
dos 30º (20 C uK 1). A fase cristalina. necessariamente presente
em pequena
quantidade, é co m po st a de melilita, mervinita, calcita e quartzo. fio mista
forma
26.3.2 Hidratação da escória granulada desejáv
A es có ri a gr an ul ad a apresenta pequena reatividade quando em contato com
a
água. Isso decorre da su a ba ix a dissolubilidade, resultado da formação de
uma
~ a d a po uc o permeável de hidratos deficientes de C a2+ qu e envolvem os
grãos
logo estes en tr am em contato co m a água. Pa ra que as reações de hidratação
co m m ai or intensidade e velocidade, es sa ca m ad a qu as e impermeáve
l
Je r desestabilizada, o qu e se dá pela elevação do pH do meio a va
lores
12,6 (VOINOVITCH e D R O N , 1976). Po r es sa razão, o principal
ativação química da es có ri a é a promoção da elevação do pH .da
o at aq ue hidroxílico da escória e, portanto, sua maior
- ,dependem da natureza e do teor dos ativa~ot:5
~ qu an to às principais etapas básicas.
lução do compostos e formação dos
r de fase vftrea·
S i( ) J tem qu~
que a escória
Z6.3.3 Ativadores químicos
ória granulada
hidraulicidade Os álcalis de sais silicosos e de sulfato
produção de cimento de escória. Os prin sã o o s m a is ~mp~gad~s .Para_ª
cipais tipos d e attvaçao qU1Ullca sao
e 1,35, sendo (REGOURD, 1997; MELO NETO, 2002):
• de dissolução a) ativação p o r álcalis - empregam-se hid . . _
silicosos de ácidos fracos ( R C 0 , R ró xid os a lc ~ o s _ ~ O H ) , sms ~ao
2 3 2S , R F ) e sms s il ic o s o s ~ o ti p o
de formação R20 .( n ) S i0 , sendo R u m metal alcalino, fu
2 ndamentalmente N a , K o u L1; , .
e s iniciais de b) ativação p o r sulfatos alcalinos - o de m
que tem a capacidade de elevar significa aio r in te re s s e é o s u lf a ! º d e sodi_?,
tivamente o p H d a soluçao (por n a o
!tlada pode ser proporcionar a elevação significativa do
pH, o sulfato de cálcio é d e m e n o r
1 proximidade interesse);
e m pequena c) ativação mista - trata-se do emprego
combinado de diferentes ativadores
químicos, de forma que a hidratação da
escória seja otimizada p a r a conferir
propriedades desejáveis nos estados fres
co e endurecido para o cimento d e
escória.
Em geral, a ativação química deve prom
ontato c o m a over a elevação do p H , garantindo a
dissolução da escória e o aumento d a co
ncentração de íons n a solução, o que
ç ã o d e uma provoca a maior solubilidade da escória
vem os grãos e antecipa a precipitação inicial d o s
compostos hidratados.
ke hidratação A ativação da escória pela adição de clín
LIDpermeável quer portland se d á p e la ação alcalina
do hidróxido de cálcio liberado na hidra
eio a valores tação do clfuquer. E u m ativador d e
menor eficiência, uma vez que proporc
, o principal iona desenvolvimento mais lento d a s
~ações quando comparado ao obtido com
ão do p H da outros ativadores químicos. A seguir,
sao apresentadas as características dos cim
s u a maior entos de escória formulados c o m seus
' Principais ativadores químicos.
s ativadores 263.4 Cimento escória
,as básicas : -cal
rmação dos
_De~env?lvido n a Alemanha há mais d e u
m século, o cimento escória-cal foi o
em solução , ~runerro Cllllento de escória ativada empre
gado (REGOURD, 1997). S e g u n d o a
idratos. d~rma fSTM C595-07, que classifica e
sse cimento c o m o tipo S , o te o r m ín im
escona deve ser de 70 % . Também é re o
gulamentado n a B é lg ic a , o n d e o te o r
H.JO w J.11111;111111 lfrp,·111•
fc JllOllOS
() J ')
1
• ll) l
11\' • •11 ,,·e · -. ,.
de csc.:ória 111d1u1do é mairn do qm: 7'5% c o h.:OJ dt SO 111cnor do qttl' v,: na ,1111 L IL' rcsisl
tll ( • , ••
hanç}1 , o 1<.:rn mínimo<.: 70'¼ para a escc>ria na compo,i<;ao do ci111~1110. 1111l • tfcns1 1c
'I
O dcilo da cnl é elevar o pi I para acirmt c..k J 2 ,ú l' numcntar a com·t·nt,a~·ao dl' ,Jtl ·1. c-s-H.
Ca '' na soluçITo, an:k·ranclo o procl''iSO c..le hi<..lrataçao ela cscona ~·ramtladn. ('
0111 11,l:1l. \ 11 const
tllllíl cscôria granulada com elevado teor ck.: 6xic.lo dt· cakio, o tem de htdrn,ido ,nht:'
, u1 1· ,1·1 e a d
de c.ílcio necessário para que ocorra ativação compat1vd pm,1 cmprt'go cm 1
l l. 1ft: "
arga massas de usscnt:uncnto t·m alvenaria tem que ser c.lc, apm.ximadnmt'llll'. 10''< , ~ lo cimento
(massa). No entanto, teorl's de até 30% de cal hidráu lica devem ,e, t'mprcgados 8~110 t
quando se quer evitar os ef citos deletérios <.la carbonata,·ao c..luranll' 0 ·srênda à con1
arrmvcnarncnto do cimento. O uso de sulfato de cálcio na proporçao de 1<\ l' SI, ' I'
. d·• :ina 1se do~
indicado quando se deseja acelerar a hidratação do cimento escória-cal. Porem, 0
uso <le sulfato de sódio, apesar de também promover ac:dcraçao, ~ pourn
~
'º0 e' Stark
~ão prcfc1:nc1
(2 . ºª
recomendado por provocar acentuada eflorcscência se o material hidratado ficar
exposto a ambiente de elevada umidade (REGOURD, J997). em repulsao o
Por apresentar baixa resistência mecânica, seu uso, mais difundido na hança l' ode da microes
na Bélgica, tem sido restrito a cimento de alvenaria. A boa plasticidade dns nto supcrsuJ ~
argamassas produzidas com esse cimento reforça essa aplicaçüo. Entretanto, luí 0 sulfato e
registros de emprego satisfatório na execução de concretos para f'unda,·ões adamentc i1ncr
submetidas a contato permanente com águas sulfatadas. ndo mais sus

263.5 Cimento escória-sulfato de cálcio (cimento supersu/fatado)

O cimento de escória obtido pela ativação da escória granulada por ~ulfoto lk ação da escóri
cálcio é designado, na Inglaterra, como cimento supersulfatac.Jo e, na lklgica.
como cimento supersulfatado metalúrgico. viética e rep
Sua composição pode variar em função da reatividade da escória e do tipo <.k A maior ca
sulfato de cálcio empregado, se hemihidrato, dihidrato ou anidrita. Rt·gourd 995):
(1997) indica que o cimento supersulfatado é, geralmente, obtido pela rnougcm · elevado,
conjunta da mistura de 80-85% (massa) de escória granulada, J0-15% de anidrita Çade Na.,O
e ao redor de 5% de cimento portland. O máximo teor total de SO.\ na forrnulaçüo ça de Siü.,
deve ser de 3,5%. O uso de hidróxido de cálcio é desencorajado por ser muito pida e em-1
suscetível à carbonatação durante o armazenamento. O teor de cimento pot1land d ílica (]
deve ser ajustado para que a hidratação ocorra de maneira otimizada, uma vez que
o teor de hidróxido de cálcio proveniente da sua hidratação e disponfvcl cm Parâmetro~
fOluçio deve ser suficiente para promover a formação de etringita nas idades Ohidróxi,
· .. O cimento supersulfatado é moído mais finamente do que os cimentos orn nte e
característicos, tendo finuras de até 4000 cm2/g. di o, n
descreve Taylor ( 1997), a pega e o endurecimento inicial do cimcnt~1 o Parte
ocorrem pela formação de etringita resultante da hidratação d,t ~···"'ran
de sulfato de cálcio e de hidróxido de cálcio liberado pc10 1,6
este faz parte da composição. Regourcl ( 1997) salicn~n
.de Ca(OH)2 é fundamental para que não haJn a./.
* ~~~·o,
nrimento inicial, já que não há fonnação de
11
e com excesso deste, somente ocorre
13Çãll de monosulfoaluminato. o teor
i11 r entre 0.15 e 0.5g.
,,st'J . " • b d
,f' · 110 de res1stenc1a o serva o a Partir""
•..-an "fi - d . ,\1
1;d(l à den 1H1caNçao &.a rrucroe trutura d OJren d•,

... i)1
. 1
da de C-S- . essa ,ase, a formação d trmg·
JJ.\ n,~·unbém constatada a presença de mono
:, direta e da "desulf atação" da etringita Bas'

ununato
ulf:
já ,6 P0UC0 :~-iff lt:.
d~t e de
1

·'1!"~ ;.1: 30 do cimento supersulfatado são C-S-H · tri~gc~tae(~t:, os Produtos da


.... •
1
' 1 nrJ e monosulfato
.\f.\- • ·i. tencia à compressão diminui quando há e ce d ti' d .
· T d d h·d O
e a va or na mistura
rlir :neio da ana ~ e(,,;5)r o utfs, r ratados ao microscópio eletrônico, Matschei.
!:11ll1I1 e t~ - ·a1 dcon~ m~am que a causa da diminuição da resistência
; rr.:1.1 ·ão pre1erenc1 e etnngrt a sobre
é
n ~ - - ,. a uperfície dos grãos da escó ·
1 na, o que
.• ..::.1 em repu .ao ou separaçao estenca da partícula e, por isso, aumento da
-,- ,:(bde da nucroestrutura.
· Ocimento upersulfatado encontra aplicação em estruturas submetidas a meios
::c:tndo ulfato e água do mar. mostrando elevada durabilidade. Se
:'ltitinuadamente imerso, tem maior durabilidade a soluções de sulfato de sódio e
11~ .• endo mais suscetível ao ataque do sulfato de magnésio.

~" 31> Cimento escória-silicato de sódio

A J.tiyacão da escória com silicatos alcalinos foi proposta nos anos 50 na ex-
~---:- So~ética e representou um avanço significativo sohrc outn!s formas de
m-ção. A maior capacidade de ativação é resultado dos scgumtcs fatores
~. 1995):
.li pH mais elevado , que garante a dissolução da l'Sl'ória;
tpre ença de Na2Q , que aumenta a solubilidmk do C'aO: , . .. .· .. :-
pre enca de Siü na áCYua de amassamcnto. que promov1.: ,1 picup,taç,to
~ 2 o "li
mais rápida e em maior volume <lo C-S- · . .:-
0 mo'dulo d ili (MS s·o /Na o cm massn). 1untmncntc com o pH. s,10
:s . . e s1 ca
" = 1 , ' , • · . · 1, · Ir >
- O- ativ·1dor T·rnto a síltca. na 1onna l e Vil t
P!Jn 1pais parametros que defi?em ' 1 , ~iis' mnível em l'scamns. têm ügua
r:. . 1
l

do: como o hidróxido d~ ~ódto, geralm:~ / co;t~idcrados nn composi,·ão <lo


,;.,· isso, somente os sohdos devem M: . .
....~'ado , . , .tl' s•l
' lidn do ativador é
d 111atcnn1s. í1 1,111 · '
r. Alem disso na dosagem os ' . lt' ,1,, ·í1,tm l' computada na
~~rad a ' t e ·1 t1unn1ll111l , " • ::, .
--:. . _ como parte do aglomcran e '. . . 1< ) fHldt' st·r fornt·c1d o com
·:.:içao ,
.... • agua/aglomerante da mistura. · O v1dw 1 iqui( ·1· 1 d, 1
li' ., n solub1 n e 0
• • CSSl' Vil 1< • 111" 11
lll' ll l
..JO · 1
4- o de sílica de 1 6 a 4 O. Quanto nu1101 .. 1 1·11· lhdt· l' bnh.n viscos1dat e
-.1u líq · ' ' •I' •tdH SO li li ' 1,
~ U1do em água. Ativado res com e t: : :, lll' se nbtt'll1 com va l~r1.:s ~e
f ,

::; Pfeferíveis para uso no cimento de ~sco~i.1_. \l, l~tlil'a l'lllprl'gndo nn nt1vaçao
. ; lo de ilica em tomo de J ,7. O 111~10~· tt:01 l ~-~tndo 1'1\'Sl'O, menor tempo de
. ·ªmeno r 1 . . asta de c11111.:nt~> i~n IN ll)l)5) .
"'~ e ganI,0 ~:~~:~~~ ~: ~sistência .'~'."~~'.'~;:•t!'..
11t1;, lllllis l'ievnti(l quut1to
pij do ativad 1 é controlado pelo te<.
842 W Longuini Repene

maior sua concentração. Teores de Na.,O de 2 a 7% são cor1umc1 e111ç. ~ados.


Um ma ior teor de Na20 é, ger alm ent e: associado a um me nor ter rro de p ga e ao
ganho mais rápido de resistência mecânica.
A relação águ a/a glo me rante afe ta a resistência do cim ento de escória ativada
com silicato de sódio da me sm a for ma obs erv ada no cim ent o portland. Por isso,
deve-se pro por cio nar mis tur as com me nor teo r de águ a quando se des eja obter
maior resistência e durabilid ade dos com pos tos produzidos com ess e cimento
(RE GO UR D, 1997).
Par a o controle da peg a, pod e-s e incorporar Ca (OH )2 em teores que vão de 2%
a 5% da ma ssa de agl om era nte . Joh n (1995) pro põe que o retardo de peg a em
presença de hidróxido de cálcio é cau sad o pel a formação tem por ári a de um gel de
C-S -N- H sob re a par tícu la de esc ori a, o que blo que ia a sua dissolução.
São características típicas do cim ent o de escória ativ ada com silicato de sódio
o rápido gan ho de resistência, a ele vad a resistência e a ele vad a retração. Co m o
teor ade qua do de ativador, pod e-s e obt er resistências à compressão de até 15 MP a
em 12 horas e ma ior es que lOOMPa aos 90 dias. No entanto, com o ilustram os
resultados de Joh n (1995) apresentados na Fig ura 4, o teor de Si02 afeta
consideravelmente o desenvolvimento da resistência. Teores ele vad os cau sam
que da ace ntu ada da resistência à compressão, explicada pel a formação imediata
Fi
de um a cam ada pou co per me áve l de silicatos e cálcio sobre os grãos de escória, resist~
impedindo a dissolução e o ava nço da hidratação. Co mo salienta Joh n (1995), o
efeito do teo r de Na 02 é mu ito significativo. Co m teores de 2,5 %, a resistência
para todas as ida des analisadas foi significativamente inferior à obt ida quando se
em pre gou 5% de Na 02 , independentemente do teo r de Si02 utilizado até o teor
limite, que foi de 10%.
o
100 lda ie (dias) 100 -

-l. 80
60
(a)
• 1 --.t.- 1
-0- 28 ----- 90 -. 80 -

~
(b)

-a -
Q.
~ :E
40 60

20 ~ 40 ·~---
20 Í
o o
o 2 4 6 8 o 4 8 12 16
Sl0 z(% ) S10 2 (%)

fiaura 4 • Efeito dos teores de Si(½ e aOi nos ativadores na c,'Olução da resistência à compressão de cimento de
'*°6ria ativada com silicato de sódi o (cura únüda)- (a) ativador com Na20=2,5% e Ca(OH) =0%; (b) ativador
2
com ~0:-SCJL e C I ( ~ (JOHN. 1995).
vã od e2 %
e pe ga em
100
... • • • 4NS
e um gel de -a,
n. 60
80 •
• ~ o
.,,.,-A ô
._ 3NS
• 2NS
-
~· .
~ cr o-
to de sódio .,..~ • 5N
ão. C om o o 40 o 5C
té 15 M Pa
ct:
20 r ,.< -~ -t __. + 2CG
"lustram os
o //
~--
• o ARI
S i02 afeta
os ca us am O 7 14 21 28 35 42 49 56
o im ed ia ta Id ad e (dias)
Figura 5 - Evolução da resistência à comp!CSsão de cimentos de escória
e escória, ati vada e de cimento portland de alta
resistência inicia] (ARJ). Dados: a/c=0.48: ~ ; 2NS=2,5%Na D+
(1 99 5) , o 2 4.25'* Si0:?: 3N S= 35%N 31 0+ 59 5'kSi ~:
4NS=4,5%Na20+7.65o/éSi0i: ~ ~ .S a 0: 5C=5o/é Ca(OH) : 2CG=29é
2 2 Ca(OH'½+64 Ca S04 :?H:?O
esistência (MELO NETO. 2002).
qu an do se
at é o teor O s us os do s ci m en to s de es có ri a ativ ad a po de m se r os m ai s di
st in to s.
tendo se co nc en tr ad o, at é o m om en to , em ap li ca çã o nã o es
tr ut ur ai s,
de nt re as qu ai s es tão a fa br ic aç ão de pa iné is de ve da çã o e ar qu it
et ôn ic os
pré- fa br ic ad os , os co nc re to s pa ra ba se s de pa vi m en to s e os re ve
ti m en to s
{b) de pr ot eç ão re si st en te s a ác id os e su lf at os . A po ss ib il id ad e de
oc or re r
maior de gr ad aç ão po r re aç ão ák al í- agre ga do ne ce ss it a se r in
ve ti ga da
em m ai s de ta lh es . C om o av an ço do co nh ec im en to , há um
po te nc ia l
muito gr an de pa ra qu e es se ci m en to sej a em pr eg ad o em la rg a
es ca la na
cons tr uç ão ci vi l.

16 26.4 Cimentos de retração compens ada (cimentos expansivos)

No es ta do en du re ci do , o co nc re to so fre re tr aç ão au tó ge na de
vi do à
e cim en to de autode ss ec aç ão e re tr aç ão qu ím ic a ou , po r se ca ge m , qu an do
) ativador
ex po to a
ambi en te co m um id ad e re la ti va di fe re nt e de 100% . E m am bo
O " ca so ".
se há re st ri çã o à di m in ui çã o de vo Ju m e, há o su rg imen to de te
n õe qu e
Pode m se r m ai or es do qu e a re ~j~téncia à tr aç ão do co nc re to . re
m os tr am ~ul ta nd o
em fiss ur aç ão .
e es có ri a
entanto, O m ai or em pr eg o do~ cjmcnt<,\ ex pa ns iv os é na co m pe n
aç ã da
e baiXO
re tra çã o se nd o, ne s~ e ca<,o, de ~í gn ad os po r ci m e nt os de
re traç ão
compensada. D en tr e es te ~, rJ \ m ah ut iJ íz ad os sã o o qu e pr
om ov em

g
844 W. Longuini Repette

exp ans ão atra vés da form açã o con trolada de etri g1t . E~ são
particularmente chamados de cimentos de base sulfoalu m· rato dl álcio,
pois em sua composição contêm elementos que disponibilizarão ah..rnínio,
cálcio e sulfato para a formação de etringita. A maior parte dos cimentos
expansivos são misturas de cimento portland com quantidades adequadas de
clínquer expansivo ou aditivos expansores. Além do uso no combate à
retração, os cimentos produzidos com aditivos expansores são também
empregados na protensão , chamada de protensão química. A abordagem,
neste cap ítul o, se restringirá aos cimentos expansores formadores de
etringitaz.

26A.1 Aplicações

O cimento de retração compensada é usado com vantagens em diversas


aplicações, tais com o em elementos arquitetônicos pré-moldados, concreto
projetado, estruturas par a retenção de água e outros líquidos e para a maioria Figu ra
das lajes hor izon tais , com o pisos, coberturas e tabuleiros de pontes , apro
suscetíveis à fissuração por retração. Nos pisos, o número de junt as pode ser
sign ific ativ ame nte dim inu ído , reduzindo os custos de con stru ção e
manutenção. Nos reservatórios de água ou outros líquidos, a redução do
número de jun tas e a men or incidência de fissuras tornam as estruturas mais 26.42 e
estanques e duráveis, pois o concreto é menos permeável (Figura 6). É de
par ticu lar inte ress e o uso em reservatórios secundários de efluentes
agressivos, já que essas estruturas não podem apresentar nenhum tipo de
fissuração ou jun ta não estanque.
A aplicação em protensão química3 do concreto encontra utilização
principalmente na construção de tubos pressurizados, revestimentos de
túneis e tanques de tratamento e armazenamento de líquidos. As vantagens
são a mai or resistência do concreto e a distribuição mais uniforme das
tensões da protensão, permitindo que as estruturas sejam mais esbeltas e
estanques. Recentemente, concretos e argamassas feitos com cimento
expansivo têm sido utilizados como material de enchimento quando se
emprega a técnica de reforço estrutural por envelopamento. Com a expansão
do material de preenchimento, é mais eficaz e imediata a transferência de
esforços da estrutura para o reforço.
O cimento expansivo de base sulfoaluminato de cálcio é empregado como
com pon ente de mui tos mat eria is de repa ro, sen do prat icam ente
indispensável nas formulações de grautes e materiais de injeção, além de
~ -pre sen te nos cim ento s de cim enta ção de poç os de petr óleo
N'AGANAM, 1997; REPETTE, MAILVAGANAM e SHEIKH, 1998).
s- para dimensionamento e execução das estruturas produzidas
ne ~ã o compensadas são apresentadas no ACI 223 (2005)
r,t the Use of Shrinkage-Compensating Concrete.
Figura 6 . Uso de concreto produzido com cimento de retração compensada .
. . . na concretagem de piso com
aproximadamente 5000m2, sem Juntas, e reahzada em um único dia. Local: Binningham, Alabamn,
1996
(BLUE CIRCLE. 1997).

26.42 Características e requisitos para a compensação da retração


Oobjetivo da expansão promovida pelo cimento é contrapor-se à retração que
afeta o concreto e causa fissuração no caso da deformação ser restringida. A maior
parte da expan ão deve, preferencialmente, ocorrer até os 7 dias de cura e sempre
ter início apó o final de pega do concreto. Nas estruturas de concreto armado. a
e\pansão deve er total ou parcialmente restringida pela armadura, resultando em
ten ões de compre são no concreto, na magnitude necessária para qu:, não haj~
ten õe de tração com a evolução da retração . Como resultado, nao havera
fi uração no concreto. _ . . ,
. Cimento compen adore de retração devem promover _exp~sao h~1t~da as
idade iniciai do concreto além de não causar efeitos mdeseJave1s ~o
co~1portamento no e tado fr~sco, como na pega, na _ex:ud_aç~o e na rctr~~-a~
plastica, e e tad d . 'd como redução de res1stencia ~o~prcssao.. ~
durabilidade C o cn UJec~ o, OJTa muito cedo, as tensões serao d1ss1padas ~l,1

elev . a o a cxpansao oc . ocorra intensamente upos o
con ada deformabilidade do concreto JOV;m. C:sode fissuras e desagregação do
ereto e tar endurecido poderá haver a tonnaçao
concreto. ,

26 "J e·
· m1e11tos tipo K, Me S _
No t x ansivos utilizados para co~pcnsaçao

da retr;:~cad~ americano, os cunentos ;~ C845-04 e são caracten,ados por
c1n1ent' ~,1~ sao norma lilados pcl.a AS que têm o cimento portland como
os tipo K, 1 e S. São cimentos
H-16 W. I 011g11i111 R,•1wttt'

. lTeJ1l e po r p
toi:c1~ cornpe
aglutinante principal, distinguindo-se na co mp os iJã o dos ele ~e nt os pr omotores ,1it1VO
de expansão e na quantidade e cinética da expansao desenv0Iv1d.a. Jo:iv.i sAC· A
. Je b:J5~0 rnpensa
O cimento tipo K é o mais empregado. E formulad o a partir da mistura de 5
cimento portland (geralmente tipo I, ASTM) co m clínquer de cimento expansivo ó,·o rnpensad,
~ ãoco
contendo o C.,A\.S.. um sulfoaluminato de cálcio, co mo principal componente.
dí nq uc r expansivo é produzido cm forno rotativo através do processo úmido
o Ad itivo de
empregando-se cakêirio. anidrita sintética e bauxita co mo matérias-primas~
1
.J.4. ditiVO te m
De vid o à va ria bil ida de da co mp os içã o da ma tér ia- pr im a, os clínqueres ~e a
produzidos nos Estados Unidos co ntê m de 8% a 50 % de C4 A~ (TAYLOR,
uta C,Aá· co.
1111 côrn quantJ
1997). O cimento tipo K é obtido pela mo ag em , conjunta ou separada, de clínque
portland e clínqucr expansivo, co m incorporação de anidrita e óxido de cálcio. As
r ~ fornos rota
proporções <los componentes variam consideravelmente entre os fabricantes por io e cal, em pr o
serem distintas as características dos materiais empregados na fabricação do íficas de ex p
cimento. ftOÇ8, Os cimento
O cimento tipo M é produzido po r mistura de cimento portland, cimento de reores, geralmen
aluminato de cálcio (C AC ) e sulfato de cálcio. O controle da expansão desse de 13%, um fall
cimento é geralmente co mp lex o, já qu e a dissolução os aluminatos a partir do 7dias e de O.89
CA C oc or re mu ito rap ida me nte , pr om ov en do a fo rm aç ão de quantidade e28 dias. C om
considerável de etringita no estado fresco e, conseqüentemente, resultando em produzido em
baixa eficiência na compensação da retração.
O cimento tipo S é ob tid o através da mistura de quantidades ajustadas de
cimento portland, de ele va do teor de C 3A, co m sulfato de cálcio. A expansão
alcançada po r es se cim en to é limitada e, po r vezes, imprevisível, sendo muito
dependente da s condições de mistura e da temperatura.
Cimentos K, M e S têm aplicação concentrada nos Estados Unidos e Canadá.
Ultimamente, a produção tem se limitado ao cimento tipo K, e mesmo este
apresenta po uc a oferta nesses países. A principal razão é a dificuldade de se
ajustar à expansão proporcionada po r esses cimentos a condições particulares de
mistura e aplicação do concreto. O emprego de aditivos compensadores de
tetraçlo tem sid o mais difundido po r não sofrer essas limitações.

Oaw,tos produridos com aditivos de sulfoaluminato de cálcio


oern e por promo
, es t~ vo compensador de ~ , u • •
t#> ~ SAC. A seguir sã o 8pd::&eta
é ~:vos compensadores de retração UsadQI
adi -0 compensada.
retf'Jça
, ~.4.l A~itivo de base Hauyne
6
- Ês·e adiuvo tem co ~o componente principal um •
. tula c_,A~. co ~e c1 do po r Hauyne. o ½AJS 8ul fo al ~a to de cálcio de
fo~turas com quantidades controladas de anidrita alé P.roduztdo pela queima de
nu~ t • De . , unun a ou
cal em tomo rotativos. pois de resfriado e moído é . aluminato de ...

n •
\rGICIO
~áJcio e cal. em proporções que podem ser alteradas 'ararr us ~o a s~lfato .de
.,-pecífica de expansão. Os principais fabricantes sio o sJaatis_fazer eChxi~nc1BS
\fran o · t d tra - pao, a ma ea
ça. clillen os e re çao compensada_são obtidos pela mistura de aditiv o
no teore . geralmente: de 4% a 13% em relaçao à massa de cimento portland. No
teor de !3%. um fabncante re ~r ta que a expansão sem restrição foi de O79%
apó 7dia e_ de 0.89% aos 28 d~as~ e com 11 % de aditivo os valores são de o:14%
aos 7 e 28 d1~. Como fatores l~m1tantes desse aditivo, deve-se mencionar fato
O
de ser prodUZido em poucos pa1ses e de seu custo ser relativamente elevado.

26.4.41 Aditivo de base cimento de aluminato de cálcio


Aobtenção de cimento expansivo pela incorporação de cimento de aluminato
de cálcio e ges o ao cimento portland remonta ao início do século 20. Nesse
cimento, a formação de grandes quantidades de etringita ocorre mesmo antes da
pega e raramente após um dia de hidratação. Como resultado, pode ocorrer pega
rápida no concreto, além de a expansão não gerar compensação adequada da
retração. Dessa forma, não é grande o emprego do aditivo de su lfoaluminato de
cálcio produzido com cimento de aluminato de cálcio.

26.4.4.3 Aditivo de ba se aluminatos de cálcio hidratados .


Aprodução e O uso do aditivo compensador de retração d.e base alununatos de
cálcio hidratados são descritas na patente de Repettc e Matlvaganam (2002 )·. ~
aditivo . , . ado ao cimento portland para a produç"o
de . , que postenormente e mcorp~r r artículas finamente moíuas
decsunlefnto de retração compensada, edcompod~;ºcrPcºntcps ·1luminatos hidratados.
u ato d ál .
e c ci o, ca 1 l h' dr ata a e'b .ll ) 1
e • -
Ih....:
l"'IUCUlann t CAH e AH 0 alu mi

na tos htd rntad os suo .


geralm en e ,o, 3 6 e
AH 3-
(g1 sita , S '
, rolada de cinll'nto de aluminato uc
, .1

e~• . ente, obtidos através da hidrataçao cont s•· diforl ·ntcs tem pos uc
(ijc10 e al . a Em pregam -. " . , t,
~:d om elevado teor de umm . . st1 1lm 'l'lll l'x du s1v am cn l:
,u rataç- . de for ma a ,e. ' .... 1~
hict ao e diferentes temperaturas, A , .., hidrntn\·üo. o mn kt "'~ e
~ratos estáveis ou instáveis separadamente. dpo~' l'c·1c) e i\ rnl l'nt propor\·ocs
"''.:O e rn , ' ui fat o e <.:a "
típicas d o1do antes de se r misturado ªº3 ~~ de sulfato tk ctíkin l' 7··. -··S'ií.':iais 11 de
cai ~ 60-70 % de alumi natos, 27 ,5- 0 . • hidratndos t' do s ~11\tl:
1 1

fo~ Yanaçõe nas quantidades dos aJ~':1,n~o~citas pnrn pro1novt·r n,1ustL'" na
ecectore de ulft to e cálcio à cornpos1çao sao
4, n. l.nnguini Reperrc
. ..,,,.Ae do',
·vl 1J(l.l:lV
pl J111UJad<J'> '7
e. >magnitude da expansã o, visando a adequaç ões a diferentes cimentos
.3J foque comp
1 rtl. nd e ~ondiçõe de aplicação. O empreg o de maior quantid ade de CAH
m , e maior e\.pan ão até dois dias, ao passo que maior quantid ade de C3AH~
toS
. ,~Ae
de cada e
-
" utt. em maior e\.pansã o de 2 a 7 dias (Figura?). Os teores para se obte~ ~rare
'.OS y- acao.
.,
m >n-.J. 'ão da retração são de 5% a 20%, com o comple mento de cimento controlem.,
nbnd. Para protensão química , os teores são, em geral, de 20% a 35%. ~rqu eman
700
êô 600
~ -
o.....
500 ...--a-a--
1 400 / -• ACH10

~ 300 ' dÂ--~ - ~ - -~ • --.-ACH 15


,t 200 a 1(.8-~ ------ -- - ~ _ _ ____.. -a-ACH 20
e
~ 100
~ (..~ •. .- J - -
~q~ =-S - = - -+- - _ _____ O
- O HAC20
W O ~ 1

o 7 14 21 28
Idade (dias)
- - E'\}\3IlSão em argamassa sob cura úmida a 21 ºC. A idade inicial de medição é 12 horas. ~l'C é cimcmo
n.'lftun:, "-"lllllll. ACH é cimento expansivo produzido com aditivo de base aluminato de cálcio hidralado. com
• 1: e ~ da mas..;a de cimento ponland (substituição). HAC é cimento expansivo produzido com
amento de aluminato de cálcio no teor de 20% da massa de cimento ponland.

odo de ação e mecani smo de expansã o


formaçã o de etringit a é a base para a expansã o produzida pelos cimentos
exJJlllt~-1vos. A etringit a. C 3A.3CaS 04 .32H20, é formada pela combin ação de
_03 e 0 3 e apresen ta um aument o de volume da ordem de 7 a 10 vezes
relillltá-o materiai que lhe deram origem. A expansã o ocorre quando a
ell'imila fica sem espaço para crescer e desloca as paredes dos vazios capilare da
esbUIUlra formada pela hidrataç ão do cimento portland, causand o também a
- da porosid ade da pasta hidratad a.
a,ca111·smo de e pansão da etringit a não está comple tamente elucidado. e
IIIPMeses foram po tuladas (TAYL OR, 1997). A expansã o re ulta da
mstalização origina da, principa lmente, do crescim ento dos cristai e.
da amorçã o de grande quantid ade de molécu las de água pelo
pequenos cristais de etringita (MIN e MINGS HU, I994>-
~~IJJ l•a. na ausênci a de hidróxido de cálcio, produz cri tai de
4e promov er expansã o. O mesmo ocorre quando ~
Jignosulfonato de sódio é empreg ado na PíOO:~
gerada pela formaçã o de etringit a com cristaJS
e:fibrosos (TAYLOR, 1997). ,e.

· pelo cimento , outro a s ~ ~


da fQIDJação de etringita o c ~
disPonibilidade do elementos químicos em
J~ -~o fonnulado somente com base
·10~" - n~ ~
O• ~ntoS que COmpoem a eb'inmta mae ~ r " 1 . ~ ~~ •"'\111iiêi
.,li:111t: d d e,• , a.uuo ,w;...,..1.• a1~·_:---.~u...

~ 1 bilidade e ca componente do cimento r.&.0•'-!P""ucnte em ~
~~í~1icos para reaçao. Nonnalmente, o ajuste c{!lle dispo!dbilizar4 ~ e ~
;iuminatos controlem ~ taxa de fonnação da etri:!DP0Stçio é feito para que
,··encial porque mantem elevado teor do íon cál .gita, A Presença de cal livre A.
,ss cio em solução. '-
26_.i.-l .5 F~to~es que afetam a expansão
0 principais fatores que afetam a expansão gerada .
compen ada de base sulfoaluminato de cál . pe~os cimen.tos de retração
(MAILVAGANAM. 1997; REPETTE e MAILVA~~ ~ descrtto a eguir
2 3
Composição e finura: a expansão é maior qua t ' ~ ).
· n o maior o teor do
componentes exp~ ores n? cimento. Cimentos mais finos t d .
mais e a taxas maiores nas idades iniciais. en em ª expandir
T·eor de cimento: - quanto
N maior o teor de cimento no concreto ou na argamas a,
maior a expan ao. ,. ~ entanto, essa relação não é linear, e ensaio ão
normalmente necessanos para a definição do teor necessário para uma
determinada expan ão.
Relação água/cimento: para que haja suficiente quantidade de água para a
adequada formação de etringita, a relação água/cimento nos concretos de retração
compensada deve ser no mínimo de O,50. Menores teores de água podem permitir
expansão, mas o desempenho do cimento não será máximo. Concreto com
água/cimento menor que O,35 podem ter aumentada a retração autógena, já que o
consumo da água para a formação de etringita contribui para o aumento da
diminuição da umidade interna do concreto, aumentando a autodessecação.
Condições de cura: a cura ideal é cura úmida a 100% de umidade relativa.
mantida por 7 clias, período em que a maior parte da_expan ão deve t~~)rrer.
g~tindo-se, assim, que não haja secagem e falta ~e agua para ~ fomm~~o _d~
etnngita. Na execução de lajes, 0 procedimento mais adequado e a cura unud.1
Por manutenção de lâmina d' água. taxa de fonnação da
Temperatura· o aumento da temperatura acelera ª _
etrin . . . - . . - 0 correm para concreto, a tcmpcratunt,
gita. As cond1çoes 1derus de ex~ansa? SºC taxa de expansão diminui
entre
d . 18 e 25ºC S b
. o tempera turas mfenores
. a ºC , a
a '
aceleração , . - d·
35 da tonnaçao .1
etnn~ti~amente, e sob temperaturas 1:11ruoresdque . e~to rápido e concentração da
gtta pode causar queda de flmdez, en u~ecimL os p•"'t·íodo, de mi~tur.1 e
expans-
. ao nas 24 horas imc1rus de . . . hid
r
ataçao. ong '"
mento da temperatura d0
lllistur d d promover o au
e as e elevada enenria po em
oncreto para além de 35ºC. : - conferido pela. am~~duras
ouGrau de restrição: quanto maior o grau ,d~ res~~~~ bases de pisos e tonn:1::
Ih ()ela aderência/atrito com contorno~ ng1d?s ompre são no concreto para ~l:t
·• 1enor ,. maior sera a c , - d , rctra,ao.
,. sera a expanc;ão No entanto, . fi fva a compensa~ao l:
consurnida'' pel- tr. -o tornando mais ~ ~ i de armadura nos elementos
Segund u re aça , taXª m.imma
o o AC 223-98 (2005), a
850 W. longuini Repette

estruturais deve ser de 0 ,15% para que haja efetiva compensaçâ'. 1 • re 1 ) pelo
uso de cimentos de retração compensada.
Compatibilidade com aditivos: aditivos redutores de água, espeda]me,1 e os de
base lignosulfonat o de cálcio , causam redução da expansão gerada por
compensadores de retração de sulfoaluminato de cálcio. As moléculas do aditivo
interferem na cristalização da etringita, tornando-a menos expansiva. A sílica
ativa ou outra pozolana de elevada reatividade podem causar redução da
expansão por competirem pelos íons cálcio e hidroxila envolvidos na formação
da etringita.
Tipo de agregado: a expansão medida no concreto ou na argamassa é maior
quando se empregam agregados com maior módulo de elasticidade, de forma que
a expansão da pasta não se dissipe pela elevada deformação do agregado.
Envelhecimento do cimento: os cimentos compensadores de retração são
suscetíveis ao envelhecimen to pela exposição à umidade e ao C02 • A
carbonatação do CaO ou do Ca(OH)2 podem comprometer a expansão. Uma vez
que os sacos sejam abertos, devem ser utilizados no mesmo dia.

26.4.4.6 Efeitos nos estados fresco e endurecido


Um cimento de retração compensada tem que desempenhar satisfatoriamente
nos estados fresco e endurecido. Algumas formulações, principalmente quando o
componente expansor contém cimento de aluminato de cálcio (anidro), causa
pega rápida e expansão no estado plástico, resultado da rápida formação de
etringita.
A quantidade de água necessária para manter o mesmo abatimento do tronco
de cone (slump) é, geralmente, maior em concretos produzidos com cimento de
retração compensada, e a exsudação é significativamente menor. A maior coesão
e a menor exsudação impõem maior rapidez às operações de acabamento do
concreto. Nos casos de pisos, as operações de acabamento devem ser iniciadas
antes do que de costume quando se emprega concreto de cimento portland. A
menor exsudação também toma o concreto mais propenso a sofrer retração
plástica, e os cuidados com a cura devem ser aumentados.
Os efeitos na resistência mecânica devem ser analisados para cada cimento e
condição de aplicação. De forma geral, quando há um confinamento, mesmo que
pequeno, a tendência é que ocorra o aumento da resistência à compressão pelo
fato de grande parte dos poros ficarem preenchidos com etringita. Pelo mesmo
motivo, há diminuição da permeabilidade do concreto. Cimentos que promovem
considerável formação tardia de etringita, para além dos 7 dias, podem apresentar
nucrofissuração em excesso da matriz hidratada, o que resulta em queda da
resistência à compressão. Se depois dos 7 dias de idade a expansão exceder a
~. as chances de diminuição da resistência são elevadas. Mailvaganam
ãUétta: que, na execução de estruturas com restrição interna imposta por
~íSU,JJJ8. importância que as barras de aço fiquem incorporadas ao
· - indicada pelo projeto. Assim, devem ser redobrados os
~ ~ nto das barras durante a concretagem.
concretos e argam~sas féitos com e·
osa1ununato de cálcio são mais susee
0
suif ntarern maior quantidade de ai ·
P rese - • d
a ver expansao m eseJ veºá l às ·
idades avan.Ç&Q-l-f
hªuminatos rem~escen~e ~a formação desejávél 'de~ .
ai tudo esse nao é o umco fator. A natureza d ~ 1181,1e"!Uk:M!ti
con ' bé , l
J}1inato tam m e re evante. Concretos e arg os element ......
~ 1 ~ •~
,.c,c.

aJu ansivo com aditivo de aluminatos hidra:a9sas produzidos com clmemó


ex~m degradação significativa se expostos à ºf d: elevado teor dê CAH ó
s~tro lado, formulações baseadas exclusi:amºuçaoteaquosa de N~04• ~r
o . t ao . en em ½~ .
satisfatonamealn e . medsmo, ~e10 ~gressivo. Os cimentos pl'Pn!l••-111~1Stem
cimento de ummato e calem amdro são os . ª-'('Y&QU\m com

degradação por ataque de sulfatos. Não são repo~:s P~)nsos ª sofrerem


deletéria de etringita em ambientes livres de sulfatos. s pro emas de formação

265 Cimento ultrafino

O cimento u.ltrafino, também ch~mado de microcimento, é composto por


partículas de cimento portl~nd e, as vezes, por escória de alto forno, com
diâmetros de 1/5 a 1/10 do cimento portland convencional. Para esses cimentos,
são freqüentes finuras Blaine maiores do que 7000 cm2/g, enquanto que nos
cimentos portland convencionais essas finuras ficam entre 350 e 500 cm2/ g.
Surgido na década de 70, no Japão, o cimento ultrafino tinha como objetivo
inicial substituir os aglutinantes químicos dos grautes de injeção de estabilização
de solos. Desde então, encontrou aplicações na construção civil, como
revestimentos superficiais de pisos e para injeção de fissuras em concreto e
rochas. Nessas aplicações, o cimento ultrafino apresenta algumas vantagens sobre
os materiais tradicionais tais como elevada resistência mecânica, rápido ganho de
resistência e menor custo.'

26.5.1.1 Fabricação .
' O método mais sim les e de menor custo para a fabric~ção do cimento
ultrafino é a extração di"poeira" originada na fabricação d~ c1m~nto p~~'i:~a~~ ~
sua mistura a partículas finas de escória granulada ou d~ pozolana. Ad~·. ,· ..
'fj - d part1culas finas ,t poeira
~~oc~sso ser? de menor custo, _na classi icaç;i cil~tados cm. maior quantidade,
cimento
1evando , ha componentes mais leves que s . ns1·stc"ncias principalmente na
. . .. d duto com mco . , . .
a maior vanab1hdade o pro ' . . produ1.idos com o cimento
JJega e na evolução da resistência dos matenais · ·
Ultrafino. . moagem <.lc cimento portland
Os_demais métodos de produção b~se1am-se nao mais empregado. A moagem
Por via seca ou úmida sendo o primetro proc~ssod elevada finura, mas requer
:~ Illoinhos de bola, vibratórios produz graos vo~umc de produção, além de o~
~Vado consumo de energia e resulta ern rn~nor menos reativos, com reflexos
1::•<1os fi d e por isso,
•carem ma " arredonda os '
852 W. l .m1,:uim Repelle

·rJLJtos. A
negativos no desenvolvimento da resistência durante a hidratação. O outro ·O rJ1l 11 trof
oco
processo via seca faz uso de moedores de impacto que trituram todos O!) Pª'ª ãO·, cs
componentes do cimento portland, diminuindo o tamanho dos grãos sem JPli'ssaº·
ª.5 em
aiTcdondá-los, o que aumenta a superfície específica do cimento ultrafino. No pre ronilados .
Canadá, desenvolve-se um moinho móvel que pode ser levado às obras, no qual pad, 1· a de s
o cimento portland sofre moagem úmida. A pasta produzida não é seca para a ·drau JC
h1
para PO rep'
utilização, sendo empregada na produção de grautes de injeção (NAUDTS e
LANDRY, 2002). . turadore ') e
JlllS • d'
,
pO e
, despeJa . a
Acredita-se que o mecanismo de hidratação do cimento ultrafino seja igual ao
do cimento portJand de finura convencional. No entanto, o controle da pega nem massa~- ': m ist
sempre é possível pela adição de sulfato de cálcio. Nas aplicações de injeção, é pega ~apida do
comum o emprego de retardadores de pega. Estudos estão sendo desenvolvidos de intCI ~ d~
para avaliar com maior precisão a manutenção de suas propriedades mecânicas ao udaçao a pr
longo do tempo, já que alguns pe quisadores relatam ocoITer queda branda da r inferior a 1
resistência à compressão quando a hidratação não ocorre em condição saturada de treqüentemente
água, como as verificadas nas injeções em rocha e concreto. para a corret~ s
Cimentos ultrafinos podem ter mai de 98% das partículas com dimensão Como um 1n
menor que 10 µm, 75% menor que 5 pm e 10% menor que 1 µm. Finuras Baine preenchidas co
2
podem variar de 7000 cm /g a 9000 cm2/g, ou mais, como a do cimento mostrado maior partfc
na Figura 8. preenchida
akrafmo 'A U

'
FJ,SUra 8 - Microfotografia obtida em microscópio eletrônico de um cimento ultmfino com Finura Blaine <le
aproximadamente 92.00 cm'/g (ABREU, MEZZALIRA e CRUZ, 200S).

11(0 em injeção de fissuras e aberturas em concreto e rocha . _


~egos mais difundidos do cimento ultrafino é na compo5 iça~
; &t}•~ de fissuras e aberturas em concretos e roch~s. d
-RD-4e injeção não apresente exsudação (separa~ao :
1
Pera que não ocorra a retração, é dese!áve 10
de retração. Como a pega do cunen
1'tllfdador de pega (geralmente u 111
aai1H.1nec:ao por t mpo maior do que
·nutos. A ex su da çã o 1 -a
1111
30 controle de m ist ur a, ufic·
Pªrfc~ção, Nesse ca so , é es se nc ia l a.r e
ª~essão, em q~ e. o gr au te é fo rç ad a
Padronizados, s1mtlares ao s empregado
P.d 'ulica de solos.
ht ra d
para O preparo . o~ grautes de cimento ulttÍfffi •
misturador~s colo1?a1s co m rotação maior que e , ~ ~ -
, é despeJada na ag ua , e a relação água/pó é 12OOi;p.tn.Aip.t&nü~"í"""ê'· iit
Pºassa). A mistura po r longo período causa aqno~aimente de0,6:a t,«Y~m
m , 'd d · p . .
pega rap1 a o ci m en to . ar a a maioria das apue c1mento e po de
lica _ _ . _promovera
de início de pega de 1 a 2 horas e de fim de çoes, sao ideais os tempos
exs udação à pressão atmosférica após 15 minuto~edga de 2 fia 2,5 .horas. A
e · 101. B b d · ·
ser in.. 1enor a -10 . om as e mJeção com pressa-oeve, .pre erenc1almente,
d ma ior que 5 bar sã o
frequentemente, em yr eg a as , .mas devem ser realizados testes de in· - '
para a corret~ se~eç~o do s eqmpamentos de aplicação. ~eçao
Como. um indicativo para. a seleção dos materiais as abertu -
, ras qu e sao
preen~h1das c?m graute. de cimento ultrafino têm até duas vezes O diâmetro
da maior pa~t1cula do c1 ~e nt o empregado. Aberturas de até IOOµm podem
ser preenchidas co m ci m en to comum e de até 2-30 µm com cimento
ultrafino (NAUDTS e LANDRY, 20 02 ).

26.5.1.3 Uso como material de acabamento superficial


Caldas e grautes de cimento ultrafino são empregados no acabamento
superficial (to pp ing ) de pisos e elementos de concreto. Os mesmos produtos
também são utilizados na recuperação de pisos desgastados, friáveis ou com
fiss uração. A el ev ad a capacidade de preenchimento, mesmo à pressão
atmosférica , ga rante a penetração em fissuras com aberturas 1!1enores ~ue
0,1mm. A ad iç ão de po lím er os modificadores proporc1o~a "m~10~
deformabi Jidade ao material endurecido, além de aumentar a ~~s1,stenc1a a
abrasão, a impe rmeabilidade e a aderência ao substrato, 9ue Jª e elevada
pelo fato de as partículas ultrafinas penetrarem na~ m1cr<:rranhuras do
concreto e promoverem excelente ancoragem após a h1drataça~. 't
O . - ação da retraçao, que ev1 a
a f' utras propriedades desejáveis sao ª compen;O ·nutos que permite a
lib;;s u~ação , e a pe ga rápida, menor do queem ª~145 mi.nutos. O tempo
de a~ao do s pisos pa ra tráfego de pedeS tres t em torno de 15 minutos a
20º~1,cação após a m ist ur a é ger.almente cu ro , essura de até 5mm, com
t · · Os reves tim entos são aphcados em esp
rtncha ou rodo . Há fo rm ulações autonivelantes.
26 5 b'l
1 ização de solos)
1
A..'~Uso em so lidificação de solos (e.8ta , outra aplicação comum do
ªº,
ci111c~~Jcção para es ta bilização de ~o t~:ui~ão às caldas e 5 .graut~!
Previa,º ultra fin o, que veio ern .su ~es químico s, que eram tox1cos,
' nc ntc prcp , ,td os co m agluttnan
854 W Longuini Rep ette

ma ior cu sto e nã o ati ng iam ele va da s res ist ên cia s. De for ma ge ral . os
me sm os req uis ito s pa ra ap lic aç ão em inj eç ão de co nc reto e roc ha são
ap lic ad os ao s gra ute s de est ab ili za çã o de so los .

26.6 Cimento geopolimérico

O cim en to ge op oli mé ric o é obtido po r me io da reação de materiais silico-


aJuminatos co m ele me nto s alc ali no s, em am bie nte altamente alcalino e a
temperaturas próximas da ambiente. O cimento geopolimérico faz parte dos
ma ter iai s co nh ec ido s co mo ge op olí me ros , ou tam bé m po lissialatos.
Qu im ica me nte . os ge op olí me ros res ult am da união cruzada de cadeias poliméricas
de unidades tetraédricas de A104- e Si 04- tendo cátions de metais alcalinos como
balanceadores de carga. Os principais cátions de metais alcalinos empregados são
1
.. a~. K+. Ca +. Li+ e Cs+. O po lím ero mineral que re ulta da reação. o geopolímero.
é predominantemente am orf o e tem elevada compacidade. Esses materiais foram
inicialmente pro du zid os na Uc rân ia. em meados da década de 70, po r Glukhovsk .
sendo pela pri me ira ve z designados co mo geopolímeros pelo pesquisador francês 1
Jos ep h Da vid ov its , em 1976 (K RI VE N. BE LL e GO RD O . 2003).
Os ge op olí me ros po de m ser representados pela fórmula empírica:

(Equação 8)
oade Ré um cát ion alc ali no , n é o gra u de policondensação. z tem valor 1. 2 ou
3 e é o número de mo léc ula s de ág ua .
De vid o a grande va rie da de de matérias-primas passíveis de ser em empregadas
•p ud l,ç ão , ao s dif ere nte s proporcionamentos desses materiais e às condições de
ll,,..,a,ura e pre ssã o du ran te o de sen vo lvi me nto da po lic on de n ação .
.. .. ., .. ,o s co m dif ere nte s características po de m ser obtidos. O termo cimento
r, ap:tfim&ico representa um a cla sse genérica de um a vasta variedade de
h a-; E.asa div ers ida de de possibilidades é o qu e faz do geopolímero-
w: nla de ira me nte pro mi sso res . Qu an to à no me nc lat ura . po r vezes. o
_. _a ,,eacória ati va da co m álcalis tem sid o erroneamente englobado na
_ , _ i,,opo)ímeros. A distinção é cla ra, um a ve z que~ no cimento de
oc orr e po r formação de pro du to hid rat ad o • e o produto
~~~ emJeDto geopolimérico o C-S-H é praticamente ausente.
-
(n) 1 d CPIIE-32 aos 28 dias de idade, mostrando os
.. . • ,
hgum Q . hcm!lmltns l ll•\') (ti) l 1II pm,111 .de l'inw,ntSo port nn · polim érico PSS,
· . (I) e (b) da pasta de cimen to ge o
cn~t11is r---cud0h1..• \t1)l.l)l\llis dt· <.'11(011)~ l' fl1 )tl· lo•s ,k ( · ·11 tipo 1 20 05)
, 1
iis siv n e m on ofásica (SIL VA et a ·• ·
.
nn... 7 dins dt· itlmil'. l\\ ll. ,lt 111l l> si Ili l'!.trutum m . .

. .. do cimento geopolimér~o em
Há um ornndc i ntcnct· l ar·1 o cmpicgo , · plicaç oe s na
· · - a P ' e, ,,·ional em van as a .. d d
b '"' ·
,u StllUH'HO ·10 L'tmcnto poi ·tlnn d conv t' ""iicnto d du
~ s de el ev a ª rabi h da e a
e nra rc cs
co,~. tTução d v il . L'Olll lkstuqrn: P roduc;üo de co•nc
' li , molda os ou
llle1os ~icidos e tlt ) ro~o e 1ncs1m) nn P reto pa ra pre-
ap lica ·õcs in kwo .
2
6.7 intento l~sff r ic o
pelo grupo do
.- ) ,
1111 década l 1
e 90 ·
cimento l ·f \0 tlO Ja1M( '
JÇ <.) ftli it1YL'llltH.
56 n~Lon~uini Repene

Prof. Tanaka. da Tni,ersidarle d e~ , ~ío. Ainda hoje sua produção é limitada


porém recente pesquisas à.e ,.6 tra m as 'anta.gens sobre o cimento Portland
comum. principalmeme qu an w i mai r fiuídez para um mesmo consumo de água
e aditi\·o -uperplastificante e mers ~~ de e olução de calor durante a
hidratação (T...\.: AK A. et ai.. 1999J.
A obtenção do ci m em o est"érico u.ã.o consiste em simplesmente promover
0
de_-gaste do gr ão - de cimem:o :uo.s ar.é ~ue fiquem arredondados. Apesar de
haver w n de -g3.'.)te inicial da s pa n'_ las. o pzocesso principal é o de promover a
aglutinação a SeCO de micrC})anL la s so br e as partículas angulosas do cimento
portland. Para i - - . em pr ega- se _m a cá m ar a arredondada com rotores contendo
hélice . Apó - a coloca~--ão ~ ~ ....... em oP or da nd e de quantidade ajustada de sulfato
de cálcio. usado- orno m a: é: 'ia *i lll a. · ul.fla-se ar a grande velocidade, fazendo
com que o rotor gi re as 2 · ~es e impactem nas partículas do cimento.
Ini ialmente. há um desga.s:e ~ ~ c ia l dos grãos. como uma moagem, para
depoi ocorrer a m is tu ra e a ::ü - , - ~ , , ulas ultra.finas sobre a superfície dos
grã - maiores e men - ar re do -- ~~ . A adesão e a fixação das micropartículas
ultam do efeito· ffsi :. -~ aa:-~-..;: e e :tática e po r forças de van der Walls.
que foi chamado ~ l :. i.n eü . '": ; como processo de microhibridização de
partículas. A di tr ib ui ~ gnmu..t'C.~~'!t nc a cimento esférico fica entre 3 µm e 40
µm . microfotografias da Fi gu ra _o -rram o cimento obtido e revelam um
material compacto e co m e a. ia ê-feri.. ·dade_
eomo a superfície específica d gri menor do que no cimento convencional,
as reações de hidratação se proces am mais lentamente no estado fresco,
prolongando a ação dos aditivo uperplastificantes. Sendo a -área superficial
menor, o teor de aditivo superplastificante necessário para cobrir os grãos é
menor, resultando em menor con umo de aditivo para uma mesma fluidez do
concreto. Além disso, a presença de maior quantidade de sulfato de cálcio na
superfície dos grãos contribui para a redução do teor adsorvido de aditivo, sem
comprometer a fluidez do concreto. Em relação ao concreto produzido com
cimento comum (matéria-prima do cimento esférico), o cimento esférico
proporcionou mesma fluidez com redução de 6% a 8% no consumo de água, ou
redução de até 40% no consumo de aditivo superplastificante de base naftaleno
sulfonato de sódio (TANAKA et ai., 1999).
Apesar dos avanços obtidos com o cimento esférico, sua produção ainda não
alcançou escala de mercado e sua disponibilidade é restrita às aplicações
específicas no âmbito das pesquisas.

26.8 Outros cimentos especiais


26.8.1 Cimento natural
um
O nome cimento natural designa um cimento produzido por calcinação, em
forno, de rocha calcária com elevado teor de argila, de 35% a 60% em massa. A
designação é empregada nos Estados Unidos e no Canadá, desde meados do
século 18. O nome deriva do fato de que era produzido a partir de uma rocha
natural que continha proporções adequadas de cal e argila. Na Europa, o mesmo
cimento era chamado de Cimento Romano, apesar de não ser produzido pela
mistura de pozolanas naturais com cal, como ocorreu desde 300 a.C. até o
declínio do Império Romano.
Foi o cimento mais empregado para a construção de pequenas e grandes obras
durante os séculos 18 e 19, dentre as quais se destacam a Estátua da Liberdade e
o prédio do Capitólio, nos Estados Unidos, e um grande número de pontes e
túneis daquelas épocas. Na Europa, é o cimento encontrado nos revestimentos e
adereços da maioria das fachadas dos edifícios Art Nouveau, do século 19.
Sua produção foi reduzida drasticamente após a consagração do cimento
Portland a partir do início do século 20. Atualmente, tem despeitado novamente
o interesse de pesquisadores e construtores, pois é produzido com menor
consumo de energia e é mais indicado para compor as argamassas e concretos
empregados em reparos e restaurações de obras produzidas há mais de um século
com esse mesmo tipo de cimento.
O desenvoJvimento do cimento natural é creditado ao inglês John Smeaton. o
primeiro Engenheiro Civil. Em 1756, suas investigações culminaram com a
produção de um cimento hidráulico para ser utilizado nos reparos do farol
Eddystone, na costa e.la Inglatena. O farol foi restaurado em 1759 com o cimento
a. de Smeaton, que apresentou elevada resistência química à ação da água do mar,

..
858 w. Lo11g11i11i Rt!/1Cfft•

com desempenho sati fatório que não requereu reparos pelos próx r, os l nnos.
O cimento era produzido pela pulverização e pos terio r calcinaç ão de urr lcário
argiloso contendo adequadas (mas na épo ca indefinidas) quantidades a, ferro,
magnésio, silício e cálcio.
Atualmente, o cim ento natural voltou a ser produzido nos Estados Unidos
empregando-se as n1e mas matérias-primas antes utili zadas, com calcinação em
fom os a temperaturas de 750ºC a llOOºC. A descarbonatação da calcita não é
total. Nes sa temperatura , não são formados todos os constituintes presentes no
cimento Portland. que é obtido a temperaturas ao redo r de 1400ºC . Em estudos
recentemente realizados, dete nnin ou- se que , no cimento natural, a a-b elit a e a í3-
belita, além de gehelinita (C2SA) , são os principais elementos aglutinantes
(HU GH ES et al., 200 7). Suas quantidades dependem da temperatura e do tempo
de forno, da matéria-prima e do teor de oxigênio no forno durante a calcinação.
Diferentemente do cim ento Portland, não há necessidade de adição de ges so para
o controle da peg a do cimento natural, pois ela é controlada pela própria
com pos ição do cimento. Ao término da calcinação, o cimento natural pod e ser
moí do para que se alcance a finura desejável para uso.
A peg a do cim ento natural é rápida, normalmente ocorre de 1O a 20 minutos
após a mistura com água. Sua cor característica varia entre o amarelo e o marrom
claro. A resistência à compressão alcançada varia, geralmente, entre 5 e 1S:MPa.
A peg a qua se imediata e a resistência às idades iniciais devem-se à formação
carbonatos, sulfatos e aluminatos de cálcio hidratados. O ganho de resistência a
lon go pra zo oco rre por form açã o de hidratos de silic ato de cálc io
(VYSKOCILOVA et al .. 2007).
Um a das desvantagens do cimento natural é a dependência da disponibilidade
de fontes abundantes de calcário argiloso e da variabilidade que isso implica às
características no estado fresco e endurecido. Essa limitação deixou de existir
quando, em 1824, um pedreiro inglês, Joseph Aspdin, patenteou um cimento
obtido por calcinação de quantidades definidas de calcário e argila: o cimento
Portland.

26.8.2 Cimentos de magnésio


Cimentos de magnésio são obtidos pela reação de óxido de magnésio com sais
de magnésio ou fosfatos solúveis. Esses cimentos apresentam diversas vantagens
sobre o cimento Portland, principalmente maior resistência à abrasão, rápido
ganho de resistência mecânica e elevada aderência a materiais orgânicos e
inorgânicos. São empregados em materiais de reparo e proteção superficial.

8J2..1 Cimento de oxicloreto de magnésio ou cimento Sorel


• 111to de oxicloreto de magnésio é também conhecido com o cimento de
nto Sorel, em alusão ao seu inventor. Sorel, um químico, com
to (lll& hav ia proposto em 1853 e que tinha o zinco como
~ 867 desenvolveu o cimento Sorel de magnésio,
flhCCld •
d rn n~,.,.'-"'au·.llllill
id d g para M.• ~ l[l f,

"' d M 12• ó ·dodema


~l rl,onnto d ~a~né io) em fomo
(\ principal fa es do e
' íi~oH), .Mg l2,8H20 e 5Mg{OH)2
.. , M fonnu 5, a que tem melhores
1.0~\: ,s molnrcs d
11 Wt .
e M gO :M gC l2:H 0 in n~ 11
d á . 2
i; ~ i,
ll t Mi!O e com teor e g~a o mais
p~xun~
0 d m c n to orei possu~ elev~da resistência gú{iiiica,;• at,Q
1
,,~ l,, n lélll _de elevada resistência~ abrasão (ti& vezes maior
,1 111 1und). E c.1nprcgado em rev~stimentos de piso
s industriais r e ~ íi il
,lll·~·i\o no togo • .como matenal de revestime
11 nto de moinh~ e matetiaw de
l\'p:u,,s . Por. ad~nr _adequadai:nente a materiais
utililado na tabncaçao de mast1ques e de prod
orgân icos e ino tg imr.os E
utos de reparo de concreto. Olitra
"mtaC.t'lll é que desenvolve rápida resistência mec
ânica e sem a necessidade de
cmI prt)longada. Isso faz do cimento de oxiclore
to de magnésio um material
muito intcn:ssantc para a fabricação de produtos
de reparos emergenciais e para
os ·nsos cm que o tempo de parada (em indústri
as, pavimentos, etc.) deve ser
minimi1t1do (M A IL Y A G A N A M , 1992). Pode atin
girresistênciaàcompressãode
50 n 70 MP n cm menos de ?dias.
un utili,nção deve ser criteriosa, já que o contato
prolongado com água pode
provo ·nr diminuic;ão de resistência e lixiviação d
e cloreto de magnésio. O efei~
ddrtério dn cxpos ic;ão prolongada à água tende a
ser atenuado pela carbona~ao
do · compostos hidmtados, já que uma camad
a protetora _e menos soluvel
contendo n M g:,( 01 l) C IC 0 J H 0 é formada
1 2 na superfície dos elementos
produ, idos com esse cimento (SHAND, 2005).

-6.8,_,_ imcnto de oxisulfato de mag~és~o .


~ ci mento de o x is ulfato de 1
ma g né Sio e o~ttdo p~ ª ~::~:ºhidratada ão
- de MgO com
:ull nto dr mn g né s io . S e g undo Sha nd <200 ),
f 3Q ºC
q ua M ro (O H ) M g S O 3 H O
~r mntln s n te mp c rnturn s de I2 0 ºC 5 g 2

Oormn-5 ). 3M g(011) ,. M gS 04 .8H 20 (f~rm 3


ª a - ) 'M g (O H ). ,.
2· 4·
MgS04 .5H 20 . e
3 , é e st á ve Í a tem p era tu ra s
lg~O l-l) , .... MgS O ,.3 11 .z(J . Som e nte a orma-
abn 1\o tl c '\ S º( '
• • .
O .uso drssl' l' in w 11to (.; nu ·estrito na co n struçao - civ il ap esar de ter
I •
11 s .' . . ,. . à
Sorel No entanto , sua re s1stenc1a
Propnedndcs SL'ml' lh n11tvs ns <lo c1mcntofi d ·pel
o contato prolongado com a
abrnsuo te nde n M:r m L·1101-. e wmbém é a cta
uguu . o

..6 8 1 , . • 11,.,gnés io
11111:
·l .. ... "'
O · n tn , 1· l~ 1~ I H I( ) (
.
1
t b 'd pe la
- d , 'do de m a o-n és io
' ' · , '
· é o ti o re açao e oxi b
º , ·
e cunc nto til· 11) l'i tl(1 dt niugncs 10 ,.
te fo s fato de amonto · m ono a s1 co
OI\\ ll ll l fo ~I l ' ,l l l\ l Y ·1 , 1 1 o rn u tl tn Cll .
,'U,O 11' 1,,111111111/ N,.,,, 11,

( NII 111 ,I'< >11111 1 d ih,, i, o (( NI l I l 11IPO 1) Shand l2005) dc,~1e\ e o me can i_m ode
11·:11,'llc, ,•1111111 ·,1·11d11cl1111pn 111·Hlo hll'-l', qttl'. inir ialm cnte. pn. du2 um gel para.em
1•1•1111L1 1 11 ·,1,111 1,11 11111 lo'.l.111> 111\olmd. pri nci pal me nte . J-l.1t1gP0.!.6H,O .
I{,·• ·,,11111 1111111i1 q1w , p111·:1 qt,l ' 111u, rn·n na pq: .a 111slnntànea. o ó,i do de m.agnész~
11 11d11 111"1 ,1· , 11111'11111 d,•vc kt h111 ,., n·at1\ ida<..k l' '-l'r em pre gado junt" ~en te e ni
1

111111 ta1cl;11l111 cll' jll'l 'll. fl' l':tl111l'llh.' , ll' ldo hon ro tl---l;BO J.
1

1>1 11111 ' 11•, l'i llll' llh 1\ dl' 11111 , 1ll'\ ll) , o 1,.'llllL'lllO de fo,fat de magne i" é qu e~
1 1

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l n •lu nnN idud s inicius . D ·nll • ·ss~s. os sulfoaluminat l · d \.'ál 'i
hayun ( ,, ) pm •e m Sl'I' os d nmior fi 'i n 'ia. pc nd . ai
n~t, l'l\t' \rnir tn11 alumlnntos d • 1 io ·omo o o l _ 7 par a e n · fi ·
n b o du • o d n rgiu d mi:sã d gru· "ari1'Jni • mas
d qu l
,., há uma com
Nª~iais rotulados com
cO~etaS os que tê m o cimen
cfis~nam~nte, por aumento d a
i,asic rcionamento adequado de
P~~ta sem comprometer o ganho d a •
etrl~orrnulações à bas~ de cimento PortI
~oaluminatos de c,álc10. O objetivo é proífi
de etringita•. que sera o eleme_?to res~nsável
seus mecamsmos ~e formaçao de etringita j fôiáirl descri
Cirnent? de rebé~çapodocompen ª~1~ e 26.83, Cimento de belita
magnésio tam m em er utt 1zado para a fabricação de c~ n tõ sf &
rápida.
26.9 Considerações tinais

Demandas mais espec~fi.cas de aplicação e critérios mais


rigorosos de
desempe~o para os m~tenai de coo _trução: aliados às necessid
de menor unpacto ambiental, podem 1mpuls10nar o desenvolvim ad es de geração
ento e o uso de
cimentos especiais. A disponibilidade desses cimentos tomar-se-
á maior quanto
mais evoluído for o setor da construção civil. Os avanços até aqui
experimentados
já permitem a produção e o uso racional de uma grande
diversidade des es
cimentos, sendo fundamental que e conheçam e considerem os
benefícios e as
limitações inerentes a cada um. Certamente, mais cimentos
especiais serão
inventados , o que faz deste um tópico de evolução contínua
no setor da
construção civil. O desenvolvimento e o uso dos cimentos ho
je classifi~ados
como especiais contribui e contribuirá para que avancemo~
na melhona da
qualidade das nossas construções e alcancemos desenvolvim
ento de forma
sustentável.

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