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MATEMÁTICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA
LINGUAGENS E CÓDIGOS
São Paulo
Henfil - Educação e Sustentabilidade
2014
EXPEDIENTE
Bons estudos!
5
SUMÁRIO
ORIENTAÇÕES DE ESTUDO
ENTENDA AS NOTAS
6
ACESSO AO ENSINO SUPERIOR
7
Exercícios.......................................................................................................................................................129
8
Competência 6 – Gráficos e Tabelas ...........................................................................................225
O que o MEC pensa dessa Competência................................................................................................226
Entenda a Competência...............................................................................................................................227
As Habilidades, Dicas e Proposta de Aula.............................................................................................228
Exercícios.......................................................................................................................................................229
9
Entenda a Competência...............................................................................................................................311
As Habilidades, Dicas e Proposta de Aula............................................................................................312
Exercícios.......................................................................................................................................................313
10
As Habilidades, Dicas e Proposta de Aula.............................................................................................398
Exercícios.......................................................................................................................................................399
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A Redação no ENEM
O que será avaliado na sua redação? ................................................................................................ 493
Dica: um modelo para a sua redação ............................................................................................... 495
O 2° dia de prova: uma maratona ........................................................................................................ 495
Como é feita a correção da redação? ................................................................................................ 496
Mãos à obra .................................................................................................................................................. 501
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ORIENTAÇÕES DE ESTUDO
O que é o ENEM?
O ENEM é hoje muito diferente de quando nasceu, em 1998. Pouco mais de cem mil pessoas
realizaram a primeira prova, que tinha como principal função avaliar o Ensino Médio no Brasil. Ago-
ra, além dessa função, ele incorporou várias outras, como ajudar o aluno a conquistar uma vaga em
uma Universidade Pública, uma bolsa em uma Universidade Privada, o certificado de conclusão do
Ensino Médio e até mesmo uma bolsa para cursar parte de seus estudos no exterior.
Hoje são mais de oito milhões de pessoas que realizam a prova do ENEM, todo ano. Em boa
parte das Universidades do país, ele passou a ser a única nota avaliada na seleção para as vagas.
Já são cerca de 200 mil vagas distribuídas em Universidades Públicas, anualmente, só com a nota
do ENEM, além de aproximadamente 200 mil bolsas do PROUNI.
O Guia ENEM tem a função de
orientar os estudos para o ENEM, para o ENEM no nde
Alunos se preparam ON G que atua na gra
que passou a ser o maior vestibular Cu rsi nh o He nfi l,
do país; porém, um vestibular dife- São Paulo.
rente dos demais. Saber por que ele é
diferente, conhecer bem este modelo de
exame e pensar uma estratégia para en-
frentar os dias de prova ajudará você a
conquistar uma das vagas em universi-
dades que têm como critério as notas no
ENEM ou a conquistar seu certificado
de conclusão do Ensino Médio.
Guia ENEM 13
Com uma matriz de 30 competências e 120 habilidades, o que é bem menos do que é cobrado
no Ensino Médio tradicional, a prova do ENEM é muito mais simples de ser resolvida do que as
provas da maioria dos vestibulares brasileiros. A prova segue uma tendência mundial, já que, em
outros países do mundo (em lugares onde há vestibular), o conteúdo cobrado é menor. Além disso,
a cobrança de uma matriz de conteúdos reduzida, e inovadora, pelo ENEM, que é o maior Exame
Nacional, ajuda as escolas de Ensino Médio a reformarem seus currículos. Funciona assim: na
busca de prepararem seus alunos para a prova, as escolas terão de adaptar a grade de conteú-
dos ensinada nas salas de aula. Para isso, precisarão de materiais didáticos adequados, e então
irão comprá-los de editoras que tiverem se adaptado também. Dessa forma, as editoras deverão
reformar seus materiais para adequar-se ao novo modelo. A tendência é que, com o tempo, as
propostas pedagógicas que focam no desenvolvimento das competências e habilidades, através
de uma grade reduzida de conteúdos, ganhem espaço na educação brasileira, em detrimento do
ensino conteudista que predomina hoje.
Sim. Com uma estratégia bem feita, o aluno terá uma nota maior no ENEM. É preciso
estar claro que estudar conteúdo demais não é a melhor opção do ponto de vista do custo/
benefício, ou melhor, do ponto de vista do tempo de estudo/questões acertadas.
Os alunos tendem a estudar mais o que sabem muito bem ou o que não sabem nada.
Só dá para saber se essa é a melhor opção depois de estarem claros os seus objetivos. Para
garantir sua vaga nos cursos mais concorridos de Universidades Públicas, como Medicina e
Direito, o aluno realmente precisa saber quase todo o conteúdo cobrado pelo ENEM. Mas tam-
bém há outros cursos que podem dar ao aluno uma boa carreira, como Biologia, Enfermagem,
Psicologia, Pedagogia, entre outros, que exigem uma nota bem menor nas provas. Para esses
cursos, é necessário que o aluno saiba bastante para passar, mas não que saiba tudo.
A UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Jan
(Universidade Federa eiro) e a UFRRJ
l Rural do Rio de Jan
tas outras, utilizam o eiro), entre mui-
ENEM como forma úni
ca de seleção.
14 Orientações de Estudo
Então nossa primeira lição deste guia é que nem tudo que está nos livros didáticos e nas
apostilas de cursinhos aparece na prova do ENEM. É preciso descobrir o que é cobrado e o
que não é cobrado, e isso é bastante simples.
O primeiro passo para quem vai estudar para o ENEM é resolver as questões das provas
dos anos anteriores, a partir de 2009 (quando o ENEM começou a cobrar a nova matriz de com-
petências e habilidades e passou a selecionar candidatos para universidades públicas). Do
ano de 2009, temos a prova que “vazou” e foi cancelada, temos a prova aplicada e também um
conjunto de questões, liberado pelo INEP, que serviu como modelo para quem fosse estudar
para a nova prova. De 2010 para cá, temos 2 versões por ano: a versão aplicada nacionalmente
e por isso mais conhecida, e a segunda versão, aplicada em instituições prisionais e para pes-
soas, ou cidades, que tiveram algum problema na realização da primeira prova. Todas essas
provas têm o mesmo modelo (afinal, são elaboradas a partir da mesma matriz e pelas mesmas
pessoas) e podem ser utilizadas para estudo.
Mas como vou conseguir todas essas provas, já que nem todas elas foram disponibiliza-
das pelo INEP para a população? O Guia ENEM resolveu esse problema para você. Consegui-
mos todas as provas, selecionamos as questões mais típicas e mais importantes, dentre todas
elas, e colocamos nesse Guia. E já dividimos as questões conforme a matriz de competências
e habilidades cobrada. Ou seja, você encontrará, nas páginas seguintes, 30 capítulos: cada um
deles explica e traz os exercícios relacionados a cada uma das 30 competências exigidas
por essa matriz.
Resolver essas questões é como se preparar para uma prova esportiva, como
MotoCross, no qual você precisa saber anteriormente os detalhes do per-
curso para se sair bem. No ENEM também é assim. Como as
questões são muito parecidas de um ano para o outro,
se você souber os detalhes do percurso, vai realizar
material com mais
a prova muito melhor do que quem nunca teve con- Se você quiser um
os a co leção Guia
tato com ela. Mãos à obra. Sem a ajuda de livros questões, tem
, qu e traz todas as
ENEM - Atividades
e/ou computadores, amigos e professores, tente s qu e já ca íra m nas provas do
questõe
resolver todas essas questões. Ao resolvê-las, 9. Pro cu re em nossa
ENEM desde 200
você já começará a se acostumar com o “jeitão” iae m.org.br
ne
loja virtual: www.gu
do ENEM.
Agora que você resolveu as questões relacionadas a cada uma das 30 competên-
cias, será necessário um pouco de trabalho para você ter a clareza do quanto já está prepara-
do para a prova e o que precisa estudar. Confira o gabarito e anote quantas questões, de cada
capítulo, você acertou. Leve em consideração a quantidade de questões de cada capítulo,
ou seja, se você acertou 8 questões em 2 capítulos diferentes, mas um tem 12 e outro tem 16
questões, você errou proporcionalmente bem mais no segundo capítulo. Ou seja, você tem que
calcular a porcentagem de questões acertadas no montante de questões de cada capítulo. Por
exemplo, 8 questões corretas, num total de 12, é igual a 66%. E 8 corretas, num total de 16, é
igual a 50%. Faça as contas e anote seus resultados nas tabelas a seguir.
Guia ENEM 15
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÕES
Competência Total Corretas Porcentagem
1 - Cultura e Identidade 18
2 - Geopolítica e Território 14
3 - O Estado e o Direito 17
4 - Evolução Tecnológica e Revolução Comportamental 19
5 - Cidadania a Democracia 17
6 - Sociedade e Natureza 18
16 Orientações de Estudo
Opa! Agora já sei meus erros e acertos no ENEM.
Agora, certamente, você já está acostumado com o tipo de questão que cai na prova. Se
prestar atenção, vai ver que a maioria dos conteúdos, como, por exemplo, média, moda, media-
na, metro cúbico, eletricidade básica, radiação, ciclos biogeoquímicos, geração de energia,
evolução industrial, uso de mapas, modernismo, entre outros, são os que mais aparecem. Tam-
bém vai notar que muito do que está nos livros de Ensino Médio e nas apostilas de cursinho
não aparece em nenhuma das questões, ou aparece muito pouco.
O mesmo acontece com a avaliação de suas capacidades cognitivas e de sua visão éti-
ca da sociedade. Reparando bem, você verá que a valorização do meio ambiente sustentável,
da democracia, da diversidade cultural e linguística, das conquistas sociais, do uso da ciência
em prol da melhoria da qualidade de vida, da defesa do consumidor, das novas tecnologias da
informação, da análise de gráfico e tabelas, do entendimento de que mudanças econômicas
trazem mudanças comportamentais, do respeito à diversidade linguística, da compreensão
que as várias formas de expressão artísticas são representações da identidade dos povos e de
que sofrem influências de seu tempo e espaço, entre outras questões, são muito consideradas.
Com a tabela preenchida, você já pode perceber quais são as competências (e, por con-
sequência, quais são os conteúdos) com que você já tem mais afinidade. Mas será que você
deve focar seus estudos simplesmente nas competências em que teve menor desempenho?
Não é simples assim. Você precisará elaborar uma estratégia para seus estudos.
Guia ENEM 17
Aquelas competências em que você
acerta boa parte das questões, uma por-
centagem próxima ou um pouco acima de
50%, são competências que você tem mais
facilidade de aprender e que a probabilida-
de de acertar mais questões, se você estu-
dá-las, é muito maior. Vale a pena dedicar
ra l de Lavras), seus estudos a elas. Mas cuidado para não
ade Fede acesso.
s da U FLA (Universid com o fo rma única de emperrar os estudos em um único conteú-
Aluno EN EM
que utiliza o do/competência.
instituição
Já as competências em que você
acerta menos de 50%, ou mesmo não acer-
ta nada, estas são as que você tem mais dificuldades de aprender.
Se o seu curso não tem uma nota de corte muito alta e se seu rendimento é muito ruim ape-
nas em uma ou duas competências, não tem problema deixá-las de lado. Afinal de contas, você
não precisará acertar toda a prova para ter a nota que precisa no ENEM e cada hora estudada
nessas competências também trará pouco retorno na relação custo/benefício.
Por exemplo, se você teve um baixo desempenho em geometria e em álgebra (competên-
cias 02 e 05 de Matemática), e só tem tempo para estudar um dos temas, escolha aquele que
você consegue aprender com maior facilidade. Outro exemplo: se você já tem uma pontuação de
90% na competência 04 de ciências da natureza, dedique seu tempo às outras, mesmo que não
tenha total domínio dos conteúdos cobrados na competência 04.
Ou seja, você deverá escolher os conteúdos para estudar considerando o tempo investido
em estudo e a quantidade de questões que poderá acertar a mais se dominar esse conteúdo.
Portanto, vimos que a melhor estratégia de estudos é diferente para cada um dos partici-
pantes do ENEM, pois depende dos seus objetivos e considera o desempenho que o aluno já tem,
sua facilidade para aprender e o tempo de que dispõe. Agora que você já tem os instrumentos,
construa a sua estratégia. Escolha as competências que irá estudar e procure aprender mais
sobre os conteúdos indicados pelos textos e dicas de cada capítulo desse Guia.
de resistência
ENEM, uma prova
18 Orientações de Estudo
Se fosse possível analisar dois alunos com exatamente o mesmo acúmulo
de conteúdos e mesmo desenvolvimento das competências e habilidades cobra-
das pelo ENEM e um deles fizesse um pouco mais que uma hora de caminhada
por dia, enquanto o outro se mantivesse sedentário, o número de questões acer-
tadas pelos dois seria diferente. Certamente, o candidato que se prepara fisica-
mente consegue chegar a um resultado mais condizente com a preparação que
fez em toda a vida, dentro da escola e fora dela.
Mesmo que mais fáceis que as dos vestibulares convencionais, as 90 ques-
tões do primeiro dia do ENEM exigem grande resistência e capacidade de con-
centração. Elas apresentam textos longos e cobram a utilização de capacidades
cognitivas para interpretação, interpolação e extrapolação de suas propostas. Já
no segundo dia, quando o candidato chega mais cansado, sem saber o que signi-
fica o resultado que teve no dia anterior, é exposto a uma situação pior.
No domingo, as questões de linguagens são as que possuem os textos
mais extensos e as de matemática exigem que o candidato faça vários cálculos,
mesmo sendo a maioria deles muito simples. São simples, mas, no seu conjunto,
dão muito trabalho, levam muito tempo e exigem bastante concentração do aluno.
Demora muito mais fazer a prova do segundo dia que a do primeiro. Além disso,
é neste dia que está a redação, e o estudante só tem uma hora a mais de prova,
tempo insuficiente para fazer tudo bem feito.
Para os candidatos sabatistas, como é o caso dos adventistas, a maratona
fica ainda mais cansativa. Eles precisam chegar ao local de prova, no sábado, no
mesmo horário dos demais, mas esperam até o começo da noite para iniciarem a
prova e chegam em casa já na madrugada de domingo, dia em que terão de fazer
uma nova prova.
Além de a prática de exercícios físicos ajudar o aluno no preparo para uma
prova que também é de resistência, a caminhada, por exemplo, pode ajudar a
manter a atenção, o que só melhora o desempenho.
s
de de Illinois, entre ele
adores da Universida
Um grupo de pesquis com aluno s de no ve an os de
nvolveu um trabalho as de 20
Charles Hillman, dese etidas, em alg uns dias, a caminhad
crian ça s eram subm sa va m. Testes
idade. As apenas descan
tos em es teiras mo torizadas. Em outros, mi nh ad a, fica vam
minu faziam ca
s mostram que, quando entando
aplicados nesses aluno tos e imag en s, ap res
reendiam melhor os tex s pro-
mais atentos e comp ad es escolares e melhor resultado na
dese mp en ho na s ativid Ne uro sc ien ce.
melho r o de 159 da
cado em 2009, na ediçã
vas. O estudo foi publi
Guia ENEM 19
ENTENDA A NOTA
Sim e não. É evidente que algumas questões são mais difíceis que outras, mas não existe,
até hoje, uma proporção claramente definida por quem organiza a prova. O motivo mais evidente
disso é que não são todas as questões que estão no ENEM que são previamente testadas, infor-
mação que consta na resposta do INEP/MEC no processo em que o Ministério Público do Ceará
questiona o ENEM pelo vazamento das questões de 2011. Lá está escrito que não necessariamente
todas as questões do ENEM foram previamente testadas. Isso fica evidente ao verificarmos que
várias questões são feitas de fragmentos de textos publicados na imprensa poucos dias antes da
aplicação das respectivas provas. Não daria tempo de testá-las. É o caso, por exemplo, da própria
proposta de redação do ano de 2011.
Esse documento resultante do processo do Ceará também diz que o método de TRI (Teoria de
Resposta ao Item) utilizado é o método Bayesiano Expected a Posteriori (EPA), o que significa que a
definição de uma questão como fácil ou difícil acontece só depois que o INEP corrige a prova de todos
os alunos concluintes do Ensino Médio e que, provavelmente, até as questões testadas ganham peso
só depois dessa correção.
Se acerto uma questão difícil e erro uma fácil, o método ‘anti-chute’ cancela meu acerto?
Apesar de o MEC e quase toda a imprensa afirmar que sim, a questão é um pouco mais com-
plicada. Na verdade, a nota do ENEM não é dada pela soma de questões vezes o peso de cada
questão. E nem o erro de uma questão cancela o acerto de outra. A nota do ENEM é dada, em
cada uma das quatro provas objetivas, pelo caminho que cada aluno percorreu. Sendo assim,
dois alunos, por exemplo, com 30 acertos em mate-
mática, terão notas diferentes se não tiverem acer-
tado as mesmas 30 questões. Um aluno com 29 ou
28 acertos pode ter uma nota maior do que aquele
que acertou 30.
Como é feito esse cálculo? Simples. Em tese
(porque o MEC se nega a abrir os dados para que A nota do ENEM é dada,
pesquisemos mais sobre o ENEM), se um aluno acer- em cada uma das quatro
tou 30 questões e foram as mesmas 30 que milhares provas objetivas, pelo
de outros alunos, a TRI (Teoria de Resposta ao Item)
“caminho” que cada
entende que ele teve um caminho mais consistente
do que um aluno que acertou sozinho um conjunto
aluno percorreu.
de 30 questões. Milhares de alunos com 29 acertos
terão uma nota maior do que o aluno que acertou
sozinho um conjunto de 30 questões. O que o INEP/
MEC chama de método ‘anti-chute’ está relacionado
20 Entenda as Notas
ao caminho que o aluno escolheu, e não a cada questão respondida.
A nota que o ENEM divulga em cada uma das quatro provas objetivas é bem diferente das
notas que estamos acostumados a ver no dia a dia porque não é divulgada em uma escala decimal
(0 a 10, a 100, a 1000, etc.). É uma nota divulgada em uma escala diferente, chamada de desvio pa-
drão. Essa escala de desvio padrão do ENEM tem como média 500 e 100 pontos a mais ou a menos
a cada desvio padrão que o aluno tiver em relação à média dos alunos concluintes do Ensino Médio
(quando o caminho do aluno não completa um desvio padrão inteiro, o ENEM coloca esse caminho
na curva de desvio padrão dos alunos concluintes do Ensino Médio e atribui uma nota fracionada).
É uma conta bastante difícil de se fazer, sobretudo para milhões de provas, e ela só é possível gra-
ças a modernos programas de computadores.
Para tentar facilitar o entendimento, vamos imaginar que a nota não fosse dada ao caminho,
e sim ao número de acertos de questões. Vamos usar como exemplo as provas de matemática do
ENEM do ano de 2011. O caminho médio (e então a nota média) de matemática, naquele ano, foi re-
cebido por alunos que acertaram algo entre 12 e 13 questões das 45. Isso dependia de quais foram
essas 12 ou 13 questões acertadas. A esse aluno que representava exatamente a média, foi dada
a nota 500. Vamos agora fazer de conta que nem as questões e nem o caminho tenha importância
para a nota. Imagine que a média de acertos em matemática, dos alunos concluintes do Ensino
Médio, tenha sido 13 acertos. E, para facilitar nossas contas, que, dos mais de quatro milhões de
pessoas que fizeram a prova em 2011, exatamente um milhão eram concluintes do Ensino Médio.
Para fazer o cálculo do desvio padrão, teríamos que somar os acertos desse grupo de um milhão
de pessoas, resultando em 13 milhões. Como 13 milhões divididos por um milhão dá 13, quem acer-
tasse 13 questões seria colocado no meio de um gráfico, que vamos chamar de ‘gráfico de desvio
padrão’, e sua nota seria 500.
Para definir o desvio padrão, o computador faz um cálculo que confere a diferença de acer-
tos de cada aluno em relação a 13 (média de acertos do grupo considerado),
soma todas as diferenças e divide pelo total da população considera-
da, que no nosso caso é 1 milhão. Quem acertou 30 questões
manda 17 pontos para o cálculo, quem acertou 6 questões
manda menos 7 (7 negativo), quem acertou 13 manda zero,
quem acertou 15 manda 2, quem acertou 20 manda 7, e as-
sim por diante.
Vamos imaginar que a soma dessas diferenças te- A nota no ENEM é
nha dado 7 milhões. 0 valor “7” é o nosso desvio padrão. atribuída pela sua
A cada 7 questões a mais que o aluno fizer, ele recebe 100
“distância da média”.
pontos a mais que 500 (a média 500 e o desvio padrão 100
são estabelecidos pelo ENEM como padrão). Então, com 20
acertos, um aluno faria 600 pontos. Com 27 acertos, faria 700
pontos, com 34 acertos, 800 pontos, com 41 faria 900 pontos
e, como a prova só tem 45 questões, ninguém consegue
fazer 1000 pontos. Da mesma forma, mesmo errando todas as questões, ninguém faz zero ponto
(a não ser que não tenha assinalado a cor da prova e/ou não tenha transcrito a frase da folha de
provas para o cartão de respostas).
Guia ENEM 21
Para simplificar, a sua nota no ENEM é dada por sua distância em relação à média. É por isso
que as maiores notas do ENEM, divulgadas pelo INEP/MEC, sempre estão em matemática. Como
os alunos acertam em média menos questões dessa área, quem acerta tudo fica a uma distância
maior da média do que quem acerta tudo em Linguagens, área em que a média da quantidade de
acertos é bem maior. Devemos lembrar, como explicado antes, que essas notas são dadas conside-
rando os caminhos dos alunos, e não pura e simplesmente pelo número de acertos totais.
Para te ajudar a entender melhor o cálculo da nota, e também para ter ideia de quantos
pontos você precisa fazer para obter determinada nota, realizamos uma pesquisa e elaboramos
um conjunto de dados que podem lhe servir como referência. É claro que, como já dissemos, essas
notas mudam a cada ano, e se um aluno passou com determinada nota em um curso, isso pode não
acontecer com você. Mas o contrário também pode acontecer, ou seja, se a nota média no ENEM
ou a concorrência pelo curso desejado diminuir, a nota de corte pode cair.
A pesquisa consistiu em comparar o número de questões acertadas e a nota final obtida por
mais de 1200 alunos que fizeram a prova aplicada em 2013. Com isso, você poderá verificar quantas
questões precisa acertar para ter a nota aproximada necessária para entrar no curso desejado.
Além disso, você pode baixar a prova da internet, resolvê-la com o tempo marcado, somar sua
pontuação e verificar qual nota conseguiria se tivesse feito o Exame pra valer.
900
800
700
600
NOTA
500
400
300
200
100
0
5 10 15 20 25 30 35 40 45
ACERTOS
22 Entenda as Notas
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
900
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Guia ENEM 23
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
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NOTA
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ACERTOS
Como você pôde notar, as maiores notas são alcançadas na prova de Matemática e
as menores na de Linguagens. Então será que os alunos, em geral, acertam mais em Mate-
mática do que em Linguagens? Não, pelo contrário. Funciona assim: como a nota do ENEM é
dada por desvio padrão, ela representa a distância que o aluno alcançou em relação à média
nacional de acertos. Ou seja, como a média nacional (quantidade de acertos média dos alu-
nos concluintes do Ensino Médio) é menor em Matemática, e maior em Linguagens, se você
acertar a mesma quantidade de questões em Matemática e em Linguagens a sua nota em
Matemática será maior, pelo motivo da média de acertos em matemática ser sempre menor
que a de Linguagens. Por exemplo, se a média nacional em Matemática for 13 e a média
nacional em Linguagens for 21, e você acertar 30 em cada uma das provas, você estará a 17
pontos de distância da média nacional de Matemática e a 9 pontos de distância da média de
Linguagens. Seu rendimento, em relação à média nacional, é melhor em Matemática, e por
isso sua nota é maior nessa área.
É possível observar, nos gráficos, a variação das notas obtidas para cada pontuação,
por área do conhecimento. Você poderá verificar que a nota atribuída a cada aluno é dife-
rente, mesmo que tenham acertado a mesma quantidade de questões na prova. Repare tam-
bém que, mesmo que o aluno acerte o mesmo número de questões em cada uma das quatro
provas, a nota obtida em cada uma delas irá variar. Isto acontece porque, na verdade, a nota
do ENEM não é dada a cada questão que você acerta, e sim ao ‘caminho’ das suas questões
corretas. Por exemplo, duas pessoas que acertam 30 questões não ficam com a mesma nota
se não acertaram as mesmas 30 questões. Vamos imaginar que uma pessoa acertou as mes-
24 Entenda as Notas
mas 30 questões que um conjunto de 100 outros candidatos. E uma outra pessoa acerta as
mesmas 30 questões que um grupo de 2000 outros candidatos. Os alunos do segundo grupo
(de 2001 candidatos) ficam com notas maiores que os do primeiro grupo porque o ‘caminho’,
ou o ‘construto’, das questões que acertaram é mais sólido. Ou seja, há mais lógica nas
alternativas que os alunos do segundo grupo marcaram, sendo menos provável que tenham
acertado questões ao acaso.
Como já temos dito, o ENEM usa uma forma diferente de calcular a nota. Para explicar a você,
que vai realizar o Exame, como funciona esse cálculo, o Guia ENEM proporcionou a um aluno, cujo
nome real foi reservado e chamamos aqui de Lucas, a oportunidade de entrevistar Fred Vilela e Edu-
ardo Quintanilha, especialistas em Teoria de Resposta ao Item.
Provavelmente, suas dúvidas são as mesmas que as do aluno selecionado para realizar a en-
trevista. Portanto, acompanhe abaixo a entrevista de Lucas com Fred e Eduardo e entenda melhor
como é calculada a nota do ENEM!
Lucas: É verdade que quanto mais difícil a questão que um aluno acerta, maior será sua nota?
Podemos dizer que algumas questões têm mais peso que outros?
Eduardo: A ideia de peso não é muito adequada. Vemos muita gente, equivocadamente, dizer
que acertar os itens (questões) mais difíceis é melhor que acertar os fáceis, o que não é verdade. Não
podemos perder de vista que o objetivo do ENEM é medir a proficiência do aluno, o que é mais profun-
do do que simplesmente saber quais itens ele acertou. Nas provas que medem somente o índice de
acerto, a nota do aluno está diretamente ligada ao nível de dificuldade da prova. No caso do ENEM,
que utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI), a nota será sempre a mesma, pois o que está sendo
medido é o conjunto de habilidades do estudante.
Lucas: Então o que determina o quanto o acerto de uma questão poderá influenciar na nota
de um aluno?
Fred: Cada item, segundo a metodologia de Teoria de Resposta ao Item adotada pelo Inep,
possui três parâmetros: o grau de dificuldade, o índice de discriminação e um índice associado à pro-
babilidade de acerto ao acaso (chute). Esses parâmetros são determinados pela aplicação prévia dos
itens em um grupo de estudantes, por meio de um processo chamado calibração. Um conjunto de alu-
nos resolve cada item e, por meio de uma análise estatística de suas respostas, são encontrados os
três parâmetros para cada item em uma determinada régua que costumamos chamar Régua ENEM.
Guia ENEM 25
demos comparar esse comprimento com a “unidade de medida” metro.
Para criar a Régua ENEM, a equipe do Inep arbitrou o meio da escala como 500, e associou
esse ponto ao desempenho médio dos alunos concluintes do Ensino Médio egressos de escola pú-
blica e que finalizaram o Ensino Médio em 2009. Podemos dizer grosseiramente que, ao comparar,
quem tiver um desempenho melhor que 500, terá um desempenho superior à média desse grupo de
estudantes.
Lucas: Fala-se também sobre a coerência pedagógica dos acertos. O que isso significa?
Fred: Imagine uma pessoa que tivesse, na régua do ENEM, uma nota 700: ela teria uma proba-
bilidade alta de acertar os itens com dificuldade menor que 700 e uma probabilidade mais baixa de
acertar os itens com dificuldade maior que 700. É claro que estamos falando de uma maneira geral,
pois existem outros dois parâmetros além da dificuldade de um item que podem influenciar neste
resultado. Mas podemos dizer que a coerência pedagógica é o comportamento esperado.
Lucas: Então acertar os itens difíceis e deixar de lado os itens fáceis não ajuda tanto na nota?
Fred: Realmente não. Se o aluno só acerta os itens difíceis, sua nota será bem baixa. Esse com-
portamento é incoerente e a explicação mais provável para isso acontecer seria que o aluno acertou
os itens difíceis no chute. Sendo assim, não podemos dizer que ele tem domínio do que está sendo
cobrado na prova. Para exemplificar, fizemos a simulação que você poderá conferir no Raio-X ENEM
(disponível na sequência do livro, após a entrevista). Um aluno que no ENEM 2012 acertasse na prova
de Matemática os 20 itens mais fáceis teria uma nota de 615,8; enquanto um aluno que acertasse os
20 mais difíceis, pela falta de coerência, teria uma nota de apenas 301,5.
Lucas: E o chute pode afetar a coerência pedagógica? É melhor chutar ou deixar em branco?
Eduardo: A nota vai depender da coerência pedagógica do conjunto de respostas do estudan-
te. Se ele acerta no chute um item que está significativamente acima de seu nível de proficiência, me-
dido pelo conjunto das respostas dos demais itens, então esse acerto será interpretado como chute e
será pouco valorizado. Embora a TRI reduza o valor do chute, ainda é sempre melhor (chutar) do que
deixar em branco.
Lucas: E qual é a vantagem de se utilizar a Teoria de Resposta ao Item para determinar a nota
de um estudante no ENEM?
Fred: Podemos dizer que a principal vantagem de se utilizar a TRI é a comparabilidade de resul-
tados. Como foi determinada uma régua e, como falamos anteriormente, a determinação do resultado
dos estudantes é feita em função dos itens que estão calibrados nesta régua, o resultado é com-
parável e independe da prova. Ao invés de levarmos em consideração quantos itens um estudante
acerta para determinarmos sua performance, nos baseamos nos parâmetros (especialmente no nível
de dificuldade) dos itens que ele consegue resolver. Sendo assim, podemos comparar os resultados
de estudantes submetidos a versões diferentes do exame apenas observando quais os itens que ele
26 Desvendando a TRI
acerta ou erra.
Lucas: Dizem que o ENEM cobra conteúdos diferentes daqueles que aparecem no vestibular.
O que é, afinal, cobrado pelo ENEM?
Eduardo: O exame serve para medir o quanto o estudante está próximo de dominar um conjun-
to de competências, habilidades e objetos de conhecimento que o Ministério da Educação do Brasil
julga ser necessário para o aluno que conclui o Ensino Médio. Outros países e órgãos usam ava-
liações por competências e habilidades e a TRI, mas compostas com base em matrizes diferentes.
No ENEM, são duas matrizes. A primeira é a de competências e habilidades, que são ferramentas
procedimentais ou capacidades de mobilizar conhecimentos para a interpretar uma informação, re-
solver uma situação problema ou elaborar uma proposta de intervenção. Outra matriz é a de objetos
de conhecimento, que são os conteúdos programáticos pertencentes ao currículo do Ensino Básico
(Fundamental ou Médio) e que são utilizados na elaboração dos itens. Mas esses conteúdos são co-
brados de forma reduzida, em relação ao que é ensinado na escola, e normalmente se condensam em
alguns tópicos da matriz (conforme esse Guia indica). Dessa forma, o item tem como tema um objeto
de conhecimento que é usado como suporte para medir a proficiência de um aluno em uma habilida-
de, que pertence a uma competência.
Lucas: Qual a sua principal dica para quem vai fazer a prova do ENEM?
Fred: É importantíssimo acertar os itens que estão no seu nível de conhecimento. Muita atenção
nos itens fáceis, pois o modelo da Teoria de Resposta ao Item espera uma resposta correta para esses
itens e o erro pode afetar significativamente seu desempenho. Sei que é difícil perceber claramente
quais são os itens fáceis, mas se você estiver entendendo o que o enunciado trata, provavelmente a
TRI já está esperando que você acerte esse item. Então, muito cuidado para não ter problemas com
contas, interpretação de textos, entendimento dos comandos dos enunciados. E quanto mais você
treinar a situação de prova (resolvendo simulados, reproduzindo o tempo de prova, mantendo o grau
de concentração), mais natural será esta atenção aos detalhes. Tenha uma boa prova!
Eduardo: Não chute tudo na letra C ou outra qualquer, pratique o “chute consciente”. Em 2012,
apenas 27% dos itens possuíam 3 ou 4 distratores atraentes. Saiba que em 73% dos casos, a dúvida
será entre resposta correta e apenas mais uma alternativa. Então, quando não tiver certeza da respos-
ta, elimine as alternativas obviamente erradas antes de chutar, isso não é difícil e aumentará muito a
sua chance de acertar o item. E não fique nervoso, a segurança é consequência de sua preparação.
Se você se preparou, as coisas certamente darão certo.
Guia ENEM 27
Fred Vilela é engenheiro mecânico-aeronáutico formado pelo ITA, estudioso da Teoria de Resposta ao Item
(TRI) e possui 13 anos de experiência em preparação para Vestibulares e ENEM.
Eduardo Quintanilha é graduado em Editoração pela USP, com MBA em gerenciamento de projetos pela
FGV, e há 10 anos atua no mercado editorial didático.
Atualmente, ambos atuam na Evolucional, empresa que aplica diagnósticos com Teoria de Resposta ao
Item para Escolas e Sistemas de Ensino.
Raio-X ENEM
Confira abaixo o infográfico “Raio-X ENEM”. Ele apresenta a distribuição das questões do
ENEM 2012 por Competência cobrada e por nível de dificuldade, conforme a régua (faixa de
notas de 500 a 800) que pode ser observada ao final da tabela.
RAIO-X ENEM
ENTENDA COMO É CALCULADA A NOTA
Incidência
15,6% 106 107 119 129 130 132 133
Dificuldade por Competência
-
LC - C7
Legenda
17,8% 101 112 113 117 124 126 134 135 LC - C5
LC Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
17,8% 47 48 52 53 54 57 76 86 CH - C5
ALTA INCIDIÊNCIA
DIFICULDADE
15,6% 140 141 143 148 166 168 169 MT - C5 CN Ciências da Natureza e suas Tecnologias
17,8% 51 60 62 68 72 84 85 88 CH - C3 CH Ciências da Humanas e suas Tecnologias
15,6% 01 06 09 30 31 33 39 CN - C1
20% 55 65 71 74 77 79 82 83 87 CH - C6
17,8% 04 13 14 21 25 26 34 45 CN - C7
17,8% 138 144 150 157 161 167 172 177 MT - C1
17,8% 136 142 145 147 154 158 159 171 MT - C3 +
11,1% 103 104 114 118 120 LC - C1 -
11,1% 151 155 162 163 175 MT - C6
13,3% 99 105 108 110 123 128 LC - C8
13,3% 02 08 15 19 22 24 CN - C5
13,3% 05 16 27 29 38 43 CN - C6
MÉDIA INCIDIÊNCIA
11,1% 91 92 93 94 95 LC - C2
DIFICULDADE
(de 10% a 14,9%)
13,3% 56 61 66 67 69 80 CH - C2
11,1% 59 64 78 81 90 CH - C4
13,3% 03 07 17 36 37 42 CN - C3
13,3% 137 149 152 153 160 165 MT - C2
11,1% 156 164 170 173 180 MT - C4
13,3% 11 20 23 40 41 44 CN - C4
13,3% 139 146 174 176 178 179 MT - C7 +
6,7% 10 28 32 CN - C2
-
BAIXA INCIDIÊNCIA
Qual seria sua nota se você acertasse 20 das 45 questões em Matemática? Depende...
Ordenamos os itens (questões) de Matemática do Enem 2012 por grau de dificuldade e, utilizando a TRI, calculamos a nota para alguns padrões de acertos possíveis:
ALUNOS DIFICULDADE BAIXA DIFICULDADE MÉDIA DIFICULDADE ALTA Nota
Luiza acertou as 20 itens mais fáceis, ou seja, obedeceu um comportamento coerente com a régua do Enem, pois é esperado 615,8
que o aluno acerte os itens mais fáceis e não consiga superar os itens a partir de um determinado nível de dificuldade.
Thiago acertou 20 itens de dificuldade média. Como supõe-se que para alcançar o nível médio ele deveria resolver também 376,3
os itens mais fáceis, seu comportamento não foi tão coerente com a régua Enem e, por isso, sua nota será mais baixa.
Rafael acertou as 20 itens mais difíceis, um comportamento muito incoerente, e, por isso, sua nota foi bastante baixa. De acordo 301,5
com a TRI, como ele não tem conhecimento para resolver os fáceis, os acertos dos difíceis são interpretados como “chutes”.
Um comportamento próximo do real foi o de Raquel, que dos 20 itens que acertou, a maioria tinha uma menor dificuldade. Esse 587,1
comportamento é razoavelmente coerente e, por isso, sua nota, de acordo com a TRI, ficou maior que as de Thiago e Rafael.
Nas tabelas abaixo você encontra a distribuição de respondentes por alternativa em cada
questão do ENEM 2012. As células em destaque correspondem à resposta correta (gabarito) da
questão. As questões mais fáceis são aquelas cujo percentual de respondentes no gabarito é
maior. Mas perceba que nem sempre a alternativa correta é a mais escolhida pelos alunos, o que
ocorre quando a questão é difícil (ou mal elaborada, eventualmente). Note também que há algu-
mas alternativas que são pouco escolhidas, isso ocorre quando o distrator (alternativa incorreta)
é muito ruim (opção não atrativa, absurda ou claramente errada).
CIÊNCIAS HUMANAS
Distribuição de respondentes por alternativa (em %) - ENEM 2012 (versão azul)
QUESTÃO A B C D E
1 20% 15% 17% 16% 32%
2 49% 14% 3% 9% 25%
3 13% 6% 9% 28% 44%
4 16% 49% 20% 9% 6%
5 72% 9% 4% 11% 4%
6 68% 2% 4% 14% 12%
7 6% 54% 6% 25% 9%
8 8% 14% 14% 47% 16%
9 21% 34% 25% 11% 8%
Guia ENEM 29
10 7% 13% 9% 8% 62%
11 4% 39% 17% 31% 7%
12 25% 13% 17% 12% 32%
13 19% 15% 12% 41% 12%
14 16% 16% 27% 20% 21%
15 16% 4% 6% 12% 62%
16 11% 9% 6% 37% 36%
17 6% 9% 18% 27% 40%
18 9% 10% 8% 20% 53%
19 9% 15% 57% 11% 7%
20 19% 36% 12% 17% 17%
21 15% 44% 15% 12% 15%
22 12% 20% 40% 17% 11%
23 9% 44% 10% 31% 6%
24 36% 11% 33% 12% 8%
25 7% 9% 21% 53% 9%
26 8% 12% 28% 8% 42%
27 10% 33% 9% 12% 36%
28 26% 7% 7% 43% 17%
29 31% 32% 10% 13% 14%
30 23% 12% 18% 22% 26%
31 29% 6% 22% 7% 36%
32 48% 8% 8% 15% 20%
33 30% 25% 14% 13% 17%
34 17% 17% 17% 16% 33%
35 28% 15% 16% 16% 25%
36 16% 32% 12% 15% 25%
37 43% 11% 17% 21% 8%
38 13% 22% 13% 15% 38%
39 19% 21% 14% 22% 23%
40 5% 6% 12% 11% 66%
41 13% 8% 68% 4% 7%
42 68% 9% 12% 5% 6%
43 26% 8% 54% 8% 4%
44 16% 17% 9% 25% 32%
45 22% 20% 17% 13% 28%
*As alternativas em destaque correspondem ao gabarito da prova.
30 Desvendando a TRI
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Distribuição de respondentes por alternativa (em %) - ENEM 2012 (versão azul)
QUESTÃO A B C D E
46 27% 19% 5% 5% 44%
47 39% 36% 4% 3% 18%
48 24% 18% 10% 22% 26%
49 13% 19% 21% 19% 28%
50 15% 12% 7% 5% 60%
51 7% 28% 8% 17% 40%
52 11% 4% 8% 66% 12%
53 32% 11% 23% 21% 12%
54 12% 27% 30% 17% 13%
55 19% 19% 52% 7% 3%
56 13% 13% 18% 40% 15%
57 21% 26% 21% 15% 17%
58 36% 16% 12% 12% 23%
59 15% 25% 23% 29% 8%
60 42% 10% 24% 7% 17%
61 13% 13% 27% 38% 9%
62 13% 21% 9% 13% 43%
63 34% 22% 4% 14% 25%
64 25% 19% 19% 11% 26%
65 28% 22% 17% 15% 18%
66 18% 24% 28% 17% 12%
67 17% 10% 29% 21% 22%
68 44% 16% 5% 25% 10%
69 15% 9% 42% 6% 29%
70 21% 17% 24% 14% 24%
71 9% 12% 8% 13% 57%
72 9% 16% 42% 23% 9%
73 12% 23% 21% 26% 18%
74 17% 23% 26% 20% 13%
75 10% 24% 28% 10% 27%
Guia ENEM 31
79 12% 23% 35% 16% 13%
80 8% 6% 61% 14% 9%
81 9% 28% 29% 19% 14%
82 14% 20% 19% 24% 23%
83 26% 16% 17% 19% 22%
84 24% 16% 15% 28% 17%
85 15% 10% 36% 25% 14%
86 15% 21% 20% 18% 25%
87 12% 11% 37% 14% 25%
88 43% 15% 7% 15% 19%
89 18% 24% 11% 27% 20%
90 18% 21% 24% 28% 9%
*As alternativas em destaque correspondem ao gabarito da prova.
LINGUAGENS E CÓDIGOS
Distribuição de respondentes por alternativa (em %) - ENEM 2012 (versão azul)
QUESTÃO A B C D E
32 Desvendando a TRI
105 41% 15% 27% 5% 11%
106 4% 14% 15% 7% 60%
107 5% 84% 5% 4% 2%
108 30% 7% 9% 3% 50%
109 14% 10% 14% 53% 9%
110 17% 19% 27% 11% 27%
111 38% 10% 14% 27% 10%
112 16% 42% 13% 16% 13%
113 15% 23% 28% 14% 19%
114 8% 9% 6% 74% 3%
115 9% 8% 29% 45% 9%
116 10% 14% 46% 6% 23%
117 8% 11% 15% 9% 58%
118 16% 43% 20% 10% 10%
119 10% 11% 9% 36% 35%
120 15% 13% 8% 8% 56%
121 37% 16% 8% 17% 22%
122 34% 4% 28% 15% 18%
123 11% 33% 14% 27% 14%
124 24% 12% 33% 22% 8%
125 12% 15% 26% 29% 17%
126 24% 17% 13% 37% 8%
127 16% 31% 27% 11% 14%
128 39% 15% 12% 19% 15%
129 16% 16% 14% 37% 18%
130 15% 32% 21% 15% 16%
131 19% 9% 25% 30% 16%
132 38% 21% 17% 5% 19%
133 17% 4% 17% 29% 32%
134 57% 11% 12% 10% 10%
135 11% 14% 24% 17% 35%
*As alternativas em destaque correspondem ao gabarito da prova.
MATEMÁTICA
Distribuição de respondentes por alternativa (em %) - ENEM 2012 (versão azul)
QUESTÃO A B C D E
136 20% 26% 27% 21% 7%
Guia ENEM 33
137 5% 12% 17% 20% 46%
138 17% 19% 30% 19% 15%
139 19% 49% 10% 14% 8%
140 15% 11% 14% 44% 15%
141 22% 14% 12% 19% 32%
142 21% 22% 13% 28% 15%
143 33% 18% 23% 14% 12%
144 30% 20% 19% 16% 13%
145 13% 21% 26% 26% 14%
146 11% 15% 27% 18% 29%
147 22% 8% 34% 25% 10%
148 3% 3% 4% 9% 81%
149 65% 14% 7% 8% 7%
150 10% 58% 8% 18% 6%
151 14% 20% 6% 8% 52%
152 18% 22% 21% 26% 13%
153 21% 17% 34% 6% 22%
154 7% 9% 13% 9% 61%
155 9% 10% 16% 12% 51%
156 11% 17% 20% 5% 47%
157 10% 15% 35% 21% 18%
158 12% 15% 32% 25% 16%
159 15% 31% 27% 18% 8%
160 16% 24% 24% 23% 13%
161 11% 14% 51% 11% 12%
162 43% 10% 20% 17% 9%
163 16% 41% 26% 10% 7%
164 65% 11% 9% 9% 5%
165 12% 10% 47% 14% 17%
166 11% 33% 21% 24% 11%
167 11% 28% 13% 34% 14%
168 20% 22% 18% 22% 16%
169 14% 34% 10% 18% 23%
170 24% 16% 16% 33% 10%
171 14% 23% 19% 35% 8%
172 22% 20% 17% 30% 10%
34 Desvendando a TRI
173 26% 42% 12% 11% 8%
174 7% 12% 17% 46% 18%
175 11% 15% 20% 42% 11%
176 19% 25% 21% 20% 14%
177 34% 25% 18% 13% 9%
178 15% 20% 29% 23% 12%
179 18% 15% 18% 17% 32%
180 31% 16% 18% 14% 20%
*As alternativas em destaque correspondem ao gabarito da prova.
Guia ENEM 35
Ciências Humanas e suas Tecnologias
Incidên
c
na prov ia dessa com
20%
a de Ciê p
ncias H etência
umanas
:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
petência
sa com umanas:
cia des
Incidên de Ciências H
18%
a
na prov
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
Principais conteúdos associados:
Incidên
c
na prov ia dessa com
19%
a de Ciê p
ncias H etência
umanas
:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
Principais conteúdos associados:
petência
sa com umanas:
cia des
Incidên de Ciências H
14%
a
na prov 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
Principais conteúdos associados:
Guia ENEM 37
Competência 5 - Cidadania e Democracia
Proporção de alunos
Incidên
c
na prov ia dessa com
14%
a de Ciê p
ncias H etência
umanas
:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
petência
sa com umanas:
cia des
Incidên de Ciências H
15%
a
na prov
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
Porcenta
g
(pois co em desconside
nteúdo é rada
as outra base
s compe de todas
tências)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
ncia
ompetê
Proporção de alunos
ê n c ia dessa c mática:
id te
Inc a de Ma
24%
na prov
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
Guia ENEM 39
Competência 3 - Medidas da Realidade
Proporção de alunos
Incidên
cia
na prov dessa competê
13%
a de Ma n
temátic cia
a:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
ncia
ompetê
ê n c ia dessa c mática:
Incid te
a de Ma
19%
na prov 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
Incidên
cia
na prov dessa competê
17%
a de Ma n
temátic cia
a:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
- Coordenadas cartesianas;
- Equações do 1° e do 2° grau.
ncia
ompetê
ê n c ia dessa c mática:
Incid te
a de Ma
13%
na prov
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
Guia ENEM 41
Competência 7 - Estatística e Probabilidade
Proporção de alunos
Incidên
cia
na prov dessa competê
14%
a de Ma n
temátic cia
a:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
petência
Proporção de alunos
sa com Natureza:
cia des
Incidên e Ciências da
8%
ad
na prov
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Acertos
Guia ENEM 43
Competência 4 - Genética e Processos Biológicos
Proporção de alunos
Incidê
na prov ncia dessa com
14%
a de Ciê
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Acertos
- MU e MUV;
- Trabalho e Energia;
- Leis da Termodinâmica.
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Acertos
Guia ENEM 45
Competência 8 - Biodiversidade, Bioética e Saúde Pública
Proporção de alunos
Incidê
na prov ncia dessa com
14%
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Principais conteúdos associados:
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Acertos
Guia ENEM 47
Competência 4 - Arte: Expressão das Ideias e Emoções
Proporção de alunos
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na prov ncia dessa com
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Acertos
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na prov
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Acertos
- Modernismo;
- Romantismo;
- Realismo.
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18%
de Lingu pe
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Códigos
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0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
- Estrutura do texto;
- Funções da linguagem;
- Coesão e coerência;
- Figuras de linguagem.
ncia
ompetê
dessa c ns e Códigos:
Proporção de alunos
idên cia e
Inc guag
13%
a de Lin
na prov
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
Principais conteúdos associados:
- Tipos de argumentos;
- Progressão textual.
Guia ENEM 49
Competência 8 - Diversidade Linguística: do Global ao Local
Proporção de alunos
Incidê
na prov ncia dessa com
11%
a de Lin
guagen petência
s e Cód
igos:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
cia
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Incidê e Linguagen
9%
ad
na prov
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Acertos
Está com pouco tempo para estudar, mas mesmo assim quer melhorar seu desempenho no
ENEM? O Guia ENEM mapeou todas as questões que já caíram no ENEM, desde 2009, e fez um levan-
tamento dos conteúdos mais frequentes.
“Mas espere aí, conteúdos?”, você poderia perguntar, já que o ENEM cobra competências e
habilidades e não exatamente “conteúdos”. Exatamente, nós responderíamos, o ENEM cobra com-
petências e habilidades, mas normalmente há um conteúdo mínimo, daqueles que aprendemos na
escola, que funciona como suporte para que uma habilidade, ou capacidade cognitiva, seja medida.
Então vamos deixar um pouquinho de lado as competências e habilidades e dar uma olhada em
quais são os conteúdos, usados como suporte, que mais aparecem no ENEM. Dessa forma, de você
tiver que escolher o que estudar, por falta de tempo, dê preferência a estes conteúdos. Para facilitar o
entendimento, optamos por separar os conteúdos pelas sete disciplinas tradicionais do Ensino Médio.
Confira abaixo, em porcentagem, a frequência com que cada conteúdo aparece dentro de cada uma
dessas disciplinas:
Português História
Conteúdo Incidência Conteúdo Incidência
Modernismo 11% Grécia 5%
Romantismo 2% Revolução industrial inglesa 4%
Literatura contemporânea 3%
Brasil no período pré-colonial e colonial 6%
Interpretação e relação entre textos 32%
Brasil na República oligárquica 10%
Figuras de Linguagem 4%
Brasil na Era Vargas 7%
Conteúdo Incidência
Razão, proporção e regra de três 26%
Geografia
Porcentagem 16%
Conteúdo Incidência
Regras de contagem 5%
Problemas ambientais urbanos 11%
Probabilidade 10%
Protocolos do meio ambiente 6%
Equações do 1° e 2° graus 8%
Agricultura e pecuária no Brasil 8%
Funções do 1° grau 12%
Globalização e blocos econômicos 7%
Quadriláteros 5%
Área de figuras planas 5% Fontes de energia 7%
Guia ENEM 51
Biologia Física
Conteúdo Incidência Conteúdo Incidência
Ambiente e sociedade: atmosfera e Ondas e fenômenos ondulatórios 15%
25%
hidrosfera, solos e resíduos
Corrente elétrica e Leis de Ohm 9%
Genética 16%
Biotecnologia 9% Potência elétrica 7%
Química
Conteúdo Incidência
Grupos funcionais orgânicos
27%
(principalmente hidrocarbonetos)
Cálculos químicos 7%
Soluções e caráter ácido base
15%
das soluções
O Guia ENEM fez mais um levantamento que pode te ajudar a escolher quais conteúdos
estudar, se você não tem muito tempo. Com base nos dados divulgados pelo Inep sobre a
prova aplicada em 2012, pudemos selecionar as 30 questões mais fáceis (mais acertadas
pelos alunos) em cada área do conhecimento. Com essas questões, ordenadas pela dificul-
dade em mãos, pudemos elencar os conteúdos mais cobrados nessas questões mais fáceis,
e indicá-los a você leitor. É importante garantir o acerto das questões mais fáceis, antes do
acerto das mais difíceis, pois as fáceis conferem mais pontos à sua nota, conforme a lógica
da coerência pedagógica presente na Teoria de Resposta ao Item (TRI). Confira, nas tabelas
a seguir, os conteúdos que mais apareceram nessas questões:
Regra de três, proporção e juros simples; Relações entre textos verbais e visuais;
Conforme dito, é importante responder as questões mais fáceis antes de tentar resolver
as que parecerem mais difíceis. O acerto de uma questão difícil vale pontos também, por
isso nunca deixe uma questão em branco. Temos duas dicas para quando você encontrar
uma questão difícil:
1) Elimine as respostas claramente incorretas (não “chute” sem ler a questão e nem em
uma letra qualquer) e escolha a alternativa que lhe pareça mais razoável.
2) Foque no que o comando da questão está pedindo. As questões têm várias partes:
enunciado, texto base, comando, gabarito (alternativa correta) e distratores (respostas in-
corretas). O comando é aquilo que indica o que deve ser feito para que se chegue à resposta
correta. É a frase que costuma ficar logo acima das alternativas. Atente-se ao que, exata-
mente, esse trecho pede e procure a alternativa que mais se adéqua a ele.
Guia ENEM 53
PROPOSTA PEDAGÓGICA DO EXAME
A base utilizada pelo INEP/MEC para essa Matriz exigida para o ENEM advém das
formulações relacionadas às ideias de “Educação por Competência”, que começaram a
ser formuladas na última década do século XX, quando alguns educadores importantes
começaram a questionar o ensino tradicional, enciclopedista e conteudista, e a propor
uma Educação mais relevante para a vida dos alunos e da comunidade.
Temos hoje um documento, for-
mulado pela UNESCO, que define 4
pilares considerados a base para a
Educação no mundo todo. O documen- Dominar Linguagens
Portuguesa
to se chama “Educação: um tesouro a Dominar a norma culta da Línguamática,
e fazer uso das linguagens mate
descobrir” e é facilmente encontrado artística e científica.
na internet. Se você não tem muito
tempo, leia ao menos um capítulo,
aquele que trata dos 4 pilares, a saber: Compreender Fenômenos
“Aprender a Conhecer”, “Aprender a Construir e aplicar conceitos das várias áreas do
Fazer”, “Aprender a Ser”, e “Aprender conhecimento para a compreensão de fenômenos
naturais, de processos histórico-geográficos,
a Conviver”. da produção tecnológica e das manifestações
Os Eixos Cognitivos cobrados pelo artísticas.
ENEM são as capacidades dos alunos
de mobilizarem o conhecimento que
possuem ou que conseguem acumu- Entender Situações-Problema
lar depois que efetivamente “apren- Selecionar, organizar, relacionar, interpretar
dados e informações representados de dife-
deram a conhecer” (ou seja, depois rentes formas, para tomar decisões e enfrentar
que “aprenderam a aprender”), para situações-problemas.
compreender o mundo, resolver pro-
blemas e atuar de forma cidadã, ética
ções
e responsável em sua comunidade e Construir Argumenta
rma çõe s, rep resentadas em
na sociedade. Eles são resultado da Relacionar info con hec imentos disponí-
diferentes form as, e
associação de várias competências situ açõ es con cre tas para construir
veis em e.
arg um ent açã o con sist ent
e habilidades que adquirimos durante
nossa vida escolar, familiar e em so-
ciedade.
Ao lado, os cinco Eixos Cognitivos Elaborar Propostas Éticas
cobrados pelo ENEM: Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola
para elaboração de propostas de intervenção solidá-
ria na realidade, respeitando os valores humanos e
considerando a diversidade sociocultural.
54
1) Dominar Linguagens – Dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das
linguagens matemática, artística e científica.
Neste eixo cognitivo, o ENEM cobra linguagens mínimas de todas as áreas do co-
nhecimento. Dizemos que elas são os conteúdos básicos que os alunos precisam acu-
mular para que, durante a vida, possam aprender qualquer conteúdo necessário. Na lista
de conteúdos mínimos estão, por exemplo, o conhecimento de mapas, a capacidade de
entendimento e uso dos números e das operações matemáticas básicas, eletricidade e
genética básica e o domínio razoável do português culto.
Os conteúdos mínimos, necessários para a aprendizagem de outros conteúdos (são
como as ferramentas que utilizaremos durante toda a nossa vida para trabalhar com ou-
tros conteúdos/conhecimentos), geralmente estão, na Matriz de Competências do ENEM,
na primeira habilidade cobrada em cada uma das 30 competências.
Além dessas ferramentas para aprendizagem de qualquer conteúdo, o ENEM tam-
bém lista alguns conteúdos mínimos que não são necessariamente linguagens, mas que
considera necessários para que o aluno esteja integrado ao mundo moderno. Como exem-
plo, temos a geração e os impactos social, econômico e ambiental da geração de ener-
gia, as tecnologias de informação, principalmente as novas, os direitos conquistados pelo
povo em suas lutas e o entendimento da formação e funcionamento das instituições polí-
ticas modernas.
Guia ENEM 55
3) Entender Situações-Problema – Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e
informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situa-
ções-problemas.
No ENEM, o terceiro eixo cognitivo cobrado vem com o texto que fala em “enten-
der situações-problema”. É importante lembrar que a ordem dada pelo ENEM aos eixos
cognitivos não significa, necessariamente, que eles acontecem nessa ordem em nossas
cabeças. É claro que, antes de compreender fenômenos, entender problemas e resolvê-
-los, é preciso que o aluno tenha o domínio mínimo das linguagens de uma ou de várias
das quatro áreas do conhecimento cobradas no ENEM, mas há vezes em que sabemos o
básico e corremos atrás de outras informações/conteúdos para resolver um problema.
No caso da prova do ENEM, muitas vezes temos o domínio das linguagens que estão nos
textos e os textos nos trazem outros conteúdos que facilitam a resolução das questões.
Esses cinco eixos cognitivos propostos pelo ENEM ora se inter-relacionam (quan-
do os alunos precisam mobilizar todos ao mesmo tempo para resolver uma questão), ora
apresentam uma inter-relação parcial (quando mobilizados ao mesmo tempo vários eixos,
ou capacidades, cognitivos para resolver uma questão). Há vezes em que eles acontecem
numa ordem lógica, como a listada pelo ENEM, quando o aluno domina a linguagem, a
linguagem possibilita a compreensão do fenômeno e a compreensão do fenômeno o leva
a reunir argumentos para construir sua opinião, defender esse ponto de vista e elaborar
uma proposta de intervenção ética na comunidade/sociedade. Mas nem sempre a ordem
é exatamente essa.
Tenho o domínio das linguagens mínimas pedidas pela prova, entendo com clareza
a situação-problema proposta pelo ENEM e agora preciso construir minha argumentação,
com base nas informações/conteúdos que domino. É claro que em uma prova objetiva, em
que o aluno tem que assinalar a opção correta, é impossível que ele ‘construa argumenta-
ção’. Neste eixo cognitivo o ENEM espera que você ‘julgue’ as argumentações que apare-
cem nas alternativas. Ajuda muito se você, nas questões que apresentam argumentações
em suas alternativas, estiver bastante atento para a consistência das alternativas.
As questões que chegam até aqui, cobrando do aluno essa competência, querem
que ele mobilize os eixos cognitivos anteriores para ‘resolver uma situação-problema’.
Se existem várias formas de solucionar o problema, o ENEM exige que a sua solução seja
ética, que respeite a diversidade sociocultural, que defenda o meio ambiente, que valorize
a democracia, que identifique as conquistas sociais do povo, sobretudo dos brasileiros,
que condene a corrupção, que aponte para o desenvolvimento humano e para um mundo
sem desigualdades econômicas, entre outras características.
O eixo cognitivo é muito claro em afirmar que a proposta, ou a resolução do proble-
ma, tem que se dar de forma ética. Como “ética” é algo subjetivo, para que não restem
dúvidas ao aluno, a leitura da “Matriz de Competências” do ENEM deixa clara a sua defi-
nição de ética e como o ENEM espera que o aluno se comporte na resolução da prova e
em sua atuação na sociedade.
Boa parte da prova do ENEM está relacionada a esse eixo e, mesmo que seja exigido
algum conteúdo anterior, a resposta ética, relacionada a uma das habilidades que estão
na Matriz de Competências, é sempre a correta, da mesma forma que no quarto eixo cog-
nitivo, quando não é possível fazer uma proposta argumentativa (em uma prova de alterna-
tivas), o que o aluno fará é julgar as propostas apresentadas pelas alternativas. Cuidado,
muitas vezes as alternativas não colocam claramente nenhuma proposta. As propostas
podem ser simplesmente a consequência lógico-racional do texto da alternativa. Seja éti-
co para responder às questões do ENEM, assim como na sua atuação em sociedade.
Guia ENEM 57
ACESSO AO ENSINO SUPERIOR
Com a nota do ENEM em mãos, o SISU agora será a sua porta de entrada para uma
das 200 mil vagas (aproximadamente, considerando as seleções semestrais) em Universi-
dades Públicas Federais ou Estaduais que utilizam somente a nota do ENEM como forma
de seleção.
O SISU abre as inscrições duas vezes ao ano. Você pode escolher duas opções de
curso, que podem ser na mesma Universidade ou em Universidades diferentes, e que po-
dem ser em cursos iguais ou diferentes. Você terá que escolher qual curso quer que fique
no sistema como primeira opção e qual ficará como segunda opção.
Imagine que no primeiro dia de inscrições você já tenha feito a sua. O SISU irá parar
o sistema à meia-noite e reabri-lo no outro dia pela manhã. Quando reabrir, você já conse-
guirá saber qual seria a nota de corte daquele curso se a seleção tivesse acabado no dia
anterior. Se um curso, por exemplo, tem 50 vagas, sua nota de corte é o número de pontos
que, no dia anterior, tinha o aluno que estava na colocação 50, e que ocupou a última vaga.
Se sua nota for maior que a dele, você está, até o momento, entre os 50 aprovados. Se não,
você ainda não está na lista de aprovados. Isso muda todos os dias porque os candidatos
podem trocar suas opções de curso, e também porque o sistema recebe mais candidatos
a cada dia. Quando o sistema fecha, no último dia, a nota de corte costuma estar bem
acima daquela que apareceu no segundo dia de inscrições.
A sua primeira opção é considerada, pelo SISU, como a definitiva. Se você passar
nela, sua segunda opção é descartada e, mesmo que você não vá fazer sua inscrição na
Universidade, caso passe nesta opção, o SISU não te chamará mais e não permitirá sua
inscrição na lista de espera.
Já a sua segunda opção funciona mais ou menos como uma segurança para quem
ainda tem esperanças de passar em um curso ou Universidade preferida, mas não quer
correr o risco de ficar de fora de uma das vagas oferecidas. Quem passa na segunda
opção, indo ou não se matricular no curso que passou, continua concorrendo à vaga que
escolheu como primeira opção.
A lista de interesse deve ser objeto de muita atenção dos alunos. O SISU faz duas
chamadas, e nelas valem suas duas opções. A partir da terceira chamada, as responsá-
veis por convocar os candidatos são as próprias Universidades. O SISU só manda para as
Universidades a lista de candidatos que estão esperando vagas, aqueles que declararam
interesse em continuar concorrendo.
O aluno só pode declarar interesse pela vaga que foi a sua primeira opção. Mesmo
que ele já esteja matriculado no curso que indicou como segunda opção, ele pode de-
clarar seu interesse e ficar atento às chamadas que serão feitas pela própria instituição
(escolhida como primeira opção).
A lista de interesse vale a pena para milhares de alunos de todo o Brasil. Para quem
não sabe, a cada chamada, somente cerca de 50% dos alunos aprovados aparecem, efeti-
vamente, para a realização da matrícula. Há uma grande variação nessa porcentagem se
considerarmos os cursos e Universidades, mas temos casos, como o do curso de medicina
da Universidade Federal do Acre, em que nenhum aluno aprovado em primeira chamada
no ano de 2011 apareceu para fazer a matrícula.
Infelizmente o INEP/MEC não divulga as notas de corte do último dia de inscrição
do SISU. Isso ajudaria muito os alunos a planejarem suas estratégias de prova. Também é
importante ressaltar que, mesmo se soubéssemos as notas de corte de todos os cursos do
SISU, elas não nos dariam a referência de qual foi a nota daqueles que foram chamados
a partir da terceira chamada, que hoje representam boa parte dos alunos que conquistam
uma vaga na Universidade Pública pelo SISU. Em algumas Universidades, ou através de
amigos que já participaram do processo e até mesmo conquistaram uma vaga, você pode
conseguir alguns dados sobre as notas de corte. Lembre-se de que elas são somente para
referência, e que algumas Universidades dão pesos diferentes para cada uma das 4 áreas
do conhecimento ou para a redação, além de alguns tipos de bônus. Tudo isso faz com
que a nota não seja a simples soma das notas de todas as provas do ENEM, e da redação,
dividida por cinco. Algumas Universidades que, em anos anteriores, atribuíam pesos dife-
rentes para algumas provas ou utilizavam algum tipo de bonificação, podem manter estes
Guia ENEM 59
critérios ou mudá-los. Então, mesmo com as notas de corte dos anos anteriores como
referência, é aconselhável que você procure e leia o Edital para o SISU da Universidade
de sua preferência e atualizado para o próximo vestibular.
Embora o Supremo Tribunal de Justiça tenha julgado as cotas sociais, que permitem
que alunos oriundos de escolas públicas tenham algum tipo de vantagem em relação aos
alunos de escolas privadas (como compensação à enorme desvantagem que separa esses
estudantes dos demais alunos na hora de disputarem uma vaga na Universidade Pública),
essa decisão não obrigou todas as Universidades Públicas a aderirem, imediatamente,
algum tipo de ação social na hora de selecionar.
Sancionada em 2012 pela presidente Dilma Rousseff, a Lei de Cotas garante que 50%
dos alunos de cada instituição sejam oriundos de escolas públicas, com renda per capita
de até um salário mínimo e meio e que cada estado respeite, dentro dos 50% de cotas, a
proporcionalidade local, com cotas, para negros e indígenas. A contar da aprovação da
Lei, em 2012, as Universidades Federais estão se adaptando progressivamente e, em 2016,
já reservarão 50% de suas vagas para as cotas.
Mas, mesmo sem serem obrigadas, boa parte das Universidades Públicas partici-
pantes do SISU adotam sistemas de cotas através dos quais os alunos de escolas públi-
cas acabam por precisar de notas menores que os oriundos de escolas particulares para
conquistarem uma vaga na Universidade.
Universidades
s as vagas em
rtir de 2016 , 50% de toda tas, respeitando-se a
A pa adas para cotis
serã o re serv de cada estado.
Federais
ad e de negros e indígenas
proporcionalid
O PROUNI é o Programa Universidade para Todos. Ele distribui bolsas, totais (100%)
ou parciais (50%), nas Universidades Particulares. Em troca, as Universidades Particula-
res recebem isenção no pagamento de alguns impostos.
O PROUNI disponibiliza, anualmente (entre primeiro e segundo semestre), mais de
200 mil vagas. E esse número vem crescendo ano a ano desde a criação do Programa, em
2004. Cada estudante pode fazer duas opções na inscrição, em Universidades e/ou cursos
iguais ou diferentes. As duas primeiras chamadas são de responsabilidade do MEC e o
aluno precisa apresentar a documentação na Instituição em que foi aprovado. Se a Insti-
tuição de ensino quiser, ela pode fazer uma prova de seleção adicional, mas dificilmente
isto ocorre. A seleção do PROUNI é um pouco mais complicada para o aluno.
São disponibilizadas poucas vagas por sala de aula de Instituições Particulares, apesar
do grande número total de vagas, e em alguns lugares elas são rapidamente preenchidas,
enquanto na maioria das Instituições elas acabam sobrando, principalmente quando ficam
para depois da terceira chamada, quando já são as Universidades que fazem as chamadas
Guia ENEM 61
para inscrição. A falta de fiscalização do governo, junto da falta de integração de chamadas
nacionais para o PROUNI e a não articulação com o SISU fazem com que boa parte das vagas
não seja preenchida. E, mesmo com as vagas sobrando, o governo mantêm a isenção fiscal
às Instituições de Ensino.
Podem concorrer às bolsas do PROUNI as pessoas que fizeram o Ensino Médio em
escolas públicas ou que tenham sido bolsistas, com bolsa integral, em escolas particulares.
Para essas pessoas há duas opções de bolsas. Quem tem renda familiar de até 1,5 salários
mínimos per capita (por pessoa) pode concorrer às vagas que dão 100% de bolsa no PROUNI.
Para fazer o cálculo do rendimento per capita de sua casa, a conta é simples. Some o
salário bruto das pessoas de sua casa e divida esse total pelo número de pessoas que moram
com você. Se o valor obtido nesta divisão for igual, ou inferior, a 1,5 salário mínimo, você pode
concorrer a uma das vagas cuja bolsa é de 100%.
Se o resultado da divisão for maior que 1,5 mas menor que 3 salários mínimos, você
poderá concorrer a uma vaga com 50% de bolsa em uma Universidade Particular. Se esse
for o seu caso e ainda assim você não tiver condições financeiras para arcar com a outra
metade da mensalidade, você pode pedir o financiamento do FIES (Fundo de Financiamento
Estudantil). O FIES paga a outra metade do seu curso e você só começa a pagar pelo finan-
ciamento depois que sair da faculdade, e com juros menores que os de mercado, além de ter
um tempo razoável para isso: em geral, o aluno tem um ano a mais do que o dobro do tempo
do curso. Por exemplo, quem faz um curso de 4 anos tem 9 anos para pagar a parte financiada
pelo FIES. Fique atento para ver se a Universidade de sua preferência tem convênio com o
FIES para o curso que você pretende fazer. Se tiver, o financiamento poderá ser solicitado a
qualquer momento do curso.
Há uma exceção no PROUNI para o caso dos cursos de licenciatura e pedagogia
para pessoas que já trabalhem na rede pública de Educação. Essas pessoas não precisam
comprovar renda e podem concorrer livremente às vagas com 100% de bolsa. Nos casos
em que a bolsa for de 50%, cada ano de trabalho na Educação Pública reduz uma parte
da dívida do financiamento. Nesse caso, o estudante pode até acabar não pagando nada
pelo financiamento.
Afrodescendentes e indígenas possuem a garantia, pela lei que institui o PROUNI, de
reservas de vagas em número proporcional à presença dessas populações no Estado em que
as vagas forem oferecidas.
O ENEM tem adquirido várias funções nos últimos anos. Entre elas está a possibilidade
para que as pessoas, maiores de 18 anos, que ainda não tenham concluído o Ensino Médio,
consigam uma Certificação (equivalente a um diploma) do Ensino Médio.
Para isso, não há a necessidade de que o aluno frequente nenhuma aula. A lógica da
Certificação é que os alunos teriam adquirido durante a vida, em suas experiências pessoais
ou estudando, as competências e conteúdos necessários para essa Certificação.
Até 2011 tal Certificação era direito de quem tivesse nota mínima de 400 nas quatro
provas objetivas do ENEM e nota mínima de 500 na redação. A partir de 2012, a nota mínima
é
sino Médio
r a Certificação de En das provas
ui a
Para conseg nota 450 em cada um
ra
preciso obte na redação.
500
objetivas e
Guia ENEM 63
63 é o número de Universidades Federais no Brasil
Utilizam o ENEM/SiSU como forma de seleção para parte de suas vagas. A porcentagem varia
conforme a universidade, curso e semestre de ingresso.
Utilizam o ENEM de alguma forma, mas não através do SiSU. Uma delas oferece a opção ao aluno
entre utilizar ou não o ENEM na composição da nota. 64
PALESTRAS
Agendamento de Palestras:
65 palestras@guiaenem.org.br
Ciências Humanas e
suas Tecnologias
Ciências Humanas
E SUAS TECNOLOGIAS
COMPETÊNCIA
1
CULTURA E
IDENTIDADE
Idealizadores:
69
Mateus Prado e Paulo Jubilut
O QUE O MEC PENSA DESSA COMPETÊNCIA
Todos nós temos uma história e uma nosco, que vivemos no Brasil do século
memória individual. Podemos até mesmo XXI. Estando sempre ligados à história
construir uma linha do tempo de nossa passada e presente, constituímos nossa
trajetória escolhendo marcos que consi- identidade individual e social, que se re-
deramos mais importantes, ou seja, que afirma a todo tempo através da cultura.
tenham significado especial ou repre- Alguns objetos são representativos
sentem momentos de transformação em dessas memórias. Guardamos uma fo-
nossas vidas. Além da identidade pes- tografia de uma pessoa querida ou de
soal, existe também a Identidade social. um dia marcante. Da mesma forma que
O que nos faz brasileiros, tão diferentes preservamos bens pessoais que têm
de japoneses, franceses ou norte- ame- significado para nós, existem outros
ricanos? A cultura. Isso não significa di- bens, que podemos chamar de bens
zer que todo o brasileiro seja da mesma culturais, que têm significado para uma
forma, mas que reconhecemos que a comunidade, para os habitantes de uma
identidade social do brasileiro se afirma cidade, ou mesmo de um país. A história
por meio dos vários hábitos e costumes de uma comunidade, seus prédios, ruas,
semelhantes. Mesmo que eu não goste avenidas e tradições também retratam
de futebol, o Brasil continuará a ser re- a memória e a identidade de um grupo,
conhecido como o “país do futebol’’. não são somente resquícios do passado,
Toda sociedade tem uma cultura. Os mas a memória viva do que os habitan-
seres humanos da pré-história produ- tes daquela comunidade são hoje. As
ziam seus instrumentos de trabalho, fa- tradições locais servem como referên-
ziam pinturas em paredes de cavernas, cia para todos aqueles que ali nascem e
tinham um modo de se vestir e criavam crescem, são os laços e a identidade que
regras para a divisão do trabalho e orga- se estabelecem entre as pessoas.
nização da vida social. O mesmo ocorria É importante lembrar que “ter cultu-
com os seres humanos que viveram em ra” não significa apenas ler um grande
outros períodos históricos e também co- número de livros, conhecer óperas e
compositores eruditos, frequentar tea-
tros e cinemas. O que denominamos por
cultura nas ciências humanas está dire-
É bom s
aber... tamente relacionado ao modo de vida de
cada sociedade.
Grande p
art
competê e das questões
ncia traz d Os textos dessa página foram selecionados de
valorizaç temas lig essa livros editados pelo INEP/MEC a respeito do
ão das h ados à
africana eranças exame que foi base para a matriz de compe-
s no Bra culturais
sil. tências e habilidades do Novo ENEM.
ENTENDA A COMPETÊNCIA
DICAS
Procure ter acesso ao texto “Matuto no Cinema”, do poeta paraibano Jessier Quiri-
no. Se quiser o CD com o áudio, você pode encontrar no site www.poesiamatuta.com.br.
O texto conta a história de um matuto que, mesmo não sabendo ler português, foi assistir
a um filme legendado. Mesmo assim, na volta para o sertão, ele consegue contar a his-
tória do filme. Passe o texto ou o áudio aos alunos. Depois, organize a sala e proponha
a discussão: o matuto entendeu ou não o filme? Como se manifestam as diferenças e
igualdades entre as culturas do matuto e do homem da cidade?
EXERCÍCIOS
1
A Unesco define como Patrimônio Cultural Imaterial “as práticas, representações, expres-
sões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais
que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos re-
conhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. ”São exemplos de bens registrados
como Patrimônio Imaterial no Brasil: o Círio de Nazaré no Pará, o Samba de Roda do Recôncavo
Baiano, o Ofício das Baianas de Acarajé, o Jongo no Sudeste, entre outros.
2
A Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan) desenvolveu o projeto “Comunidades Negras de Santa Catarina”, que tem como obje-
tivo preservar a memória do povo afrodescendente no sul do País. A ancestralidade negra é
abordada em suas diversas dimensões: arqueológica, arquitetônica, paisagística e imaterial.
Em regiões como a do Sertão de Valongo, na cidade de Porto Belo, a fixação dos primeiros
habitantes ocorreu imediatamente após a abolição da escravidão no Brasil. O Iphan identificou
O texto acima permite analisar a relação entre cultura e memória, demonstrando que
3
Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito. Eram pardos, todos
nus. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar
suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de
baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios.
CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. Viagem pela historia do Brasil: documentos. São Paulo: Companhia das Letras, 1997(adaptado).
O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de Caminha, documento fundamental para a formação
de identidade brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro contato, se estabeleceu
entre portugueses e indígenas, esse trecho da carta revela a
4
Distantes uma da outra quase 100 anos, as duas telas seguintes, que integram o patrimônio
cultural brasileiro, valorizam a cena da primeira missa no Brasil, relatada na carta de Pero Vaz de
Primeira Missa no Brasil - Victor Meirelles (1861) Primeira Missa no Brasil - Cândido Portinari (1948)
Disponível em: http://www.moderna.com.br. Acesso em: 3 nov. 2008. Disponível em: http://www.casadeportinari.com.br.
Acesso em: 3 nov. 2008.
a) a influência da religião católica na catequização do povo nativo é objeto das duas telas.
b) a ausência dos índios na segunda tela significa que Portinari quis enaltecer o feito dos portu-
gueses.
c) ambas, apesar de diferentes, retratam um mesmo momento e apresentam uma mesma visão do
fato histórico.
d) a segunda tela, ao diminuir o destaque da cruz, nega a importância da religião no processo dos
descobrimentos.
e) a tela de Victor Meirelles contribui para uma visão romantizada dos primeiros dias dos portugue-
ses no Brasil.
5
Coube aos Xavante e aos Timbira, povos indígenas do Cerrado, um recente e marcante
gesto simbólico: a realização de sua tradicional corrida de toras (de buriti) em plena Avenida Pau-
lista (SP), para denunciar o cerco de suas terras e a degradação de seus entornos pelo avanço do
agronegócio.
RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos Indígenas do Brasil: 2001-2005. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2006 (adaptado).
A questão indígena contemporânea no Brasil evidencia a relação dos usos socioculturais da terra
com os atuais problemas socioambientais, caracterizados pelas tensões entre
6
Para Caio Prado Jr., a formação brasileira se completaria no momento em que fosse superada
a nossa herança de inorganicidade social – o oposto da interligação com objetivos internos – trazida da
colônia. Este momento alto estaria, ou esteve, no futuro. Se passarmos a Sérgio Buarque de Holanda,
encontraremos algo análogo. O país será moderno e estará formado quando superar a sua herança
portuguesa, rural e autoritária, quando então teríamos um país democrático. Também aqui o ponto de
chegada está mais adiante, na dependência das decisões do presente. Celso Furtado, por seu turno,
dirá que a nação não se completa enquanto as alavancas do comando, principalmente do econômico,
não passarem para dentro do país. Como para os outros dois, a conclusão do processo encontra-se no
futuro, que agora parece remoto.
SCHWARZ, R. Os sete fôlegos de um livro. Sequências brasileiras. São Paulo: Cia. das Letras,1999 (adaptado).
Acerca das expectativas quanto à formação do Brasil, a sentença que sintetiza os pontos de vista apre-
sentados no texto é:
7
Alexandria começou a ser construída em 332 a.C., por Alexandre, o Grande, e, em pou-
cos anos, tornou-se um polo de estudos sobre matemática, filosofia e ciência gregas. Meio
século mais tarde, Ptolomeu II ergueu uma enorme biblioteca e um museu – que funcionou
como centro de pesquisa. A biblioteca reuniu entre 200 mil e 500 mil papiros e, com o museu,
transformou a cidade no maior núcleo intelectual da época, especialmente entre os anos de
290 e 88 a.C. A partir de então, sofreu sucessivos ataques romanos, cristãos e árabes, o que
resultou na destruição ou perda de quase todo o seu acervo.
RIBEIRO, F. Filósofa e mártir. Aventuras na história. São Paulo: Abril. ed. 81, abr. 2010 (adaptado).
A biblioteca de Alexandria exerceu durante certo tempo um papel fundamental para a produção do
conhecimento e memória das civilizações antigas, porque
a) eternizou o nome de Alexandre, o Grande, e zelou pelas narrativas dos seus grandes feitos.
O artesanato traz as marcas de cada cultura e, desse modo, atesta a ligação do homem com o meio
social em que vive. Os artefatos são produzidos manualmente e costumam revelar uma integração
entre homem e meio ambiente, identificável no tipo de matéria-prima utilizada.
Pela matéria-prima (o barro) utilizada e pelos tipos humanos representados, em qual região do Brasil
o artefato acima foi produzido?
a) Sul. c) Sudeste. e) Centro-Oeste.
b) Norte. d) Nordeste.
9
O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os quadrantes do plane-
ta, desejosos de ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra há
milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos constru-
ídos ao longo do Nilo.
O que hoje se transformou em atração turística era, no passado, interpretado de forma muito dife-
rente, pois
a) significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes contin-
gentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos.
b) representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar
10
DEBRET,J. B.; SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida
privada na América Portuguesa, v. 1. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
A imagem retrata uma cena da vida cotidiana dos escravos urbanos no início do século XIX. Lem-
brando que as atividades desempenhadas por esses trabalhadores eram diversas, os escravos de
aluguel representados na pintura
11
A gente não sabemos escolher presidente
A gente não sabemos tomar conta da gente
O fragmento integra a letra de uma canção gravada em momento de intensa mobilização política. A
canção foi censurada por estar associada
12
14
O desenho retrata a fazenda de São
Joaquim da Gama com a casa-grande, a
senzala e outros edifícios representativos
de uma estrutura arquitetônica característi-
ca do período escravocrata no Brasil. Esta
organização do espaço representa uma
15
Minha vida é andar
Por esse país
Pra ver se um dia
Descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
16
A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo,
e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das
coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que
amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre
essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.
17
O antropólogo americano Marius Barbeau escreveu o seguinte: sempre que se cante a
uma criança uma cantiga de ninar; sempre que se use uma canção, uma adivinha, uma parlenda,
uma rima de contar, no quarto das crianças ou na escola; sempre que ditos e provérbios, fábulas,
histórias bobas e contos populares sejam representados; aí veremos o folclore em seu próprio
domínio, sempre em ação, vivo e mutável, sempre pronto a agarrar e assimilar novos elementos
em seu caminho.
UTLEY, F. L. Uma definição de folclore. In: BRANDÃO, C. R. O que é folclore. São Paulo: Brasiliense, 1984 (adaptado).
O texto tem como objeto a construção da identidade cultural, reconhecendo que o folclore, mesmo
sendo uma manifestação associada à preservação das raízes e da memória dos grupos sociais,
18
O Baile Charme, uma das mais conhecidas manifestações culturais do povo carioca,
fica cadastrado como bem cultural de natureza imaterial da cidade. O decreto considera o Bai-
le Charme uma genuína invenção carioca, e destaca a riqueza de sua origem na musicalidade
africana, que abriga ritmos como o soul, o funk e o rythim’n blues, da fonte norte-americana, e
o choro, o samba e a bossa-nova, criações nascidas no Rio. O Baile Charme é cultuado, princi-
palmente na Zona Norte da cidade, seja em clubes, agremiações recreativas e espaços públicos
como a área do Viaduto de Madureira.
Segundo o texto, o cadastramento do Baile Charme como bem imaterial da cidade do Rio de
Janeiro ocorreu porque essa manifestação cultural
COMPETÊNCIA
2
GEOPOLÍTICA
E TERRITÓRIO
Idealizadores:
83
Mateus Prado e Paulo Jubilut
O QUE O MEC PENSA DESSA COMPETÊNCIA
Quando você olha para um mapa do trabalhar em outra. Essa pessoa realizou
mundo, observa que ele está dividido em uma migração. As migrações, isto é, os
países e que cada país possui seu ter- deslocamentos de pessoas para outras
ritório. Como é que esses territórios se regiões, acontecem principalmente pela
formaram? Um território não se forma na- busca de melhores condições de vida.
tura lmente. É formado pela participação Assim, milhares de pessoas (portu-
ativa das coletividades. A delimitação de gueses, italianos, espanhóis, alemães,
um território provoca sempre disputas. japoneses e muitos outros) migraram
Por isso, a participação de cada indivíduo para o Brasil, tempos atrás, em busca,
como agente político e os movimentos principalmente, de trabalho. No Brasil,
sociais sempre foram muito importantes milhares de pessoas também já migraram
para a constituição dos territórios. de uma região para outra (como exemplo,
Existem diferentes disputas de terri- podemos citar o êxodo rural), entre esta-
tórios. Por exemplo, há luta por territórios dos ou entre municípios. Essas migrações
entre países, etnias, entre fazendeiros foram muito importantes para determinar
contra trabalhadores rurais etc. as características atuais da população
Nos pontos comerciais dos centros brasileira.
urbanos, as calçadas se transformam em Outro aspecto recorrente no Brasil
territórios disputados entre comerciantes é que boa parte dos movimentos sociais
de lojas, camelôs e ambulantes. Mas por está relacionada à luta pelo território, seja
que os grupos sociais sempre lutaram na no campo ou na cidade. Nas cidades a
defesa de seus territórios? Ora, isso é sim- luta é pela moradia. Esse problema tem
ples, porque o território representa a base se agravado nos últimos tempos pelo in-
para a sobrevivência e o desenvolvimento chaço das cidades. No campo, a luta pela
de qualquer sociedade. terra envolve, de um lado, as comunida-
A ideia de território não está ligada des indígenas e os trabalhadores rurais
apenas à divisão dos países ou dos es- sem terra e, do outro lado, os grandes
tados. Você certamente conhece alguém proprietários rurais, os garimpeiros e os
que teve de sair de sua terra natal para ir madeireiros. Para os capitalistas, os terri-
tórios significam a possibilidade de extra-
ção de riqueza. Para os povos indígenas,
É bom s mais importante que o valor econômico
aber... das terras, é seu valor cultural, ou seja, a
Procure ligação de cada povo com sua terra.
co
do tema nhecer o debate
“Reform
vimentos a agrária acerca Os textos dessa página foram selecionados
so ”eo
como o M ciais ligados a e s mo- de livros editados pelo INEP/MEC a respeito
ST. ssa ideia
, do exame que foi base para a matriz de com-
petências e habilidades do Novo ENEM.
ENTENDA A COMPETÊNCIA
AS HABILIDADES
DICAS
1. Xingu, filme de 2012, aborda as viagens e as lutas dos irmãos Villas-Bôas pela criação
do Parque Nacional do Xingu (parque ecológico e reserva indígena). Através dessa
obra, é possível discutir a questão dos direitos indígenas no Brasil atual.
2. Pesquise a história da Reserva Raposa Serra do Sol. É um dos principais conflitos rela-
cionados à demarcação de terras indígenas no território brasileiro.
3. Procure se informar sobre a migração de haitianos para o Brasil, através da fronteira
com o Acre, a partir do terremoto ocorrido no Haiti em 2010. Pesquise a situação do
Haiti hoje e também as soluções humanitárias apontadas pelo governo brasileiro para
a situação desses imigrantes aqui, como a legalização dos que já vieram e dos que
PROPOSTA DE AULA
Proponha aos seus alunos a leitura da Carta do Cacique Seattle, enviada ao presi-
dente dos Estados Unidos em 1855. Ela pode ser facilmente encontrada na internet. Dis-
cuta os conflitos relacionados ao território presentes na carta e diferencie a forma com
que brancos e índios se relacionavam com a terra. Depois disso, relacione a carta com o
processo de formação dos EUA.
EXERCÍCIOS
1
A partir do mapa apresentado, é possível
inferir que nas últimas décadas do século XX,
registraram-se processos que resultaram em
transformações na distribuição das atividades
econômicas e da população sobre o território
brasileiro, com reflexos no PIB por habitante.
Assim,
PIB por Habitante
em 2004
a) as desigualdades econômicas existentes en-
13 000
tre regiões brasileiras desapareceram, tendo Média 9 730
em vista a modernização tecnológica e o cres- 6 000
01 000 Km
cimento vivido pelo país. 4 000
2
A tabela a seguir apresenta dados coletados pelo Ministério da Saúde a respeito da redução
da taxa de mortalidade infantil em cada região brasileira e no Brasil.
Variação %
2002 2004
2002-2004
N 27,0 25,6 5,2
NE 37,2 33,9 8,9
SE 15,7 14,9 5,2
S 16,0 15,0 6,7
CO 19,3 18,7 3,0
BRASIL 24,3 22,5 7,4
Fonte: MS, SVS e SIM
Disponível em: http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 1 out. 2008.
a) uma das medidas a serem tomadas, visando à melhoria deste indicador, consiste na redução da
taxa de natalidade.
b) o Brasil atingiu sua meta de reduzir ao máximo a mortalidade infantil no país, equiparando-se aos
países mais desenvolvidos.
c) o Nordeste ainda é a região onde se registra a maior taxa de mortalidade infantil, dadas as condi-
ções de vida de sua população.
d) a região Sul foi a que registrou menor crescimento econômico no país, já que apresentou uma
redução significativa da mortalidade infantil.
e) a região Norte apresentou a variação da redução da mortalidade infantil mais baixa, tendo em vista
que a vastidão de sua extensão e o difícil acesso a comunidades isoladas impedem a formulação
de políticas de saúde eficazes.
4
A imagem regis-
tra uma especificidade do
contexto urbano em que a
ausência ou ineficiência
das políticas públicas re-
sultou em
2 10 % mais probres 10
9,1 9,2
Com relação à taxa de crescimento médio da renda familiar per capita entre 2001 e 2003 e consideran-
do-se a distribuição das classes sociais no Brasil, o gráfico mostra que
Cada uma das personagens adota uma forma diferente de designar os países “não desenvolvidos”,
porém, atualmente tem-se adotado a terminologia “países em desenvolvimento” porque
7
TEXTO I
Em março de 2004, o Brasil reconheceu na Organização das Nações Unidas a existência, no país,
de pelo menos 25 mil pessoas em condição análoga à escravidão – e esse é um índice considerado
otimista. De 1995 a agosto de 2009, cerca de 35 mil pessoas foram libertadas em ações dos grupos
móveis de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.
Mentiras mais contadas sobre trabalho escravo. Disponível em: www.reporterbrasil.com.br. Acesso em: 22 ago. 2011 (adaptado).
TEXTO II
O Brasil subiu quatro posições entre 2009 e 2010 no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) divulgado pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento. Mas, se o IDH levasse em
conta apenas a questão da escolaridade, a posição do Brasil no ranking mundial ficaria pior, passan-
do de 73 para 93.
UCHINAKA, F.; CHAVES-SCARELLI, T. Brasil é o país que mais avança, apesar da variável “educação” puxar IDH para baixo.
Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 22 ago. 2011 (adaptado).
Estão sugeridas nos textos duas situações de exclusão social, cuja superação exige, respectivamen-
te, medidas de
8
O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as décadas de 1980 e 1990, gerou expectati-
vas de que seria instaurada uma ordem internacional marcada pela redução de conflitos e pela
multipolaridade.
9
O desenho do artista uruguaio
Joaquín Torres-García trabalha com
uma representação diferente da usual
da América Latina. Em artigo publicado
em 1941, em que apresenta a imagem e
trata do assunto, Joaquín afirma:
100
95
90
85
80 Homens Mulheres
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0 %
8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0
1991 2010
THÉRY, H. As boas-novas sobre a população brasileira. Conhecimento Prático Geográfico, n. 41, jan. 2012 (adaptado).
PRINCIPAIS ENVOLVIDOS EM
CONFRONTOS COM ÍNDIOS
NOS ÚLTIMOS ANOS
TERRA INDÍGENA
GARIMPEIROS E
MADEIREIROS
FAZENDEIROS, POSSEIROS
E PRESSÃO DE POLÍTICOS
LOCAIS (conflitos de terras)
12
O G-20 é o grupo que reúne os países do G-7, os mais industrializados do mundo (EUA, Japão,
Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá), a União Europeia e os principais emergentes (Brasil,
Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, México
e Turquia). Esse grupo de países vem ganhando força nos fóruns internacionais de decisão e consulta.
ALLAN, R. Crise global. Disponível em: http://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br. Acesso em: 31 jul. 2010.
Entre os países emergentes que formam o G-20, estão os chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e
China), termo criado em 2001 para referir-se aos países que
A mudança na distribuição das classes de 2005 a 2010 implicou uma expressiva alteração no
formato do primeiro para o segundo gráfico. Um processo associado a essa mudança está indi-
cado no(a)
RR
AP
Fernando
de Noronha
AM PA MA CE RN
PB
AC PI PE
RO TO AL
SE
MT BA
GO
MG
MS ES Trindade e
Martin Vaz
Oceano SP
RJ
Pacífico PR
SC
RS
Limite técnico
Limite prático 0 300 km
Uma família partiu de Porto Alegre (RS), às 8h do dia 1° de janeiro de 2010, portanto, dentro do período
de vigência do horário de verão, com destino a Belém (PA). Apesar da distância, a viagem será feita
de automóvel e terá duração de 56 horas. Qual o dia e a hora de chegada dessa família à capital
paraense?
COMPETÊNCIA
3
O ESTADO
E O DIREITO
Idealizadores:
97
Mateus Prado e Paulo Jubilut
O QUE O MEC PENSA DESSA COMPETÊNCIA
ENTENDA A COMPETÊNCIA
Será que todos os Estados que conhecemos servem para conter a violência e
regular o convívio entre os homens, ou alguns existem para a manutenção do poder
das classes dominantes? E o Direito, sempre organiza a sociedade, ou por vezes serve
como instrumento de dominação?
Nesta competência, o ENEM espera que o aluno compreenda a evolução do Es-
tado e do Direito no tempo, sendo capaz de identificar quando estão em sintonia com
a vontade da população e quando não. Em primeiro lugar, é importante compreender
como surgiram essas duas Instituições e como funcionaram na Grécia, em Roma, no
período medieval, na era moderna e na contemporânea. A formação do direito na an-
tiguidade pode dar base para sua compreensão na modernidade. A capacidade de di-
ferenciar e identificar regimes teocráticos, autoritários e democráticos é importante,
assim como a compreensão do conceito de “representatividade”.
Além disso, é preciso conhecer o desenvolvimento do pensamento liberal na
sociedade capitalista, seus teóricos, e também seus críticos no século XIX e XX. Da
mesma forma, são muito cobrados os regimes totalitários da Europa do século XX e as
AS HABILIDADES
DICAS
1. O filme alemão A onda procura mostrar como um regime autoritário pode ter início e
ganhar força.
2. O ex-presidente Lula foi preso em 1980, quando ainda era dirigente de um Sindicato.
Procure saber os motivos de sua prisão. O que aconteceu com a lei que, na época,
possibilitou sua prisão? Alguém poderia, hoje, ser preso mesmos motivos?
3. Conheça o site da Comissão Nacional da Verdade (www.cnv.gov.br) e leia sobre as
frentes de trabalho que lutam pela pesquisa, abertura das informações e punição dos
crimes ocorridos principalmente durante os anos da ditadura militar brasileira.
4. Na música Meu guri, de Chico Buarque, é contada a história de uma pessoa que possui
alguns conflitos com a lei. Analise a letra da música, buscando identificar a relação que
a mulher e o homem da música tinham com o Estado.
PROPOSTA DE AULA
EXERCÍCIOS
1
No período 750-338 a. C., a Grécia antiga era composta por cidades - Estado, como por
exemplo Atenas, Esparta, Tebas, que eram independentes umas das outras, mas partilhavam al-
gumas características culturais, como a língua grega. No centro da Grécia, Delfos era um lugar de
culto religioso frequentado por habitantes de todas as cidades - Estado.
No período 1200-1600 d. C., na parte da Amazônia brasileira onde hoje está o Parque Nacional do
Xingu, há vestígios de quinze cidades que eram cercadas por muros de madeira e que tinham até
dois mil e quinhentos habitantes cada uma. Essas cidades eram ligadas por estradas a centros
cerimoniais com grandes praças. Em torno delas havia roças, pomares e tanques para a criação de
tartarugas. Aparentemente, epidemias dizimaram grande parte da população que lá vivia.
Apesar das diferenças históricas e geográficas existentes entre as duas civilizações elas são se-
melhantes pois
a) as ruínas das cidades mencionadas atestam que grandes epidemias dizimaram suas populações.
b) as cidades do Xingu desenvolveram a democracia, tal como foi concebida em Tebas.
c) as duas civilizações tinham cidades autônomas e independentes entre si.
d) os povos do Xingu falavam uma mesma língua, tal como nas cidades - Estado da Grécia.
e) as cidades do Xingu dedicavam-se à arte e à filosofia tal como na Grécia.
Imagem I Imagem II
Jean Batiste Debret. Retrato de Henrique José da Silva. Retrato
D. João VI, 1817, óleo s/tela, 060 do Imperador em trajes majestáti-
x 042cm. Acervo do Museo de cos. Gravura sobre metal feita por
Belas Artes/IPHAN/MINC. Urbain Massard, 064m x 0,44m.
Rio de Janeiro Acervo do Museo Imperial
3
A depressão econômica gerada pela Crise de 1929 teve no presidente americano
Franklin Roosevelt (1933-1945) um de seus vencedores. New Deal foi o nome dado à série de
4
Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu cum-
primento.
Que é ilegal toda cobrança de impostos para a Coroa sem o concurso do Parlamento, sob pretexto de
prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos designados por ele próprio.
Que é indispensável convocar com frequência os Parlamentos para satisfazer os agravos, assim
como para corrigir, afirmar e conservar leis.
Declaração de Direitos. Disponível em: http://disciplinas.stoa.usp.br. Acesso em: 20 dez. 2011 (adaptado).
No documento de 1689, identifica-se uma particularidade da Inglaterra diante dos demais Estados eu-
ropeus na Época Moderna. A peculiaridade inglesa e o regime político que predominavam na Europa
continental estão indicados, respectivamente, em:
6
O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito
é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente
do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do gover-
nante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na
SPITZ, C. Entre o céu e o purgatório da inclusão social. O Globo, 10 jun. 2011 (adaptado).
Uma política pública relacionada com a contradição descrita e uma ação que reduziria seus
efeitos estão identificadas, respectivamente, em:
8
Os regimes totalitários da primeira metade do século XX apoiaram-se fortemente na mobilização
da juventude em torno da defesa de ideias grandiosas para o futuro da nação. Nesses projetos, os jovens
deveriam entender que só havia uma pessoa digna de ser amada e obedecida, que era o líder. Tais movi-
mentos sociais juvenis contribuíram para a implantação e a sustentação do nazismo, na Alemanha, e do
fascismo, na Itália, Espanha e Portugal.
a) pelo sectarismo e pela forma violenta e radical com que enfrentavam os opositores ao regime.
b) pelas propostas de conscientização da população acerca dos seus direitos como cidadãos.
c) pela promoção de um modo de vida saudável, que mostrava os jovens como exemplos a seguir.
d) pelo diálogo, ao organizar debates que opunham jovens idealistas e velhas lideranças conservadoras.
e) pelos métodos políticos populistas e pela organização de comícios multitudinários.
9
Ato Institucional nº 5 de 13 de dezembro de 1968
Art. 10 – Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a segu-
rança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.
Art. 11 – Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este
Ato Institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.
O Ato Institucional nº 5 é considerado por muitos autores um ‘’golpe dentro do golpe’’. Nos artigos
10
“É para abrir mesmo e quem quiser que eu não abra eu prendo e arrebento.”
Frase pronunciada pelo presidente João Baptista Figueiredo. Apud RIBEIRO, D.
Aos trancos e barrancos e o Brasil deu no que deu. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
A frase do último presidente do regime militar indicava a ambiguidade da transição política no país.
Neste contexto, houve resistências internas ao processo de distensão planejado pela alta cúpula
militar, que se manifestaram com
11
Texto 1
Texto 2
A Constituição Federal no título VII da Ordem Social, em seu Capítulo VII, Art. 226, § 7º, diz:
“Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o plane-
jamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e
A comparação entre o tratamento dado ao tema do planejamento familiar pela charge de Henfil e
pelo trecho do texto da Constituição Federal mostra que
12
Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras
crises: as diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares eram por
melhores condições de vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos
representavam também o protesto contra a centralização do governo. Nesse período, ocorreu
também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos “barões do
café”, para o qual era fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro.
13
A solução militar da crise política gerada pela sucessão do presidente Washington Luis em
1929-1930 provoca profunda ruptura institucional no país. Deposto o presidente, o Governo Provi-
sório (1930 – 1934) precisa administrar as diferenças entre as correntes políticas integrantes da
composição vitoriosa, herdeira da Aliança Liberal.
No contexto histórico da crise da Primeira República, verifica-se uma divisão no movimento tenen-
14
A dependência regional maior ou menor da mão de obra escrava teve reflexos políticos
importantes no encaminhamento da extinção da escravatura. Mas a possibilidade e a habilidade
de lograr uma solução alternativa – caso típico de São Paulo – desempenharam, ao mesmo tempo,
papel relevante.
A crise do escravismo expressava a difícil questão em torno da substituição da mão de obra, que
resultou
a) na constituição de um mercado interno de mão de obra livre, constituído pelos libertos, uma vez
que a maioria dos imigrantes se rebelou contra a superexploração do trabalho.
b) no confronto entre a aristocracia tradicional, que defendia a escravidão e os privilégios políticos,
e os cafeicultores, que lutavam pela modernização econômica com a adoção do trabalho livre.
c) no ‘’branqueamento’’ da população, para afastar o predomínio das raças consideradas inferiores
e concretizar a ideia do Brasil como modelo de civilização dos trópicos.
d) no tráfico interprovincial dos escravos das áreas decadentes do Nordeste para o Vale do Paraí-
ba, para a garantia da rentabilidade do café.
e) na adoção de formas disfarçadas de trabalho compulsório com emprego dos libertos nos cafe-
zais paulistas, uma vez que os imigrantes foram trabalhar em outras regiões do país.
15
O Marquês de Pombal, ministro do rei Dom José I, considerava os jesuítas como inimigos,
também porque, no Brasil, eles catequizavam os índios em aldeamentos autônomos, empregando
a assim chamada língua geral. Em 1755, Dom José I aboliu a escravidão do índio no Brasil, o que
modificou os aldeamentos e enfraqueceu os jesuítas.
Em 1863, Abraham Lincoln, o presidente dos Estados Unidos, aboliu a escravidão em todas as regi-
ões do Sul daquele país que ainda estavam militarmente rebeladas contra a União em decorrência
da Guerra de Secessão. Com esse ato, ele enfraqueceu a causa do Sul, de base agrária, favorável à
manutenção da escravidão. A abolição final da escravatura ocorreu em 1865, nos Estados Unidos,
e em 1888 no Brasil.
Nos dois casos de abolição de escravatura, observam-se motivações semelhantes, tais como
16
Em 2008 foram comemorados os 200 anos da mudança da família real portuguesa para o
Brasil, onde foi instalada a sede do reino. Uma sequência de eventos importantes ocorreu no pe-
ríodo 1808-1821, durante os 13 anos em que D. João VI e a família real portuguesa permaneceram
no Brasil.
• Bahia — 1808: Parada do navio que trazia a família real portuguesa para o Brasil, sob a proteção
da marinha britânica, fugindo de um possível ataque de Napoleão.
• Rio de Janeiro — 1808: desembarque da família real portuguesa na cidade onde residiriam duran-
te sua permanência no Brasil.
• Salvador — 1810: D. João VI assina a carta régia de abertura dos portos ao comércio de todas
as nações amigas, ato antecipadamente negociado com a Inglaterra em troca da escolta dada à
esquadra portuguesa.
• Rio de Janeiro — 1816: D. João VI torna-se rei do Brasil e de Portugal, devido à morte de sua mãe,
D. Maria I.
• Pernambuco — 1817: As tropas de D. João VI sufocam a revolução republicana.
GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a
história de Portugal e do Brasil. São Paulo: Editora Planeta, 2007 (adaptado).
4,3% 1,4%
7,4%
10,7%
73,8%
SMITH, D. Atlas da Situação Mundial. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 2007 (adaptado).
Uma explicação de caráter histórico para o percentual da religião com maior número de adeptos
declarados no Brasil foi a existência, no passado colonial e monárquico, da
COMPETÊNCIA
4
DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO
E REVOLUÇÃO
COMPORTAMENTAL
Idealizadores:
111
Mateus Prado e Paulo Jubilut
O QUE O MEC PENSA DESSA COMPETÊNCIA
Será que o mundo está ficando cada que se aplicam a um determinado ramo de
vez menor? Será que o tempo está passan- atividade. Se na atualidade a automação in-
do mais rapidamente? Hoje em dia, é comum dustrial, o uso do computador, dos telefones
ouvirmos que as distâncias encurtaram, que celulares e muitas inovações nos trouxeram
um dia deveria ter mais de 24 horas. Afinal, qualidade de vida e conforto, como isso se
já existem postos de gasolina, farmácias e desenvolveu nas relações de trabalho?
supermercados que ficam abertos 24 horas, Com a organização de empresas, fá-
todos os dias da semana. Por meio dos novos bricas, bancos, escritórios, lojas, mercados
recursos trazidos pela tecnologia, como, por etc., passou a ser importante, para os donos
exemplo, a televisão, podemos assistir ao que desses negócios, controlar o tempo do tra-
se passa em qualquer lugar do mundo como balho dos empregados a fim de aumentar
se estivéssemos lá presentes. Com a Internet, a produção e os lucros. Sem contar os inú-
podemos enviar uma mensagem ou uma fo- meros postos de trabalhos perdidos para as
tografia para qualquer lugar do planeta e ela máquinas, com o processo de automação
chegará no mesmo instante. das indústrias, que vem acontecendo desde
As novas tecnologias criadas no ca- a primeira revolução industrial.
pitalismo parecem ter gerado um mundo Aliás, você já reparou como sua vida tam-
menor, onde o tempo passa cada vez mais bém está rodeada por máquinas e ferramen-
rápido. Nada diferencia tanto o atual mundo tas de todos os tipos, das mais simples às mais
urbanizado e industrializado em que vive- complicadas? Já percebeu como elas agitam,
mos, em relação a outras sociedades mais marcam e determinam o ritmo de nossas vidas
antigas, do que essa nova maneira como os mesmo fora do ambiente do trabalho?
homens vivem o tempo e o espaço na socie- O mundo em que vivemos atualmen-
dade capitalista. te criou as condições para o surgimento
Assim como hoje sofremos o impacto e multiplicação das máquinas e as tornou
das tecnologias e nos surpreendemos com elementos centrais no nosso dia-a-dia. Con-
as modificações provocadas por elas em vivemos normalmente com toda esta tecno-
nosso modo de vida, outras sociedades tam- logia, dando a impressão de que ela sempre
bém vivenciaram tal experiência. A tecnolo- existiu como algo “natural” em nossas vi-
gia pode ser compreendida como um conjun- das. Quer um exemplo? Ligar e desligar todo
to de conhecimentos e princípios científicos, dia o rádio, a TV ou uma lâmpada é um ato
quase “natural”; fazemos isso automatica-
mente, sem pensar. Chegamos a tal ponto
É bom s
Aproxima aber... que, atualmente, nos tornamos uma espécie
de prisioneiros delas. Ou seja, somos inca-
d
cobradas amente 15% das pazes de imaginar nosso cotidiano sem aju-
q
tratam es pelo ENEM, ness uestões já da destes recursos modernos.
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cias e habilidades do Novo ENEM.
ENTENDA A COMPETÊNCIA
AS HABILIDADES
DICAS
1. Elabore uma tabela em que você possa comparar diversos aspectos de cada modo
de produção: primitivo, asiático, escravista, feudal, capitalista e comunista. Busque os
conceitos e procure comparar também as formas de trabalho artesanal, manufaturado
e industrial.
2. Procure na internet a definição do termo “agronegócio” (ou “agrobusiness”) e tente
compreender melhor o que ele representa na economia brasileira. Pense sobre a me-
canização da agricultura e os custos ambientais e sociais dela. Esse tema perpassa
PROPOSTA DE AULA
EXERCÍCIOS
1
A evolução do processo de transformação de matérias-primas em produtos acabados ocor-
reu em três estágios: artesanato, manufatura e maquinofatura
Tendo em vista determinada restrição climática, a figura que representa o uso de tecnologia volta-
da para a produção é:
a) d)
3
Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados como sínteses das transfor-
mações que levaram à consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em primeiro lugar, porque sua
especialização exigiu uma articulação fundamental com o mercado. Como se concentravam na
atividade de produção de lã, a realização da renda dependeu dos mercados, de novas tecnologias
de beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos de ovelhas. Em segundo lugar, concen-
trou-se na inter-relação do campo com a cidade e, num primeiro momento, também se vinculou à
liberação de mão de obra.
4
Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de Ve-
ragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que na Hispaniola em quatro
anos, e que as terras da região não podem ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quise-
rem podem mandar extrair à vontade.
Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos
depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado).
5
Na imagem do início
do século XX, identifica-se um
modelo produtivo cuja forma de
organização fabril baseava-se na
7
A chegada da televisão
A caixa de pandora tecnológica penetra nos lares e libera suas cabeças falantes, astros, novelas,
noticiários e as fabulosas, irresistíveis garotas-propaganda, versões modernizadas do tradicional
homem-sanduíche.
SEVCENKO, N. (Org.). História da Vida Privada no Brasil 3. República: da Belle Époque à Era do Rádio.
São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
A TV, a partir da década de 1950, entrou nos lares brasileiros provocando mudanças consideráveis
nos hábitos da população. Certos episódios da história brasileira revelaram que a TV, especialmen-
te como espaço de ação da imprensa, tornou-se também veículo de utilidade pública, a favor da
democracia, na medida em que
Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram
vosso suor — ah, que bebem vosso sangue?
SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou uma
contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a
Revolução Industrial. Tal contradição está identificada
9
Estamos testemunhando o reverso da tendência histórica da assalariação do trabalho
e socialização da produção, que foi característica predominante na era industrial. A nova or-
ganização social e econômica baseada nas tecnologias da informação visa à administração
descentralizadora, ao trabalho individualizante e aos mercados personalizados. As novas tec-
nologias da informação possibilitam, ao mesmo tempo, a descentralização das tarefas e sua
coordenação em uma rede interativa de comunicação em tempo real, seja entre continentes,
seja entre os andares de um mesmo edifício.
a) o aprofundamento dos vínculos dos operários com as linhas de montagem sob influência
dos modelos orientais de gestão.
b) o aumento das formas de teletrabalho como solução de larga escala para o problema do
desemprego crônico.
c) o avanço do trabalho flexível e da terceirização como respostas as demandas por inovação
e com vistas a mobilidade dos investimentos.
d) a autonomização crescente das máquinas e computadores em substituição ao trabalho dos
especialistas técnicos e gestores.
e) o fortalecimento do diálogo entre operários, gerentes, executivos e clientes com a garantia
de harmonização das relações de trabalho.
Banco /
Financiamentos
Produção de insumos
Comercialização de
agricolas: sementes/ Agricultor
Insumos agrícolas
agrotóxicos
Consumidor
final Supermercado Intermedário
SILVA, E. S. O. Circuito espacial de produção e comercialização da produção familiar de tomate no município de São José de Ubá (RJ).
In: RIBEIRO, M. A.; MARAFON, G. J. (orgs.). A metrópole e o interior fluminense: simetrias e assimetrias geográficas. Rio de Janeiro:
Gramma, 2009 (adaptado).
O organograma apresenta os diversos atores que integram uma cadeia agroindustrial e a intensa
relação entre os setores primário, secundário e terciário. Nesse sentido, a disposição dos atores
na cadeia agroindustrial demonstra
11
A crise de 1929 e, 10 anos mais tarde, a Segunda Guerra Mundial aceleraram muito o proces-
so de substituição de importações, iniciado durante a Primeira Guerra. O Brasil teve que produzir os
bens industrializados que antes sempre importara. O processo não mais se interrompeu, expandindo-
-se na década de 50, via implantação da indústria automobilística, e aprofundando-se na década de
70, graças à produção de máquinas e equipamentos.
CARVALHO, José Murilo de. Política brasileira no século XX: o novo no velho. In: CARDIM, C. H.; HIRST, M. (orgs.). Brasil-Argentina: soberania
e cultura política. Brasília: IPRI- FUNAG, 2003, p. 200.
12
Na charge faz-se referência a uma
modificação produtiva ocorrida na agricul-
tura. Uma contradição presente no espaço
rural brasileiro derivada dessa modificação
produtiva está presente em:
13
A foto foi realizada por Sebastião Salgado, em
1989, no garimpo de Serra Pelada. Do ponto de
vista social, ambiental e econômico, o fenômeno
retratado
a) a fraca intervenção estatal, dando-se preferência às forças de mercado, que definem os produtos
e as técnicas por sua conta.
b) a presença de políticas públicas voltadas para a supressão das desigualdades sociais e regio-
nais, e desconcentração técnica.
c) o uso de técnicas produtivas intensivas em mão-de-obra qualificada e produção limpa em rela-
ção aos países com indústria pesada.
d) a presença constante de inovações tecnológicas resultantes dos gastos das empresas privadas
em pesquisa e em desenvolvimento de novos produtos.
e) a substituição de importações e a introdução de cadeias complexas para a produção de maté-
rias-primas e de bens intermediários.
15
Antes, eram apenas as grandes cidades que se apresentavam como o império da técnica,
objeto de modificações, suspensões, acréscimos, cada vez mais sofisticadas e carregadas de arti-
fícios. Esse mundo artificial inclui, hoje, o mundo rural.
GIL, G. Banda larga cordel. Disponível em: www.uol.vagalume.com.br. Acesso em: 16 abr. 2010 (fragmento).
17
O acidente nuclear de Chernobyl revela brutalmente os limites dos poderes técnicos-cien-
tíficos da humanidade e as “marchas-à-ré” que a “natureza” nos pode reservar. É evidente que
uma gestão mais coletiva se impõe para orientar as ciências e as técnicas em direção a finalidades
mais humanas.
O texto trata do aparato técnico-científico e suas consequências para a humanidade, propondo que
esse desenvolvimento
18
Os impactos positivos da biotecnologia na agricultura envolvem o aprimoramento das
práticas de cultivo, a redução da quantidade e melhoria na qualidade dos produtos agrícolas e o
aumento da renda dos produtores.
SENNETT, R. A corrosão do caráter: consequências pessoais do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 1999 (adaptado).
COMPETÊNCIA
5
CIDADANIA E
DEMOCRACIA
Idealizadores:
125
Mateus Prado e Paulo Jubilut
O QUE O MEC PENSA DESSA COMPETÊNCIA
ENTENDA A COMPETÊNCIA
AS HABILIDADES
DICAS
PROPOSTA DE AULA
EXERCÍCIOS
1
Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos
pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o des-
prezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de
alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo
mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade,
a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem.
HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada, in: PERROT, M. (Org). História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira
Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado).
a) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política do-
minante.
b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia.
c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e que-
riam reorganizar a França internamente.
d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato com os intelectuais iluministas, desejava
extinguir o absolutismo francês.
e) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam
justiça social e direitos políticos.
2
No contexto da polis grega, as leis comuns nasciam de uma convenção entre cidadãos,
definida pelo confronto de suas opiniões em um verdadeiro espaço público, a ágora, confronto
esse que concedia a essas convenções a qualidade de instituições públicas.
MAGDALENO, F. S. A territorialidade da representação política: vínculos territoriais de compromisso dos deputados fluminenses. São
Paulo: Annablume, 2010.
a) Direta.
b) Sindical.
c) Socialista.
d) Corporativista.
e) Representativa.
3
“Pecado nefando” era expressão correntemente utilizada pelos inquisidores para a
sodomia. Nefandus: o que não pode ser dito. A Assembleia de clérigos reunida em Salvador,
em 1707, considerou a sodomia “tão péssimo e horrendo crime”, tão contrário à lei da nature-
za, que “era indigno ser nomeado” e, por isso mesmo, nefando.
NOVAIS, F. MELLO E SOUZA, L. História da Vida Privada no Brasil. V. 1. São Paulo: Companhia das Letras, 1997 (adaptado).
Democracia: “regime político no qual a soberania é exercida pelo povo, pertence ao conjunto
dos cidadãos.”
JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
Uma suposta “vacina” contra o despotismo, em um contexto democrático, tem por objetivo
O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas prin-
cipais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse
período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social
6
Ó sublime pergaminho
Libertação geral
A princesa chorou ao receber
A rosa de ouro papal
Uma chuva de flores cobriu o salão
E o negro jornalista
De joelhos beijou a sua mão
Uma voz na varanda do paço ecoou:
‘’Meu Deus, meu Deus
Está extinta a escravidão’’
MELODIA, Z ;RUSSO, N.; MADRUGADA, C. Sublime Pergaminho. Disponivel em http://www.letras.terra.com.br. Acesso: 28 abr. 2010.
O samba-enredo de 1968 reflete e reforça uma concepção acerca do fim da escravidão ainda
viva em nossa memória, mas que não encontra respaldo nos estudos históricos mais recentes.
Nessa concepção ultrapassada, a abolição é apresentada como
a) conquista dos trabalhadores urbanos livres, que demandavam a redução da jornada de trabalho.
b) concessão do governo, que ofereceu benefícios aos negros, sem consideração pelas lutas de
escravos e abolicionistas.
c) ruptura na estrutura socioeconômica do país, sendo responsável pela otimização da inclusão
social dos libertos.
d) fruto de um pacto social, uma vez que agradaria os agentes históricos envolvidos na questão:
fazendeiros, governo e escravos.
e) forma de inclusão social, uma vez que a abolição possibilitaria a concretização de direitos civis
e sociais para os negros.
A foto revela um momento da Guerra do Vietnã (1965 – 1975), conflito militar cuja cobertura jornalís-
tica utilizou, em grande escala, a fotografia e a televisão. Um dos papéis exercidos pelos meios de
comunicação na cobertura dessa guerra, evidenciado pela foto, foi
A imagem representa as manifestações nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, na primeira década
do século XX, que integraram a Revolta da Vacina. Considerando o contexto político-social da épo-
ca, essa revolta revela
10
O movimento representado na imagem, do início Movimento dos Caras-Pintadas
dos anos de 1990, arrebatou milhares de jovens no Brasil.
Nesse contexto, a juventude, movida por um forte senti-
mento cívico,
Assim, duplamente bloqueados, entre milhares de soldados e milhares de mulheres — entre lamenta-
ções e bramidos, entre lágrimas e balas —, os rebeldes se renderiam de um momento para outro. Era
fatal. [...] Ainda que em fragmento, traçava-se curva fechada do assédio real, efetivo. A insurreição
estava morta.
CUNHA, Euclides. Os sertões. 9 ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 524 e 535.
Texto 2
Literatura distingue-se de História, pois, enquanto a primeira não tem nenhum compromisso em retra-
tar ou reconstruir uma realidade para que seja válida aos olhos de seus leitores, a segunda é, via de
regra, realizada para explicitar a confirmação da existência, tanto do homem em si quanto de um fato
histórico, de uma nação, de um povo ou de um povoado. Todavia, há vários episódios históricos que
serviram de base a narrativas literárias.
A relação estabelecida entre os dois textos permite inferir-se que o texto 1 descreve
12
Tendo encarado a besta do passado olho no olho, tendo pedido e recebido perdão e
tendo feito correções, viremos agora a página – não para esquecê-lo, mas para não deixá-lo
aprisionar-nos para sempre. Avancemos em direção a um futuro glorioso de uma nova socie-
dade sul-africana, em que as pessoas valham não em razão de irrelevâncias biológicas ou
de outros estranhos atributos, mas porque são pessoas de valor infinito criadas à imagem de
Deus.
Desmond Tutu, no encerramento da Comissão da Verdade na África do Sul. Disponível em: http://ld.camara.leg.br. Acesso em: 17 dez.
2012 (adaptado).
14
a) artistas críticos.
b) grupos terroristas.
c) governos autoritários.
d) partidos oposicionistas.
e) intelectuais esquerdistas.
15
De acordo com algumas teorias políticas, a formação do Estado é explicada pela renúncia que
os indivíduos fazem de sua liberdade natural quando, em troca da garantia de direitos individuais,
transferem a um terceiro o monopólio do exercício da força. O conjunto dessas teorias é deno-
minado de
a) liberalismo.
b) despotismo.
c) socialismo.
d) anarquismo.
e) contratualismo.
16
Ao longo das três últimas décadas, houve uma explosão de movimentos sociais pelo
mundo. Essa diversidade de movimentos — que vão desde os movimentos por direitos civis e os
movimentos feministas dos anos de 1960 e 1970, até os movimentos antinucleares e ecológicos
dos anos de 1980 e a campanha pelos direitos homossexuais da década de 1990 — é normalmen-
te denominado pelos comentadores do tema como novos movimentos sociais.
17
Depois de dez anos de aparente imobilidade, 77 950 operários estavam em greve em São
Bernardo, Santo André, São Caetano e Diadema – o chamado ABCD, coração industrial do país.
Em todas as fábricas, os operários cruzaram os braços em silêncio. Apanhado de surpresa, o
governo militar ficou por algum tempo sem ação. Os empregadores, por sua vez, sofriam sérios
prejuízos a cada dia de greve.
O movimento sindical, em fins dos anos 1970, começou a se rearticular e a patrocinar greves de
significativa repercussão. Essas greves aconteceram em um contexto político-institucional de
COMPETÊNCIA
6
SOCIEDADE
E NATUREZA
Idealizadores:
139
Mateus Prado e Paulo Jubilut
O QUE O MEC PENSA DESSA COMPETÊNCIA
Existem elementos que, de tão comuns, senvolvimento histórico das sociedades hu-
fazem com que deixemos de lhes dar a impor- manas possibilitou um grande conhecimento
tância que de fato possuem para nossa vida. sobre a natureza, mas seu uso atual ameaça
A nossa existência só se tornou possível por nossa própria existência. Em outras palavras,
ocorrer um determinado equilíbrio entre todos podemos estar destruindo os elementos indis-
os elementos que interagem no planeta, como pensáveis à nossa permanência na nave em
as formas da superfície, as águas, a atmosfe- que transitamos.
ra, os climas, solos, vegetais e animais. Para Se quisermos sobreviver enquanto espé-
vivermos, precisamos desse contato entre cie, precisamos aproveitar os conhecimentos
terra, água e ar, nessa determinada variação acumulados sobre o planeta para abando-
de temperaturas e composição dos gases da narmos a posição de passivos passageiros e
atmosfera. É como se a Terra fosse uma gran- nos transformarmos em ativos tripulantes, ca-
de nave vagando pelo espaço e dentro dela pazes de organizar internamente nossa nave
só pudéssemos viver nessa parte, mas preci- para que ela tenha rumo e sentido.
sássemos de todas as outras para ter as con- A vida agitada que muita gente leva, indo
dições de que necessitamos. Nessa viagem, e vindo, trabalhando e visitando parentes e
milhões de outras espécies animais e vegetais amigos, dificulta perceber o quanto depen-
já foram passageiros e desapareceram. Nós, demos do ambiente para viver . O crescente
a espécie humana, para continuarmos exis- aumento do consumo é acompanhado do uso
tindo, nas mesmas condições, precisamos intenso de recursos naturais em um ritmo de-
conservar esse equilíbrio. sigual ao dos processos naturais necessários
A maioria das pessoas já enfrenta gran- para repor tais recursos ou mesmo para eli-
des dificuldades para sobreviver por causa da minar a poluição gerada pela sua exploração
crescente violência nas cidades, do desem- e uso. Por isso, os impactos ambientais estão
prego crônico, dos problemas de moradia, entre os mais graves problemas atuais.
fornecimento de água potável, tratamento do A vida humana é resultado das relações
esgoto e do lixo, das deficiências dos serviços que temos uns com os outros e da socieda-
de transportes coletivos, saúde e educação. de com o ambiente. Os seres humanos criam
Pois, além desses graves problemas, temos costumes que são passados de gerações a
outro, que é o de manter, no planta Terra, as gerações. Entre vários hábitos transmitidos
condições necessárias a nossa vida. O de- pela cultura, podem-se destacar a organi-
zação do lugar de moradia, o tipo de roupas
usadas e os alimentos consumidos no dia a
É bom s dia. Vamos estudar como a sociedade em
Essa com
aber... que vivemos busca resolver as necessidades
petência básicas para construir lugares para moradia e
conteúd c
os ligado obra do aluno a produzir alimento e energia.
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habilidades do Novo ENEM.
ENTENDA A COMPETÊNCIA
DICAS
EXERCÍCIOS
Disponível em: http://conexaoambiental.zip.net/ Disponível em: http://clickdigitalsj.com.br. Acesso em: 9 jul. 2009.
images/charge.jpg. Acesso em: 9 jul. 2009
a) incapacidade de se manter uma atividade econômica ao longo do tempo sem causar danos ao
meio ambiente.
b) incompatibilidade entre crescimento econômico acelerado e preservação de recursos naturais
e de fontes não renováveis de energia.
c) interação de todas as dimensões do bem-estar humano com o crescimento econômico, sem a pre-
ocupação com a conservação dos recursos naturais que estivera presente desde a Antiguidade.
d) proteção da biodiversidade em face das ameaças de destruição que sofrem as florestas tropi-
cais devido ao avanço de atividades como a mineração, a monocultura, o tráfico de madeira e
de espécies selvagens.
e) necessidade de se satisfazer as demandas atuais colocadas pelo desenvolvimento sem compro-
meter a capacidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades nos campos
econômico, social e ambiental.
3
As modificações naturais e artificiais na cobertura vegetal das bacias hidrográficas in-
fluenciam o seu comportamento hidrológico. A alteração da superfície da bacia tem impactos sig-
nificativos sobre o escoamento. Esse impacto normalmente é caracterizado quanto ao efeito que
provoca no comportamento das enchentes, nas vazões mínimas e na vazão média.
TUCCI, C.E.M.; CLARKE, R.T. Impacto das mudanças da cobertura vegetal no escoamento: erosão. Revista Brasileira de Recursos
Hídricos. V. 2, n°. 1 jan./jun. 1997 (fragmento).
Ao analisar três rios com coberturas vegetais distintas - agrícola, floresta regenerada e floresta
natural - de uma mesma bacia hidrográfica, após uma mesma precipitação, conclui-se que a vege-
tação é fundamental no comportamento da vazão dos rios, uma vez que a
4
O trânsito nas grandes cidades se transformou em problema que exige criatividade
e pesados investimentos. A multiplicação dos acidentes, congestionamentos quilométricos
e a poluição urbana, por exemplo, preocupam a sociedade. A indústria, por sua vez, teve de
investir tanto em segurança ativa, facilitando o controle do veículo pelo motorista, quanto
passiva, a fim de diminuir as consequências dos sinistros. A preocupação ambiental englo-
ba também o trânsito, mas uma solução efetiva nessa área não pode se restringir à escolha
a) os acidentes eram mais frequentes na época das carruagens, devido à falta de segurança nos
transportes.
b) as carruagens à tração animal em circulação têm alto impacto ambiental.
c) o número de veículos em circulação nas grandes cidades é parte importante do problema.
d) a segurança no trânsito se alcança com base numa escolha responsável da matriz energética.
e) a solução para os problemas ambientais da atualidade é o retorno a meios de transporte antigos.
5
O efeito estufa não é fenômeno recente e, muito menos, naturalmente maléfico. Alguns dos
gases que o provocam funcionam como uma capa protetora que impede a dispersão total do calor
e garante o equilíbrio da temperatura na Terra. Cientistas americanos da Universidade da Virgínia
alegam ter descoberto um dos primeiros registros da ação humana sobre o efeito estufa. Há oito mil
anos, houve uma súbita elevação da quantidade de CO2 na atmosfera terrestre. Nesse mesmo perí-
odo, agricultores da Europa e da China já dominavam o fogo e haviam domesticado cães e ovelhas.
A atividade humana da época com maior impacto sobre a organização social e sobre o ambiente foi
o começo do plantio de trigo, cevada, ervilha e outros vegetais. Esse plantio passou a exigir áreas
de terreno livre de sua vegetação original, providenciadas pelos inúmeros grupos humanos nessas
regiões com métodos elementares de preparo do solo, ainda hoje, usados e condenados, em razão
dos problemas ambientais decorrentes.
Aquecimento global e a nova geografia de produção no Brasil.
Disponível em: <http://www.embrapa.br/publicacoes/tecnico/aquecimentoglobal.pdf>.
Acesso em: 23 jun. 2009. (com adaptações).
Segundo a hipótese levantada pela pesquisa sobre as primeiras atividades humanas organizadas,
o impacto ambiental mencionado foi decorrente
Considere um município que deposita os resíduos sólidos produzidos por sua população em
um lixão. Esse procedimento é considerado um problema de saúde pública porque os lixões
7
A usina hidrelétrica de Belo Monte será construída no rio Xingu, no município de Vitória
de Xingu, no Pará. A usina será a terceira maior do mundo e a maior totalmente brasileira, com
capacidade de 11,2 mil megawatts. Os índios do Xingu tomam a paisagem com seus cocares, arcos
e flechas. Em Altamira, no Pará, agricultores fecharam estradas de uma região que será inundada
pelas águas da usina.
BACOCCINA, D.; QUEIROZ. G.; BORGES, R. Fim do leilão, começo da confusão.
Istoé Dinheiro. Ano 13, no 655,28 abr. 2010 (adaptado).
a) ao potencial hidrelétrico dos rios no norte e nordeste quando comparados às bacias hidrográfi-
cas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
b) à necessidade de equilibrar e compatibilizar o investimento no crescimento do país com os es-
forços para a conservação ambiental.
c) à grande quantidade de recursos disponíveis para as obras e à escassez dos recursos direciona-
dos para o pagamento pela desapropriação das terras.
d) ao direito histórico dos indígenas à posse dessas terras e à ausência de reconhecimento desse
direito por parte das empreiteiras.
e) ao aproveitamento da mão de obra especializada disponível na região Norte e o interesse das
construtoras na vinda de profissionais do Sudeste do país.
O esquema mostra depósitos em que aparecem fósseis de animais do Período Jurássico. As rochas
em que se encontram esses fósseis são
a) magmáticas, pois a ação de vulcões causou as maiores extinções desses animais já conhecidas
ao longo da história terrestre.
b) sedimentares, pois os restos podem ter sido soterrados e litificados com o restante dos sedimen-
tos.
c) magmáticas, pois são as rochas mais facilmente erodidas, possibilitando a formação de tocas que
foram posteriormente lacradas.
d) sedimentares, já que cada uma das camadas encontradas na figura simboliza um evento de erosão
dessa área representada.
e) metamórficas, pois os animais representados precisavam estar perto de locais quentes.
9
A Floresta Amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar aí para sempre. Foi preciso
alcançar toda essa taxa de desmatamento de quase 20 mil quilômetros quadrados ao ano, na última
década do século XX, para que uma pequena parcela de brasileiros se desse conta de que o maior
patrimônio natural do país esta sendo torrado.
Um processo econômico que tem contribuído na atualidade para acelerar o problema ambiental
descrito é:
a) Expansão do Projeto Grande Carajás, com incentivos à chegada de novas empresas minerado-
ras.
10
O mapa mostra a distribuição de bovinos no bioma amazônico, cuja ocupação foi respon-
sável pelo desmatamento de significativas extensões de terra na região. Verifica-se que existem
municípios com grande contingente de bovinos, nas áreas mais escuras do mapa, entre 750.001
e 1.500.000 cabeças de bovinos.
RR
AP
PA
AM
MA
AC
TO
RO
200.000 - 245.000
245.001 - 325.000 MT
325.001 - 450.000
450.001 - 750.000
750.001 - 1.550.000
a) os estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia detêm a maior parte de bovinos em relação ao
bioma amazônico.
b) os municípios de maior extensão são responsáveis pela maior produção de bovinos, segundo
mostra a legenda.
c) a criação de bovinos é a atividade econômica principal nos municípios mostrados no mapa.
d) o efetivo de cabeças de bovinos se distribui amplamente pelo bioma amazônico.
e) as terras florestadas são as áreas mais favoráveis ao desenvolvimento da criação de bovinos.
Ao longo da história, a apropriação da natureza e de seus recursos pelas sociedades humanas al-
terou os biomas do planeta. Em relação aos biomas brasileiros, em qual deles esse tipo de processo
se fez sentir de forma mais profunda e irreversível?
12
A irrigação da agricultura é responsável pelo consumo de mais de 2/3 de toda a água retirada
dos rios, lagos e lençóis freáticos do mundo. Mesmo no Brasil, onde achamos que temos muita água,
os agricultores que tentam produzir alimentos também enfrentam secas periódicas e uma competi-
ção crescente por água.
MARAFON, G. J. et al. O desencanto da terra: produção de alimentos, ambiente e sociedade. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.
13
Desde a sua formação, há quase 4,5 bilhões de anos, a Terra sofreu várias modificações em
seu clima, com períodos alternados de aquecimento e resfriamento e elevação ou decréscimo de
pluviosidade, sendo algumas em escala global e outras em nível menor.
ROSS, J. S. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003 (adaptado).
14
Em 1872, Robert Angus Smith criou o termo “chuva ácida”, descrevendo precipitações áci-
das em Manchester após a Revolução Industrial. Trata-se do acúmulo demasiado de dióxido de
carbono e enxofre na atmosfera que, ao reagirem com compostos dessa camada, formam gotículas
de chuva ácida e partículas de aerossóis. A chuva ácida não necessariamente ocorre no local
poluidor, pois tais poluentes, ao serem lançados na atmosfera, são levados pelos ventos, podendo
provocar a reação em regiões distantes. A água de forma pura apresenta pH 7, e, ao contatar agen-
tes poluidores, reage modificando seu pH para 5,6 e até menos que isso, o que provoca reações,
deixando consequências.
O texto aponta para um fenômeno atmosférico causador de graves problemas ao meio ambiente: a
chuva ácida (pluviosidade com pH baixo). Esse fenômeno tem como consequência
15
Inundações naturais dos rios são eventos que trazem benefícios diversos para o meio am-
biente e, em muitos casos, para as atividades humanas. Entretanto, frequentemente as inundações
são vistas como desastres naturais, e os gestores e formuladores de políticas públicas se veem
impelidos a adotar medidas capazes de diminuir os prejuízos causados por elas.
Qual das medidas abaixo contribui para reduzir os efeitos negativos das inundações?
16
Distribuição da derrubada no bioma Caatinga
Vegetação
Desmatamento
MA
9 CE
2 1 RN Municípios que
5 PB mais desmatam
10
PI 8 PE 1 Acopiara (CE)
2 Tauá
AL 3 Bom Jessus da Lapa (BA)
6 SE 4 Campo Formoso (BA)
4
5 Boa Viagem (CE)
BA
6 Tucano (BA)
7
3 7 Mucugê (BA)
8 Serra Talhada (PE)
9 Crateús (CE)
MG 10 São José do Belmonte (PE)
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 16 jun. 2011 (adaptado).
O mapa representa um problema ambiental que tem se agravado no bioma brasileiro da Caa-
tinga. As causas desse problema estão associadas ao
17
Nos Estados Unidos da América, a
Denver Water (Água de Denver) propôs uma
campanha publicitária permanente muito cria-
tiva, como mostra a foto abaixo. Em um banco
de praça, lê-se: use only what you need, ou
seja, use apenas aquilo de que você precisa.
18
Na imagem, visualiza-se um mé-
todo de cultivo e as transformações pro-
vocadas no espaço geográfico. O objetivo
imediato da técnica agrícola utilizada é
153
Matemática
E SUAS TECNOLOGIAS
COMPETÊNCIA
1
A MATEMÁTICA NA
VIDA DOS POVOS
Idealizadores:
155
Mateus Prado e Paulo Jubilut
O uso cotidiano dos números deve ser Nenhuma verificação empírica, nenhuma
avaliado na forma como são expressos nas medição de grandezas, por mais precisa
situações sócioculturais. O objetivo dessa que seja, provará que uma medida tem
competência é verificar se o aluno sabe valor irracional. O que se busca verificar
identificar, interpretar e representar os nú- é se o aluno sabe interpretar informações
meros naturais, inteiros, racionais e reais. e operar com números naturais, inteiros,
Para isso, é importante a ampliação do co- racionais e reais, para tomar decisões e
nhecimento que as pessoas adquirem ao enfrentar situações-problema. Exercícios
resolver os problemas que se apresentam de estimativa ou de enquadramento de
em diferentes situações de suas vidas. resultados são uma forma de desenvolver
Situações que envolvem a aplicação e avaliar a habilidade de utilizar os núme-
dos conceitos e de suas relações, bem ros naturais, inteiros, racionais e reais,
como a identificação de regularidades e na construção de argumentos sobre afir-
constantes, possibilitam maior compreen- mações quantitativas de qualquer nature-
são dos números naturais, inteiros, racio- za. Discussões em que as comparações
nais e reais. Da análise de experiências numéricas são destacadas possibilitam
práticas, emergem noções intuitivas dos a compreensão de expressões como “os
números e de suas operações. Tais conhe- números falam por si”.
cimentos podem ser utilizados na explica- Diversos problemas que a humani-
ção de fenômenos de diversas naturezas. dade enfrenta hoje são quantificados e
A familiaridade do estudante com dife- apresentados numericamente. A análise
rentes representações dos números pode de problemas dessa natureza a partir da
levá-lo a perceber qual é mais adequada avaliação dos números envolvidos é uma
para expressar um resultado, evitando que forma de se indicar ao estudante qual pode
se desenvolva um tratamento exclusiva- ser sua ação no sentido de contribuir para
mente formal. No entanto, a verificação da a alteração da situação estudada.
irracionalidade de um dado número só é Assim, propõe-se a verificação do
possível no âmbito da própria Matemática. desenvolvimento da habilidade: recorrer à
compreensão numérica para avaliar pro-
postas de intervenção frente a problemas
É bom s da realidade.
Várias q
aber...
uestões Os textos dessa página foram selecionados
cobram de
a compa ssa competência de livros editados pelo INEP/MEC a respeito
calendá ração en
rios. Pro tre difere do exame que foi base para a matriz de com-
assim te cure con ntes
r mais fa hecê-los petências e habilidades do Novo ENEM.
miliarida pa
questõe
s. de com e ra
ssas
Separe garrafas PET de tamanhos diferentes: uma de 2l, uma de 1,5l e uma de 600
ml. Na primeira, marque com uma caneta o nível de 1200 ml; na segunda, faça uma
marcação de 800 ml e, na terceira, marque 500 ml. Encha a garrafa maior (aquela com
a marcação de 1200ml) de água e deixe as outras duas vazias. A situação problema
será: utilizando apenas as três garrafas, separar 100 ml de água em uma delas.
O jogo consiste em chegar a um determinado ponto sem passar por cima dos pontos pretos já
indicados.
8
7
6
5
4
3
2
1
A B C D E F G H
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
e) 7
E
NE
MB
R
Após a construção do cubo, apoiou-se sobre a mesa a face com a letra M.
3
No calendário utilizado atualmente, os anos são numerados em uma escala sem o zero,
isto é, não existe o ano zero. A era cristã se inicia no ano 1 depois de Cristo (d.C.) e designa-se
o ano anterior a esse como ano 1 antes de Cristo (a.C.). Por essa razão, o primeiro século ou
intervalo de 100 anos da era cristã terminou no dia 31 de dezembro do ano 100 d.C., quando
haviam decorrido os primeiros 100 anos após o início da era. O século II começou no dia 1 de
janeiro do ano 101 d.C., e assim sucessivamente.
Como não existe o ano zero, o intervalo entre os anos 50 a.C. e 50 d.C., por exemplo, é de 100 anos.
Outra forma de representar anos é utilizando-se números inteiros, como fazem os astrônomos. Para
eles, o ano 1 a.C. corresponde ao ano 0, o ano 2 a.C. ao ano -1, e assim sucessivamente. Os anos
depois de Cristo são representados pelos números inteiros positivos, fazendo corresponder o nú-
mero 1 ao ano 1 d.C.
Considerando o intervalo de 3 a.C. a 2 d.C., o quadro que relaciona as duas contagens descritas no
texto é
Calendário
a) 3 a.C. 2 a.C. 1 a.C. 1 d.C. 2 d.C.
atual
Cômputo dos
-1 0 1 2 3
astrônomos
c)
Calendário
3 a.C. 2 a.C. 1 a.C. 1 d.C. 2 d.C.
atual
Cômputo dos
-2 -1 1 2 3
astrônomos
d)
Calendário
3 a.C. 2 a.C. 1 a.C. 1 d.C. 2 d.C.
atual
Cômputo dos
-3 -2 -1 1 2
astrônomos
e) Calendário
3 a.C. 2 a.C. 1 a.C. 1 d.C. 2 d.C.
atual
Cômputo dos
-3 -2 -1 0 1
astrônomos
4
Um dos diversos instrumentos que o homem concebeu para medir o tempo foi a ampulheta,
também conhecida como relógio de areia. Suponha que uma cozinheira tenha de marcar 11 minu-
tos, que é o tempo exato para assar os biscoitos que ela colocou no forno. Dispondo de duas am-
pulhetas, uma de 8 minutos e outra de 5, ela elaborou 6 etapas, mas fez o esquema, representado a
seguir, somente até a 4ª etapa, pois é só depois dessa etapa que ela começa a contar os 11 minutos.
8 min
2 min
3 min ? ?
Matemática e suas Tecnologias 161
A opção que completa o esquema é
a) 5ª etapa 6ª etapa
5 min 8 min
8 min
5 min
5ª etapa 6ª etapa
b)
c) 5ª etapa 6ª etapa
3 min 8 min
8 min
2 min 5 min
d) 5ª etapa 6ª etapa
5 min 2 min
8 min 8 min
6 min
e) 5ª etapa 6ª etapa
8 min 2 min
8 min
3 min
5 min
5
Em 20 de fevereiro de 2011 ocorreu a grande erupção do vulcão Bulsan nas Filipinas. A
sua localização geográfica no globo terrestre é dada pelo GPS (sigla em inglês para Sistema de
Posicionamento Global) com longitude de 124º 3’ 0’’ a leste do Meridiano de Greenwich.
a) 124,02º. d) 124,30º.
b) 124,05º. e) 124,50º.
c) 124,20º.
6
No labirinto em um parque de diversões, representado pela malha quadriculada, encon-
tram-se sete crianças: Ana, Carol, Samanta, Denise, Roberta, Eliana e Larissa, representadas
por pontos, identificados pela letra inicial do nome de cada uma delas. A malha é formada por
quadrados, cujos lados medem 1 cm.
C
A
S
L R
Considere que cada criança pode se deslocar apenas na direção vertical ou horizontal dentro do
labirinto. Desse modo, Ana encontra-se equidistante de Samanta e de
a) Carol. d) Larissa.
b) Denise. e) Roberta.
c) Eliana.
7
Parece que foi ontem. Há 4,57 bilhões de anos, uma gigantesca nuvem de partículas
entrou em colapso e formou o nosso Sistema Solar. Demoraram míseros 28 milhões de anos
— um piscar de olhos em termos geológicos — para que a Terra surgisse. Isso aconteceu há
4,54 bilhões de anos. No começo, a superfície do planeta era mole e muito quente, da ordem de
1 200°C. Não demorou tanto assim para a crosta ficar mais fria e surgirem os mares e a terra;
a) 4 570.
b) 4 570 000.
c) 4 570 000 000.
d) 4 570 000 000 000.
e) 4 570 000 000 000 000.
48
8
Num projeto da parte elétrica de um edifício residencial a ser construído, consta que as
tomadas deverão ser colocadas a 0,20 m acima do piso, enquanto os interruptores de luz deverão
ser colocados a 1,47 m acima do piso. Um cadeirante, potencial comprador de um apartamento
desse edifício, ao ver tais medidas, alerta para o fato de que elas não contemplarão suas neces-
sidades. Os referenciais de altura (em metros) para atividades que não exigem o uso de força são
mostrados na figura seguinte.
1,35 máximo
1,20
1,00
confortável
0,80
0,40 mínimo
a) 0,20 m e 1,45 m.
b) 0,20 m e 1,40 m.
c) 0,25 m e 1,35 m.
d) 0,25 m e 1,30 m.
e) 0,45 m e 1,20 m.
De acordo com essas informações, a posição ocupada pelo algarismo que falta no número de pro-
tocolo é a de
a) centena.
b) dezena de milhar.
c) centena de milhar.
d) milhão.
e) centena de milhão.
10
Há, em virtude da demanda crescente de economia de água, equipamentos e utensílios como,
por exemplo, as bacias sanitárias ecológicas, que utilizam 6 litros de água por descarga em vez dos
15 litros utilizados por bacias sanitárias não ecológicas, conforme dados da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).
Qual será a economia diária de água obtida por meio da substituição de uma bacia sanitária não ecoló-
gica, que gasta cerca de 60 litros por dia com a descarga, por uma bacia sanitária ecológica?
a) 24 litros.
b) 36 litros.
c) 40 litros.
d) 42 litros.
e) 50 litros.
11
Lucas precisa estacionar o carro pelo período de 40 minutos, e sua irmã Clara também
precisa estacionar o carro pelo período de 6 horas.
O estacionamento Verde cobra R$ 5,00 por hora de permanência. O estacionamento Amarelo cobra R$
6,00 por 4 horas de permanência e mais R$ 2,50 por hora ou fração ultrapassada. O estacionamento Preto
cobra R$ 7,00 por 3 horas de permanência e mais R$ 1,00 por hora ou fração de hora ultrapassada.
Considere que uma pessoa adulta deseja satisfazer suas necessidades diárias de ferro e zinco
ingerindo apenas arroz e feijão. Suponha que seu organismo absorva completamente todos os
micronutrientes oriundos desses alimentos.
Na situação descrita, que quantidade a pessoa deveria comer diariamente de arroz e feijão, res-
pectivamente?
a) 58 g e 456 g.
b) 200 g e 200 g.
c) 350 g e 100 g.
d) 375 g e 500 g.
e) 400 g e 89 g.
13
Você pode adaptar as atividades do seu dia a dia de uma forma que possa queimar mais
calorias do que as gastas normalmente, conforme a relação seguinte:
- Enquanto você fala ao telefone, faça agachamentos: 100 calorias gastas em 20 minutos.
- Meia hora de supermercado: 100 calorias.
- Cuidar do jardim por 30 minutos: 200 calorias.
- Passear com o cachorro: 200 calorias em 30 minutos.
- Tirar o pó dos móveis: 150 calorias em 30 minutos.
- Lavar roupas por 30 minutos: 200 calorias.
Uma pessoa deseja executar essas atividades, porém, ajustando o tempo para que, em cada
uma, gaste igualmente 200 calorias. A partir dos ajustes, quanto tempo a mais será necessário
para realizar todas as atividades?
a) 50 minutos.
b) 60 minutos.
c) 80 minutos.
d) 120 minutos.
e) 170 minutos.
• Para o prato principal, estime 250 gramas de carne para cada pessoa.
• Um copo americano cheio de arroz rende o suficiente para quatro pessoas.
• Para a farofa, calcule quatro colheres de sopa por convidado.
• Uma garrafa de vinho serve seis pessoas.
• Uma garrafa de cerveja serve duas.
• Uma garrafa de espumante serve três convidados.
Quem organiza festas faz esses cálculos em cima do total de convidados, independente do gosto
de cada um.
Quantidade certa de alimentos e bebidas evita desperdício da ceia. Jornal Hoje. 17 dez. 2010 (adaptado).
Um anfitrião decidiu seguir essas dicas ao se preparar para receber 30 convidados para a ceia
de Natal. Para seguir essas orientações à risca, o anfitrião deverá dispor de
a) 120 kg de carne, 7 copos americanos e meio de arroz, 120 colheres de sopa de farofa, 5 garra-
fas de vinho, 15 de cerveja e 10 de espumante.
b) 120 kg de carne, 7 copos americanos e meio de arroz, 120 colheres de sopa de farofa, 5 garra-
fas de vinho, 30 de cerveja e 10 de espumante.
c) 75 kg de carne, 7 copos americanos e meio de arroz, 120 colheres de sopa de farofa, 5 garrafas
de vinho, 15 de cerveja e 10 de espumante.
d) 7,5 kg de carne, 7 copos americanos, 120 colheres de sopa de farofa, 5 garrafas de vinho, 30 de
cerveja e 10 de espumante.
e) 7,5 kg de carne, 7 copos americanos e meio de arroz, 120 colheres de sopa de farofa, 5 garra-
fas de vinho, 15 de cerveja e 10 de espumante.
15
A noz é uma especiaria muito apreciada nas festas de fim de ano. Uma pesquisa de preços
feita em três supermercados obteve os seguintes valores: no supermercado A é possível comprar
nozes a granel no valor de R$ 24,00 o quilograma; o supermercado B vende embalagens de nozes
hermeticamente fechadas com 250 gramas a R$ 3,00; já o supermercado C vende nozes a granel a R$
1,50 cada 100 gramas.
a) A, B, C.
b) B, A, C.
c) B, C, A.
d) C, A, B.
e) C, B, A.
Durante a No fim de
Rotina Juvenil
semana semana
Assistir à televisão 3 3
Atividades domésticas 1 1
Atividades escolares 5 1
Atividade de lazer 2 4
Descanso, higiene e alimentação 10 12
Outras atividades 3 3
De acordo com esta pesquisa, quantas horas de seu tempo gasta um jovem entre 12 e 18 anos, na
semana inteira (de segunda-feira a domingo), nas atividades escolares?
a) 20
b) 21
c) 24
d) 25
e) 27
COMPETÊNCIA
2
A GEOMETRIA
DA VIDA
Idealizadores:
169
Mateus Prado e Paulo Jubilut
A segunda competência da área suas propriedades a partir dessas re-
refere-se ao uso de formas e proprie- presentações são essenciais para a
dades geométricas na representação leitura do mundo. Ações envolvendo
e visualização de partes do mundo essas relações permitem ao estudante
em que estamos inseridos. Também interpretar informações e aplicar es-
se refere à compreensão e ampliação tratégias geométricas na solução de
da percepção das relações existentes problemas do cotidiano. Além disso,
entre as situações que rotineiramente o conhecimento de propriedades dos
vivemos e a geometria, cujos argumen- entes geométricos fornece segurança
tos justificam alguns usos e costumes nas justificativas das soluções. As jus-
adquiridos. A construção de modelos é tificativas são o ponto chave das dis-
um dos recursos existentes para inter- cussões realizadas sobre as soluções
pretar questões e visualizar soluções. dos problemas propostos. Dessa for-
O objetivo é avaliar se o estudante ma, é possível verificar se o estudante
sabe identificar e interpretar fenôme- utiliza conceitos geométricos na sele-
nos de qualquer natureza, expressos ção de argumentos propostos como
em linguagem geométrica, além de solução de problemas do cotidiano.
construir e identificar conceitos geo- Outro objetivo dessa competência
métricos no contexto da atividade co- é o de indicar como a geometria pode
tidiana. ser útil na solução de problemas do
O reconhecimento de semelhan- cotidiano das pessoas, não importando
ças entre objetos do mundo real com a comunidade a que pertençam. Seu
os entes geométricos, a percepção das estudo pode fornecer os elementos
relações entre representações planas necessários para uma intervenção na
e os objetos que lhes deram origem e realidade de modo a melhorar as con-
dições de vida das pessoas que podem
recorrer a conceitos geométricos para
É bom s avaliar propostas de intervenção sobre
Essa com aber... seus problemas do cotidiano.
conteúd petência exige
o d
espacial. s básicos da ge omínio dos Os textos dessa página foram selecionados de
o
der, em c É um conteúdo metria plana e livros editados pelo INEP/MEC a respeito do
fá
petência omparação com cil de apren- exame que foi base para a matriz de competên-
s
agregar de matemática as outras com- cias e habilidades do Novo ENEM.
muitos p ,
ontos à s e que poderá
ua nota.
Imagine que você irá trocar os azulejos de alguns cômodos da sua casa. Escolha
algumas opções de azulejo em alguma loja virtual, ou física, de materiais para cons-
trução. Não se esqueça de medir cada modelo escolhido. Depois de medir os cômo-
dos que serão reformados, calcule quantos azulejos serão necessários para cada um
deles. Em seguida, calcule quanto você gastaria com azulejos em cada uma das suas
escolhas. Para calcular o valor a ser pago, você deve considerar a possibilidade de
perdas durante a colocação. Calcule comprar sempre 20% a mais do que a metragem
dos cômodos.
1
Um decorador utilizou um único tipo de transformação geométrica para compor pares de
cerâmicas em uma parede. Uma das composições está representada pelas cerâmicas indicadas
por I e II.
I II
III
Utilizando a mesma transformação, qual é a figura que compõe par com a cerâmica indicada
por III?
a) c) e)
b) d)
B C
F G
J L
M
I
H
E D
A
Sabendo que o segmento AB possui 11 m de comprimento e, a partir desse, o comprimento de cada
segmento seguinte possui um metro a menos que o comprimento do segmento anterior, quantos me-
tros Carlos terá caminhado ao percorrer toda a trilha?
a) 176 d) 66
b) 121 e) 65
c) 111
3
Em uma das paredes de um depósito existem compartimentos de mesmo tamanho para
armazenamento de caixas de dimensões frontais a e b. A terceira dimensão da caixa coincide com
a profundidade de cada um dos compartimentos. Inicialmente as caixas são arrumadas, em cada
um deles, como representado na Figura 1.
A fim de aproveitar melhor o espaço, uma nova proposta de disposição das caixas foi idealizada e
está indicada na Figura 2. Essa nova proposta possibilitaria o aumento do número de caixas arma-
zenadas de 10 para 12 e a eliminação de folgas.
a) Não, porque a segunda proposta deixa uma folga de 4 cm na altura do compartimento, que é de
12 cm, o que permitiria colocar um número maior de caixas.
b) Não, porque, para aceitar a segunda proposta, seria necessário praticamente dobrar a altura e
reduzir à metade a largura do compartimento.
c) Sim, porque a nova disposição das caixas ficaria acomodada perfeitamente no compartimento
de 20 cm de altura por 27 cm de largura.
d) Sim, pois efetivamente aumentaria o número de caixas e reduziria o número de folgas para ape-
nas uma de 2 cm na largura do compartimento.
e) Sim, porque a nova disposição de caixas ficaria acomodada perfeitamente no compartimento de
32 cm de altura por 45 cm de largura.
4
Alguns objetos, durante a sua fabricação, necessitam passar por um processo de resfria-
mento. Para que isso ocorra, uma fábrica utiliza um tanque de resfriamento, como mostrado na figura.
5 cm
25 cm
30 cm
40 cm
O que aconteceria com o nível da água se colocássemos no tanque um objeto cujo volume fosse
de 2 400 cm³?
a) O nível subiria 0,2 cm, fazendo a água ficar com 20,2 cm de altura.
b) O nível subiria 1 cm, fazendo a água ficar com 21 cm de altura.
c) O nível subiria 2 cm, fazendo a água ficar com 22 cm de altura.
d) O nível subiria 8 cm, fazendo a água transbordar.
e) O nível subiria 20 cm, fazendo a água transbordar.
5
Num parque aquático existe uma piscina infantil na forma de um cilindro circular reto, de 1 m
de profundidade e volume igual a 12 m3, cuja base tem raio R e centro O. Deseja-se construir uma ilha
de lazer seca no interior dessa piscina, também na forma de um cilindro circular reto, cuja base estará
no fundo da piscina e com centro da base coincidindo com o centro do fundo na piscina, conforme a
figura. O raio da ilha de lazer será r. Deseja-se que após a construção dessa ilha, o espaço destinado
Ilha de lazer
o R
r
Piscina
Para satisfazer as condições dadas, o raio máximo da ilha de lazer r, em metros, estará mais próximo de
6
Uma empresa precisa comprar uma tampa para seu reservatório, que tem a forma de um
tronco de cone circular reto, conforme mostrado na figura.
60O
Considere que a base do reservatório tenha raio r =2 3 m e que sua lateral faça um ângulo de
60o com o solo.
Se a altura do reservatório é 12 m, a tampa a ser comprada deverá cobrir uma área de
a) 12 m2. d) 300 m2.
b) 108 m2. e) (24 + 2 3)2 m2.
c) (12 + 2 3)2 m2.
8
Alguns testes de preferência por bebedouros de água foram realizados com bovinos, envol-
vendo três tipos de bebedouros, de formatos e tamanhos diferentes. Os bebedouros 1 e 2 têm a forma
de um tronco de cone circular reto, de altura igual a 60 cm, e diâmetro da base superior igual a 120 cm
e 60 cm, respectivamente. O bebedouro 3 é um semicilindro, com 30 cm de altura, 100 cm de compri-
mento e 60 cm de largura. Os três recipientes estão ilustrados na figura.
120 cm 60 cm
60 cm 60 cm
Bebedouro 1 Bebedouro 2
60 cm
100 cm 30 cm
Considerando que nenhum dos recipientes tenha tampa, qual das figuras a seguir representa
uma planificação para o bebedouro 3?
100 cm
a) b) 100 cm
60 cm 60 cm
60 cm
60 cm
100 cm
d) 60 cm
60 cm
100 cm
9
Um balão atmosférico, lançado em Bauru (343 quilômetros a Noroeste de São Pau-
lo), na noite do último domingo, caiu nesta segunda-feira em Cuiabá Paulista, na região de
Presidente Prudente, assustando agricultores da região. O artefato faz parte do programa
Projeto Hibiscus, desenvolvido por Brasil, França, Argentina, Inglaterra e Itália, para a medi-
ção do comportamento da camada de ozônio, e sua descida se deu após o cumprimento do
tempo previsto de medição.
60O 30O
1,8 km A 3,7 km B
Na data do acontecido, duas pessoas avistaram o balão. Uma estava a 1,8 km da posição vertical
do balão e o avistou sob um ângulo de 60O; a outra estava a 5,5 km da posição vertical do balão,
alinhada com a primeira, e no mesmo sentido, conforme se vê na figura, e o avistou sob um
ângulo de 30O.
P M
A C
N
A região demarcada pelas estacas A, B, M e N deveria ser calçada com concreto.
11
A fotografia mostra uma turista aparentemente beijando a esfinge de Gizé, no Egito. A figura
a seguir mostra como, na verdade, foram posicionadas a câmera fotográfica, a turista e a esfinge.
posição da
esfinge
posição da
turista
posição da d’
câmera
d
c
a
Fotografia obtida da internet. b
Medindo-se com uma régua diretamente na fotografia, verifica-se que a medida do queixo até o
alto da cabeça da turista é igual a 2/3 da medida do queixo da esfinge até o alto da sua cabeça.
Considere que essas medidas na realidade são representadas por d e d’, respectivamente, que
a distância da esfinge à lente da câmera fotográfica, localizada no plano horizontal do queixo
a) � ba � = ���d’
c
b) ��ba = 2d3c
c) � ba � = 3d’
2c
d) ��ba = 2d’
3c
e) ��ba = 2d’
c
12
Em uma padaria, há dois tipos de forma de bolo, formas 1 e 2, como mostra a figura abaixo.
1 2
A1 A2
Sejam L o lado da base da forma quadrada, r o raio da base da forma redonda, A1 e A2 as áreas
das bases das formas 1 e 2, e V1 e V2 os seus volumes, respectivamente. Se as formas têm a mes-
ma altura h, para que elas comportem a mesma quantidade de massa de bolo, qual é a relação
entre r e L?
a) L = r
b) L = 2r
c) L = r
d) L = r
e) L =( r2)/2
13
Considere um caminhão que tenha uma carroceria na forma de um paralelepípedo retângulo,
cujas dimensões internas são 5,1 m de comprimento, 2,1 m de largura e 2,1 m de altura. Suponha que
esse caminhão foi contratado para transportar 240 caixas na forma de cubo com 1 m de aresta cada
uma e que essas caixas podem ser empilhadas para o transporte.
14
Para decorar a fachada de um edifício, um arquiteto projetou a colocação de vitrais com-
postos de quadrados de lado medindo 1 m, conforme a figura a seguir.
A P Q C
Nesta figura, os pontos A, B, C e D são pontos médios dos lados do quadrado e os segmentos AP e
QC medem ¼ da medida do lado do quadrado. Para confeccionar um vitral, são usados dois tipos de
materiais: um para a parte sombreada da figura, que custa R$ 30,00 o m², e outro para a parte mais
clara (regiões ABPDA e BCDQB), que custa R$ 50,00 o m².
De acordo com esses dados, qual é o custo dos materiais usados na fabricação de um vitral?
a) R$ 22,50 d) R$ 42,50
b) R$ 35,00 e) R$ 45,00
c) R$ 40,00
15
Uma fábrica de tubos acondiciona tubos cilíndricos menores dentro de outros tubos cilín-
dricos. A figura mostra uma situação em que quatro tubos cilíndricos estão acondicionados perfei-
tamente em um tubo com raio maior.
Suponha que você seja o operador da máquina que produzirá os tubos maiores em que serão colo-
Se o raio da base de cada um dos cilindros menores for igual a 6 cm, a máquina por você operada
deverá ser ajustada para produzir tubos maiores, com raio da base igual a
16
O atletismo é um dos esportes que mais se identificam com o espírito olímpico. A figura
ilustra uma pista de atletismo. A pista é composta por oito raias e tem largura de 9,76 m. As raias
são numeradas do centro da pista para a extremidade e são construídas de segmentos de retas
paralelas e arcos de circunferência. Os dois semicírculos da pista são iguais.
36,
5m
5m
36,
84,39 m
Se os atletas partissem do mesmo ponto, dando uma volta completa, em qual das raias o corredor
estaria sendo beneficiado?
a) 1 b) 4 c) 5 d) 7 e) 8
COMPETÊNCIA
3
MEDIDAS DA
REALIDADE
Idealizadores:
183
Mateus Prado e Paulo Jubilut
Nesta competência, valoriza-se Situações em que o sujeito esco-
o fato de que as medidas quantificam lhe a unidade de medida mais adequa-
grandezas do mundo físico. Conhecê-las da para cada grandeza considerada,
e utilizá-las nas situações cotidianas de em que tenha de estabelecer relações
nossa sociedade é de fundamental im- entre as medidas fornecidas e operar
portância. Para utilizar bem as medidas, com elas são as que possibilitam ava-
é necessário que a pessoa saiba recor- liar se sabe selecionar, compatibilizar
rer a registros das diversas unidades que e operar com informações métricas de
podem ser úteis em suas vidas, de modo diferentes sistemas, na resolução de
a identificar e interpretar registros, tal seus problemas usuais.
que a notação convencional de medidas A exploração dos significados e os
possa ser desenvolvida. usos adequados de diferentes formas
As possibilidades de integração da de mensuração, inclusive as não-pa-
Matemática com outras áreas do ensi- dronizadas, em situações de tomada
no são muitas, quando se trata do as- de decisão e justificativas de escolha,
sunto ‘grandezas e medidas’. As gran- permitem verificar a habilidade de
dezas de fenômenos físicos ou sociais selecionar e relacionar informações
como densidade, velocidade, energia referentes a estimativas ou outras for-
elétrica, densidade demográfica, es- mas de mensuração de fenômenos de
calas de mapas e guias, são exemplos qualquer natureza com a construção
dessas possibilidades. Resolver situa- de argumentação que possibilite sua
ções-problema dessa natureza permite compreensão.
estabelecer relações adequadas entre Outro aspecto fundamental, no tra-
os diversos sistemas de medida. A re- balho com medidas, é o de colocar o
presentação de fenômenos naturais e estudante em situação na qual, com o
do cotidiano são fundamentais para a emprego de medidas e estimativas de-
sua interpretação. las decorrentes, possa vislumbrar pos-
sibilidades de interferir na realidade
para modificá-la, ou seja, reconhecer
propostas adequadas de ação, utilizan-
É bom s
aber... do medidas e estimativas.
De todas
as comp Os textos dessa página foram selecionados
de Mate etências
mática e da área de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
a terceir suas Tec
a é a que nologias to do exame que foi base para a matriz de
ligados a traz os te ,
o nosso mas mais competências e habilidades do Novo ENEM.
cotidian
o.
1. Desenhe a planta da sua casa e escolha uma escala para utilizar, como é feito em
mapas. Um metro pode ser colocado como um ou dois centímetros. É importante
manter sempre a mesma escala, para todos os cômodos e móveis.
2. Deixe a torneira de sua cozinha pingar, por 5 minutos exatos, em cima de uma jarra
que tenha medidor (pode ser o copo do liquidificador). Depois, verifique qual o vo-
lume de água que pingou nesse período e calcule qual seria o desperdício em um
dia inteiro (24h) de vazamento. Depois, calcule qual seria o desperdício em um mês.
Quantas jarras de 1 litro, ou quantas caixas de água de 1 metro cúbico, este volume
poderia encher?
3. Pesquise sobre o Sistema Internacional de Medidas e veja quais são as unidades
padrão. Depois, meça alguns móveis da sua casa com a escala de metro e calcule
o tamanho equivalente deles em polegadas. Veja também qual a temperatura, em
graus Celsius, de sua cidade, hoje, e calcule a equivalência dessa temperatura em
graus Kelvin.
4. Pesquise e desenhe, com medidas precisas, um cone e um cilindro. Depois, imagine
que as figuras se tornaram objetos e você encheu ambos com água. Qual a propor-
ção entre o volume de água que você conseguiu colocar em um e em outro?
Proponha a seus alunos que criem novas unidades de medida. Vocês podem, por
exemplo, pegar um pedaço de barbante e criar uma unidade de medida que substitua
o metro. Depois, criem múltiplos e submúltiplos para a unidade de medida, sempre
aplicando a escala. Façam uma tabela de equivalência entre essa unidade de medida
e a unidade padrão. Você também pode propor que façam isso com a hora, os graus,
o quilograma, etc.
1
A Secretaria de Saúde de um município avalia um programa que disponibiliza, para cada alu-
no de uma escola municipal, uma bicicleta, que deve ser usada no trajeto de ida e volta, entre sua casa
e a escola. Na fase de implantação do programa, o aluno que morava mais distante da escola realizou
sempre o mesmo trajeto, representado na figura, na escala 1 : 25000, por um período de cinco dias.
Escola
1cm
Casa
1cm
O volume da tora em
m3 é dado por
Um técnico em manejo florestal recebeu a missão de cubar, abater e transportar cinco toras de
madeira, de duas espécies diferentes, sendo
Após realizar seus cálculos, o técnico solicitou que enviassem caminhões para transportar uma
carga de, aproximadamente,
a) 29,9 toneladas.
b) 31,1 toneladas.
c) 32,4 toneladas.
d) 35,3 toneladas.
e) 41,8 toneladas.
3
A loja Telas & Molduras cobra 20 reais por metro quadrado de tela, 15 reais por metro
linear de moldura, mais uma taxa fixa de entrega de 10 reais.
Uma artista plástica precisa encomendar telas e molduras a essa loja, suficientes para 8 quadros
retangulares (25 cm × 50 cm). Em seguida, fez uma segunda encomenda, mas agora para 8 qua-
dros retangulares (50 cm × 100 cm). O valor da segunda encomenda será
a) o dobro do valor da primeira encomenda, porque a altura e a largura dos quadros dobraram.
b) maior do que o valor da primeira encomenda, mas não o dobro.
c) a metade do valor da primeira encomenda, porque a altura e a largura dos quadros dobraram.
d) menor do que o valor da primeira encomenda, mas não a metade.
e) igual ao valor da primeira encomenda, porque o custo de entrega será o mesmo.
a) 100. d) 130.
b) 108. e) 150.
c) 128.
5
Embora o Índice de Massa Corporal (IMC) seja amplamente utilizado, existem ainda inúmeras
restrições teóricas ao uso e às faixas de normalidade preconizadas. O Recíproco do Índice Ponderal
(RIP), de acordo com o modelo alométrico, possui uma melhor fundamentação matemática, já que
a massa é uma variável de dimensões cúbicas e a altura, uma variável de dimensões lineares. As
fórmulas que determinam esses índices são:
ARAUJO, C. G. S.; RICARDO, D. R. Índice de Massa Corporal: Um Questionamento Científico Baseado em Evidências. Arq. Bras. Cardiolo-
gia, volume 79, nº 1, 2002 (adaptado).
Se uma menina, com 64 kg de massa, apresenta IMC igual a 25 kg/m², então ela possui RIP igual a
Considere que haja uma proporção direta entre a massa de banha transformada e o volume de
biodiesel produzido.
Para produzir 48 milhões de litros de biodiesel, a massa da banha necessária, em quilogramas, será
de, aproximadamente,
7
Em 2010, um caos aéreo afetou o continente europeu, devido à quantidade de fumaça expe-
lida por um vulcão na Islândia, o que levou ao cancelamento de inúmeros voos.
Cinco dias após o início desse caos, todo o espaço aéreo europeu acima de 6 000 metros estava
liberado, com exceção do do espaço aéreo da Finlândia. Lá, apenas voos internacionais acima de
31 mil pés estavam liberados.
8
Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região coberta pela caatinga, em quase
800 mil km2 de área. Quando não chove, o homem do sertão e sua família precisam caminhar
quilômetros em busca da água dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que
mais interferem na vida do sertanejo.
a) 250. d) 0,25.
b) 25. e) 0,025.
c) 2,5.
9
O medidor de energia elétrica de uma residência, conhecido por “relógio de luz”, é cons-
tituído de quatro pequenos relógios, cujos sentidos de rotação estão indicados conforme a figura:
1 0 9 9 0 1 1 0 9 9 0 1
2 8 8 2 2 8 8 2
3 7 7 3 3 7 7 3
4 5 6 6 5 4 4 5 6 6 5 4
A medida é expressa em kWh. O número obtido na leitura é composto por 4 algarismos. Cada posi-
ção do número é formada pelo último algarismo ultrapassado pelo ponteiro.
a) 2 614. d) 3 725.
b) 3 624. e) 4 162.
c) 2 715.
10 Muitas medidas podem ser tomadas em nossas casas visando à utilização racional de
energia elétrica. Isso deve ser uma atitude diária de cidadania. Uma delas pode ser a redução do
tempo no banho. Um chuveiro com potência de 4 800 W consome 4,8 kW por hora.
Uma pessoa que toma dois banhos diariamente, de 10 minutos cada, consumirá, em sete dias,
quantos kW?
a) 0,8
b) 1,6
c) 5,6
d) 11,2
e) 33,6
Se a mãe ministrou corretamente 30 gotas do remédio a seu filho a cada 8 horas, então a massa
corporal dele é de
a) 12 Kg. d) 36 Kg.
b) 16 Kg. e) 75 Kg.
c) 24 Kg.
12
A Agência Espacial Norte Americana (NASA) informou que o asteroide YU 55 cruzou o
espaço entre a Terra e a Lua no mês de novembro de 2011. A ilustração a seguir sugere que o
asteroide percorreu sua trajetória no mesmo plano que contém a órbita descrita pela Lua em
torno da Terra. Na figura, está indicada a proximidade do asteroide em relação à Terra, ou seja,
a menor distância que ele passou da superfície terrestre.
fonte: NASA
Com base nessas informações, a menor distância que o asteroide YU 55 passou da superfície da
Terra é igual a
a) 3,25 x 10² km. d) 3,25 x 105 km.
b) 3,25 x 10³ km. e) 3,25 x 106 km.
c) 3,25 x 104 km.
Passados cinco minutos, abre-se o registro de um segundo silo para alimentar o reservatório
2 com soja, numa taxa de 80 kg por minuto. Considere que a encomenda de milho no centro
consumidor seja de 1 800 kg e que, pela lei rodoviária local, a carga máxima a ser transportada
por caminhão seja de 3 400 kg.
Silo 1 Silo 2
Reservatório 1 Reservatório 2
Milho Soja
Nestas condições, em que instantes devem ser fechados os registros dos silos 1 e 2, respectiva-
mente, para que a quantidade de soja transportada seja a máxima possível?
a) 12h15min e 12h20min.
b) 12h15min e 12h25min.
c) 12h15min e 12h27min30seg.
d) 12h15min e 12h30min.
e) 12h15min e 12h32min30seg.
14
Em 2009, o Estado de São Paulo perdeu 3 205,7 hectares de sua cobertura vegetal, área
30% menor que a desmatada em 2008, segundo balanço do projeto ambiental estratégico “Des-
matamento Zero”, divulgado pela Secretaria do Meio Ambiente (SMA).
São Paulo reduz área desmatada. Boletim Agência FAPESP. Disponível em: http://www.agencia.fapesp.br. Acesso em: 26 abr. 2010.
Um hectare é uma unidade de medida de área equivalente a 100 ares. Um are, por sua vez, é
equivalente a 100 m². Logo, a área 3 205,7 hectares corresponde a
Visando expandir sua plantação, o Sr. José adquire um terreno com o mesmo formato que o
seu, passando a possuir um terreno em forma retangular, com 30 m de comprimento e 60 m de
largura.
Quanto ele deve pagar a seu vizinho por mês, pela águaque passará a consumir?
a) R$ 100,00
b) R$ 180,00
c) R$ 200,00
d) R$ 240,00
e) R$ 300,00
16
Para uma atividade realizada no laboratório de Matemática, um aluno precisa construir
uma maquete da quadra de esportes da escola que tem 28 m de comprimento por 12 m de largu-
ra. A maquete deverá ser construída na escala de 1 : 250.
a) 4,8 e 11,2
b) 7,0 e 3,0
c) 11,2 e 4,8
d) 28,0 e 12,0
e) 30,0 e 70,0
17
Técnicos concluem mapeamento do aquífero Guarani
O aquífero Guarani localiza-se no subterrâneo dos territórios da Argentina, Brasil, Paraguai e Uru-
guai, com extensão total de 1.200.000 quilômetros quadrados, dos quais 840.000 quilômetros qua-
drados estão no Brasil. O aquífero armazena cerca de 30 mil quilômetros cúbicos de água e é con-
siderado um dos maiores do mundo.
Na maioria das vezes em que são feitas referências à água, são usadas as unidades metro cúbico
e litro, e não as unidades já descritas. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(SABESP) divulgou, por exemplo, um novo reservatório cuja capacidade de armazenagem é de 20
milhões de litros.
18
A resolução das câmeras digitais modernas é dada em megapixels, unidade de medida
que representa um milhão de pontos. As informações sobre cada um desses pontos são ar-
mazenadas, em geral, em 3 bytes. Porém, para evitar que as imagens ocupem muito espaço,
elas são submetidas a algoritmos de compressão, que reduzem em até 95% a quantidade de
bytes necessários para armazená-las. Considere 1 KB = 1.000 bytes, 1 MB = 1.000 KB, 1 GB =
1.000 MB.
Utilizando uma câmera de 2.0 megapixels cujo algoritmo de compressão é de 95%, João fotografou
150 imagens para seu trabalho escolar. Se ele deseja armazená-las de modo que o espaço restante
no dispositivo seja o menor espaço possível, ele deve utilizar
a) um CD de 700 MB.
b) um pendrive de 1 GB.
c) um HD externo de 16 GB.
d) um memory stick de 16 MB.
e) um cartão de memória de 64 MB.
19
Existe uma cartilagem entre os ossos que vai crescendo e se calcificando desde a infância
até a idade adulta. No fim da puberdade, os hormônios sexuais (testosterona e estrógeno) fazem
com que essas extremidades ósseas (epífises) se fechem e o crescimento seja interrompido. As-
sim, quanto maior a área não calcificada entre os ossos, mais a criança poderá crescer ainda.
A expectativa é que durante os quatro ou cinco anos da puberdade, um garoto ganhe de 27 a 30
centímetros.
De acordo com essas informações, um garoto que inicia a puberdade com 1,45 m de altura poderá
chegar ao final dessa fase com uma altura
B
4
6 C
A 5
8 9 12
6
3
6
2
7 10
D 8 F
13 5
Como João quer economizar, ele precisa determinar qual o trajeto de menor custo para visitar os
cinco clientes.
Examinando a figura, percebe que precisa considerar somente parte das sequências, pois os traje-
tos ABCDEFA e AFEDCBA têm o mesmo custo. Ele gasta 1min30s para examinar uma sequência e
descartar sua simétrica, conforme apresentado.
O tempo mínimo necessário para João verificar todas as sequências possíveis no problema é de
a) 60 min. b) 90 min. c) 120 min. d) 180 min. e) 360 min.
COMPETÊNCIA
4
VARIAÇÃO DE
GRANDEZA,
PORCENTAGEM
E JUROS
Idealizadores:
197
Mateus Prado e Paulo Jubilut
Comparações de grandezas como conceitos são aplicados e, com isso,
os preços no supermercado, os ingre- avaliar o desenvolvimento da habilida-
dientes de uma receita, a velocidade de de resolver problemas envolvendo
média e o tempo são muito comuns em essas variáveis. Para compreender,
nosso dia a dia. Situações-problema avaliar e decidir sobre algumas situa-
desse tipo são apresentadas de modo ções da vida cotidiana, tais como qual
a permitir que estudante estabeleça a melhor forma de pagar uma compra
comparações e perceba que existem ou de escolher um financiamento, é
formas de se prever a variação de necessário conhecimento de juros
uma das grandezas, se conhecermos simples e compostos. Esses contextos
o comportamento de outra. devem ser apresentados com o objeti-
Outras situações são propostas vo de verificar se o aluno sabe utilizar
para o uso das porcentagens. Essas seus conhecimentos para agir com
situações permitem verificar se o es- segurança em situações semelhantes
tudante identifica grandezas direta e que venha a viver.
inversamente proporcionais, interpre- Tais formulações possibilitam,
ta a notação usual de porcentagem, ainda, avaliar se o estudante sabe
identifica e avalia variações de gran- identificar e interpretar oscilações
dezas para explicar fenômenos natu- percentuais de variáveis socioeco-
rais, processos socioeconômicos e da nômicas ou técnico-científicas, como
produção tecnológica. importante recurso para a construção
Problemas variados de contexto de argumentação consistente. O co-
envolvendo grandezas de diversas na- nhecimento de cálculos com porcen-
turezas, direta ou inversamente pro- tagem e de relações entre grandezas
porcionais, têm o objetivo de ampliar é um recurso bastante poderoso em
a percepção do estudante sobre as nossa sociedade. Para avaliar tal
diferentes situações nas quais esses competência, pode ser interessante
apresentar ao aluno situações em que
ele analise dados e informações reais,
É bom s verificando sua percepção sobre a im-
Dominar aber... portância do papel que desempenha
na comunidade.
de Porce os conceitos e c
á
importan ntagem e Juros, lculos simples
em muita te na prova do E além de ser Os textos dessa página foram selecionados
N
pagar su s atividades roti EM, lhe ajudará de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
as conta neiras, c to do exame que foi base para a matriz de
financia o
mentos, s, calcular dívid mo competências e habilidades do Novo ENEM.
etc. as e
1. Escolha uma cidade e descubra qual a distância entre ela e a sua. Calcule quanto tem-
po você demoraria para chegar a essa cidade, dirigindo a 60 Km/h e a 80 Km/h. Depois,
calcule quanto tempo levaria se fizesse metade do caminho a 60 Km/h e a outra metade
a 80 Km/h.
2. Separe folhetos de divulgação de lojas de eletrodomésticos. Escolha um produto e veja
qual a diferença do preço à vista e a prazo. Calcule qual o juro embutido na compra cujo
valor foi dividido em prestações.
3. Com 50% de desconto, uma mercadoria atinge a metade de seu preço. Descubra quais
os juros necessários (mensalmente) para que a mercadoria volte ao valor original.
Peça que cada aluno escolha uma quantia de 10 a 300. Depois, proponha que cada
um calcule quanto dinheiro terá ao final de 30 anos, se guardarem, mensalmente, a
quantia escolhida. Considere que o dinheiro será aplicado em um investimento que
paga 1% de juros ao mês, mais a correção monetária.
9º Amapá 4
8º Tocantins 136
7º Roraima 326
6º Acre 549
5º Maranhão 766
4º Amazonas 797
3º Rondônia 3463
2º Pará 7293
1º Mato Grosso 10416
Considerando-se que até 2009 o desmatamento cresceu 10,5% em relação aos dados de 2004, o
desmatamento médio por estado em 2009 está entre
a) 100 km² e 900 km². d) 3300 km² e 4000 km².
b) 1000 km² e 2700 km². e) 4100 km² e 5800 km².
c) 2800 km² e 3200 km².
2
Uma escola recebeu do governo uma verba de R$ 1000,00 para enviar dois tipos de fo-
lhetos pelo correio. O diretor da escola pesquisou que tipos de selos deveriam ser utilizados.
Concluiu que, para o primeiro tipo de folheto, bastava um selo de R$ 0,65 enquanto para folhetos
do segundo tipo seriam necessários três selos, um de R$ 0,65, um de R$ 0,60 e um de R$ 0,20. O di-
retor solicitou que se comprassem selos de modo que fossem postados exatamente 500 folhetos
do segundo tipo e uma quantidade restante de selos que permitisse o envio do máximo possível
de folhetos do primeiro tipo.
a) 476 d) 965
b) 675 e) 1538
c) 923
FONTE: TSE
Almanaque ABRIL: Brasil 2005. São Paulo: Abril, 2005
Na região Norte, a frequência relativa de eleição dos prefeitos no 2º turno foi, aproximadamente,
a) 42,86%.
b) 44,44%.
c) 50,00%.
d) 57,14%.
e) 57,69%.
4
Um dos grandes problemas da poluição dos mananciais (rios, córregos e outros)
ocorre pelo hábito de jogar óleo utilizado em frituras nos encanamentos que estão interliga-
dos com o sistema de esgoto. Se isso ocorrer, cada 10 litros de óleo poderão contaminar 10
milhões (107) de litros de água potável.
Manual de etiqueta. Parte integrante das revistas Veja (ed. 2055), Cláudia (ed. 555), National Geographic (ed. 93) e Nova Escola (ed. 208)
(adaptado).
Suponha que todas as famílias de uma cidade descartem os óleos de frituras através dos
encanamentos e consomem 1000 litros de óleo em frituras por semana.
Qual seria, em litros, a quantidade de água potável contaminada por semana nessa cidade?
a) 10-2 d) 106
b) 103 e) 109
c) 104
a) d)
M(x) M(x)
5000
5000
x
x
b) e)
M(x) 5150
M(x)
5000
x x
c)
M(x)
5000
x
6
O gráfico mostra o número de favelas no município do Rio de Janeiro entre 1980 e 2004,
considerando que a variação nesse número entre os anos considerados é linear.
750
573
372
7
O jornal de certa cidade publicou em uma página inteira a seguinte divulgação de seu
caderno de classificados.
26 mm
4%
x mm outros
jornais
96% 400 mm
Pessoas que consultam
nossos classificados
260 mm
Para que a propaganda seja fidedigna à porcentagem da área que aparece na divulgação, a
medida do lado do retângulo que representa os 4%, deve ser de aproximadamente
a) 1 mm.
b) 10 mm.
c) 17 mm.
d) 160 mm.
e) 167 mm.
Considerando que uma colher de sopa equivale a aproximadamente 15 mL, qual é o número
máximo de doses desse molho que se faz utilizando 1,5 L de azeite e mantendo a proporciona-
lidade das quantidades dos demais ingredientes?
a) 5 d) 200
b) 20 e) 500
c) 50
9
O IGP-M é um índice da Fundação Getúlio Vargas, obtido por meio da variação dos
preços de alguns setores da economia, do dia vinte e um do mês anterior do dia vinte do
mês de referência. Ele é calculado a partir do Índice de Preços por Atacado (IPA-M), que
tem peso de 60% do índice, do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), que tem peso de
30%, e do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), representando 10%. Atualmente,
o IGP-M é o índice para a correção de contratos de aluguel e o indexador de algumas tarifas,
como energia elétrica.
A partir das informações, é possível determinar o maior IGP-M mensal desse primeiro trimestre,
cujo valor é igual a
a) 7,03%
b) 3,00%
c) 2,65%
d) 1,15%
e) 0,66%
Caso o CNPq decidisse não aumentar o valor dos pagamentos dos bolsistas, utilizando o montante
destinado a tal aumento para incrementar ainda mais o número de bolsas de iniciação cientifica no
país, quantas bolsas a mais que em 2009, aproximadamente, poderiam ser oferecidas em 2010?
a) 5,8 mil.
b) 13,9 mil.
c) 22,5 mil.
d) 51,5mil.
e) 94,4 mil.
11
Uma pessoa aplicou certa quantia em ações. No primeiro mês, ela perdeu 30% do total
do investimento e, no segundo mês, recuperou 20% do que havia perdido. Depois desses dois
meses, resolveu tirar o montante de R$ 3 800,00 gerado pela aplicação.
a) R$ 4 222,22.
b) R$ 4 523,80.
c) R$ 5 000,00.
d) R$ 13 300,00.
e) R$ 17 100,00.
12
Arthur deseja comprar um terreno de Cléber, que lhe oferece as seguintes possibilida-
des de pagamento:
Após avaliar a situação do ponto de vista financeiro e das condições apresentadas, Arthur
concluiu que era mais vantajoso financeiramente escolher a opção
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
13
Considere que uma pessoa decida investir uma determinada quantia e que lhe sejam
apresentadas três possibilidades de investimento, com rentabilidades líquidas garantidas pelo
período de um ano, conforme descritas:
Investimento A: 3% ao mês
As rentabilidades, para esses investimentos, incidem sobre o valor do período anterior. O quadro
fornece algumas aproximações para a análise das rentabilidades:
n 1,03n
3 1,093
6 1,194
9 1,305
12 1,426
Para escolher o investimento com a maior rentabilidade anual, essa pessoa deverá
Considere dois consumidores: um que é de baixa renda e gastou 100 kWh e outro do tipo
residencial que gastou 185 kWh. A diferença entre o gasto desses consumidores com 1 kWh,
depois da redução da tarifa de energia, mais aproximada, é de
a) R$ 0,27.
b) R$ 0,29.
c) R$ 0,32.
d) R$ 0,34.
e) R$ 0,61.
15
Uma indústria tem um reservatório de água com capacidade para 900 m3. Quando há neces-
sidade de limpeza do reservatório, toda a água precisa ser escoada. O escoamento da água é feito
por seis ralos, e dura 6 horas quando o reservatório está cheio. Esta indústria construirá um novo
reservatório, com capacidade de 500 m3, cujo escoamento da água deverá ser realizado em 4 horas,
quando o reservatório estiver cheio. Os ralos utilizados no novo reservatório deverão ser idênticos
aos do já existente.
16
Luiza decidiu pintar seus cabelos e os de sua mãe usando as cores B e C em ambas as tintu-
ras. A cor B é a que tinge os cabelos brancos e a cor C dá um tom mais claro durante a exposição à luz.
Luíza sabe que, em cabelos com muitos fios brancos, como os de sua mãe, a proporção entre as
cores C e B é de 1 para 3. Para ela, que tem poucos fios brancos, a proporção a ser aplicada é de 3
partes da cor C para 1 para da cor B. Além disso, como sua mãe tem cabelos curtos, basta a aplicação
de 60 gramas de tintura; já para seus longos cabelo, serão necessários 120 gramas.
De acordo com a situação descrita, a quantidade, em gramas, da tintura da cor B que Luíza deve
adquirir para pintar os seus cabelos e os de sua mãe é
17
Médicos alertam sobre a importância de educar as crianças para terem hábitos alimenta-
res saudáveis. Por exemplo, analisando-se uma bolacha com recheio de chocolate (25 g) e um pé de
alface (25 g), observam-se as seguintes quantidades de nutrientes, respectivamente:
• carboidratos: 15 g e 0,5 g;
• proteínas: 1,9 g e 0,5 g.
Considerando as informações apresentadas, qual deve ser o número de pés de alface consumidos
para se obter a mesma quantidade de carboidratos de uma bolacha?
a) 50 b) 30 c) 14 d) 8 e) 7
18
1
O Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou novas regras sobre o pagamento mínimo
da fatura do cartão de crédito, a partir do mês de agosto de 2011. A partir de então, o pagamento men-
sal não poderá ser inferior a 15% do valor total da fatura. Em dezembro daquele ano, outra alteração
foi efetuada: daí em diante, o valor mínimo a ser pago seria de 20% da fatura.
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 29 fev. 2012.
a) R$ 600,00.
b) R$ 640,00.
c) R$ 722,50.
d) R$ 774,40.
e) R$ 874,22.
COMPETÊNCIA
5
ÁLGEBRA
Idealizadores:
211
Mateus Prado e Paulo Jubilut
Partindo de situações vividas pela habilidade fundamental não só para
maioria das pessoas, busca-se dar a Matemática como também para as
significado à linguagem e às idéias áreas de Ciências Humanas e de Ciên-
matemáticas. Situações-problema va- cias da Natureza.
riadas vão permitir observar se o es- Com situações-problema bastan-
tudante reconhece diferentes funções te diversificadas, o estudante pode
da álgebra e sabe, assim, modelar e desenvolver a capacidade de integrar
resolver problemas utilizando equa- os conhecimentos relativos às tabe-
ções e inequações com uma ou mais las, expressões algébricas e repre-
variáveis. sentações analíticas e, por esse meio,
A percepção da possibilidade de indicar se compreende o significado
representar fenômenos na forma algé- e sabe realizar operações com o uso
brica e na forma gráfica é colocada em dessas ferramentas. Problemas nos
destaque. O uso de representações quais o estudante possa expressar-
gráficas em problemas de localização -se de forma gráfica ou escrita, em
é explorado como um conhecimento já que valorize a precisão da linguagem
adquirido para se partir para as repre- matemática e o reconhecimento de
sentações analíticas em Matemática. representações equivalentes de um
A partir de discussões sobre a leitura me smo conceito, relacionando pro-
dessas representações, é possível cedimentos às diferente s represen-
avaliar se o estudante é capaz de tações, são um modo de avaliar a uti-
identificar e interpretar representa- lização da modelagem analítica como
ções analíticas de processos naturais recurso importante na elaboração de
ou da produção tecnológica e de figu- argumentação consistente.
ras geométricas como pontos, retas e Situações que requerem a inter-
circunferências, o que constitui uma pretação de informações, a partir do
uso de ferramentas analíticas, permi-
tem aferir o desenvolvimento da ha-
bilidade de avaliar a adequação nos
É bom s
É a comp
aber... problemas da realidade.
etê
te consid ncia que os aluno Os textos dessa página foram selecionados
era sn
matemáti m mais difícil. Ma ormalmen- de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
ca que p s é um eix
as outras o derá lhe o da to do exame que foi base para a matriz de
co ajud
dedicar u mpetências, entã ar em todas competências e habilidades do Novo ENEM.
ma parce o vale a p
la de seu ena
tempo.
1 Uma torneira gotejando diariamente é responsável por grandes desperdícios de água. Ob-
serve o gráfico que indica o desperdício de uma torneira:
700
600
500
Desperdício (litros)
400
300
200
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Tempo (dias)
a) y = 2x
b) y = 1 x
2
c) y = 60x
d) y = 60x+1
e) y = 80x+50
5
Peças 4
3
2
1
Casas A B C
As regras são:
1- um disco maior não pode ser colocado sobre um disco menor;
2- pode-se mover um único disco por vez;
3- um disco deve estar sempre em uma das três hastes ou em movimento.
Usando a torre de Hanói e baseando-se nas regras do jogo, podemos montar uma tabela entre o
número de peças (X) e o número mínimo de movimentos (Y):
a) Y = 2X – 1
b) Y = 2X – 1
c) Y = 2X
d) Y = 2X – 1
e) Y = 2X – 4
3
Nos últimos anos, a corrida de rua cresce no Brasil. Nunca se falou tanto no assunto
como hoje, e a quantidade de adeptos aumenta progressivamente, afinal, correr traz inúmeros
benefícios para a saúde física e mental, além de ser um esporte que não exige um alto investi-
mento financeiro.
a) 12 dias.
b) 13 dias.
c) 14 dias.
d) 15 dias.
e) 16 dias.
4
Em fevereiro, o governo da Cidade do México, metrópole com umas das maiores frotas de
automóveis do mundo, passou a oferecer à população bicicletas como opção de transporte. Por
uma anuidade de 24 dólares, os usuários têm direito a 30 minutos de uso livre por dia. O ciclista
pode retirar em uma estação e devolver em qualquer outra e, se quiser estender a pedalada, paga
3 dólares por hora extra.
A expressão que relaciona o valor f pago pela utilização da bicicleta por um ano, quando se utilizam
x horas extras nesse período é
a) f(x) = 3x d) f(x) = 3x + 24
b) f(x) = 24 e) f(x) = 24x + 3
c) f(x) = 27
5
Um dos estádios mais bonitos da Copa do Mundo na África do Sul é o Green Point, situado
na cidade do Cabo, com capacidade para 68 000 pessoas.
Em certa partida, o estádio estava com 95% de sua capacidade, sendo que 487 pessoas não paga-
ram o ingresso que custava 150 dólares cada.
De acordo com as informações, quantos bilhões de sacolas plásticas serão consumidas em 2011?
a) 4,0 d) 8,0
b) 6,5 e) 10,0
c) 7,0
7
Certo município brasileiro cobra a conta de água de seus habitantes de acordo com o grá-
fico. O valor a ser pago depende do consumo mensal em m³.
Conta de água
R$
25
15
0 m3
10 15 20
Se o morador pagar uma com de R$ 19,00, isso significa que ele consumiu
a) 16 m3 de água. d) 19 m3 de água.
b) 17 m3 de água. e) 20 m3 de água.
c) 18 m3 de água.
Circunferência
Índice de % de
massa (kg) do quadril (cm)
Massa = Gordura = - 18
Corporal Altura X altura (m) Corporal Altura X altura (m)
Uma jovem com IMC = 20 kg/m2, 100 cm de circunferência dos quadris e 60 kg de massa corpórea
resolveu averiguar seu IAC. Para se enquadrar aos níveis de normalidade de gordura corporal, a
atitude adequada que essa jovem deve ter diante da nova medida é
9
Um satélite de telecomunicações, t minutos após ter atingido sua órbita, está a r qui-
lômetros de distância do centro da Terra. Quando r assume seus valores máximo e mínimo,
diz-se que o satélite atingiu o apogeu e o perigeu, respectivamente. Suponha que, para esse
satélite, o valor de r em função de t seja dado por
Um cientista monitora o movimento desse satélite para controlar o seu afastamento do centro da
Terra. Para isso, ele precisa calcular a soma dos valores de r, no apogeu e no perigeu, representada
por S.
a) 12 765 km.
b) 12 000 km.
c) 11 730 km.
d) 10 965 km.
e) 5 865 km.
10
Um administrador de um campo de futebol deseja recobri-lo com um tipo de grama que, em
condições normais, cresce de acordo com o gráfico a seguir.
Comprimento (cm)
11
Tempo
0 2 5 (semanas)
Ele precisa ter o campo pronto no dia 11 de junho de 2012, e o comprimento mínimo da grama nesse
dia deve ser igual a 7 cm.
Supondo-se que o crescimento da grama se dê em condições normais, a grama deve ser plantada,
no máximo, até o dia
A gerência da empresa determina que o preço de venda do produto seja de R$700,00. Com isso a
receita bruta para x jogos produzidos é dada por R(x)=0,7x (em R$ 1.000,00). O lucro líquido, obtido
pela venda de x unidades de jogos, é calculado pela diferença entre a receita bruta e os custos totais.
O gráfico que modela corretamente o lucro líquido dessa empresa, quando são produzidos x jogos, é
a) 4.0 c)
6.0
Lucro (em R$ 1.000,00)
3.0 5.0
2.0 4.0
2.0
-1.0 1.0 2.0 3.0 4.0
1.0
-1.0 Números de jogos mais vendidos
3.0 4.0
Lucro (em R$ 1.000,00)
2.0 3.0
1.0 2.0
1.0
-1.0 1.0 2.0 3.0 4.0
-1.0 Números de jogos mais vendidos -1.0 1.0 2.0 3.0 4.0
e)
-3.0
2.0
Lucro (em R$ 1.000,00)
1.0
1.0
Semibreve 1
Mínima 1
2
Semínima 1
4
Colcheia 1
8
1
Semicolcheia 16
Fusa 1
32
Semifusa
1
64
Um compasso é uma unidade musical composta por determinada quantidade de notas musicais
em que a soma das durações coincide com a fração indicada como fórmula do compasso. Por
exemplo, se a fórmula de compasso for 12 , poderia ter um compasso ou com duas semínimas ou
uma mínima ou quatro colcheias, sendo possível a combinação de diferentes figuras.
Um trecho musical de oito compassos, cuja fórmula é 34 , poderia ser preenchido com
a) 24 fusas.
b) 3 semínimas.
c) 8 semínimas.
d) 24 colcheias e 12 semínimas.
e) 16 semínimas e 8 semicolcheias.
13
A empresa WQTU Cosméticos vende um determinado produto x, cujo custo de fabrica-
ção de cada unidade é dado por 3x2 + 232, e o seu valor venda é expresso pela função 180x – 116.
A empresa vendeu 10 unidades do produto x, contudo a mesma deseja saber quantas unidades
precisa vender para obter lucro máximo.
A quantida máxima de unidades a serem vendidas pela empresa WQTU para obtenção do maior
lucro é
a) 10
b) 30
14
O responsável por realizar uma avaliação em uma escola convocou alguns professo-
res para elaborar questões e estipulou uma meta mínima. Cada professor deveria elaborar, em
média, 13 questões por dia durante uma semana. Nos seis primeiros dias, as quantidades de
questões elaboradas por um professor foram 15, 12, 11, 12, 13, 14.
Para cumprir a meta mínima, a quantidade mínima de questões que o professor deverá elaborar
no último dia é
a) 11.
b) 12.
c) 13.
d) 14.
e) 15.
15
O cometa Halley orbita o Sol numa trajetória e elíptica periódica. Ele foi observado da Terra
nos anos de 1836 e 1911. Sua última aparição foi em 1986 e sua próxima aparição será em 2061.
a) 1836
b) 1862
c) 1911
d) 1937
e) 1986
16
Uma fábrica de cosméticos produz um creme cujo custo de produção é dado pela função
C(x) = (2/3)x + 3, em que x é o número de cremes produzidos.
Se a fábrica consegue reduzir o custo de produção de cada unidade x em 17%, a função P(x) que
expressa a relação entre o novo custo de produção e a produção é
a) P(x) = 2 x + 3.
3
COMPETÊNCIA
6
GRÁFICOS
E TABELAS
Idealizadores:
225
Mateus Prado e Paulo Jubilut
Situações-problema cujo contex- cos ou tabelas as informações perti-
to está em estreita relação com o todo nentes ao problema proposto, para a
social e cultural da maioria das pesso- resolução de problemas.
as são usadas para situar a linguagem A análise de dados de situações
das tabelas e gráficos apresentados reais, apresentados em gráficos e ta-
como instrumentos de expressão e ra- belas, com o intuito de interpretar, cri-
ciocínio, favorecendo a verificação do ticar e prever resultados, além de ser
desenvolvimento das habilidades de um modo de aplicar conhecimentos e
reconhecer e interpretar as informa- métodos matemáticos em situações
ções, de natureza científica ou social, reais, possibilita o desenvolvimento
expressas em gráficos ou tabelas. da habilidade de analisar o compor-
A leitura e interpretação das infor- tamento de variável, expresso em
mações servem como instrumentos de gráficos ou tabelas, como importante
elaboração e compreensão de estima- recurso para a construção de argu-
tivas e de previsões. Isso possibilita mentação consistente.
que a habilidade de identificar ou in- A análise crítica e a capacida-
ferir aspectos relacionados a fenôme- de de inferir e prever resultados
nos de natureza científica ou social, a também possibilitam ao estudante
partir de informações expressas em avaliar, com auxílio de dados apre-
gráficos ou tabelas, seja avaliada. sentados em gráficos ou tabelas, a
A avaliação dessa competência adequação de propostas de inter-
também permite observar se o aluno venção na realidade.
sabe retirar e interpretar dos gráfi-
Quem tem
aber... competências e habilidades do Novo ENEM.
a
revistas e prática da leitura
sit de
siderar e es de informação jornais,
ssa a com costuma
normalm petência c
ente bas mais fácil, on-
ta busca
no gráfic
o. r as inform pois
ações
O que o Exame espera do estudante, nessa competência, é que ele consiga ler,
entender e extrair as informações presentes em gráficos e tabelas. Algumas questões
esperam um pouco mais, como a aplicação desses dados na resolução de alguma pro-
posição, a comparação entre dados ou ainda a análise ou julgamento desses dados.
Para ter um bom desempenho nessas questões, é preciso estar familiarizado com
o uso desses instrumentos (gráficos e tabelas). Dessa forma, o aluno que sempre se
interessou por jornais, revistas ou conteúdos da web relacionados a dados socioeco-
nômicos, científicos, ou mesmo à questões corriqueiras, como o número de pontos de
um time em um campeonato de futebol, terá mais chances de compreender os gráficos
apresentados na prova.
É bom dar uma olhada nos tipos de gráfico existentes: colunas, barras, pizza, pon-
tos, linhas, etc. Há também alguns tipos menos comuns, como as pirâmides etárias. Vale
a pena sempre observar bem os gráficos da área econômica, como os de exportações,
juros, inflação, PIB, etc., pois costumam aparecer bastante.
Peça que seus alunos, em grupos, pesquisem gráficos e tabelas que demonstrem
a distribuição de renda no Brasil nos últimos 10 anos. É possível encontrar muitas infor-
mações no site do IPEA (www.ipea.gov.br). Solicite que analisem como a distribuição
de renda no Brasil tem se comportado. Eles deverão observar quanto da renda nacional
ficou, a cada ano, com os dez por cento mais ricos da população e também quanto ficou
com os dez por cento mais pobres. Depois, cada grupo deverá apresentar à sala as suas
conclusões.
2,0
1,5
Variações
1,0
0,5
0
Rio de Janeiro Porto Alegre São Paulo Brasília
Com base no gráfico, qual item foi determinante para a inflação de maio de 2008?
a) Alimentação e bebidas. d) Vestuário.
b) Artigos de residência. e) Transportes.
c) Habitação.
2
A classificação de um país no quadro de medalhas nos Jogos Olímpicos depende do número de
medalhas de ouro que obteve na competição, tendo como critérios de desempate o número de medalhas
de prata seguido do número de medalhas de bronze conquistados. Nas Olimpíadas de 2004, o Brasil foi o
décimo sexto colocado no quadro de medalhas, tendo obtido 5 medalhas de ouro, 2 de prata e 3 de bronze.
Parte desse quadro de medalhas é reproduzida a seguir.
Se o Brasil tivesse obtido mais 4 medalhas de ouro, 4 de prata e 10 de bronze, sem alteração no número de
medalhas dos demais países mostrados no quadro, qual teria sido a classificação brasileira no quadro de
medalhas das Olimpíadas de 2004?
a) 13º. d) 10º.
b) 12º. e) 9º.
c) 11º.
23
O gráfico apresenta a quantidade de gols marcados pelos artilheiros das Copas do Mun-
do desde a Copa de 1930 até a de 2006.
A partir dos dados apresentados, qual a mediana das quantidades de gols marcados pelos arti-
lheiros das Copas do Mundo?
Debatedor 1 – O Brasil não produz alimento suficiente para alimentar sua população. Como a renda
média do brasileiro é baixa, o País não consegue importar a quantidade necessária de alimentos e
isso é a causa principal da fome.
Debatedor 2 – O Brasil produz alimentos em quantidade suficiente para alimentar toda sua população.
A causa principal da fome, no Brasil, é a má distribuição de renda.
Considerando que são necessários, em média, 250 kg de alimentos para alimentar uma pessoa du-
rante um ano, os dados dos gráficos I e II, relativos ao ano de 2003, corroboram apenas a tese do(s)
debatedor(es)
a) 1. c) 3. e) 2 e 3.
b) 2. d) 1 e 3.
a) 0,45
b) 0,42
c) 0,30
d) 0,22
e) 0,15
6
Uma universidade decidiu promover uma coleta de informações que fornecesse dados
para implementar ações destinadas à recuperação de estudantes que consumiam drogas no cam-
pus, cujo objetivo era reabilitar os usuários. O resultado dessa coleta é apresentado no quadro:
a) Sim, porque o grupo de apoio trabalharia com 88% dos alunos envolvidos com drogas.
b) Sim, porque o grupo de apoio trabalharia com 58% dos alunos envolvidos com drogas.
c) Não, porque o grupo de apoio trabalharia apenas com 40% dos alunos envolvidos com drogas.
d) Não, porque o grupo de apoio trabalharia apenas com 38% dos alunos envolvidos com drogas.
e) Não, porque o grupo de apoio trabalharia apenas com 36% dos alunos envolvidos com drogas.
7
Nas últimas décadas, desencadeou-se uma discussão quanto ao papel da Amazônia no
equilíbrio da biosfera e sobre as consequências que sua devastação poderá trazer para o clima do
planeta. No gráfico a seguir, está representada, em quilômetros quadrados, a evolução da área que
foi desmatada na floresta amazônica entre 1988 e 2007.
Km²
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
De acordo com os dados, o biênio em que ocorreu o maior desmatamento acumulado foi
a) 1988–1989.
b) 1994–1995.
c) 1995–1996.
d) 2000–2001.
e) 2003–2004.
9
A figura a seguir apresenta dois gráficos com informações sobre as reclamações diárias rece-
bidas e resolvidas pelo Setor de Atendimento ao Cliente (SAC) de uma empresa, em uma dada semana.
O gráfico de linha tracejada informa o número de reclamações recebidas no dia, o de linha contínua é
o número de reclamações resolvidas no dia. As reclamações podem ser resolvidas no mesmo dia ou
demorarem mais de um dia para serem resolvidas.
30
20
10
0
Qui Sex Sáb Dom Seg Ter Qua
10
Nos últimos anos, a frota de veículos no Brasil tem crescido de forma acentuada. Obser-
vando o gráfico, é possível verificar a variação do número de veículos (carros, motocicletas e cami-
nhões), no período de 2000 a 2010. Projeta-se que a taxa de crescimento relativo no período de 2000
a 2010 mantenha-se para década seguinte.
70
66 milhões
60
50
40
30
20 30 milhões
10
0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
a) 79,2 milhões
b) 102,0 milhões
c) 132,0 milhões
d) 138,0 milhões
e) 145,2 milhões
Com base no gráfico, para a produção de 100kg de milho, 100kg de trigo, 100kg de arroz, 100kg de
carne de porco e 600 kg de carne de boi, a quantidade média necessária de água, por quilograma
de alimento produzido, é aproximadamente igual a
COMPETÊNCIA
7
ESTATÍSTICA E
PROBABILIDADE
Idealizadores:
237
Mateus Prado e Paulo Jubilut
O cidadão comum vê-se hoje imer- que envolvam grande quantidade de
so em uma enorme quantidade de in- dados exigem do estudante inferências
formações de natureza estatística ou e predições. Assim, é importante ava-
probabilística, difundidas em grande es- liar se ele sabe caracterizar aspectos
cala pelos meios de comunicação. De- relacionados a fenômenos de natureza
senvolver habilidades que permitam ao científica ou social, a partir de informa-
estudante ler, interpretar e saber utilizar ções expressas por meio da distribuição
esses recursos torna-se imprescindível estatística.
a uma educação que pretende inseri-lo Técnicas e raciocínios estatísticos
na sociedade como membro atuante. são empregados como instrumentos de
Nessa competência, as situações- análise de distribuição estatística para
-problema propostas valorizam dis- realizar inferências e previsões fazendo
cussões sobre o caráter aleatório dos uma avaliação crítica dos resultados.
fenômenos para possibilitar ao aluno Desse modo, pode-se observar se o
identificar, interpretar e produzir regis- aluno sabe analisar o comportamento
tros de informações sobre eles. de variável, expresso por meio de uma
Diferentes fenômenos devem ser distribuição estatística, como importan-
analisados quanto à sua chance de te recurso para a construção de argu-
ocorrência, nas condições propostas, mentação consistente. Por outro lado,
de modo que o aluno aplique as ideias essas técnicas e raciocínios estatísticos
de probabilidade e análise combinatória são, sem dúvida, instrumentos tanto das
a fenômenos naturais e do cotidiano e Ciências da Natureza quanto das Ciên-
possa resolver problemas envolven- cias Humanas.
do processos de contagem, medida e
cálculo de probabilidades. Situações
Os textos dessa página foram selecionados de
É bom s livros editados pelo INEP/MEC a respeito do
Procure
aber... exame que foi base para a matriz de compe-
tências e habilidades do Novo ENEM.
entender
loterias e o funcion
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forma inte também ar
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Pontuação da Gincana
3
? ?
2
1
0
A B C D E
Mesmo sem aparecer as notas das equipes D e E, pode-se concluir que os valores da moda e da
mediana são, respectivamente,
a) 1,5 e 2,0. d) 2,0 e 3,0.
b) 2,0 e 1,5. e) 3,0 e 2,0.
c) 2,0 e 2,0.
De acordo com os dados, se for escolhido aleatoriamente para investigação mais detalhada um
a) 2 b) 5 c) 2 d) 3 e) 12
17 17 5 5 17
3
O quadro seguinte mostra o desempenho de um time de futebol no último campeonato. A
coluna da esquerda mostra o número de gols marcados e a coluna da direita informa em quantos
jogos o time marcou aquele número de gols.
4
Os estilos musicais preferidos pelos jovens brasileiros são o samba, o rock e a MPB. O
quadro a seguir registra o resultado de uma pesquisa relativa à preferência musical de um grupo
de 1 000 alunos de uma escola. Alguns alunos disseram não ter preferência por nenhum desses
três estilos.
Preferência Rock e
Rock Samba MPB
musical samba
Número de alunos 200 180 200 70
5
Considere que um professor de arqueologia tenha obtido recursos para visitar 5 museus,
sendo 3 deles no Brasil e 2 fora do país. Ele decidiu restringir sua escolha aos museus nacionais e
internacionais relacionados na tabela a seguir.
De acordo com os recursos obtidos, de quantas maneiras diferentes esse professor pode escolher
os 5 museus para visitar?
a) 6 c) 20 e) 36
b) 8 d) 24
6 Uma empresa constrói peças para jogos no formato de cubos e cilindros, nas cores vermelha,
azul e verde. No final do dia, o encarregado de fazer o controle do estoque coloca todas as peças
prontas sobre um balcão e começa a fazer o controle. Num dia em que a empresa produziu um total
de 80 peças, das quais apenas 25 eram cilindros, o controlador de estoques elaborou os seguintes
gráficos.
35%
35% 25%
25%
40%
60%
60%
60%
15%
15%
25%
25%
Peças
Peçasem
emforma
formade
decilindros
cilindros em forma
Peças em formade
decubos
cubos
Se o controlador de estoque retirar ao acaso uma das peças do balcão, a probabilidade de essa peça
ser vermelha e na forma de cilindro é igual a
a) 1 b) 1 c) 5 d) 32 e) 25
2 8 22 80 80
2, 6, 10
1, 5, 9
O procedimento continuou até que foram gravados todos os números. Observe que há duas faces
que ficaram em branco.
9
As notas de um professor que participou de um processo seletivo, em que a banca avaliadora
era composta por cinco membros, são apresentadas no gráfico. Sabe-se que cada membro da banca
atribuiu duas notas ao professor, uma relativa aos conhecimentos específicos da área de atuação e
outra, aos conhecimentos pedagógicos, e que a média final do professor foi dada pela média aritmé-
tica de todas as notas atribuídas pela banca avaliadora.
Utilizando um novo critério, essa banca avaliadora resolveu descartar a maior e a menor notas atri-
buídas ao professor.
10
O gráfico fornece os valores das ações da empresa XPN, no período das 10 às 17 horas,
num dia em que elas oscilaram acentuadamente em curtos intervalos de tempo.
Valor da Ação (em reais)
460
380
330
280
Tempo (em horas)
200
150
100
10 11 12 13 14 15 16 17
1 10:00 15:00
2 10:00 17:00
3 13:00 15:00
4 15:00 16:00
5 16:00 17:00
Com relação ao capital adquirido na compra e venda das ações, qual investidor fez o melhor ne-
gócio?
a) 1 d) 4
b) 2 e) 5
c) 3
11
Uma coleta de dados em mais de 5 mil sites da internet apresentou os conteúdos de interes-
se de cada faixa etária. Na tabela a seguir estão os dados obtidos para a faixa etária de 0 a 17 anos.
Preferências Porcentagem
Música 22,5
Blogs 15
Serviços Web* 10,2
Games 10
Horóscopo 9
Games on-line 7,4
Educação ** 6,5
Teen 4
Compras 3,4
Outras 12
* Serviços web: aplicativos on-line, emoticons,
mensagens para redes socias, entre outros.
** Sites sobre vestibular, ENEM, páginas com material de pesquisa escolar.
Considere que esses dados refletem os interesses dos brasileiros desta faixa etária.
a) 0,09. d) 0,79.
b) 0,10. e) 0,91.
c) 0,11.
12
José e Antônio discutiam qual dos dois teria mais chances de acertar na loteria. José tinha
gasto R$ 14,00 numa aposta de 7 números na Mega-Sena, enquanto Antônio gastou R$ 15,00 em
três apostas da quina, não repetindo números em suas apostas. Na discussão, eles consideravam
a chance de José acertar a quadra da Mega-Sena e de Antônio acertar o terno da Quina.
Nessas condições, a razão entre as probabilidades de acerto de José e de Antônio nos menores
prêmios de cada loteria é
261
a) 3 114 , o que mostra que Antônio tem mais chances de acertar.
b) 1783
038
, o que mostra que Antônio tem mais chances de acertar.
c) 1 038 , o que mostra que José tem mais chances de acertar.
261
d) 3 114 , o que mostra que Antônio tem mais chances de acertar.
261
e) 3 114 , o que mostra que José tem mais chances de acertar.
261
Datas da Quantidade de
Público-alvo
vacinação pessoas vacinadas
Trabalhadores da
8 a 19 de março 42
saúde e indígenas
22 de março Portadores de
22
a 2 de abril doenças crônicas
Adultos saudáveis
5 a 23 de abril 56
entre 20 e 29 anos
24 de abril População com
30
a 7 de maio mais de 60 anos
Adultos saudáveis
10 a 21 de maio 50
entre 30 e 39 anos
Disponível em http://img.terra.com.br. Acesso em: 26 abr. 2010 (adaptado)
a) 8%. d) 12%.
b) 9%. e) 22%.
c) 11%.
14
Em um jogo há duas urnas com 10 bolas de mesmo tamanho em cada urna. A tabela a
seguir indica as quantidades de bolas de cada cor em cada uma.
Qual a cor deve ser escolhida pelo jogador para que ele tenha a maior probabilidade de ganhar?
a) Azul.
b) Amarela.
c) Branca.
d) Verde.
e) Vermelha.
15
Acidentes banais como escorregões, quedas e tropeços se tornaram a segunda maior cau-
sa de morte na humanidade. A tabela a seguir mostra alguns tipos de acidentes e sua incidência,
em milhares, no ano de 2009, nos EUA.
a) 200.
b) 268.
c) 290.
d) 300.
e) 330.
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT
2010 2010 2010 2010 2010 2010 2010 2010 2010 2010
Com base no gráfico, o valor da parte inteira da mediana dos empregos formais surgidos no
período é
a) 212 952.
b) 229 913.
c) 240 621.
d) 255 496.
e) 298 041.
COMPETÊNCIA
1
ONDAS E
FENÔMENOS
DA NATUREZA
Idealizadores:
253
Mateus Prado e Paulo Jubilut
Embora a ciência seja apresen- tempo? Como se protegeu dela, antes
tada ao estudante, em muitas cir- da “descoberta” dos micróbios? Qual
cunstâncias, como um conjunto de o “caminho” percorrido pela ciência
verdades inquestionáveis, expressas desde a descoberta dos micróbios até
em conhecimentos acabados e defi- a produção das vacinas? E da produ-
nitivos, há um número considerável ção das vacinas à prevenção das do-
de publicações destinadas ao Ensino enças? Qual o impacto das vacinas na
Médio que a apresentam como uma melhoria da qualidade de vida?
“construção humana”. É claro que não se pretende que
Para que seja avaliado o desen- os estudantes demonstrem conhe-
volvimento desta competência, o par- cimentos de História ou Filosofia da
ticipante será convidado a decodificar Ciência, mas que possam demonstrar
fases da evolução, ao longo do tempo, que têm uma visão “humanizada” das
a formular diferentes explicações e/ ciências, conseguindo identificar inte-
ou soluções para determinados pro- resses particulares, éticos, culturais
blemas enfrentados pelo ser humano, e políticos que estão (ou estiveram)
sempre tendo como contexto a histó- envolvidos no processo do desenvol-
ria do desenvolvimento das socieda- vimento científico, ao longo do tempo.
des, ou seja, da política, da economia Da mesma forma que se espera
e da cultura. que a ciência seja entendida como
Tomando-se como exemplo a evo- atividade humana, é imperativo que
lução dos conhecimentos sobre a saú- se tenha compreensão semelhante
de e a doença, algumas questões bá- a respeito da tecnologia. Espera-se,
sicas podem ser levantadas: como o portanto, que os estudantes possam
homem encarou a doença ao longo do esclarecer princípios gerais de tecno-
logias razoavelmente difundidas, res-
saltando seus benefícios e impactos,
também numa perspectiva histórica.
É bom s
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“Ondas” Os textos dessa página foram selecionados
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nessa co o conteúdo mais de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
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várias qu competências e habilidades do Novo ENEM.
estões. ente
1. Geralmente, o ENEM relaciona o conteúdo com a realidade. Por isso, é importante en-
tender como o conceito de ondas está presente em nosso dia a dia. Procure na internet
a forma de funcionamento do micro-ondas, do rádio e do raio-x.
2. Galileu, Lavoisier, Darwin, Mendel, Da Vinci, Newton, Thomas Edilson e Louis Pasteur
estão entre os cientistas mais conhecidos. Procure conhecer o que cada um deles
pesquisou, quais as suas principais constatações e como cada uma delas influi no
nosso modo de vida.
3. No filme O Jardineiro Fiel, do diretor Fernando Meirelles, você poderá encontrar uma
análise importante sobre as questões econômicas envolvendo a atuação dos grandes
laboratórios farmacêuticos. A África aparece como vítima nesse jogo que prioriza o
dinheiro em detrimento dos direitos humanos, levando à miséria e outras mazelas.
1
Para que uma substância seja colorida ela deve absorver luz na região do visível. Quando
uma amostra absorve luz visível, a cor que percebemos é a soma das cores restantes que são
refletidas ou transmitidas pelo objeto. A Figura 1 mostra o espectro de absorção para uma subs-
tância e é possível observar que há um comprimento de onda em que a intensidade de absorção
é máxima. Um observador pode prever a cor dessa substância pelo uso da roda de cores (Figura
2): o comprimento de onda correspondente à cor do objeto é encontrado no lado oposto ao com-
primento de onda da absorção máxima.
Figura 1 Figura 2
650nm 580nm
Ela apresentará
Intensidade de luz
essa cor
absorvida
750nm
560nm
400nm
Se a substância
absorve nesta região
430nm Azul 490nm
400 500 600 700
comprimento de onda (nm) Brown, T. Química a Ciência Central. 2005 (adaptado).
a) Azul.
b) Verde.
c) Violeta.
d) Laranja.
e) Vermelho.
2
Ao diminuir o tamanho de um orifício atravessado por um feixe de luz, passa menos luz por
intervalo de tempo, e próximo da situação de completo fechamento do orifício, verifica-se que a luz
apresenta um comportamento como o ilustrado nas figuras. Sabe-se que o som, dentro de suas
particularidades, também pode se comportar dessa forma.
Lâmpada
Buraco
Raios
de luz
Com a ajuda da ionosfera, a transmissão de ondas planas entre o litoral do Brasil e a região amazô-
nica é possível por meio da
a) reflexão.
b) refração.
c) difração.
d) polarização.
e) interferência.
4
A terapia fotodinâmica é um tratamento que utiliza luz para cura de câncer através da exci-
tação de moléculas medicamentosas, que promovem a desestruturação das células tumorais. Para
a eficácia do tratamento, é necessária a iluminação na região do tecido a ser tratado. Em geral, as
moléculas medicamentosas absorvem as frequências mais altas. Por isso, as intervenções cutâne-
as são limitadas pela penetração da luz visível, conforme a figura:
Epiderme Derme papilar
Profundidade de Penetração da Luz (mm)
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
Derme reticular
3,5
A determinação de distâncias entre órgãos do corpo humano feita com esse aparelho funda-
menta-se em duas variáveis imprescindíveis:
6
Os radares comuns transmitem microondas que refletem na água, gelo e outras partículas
na atmosfera. Podem, assim, indicar apenas o tamanho e a distância das partículas, tais como
gotas de chuva. O radar Doppler, além disso, é capaz de registrar a velocidade e a direção na qual
as partículas se movimentam, fornecendo um quadro do fluxo de ventos em diferentes elevações.
Nos Estados Unidos, a Nexrad, uma rede de 158 radares Doppler, montada na década de 1990 pela
Diretoria Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), permite que o Serviço Meteorológico Nacional
(NWS) emita alertas sobre situações do tempo potencialmente perigosas com um grau de certeza
muito maior.
O pulso da onda do radar ao atingir uma gota de chuva, devolve uma pequena parte de sua energia
numa onda de retorno, que chega ao disco do radar antes que ele emita a onda seguinte. Os radares
da Nexrad transmitem entre 860 e 1300 pulsos por segundo, na frequência de 3000 MHz.
FISCHETTI, M., Radar Metereológico: Sinta o Vento. Scientific American Brasil, n. 08, São Paulo, jan. 2003.
No radar Doppler, a diferença entre as frequências emitidas e recebidas pelo radar é dada por
f = (2ur / c)f0 onde ur é a velocidade relativa entre a fonte e o receptor, c = 3,0x108 m/s é a velocidade
da onda eletromagnética, e f0 é a frequência emitida pela fonte. Qual é a velocidade, em km/h, de uma
chuva, para a qual se registra no radar Doppler uma diferença de frequência de 300 Hz?
Válvula de
enchimento Alavanca
Boia de
enchimento
Tubo de Tanque
transbordo
(ladrão) Assento
Válvula de
descarga
Vaso Distribuidor
de água
Sifão
Faça você mesmo. Disponível em: http://www.facavocemesmo.net. Acesso em: 22 jul. 2010.
8
Ao contrário dos rádios comuns (AM ou FM), em que uma única antena transmissora é
capaz de alcançar toda a cidade, os celulares necessitam de várias antenas para cobrir um vasto
território. No caso dos rádios FM, a frequência de transmissão está na faixa dos MHz (ondas de
rádio), enquanto, para os celulares, a frequência está na casa dos GHz (micro-ondas). Quando
comparado aos rádios comuns, o alcance de um celular é muito menor.
Considerando-se as informações do texto, o fator que possibilita essa diferença entre propaga-
ção das ondas de rádio e as de micro-ondas é que as ondas de rádio são
9
Em um dia de chuva muito forte, constatou-se uma goteira sobre o centro de uma
piscina coberta, formando um padrão de ondas circulares. Nessa situação, observou-se que
caíam duas gotas a cada segundo. A distância entre duas cristas consecutivas era de 25 cm
e cada uma delas se aproximava da borda da piscina com velocidade de 1,0 m/s. Após algum
tempo a chuva diminuiu e a goteira passou a cair uma vez por segundo.
Com a diminuição da chuva, a distância entre as cristas e a velocidade de propagação da
onda se tornaram, respectivamente,
10
Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego Ptolomeu (100-170 d.C.) afirmou a
tese do geocentrismo, segundo a qual a Terra seria o centro do universo, sendo que o Sol, a
Lua e os planetas girariam em seu redor em órbitas circulares. A teoria de Ptolomeu resolvia
de modo razoável os problemas astronômicos da sua época. Vários séculos mais tarde, o clé-
rigo e astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), ao encontrar inexatidões na teoria de
Ptolomeu, formulou a teoria do heliocentrismo, segundo a qual o Sol deveria ser considerado
o centro do universo, com a Terra, a Lua e os planetas girando circularmente em torno dele.
Por fim, o astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler (1571-1630), depois de estudar o
planeta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a sua órbita é elíptica. Esse resultado
generalizou-se para os demais planetas.
a) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por serem mais antigas e tradicionais.
b) Copérnico desenvolveu a teoria do heliocentrismo inspirado no contexto político do Rei Sol.
c) Copérnico viveu em uma época em que a pesquisa científica era livre e amplamente incenti-
vada pelas autoridades.
d) Kepler estudou o planeta Marte para atender às necessidades de expansão econômica e
científica da Alemanha.
e) Kepler apresentou uma teoria científica que, graças aos métodos aplicados, pôde ser testada
e generalizada.
a) refletidos pelo peixe não descrevem uma trajetória retilínea no interior da água.
b) emitidos pelos olhos do índio desviam sua trajetória quando passam do ar para a água.
c) espalhados pelo peixe são refletidos pela superfície da água.
d) emitidos pelos olhos do índio são espalhados pela superfície da água.
e) refletidos pelo peixe desviam sua trajetória quando passam da água para o ar.
12
Durante uma obra em um clube, um grupo de trabalhadores teve de remover uma es-
cultura de ferro maciço colocada no fundo de uma piscina vazia. Cinco trabalhadores amarra-
ram cordas à escultura e tentaram puxá-la para cima, sem sucesso.
Se a piscina for preenchida com água, ficará mais fácil para os trabalhadores removerem a
escultura, pois a
a) escultura flutuará. Dessa forma, os homens não precisarão fazer força para remover a es-
cultura do fundo.
b) escultura ficará com peso menor. Dessa forma, a intensidade da força necessária para ele-
var a escultura será menor.
c) água exercerá uma força na escultura proporcional a sua massa, e para cima. Esta força se
somará à força que os trabalhadores fazem para anular a ação da força peso da escultura.
d) água exercerá uma força na escultura para baixo, e esta passará a receber uma força as-
cendente do piso da piscina. Esta força ajudará a anular a ação da força peso na escultura.
e) água exercerá uma força na escultura proporcional ao seu volume, e para cima. Esta força
se somará à força que os trabalhadores fazem, podendo resultar em uma força ascendente
maior que o peso da escultura.
13
O lixo orgânico de casa – constituído de restos de verduras, frutas, legumes, cascas de ovo,
aparas de grama, entre outros –, se for depositado nos lixões, pode contribuir para o aparecimento
de animais e de odores indesejáveis. Entretanto, sua reciclagem gera um excelente adubo orgâni-
co, que pode ser usado no cultivo de hortaliças, frutíferas e plantas ornamentais. A produção do
adubo ou composto orgânico se dá por meio da compostagem, um processo simples que requer
alguns cuidados especiais. O material que é acumulado diariamente em recipientes próprios deve
ser revirado com auxílio de ferramentas adequadas, semanalmente, de forma a homogeneizá-lo. É
preciso também umedecê-lo periodicamente. O material de restos de capina pode ser intercalado
entre uma camada e outra de lixo da cozinha. Por meio desse método, o adubo orgânico estará
Como usar o lixo orgânico em casa? Ciência Hoje, v. 42, jun. 2008 (adaptado).
Suponha que uma pessoa, desejosa de fazer seu próprio adubo orgânico, tenha seguido o pro-
cedimento descrito no texto, exceto no que se refere ao umedecimento periódico do composto.
Nessa situação,
14
Nossa pele possui células que reagem à incidência de luz ultravioleta e produzem
uma substância chamada melanina, responsável pela pigmentação da pele. Pensando em se
bronzear, uma garota vestiu um biquíni, acendeu a luz de seu quarto e deitou-se exatamente
abaixo da lâmpada incandescente. Após várias horas ela percebeu que não conseguiu re-
sultado algum.
a) baixa intensidade.
b) baixa frequência.
c) um espectro contínuo.
d) amplitude inadequada.
e) curto comprimento de onda.
15
Os fornos domésticos de micro-ondas trabalham com uma frequência de ondas ele-
tromagnéticas que atuam fazendo rotacionar as moléculas de água, gordura e açúcar e,
consequentemente, fazendo com que os alimentos sejam aquecidos. Os telefones sem fio
também usam ondas eletromagnéticas na transmissão do sinal. As especificações técnicas
desses aparelhos são informadas nos quadros 1 e 2, retirados de seus manuais.
16
Visando reduzir a poluição sonora de uma cidade, a Câmara de Vereadores aprovou uma
lei que impõe o limite máximo de 40 dB (decibéis) para o nível sonoro permitido após as 22 horas.
17
Uma manifestação comum das torcidas em estádios de futebol é a ola mexicana. Os es-
pectadores de uma linha, sem sair do lugar e sem se deslocarem lateralmente, ficam de pé e se
sentam, sincronizados com os da linha adjacente. O efeito coletivo se propaga pelos espectado-
res do estádio, formando uma onda progressiva, conforme ilustração.
a) 0,3.
b) 0,5.
c) 1,0.
d) 1,9.
e) 3,7.
COMPETÊNCIA
2
ENERGIA, CIRCUITOS
ELÉTRICOS E
CONSUMO RACIONAL
Idealizadores:
267
Mateus Prado e Paulo Jubilut
É essencial identificar a presença uso corriqueiro, na produção e con-
e aplicar as tecnologias associadas às servação de alimentos, entre tantos
ciências naturais em diferentes con- outros assuntos. Além desse “reco-
textos relevantes para sua vida pesso- nhecimento”, devem demonstrar que
al, como casa, escola e trabalho. são capazes de utilizar os conheci-
Assegurada a compreensão do mentos científicos para resolver ques-
papel das tecnologias na vida produ- tões do seu cotidiano:
tiva e econômica, o desafio é que os Como usar determinado aparelho
educandos possam conhecer como para assegurar melhor performance e
algumas tecnologias funcionam, por menor custo? Como reconhecer agra-
que foram inventadas, quais suas con- vos causados pela tecnologia? Como
tribuições, limites e impactos ao meio se proteger de riscos à saúde gerados
ambiente. pelas diferentes tecnologias?
Para avaliar esta competência, os
estudantes serão confrontados com
situações do cotidiano perante as
Os textos dessa página foram selecionados
quais devem reconhecer os conheci- de livros editados pelo INEP/MEC a res-
mentos científicos “embutidos” em peito do exame que foi base para a matriz
aparelhos, como o rádio, o forno de de competências e habilidades do Novo
microondas e em medicamentos de ENEM.
É bom s
Muitas q
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elétricos imagens
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itos e pro Observar imagen e
diferenç curar en s
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preparaç podem te ajudar er suas
ão para bastante
a prova. na
Traga para a aula uma tabela com diversos eletrodomésticos e indique qual o gasto
aproximado, por hora, de cada equipamento. Divida sua sala em cinco grupos. Cada um
deles representará uma pessoa da família: pai, mãe, filha, filho e sogra. Cada membro
da família (cada grupo) deverá relatar seus hábitos de consumo de energia, indicando
quanto tempo usam por mês em cada equipamento. Todos os eletrodomésticos da casa
devem entrar na conta, inclusive secador de cabelos, videogame, TV, carregador de
celular, etc. Relatados os gastos de cada um e apresentados à sala, cada grupo deverá
calcular o gasto mensal de cada membro da família e o total mensal da casa, em kW/h.
Após comparar os resultados e corrigir possíveis erros nos cálculos, proponha um de-
bate para que os membros da família representem seus interesses e discutam uma so-
lução a fim de que a conta de energia da residência seja reduzida em 30%.
1
Em dias com baixas temperaturas, as pessoas utilizam casacos ou blusas de lã com o intuito
de minimizar a sensação de frio. Fisicamente, esta sensação ocorre pelo fato de o corpo humano
liberar calor, que é a energia transferida de um corpo para outro em virtude da diferença de tem-
peratura entre eles.
2
No manual de uma máquina de lavar, o usuário vê o símbolo:
3
Os espelhos retrovisores, que deveriam auxiliar os motoristas na hora de estacionar ou
mudar de pista, muitas vezes causam problemas. É que o espelho retrovisor do lado direito, em
alguns modelos, distorce a imagem, dando a impressão de que o veículo está a uma distância maior
do que a real.
Este tipo de espelho, chamado convexo, é utilizado com o objetivo de ampliar o campo visual do
motorista, já que no Brasil se adota a direção do lado esquerdo e, assim, o espelho da direita fica
muito distante dos olhos do condutor.
Sabe-se que, em um espelho convexo, a imagem formada está mais próxima do espelho do que
este está do objeto, o que parece entrar em conflito com a informação apresentada na reportagem.
Essa aparente contradição é explicada pelo fato de:
4
Todo carro possui uma caixa de fusíveis, que são utilizados para a proteção dos circuitos
elétricos. Os fusíveis são constituídos de um material de baixo ponto de fusão, como o estanho, por
Um farol usa uma lâmpada de gás halogênio de 55 W de potência que opera com 36 V. Os dois faróis
são ligados separadamente, com um fusível para cada um, mas, após um mau funcionamento, o mo-
torista passou a conectá-los em paralelo, usando apenas um fusível. Dessa forma, admitindo-se que
a fiação suporte a carga dos dois faróis, o menor valor de fusível adequado para a proteção desse
novo circuito é o
a) azul. d) amarelo.
b) preto. e) vermelho.
c) laranja.
5
Um curioso estudante, empolgado com a aula de circuito elétrico que assistiu na escola,
resolve desmontar sua lanterna. Utilizando-se da lâmpada e da pilha, retiradas do equipamento, e
de um fio com as extremidades descascadas, faz as seguintes ligações com a intenção de acender
a lâmpada:
4
1 2 3
5 6 7
GONCALVES FILHO, A.; BAROLLI, E. Instalação Elétrica: investigando e aprendendo. São Paulo: Scipione, 1997 (adaptado).
L1 L4 L7
L2 L5
E L8
L3 L6
Nessa situação, quais são as três lâmpadas que acendem com o mesmo brilho por apresentarem
igual valor de corrente fluindo nelas, sob as quais devem se posicionar os três atores?
Há um problema, contudo: a lâmpada LED ainda custa mais caro, apesar de seu preço cair pela
metade a cada dois anos. Essa tecnologia não está se tornando apenas mais barata. Está também
mais eficiente, iluminando mais com a mesma quantidade de energia.
Uma lâmpada incandescente converte em luz apenas 5% da energia elétrica que consome. As lâm-
padas LED convertem até 40%. Essa diminuição no desperdício de energia traz benefícios evidentes
ao meio ambiente.
Uma lâmpada LED que ofereça a mesma luminosidade que uma lâmpada incandescente de 100 W
deverá ter uma potência mínima de
a) 12,5 W. b) 25 W. c) 40 W. d) 60 W. e) 80 W.
Mun.
consu-
Nº Leitura kWh Dia Mês Banco Ag. S. José
midor 21 01/04/2009
7131312 7295 260 31 03 222 999-7 das
951672
Moças
Base de Cálculo
Alíquota Valor Total
ICMS
Se essa estudante comprar um secador de cabelos que consome 1000 W de potência e considerando
que ela e suas 3 amigas utilizem esse aparelho por 15 minutos cada uma durante 20 dias no mês, o
acréscimo em reais na sua conta mensal será de
a) R$ 10,00.
b) R$ 12,50.
c) R$ 13,00.
d) R$ 13,50.
e) R$ 14,00.
9
A eficiência das lâmpadas pode ser comparada utilizando a razão, considerada linear, entre
a quantidade de luz produzida e o consumo. A quantidade de luz é medida pelo fluxo luminoso, cuja
unidade é o lúmen (lm). O consumo está relacionado à potência elétrica da lâmpada que é medida em
watt (W). Por exemplo, uma lâmpada incandescente de 40 W emite cerca de 600 lm, enquanto uma
fluorescente de 40 W emite cerca de 3 000 lm.
a) maior que a de uma lâmpada fluorescente de 8 W, que produz menor quantidade de luz.
b) maior que a de uma lâmpada fluorescente de 40 W, que produz menor quantidade de luz.
c) menor que a de uma lâmpada fluorescente de 8 W, que produz a mesma quantidade de luz.
d) menor que a de uma lâmpada fluorescente de 40 W, pois consome maior quantidade de ener-
gia.
e) igual a de uma lâmpada fluorescente de 40 W, que consome a mesma quantidade de energia.
a) aumenta-se a área da superfície da água dentro do chuveiro, aumentando a perda de calor por radia-
ção.
b) aumenta-se o calor específico da água, aumentando a dificuldade com que a massa de água se aque-
ce no chuveiro.
c) diminui-se a capacidade térmica do conjunto água/chuveiro, diminuindo também a capacidade do con-
junto de se aquecer.
d) diminui-se o contato entre a corrente elétrica do chuveiro e a água, diminuindo também a sua capaci-
dade de aquecê-la.
e) diminui-se o tempo de contato entre a água e a resistência do chuveiro, diminuindo a transferência de
calor de uma para a outra.
11
A instalação elétrica de uma casa envolve várias etapas, desde a alocação dos disposi-
tivos, instrumentos e aparelhos elétricos, até a escolha dos materiais que a compõem, passan-
do pelo dimensionamento da potência requerida, da fiação necessária, dos eletrodutos*, entre
outras.
Para cada aparelho elétrico existe um valor de potência associado. Valores típicos de potências
para alguns aparelhos elétricos são apresentados no quadro seguinte:
*Eletrodutos são condutos por onde passa a fiação de uma instalação elétrica, com a fina-
lidade de protegê-la.
A escolha das lâmpadas é essencial para obtenção de uma boa iluminação. A potência da
lâmpada deverá estar de acordo com o tamanho do cômodo a ser iluminado. O quadro a seguir
mostra a relação entre as áreas dos cômodos (em m²) e as potências das lâmpadas (em W), e
foi utilizado como referência para o primeiro pavimento de uma residência.
3m 2,8 m
geladeira
Chuveiro TV
Elétrico
lâmpada 2,1 m
3m
lâmpada lâmpada
Obs.: Para efeitos dos cálculos das áreas, as paredes são desconsideradas.
a) 4.070. d) 4.390.
b) 4.270. e) 4.470.
c) 4.320.
12
A resistência elétrica de um fio é determinada pela suas dimensões e pelas propriedades
estruturais do material. A condutividade ( �) caracteriza a estrutura do material, de tal forma que a
resistência de um fio pode ser determinada conhecendo-se L, o comprimento do fio e A, a área de
seção reta. A tabela relaciona o material à sua respectiva resistividade em temperatura ambiente.
Tabela de condutividade
Material Condutividade (S.m/mm²)
Alumínio 34,2
Cobre 61,7
Ferro 10,2
Prata 62,5
Tungstênio 18,8
13
Quando ocorre um curto-circuito em uma instalação elétrica, como na figura, a resistência
elétrica total do circuito diminui muito, estabelecendo-se nele uma corrente muito elevada.
O superaquecimento da fiação, devido a esse aumento da corrente elétrica, pode ocasionar incên-
dios, que seriam evitados instalando-se fusíveis e disjuntores que interrompem essa corrente, quando
a mesma atinge um valor acima do especificado nesses dispositivos de proteção.
Suponha que um chuveiro instalado em uma rede elétrica de 110 V, em uma residência, possua três
posições de regulagem da temperatura da água. Na posição verão utiliza 2 100 W, na posição prima-
vera, 2 400 W, e na posição inverno, 3 200 W.
Deseja-se que o chuveiro funcione em qualquer uma das três posições de regulagem de temperatura,
sem que haja riscos de incêndio. Qual deve ser o valor mínimo adequado do disjuntor a ser utilizado?
a) 40 A.
b) 30 A.
c) 25 A.
d) 23 A.
e) 20 A.
15
Atualmente, existem inúmeras opções de celulares com telas sensíveis ao toque (touchs-
creen).). Para decidir qual escolher, é bom conhecer as diferenças entre os principais tipos de telas
sensíveis ao toque existentes no mercado. Existem dois sistemas básicos usados para reconhecer
o toque de uma pessoa:
• O primeiro sistema consiste de um painel de vidro normal, recoberto por duas camadas afastadas
por espaçadores. Uma camada resistente a riscos é colocada por cima de todo o conjunto. Uma
corrente elétrica passa através das duas camadas enquanto a tela está operacional. Quando um
usuário toca a tela, as duas camadas fazem contato exatamente naquele ponto. A mudança no cam-
po elétrico é percebida, e as coordenadas do ponto de contato são calculadas pelo computador.
• No segundo sistema, uma camada que armazena carga elétrica é colocada no painel de vidro
do monitor. Quando um usuário toca o monitor com o seu dedo, parte da carga elétrica é trans-
ferida para o usuário, de modo que a carga na camada que a armazena diminui. Esta redução é
medida nos circuitos localizados em cada canto do monitor. Considerando as diferenças relati-
vas de carga em cada canto, o computador calcula exatamente onde ocorreu o toque.
a) receptores – televisor.
b) resistores – chuveiro elétrico.
c) geradores – telefone celular.
d) fusíveis – caixa de força residencial.
e) capacitores – flash de máquina fotográfica.
Suponha que as medidas indicadas nos esquemas seguintes tenham sido feitas em uma cidade em
que o preço do quilowatt-hora fosse de R$ 0,20.
Leitura atual
0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 2 8 2
3 7 3 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5
a) R$ 41,80.
b) R$ 42,00.
c) R$ 43,00.
d) R$ 43,80.
e) R$ 44,00.
COMPETÊNCIA
3
CICLOS
BIOGEOQUÍMICOS,
DEGRADAÇÃO E
CONSERVAÇÃO
AMBIENTAL
Idealizadores:
281
Mateus Prado e Paulo Jubilut
Embora tecnologia seja, para Espera-se que os estudantes de-
muitos, sinônimo de progresso e de codifiquem, por exemplo, situações
bem-estar, é fundamental que os par- como a extração de recursos mine-
ticipantes do exame nacional possam rais, a produção e o tratamento de lixo
problematizar processos produtivos doméstico e industrial, a reciclagem
mais amplos, reconhecendo seu im- de materiais, o desmatamento, entre
pacto ambiental. tantas outras; além disso, que identi-
Para tanto, as questões trarão si- fiquem os impactos ambientais dessas
tuações (textos, ilustrações, tabelas e/ práticas e reconheçam propostas.
ou gráficos) que relatem alterações
ambientais, a fim de que se identifi-
quem os conhecimentos de física, quí-
mica e biologia nelas embutidos, bem Os textos dessa página foram selecionados
como sua interação com os processos de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
produtivos e sociais mais amplos pre- to do exame que foi base para a matriz de
sentes na dinâmica ambiental. competências e habilidades do Novo ENEM.
É bom s
aber...
O entend
ime
dade, jun nto do conceito d
to do dom e
da químic ínio de alg sustentabili-
a, uns conte
de na res confere ao aluno úd
olução d mais facili os
essas qu da-
estões.
1. Sobra lixo e falta energia elétrica: o problema pode ser a solução. Essa é a opinião
do professor Sabetai Calderoni, autor do livro Os bilhões perdidos no lixo. Entenda um
pouco melhor quais são as tecnologias propostas pelo pesquisador para transformar
lixo em energia.
2. A ACV (Avaliação do Ciclo da Vida) é uma técnica que avalia o ciclo de vida dos produ-
tos, buscando levantar todos os impactos gerados em cada processo. Pesquise o ACV
da fabricação do papel e observe suas etapas, levantando os problemas ambientais
desde a obtenção da matéria-prima, passando pela fabricação, venda e uso.
3. Reconhecer as principais etapas do ciclo da água, do ciclo do carbono e do nitrogênio
é fundamental para entendermos as ligações existentes entre os seres vivos e a manu-
tenção dos ecossistemas. Tente observar esses ciclos, avaliando o que têm em comum
Distribua aos alunos cartões com imagens detalhadas do ciclo da água. Depois, en-
tregue cartões simulando situações de intervenção do homem no ciclo da água (como
o desmatamento, a construção de barragens, o derramamento de mercúrio em rios, a
ocupação de áreas de mananciais, o aumento da temperatura local, etc.). Peça para os
alunos apontarem as consequências de cada uma dessas intervenções no ciclo. Para
a aula seguinte, peça que pesquisam em casa e tragam exemplos de situações reais
ocorridas no mundo, ligadas a cada uma das possibilidades de intervenção discutidas
na aula.
1
Nos últimos 60 anos, a população mundial duplicou, enquanto o consumo de água foi multi-
plicado por sete. Da água existente no planeta, 97% são de água salgada (mares e oceanos), 2% for-
mam geleiras inacessíveis e apenas 1% corresponde à água doce, armazenada em lençóis subterrâ-
neos, rios e lagos. A poluição pela descarga de resíduos municipais e industriais, combinada com a
exploração excessiva dos recursos hídricos disponíveis, ameaça o meio ambiente, comprometendo
a disponibilidade de água doce para o abastecimento das populações humanas. Se esse ritmo se
mantiver, em alguns anos a água potável tornar-se-á um bem extremamente raro e caro.
MORAES, D.S.L; JORDAO, B.Q. Degradação de recursos hídricos e seus efeitos sobre a saúde humana. Saúde Pública, São Paulo, v. 36, n. 3,
Jun. 2002 (adaptado).
a) fazer uso exclusivo da água subterrânea, pois ela pouco interfere na quantidade de água dos rios.
b) desviar a água dos mares para os rios e lagos, de maneira a aumentar o volume de água doce nos
pontos de captação.
c) promover a adaptação das populações humanas ao consumo da água do mar, diminuindo assim
a demanda sobre a água doce.
d) reduzir a poluição e a exploração dos recursos naturais, otimizar o uso da água potável e aumen-
tar captação da água da chuva.
e) realizar a descarga dos resíduos municipais e industriais diretamente nos mares, de maneira a não
afetar a água doce disponível.
2
O despejo de dejetos de esgotos domésticos e industriais vem causando sérios proble-
mas aos rios brasileiros. Esses poluentes são ricos em substâncias que contribuem para a eu-
trofização de ecossistemas, que é um enriquecimento da água por nutrientes, o que provoca
um grande crescimento bacteriano e, por fim, pode promover escassez de oxigênio.
a) Aquecer as águas dos rios para aumentar a velocidade de decomposição dos dejetos.
b) Retirar do esgoto os materiais ricos em nutrientes para diminuir a sua concentração nos
rios.
c) Adicionar bactérias anaeróbicas às águas dos rios para que elas sobrevivam mesmo sem
oxigênio.
d) Substituir produtos não degradáveis por biodegradáveis para que as bactérias possam
utilizar os nutrientes.
e) Aumentar a solubilidade dos dejetos no esgoto para que os nutrientes fiquem mais aces-
síveis às bactérias.
3
O lixão que recebia 130 toneladas de lixo e contaminava a região com o seu chorume (líqui-
do derivado da decomposição de compostos orgânicos) foi recuperado, transformando-se em um
aterro sanitário controlado, mudando a qualidade de vida e a paisagem e proporcionando condições
dignas de trabalho para os que dele subsistiam.
Revista Promoção da Saúde da Secretaria de Políticas de Saúde. Ano 1, no 4, dez. 2000 (adaptado).
Quais procedimentos técnicos tornam o aterro sanitário mais vantajoso que o lixão, em relação às
problemáticas abordadas no texto?
Uma alternativa viável, em curto prazo, para os produtores de farinha em Amargosa, que não cause
danos à Mata Atlântica nem encareça o produto é a
a) construção, nas pequenas propriedades, de grandes fornos elétricos para torrar a mandioca.
b) plantação, em suas propriedades, de árvores para serem utilizadas na produção de lenha.
c) permissão, por parte do Ibama, da exploração da Mata Atlântica apenas pelos pequenos pro-
dutores.
d) construção de biodigestores, para a produção de gás combustível a partir de resíduos orgânicos
da região.
e) coleta de carvão de regiões mais distantes, onde existe menor intensidade de fiscalização do
Ibama.
5
A atmosfera terrestre é composta pelos gases nitrogênio (N2) e oxigênio (O2), que somam
cerca de 99%, e por gases traços, entre eles o gás carbônico (CO2), vapor de água (H2O), metano
(CH4), ozônio (O3) e o óxido nitroso(N2O), que compõem o restante 1% do ar que respiramos. Os
gases traços, por serem constituídos por pelo menos três átomos, conseguem absorver o calor
irradiado pela Terra, aquecendo o planeta. Esse fenômeno, que acontece há bilhões de anos, é
chamado de efeito estufa. A partir da Revolução Industrial (século XIX), a concentração de gases
traços na atmosfera, em particular o CO2, tem aumentado significativamente, o que resultou no
aumento da temperatura em escala global. Mais recentemente, outro fator tornou-se diretamen-
te envolvido no aumento da concentração de CO2 na atmosfera: o desmatamento.
BROWN, I. F.; ALECHANDRE, A. S. Conceitos básicos sobre clima, carbono, florestas e comunidades. A.G. Moreira & S. Schwartzman. As
mudanças climáticas globais e os ecossistemas brasileiros. Brasília: Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, 2000 (adaptado).
a) reduzir o calor irradiado pela Terra mediante a substituição da produção primária pela indus-
trialização refrigerada.
b) promover a queima da biomassa vegetal, responsável pelo aumento do efeito estufa devido à
produção de CH4.
c) reduzir o desmatamento, mantendo-se, assim, o potencial da vegetação em absorver o CO2 da
atmosfera.
6
O texto “O voo das Folhas” traz uma visão dos índios Ticunas para um fenômeno
usualmente observado na natureza:
Com o vento
as folhas se movimentam.
E quando caem no chão
ficam paradas em silêncio.
Assim se forma o ngaura. O ngaura cobre o chão da floresta, enriquece a terra e alimenta
as árvores.]
As folhas velhas morrem para ajudar o crescimento das folhas novas.]
Dentro do ngaura vivem aranhas, formigas, escorpiões, centopeias, minhocas, cogumelos e
vários tipos de outros seres muito pequenos.]
As folhas também caem nos lagos, nos igarapés e igapós.
A natureza segundo os Ticunas/Livro das árvores.
Organização Geral dos Professores Bilíngues Ticunas, 2000.
Na visão dos índios Ticunas, a descrição sobre a ngaura permite classificá-lo como um
produto diretamente relacionado ao ciclo
a) da água.
b) do oxigênio
c) do fósforo.
d) do carbono.
e) do nitrogênio.
7
Um agricultor, buscando o aumento da produtividade de sua lavoura, utilizou o adubo NPK
(nitrogênio, fósforo e potássio) com alto teor de sais minerais. A irrigação dessa lavoura é feita por
canais que são desviados de um rio próximo dela. Após algum tempo, notou-se uma grande mortan-
dade de peixes no rio que abastece os canais, devido à contaminação das águas pelo excesso de
adubo usado pelo agricultor.
Que processo biológico pode ter sido provocado na água do rio pelo uso do adubo NPK?
a) Lixiviação, processo em que ocorre a lavagem do solo, que acaba disponibilizando os nutrientes
8
O etanol é considerado um biocombustível promissor, pois, sob o ponto de vista do
balanço de carbono, possui uma taxa de emissão praticamente igual a zero. Entretanto,
esse não é o único ciclo biogeoquímico associado à produção de etanol. O plantio da
cana-de-açúcar, matéria-prima para a produção de etanol, envolve a adição de macronu-
trientes como enxofre, nitrogênio, fósforo e potássio, principais elementos envolvidos no
crescimento de um vegetal.
9
A economia moderna depende da disponibilidade de muita energia em diferentes formas,
para funcionar e crescer. No Brasil, o consumo total de energia pelas indústrias cresceu mais
de quatro vezes no período entre 1970 e 2005. Enquanto os investimentos em energias limpas e
renováveis, como solar e eólica, ainda são incipientes, ao se avaliar a possibilidade de instalação
de usinas geradoras de energia elétrica, diversos fatores devem ser levados em consideração,
tais como os impactos causados ao ambiente e às populações locais.
RICARDO, B.; CAMPANILI, M. Almanaque Brasil Socioambiental.
São Paulo: Instituto Socioambiental, 2007 (adaptado).
Em uma situação hipotética, optou-se por construir uma usina hidrelétrica em região que abran-
ge diversas quedas d’água em rios cercados por mata, alegando-se que causaria impacto am-
biental muito menor que uma usina termelétrica. Entre os possíveis impactos da instalação de
uma usina hidrelétrica nessa região, inclui-se
10
De acordo com o relatório “A grande sombra da pecuária” (Livestock’s Long Shadow), feito pela Or-
ganização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, o gado é responsável por cerca
de 18% do aquecimento global, uma contribuição maior que a do setor de transportes.
A criação de gado em larga escala contribui para o aquecimento global por meio da emissão de
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
00,0
Serv Q.Ind Agro Ener Quim A&B Tran Met P&C Ñ.Met Têx Min
Tran = Transporte
Serv = Serviços
Met = Metalúrgica
Q.Ind = outras Indústrias
P&C = Papel e Celulose
Agro = Agropecuária
Ñ.Met = Não-metais
Ener = Energia
(cerâmica e cimento)
Quim = Química
Têx = Tiextil
A&B = Alimentos e Bebidas
Min = Mineração
Considerando os dados apresentados, a fonte de energia primária para a qual uma melhoria de
10% na eficiência de seu uso resultaria em maior redução no consumo global de energia seria
a) o carvão.
b) o petróleo.
c) a biomassa.
d) o gás natural.
e) a hidroeletricidade.
Revista Sustenta. São Paulo: Editora Confiança, n.° 1, out. 2008, p. 61 (adaptado).
13
Garrafas PET (politereftalato de etileno) têm sido utilizadas em mangues, onde as larvas
de ostras e de mariscos, geradas na reprodução dessas espécies, aderem ao plástico. As gar-
rafas são retiradas do mangue, limpas daquilo que não interessa e colocadas nas “fazendas” de
criação, no mar.
GALEMBECK, F. Ciência Hoje, São Paulo, v. 47, n. 280, abr. 2011 (adaptado).
14
Algumas estimativas apontam que, nos últimos cem anos, a concentração de gás carbô-
nico na atmosfera aumentou em cerca de 40%, devido principalmente à utilização de combus-
tíveis fósseis pela espécie humana. Alguns estudos demonstram que essa utilização em larga
escala promove o aumento do efeito estufa.
15
Além do risco de acidentes, como o referenciado na charge, o principal problema enfrentado pelos
países que dominam a tecnologia associada às usinas termonucleares é
COMPETÊNCIA
4
GENÉTICA E
PROCESSOS
BIOLÓGICOS
Idealizadores:
295
Mateus Prado e Paulo Jubilut
O cidadão brasileiro goza de missíveis?
saúde? Fumar prejudica a saúde?
Como responder a esta pergunta a Espera-se que o estudante possa
partir da “leitura” de alguns indicado- demonstrar essas competências, ao
res, comumente divulgados em jornais deparar-se com situações concretas,
de ampla circulação? mobilizando conhecimentos variados
Quais complicações pode enfren- para resolvê-las – sobre o corpo, o
tar um trabalhador submetido a subs- meio ambiente, a matemática, etc.
tâncias tóxicas, radiações e excesso
de ruído?
Como atuar nos locais de trabalho
Os textos dessa página foram selecionados
para assegurar melhores condições de livros editados pelo INEP/MEC a res-
de segurança? peito do exame que foi base para a matriz
O que fazer para proteger o orga- de competências e habilidades do Novo
nismo de doenças sexualmente trans- ENEM.
É bom s
Procura
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ligadas à conhecer carac
herança te
membro genética rísticas
de em cada
se intere sua família é um
ssar pelo a forma
tema de d
tência. ssa com e
pe-
1. Você já ouviu falar sobre o “Projeto Genoma”? Seu principal objetivo é fazer o mape-
amento e o sequenciamento dos cromossomos humanos. Procure conhecer melhor
este projeto e seu funcionamento. Depois, relacione algumas das melhorias que ele
pode trazer à saúde pública mundial.
2. A Escola Paulista de Medicina, da Unifesp, mantém um site com cursos virtuais, gra-
tuitos, de assuntos relacionados à biologia, saúde, enfermagem e medicina. São muito
interessantes para quem deseja se aprofundar em algum tema. O endereço é http://
www.virtual.unifesp.br/home/uv.php.
3. Faça uma tabela com as principais doenças parasitárias existentes no Brasil. Verifique
1
A vacina, o soro e os antibióticos submetem os organismos a processos biológicos dife-
rentes. Pessoas que viajam para regiões em que ocorrem altas incidências de febre amarela, de
picadas de cobras peçonhentas e de leptospirose e querem evitar ou tratar problemas de saúde
relacionados a essas ocorrências devem seguir determinadas orientações.
Ao procurar um posto de saúde, um viajante deveria ser orientado por um médico a tomar preventi-
vamente ou como medida de tratamento
2
Durante as estações chuvosas, aumentam no Brasil as campanhas de prevenção à den-
gue, que tem como objetivo a redução da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor
do vírus da dengue.
Que proposta preventiva poderia ser efetivada para diminuir a reprodução desse mosquito?
a) Colocação de telas nas portas e janelas, pois o mosquito necessita de ambientes cobertos e fecha-
dos para a sua reprodução.
b) Substituição das casas de barro por casas de alvenaria, haja vista que o mosquito se reproduz na
parede das casas de barro.
c) Remoção dos recipientes que possam acumular água, porque as larvas do mosquito se de-
senvolvem nesse meio.
d) Higienização adequada de alimentos, visto que as larvas do mosquito se desenvolvem nesse
tipo de substrato.
e) Colocação de filtros de água nas casas, visto que a reprodução do mosquito acontece em
águas contaminadas.
3
O milho transgênico é produzido a partir da manipulação do milho original, com a transfe-
rência, para este, de um gene de interesse retirado de outro organismo de espécie diferente.
5
Anemia Falciforme é uma das doenças hereditárias mais prevalentes no Brasil, sobre-
tudo nas regiões que receberam maciços contingentes de escravos africanos. É uma alteração
genética, caracterizada por um tipo de hemoglobina mutante designada por hemoglobina S. In-
divíduos com essa doença apresentam eritrócitos com formato de foice, daí o seu nome. Se uma
pessoa recebe um gene do pai e outro da mãe para produzir a hemoglobina S ela nasce com
um par de genes SS e assim terá a Anemia Falciforme. Se receber de um dos pais o gene para
hemoglobina S e do outro o gene para a hemoglobina A ela não terá doença, apenas o Traço Fal-
ciforme (AS), e não precisará de tratamento especializado. Entretanto, deverá saber que se vier
a ter filhos com uma pessoa que também herdou o traço, eles poderão desenvolver a doença.
Dois casais, ambos membros heterozigotos do tipo AS para o gene da hemoglobina, querem ter
um filho cada. Dado que um casal é composto por pessoas negras e o outro por pessoas brancas,
a probabilidade de ambos os casais terem filhos (um para cada casal) com Anemia Falciforme
é igual a
a) 5,05%. d) 18,05%.
b) 6,25%. e) 25,00%.
c) 10,25%.
6
Um paciente deu entrada em um pronto-socorro apresentando os seguintes sintomas: cansa-
ço, dificuldade em respirar e sangramento nasal. O médico solicitou um hemograma ao paciente para
definir um diagnóstico. Os resultados estão dispostos na tabela:
Relacionando os sintomas apresentados pelo paciente com os resultados de seu hemograma, cons-
tata-se que
a) o sangramento nasal é devido a baixa quantidade de plaquetas, que são responsáveis pela coagu-
lação sanguínea.
b) o cansaço ocorreu em função da quantidade de glóbulos brancos, que são responsáveis pela co-
agulação sanguínea.
c) a dificuldade respiratória decorreu da baixa quantidade de glóbulos vermelhos, que são responsá-
veis pela defesa imunológica.
d) o sangramento nasal é decorrente da baixa quantidade de glóbulos brancos, que são responsáveis
pelo transporte de gases no sangue.
e) a dificuldade respiratória ocorreu pela quantidade de plaquetas, que são responsáveis pelo trans-
porte de oxigênio no sangue.
7
A imagem representa o processo de evolução das plantas e algumas de suas estruturas.
Para o sucesso desse processo, a partir de um ancestral simples, os diferentes grupos vegetais
desenvolveram estruturas adaptativas que lhes permitiram sobreviver em diferentes ambientes.
Flores
Frutos
Sementes aladas
Grãos de pólen
Esporófito dominante
Vasos condutores
Gametófito
Alga verde dominante Arquegônio
ancestral
Qual das estruturas adaptativas apresentadas contribuiu para uma maior diversidade genética?
8
As fêmeas de algumas espécies de aranhas, escorpiões e de outros invertebrados
predam os machos após a cópula e inseminação. Como exemplo, fêmeas canibais do inseto
conhecido como louva-a-deus, Tenodera aridofolia, possuem até 63% da sua dieta composta
por machos parceiros. Para as fêmeas, o canibalismo sexual pode assegurar a obtenção de
nutrientes importantes na reprodução. Com esse incremento na dieta, elas geralmente produ-
zem maior quantidade de ovos.
BORGES, J. C. Jogo mortal. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado).
A condição física apresentada pelo personagem da tirinha é um fator de risco que pode desen-
cadear doenças como
a) anemia.
b) beribéri.
c) diabetes.
d) escorbuto.
e) fenilcetonúria.
Com base nas informações do texto, avalie qual das propostas seguintes será eficaz no controle da
esquistossomose mansônica e na manutenção da saúde geral da população local:
11
Um grupo internacional de cientistas achou um modo de “tapar o nariz” do mosquito do gê-
nero Anopheles
Anopheles. As aspas são necessárias porque o inseto fareja suas vítimas usando as antenas.
Os cientistas descobriram como ocorre a captação de cheiros pelas antenas e listaram algumas
substâncias capazes de bloquear a detecção de odores que os mosquitos reconhecem. Essa des-
coberta possibilita, por exemplo, a criação de um repelente muito mais preciso contra o inseto.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 12 abr. 2010 (adaptado).
Se a descoberta descrita no texto for extensiva a outros insetos, pode ajudar a combater algu-
mas doenças no Brasil, como, por exemplo,
12
Ao invés de se preocuparem com a questão de serem os vírus seres vivos ou não, os bió-
logos moleculares se interessam em observar o modo pelo qual eles desvirtuam, em seu próprio
benefício, o funcionamento de uma célula, desencadeando doenças. Ao infectar uma célula, o
vírus perde seu invólucro e leva o sistema de duplicação do material genético da célula a repro-
VILLARREAL, L. Afinal os vírus são seres vivos? Scientific American Brasil, n. 28 p. 21-24, 2008 (adaptado).
13
Na investigação de paternidade por análise de DNA, avalia-se o perfil genético da mãe, do
suposto pai e do filho pela análise de regiões do genoma das pessoas envolvidas. Cada indivíduo
apresenta um par de alelos, iguais ou diferentes, isto é, são homozigotos ou heterozigotos, para
cada região genômica. O esquema representa uma eletroforese com cinco regiões genômicas
(classificadas de A a E), cada uma com cinco alelos (1 a 5), analisadas em uma investigação de
paternidade:
1
2
A 3
4
5
1
2
B 3
4
5
1
2
C 3
4
5
1
2
D 3
4
5
1
2
E 3
4
5
a) 2, 4, 5, 2, 4.
b) 2, 4, 2, 1, 3.
c) 2, 1, 1, 1, 1.
d) 1, 3, 2, 1, 3.
e) 5, 4, 2, 1, 1.
14
Estima-se que haja atualmente no mundo 40 milhões de pessoas infectadas pelo HIV (o
vírus que causa a AIDS), sendo que as taxas de novas infecções continuam crescendo, princi-
palmente na África, Ásia e Rússia. Nesse cenário de pandemia, uma vacina contra o HIV teria
imenso impacto, pois salvaria milhões de vidas. Certamente seria um marco na história planetá-
ria e também uma esperança para as populações carentes de tratamento antiviral e de acom-
panhamento médico.
TANURI, A.; FERREIRA JUNIOR, O. C. Vacina contra Aids: desafios e esperanças. Ciência Hoje (44) 26, 2009 (adaptado).
15
Os sintomas mais sérios da Gripe A, causada pelo vírus H1N1, foram apresentados por
pessoas mais idosas e por gestantes. O motivo aparente é a menor imunidade desses grupos
contra o vírus. Para aumentar a imunidade populacional relativa ao vírus da gripe A, o governo
brasileiro distribuiu vacinas para os grupos mais suscetíveis.
A vacina contra o H1N1, assim como qualquer outra vacina contra agentes causadores de doen-
ças infectocontagiosas, aumenta a imunidade das pessoas porque
a) síntese de glicogênio.
b) produção de bile.
c) secreção de suco gástrico.
d) produção de enzimas digestivas.
e) digestão das gorduras.
17
Charles R. Darwin (1809-1882) apresentou em 1859, no livro A origem das espécies, suas
ideias a respeito dos mecanismos de evolução pelo processo da seleção natural. Ao elaborar a
Teoria da Evolução, Darwin não conseguiu obter algumas respostas aos seus questionamentos.
18
A doença de Chagas afeta mais de oito milhões de brasileiros, sendo comum em áreas
rurais. É uma doença causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida por insetos co-
nhecidos como barbeiros ou chupanças.
Uma ação do homem sobre o meio ambiente que tem contribuído para o aumento dessa doença é
COMPETÊNCIA
5
AS CIÊNCIAS EM
NOSSO COTIDIANO
Idealizadores:
309
Mateus Prado e Paulo Jubilut
Quando se pretende que os es- ler gráficos, comparar hipóteses, es-
tudantes encarem as ciências como tabelecer relações entre dados, ge-
uma produção humana, pretende-se, neralizar, entre outros procedimentos.
igualmente, que compreendam que Serão selecionadas, mais uma
a utilização de técnicas e processos vez, situações do cotidiano nas quais
para estabelecer e resolver proble- tais procedimentos são efetivamente
mas não é prerrogativa dos cientistas. demandados: a “leitura” de resultado
Com efeito, toda vez que temos um de um exame simples de sangue, a de-
problema para resolver – um apare- codificação de tabelas que aparecem
lho que deixou de funcionar, uma dor em jornais de grande circulação, as
súbita em alguma parte do corpo, sem informações de rótulos de alimentos,
nenhuma razão aparente, chegar a um a interpretação de um manual de apa-
lugar da cidade pelo caminho mais relho eletrodoméstico, entre tantas
curto – estamos usando procedimen- outras situações possíveis.
tos científicos.
Espera-se, portanto, que os es-
tudantes estejam familiarizados com
procedimentos próprios das ciências, Os textos dessa página foram selecionados
o que não significa que se esteja fa- de livros editados pelo INEP/MEC a res-
zendo alusão a um único método cien- peito do exame que foi base para a matriz
tífico. Para tanto, serão desafiados a de competências e habilidades do Novo
interpretar e sistematizar informações, ENEM.
É bom s
aber...
A “Lingu
ag
Ciências em” não é exclu
Humana s
gem” da s, existe ividade das
sC uma
central d iências Naturais “Lingua-
essa com ,q
petência ue é o eixo
.
A evolução da ciência traz novas descobertas que mudam a vida das pessoas.
Apresente para a sua turma o texto “Confesso que eu estou vivo”, do sociólogo Herbert
de Souza, o Betinho. Você pode encontrar o texto no site www.aids.gov.br. Proponha
que a sala discuta qual era a qualidade e a expectativa de vida dos portadores do vírus
HIV no começo da década de 80, quais foram os avanços nas pesquisas desta área e
qual é a situação dos portadores desse vírus nos dias de hoje.
1
Os planos de controle e erradicação de doenças em animais envolvem ações de
profilaxia e dependem em grande medida da correta utilização e interpretação de testes
diagnósticos. O quadro mostra um exemplo hipotético de aplicação de um teste diagnóstico.
Condição real dos animais
Total
Resultado do teste Infectado Não infectado
Positivo 45 38 83
Negativo 5 912 917
Total 50 950 1.000
Manual Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e
da Tuberculose Animal – PNCEBT. Brasília: Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, 2006 (adaptado)
2
Na atual estrutura social, o abastecimento de água tratada desempenha um papel funda-
mental para a prevenção de doenças. Entretanto, a população mais carente é a que mais sofre com
a falta de água tratada, em geral, pela falta de estações de tratamento capazes de fornecer o volume
de água necessário para o abastecimento ou pela falta de distribuição dessa água.
Reservatório
dos Bairros
Rio
Distribuição
Bombeamento 1 5 Cal
Carvão aditivado Carvão
Areia Cloro
Coagulante Amônia
2 Cal hidratada Cascalho
Fluor
a) 1 e 3. d) 2 e 5.
b) 1 e 5. e) 3 e 4.
c) 2 e 4.
3
Em visita a uma usina sucroalcooleira, um grupo de alunos pôde observar a série de proces-
sos de beneficiamento da cana-de-açúcar, entre os quais se destacam:
Com base nos destaques da observação dos alunos, quais operações físicas de separação de mate-
riais foram realizadas nas etapas de beneficiamento da cana-de-açúcar?
5
A cal (óxido de cálcio, CaO), cuja suspensão em água é muito usada como uma tinta de
baixo custo, dá uma tonalidade branca aos troncos de árvores. Essa é uma prática muito comum
em praças públicas e locais privados, geralmente usada para combater a proliferação de parasitas.
a) difusão, pois a cal se difunde nos corpos dos seres do microambiente e os intoxica.
b) osmose, pois a cal retira água do microambiente, tornando-o inviável ao desenvolvimento de mi-
crorganismos.
c) oxidação, pois a luz solar que incide sobre o tronco ativa fotoquimicamente a cal, que elimina os
seres vivos do microambiente.
d) aquecimento, pois a luz do Sol incide sobre o tronco e aquece a cal, que mata os seres vivos do
microambiente.
e) vaporização, pois a cal facilita a volatilização da água para a atmosfera, eliminando os seres vivos
do microambiente.
6
O esquema mostra um diagrama de bloco de uma estação geradora de eletricidade abas-
tecida por combustível fóssil.
Gases da combustão
Eletricidade
Vapor
Gerador
Turbina
Entrada
H2O fria
Líquido
Combustível Bomba
+ ar
Lago
Se fosse necessário melhorar o rendimento dessa usina, que forneceria eletricidade para abas-
tecer uma cidade, qual das seguintes ações poderia resultar em alguma economia de energia,
sem afetar a capacidade de geração da usina?
7
O rótulo de uma garrafa de água mineral natural contém as seguintes informações:
Características Composição
Valor mg/L
físico-químicas química
bicarbonato 93,84
pH a 25 ºC 7,54 cálcio 15,13
sódio 14,24
magnésio 3,62
condutividade
151 (µS/cm) carbonatos 3,09
elétrica a 25 ºC
sulfatos 2,30
8
O quadro apresenta o teor de cafeína em diferentes bebidas comumente consumidas
pela população.
Quantidade média de
Bebida Volume (mL)
cafeína (mg)
Café expresso 80,0 120
Café filtrado 50,0 35
Chá preto 180,0 45
Refrigerante de cola 250,0 80
Chocolate quente 60,0 25
9
Desde que o homem começou a explorar os recursos do planeta, vem provocando im-
pactos sobre o meio ambiente. A ilustração mostra, de forma bem-humorada, uma consequência
desses impactos.
Em relação ao impacto sugerido pela figura, trata-se de uma consequência direta de ações do
homem, que mostram sua
10
Os personagens da figura estão representando uma situação hipotética de cadeia ali-
mentar.
11
90
do seria:
80
70 a) Concentração média de álcool no san-
60 gue ao longo do dia.
50 b) Variação da frequência da ingestão de
40
álcool ao longo das horas.
c) Concentração mínima de álcool no
30 sangue a partir de diferentes dosa-
20 gens.
10 d) Estimativa de tempo necessário para
0 metabolizar diferentes quantidades de
0 1 2 3 4 5 álcool.
Tempo (horas)
e) Representação gráfica da distribuição
de frequência de álcool em determina-
Disponível em: http//www.alcoologia.net. Acesso em: 15 jul. 2009 (adaptado). da hora do dia.
13
A eficiência de um coletor solar depende de uma série de variáveis. Na tabela abaixo, são
mostradas diferenças na radiação solar incidente em diferentes capitais brasileiras localizadas em
ordem crescente da latitude.
Energia útil avaliada como média anual para um sistema de aquecimento de água via energia solar.
(Coletores solares inclinados de um ângulo igual à latitude, acrescentados mais 100)
a) a radiação solar média coletada independe do tamanho da superfície de captação do coletor solar.
b) a energia útil média, um índice a ser considerado na comparação com outras opções energéticas,
decresce com o aumento da latitude.
c) a diferença de radiação solar incidente nas capitais listadas, apesar de ser maior que 20%, deixa de
ser determinante em algumas situações.
d) as temperaturas alcançadas independem da temperatura inicial da água no processo de aqueci-
mento da água por meio de coletores solares.
e) Curitiba, entre as capitais citadas, é inadequada para a utilização de energia solar porque é a capital
onde ocorrem as maiores perdas de energia térmica para o ambiente.
14
Considera-se combustível aquele material que, quando em combustão, consegue
gerar energia. No caso dos biocombustíveis, suas principais vantagens de uso são a de
serem oriundos de fontes renováveis e a de serem menos poluentes que os derivados de
combustíveis fósseis. Por isso, no Brasil, tem-se estimulado o plantio e a industrialização
de sementes oleaginosas para produção de biocombustíveis.
No quadro, estão os valores referentes à energia produzida pela combustão de alguns biocom-
bustíveis:
BIOCOMBUSTÍVEL kcal/kg
Biodiesel (mamona) 8 913
Biodiesel (babaçu) 9 049
Biodiesel (dendê) 8 946
Biodiesel (soja) 9 421
Biodiesel (cana-de-açucar) 5 596
Entre os diversos tipos de biocombustíveis apresentados no quadro, aquele que apresenta me-
lhor rendimento energético em massa é proveniente
a) da soja. d) da mamona.
b) do dendê. e) da cana-de-açúcar.
c) do babaçu.
Colocou 200 ml de água em dois recipientes. No primeiro recipiente, mergulhou, por 5 segundos, um
pedaço de papel liso, como na FIGURA 1; no segundo recipiente, fez o mesmo com um pedaço de
papel com dobras simulando as microvilosidades, conforme FIGURA 2. Os dados obtidos foram: a
quantidade de água absorvida pelo papel liso foi de 8 ml, enquanto pelo papel dobrado foi de 12 ml.
Com base nos dados obtidos, infere-se que a função das microvilosidades intestinais com relação à
absorção de nutrientes pelas células das paredes internas do intestino é a de
COMPETÊNCIA
6
FENÔMENOS
FÍSICOS
Idealizadores:
323
Mateus Prado e Paulo Jubilut
Espera-se que os estudantes, locidade?
além de dominar conteúdos de Física, Também, neste caso, os estu-
possam “reconhecê-los” nas mais di- dantes serão confrontados com si-
versas situações. tuações do cotidiano e convidados
Como funciona um aparelho do- a mobilizar conhecimentos físicos,
méstico? entre outros, para explicá-las, enten-
Que procedimentos adotar quan- der possíveis impactos e propor solu-
do se quer reduzir a contribuição da ções, se for o caso.
geladeira ou do chuveiro na elevação
da conta de eletricidade?
Como reduzir o nível de ruído de
Os textos dessa página foram selecionados
uma residência ou de uma fábrica? de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
Como avaliar o impacto de uma to do exame que foi base para a matriz de
batida de automóvel a uma certa ve- competências e habilidades do Novo ENEM.
É bom s
Aqui pod
aber...
e
clássicos m aparecer algun
s
preocupe da disciplina de F conteúdos
ís
pois o EN em aprofundar m ica, mas não se
E u
mento e M cobrará some ito os estudos,
a n
da Física plicação dos con te o entendi-
. ceitos bá
sicos
1. Vários dos assuntos tratados por essa e pelas duas próximas competências são abor-
dados no site ‘Inovação Tecnológica’: www.inovacaotecnologica.com.br. Salve nos
seus “Favoritos”, pois vale a pena sempre dar uma olhada, especialmente nos links
‘Energia’, ‘Espaço’ e ‘Meio Ambiente’.
2. Em 1987, em Goiânia, um equipamento de radioterapia foi encontrado por catado-
res que o desmontaram e o venderam em um ferro velho. O Césio- 137, um pó bran-
co que no escuro assume a cor azul brilhante, atraiu atenção de muitos curiosos
que, desavisados, foram contaminados pela radiação emitida. Conheça um pouco
mais dessa história e aproveite para compreender os princípios dos vários tipos de
radiação e, também, para entender a situação do lixo atômico e do lixo hospitalar
no Brasil e no mundo.
3. Sugerimos que faça uma tabela em que estejam elencados os tipos fonte energética, o
processo de geração de cada uma, o custo de implantação, a eficiência em quantidade
A tirinha faz referência a uma propriedade de uma grandeza Física, em que a função do jornal
utilizado pelo homem é a de
Qual é o gráfico de posição (eixo vertical) em função do tempo (eixo horizontal) que representa o
movimento desse trem?
a) d)
posição
posição
tempo tempo
b) e)
posição
posição
tempo
tempo
c)
posição
tempo
3
Um grupo de cientistas liderado por pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Cali-
fórnia (Caltech), nos Estados Unidos, construiu o primeiro metamaterial que apresentava valor
negativo do índice de refração relativo para a luz visível. Denomina-se metamaterial um material
óptico artificial, tridimensional, formado por pequenas estruturas menores do que o comprimento
de onda da luz, o que lhe dá propriedades e comportamentos que não são encontrados em ma-
metamaterial
b) metamaterial e)
luz incidente
luz incidente
c) metamaterial
luz incidente
4
O mecanismo que permite articular uma porta (de um móvel ou de acesso) é a dobradiça.
Normalmente, são necessárias duas ou mais dobradiças para que a porta seja fixada no móvel
ou no portal, permanecendo em equilíbrio e podendo ser articulada com facilidade.
No plano, o diagrama vetorial das forças que as dobradiças exercem na porta está representado
em
b) e)
c)
5
Na manipulação em escala nanométrica, os átomos revelam características peculiares,
podendo apresentar tolerância à temperatura, reatividade química, condutividade elétrica, ou mes-
mo exibir força de intensidade extraordinária. Essas características explicam o interesse industrial
pelos nanomateriais que estão sendo muito pesquisados em diversas áreas, desde o desenvolvi-
mento de cosméticos, tintas e tecidos, até o de terapias contra o câncer.
Gerador
A figura representa o processo mais usado nas hidrelétricas para obtenção de energia elétrica
no Brasil. As transformações de energia nas posições I II e II III da figura são, respectiva-
mente,
7
Sob pressão normal (ao nível do mar), a água entra em ebulição à temperatura de
100°C. Tendo por base essa afirmação, um garoto residente em uma cidade litorânea fez a
seguinte experiência:
• Colocou uma caneca metálica contendo água no fogareiro do fogão de sua casa.
• Quando a água começou a ferver, encostou, cuidadosamente, a extremidade mais estreita de
uma seringa de injeção, desprovida de agulha, na superfície do líquido e, erguendo o êmbolo
8
O quadro a seguir mostra algumas características de diferentes fontes de energia.
Fontes de
Características
energia
Elevado custo para instalação da usina; alto potencial energético; não emite gases
I
de efeito estufa; alto risco para a saúde da população em caso de acidentes.
Não renovável; alto potencial energético; alta emissão de gases de efeito estufa;
II
alto risco para o meio ambiente em caso de acidentes.
Renovável; menor custo de instalação da usina, se comparada à de usinas que uti-
III lizam as demais fontes; menor emissão de poluentes; danos ao meio ambiente para
implantação de monoculturas.
Renovável; alto custo para implantação; não emite poluentes; depende de fatores
IV
climáticos para geração da energia; não causa prejuízo ao meio ambiente.
9
Uma opção não usual, para o cozimento do feijão, é o uso de uma garrafa térmica. Em uma
panela, coloca-se uma parte de feijão e três partes de água e deixa-se ferver o conjunto por cerca
de 5 minutos, logo após transfere-se todo o material para uma garrafa térmica. Aproximadamente
8 horas depois, o feijão estará cozido.
10
A eficiência de um processo de conversão de energia é definida como a razão entre a
produção de energia ou trabalho útil e o total de entrada de energia no processo. A figura mos-
tra um processo com diversas etapas. Nesse caso, a eficiência geral será igual ao produto das
eficiências das etapas individuais. A entrada de energia que não se transforma em trabalho útil é
perdida sob formas não utilizáveis (como resíduos de calor).
Eficiência
Geral
= 1,6%
Usina de Força Linhas de transmissão Luz
E1 = 0,35 E2 = 0,90 E3 = 0,05
Eficiência geral da
conversão de energia = E1 x E2 x E3 = 0,35 x 0,90 x 0,05 = 0,016
química em energia luminosa
HINRICHS, R. A. Energia e Meio Ambiente. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2003 (adaptado).
CRAVEIRO, R. “Máquina do Big Bang” é ligada. Correio Braziliense, Brasília, 11 set. 2008, p. 34. (com adaptações).
Segundo o texto, o experimento no LHC fornecerá dados que possibilitarão decifrar os misté-
rios do universo. Para analisar esses dados provenientes das colisões no LHC, os pesquisado-
res utilizarão os princípios de transformação da energia. Sabendo desses princípios, pode-se
afirmar que
12
Uma pessoa necessita da força de atrito em seus pés para se deslocar sobre uma superfície.
Logo, uma pessoa que sobe uma rampa em linha reta será auxiliada pela força de atrito exercida pelo
chão em seus pés.
Em relação ao movimento dessa pessoa, quais são a direção e o sentido da força de atrito mencio-
nada no texto?
Considerando que a distância entre a borda inferior e a borda superior da superfície refletora tenha
6 m de largura e que focaliza no receptor os 800 watts/m2 de radiação provenientes do Sol, e que
o calor específico da água é 1 cal g-1 ºC-1 = 4.200 J kg-1 ºC-1, então o comprimento linear do refletor
parabólico necessário para elevar a temperatura de 1 m3 (equivalente a 1 t) de água de 20 °C para
100 °C, em uma hora, estará entre
a) 15 m e 21 m.
b) 22 m e 30 m.
c) 105 m e 125 m.
d) 680 m e 710 m.
e) 6.700 m e 7.150 m.
14
Deseja-se instalar uma estação de geração de energia elétrica em um município locali-
zado no interior de um pequeno vale cercado de altas montanhas de difícil acesso. A cidade é
cruzada por um rio, que é fonte de água para consumo, irrigação das lavouras de subsistência e
pesca. Na região, que possui pequena extensão territorial, a incidência solar é alta o ano todo. A
estação em questão irá abastecer apenas o município apresentado.
Qual forma de obtenção de energia, entre as apresentadas, é a mais indicada para ser implanta-
15
A ciência propõe formas de explicar a natureza e seus fenômenos que, muitas vezes,
confrontam o conhecimento popular ou o senso comum. Um bom exemplo desse descom-
passo é a explicação microscópica da flutuação do gelo na água. Do ponto de vista atômico,
podem-se representar os três estados físicos dessa substância como nas figuras a seguir,
nas quais as bolas representam as moléculas de água.
Considerando-se as representações das moléculas de água nos três estados físicos e seu
comportamento anômalo, é correto afirmar que
COMPETÊNCIA
7
FENÔMENOS
QUÍMICOS
Idealizadores:
337
Mateus Prado e Paulo Jubilut
Trata-se de uma réplica da com- de Química.
petência anterior, porém o que se Mais uma vez, deve ficar claro
quer é avaliar se o estudante con- que não se trata de usar exemplos
segue mobilizar os conhecimentos do cotidiano para ilustrar o conheci-
químicos para interpretar situações mento químico, mas de lançar mão
do cotidiano. dos conhecimentos químicos para
O que acontece, por exemplo, em compreender fenômenos naturais,
indústrias de transformação de mi- conhecer o ambiente, reconhecer
nerais? Qual o possível impacto am- propostas mais adequadas de pre-
biental dessas indústrias e as formas servação ambiental.
de minimizar os danos ambientais que
elas causam? Como se dá a extração
de petróleo? Como se obtêm os seus
vários subprodutos? Esses são ape- Os textos dessa página foram selecionados
nas alguns dos exemplos de proble- de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
mas que os alunos serão convidados a to do exame que foi base para a matriz de
resolver, mobilizando conhecimentos competências e habilidades do Novo ENEM.
É bom s
É a comp
aber...
etê
conteúdo ncia em que a va
s cobrad ri
contrária os é a ma edade de
à propos ior. Em dir
so conhe ta do ENE eção
cer M, n
abordada muitos conteúdo ela é preci-
: química s da disc
. iplina
1. O Centro de Divulgação Científica e Social da USP mantém um site que, entre outras
coisas, ensina de forma fácil os princípios básicos da Química. Você encontra tudo no
link www.cdcc.sc.usp.br/quimica.
2. Assista o documentário Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore, que traz uma impor-
tante discussão sobre o aquecimento global e suas consequências para o mundo.
Leve seus alunos para o laboratório com equipamentos adequados ou para uma
área aberta (pois a experiência solta gases tóxicos). Em um recipiente, coloque uma
porção de açúcar e depois, aos poucos, despeje ácido sulfúrico concentrado. Em pou-
cos minutos, a reação propiciará a formação de uma estrutura bastante inesperada.
Depois, explique o fenômeno da carbonação e proponha que façam a equação química
desse fenômeno.
1
O polímero PET (tereftalato de polietileno), material presente em diversas embalagens
descartáveis, pode levar centenas de anos para ser degradado e seu processo de reciclagem
requer um grande aporte energético. Nesse contexto, uma técnica que visa baratear o pro-
cesso foi implementada recentemente. Trata-se do aquecimento de uma mistura de plásticos
em um reator, a 700 °C e 34 atm, que promove a quebra das ligações químicas entre átomos
de hidrogênio e carbono na cadeia do polímero, produzindo gás hidrogênio e compostos de
carbono que podem ser transformados em microesferas para serem usadas em tintas, lubrifi-
cantes, pneus, dentre outros produtos.
Tereftalato de Polietileno
PET
Disponível em: www1.folha.uol.br. Acesso em: 26 jul. 2010 (adaptado).
Dados: Constante dos gases R = 0,082 L atm/mol K; Massa molar do monômero do PET = 192 g/
mol; Equação de estado dos gases ideais: PV = nRT
a) 0 e 20 litros.
b) 20 e 40 litros.
c) 40 e 60 litros.
d) 60 e 80 litros.
e) 80 e 100 litros.
2
Devido ao seu alto teor de sais, a água do mar é imprópria para o consumo humano e para a
maioria dos usos da água doce. No entanto, para a indústria, a água do mar é de grande interesse,
uma vez que os sais presentes podem servir de matérias-primas importantes para diversos processos.
Nesse contexto, devido a sua simplicidade e ao seu baixo potencial de impacto ambiental, o método
da precipitação fracionada tem sido utilizado para a obtenção dos sais presentes na água do mar.
Solubilidade
Soluto Fórmula
g/kg de H2O
Brometo de sódio NaBr 1,20 x 103
Carbonato de cálcio CaCO3 1,30 x 10-2
Cloreto de sódio NaCl 3,60 x 102
Cloreto de magnésio MgCl2 5,41 x 102
Sulfato de magnésio MgSO4 3,60 x 102
Sulfato de cálcio CaSO4 6,80 x 10-1
Pitombo, L. R. M.; Marcondes, M.E.R.; GEPEC. Grupo de pesquisa em Educação em Química.
Química e Sobrevivência: Hidrosfera Fonte de Materiais. São Paulo: EDUSP, 2005 (adaptado).
Suponha que uma indústria objetiva separar determinados sais de uma amostra de água do mar a
25 ºC, por meio da precipitação fracionada. Se essa amostra contiver somente os sais destacados
na tabela, a seguinte ordem de precipitação será verificada:
a) Carbonato de cálcio, sulfato de cálcio, cloreto de sódio e sulfato de magnésio, cloreto de magnésio
e, por último, brometo de sódio.
b) Brometo de sódio, cloreto de magnésio, cloreto de sódio, sulfato de cálcio, carbonato de cálcio e,
por último, brometo de sódio.
c) Cloreto de magnésio, sulfato de magnésio e cloreto de sódio, sulfato de cálcio, carbonato de cálcio
3
Vários materiais, quando queimados, podem levar à formação de dioxinas, um com-
posto do grupo dos organoclorados. Mesmo quando a queima ocorre em incineradores, há
liberação de substância derivadas da dioxina no meio ambiente. Tais compostos são produ-
zidos em baixas concentrações, como resíduos da queima de matéria orgânica em presença
de produtos que contenham cloro. Como consequência de seu amplo espalhamento no meio
ambiente, as dioxinas sofrem magnificação trófica na cadeia alimentar. Mais de 90% da expo-
sição humana às dioxinas é atribuída aos alimentos contaminados ingeridos. A estrutura típica
de uma dioxina está apresentada a seguir:
Cl O Cl
Cl O Cl
2, 3, 7, 8 - tetraclorodibenzo-p-dioxina
(2, 3, 7, 8 - TCDD)
A molécula do 2,3,7,8 – TCDD é popularmente conhecida pelo nome de ‘dioxina’, sendo a mais
tóxica dos 75 isômeros de compostos clorados de dibenzo-p-dioxina existentes.
FADINI, P. S; FADINI, A. A. B. Lixo: desafios e compromissos. Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, São Paulo, n. 1, maio
2001 (adaptado).
Com base no texto e na estrutura apresentada, as propriedades químicas das dioxinas que
permitem sua bioacumulação nos organismos estão relacionadas ao seu caráter
a) básico, pois a eliminação de materiais alcalinos é mais lenta do que a dos ácidos.
b) ácido, pois a eliminação de materiais ácidos é mais lenta do que a dos alcalinos.
c) redutor, pois a eliminação de materiais redutores é mais lenta do que a dos oxidantes.
d) lipofílico, pois a eliminação de materiais lipossolúveis é mais lenta do que a dos hidrosso-
lúveis.
e) hidrofílico, pois a eliminação de materiais hidrossolúveis é mais lenta do que a dos liposso-
lúveis.
5
Às vezes, ao abrir um refrigerante, percebe-se que uma parte do produto vaza ra-
pidamente pela extremidade do recipiente. A explicação para esse fato está relacionada
à perturbação do equilíbrio químico existente entre alguns dos ingredientes do produto, de
acordo com a equação:
Negro de platina
+
-
Disco poroso com eletrólito
Negro de platina
Entrada de álcool
Eletrodo A:
Eletrodo B:
1 O (g) + 2 H + (aq) +2 e - H 2 O(l)
2 2
BRAATHEN, P. C. Hálito culpado: o princípio químico do bafômetro.
Química nova na escola. São Paulo, nº 5, maio 1997 (adaptado).
HO OH OH
H2C CH CH2
glicerina
[
HO CH2 CH2 O CH2 CH2 ] n
O CH2 CH2 OH
polietilenoglicol
8
O ácido acetilsalicílico (AAS) é uma substância utilizada como fármaco analgésico no alívio
das dores de cabeça. A figura abaixo é a representação estrutural da molécula do AAS.
CO2H
O CO3
Considerando-se essa representação, é correto afirmar que a fórmula molecular do AAS é
a) C7O2H3COOH.
b) C7O2H7 COOH.
c) C8O2H3COOH.
9
A curcumina, substância encontrada no pó amareloalaranjado extraído da raiz da cur-
cuma ou açafrão-da-índia ((Curcuma longa), aparentemente, pode ajudar a combater vários
tipos de câncer, o mal de Parkinson e o Alzheimer e até mesmo retardar o envelhecimento.
Usada há quatro milênios por algumas culturas orientais, apenas nos últimos anos passou a
ser investigada pela ciência ocidental.
H
O O
H3CO OCH3
HO OH
ANTUNES, M. G. L. Neurotoxicidade induzida pelo quimioterápico cisplatina: possíveis efeitos citoprotetores dos antioxidantes da dieta
curcumina e coenzima Q10. Pesquisa FAPESP. São Paulo, n. 168, fev. 2010 (adaptado).
a) éter e álcool.
b) éter e fenol.
c) éster e fenol.
d) aldeído e enol.
e) aldeído e éster.
10
Os oceanos absorvem aproximadamente um terço das emissões de CO2 proceden-
tes de atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e as queimadas. O CO2
combina-se com as águas dos oceanos, provocando uma alteração importante em suas
propriedades. Pesquisas com vários organismos marinhos revelam que essa alteração nos
oceanos afeta uma série de processos biológicos necessários para o desenvolvimento e a
sobrevivência de várias espécies da vida marinha.
H
O
H
H
O
O
Piretrina
HO
O
O
O
Coronopilina
Identifique as funções orgânicas presentes simultaneamente nas estruturas dos dois biopes-
ticidas apresentados:
a) Éter e éster.
b) Cetona e éster.
c) Álcool e cetona.
d) Aldeído e cetona.
e) Éter e ácido carboxílico.
12
Uma dona de casa acidentalmente deixou cair na geladeira a água proveniente do
degelo de um peixe, o que deixou um cheiro forte e desagradável dentro do eletrodoméstico.
Sabe-se que o odor característico de peixe se deve às aminas e que esses compostos se
comportam como bases.
Dentre os materiais listados, quais são apropriados para amenizar esse odor?
a) Álcool ou sabão.
b) Suco de limão ou álcool.
c) Suco de limão ou vinagre.
d) Suco de limão, leite ou sabão.
e) Sabão ou carbonato de sódio/barrilha.
13
a) CH3COOH (aq) + NaHC3 (s) Na+ (aq) + CH3COO− (aq) + CO2 (g) + H2O (l)
b) CH3COOH (aq) + NaHCO3 (s) Na+ (aq) + CH3COO− (aq) + O2 (g) + H2O (l)
c) CH3COOH (aq) + NaHCO3 (s) Na+ (aq) + CH3COO− (aq) + H2O (l)
d) CH3COOH (aq) + NaHCO3 (s) NaCO2+ (aq) + CH3COO− (aq) + H2O (l)
e) CH3COOH (aq) + NaHCO3 (s) Na+ (aq) + CH3COO− (aq) + H2 (g) + H2O (l)
a) 0,25 kg.
b) 0,33 kg.
c) 1,0 kg.
d) 1,3 kg.
e) 3,0 kg.
15
Osmose é um processo espontâneo que ocorre em todos os organismos vivos e é es-
sencial à manutenção da vida. Uma solução 0,15 mol/L de NaCl (cloreto de sódio) possui a
mesma pressão osmótica das soluções presentes nas células humanas.
A imersão de uma célula humana em uma solução 0,20 mol/L de NaCl tem, como consequên-
cia, a
COMPETÊNCIA
8
BIODIVERSIDADE,
BIOÉTICA E
SAÚDE PÚBLICA
Idealizadores:
351
Mateus Prado e Paulo Jubilut
A exemplo das competências an- tizar que essas competências serão
teriores, o estudante deverá mobilizar avaliadas através de situações que
conhecimentos de disciplinas da área privilegiem conteúdos relevantes sob
de Ciências da Natureza - neste caso, o ponto de vista da vivência dos alu-
os de Biologia - para decodificar o nos, conteúdos que digam respeito ao
mundo natural e as tecnologias que saber-fazer (ler textos diversos, grá-
têm por base tais conhecimentos. ficos, tabelas, imagens, ilustrações,
Como interpretar a extrema di- bulas, rótulos, propor intervenções,
versidade de manifestações da vida avaliar impactos), enfim, conteúdos
no planeta? Como reconhecer prová- que façam diferença - e para melhor
veis fatores de desequilíbrio ambien- - na vida desses alunos.
tal e propor intervenções para mini-
mizá-lo? Estas, entre inúmeras outras
situações, serão apresentadas aos
participantes, sempre no sentido de
convidá-los a resolver problemas que
Os textos dessa página foram selecionados
demandem a mobilização de conheci-
de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
mentos biológicos. to do exame que foi base para a matriz de
Finalmente, é necessário enfa- competências e habilidades do Novo ENEM.
É bom s
Para com
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tência, c çar a estudar es
onhecer s
é uma bo os bioma a compe-
a sn
saúde no opção, depois, p acionais
B arta para
mais com rasil e doenças a
uns. epidêmic
as
Diferente das duas últimas competências, que exigem o domínio de muitos con-
ceitos próprios da química e física, essa competência delimita mais claramente quais
conteúdos da biologia o aluno deve dominar. Esses conteúdos estão divididos em 3 eixos
principais.
O primeiro é o eixo da biodiversidade. É preciso compreender o comportamento dos
seres vivos de cada ecossistema, principalmente dos nacionais. Não deixe de conhecer
os conceitos de habitat e nicho ecológico e os tipos comunidade biológica: teia alimen-
tar, sucessão e comunidade clímax. Podem aparecer questões envolvendo dinâmicas de
populações, interações entre os seres vivos, ciclos biogeoquímicos e fluxo de energia no
ecossistema (temas que já apareceram em outras competências também). Estude todos
os biomas brasileiros, a exploração de recursos naturais nesses biomas e a importância
de medidas de conservação e recuperação. Noções de saneamento ambiental e de legis-
lação ambiental (relativa à água, às florestas, às unidades de conservação e à biodiversi-
dade) também podem ser cobradas.
Em segundo, a ética na pesquisa com seres vivos, ou bioética. Nesse ponto, a
• Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com
seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em ambientes bra-
sileiros.
• Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações
para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas ou produtos in-
dustriais.
• Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à
preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente.
Monte uma teia alimentar bem grande. Solicite aos alunos que retirem determina-
dos membros desta teia. Para cada membro retirado, os alunos deverão indicar as con-
sequências que a falta desse membro trará para a cadeia a que ele está ligado e para
toda a teia alimentar.
1
Em 2009, o município maranhense de Bacabal foi fortemente atingido por enchentes,
submetendo a população local a viver em precárias condições durante algum tempo. Em razão
das enchentes, os agentes de saúde manifestaram, na ocasião, temor pelo aumento dos casos
de doenças como, por exemplo, a malária, a leptospirose, a leishmaniose e a esquistossomose.
Que medidas o responsável pela promoção da saúde da população afetada pela enchente de-
veria sugerir para evitar o aumento das doenças mencionadas no texto, respectivamente?
Dois pesquisadores percorreram os trajetos marcados no mapa. A tarefa deles foi analisar os
ecossistemas e, encontrando problemas, relatar e propor medidas de recuperação. A seguir, são
reproduzidos trechos aleatórios extraídos dos relatórios desses dois pesquisadores.
I. “Por causa da diminuição drástica das espécies vegetais deste ecossistema, como os pi-
nheiros, a gralha-azul também está em processo de extinção”.
II. “As árvores de troncos tortuosos e cascas grossas que predominam nesse ecossistema
estão sendo utilizadas em carvoarias”.
III. “Das palmeiras que predominam nesta região podem ser extraídas substâncias importan-
tes para a economia regional”.
IV. “Apesar da aridez desta região, em que encontramos muitas plantas espinhosas, não se
pode desprezar a sua biodiversidade”.
3
Considere a seguinte cadeia alimentar em um ambiente marinho:
Imagine que nessa cadeia sejam introduzidas águas-vivas, que se alimentam dos copépodos
(crustáceos planctônicos). Nessa área as águas-vivas não são alimentos para outros organismos.
No mesmo período ocorre sobrepesca das populações de sardinhas.
Como consequência das interferências descritas na cadeia alimentar será observada diminuição
4
Escargot é um caramujo comestível, especialmente utilizado na culinária francesa. No
Brasil, na década de 1980, empresários brasileiros trouxeram uma espécie de caramujo africa-
no, visando produzi-lo e vendê-lo como escargot. Porém, esses caramujos mostraram-se inúteis
para a culinária e foram liberados no ambiente. Atualmente, esse caramujo africano representa
um sério problema ambiental em diversos estados brasileiros.
Caramujos africanos invadem casas em Ribeirão Preto. Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 13 ago. 2008 (adaptado).
5
Medidas de saneamento básico são fundamentais no processo de promoção de saúde
e qualidade de vida da população. Muitas vezes, a falta de saneamento está relacionada com o
aparecimento de várias doenças. Nesse contexto, um paciente dá entrada em um pronto aten-
dimento relatando que há 30 dias teve contato com águas de enchente. Ainda informa que nesta
localidade não há rede de esgoto e drenagem de águas pluviais e que a coleta de lixo é inade-
quada. Ele apresenta os seguintes sintomas: febre, dor de cabeça e dores musculares.
a) difteria.
b) botulismo.
c) tuberculose.
d) leptospirose.
e) meningite meningocócica.
6
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é a manifestação clínica da infecção
pelo vírus HIV, que leva, em média, oito anos para se manifestar. No Brasil, desde a identificação
do primeiro caso de AIDS em 1980 até junho de 2007, já foram identificados cerca de 474 mil
casos da doença. O país acumulou, aproximadamente, 192 mil óbitos devido à AIDS até junho de
2006, sendo as taxas de mortalidade crescentes até meados da década de 1990 e estabilizando-
-se em cerca de 11 mil óbitos anuais desde 1998. [...] A partir do ano 2000, essa taxa se estabilizou
em cerca de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes, sendo esta estabilização mais evidente em São
Paulo e no Distrito Federal.
A redução nas taxas de mortalidade devido à AIDS a partir da década de 1990 é decorrente
a) do aumento do uso de preservativos nas relações sexuais, que torna HIV menos letal.
b) da melhoria das condições alimentares dos soropositivos, a qual fortalece o sistema imuno-
lógico deles.
7
O uso de defensivos agrícolas é preocupante pela sua toxidade aos ecossistemas, tanto
ao meio biótico como abiótico, afetando as cadeias alimentares. Alguns defensivos, como o DDT
(dicloro-difeniltricloroetano), por serem muito estáveis, entram nas cadeias alimentares e per-
manecem nos ecossistemas.
PASCHOAL, A. D. Pragas, praguicidas e a crise ambiental: problemas e soluções.
Rio de Janeiro: FGV, 1979 (adaptado).
Gafanhoto
Milho Sapo
Gavião Cobra
Com base nas informações e na figura, o elo da cadeia alimentar que apresentará as maiores
concentrações do defensivo é o do(a)
a) sapo, devido ao tempo de vida ser longo, acumulando maior quantidade de compostos tóxicos
ao longo da vida.
b) cobra, devido à digestão lenta dos alimentos, resultando na concentração dos compostos
tóxicos neste organismo.
c) gafanhoto, devido ao elevado consumo de milho, resultando em altas concentrações dos com-
postos tóxicos no seu organismo.
8
Uma colônia de formigas inicia-se com uma rainha jovem que, após ser fecundada pelo
macho, voa e escolhe um lugar para cavar um buraco no chão. Ali dará origem a milhares de
formigas, constituindo uma nova colônia. As fêmeas geradas poderão ser operárias, vivendo
cerca de um ano, ou novas rainhas. Os machos provêm de óvulos não fertilizados e vivem apro-
ximadamente uma semana. As operárias se dividem nos trabalhos do formigueiro. Há formigas
forrageadoras que se encarregam da busca por alimentos, formigas operárias que retiram deje-
tos da colônia e são responsáveis pela manutenção ou que lidam com o alimento e alimentam as
larvas, e as formigas patrulheiras. Uma colônia de formigas pode durar anos e dificilmente uma
formiga social consegue sobreviver sozinha.
MELO, A. Como funciona uma sociedade de formigas? Disponível em: http://www.cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 21 fev. 2009
(adaptado)
Uma característica que contribui diretamente para o sucesso da organização social dos formi-
gueiros é
9
O controle biológico, técnica empregada no combate a espécies que causam danos e
prejuízos aos seres humanos, é utilizado no combate à lagarta que se alimenta de folhas de
algodoeiro. Algumas espécies de borboleta depositam seus ovos nessa cultura. A microvespa
Trichogramma sp. introduz seus ovos nos ovos de outros insetos, incluindo os das borboletas em
questão. Os embriões da vespa se alimentam do conteúdo desses ovos e impedem que as larvas
de borboleta se desenvolvam. Assim, é possível reduzir a densidade populacional das borboletas
até níveis que não prejudiquem a cultura.
Considerando as setas indicativas de entrada e saída de energia nos níveis tróficos, o esquema
que representa esse fluxo é
a) d)
b)
e)
c)
A relação descrita no texto, entre a fêmea do gênero Photuris e o macho do gênero Photinus, é
um exemplo de
12
A produção de biocombustíveis é resultado direto do fomento a pesquisas científicas
em biotecnologia que ocorreu no Brasil nas últimas décadas. A escolha do vegetal a ser usado
considera, entre outros aspectos, a produtividade da matéria-prima em termos de rendimento e
custos associados. O etanol é produzido a partir da fermentação de carboidratos e quanto mais
simples a molécula de glicídio, mais eficiente é o processo.
13
Plantas terrestres que ainda estão em fase de crescimento fixam grandes quantidades de
CO2, utilizando-o para formar novas moléculas orgânicas, e liberam grande quantidade de O2. No en-
tanto, em florestas maduras, cujas árvores já atingiram o equilíbrio, o consumo de O2 pela respiração
tende a igualar sua produção pela fotossíntese. A morte natural de árvores nessas florestas afeta
temporariamente a concentração de O2 e de CO2 próximo à superfície do solo onde elas caíram.
14
A construção de barragens provoca um profundo impacto ecológico, que pode ser atenu-
ado, em parte, pelo planejamento prévio de remoção da fauna atingida pela inundação local. Nas
barragens construídas no Brasil, esse planejamento tem como principal objetivo a devolução dos
animais a um ambiente semelhante ao original. Antes do fechamento das comportas, procura-se
deslocar o maior número possível de animais; após o fechamento, com a elevação gradual das
águas, procede-se à captura dos que vão ficando ilhados para transportá-los a locais preestabele-
cidos, ou retê-los e enviá-los a instituições de pesquisas.
LIZASO, N. M. Rev. Bras. Zool. V. 2, n° 2, Curitiba,1983. Disponível em: http://www.scielo.br (adaptado).
O procedimento de transporte dos animais e alocação em uma nova área livre de inundação, onde
a espécie introduzida não existia antes do processo, tem como uma das consequências imediatas
15
A caatinga está em risco: estudo revela que 59% da vegetação natural desse bioma já so-
freram algum tipo de modificação por atividades humanas. Um problema que esse bioma enfrenta
é o fenômeno da desertificação. Segundo cientistas, à medida que a agricultura avança na região,
esse fenômeno ganha maiores proporções. Para os cientistas, essa constatação evidencia a grande
necessidade de medidas urgentes para a preservação da caatinga, que hoje só tem 1% de sua área
incluída em unidades de conservação.
Ferraz, M. Caatinga, muito prazer. Ciência Hoje, Rio de Janeiro; v. 42, n, 251, p. 46-47. 2008 (adaptado).
COMPETÊNCIA
1
PALAVRAS,
IMAGENS
E VIDA SOCIAL
Idealizadores:
367
Mateus Prado e Paulo Jubilut
De acordo com os Parâmetros cendo diferentes funções sociais que
Curriculares Nacionais (PCN) do En- os integram em um só corpo. Esses
sino Médio para a área Linguagens, sistemas são de comunicação, porque
Códigos e sua Tecnologias, a lingua- a base primeira de todos eles é a inte-
gem é considerada como a capacida- gração de linguagens, produzindo ob-
de humana de articular significados jetos com uma certa (mas nunca ab-
coletivos em sistemas arbitrários de soluta) previsibilidade de significação.
representação, que são compartilha- Nesse sentido, é importante que
dos e que variam de acordo com as o estudante conheça e domine os
necessidades e experiências da vida sistemas de comunicação: informati-
em sociedade. A principal razão de va, publicitária, de entretenimento e
qualquer ato de linguagem é a produ- artística.
ção de sentido.
Esta competência pretende ava-
liar se o estudante tem a percepção
Os textos dessa página foram selecionados
de que, à sua volta, existem diferentes de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
objetos organizados a partir de siste- to do exame que foi base para a matriz de
mas integradores de linguagens, exer- competências e habilidades do Novo ENEM.
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Muitas q
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propagan estões dessa com
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gerador. as como texto ba petência trazem
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tação de reste muita atenç e ou problema
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resposta se material, pois n o na interpre-
está na p o
rópria qu rmalmente a
estão.
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão ‘’rede social’’ para transmitir a ideia que
pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo ‘’outra coisa’’
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da
população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso
da família.
a) recepção das mensagens que utilizam o sistema simbólico da figura 1 pode ser feita horas
depois de sua emissão.
b) recepção de uma mensagem codificada com o auxílio do sistema simbólico mostrado na
figura 2 independe do momento de sua emissão.
c) mensagem que é mostrada na figura 4 será decodificada sem o auxílio da língua falada.
d) figura 3 mostra um sistema simbólico cuja criação é anterior à criação do sistema mostrado
na figura 2.
e) figura 4 representa um sistema simbólico que recorre à utilização do som para a transmis-
são das mensagens.
O emprego dos recursos verbais e não-verbais nesse gênero textual adota como uma das
estratégias persuasivas
A publicidade, de uma forma geral, alia elementos verbais e imagéticos na constituição de seus
textos. Nessa peça publicitária, cujo tema é a sustentabilidade, o autor procura convencer o
leitor a
7
O internetês na escola
a) uma peça publicitária, uma vez que promove o produto de uma instituição financeira.
b) um panfleto, porque visa a orientar a população para desenvolver práticas ecológicas.
c) um manifesto de ambientalistas, já que denuncia o desperdício de água pela população.
d) uma reportagem, pois busca conscientizar a população para a necessidade de poupar água.
e) uma notícia, pois informa a criação de um banco para cuidar de recursos hídricos.
A cada verão, o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, traz preocupação para os
brasileiros. A charge retrata essa situação a que o país está submetido. Considerando os
objetivos da charge, sua posição crítica se dá na medida em que
11
Segundo pesquisas recentes, é irrelevante a diferença entre sexos para se avaliar a inteligência. Com
relação às tendências para áreas do conhecimento, por sexo, levando em conta a matrícula em cur-
sos universitários brasileiros, as informações do gráfico asseguram que
O texto apresentado emprega uma estratégia de argumentação baseada em recursos verbais e não
verbais, com a intenção de
COMPETÊNCIA
2
LÍNGUA
ESTRANGEIRA: AS
LÍNGUAS DO MUNDO
Idealizadores:
381
Mateus Prado e Paulo Jubilut
Com esta competência, pretende- terísticas do gênero, do portador, do
-se que o estudante reflita sobre as sistema de escrita etc.
implicações linguísticas, econômicas, A leitura em LEM envolve uma
históricas e ideológicas da presença série de estratégias do leitor, como a
das LEM (línguas estrangeiras moder- antecipação, supondo o que está por
nas) em nossa sociedade. Para isso, vir; a inferência, captando o implícito;
espera-se que o jovem ou adulto utili- a verificação, controlando a eficácia
ze estratégias de inferência de signifi- das demais estratégias; enfim, sele-
cados a partir de contextos, de busca cionando os elementos constituintes
de informações específicas, de identi- da configuração textual que auxiliam
ficação da função e dos usos sociais no seu objetivo de leitura.
de diversos tipos de textos (manuais, O outro foco do trabalho é expli-
outdoors, embalagens e outros) e de citar os valores culturais representa-
reconhecimento de valores culturais dos em outras línguas e suas relações
e ideológicos em textos que se apro- com a língua materna, compreenden-
priem de termos e conceitos expres- do que a incorporação de termos es-
sos em LEM. trangeiros acompanha a assimilação
O foco do trabalho não é a espe- dos hábitos, tecnologias e artefatos
cificidade de uma língua estrangeira, que eles próprios nomeiam e que
mas as estratégias de leitura, enten- nenhuma língua deixa de sofrer influ-
dendo-as como um trabalho ativo do ências externas, em especial em um
leitor na construção dos sentidos do mundo globalizado como este em que
texto, a partir dos seus objetivos, do vivemos hoje.
seu conhecimento sobre o assunto,
sobre o autor e a língua, sobre carac-
Os textos dessa página foram selecionados
de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
É bom s to do exame que foi base para a matriz de
O aluno p aber... competências e habilidades do Novo ENEM.
o
va de ing derá escolher en
lê tr
os casos s ou a de espanh e realizar a pro-
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mental d cobrada uma co l. Mas em ambos
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o aluno c língua, já que o E preensão instru-
onsiga fa NEM esp
língua pa ze e
ra viver e r uso dos recurs ra que
m nossa o
sociedad s dessa
e.
GLASBERGEN, R. Today’s cartoon. Disponível em: http://www.glasbergen.com. Acesso em: 23 jul. 2010.
Ao estabelecer uma relação entre a Matemática e o blues a partir da opinião pessoal de um dos
rapazes, a charge sugere que
Os aparelhos eletrônicos contam com um número cada vez maior de recursos. O autor do
desenho detalha os diferentes acessórios e características de um celular e, a julgar pela
maneira como os descreve, ele
a) prefere os aparelhos celulares com flip, mecanismo que se dobra, estando as teclas pro-
tegidas contra eventuais danos.
b) apresenta uma opinião sarcástica com relação aos aparelhos celulares repletos de re-
cursos adicionais.
c) escolhe seus aparelhos celulares conforme o tamanho das teclas, facilitando o manuseio.
d) acredita que o uso de aparelhos telefônicos portáteis seja essencial para que a comuni-
cação se dê a qualquer instante.
e) julga essencial a presença de editores de textos nos celulares, pois ele pode concluir
seus trabalhos pendentes fora do escritório.
A tirinha é um gênero textual que, além de entreter, trata de diferentes temas sociais. No
caso dessa tirinha, as falas no 3º quadrinho revelam o foco do tema, que é
GLASBERGEN, R. Today’s cartoon. Disponível em: http://www.glasbergen.com. Acesso em: 23 jul. 2010.
Na fase escolar, é prática comum que os professores passem atividades extraclasse e mar-
quem uma data para que as mesmas sejam entregues para correção. No caso da cena da
charge, a professora ouve uma estudante apresentando argumentos para
5
National Geographic News
Our bodies produce a small steady amount of natural morphine, a new study suggests. Traces of
the chemical are often found in mouse and human urine, leading scientists to wonder whether
the drug is being made naturally or being delivered by something the subjects consumed. The
new research shows that mice produce the “incredible painkiller” − and that humans and other
mammals possess the same chemical road map for making it, said study co-author Meinhart
Zenk, who studies plant-based pharmaceuticals at the Donald Danforth Plant Science Center
in St. Louis, Missouri.
Cartuns são produzidos com o intuito de satirizar comportamentos humanos e assim oportu-
nizam a reflexão sobre nossos próprios comportamentos e atitudes. Nesse cartum, a lingua-
gem utilizada pelos personagens em uma conversa em inglês evidencia a
O gênero textual história em quadrinhos pode ser usado com a intenção de provocar humor. Na
tira, o cartunista Nik atinge o clímax dessa intenção quando
9
La cueca chilena
Todos os países têm costumes, músicas e danças típicos, que compõem o seu folclore e dife-
renciam a sua cultura. Segundo o texto, na cueca, dança típica do Chile, o comportamento e os
passos do homem e da mulher, estão associados
10
Algunos días feriados en España
Festividad
Enero 1 Año Nuevo
Oficial
Domingo de Ramos, jueves y viernes
Santo, y domingo de Pascua: actividades Festividad
Marzo o Abril
religiosas y procesiones en la mayoría de Oficial
los pueblos y ciudades
Festividad
Mayo 1 Día del Trabajador
Oficial
Día de Santiago Apóstol Patrono de No se festeja
Julio 25
España para la Iglesia Católica en todo el país
Festividad
Agosto 15 Día de la Ascensión de la Virgen María
Oficial
Día Nacional de España, Fecha del Descu-
Festividad
Octubre 12 brimiento de América, Día de la Hispanidad
Oficial
y de Nuestra Señora Del Pilar
Festividad
Noviembre 1 Día de Todos los Santos
Oficial
Festividad
Diciembre 6 Día de la Constitución
Oficial
Día de la Inmaculada Concepción: Patro- Festividad
Diciembre 8
na de España para la Iglesia Católica Oficial
Festividad
Diciembre 25 Día de Navidad
Oficial
Suponha que uma pessoa queira visitar a Espanha e deseje planejar sua visita de acordo com os fe-
riados nacionais espanhóis. Ao observar o calendário com alguns dos principais feriados espanhóis,
11
El día de los muertos en México (2 de noviembre)
Este día se celebra la máxima festividad de los muertos en México. La celebración está llena de
muchas costumbres. A las personas les gusta ir y llevar flores a las tumbas de sus muertos pero
para otras representa todo un rito que comienza en la madrugada cuando muchas familias ha-
cen altares de muertos sobre las lápidas de sus difuntos familiares. Estos altares tienen un gran
significado ya que con ellos se cree que se ayuda a sus muertos a llevar un buen camino durante
la muerte. Esta creencia es una mezcla de las tradiciones religiosas precolombinas y la católica.
Otros altares más complejos, según la tradición, deben de constar de 7 niveles o escalones que
representan los niveles que tiene que pasar el alma de un muerto para poder descansar. Estos
altares se realizan generalmente en lugares con gran espacio.
13
¡BRINCANDO!
14
A charge evoca uma situação de disputa. Seu
efeito humorístico reside no(a)
COMPETÊNCIA
3
A LINGUAGEM
DO CORPO
Idealizadores:
395
Mateus Prado e Paulo Jubilut
A Educação Física deve ser abor- do espaço e das formas. Linguagens
dada como ciência que estuda as ma- e Códigos, mais do que objetos de
nifestações da linguagem corporal, e, conhecimento, são meios para o co-
para tanto, é preciso que haja a apro- nhecimento. O ser humano conhece
priação por parte do estudante de as- o mundo por meio de suas linguagens,
pectos relativos à produção histórica de seus símbolos. Assim, à medida
e social da humanidade referente à que ele se torna mais competente nas
cultura corporal de movimento, à prá- diferentes linguagens, torna-se mais
tica esportiva, ao jogo e suas possibili- capaz de conhecer o mundo.
dades lúdicas, às atividades rítmicas e
expressivas, à ginástica e aos conhe-
cimentos sobre o corpo.
Nessa nova perspectiva, trabalha- Os textos dessa página foram selecionados
se, em primeiro lugar, com a constru- de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
ção do conhecimento: linguístico, mu- to do exame que foi base para a matriz de
sical, corporal; gestual; das imagens, competências e habilidades do Novo ENEM.
É bom s
aber...
A dança
é
questões o tema mais fre
q
entende dessa competên uente nas
r c
da ao be a dança como prá ia. É preciso
m-estar,
cultura e tica física liga-
socializa
ção.
Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integra-
dora social e formadora da identidade.
1. Os brincos são hoje utilizados, em geral, pelas mulheres para enfeitar-se. Descubra
qual era o significado dos brincos para os navegadores na época dos grandes des-
cobrimentos. Também pesquise o motivo pelo qual os escravos eram tatuados na an-
tiguidade.
2.Para você, quem é a mulher ou o homem mais bonito do mundo? Será que na época do
feudalismo essa pessoa também seria considerada bonita? Pesquise, em várias épo-
cas, quais eram as características das mulheres e homens considerados bonitos.
3.Imagine quais eram os movimentos diários de um artesão no período anterior à revolu-
Divida sua aula em grupos e distribua fotos de vítimas do furacão Katrina, nos EUA,
e de vítimas da fome na Etiópia. Proponha que os grupos apontem diferenças e seme-
lhanças nos corpos desses dois grupos. Quais seriam os motivos das diferenças e se-
melhanças entre os grupos? É importante lembrar que os EUA não têm um Sistema de
Saúde Gratuito para a população.
1
Nunca se falou e se preocupou tanto com o corpo como nos dias atuais. É comum ouvirmos
anúncios de uma nova academia de ginástica, de uma nova forma de dieta, de uma nova técnica
de autoconhecimento e outras práticas de saúde alternativa, em síntese, vivemos nos últimos anos
a redescoberta do prazer, voltando nossas atenções ao nosso próprio corpo. Essa valorização do
prazer individualizante se estrutura em um verdadeiro culto ao corpo, em analogia a uma religião,
assistimos hoje ao surgimento de novo universo: a corpolatria.
CODO, W.; SENNE, W. O que é corpo(latria). Coleção Primeiros Passos. Brasiliense, 1985 (adaptado).
a) é uma religião pelo avesso, por isso outra religião; inverteram-se os sinais, a busca da felicida-
de eterna antes carregava em si a destruição do prazer, hoje implica o seu culto.
b) criou outro ópio do povo, levando as pessoas a buscarem cada vez mais grupos igualitários
de integração social.
c) é uma tradução dos valores das sociedades subdesenvolvidas, mas em países considerados
do primeiro mundo ela não consegue se manifestar porque a população tem melhor educação
e senso crítico.
d) tem como um de seus dogmas o narcisismo, significando o “amar o próximo como se ama a
si mesmo”.
e) existe desde a Idade Média, entretanto esse acontecimento se intensificou a partir da Revolu-
ção Industrial no século XIX e se estendeu até os nossos dias.
2
O convívio com outras pessoas e os padrões sociais estabelecidos moldam a imagem cor-
poral na mente das pessoas. A imagem corporal idealizada pelos pais, pela mídia, pelos grupos
sociais e pelas próprias pessoas desencadeia comportamentos estereotipados que podem com-
prometer a saúde. A busca pela imagem corporal perfeita tem levado muitas pessoas a procurar
alternativas ilegais e até mesmo nocivas à saúde.
Revista Corpoconsciência. FEFISA, v. 10, nº 2, Santo André, jul./dez. 2006. (adaptado).
A imagem corporal tem recebido grande destaque e valorização na sociedade atual. Como con-
sequência,
a) a ênfase na magreza tem levado muitas mulheres a depreciar sua autoimagem, apresentando
insatisfação crescente com o corpo.
b) as pessoas adquirem a liberdade para desenvolver seus corpos de acordo com critérios esté-
ticos que elas mesmas criam e que recebem pouca influência do meio em que vivem.
c) a modelagem corporal é um processo em que o indivíduo observa o comportamento de outros,
sem, contudo, imitá-los.
d) o culto ao corpo produz uma busca incansável, trilhada por meio de árdua rotina de exercícios,
com pouco interesse no aperfeiçoamento estético.
e) o corpo tornou-se um objeto de consumo importante para as pessoas criarem padrões de
beleza que valorizam a raça à qual pertencem.
3
Não é raro ouvirmos falar que o Brasil é o país das danças ou um país dançante. Essa nos-
sa “fama” é bem pertinente, se levarmos em consideração a diversidade de manifestações rítmicas
e expressivas existentes de Norte a Sul. Sem contar a imensa repercussão de nível internacional
Danças trazidas pelos africanos escravizados, danças relativas aos mais diversos rituais, danças
trazidas pelos imigrantes etc. Algumas preservam suas características e pouco se transformaram
com o passar do tempo, como o forró, o maxixe, o xote, o frevo. Outras foram criadas e são recria-
das a cada instante: inúmeras influências são incorporadas, e as danças transformam-se, multipli-
cam-se. Nos centros urbanos, existem danças como o funk, o hip hop, as danças de rua e de salão.
É preciso deixar claro que não há jeito certo ou errado de dançar. Todos podem dançar, indepen-
dentemente de biótipo, etnia ou habilidade, respeitando-se as diferenciações de ritmos e estilos
individuais.
Com base no texto, verifica-se que a dança, presente em todas as épocas, espaços geográficos e
culturais, é uma
a) prática corporal que conserva inalteradas suas formas, independentemente das influências
culturais da sociedade.
b) forma de expressão corporal baseada em gestos padronizados e realizada por quem tem ha-
bilidade para dançar.
c) manifestação rítmica e expressiva voltada para as apresentações artísticas, sem que haja
preocupação com a linguagem corporal.
d) prática que traduz os costumes de determinado povo ou região e está restrita a este.
e) representação das manifestações, expressões, comunicações e características culturais de
um povo.
4
Folclore designa o conjunto de costumes, lendas, provérbios, festas tradicionais/populares,
manifestações artísticas em geral, preservado, por meio da tradição oral, por um povo ou grupo po-
pulacional. Para exemplificar, cita-se o frevo, um ritmo de origem pernambucana surgido no início
do século XX. Ele é caracterizado pelo andamento acelerado e pela dança peculiar, feita de mala-
barismos, rodopios e passos curtos, além do uso, como parte da indumentária, de uma sombrinha
colorida, que permanece aberta durante a coreografia.
As manifestações culturais citadas a seguir que integram a mesma categoria folclórica descrita
no texto são
6
Na modernidade, o corpo foi descoberto, despido e modelado pelos exercícios físi-
cos da moda. Novos espaços e práticas esportivas e de ginástica passaram a convocar as
pessoas a modelarem seus corpos. Multiplicaram-se as academias de ginástica, as salas de
musculação e o número de pessoas correndo pelas ruas.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Caderno do professor: educação fisica. São Paulo, 2008.
7
EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO
A partir dos efeitos fisiológicos do exercício físico no organismo, apresentados na figura, são adap-
tações benéficas à saúde de um indivíduo:
8 Verbo ser
QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito,
um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado
tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ver quando crescer? Sou
obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim
mesmo. Sem ser. Esquecer.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.
9 IDADE
25 32 39 46 53 60 67 74 81 88
55
Habillidade numérica Habillidade verbal
50
Capacidade de
45 resolver problemas
Habilidade
40 (pontuação
nos testes)
35
Em variados momentos de nossa vida, precisamos interpretar as diferentes linguagens dos siste-
mas de comunicação. O gráfico é um desses sistemas, que, no caso apresentado, indica que as
habilidades associadas à inteligência humana variam de acordo com a idade. Considerando essa
informação, constata-se que
10
Os conhecimentos de fisiologia são aqueles básicos para compreender as alterações que
ocorrem durante as atividades físicas (frequência cardíaca, queima de calorias, perda de água e sais
minerais) e aquelas que ocorrem em longo prazo (melhora da condição cardiorrespiratória, aumento
da massa muscular, da força e da flexibilidade e diminuição de tecido adiposo). A bioquímica abor-
dará conteúdos que subsidiam a fisiologia: alguns processos metabólicos de produção de energia,
a) a quebra da glicose na célula para produção de energia no ciclo de Krebs; o aumento da frequência
cardíaca e da pressão arterial; o tamanho da passada durante a execução da corrida.
b) a quebra da glicose na célula para produção de energia no ciclo de Krebs; o tamanho da passada
durante a execução da corrida; o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial.
c) o tamanho da passada durante a execução da corrida; o aumento da frequência cardíaca e da
pressão arterial; a quebra da glicose na célula para produção de energia no ciclo de Krebs.
d) o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial; a quebra da glicose na célula para produ-
ção de energia no ciclo de Krebs; o tamanho da passada durante a execução da corrida.
e) o aumento da frequência cardíaca e pressão arterial; o tamanho da passada durante a execução da
corrida; a quebra da glicose na célula para produção de energia no ciclo de Krebs.
A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua parcela de responsabilidade no aumento
da silhueta dos jovens. “Os nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram muito”, observa Vivian
Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro.
Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no sal e no açúcar, além de tomar pouco
leite e comer menos frutas e feijão.
Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de gordura por causa da gula, surge como mar-
ca da nova geração: a preguiça. “Cem por cento das meninas que participam do Programa não prati-
cavam nenhum esporte”, revela a psicóloga Cristina Freire, que monitora o desenvolvimento emocional
das voluntárias.
Você provavelmente já sabe quais são as consequências de uma rotina sedentária e cheia de gordura.
“E não é novidade que os obesos têm uma sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer, endocrinologista
da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos
os estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens, no cenário atual as doenças que viriam na
velhice já são parte da rotina deles. “Os adolescentes já estão sofrendo com hipertensão e diabete”,
exemplifica Claudia.
DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: http://saude.abril.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado).
Sobre a relação entre hábitos da população adolescente e as suas condições de saúde, as informações
apresentadas no texto indicam que
a) a falta de atividade física somada a uma alimentação nutricionalmente desequilibrada constituem fa-
12
A falta de espaço para brincar é um problema muito comum nos grandes centros urbanos.
Diversas brincadeiras de rua tal como o pular corda, o pique pega e outros têm desaparecido do
cotidiano das crianças. As brincadeiras são importantes para o crescimento e desenvolvimento das
crianças, pois desenvolvem tanto habilidades perceptivos-motoras quanto habilidades sociais.
Considerando a brincadeira e o jogo como um importante instrumento de interação social, pois por
meio deles a criança aprende sobre si, sobre o outro e sobre o mundo ao seu redor, entende-se que
13
O salto, movimento natural do homem, está presente em ações cotidianas e também nas artes, nas
lutas, nos esportes, entre outras atividades. Com relação a esse movimento, considera-se que
a) é realizado para cima, sem que a impulsão determine o tempo de perda de contato com o solo.
b) é na fase de voo que se inicia o impulso, que, dado pelos braços, determina o tipo e o tempo de
duração do salto.
14
Buscar melhorar as habilidades de movimento, encarar as dificuldades que se apresentam
em um jogo, propor-se a correr o risco de ganhar ou de perder são requisitos que tornam um jogador
mais hábil a cada dia e um ser humano mais competente. Saber lidar com o erro e a derrota como
processo de evolução para vencer e atingir metas é outro fator positivo da competição esportiva. Ao
participar de um jogo acontece de se errar um arremesso, um chute a gol, um passe ao colega, mas
pode-se dizer que é possível crescer através das falhas e da derrota, com as quais se aprende a su-
perar as decepções e tirar proveito do erro como aprendizado para novas tentativas.
O esporte é um fenômeno social que pode ser praticado nos mais variados contextos. O texto o apre-
senta como uma forma de manifestação da atividade física que
a) direciona para os riscos resultantes das situações vivenciadas no jogo, tendo em vista a necessi-
dade de vitória.
b) visa à performance e ao rendimento, pois exige resultados cada vez melhores dos atletas nele
envolvidos.
c) valoriza os princípios de educação, colaboração e autonomia, numa perspectiva de crescimento
pessoal.
d) prioriza o espetáculo e o rendimento na competição esportiva, como processo de melhoria das
habilidades.
e) retrata a importância de vencer em uma situação de competição, como forma de aprimorar o
aprendizado.
15
Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como dança aristocrática, oriunda dos salões
franceses, depois difundida por toda a Europa.
No Brasil, foi introduzida como dança de salão e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto po-
pular. Para sua ocorrência, é importante a presença de um mestre “marcante” ou “marcador”, pois
é quem determina as figurações diversas que os dançadores desenvolvem. Observa-se a constância
das seguintes marcações: “Tour”, “En avant”, “Chez des dames”, “Chez des chevaliê”, “Cestinha de
flor”, “Balancê”, “Caminho da roça”, “Olha a chuva”, “Garranchê”, “Passeio”, “Coroa de flores”,
“Coroa de espinhos” etc.
No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta transformações: surgem novas figurações, o fran-
cês aportuguesado inexiste, o uso de gravações substitui a música ao vivo, além do aspecto de com-
petição, que sustenta os festivais de quadrilha, promovidos por órgãos de turismo.
a) possuir como característica principal os atributos divinos e religiosos e, por isso, identificar uma
nação ou região.
b) abordar as tradições e costumes de determinados povos ou regiões distintas de uma mesma nação.
c) apresentar cunho artístico e técnicas apuradas, sendo, também, considerada dança-espetáculo.
d) necessitar de vestuário específico para a sua prática, o qual define seu país de origem.
e) acontecer em salões e festas e ser influenciada por diversos gêneros musicais.
16
O esporte, as ginásticas, a dança, as artes marciais, as práticas de aptidão física tornam-
-se, cada vez mais, produtos de consumo (mesmo que apenas como imagens) e objetos de conhe-
cimento e informação amplamente divulgados ao grande público. Jornais, revistas, videogames,
rádio e televisão difundem ideias sobre a cultura corporal do movimento.
BETTI, M.; ZULIANI, L. R. Educação Física Escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas.
Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. São Paulo, 2002.
Essa difusão possibilitou o acesso a uma diversidade de atividades físicas e esportes coletivos
praticados ao redor do mundo, que
COMPETÊNCIA
4
ARTE: EXPRESSÃO
DAS IDEIAS E
EMOÇÕES
Idealizadores:
409
Mateus Prado e Paulo Jubilut
Com esta competência, pretende- e do tratamento da informação.
-se que a arte seja abordada de ma- As diferentes linguagens – artes
neira objetiva e abrangente, com o in- plásticas, dança, música, teatro – de-
tuito de levar o aluno a compreendê-la vem ser entendidas levando-se em
de forma crítica, relacionando as di- conta as características de cada mo-
versas informações com os contextos dalidade, destacando-se diversidades
estéticos, históricos e sociais. e semelhanças de acordo com os ele-
A História da Literatura e a His- mentos estéticos, históricos e sociais
tória da Arte não devem ser meras em foco. Simultaneamente, evidencia-
listagens de escolas, autores e suas -se a importância da preservação do
características. No ensino das di- patrimônio histórico e cultural, levan-
versas linguagens artísticas, não se do o estudante a interessar-se pela
pode mais abandonar, quer o eixo da cultura popular e erudita.
produção (eixo poético), quer o da
recepção (eixo estético), quer o da
crítica. O ensino das artes não pode
Os textos dessa página foram selecionados
mais reduzir-se nem à História da Arte, de livros editados pelo INEP/MEC a res-
nem à mera aquisição de repertório, e peito do exame que foi base para a matriz
muito menos a um fazer por fazer, es- de competências e habilidades do Novo
pontaneísta, desvinculado da reflexão ENEM.
É bom s
Apesar d
aber...
trazer alge, nessa competê
ternacio umas questões ncia, o ENEM
n s
naciona ais da arte, os te obre temas in-
l
em maio são privilegiados mas da cultura
r quantid e aparec
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Nessa competência o ENEM espera que o aluno compreenda que a produção artís-
tica está relacionada com a organização da sociedade. O momento histórico, a experiên-
cia de relação entre os grupos étnicos, o contexto social e econômico influenciam a forma
que o artista expressa suas ideias e emoções. A produção cultural não é um fenômeno que
anda separado da vida em sociedade, pelo contrário, ela reforça os laços de identidade
dos grupos e integra-os ao mundo gerando significados para tais grupos e para os demais
que entram em contato com a produção artística.
É fundamental que o aluno tenha sensibilidade para valorizar a diversidade cultural
e compreender que a arte é capaz de facilitar as inter-relações entre grupos étnicos e
sociais. Essa sensibilidade só pode ser adquirida com a leitura e contato com as diversas
linguagens artísticas: as artes visuais, a dança, a música e o teatro. Nesse sentido, o alu-
no que sempre teve contato com essas linguagens terá mais facilidade para resolver as
questões dessa competência.
É importante valorizar a questão da pluralidade expressada nas produções estéti-
cas e artísticas das minorias sociais e dos portadores de necessidades especiais educa-
1. “Guernica” é um quadro do pintor cubista Pablo Picasso que apresenta uma situação
ocorrida durante a Guerra Civil Espanhola. Procure entender o que foi o Cubismo e
qual a posição de Picasso em relação àquela guerra.
2. Em 1922, o Brasil teve um dos seus mais importantes movimentos culturais. Pesquise
qual foi esse movimento, quais foram suas motivações, seus principais representantes
e suas principais obras.
3. Entre o século XVII e o início do século XIX desenvolveu-se no Brasil o estilo artís-
tico conhecido como Barroco. A igreja católica utilizou o estilo para propagar suas
imagens e ideias. Tente compreender quais foram as estratégias da igreja para tal
questão.
4. Liste os principais representantes e obras da pintura, da escultura, da arquitetura, da
música, da literatura e do teatro no Brasil. Indique quais as influências sociais e histó-
ricas que cada um deles teve.
1
A música pode ser definida como a combinação de sons ao longo do tempo. Cada produto
final oriundo da infinidade de combinações possíveis será diferente, dependendo da escolha das
notas, de suas durações, dos instrumentos utilizados, do estilo de música, da nacionalidade do
compositor e do período em que as obras foram compostas.
Figura 1 - http://images.quebarato.com.br/photps/big/2/D/15A12D_2.jpg.
Figura 2 - http://ourinhos.prefeituramunicipal.net/dados/fotos/2009/07/07/normal.
Figura 3 - http://www.edmontonculturalcapital.com/gallery/edjazzfestival/JazzQuartet.jpg.
Figura 4 - http://filmica.com/jacintaescudos/archivos/Led-Zeppelin.jpg.
Figura 4
2
A dança é importante para o índio preparar o corpo e a garganta e significa energia para o
corpo, que fica robusto. Na aldeia, para preparo físico, dançamos desde cinco horas da manhã até
seis horas da tarde, passa-se o dia inteiro dançando quando os padrinhos planejam a dança dos ado-
lescentes. O padrinho é como um professor, um preparador físico dos adolescentes. Por exemplo, o
padrinho sonha com um determinado canto e planeja para todos entoarem. Todos os tipos de dança
vêm dos primeiros xavantes: Wamaridzadadzeiwawe, Butséwawe, Tseretomodzatsewawe, que foram
descobrindo através da sabedoria como iria ser a cultura Xavante. Até hoje existe essa cultura, essa
celebração. Quando o adolescente fura a orelha é obrigatório ele dançar toda a noite, tem de acordar
meia-noite para dançar e cantar, é obrigatório, eles vão chamando um ao outro com um grito especial.
WÉRÉ’ É TSI’RÓBÓ, E. A dança e o canto-celebração da existência xavante. VIS-Revista do Programa de Pós-Graduação em Arte da
UnB. V. 5, n. 2, dez. 2006.
A partir das informações sobre a dança Xavante, conclui-se que o valor da diversidade artística
e da tradição cultural apresentados originam-se da
3
Teatro do Oprimido é um método teatral que sistematiza exercícios, jogos e técnicas teatrais
elaboradas pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, recentemente falecido, que visa à desmecaniza-
ção física e intelectual de seus praticantes. Partindo do princípio de que a linguagem teatral não deve
ser diferenciada da que é usada cotidianamente pelo cidadão comum (oprimido), ele propõe condições
práticas para que o oprimido se aproprie dos meios do fazer teatral e, assim, amplie suas possibilidades
a) esse modelo teatral é um método tradicional de fazer teatro que usa, nas suas ações cênicas, a
linguagem rebuscada e hermética falada normalmente pelo cidadão comum.
b) a forma de recepção desse modelo teatral se destaca pela separação entre atores e público, na qual
os atores representam seus personagens e a plateia assiste passivamente ao espetáculo.
c) sua linguagem teatral pode ser democratizada e apropriada pelo cidadão comum, no sentido de
proporcionar-lhe autonomia crítica para compreensão e interpretação do mundo em que vive.
d) o convite ao espectador para substituir o protagonista e mudar o fim da história evidencia que a
proposta de Boal se aproxima das regras do teatro tradicional para a preparação de atores.
e) a metodologia teatral do Teatro do Oprimido segue a concepção do teatro clássico aristotélico, que
visa à desautomação física e intelectual de seus praticantes.
4
Em uma escola, com o intuito de valorizar a diversidade do patrimônio etnocultural brasileiro, os
estudantes foram distribuídos em grupos para realizar uma tarefa referente às características atuais das
diferentes regiões brasileiras, a partir do seguinte quadro:
Nas figuras que representam a arte da pré-história brasileira e estão localizadas no sítio arqueoló-
gico da Serra da Capivara, estado do Piauí, e, com base no texto, identificam-se
BARDI, P. M. Em torno da escultura no Brasil. São Paulo: Banco Sudameris Brasil, 1989.
Com contornos assimétricos, riqueza de detalhes nas vestes e nas feições, a escultura barroca
no Brasil tem forte influência do rococó europeu e está representada aqui por um dos profetas do
pátio do Santuário do Bom Jesus de Matosinho, em Congonhas (MG), esculpido em pedra-sabão
por Aleijadinho. Profundamente religiosa, sua obra revela
a) retratar, em suas obras, as cores que idealizavam de acordo com o reflexo da luz solar nos objetos.
b) usar mais a cor preta, fazendo contornos nítidos, que melhor definiam as imagens e as cores do objeto
representado.
c) retratar paisagens em diferentes horas do dia, recriando, em suas telas, as imagens por eles ideali-
zadas.
d) usar pinceladas rápidas de cores puras e dissociadas diretamente na tela, sem misturá-las antes na
paleta.
e) usar as sombras em tons de cinza e preto e com efeitos esfumaçados, tal como eram realizadas no
Renascimento.
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB//USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas européias. A partir da Semana de
Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Toman-
do como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que, nas artes plásticas, a
10
A capa do LP Os Mutantes, de 1968, ilustra
o movimento da contracultura. O desafio à
tradição nessa criação musical é caracteri-
zado por
Pintura Rupestre.
Disponível em: http://www.fashionbubbles2.com/wp-content/uploads/2008/12/ cena-de-caca-pre-historica.jpg. Acesso em 2/maio/2009.
A arte é quase tão antiga quanto o ser humano. A função decisiva da arte nos seus primórdios foi a
de conferir poder mágico: poder sobre a natureza, poder sobre os inimigos, poder sobre o parceiro de
relações sexuais, poder sobre a realidade, poder exercido no sentido de um fortalecimento da cole-
tividade humana. Nos alvores da humanidade, a arte pouco tinha a ver com a “beleza” e nada tinha
a ver com a contemplação estética, com o desfrute estético: era um instrumento mágico, uma arma
da coletividade humana em sua luta pela sobrevivência. Por exemplo, a figura apresentada de uma
pintura rupestre comprova que as pinturas de animais nas cavernas tinham a função de ajudar a dar
ao caçador um sentido de segurança e superioridade sobre a presa.
Com base nas informações do texto, conclui-se que a arte, nos seus primórdios, tinha a função de
12
KUCZYNKIEGO, P. Ilustração, 2008. Disponível em: http://capu.pl. Acesso em: 3 ago. 2012
O artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em 1976 e recebeu diversos prêmios por
suas ilustrações. Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego usa sua arte para
13
Na busca constante pela sua evolução, o ser humano vem alternando a sua maneira
de pensar, de sentir e de criar. Nas últimas décadas do século XVIII e no início do século XIX,
os artistas criaram obras em que predominam o equilíbrio e a simetria de formas e cores, im-
primindo um estilo caracterizado pela imagem da respeitabilidade, da sobriedade, do concreto
e do civismo. Esses artistas misturaram o passado ao presente, retratando os personagens da
nobreza e da burguesia, além de cenas míticas e histórias cheias de vigor.
c)
Pablo Picasso. “Retrato de
Jaqueline Roque com as Mãos
Cruzadas”.
COMPETÊNCIA
5
LITERATURA:
SOCIEDADE, CRIAÇÃO
E IMAGINAÇÃO
Idealizadores:
423
Mateus Prado e Paulo Jubilut
O ensino na área de Linguagens, nos leva ao problema da intertextu-
Códigos e suas Tecnologias deve levar alidade e da interdisciplinaridade.
em conta, em primeiro lugar, a contex- De que maneira cada objeto cultural
tualização do conhecimento. Dados, se relaciona com outros? Como uma
informações, ideias e teorias não de- mesma ideia, um mesmo sentimento,
vem ser apresentados de maneira es- uma mesma informação são tratados
tanque, separados de suas condições pelas diferentes linguagens? Aqui nos
de produção, do tipo de sociedade em interessam, por exemplo, as novas
que são gerados e recebidos, de sua tecnologias de informação, o hipertex-
relação com outros conhecimentos. to, os CD-ROM e as páginas da Web.
Do nosso ponto de vista, a contex- Almeja-se, com esta competên-
tualização pode se dar em três níveis. cia, que o aluno compreenda o fato de
A sincrônica analisa o objeto em rela- a literatura ser uma manifestação da
ção à época e à sociedade que o ge- cultura, proceder da própria vida e re-
rou. Quais foram as razões da sua pro- sultado da elaboração humana e pro-
dução? De que maneira foi recebido duto do seu fazer. Espera-se também
em sua época? Como se deu o acesso que o estudante perceba que a mesma
a esse objeto? Quais as condições so- depende do leitor para sua existência
ciais, econômicas e culturais da sua e pressuponha que só o momento de
produção e recepção? Como um mes- leitura concretiza a obra literária.
mo objeto foi apropriado por grupos
sociais diferentes?
A questão da contextualização Os textos dessa página foram selecionados
de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
to do exame que foi base para a matriz de
competências e habilidades do Novo ENEM.
É bom s
aber...
Modernis
nessa ord mo, Realismo e
R
mais fre em, são as esco omantismo,
q la
competê uentes nas ques s literárias
ncia. tões des
sa
Nessa competência o ENEM irá tratar dos tipos de textos que a sociedade en-
tende como literatura. Os alunos deverão estabelecer relações entre os textos e seus
contextos históricos, políticos, sociais e culturais, compreendendo como e por que os
autores escolhem temas, gêneros discursivos e recursos expressivos.
É necessário compreender que o autor não é um ser isolado e que ele recebe
influências de seu meio. Contextualizar essas influências é a chave para a resolução das
questões dessa competência. Os textos propostos nas questões virão com influências
ou de sua região, ou de sua época ou do momento histórico, político e social. Também
costumam aparecer questões envolvendo a intertextualidade, em que serão cobradas
semelhanças, diferenças ou influências entre os textos propostos.
É preciso ter uma base de conhecimentos acerca da constituição do patrimônio
literário nacional. Ou seja, conhecer as principais escolas e seus autores, além de pen-
sar os elementos de continuidade e de ruptura entre esses diversos momentos. Se você
1. O Modernismo costuma ser a escola literária mais cobrada pelo ENEM. Procure co-
nhecer bem suas características, o resumo de suas principais obras e suas contribui-
ções para a discussão da sociedade brasileira.
2. Os momentos sociais e políticos de conflito costumam apresentar uma produção lite-
rária bastante singular. Pesquise quais foram as obras literárias que foram feitas sob a
influência dos períodos autoritários do Estado Novo e da Ditadura Militar.
3. Navegue um pouco pela literatura portuguesa e brasileira e entenda melhor cada uma
de suas escolas. No site Literatura on Line, www.lol.pro.br, você encontrará um bom
material.
4. O filme Memórias Póstumas de Brás Cubas, de 2001, é bastante fiel ao livro de mesmo
nome, de Machado de Assis. Vale a pena assistir. Há outros filmes que também valem
a pena, como o Lavoura Arcaica, o Capitães de Areia e o A hora da estrela.
1
Cárcere das almas
2
Só é meu
O país que trago dentro da alma.
Entro nele sem passaporte
Como em minha casa.
[...]
As ruas me pertencem.
Mas não há casas nas ruas.
As casas foram destruídas desde a minha infância.
Os seus habitantes vagueiam no espaço
À procura de um lar.
[...]
Só é meu
O mundo que trago dentro da alma.
Texto II
A ideologia romântica, argamassada ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX,
introduziu-se em 1836. Durante quatro decênios, imperaram o “eu”, a anarquia, o liberalismo, o senti-
mentalismo, o nacionalismo, através da poesia, do romance, do teatro e do jornalismo (que fazia sua
aparição nessa época).
MOISÉS, M. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1971 (fragmento).
a) no imperativo do “eu”, reforçando a ideia de que estar longe do Brasil é uma forma de estar bem,
já que o país sufoca o eu lírico.
b) no nacionalismo, reforçado pela distância da pátria e pelo saudosismo em relação à paisagem
agradável onde o eu lírico vivera a infância.
c) na liberdade formal, que se manifesta na opção por versos sem métrica rigorosa e temática vol-
tada para o nacionalismo.
d) no fazer anárquico, entendida a poesia como negação do passado e da vida, seja pelas opções
formais, seja pelos temas.
e) no sentimentalismo, por meio do qual se reforça a alegria presente em oposição à infância, mar-
cada pela tristeza.
A personagem Isaura, como afirma o título do romance, era uma escrava. No trecho apresentado,
os sofrimentos por que passa a protagonista
a) assemelham-se aos das demais escravas do país, o que indica o estilo realista da abordagem
do tema da escravidão pelo autor do romance.
b) demonstram que, historicamente, os problemas vividos pelas escravas brasileiras, como Isau-
ra, eram mais de ordem sentimental do que física.
c) diferem dos que atormentavam as demais escravas do Brasil do século XIX, o que revela o
caráter idealista da abordagem do tema pelo autor do romance.
d) indicam que, quando o assunto era o amor, as escravas brasileiras, de acordo com a aborda-
gem lírica do tema pelo autor, eram tratadas como as demais mulheres da sociedade.
e) revelam a condição degradante das mulheres escravas no Brasil, que, como Isaura, de acor-
do com a denúncia feita pelo autor, eram importunadas e torturadas fisicamente pelos seus
senhores.
5
Isto
Fernando Pessoa é um dos poetas mais extraordinários do século XX. Sua obsessão pelo fazer
poético não encontrou limites. Pessoa viveu mais no plano criativo do que no plano concreto, e criar
foi a grande finalidade de sua vida. Poeta da “Geração Orfeu”, assumiu uma atitude irreverente.
6 Confidência do Itabirano
7
Quincas Borba mal podia encobrir a satisfação do triunfo. Tinha uma asa de frango no prato,
e trincava-a com filosófica seneridade. Eu fiz-lhe ainda algumas objeções, mas tão frouxas, que ele
não gastou muito tempo em destruí-las.
– Para entender bem o meu sistema, concluiu ele, importa não esquecer nunca o princípio
universal, repartido e resumido em cada homem. Olha: a guerra, que parece uma calamidade,
é uma operação conveniente, como se disséssemos o estalar dos dedos de Humanitas; a fome
(e ele chupava filosoficamente a asa do frango), a fome é uma prova a que Humanitas sub-
mete a própria víscera. Mas eu não quero outro documento da sublimidade do meu sistema,
senão este mesmo frango. Nutriu-se de milho, que foi plantado por um africano, suponhamos,
importado de Angola. Nasceu esse africano, cresceu, foi vendido; um navio o trouxe, um navio
construído de madeira cortada no mato por dez ou doze homens, levado por velas, que oito
ou dez homens teceram, sem contar a cordoalha e outras partes do aparelho náutico. Assim,
este frango, que eu almocei agora mesmo, é o resultado de uma multidão de esforços e lutas,
executadas com o único fim de dar mate ao meu apetite.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Civilização Brasiliense, 1975.
No romance O Cortiço (1890) de Aluízio Azevedo, as personagens são observadas como elementos
coletivos caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na passagem trans-
crita, o confronto entre brasileiros e portugueses revela prevalência do elemento brasileiro, pois
9
Ele se aproximou e com a voz cantante de nordestino
que a emocionou, perguntou-lhe:
— E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a
passear?
— Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa,
antes que ele mudasse de ideia.
— E se me permite, qual é mesmo a sua graça?
— Macabea.
— Maca — o quê?
— Bea, foi ela obrigada a completar.
— Me desculpe mas até parece doença, doença
de pele.
— Eu também acho esquisito mas minha mãe botou
ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se
eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada
porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser
chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas
parece que deu certo — parou um instante retomando o
fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor
— pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...
[...]
433
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Numa das vezes em que se encontraram ela afinal
perguntou-lhe o nome.
— Olímpico de Jesus Moreira Chaves — mentiu
ele porque tinha como sobrenome apenas o de Jesus,
sobrenome dos que não têm pai. [...]
— Eu não entendo o seu nome — disse ela.
— Olímpico?
Macabea fingia enorme curiosidade escondendo
dele que ela nunca entendia tudo muito bem e que isso
era assim mesmo. Mas ele, galinho de briga que era,
arrepiou-se todo com a pergunta tola e que ele não
sabia responder. Disse aborrecido:
— Eu sei mas não quero dizer!
— Não faz mal, não faz mal, não faz mal... a gente
não precisa entender o nome.
LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1978 (fragmento).
Na passagem transcrita, a caracterização das personagens e o diálogo que elas estabelecem reve-
lam alguns aspectos centrais da obra, entre os quais se destaca a
a) ênfase metalinguística nas falas dos personagens, conscientes de sua limitação linguística e dis-
cursiva.
b) relação afetiva dos personagens, por meio da qual tentam superar as dificuldades de comunicação.
c) expressividade poética dos personagens, que procuram compreender a origem de seus nomes.
d) privação da palavra, que denota um dos fatores da exclusão social vivida pelos personagens.
e) consciência dos personagens de que o fingimento é uma estratégia argumentativa de persuasão.
10
Morte e vida Severina
434
COMPETÊNCIA 5 - Literatura: Sociedade, Criação e Imaginação
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia.
MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio Janeiro: Nova Aguilar, 1994 (fragmento).
Nesse fragmento, parte de um auto de Natal, o poeta retrata uma situação marcada pela
11
A poesia que floresceu nos anos 70 do século XX é inquieta, anárquica, contestadora. A
“poesia marginal”, como ficou conhecida, não se filia a nenhuma estética literária em particular,
embora seja possível ver nela traços de algumas vanguardas que a precederam, como no poema
a seguir.
S.O.S
Chacal
Da leitura do poema e do texto crítico acima, infere-se que a poesia dos anos 70
12
A verdade é que não me preocupo muito com o outro mundo. Admito Deus, pagador
celeste dos meus trabalhadores, mal remunerados cá na terra, e admito o diabo, futuro carras-
co do ladrão que me furtou uma vaca de raça. Tenho, portanto, um pouco de religião, embora
julgue que, em parte, ela é dispensável a um homem. Mas mulher sem religião é horrível. Co-
munista, materialista. Bonito casamento! Amizade com o Padilha, aquele imbecil. “Palestras
Uma das características da prosa de Graciliano Ramos é ser bastante direta e enxuta. No
romance São Bernardo, o autor faz a análise psicológica de personagens e expõe desigualda-
des sociais com base na relação entre patrão e empregado, além da relação conjugal. Nesse
sentido, o texto revela
COMPETÊNCIA
6
TEXTO: CONTEXTO
E FUNÇÃO
Idealizadores:
437
Mateus Prado e Paulo Jubilut
O propósito desta competência é contínuo das diferentes práticas, alia-
fazer com que o leitor reflita sobre os do à reflexão constante sobre os usos
diferentes gêneros textuais, caracteri- da linguagem, que permitem a amplia-
zando os tipos de texto a eles vincu- ção dos recursos expressivos. A leitu-
lados. A partir de aspectos estruturais ra de textos pertencentes a diferentes
e estilísticos próprios dos diferentes gêneros, de textos próprios ou alheios,
tipos de texto, pretende-se levar o es- e a observação e análise de marcas
tudante a perceber como se constrói linguísticas recorrentes possibilitam
a relação texto/contexto (histórico, ao aluno ampliar seu repertório para
social, político, cultural e estético) e a responder às exigências impostas pe-
identificar marcas textuais associadas las diversas situações comunicativas.
a funções específicas (persuasão, in-
formação etc.).
Nesse sentido, o estudo da gramá-
tica normativa deve contribuir para o Os textos dessa página foram selecionados
desempenho linguístico do aluno, tan- de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
to na recepção quanto na produção de to do exame que foi base para a matriz de
textos escritos e orais. É o exercício competências e habilidades do Novo ENEM.
É bom s
As ques
aber...
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a c
jornalísti zer fragmentos ia 6 cos-
c d
pedir qu os, informativos e textos
e
algum da o aluno analise ou literários e
do nesse ou
material. interprete
1. Consulte charges políticas nos jornais diários. Elas são um tipo de texto. Você con-
segue entender todas? Qual informação, que não está no texto, foi necessária para
a compreensão de cada uma das charges? Imagine se você conseguiria entender a
mensagem que o autor quis passar se você visse a charge há um ano atrás. O que faz
com que a charge só tenha sentido neste momento?
2. Localize em jornais, revistas e em situações do seu dia a dia textos que não são escri-
tos de forma verbal. Identifique que contexto foi necessário que você soubesse para
compreender tais textos.
Recorte vários tipos de textos de jornais e revistas e distribua para grupos diferen-
tes na sala de aula. Proponha que indiquem quais textos têm função narrativa, quais têm
função persuasiva e quais têm função expositiva.
No que diz respeito à relação entre o hipertexto e o conhecimento por ele produzido, o texto
apresentado deixa claro que o hipertexto muda a noção tradicional de autoria, porque
2
Se os tubarões fossem homens
Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentis com os peixes pequenos?
Certamente, se os tubarões fossem homens, fariam construir resistentes gaiolas no mar para os peixes
pequenos, com todo o tipo de alimento, tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tives-
sem sempre água fresca e adotariam todas as providências sanitárias.
Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nas aulas, os peixinhos aprenderiam como nadar
para a goela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia para localizar os grandes
tubarões deitados preguiçosamente por aí. A aula principal seria, naturalmente, a formação moral dos
peixinhos. A eles seria ensinado que o ato mais grandioso e mais sublime é o sacrifício alegre de um
peixinho e que todos deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando estes dissessem que cuida-
vam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria garantido se aprendes-
sem a obediência.
BRECHT, B. Histórias do Sr. Keuner. São Paulo: Ed. 34, 2006 (adaptado).
Como produção humana, a literatura veicula valores que nem sempre estão representados diretamen-
te no texto, mas são transfigurados pela linguagem literária e podem até entrar em contradição com
as convenções sociais e revelar o quanto a sociedade perverteu os valores humanos que ela própria
criou. É o que ocorre na narrativa do dramaturgo alemão Bertolt Brecht mostrada. Por meio da hipótese
apresentada, o autor
a) demonstra o quanto a literatura pode ser alienadora ao retratar, de modo positivo, as relações de
opressão existentes na sociedade.
b) revela a ação predatória do homem no mar, questionando a utilização dos recursos naturais pelo
homem ocidental.
c) defende que a força colonizadora e civilizatória do homem ocidental valorizou a organização das so-
ciedades africanas e asiáticas, elevando-as ao modo de organização cultural e social da sociedade
moderna.
d) questiona o modo de organização das sociedades ocidentais capitalistas, que se desenvolveram
fundamentadas nas relações de opressão em que os mais fortes exploram os mais fracos.
e) evidencia a dinâmica social do trabalho coletivo em que os mais fortes colaboram com os mais
fracos, de modo a guiá-los na realização de tarefas.
a) modifica as ideias e intenções daqueles que tiveram seus textos registrados por outros.
b) permite, com mais facilidade, a propagação e a permanência de ideias ao longo do tempo.
c) figura como um modo comunicativo superior ao da oralidade.
d) leva as pessoas a desacreditarem nos fatos narrados por meio da oralidade.
e) tem seu surgimento concomitante ao da oralidade.
4
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CPI)
Biblioteca Goiandira Ayres de Couto
CDU: 351.88:656.11(81)
5
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina,
diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-
-se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu
os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
TREVISAN, D. Uma vela para Dario. Cemitério de Elefantes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964 (adaptado).
a) Aí, amigão, fui diminuindo o passo e tentei me apoiar no guarda-chuva...mas não deu. Encostei
na parede e fui escorregando. Foi mal, cara! Perdi os sentidos ali mesmo. Um povo que passa-
va falou comigo e tentou me socorrer. E eu, ali, estatelado, sem conseguir falar nada! Cruzes!
Que mal!
b) O representante comercial Dario Ferreira, 43 anos, não resistiu e caiu na calçada da Rua da
Abolição, quase esquina com a Padre Vieira, no centro da cidade, ontem por volta do meio-dia.
O homem ainda tentou apoiar-se no guarda-chuva que trazia, mas não conseguiu. Aos popula-
res que tentaram socorrê-lo não conseguiu dar qualquer informação.
c) Eu logo vi que podia se tratar de um ataque. Eu vinha logo atrás. O homem, todo aprumado, de
guarda-chuva no braço e cachimbo na boca, dobrou a esquina e foi diminuindo o passo até
se sentar no chão da calçada. Algumas pessoas que passavam pararam para ajudar, mas ele
nem conseguia falar.
d) Vítima
Idade: entre 40 e 45 anos
Sexo: masculino
Cor: branca
Ocorrência: Encontrado desacordado na Rua da Abolição, quase esquina com Padre Vieira.
Ambulância chamada às 12h34min por homem desconhecido. A caminho.
e) Pronto socorro? Por favor, tem um homem caído na calçada da rua da Abolição, quase es-
quina com a Padre Vieira. Ele parece desmaiado. Tem um grupo de pessoas em volta dele.
Mas parece que ninguém aqui pode ajudar. Ele precisa de uma ambulância rápido. Por favor,
venham logo!
Que estratégia argumentativa leva o personagem do terceiro quadrinho a persuadir sua inter-
locutora?
10 Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências este cartaz amarelo:
“Neste país é proibido sonhar.”
Com base na leitura do poema, a respeito do uso e da predominância das funções da linguagem no
texto de Drummond, pode-se afirmar que
a) por meio dos versos “ Ponho-me a escrever teu nome” (v.1) e “esse romântico trabalho” (v. 5), o
poeta faz referências ao seu próprio ofício: o gesto de escrever poemas lirícos.
b) a linguagem essencialmente poética que constitui os versos “No prato, a sopa esfria, cheia de
escamas e debruçados na mesa todos contemplam” (v.3 e 4) confere ao poema uma atmosfera
irreal e impede o leitor de reconhecer no texto dados constitutivos de uma cena realista.
c) na primeira estrofe, o poeta constrói uma linguagem centrada na amada, receptora da mensa-
gem, mas, na segunda, ele deixa de se dirigir a ela e passa a exprimir o que sente.
d) em “Eu estava sonhando...”(v.10), o poeta demonstra que está mais preocupado em responder
à pergunta feita anteriormente e, assim, dar continuidade ao diálogo com seus interlocutores do
que em expressar algo sobre si mesmo.
e) no verso “Neste país é proibido sonhar.” (v.12), o poeta abandona a linguagem poética para fazer
uso da função referencial, informando sobre o conteúdo do “cartaz amarelo” (v.11) presente no local.
8
A maratona é a mais longa, difícil e emocionante prova olímpica. Desde 1924, seu percurso é
de 42,195 km. Tudo começou no ano de 490 a.C., quando os soldados gregos e persas travaram uma
batalha que se desenrolou entre a cidade de Maratona e o mar Egeu. A luta estava difícil para os gre-
gos. Comandados por Dario, os persas avançavam seu exército em direção a Maratona. Milcíades,
o comandante grego, chamou o soldado Fílcides para pedir reforços. Ele levou o apelo de cidade em
cidade até chegar a Atenas, 40 km distante. Com os reforços, os gregos venceram. Milcíades ordenou
que Fílcides fosse outra vez a Atenas para informar que tinham vencido a batalha. Quando Fílcides
9
Metáfora
Gilberto Gil
A metáfora é a figura de linguagem identificada pela comparação subjetiva, pela semelhança ou ana-
logia entre elementos. O texto de Gilberto Gil brinca com a linguagem remetendo-nos a essa conheci-
da figura. O trecho em que se identifica a metáfora é:
11
O hipertexto refere-se à escritura eletrônica não sequencial e não linear, que se bifurca
e permite ao leitor o acesso a um número praticamente ilimitado de outros textos a partir de
escolhas locais e sucessivas, em tempo real. Assim, o leitor tem condições de definir intera-
tivamente o fluxo de sua leitura a partir de assuntos tratados no texto sem se prender a uma
sequência fixa ou a tópicos estabelecidos por um autor. Trata-se de uma forma de estruturação
textual que faz do leitor simultaneamente coautor do texto final. O hipertexto se caracteriza,
pois, como um processo de escritura/leitura eletrônica multilinearizado, multisequencial e in-
determinado, realizado em um novo espaço de escrita. Assim, ao permitir vários níveis de tra-
tamento de um tema, o hipertexto oferece a possibilidade de múltiplos graus de profundidade
simultaneamente, já que não tem sequência definida, mas liga textos não necessariamente
correlacionados.
O computador mudou nossa maneira de ler e escrever, e o hipertexto pode ser considerado
como um novo espaço de escrita e leitura. Definido como um conjunto de blocos autônomos
de texto, apresentado em meio eletrônico computadorizado e no qual há remissões associando
entre si diversos elementos, o hipertexto
12
O cartaz de Ziraldo faz parte de uma campanha contra o uso de drogas. Essa abordagem, que se
diferencia das de outras campanhas, pode ser identificada
a) pela seleção do público alvo da campanha, representado, no cartaz, pelo casal de jovens.
b) pela escolha temática do cartaz, cujo texto configura uma ordem aos usuários e não usuários:
diga não às drogas.
c) pela ausência intencional do acento grave, que constrói a ideia de que não é a droga que faz a
cabeça do jovem.
d) pelo uso da ironia, na oposição imposta entre a seriedade do tema e a ambiência amena que
envolve a cena.
e) pela criação de um texto de sátira à postura dos jovens, que não possuem autonomia para seguir
seus caminhos.
Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor está indicado
pelo(a)
14
Disponível em: http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 03 set. 2010. Disponível em: http://www.dukechargista.com.br. Acesso em: 03 set. 2010.
Todo texto apresenta uma intenção, da qual derivam as escolhas linguísticas que o compõem. O
texto da campanha publicitária e o da charge apresentam, respectivamente, composição textual
pautada por uma estratégia
COMPETÊNCIA
7
OPINIÕES E
PONTOS DE VISTA
Idealizadores:
451
Mateus Prado e Paulo Jubilut
O desenvolvimento desta com- desenvolvendo seus talentos, sendo
petência deve possibilitar ao aluno a capaz de tomar decisões por si mesmo
identificação, o reconhecimento e a e permanecendo, tanto quanto possí-
reflexão crítica sobre as estratégias vel, dono do seu próprio destino.
e procedimentos argumentativos, ve- Assim, é fundamental que os estu-
rificáveis em diferentes linguagens, dantes tenham noções de argumentos
para realizar o convencimento do in- e contraargumentos, baseados em ra-
terlocutor: os recursos verbais e não ciocínios lógicos, em pressuposições,
verbais, os modos de revelar opiniões em máximas, em crenças e valores
divergentes em textos diversificados, compartilhados entre os interlocuto-
os embates de ideias e interesses que res, em fatos, em exemplos, em rela-
permeiam os discursos sociais. ções intertextuais. E, ainda, conheçam
Neste caso, a educação deve outros procedimentos argumentativos
estar comprometida com o desenvol- importantes para realizar o convenci-
vimento total da pessoa, com a pre- mento do interlocutor: as figuras de
paração do indivíduo para elaborar pensamento e de sintaxe, a escolha
pensamentos autônomos e críticos e lexical, as expressões de valor fixo, a
formular os seus próprios juízos de va- ironia, a paródia, as citações, aalusão,
lor, com a construção da sua identida- os argumentos de autoridade.
de. Dessa forma, é preciso criar condi-
ções para que o aluno possa exercitar
a liberdade de pensamento, o discer-
nimento, o sentimento e a imaginação, Os textos dessa página foram selecionados
de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
to do exame que foi base para a matriz de
É bom s competências e habilidades do Novo ENEM.
As questõ aber...
mentos p es irão apresenta
a r
objetivos ra que o aluno pro um ou dois frag-
d
convenc o autor e os recu cure entender os
e rs
dois frag r o leitor. Quando os utilizados para
mentos, v são apre
A leitura o s
atenta do cê precisará com entados
s fragme
ntos é es pará-los.
sencial.
1. Alguns jornais, como a Folha de São Paulo, costumam trazer artigos em que autores
defendem diferentes pontos de vista. Leia alguns desses artigos. Depois liste os argu-
mentos utilizados por cada autor e então indique as diferenças entre os argumentos.
2. Escolha um assunto, de preferência do cenário político, que foi pauta nacional na se-
mana. Selecione textos de vários sites, jornais e revistas sobre o mesmo assunto. Faça
uma tabela indicando como cada publicação se posiciona sobre esse tema.
3. Selecione um tema sobre o qual seja possível promover uma discussão polêmica. Pode
ser o tema dos transgênicos, células tronco, aborto, reforma agrária, algo assim. Liste
alguns argumentos defendendo uma posição em relação ao tema e outros defendendo
a posição contrária. Apesar de sua posição com relação ao assunto, tome cuidado
para que, nos dois casos, seus argumentos tenham lógica argumentativa.
Pela forma como as informações estão organizadas, observa-se que, nessa peça publicitária, pre-
dominantemente, busca-se
Ao argumentar que a aquisição das habilidades de leitura e escrita não são suficientes para garantir
o exercício da cidadania, o autor
Você sabia que as metrópoles são as grandes consumidoras dos produtos feitos com recur-
sos naturais da Amazônia? Você pode diminuir os impactos à floresta adquirindo produtos com
selos de certificação. Eles são encontrados em itens que vão desde lápis e embalagens de pa-
pelão até móveis, cosméticos e materiais de construção. Para receber os selos esses produtos
devem ser fabricados sob 10 princípios éticos, entre eles o respeito à legislação ambiental e aos
direitos de povos indígenas e populações que vivem em nossas matas nativas.
O texto e a imagem têm por finalidade induzir o leitor a uma mudança de comportamento a partir do(a)
VERÍSSIMO, L. F. As cobras em: Se Deus existe que eu seja atingido por um raio. Porto Alegre: L&PM, 1997.
O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com relação ao uso de pronome pessoal reto,
em vez de pronome oblíquo. De acordo com a norma padrão da língua, esse uso é inadequado, pois
5
Quando a propaganda é decisiva na troca de marcas
Todo supermercadista sabe que, quando um produto está na mídia, a procura pelos consumidores
aumenta. Mas, em algumas categorias, a influência da propaganda é maior, de acordo com pesquisa
feita com 400 pessoas pela consultoria YYY e com exclusividade para o supermercado XXX.
O levantamento mostrou que, mesmo não sendo a razão o fator mais apontado para trocar de mar-
ca, não se pode ignorar a força das campanhas publicitárias. Em algumas categorias, um terço dos
respondentes atribuem a mudança à publicidade. Para Nicanor Guerreiro, a propaganda estabelece
uma relação mais “emocional” da marca com o público. “Todos sentimos necessidade de consumir
produtos que sejam ‘aceitos’ pelas outras pessoas. Por isso, a comunicação faz o papel de endosso
das marcas”, afirma. O executivo ressalta, no entanto, que nada disso adianta se o produto não cum-
prir as promessas transmitidas nas ações de comunicação. Um dos objetivos da propaganda é tornar
o produto aspiracional, despertando o desejo de experimentá-lo. O que o consumidor deseja é o que
a loja vende. E é isso o que o supermercadista precisa ter sempre em mente.
Veja o gráfico:
De acordo com o texto e com as informações fornecidas pelo gráfico, para aumentar as vendas de
produtos, é necessário que
6
LXXVIII (Camões, 1525?-1580)
A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas linguagens artísticas diferentes, participaram
do mesmo contexto social e cultural de produção pelo fato de ambos
a) apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos
usados no poema.
b) valorizarem o excesso de enfeites na apresentação pessoal e na variação de atitudes da mu-
lher, evidenciadas pelos adjetivos do poema.
c) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela sociedade e o equilíbrio, evidencia-
dos pela postura, expressão e vestimenta da moça e os adjetivos usados no poema.
d) desprezarem o conceito medieval da idealização da mulher como base da produção artística, evi-
denciado pelos adjetivos usados no poema.
e) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela emotividade e o conflito interior, evidencia-
dos pela expressão da moça e pelos adjetivos do poema.
7
TEXTO I
Pessoas e sociedades
Pessoa, no seu conceito jurídico, é todo ente capaz de direitos e obrigações. As pessoas po-
dem ser físicas ou jurídicas.
Pessoa jurídica - É a existência legal de uma sociedade, associação ou instituição, que aferiu o
direito de ter vida própria e isolada das pessoas físicas que a constituíram. É a união de pessoas
capazes de possuir e exercitar direitos e contrair obrigações, independentemente das pessoas
físicas, através das quais agem. É, portanto, uma nova pessoa, com personalidade distinta da de
seus membros (da pessoa natural). Sua existência legal dá-se em decorrência de leis e só nas-
cerá após o devido registro nos órgãos públicos competentes (Cartórios ou Juntas Comerciais).
TEXTO II
INTELIGÊNCIA
A ideia de que somos os únicos animais racio-
nais tem sido destruída desde os anos 40. A
maioria das aves e mamíferos tem algum tipo de
raciocínio.
AMOR
O amor, tido como o mais elevado dos sentimen-
tos, é parecido em várias espécies, como os
corvos, que também criam laços duradouros, se
preocupam com o ente querido e ficam de luto
depois de sua morte.
CONSCIÊNCIA
Chimpanzés se reconhecem no espelho. Oran-
gotangos observam e enganam humanos distra-
ídos. Sinais de que sabem quem são e se distin-
guem dos outros. Ou seja, são conscientes.
CULTURA
O primatologista Frans de Waal juntou vários exemplos de cetáceos e primatas que são capazes de
aprender novos hábitos e de transmiti-los para as gerações seguintes. O que é cultura se não isso?
BURGIERMAN, D. Superinteressante,n.190,jul.2003.
O título do texto traz o ponto de vista do autor sobre a suposta supremacia dos humanos em relação
aos outros animais. As estratégias argumentativas utilizadas para sustentar esse ponto de vista são
9 TEXTO I
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E
parece-me que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns
deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa
que lhes davam. [...] Andavam todos tão bem-dispostos, tão bem feitos e galantes com suas
TEXTO II
Portinari, C. O descobrimento do Brasil. 1956. Óleo sobre tela, 199x169 cm Disponível em: www.portinari.org.br. Acesso em: 12 jun. 2013.
Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra de Porti-
nari retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que
a) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações artísticas
dos portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a estética literária.
b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande significação
é a afirmação da arte acadêmica brasileira e a contestação de uma linguagem moderna.
c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a gente
da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos.
d) as duas produções, embora usem linguagens diferentes -verbal e não verbal-, cumprem a
mesma função social e artística.
e) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos étnicos diferentes, produzi-
das em um mesmo momento histórico, retratando a colonização.
A verdade nem sempre depende de fatos — nos jornais, no Congresso ou no boteco, ela é frequente-
mente empacotada com táticas perversas e milenares. Conhecer essas técnicas é um bom jeito de se
defender contra elas (e fazer a sua opinião prevalecer).
O fragmento, retirado de uma revista de divulgação científica, constrói-se em tom de humor, a partir de
uma linguagem lúdica e despojada. O apelo a esse recurso expressivo é adequado para essa situação
comunicativa, porque
11
A tirinha faz referência a uma situação muito comum nas famílias brasileiras: a necessidade de
estudar para o vestibular. Buscando convencer o seu interlocutor, os personagens da tira fazem
uso das seguintes estratégias argumentativas:
O professor deve ser um guia seguro, muito senhor de sua língua; se outra for a orientação, vamos
cair na “língua brasileira”, refúgio nefasto e confissão nojenta de ignorância do idioma pátrio, recur-
so vergonhoso de homens de cultura falsa e de falso patriotismo. Como havemos de querer que res-
peitem a nossa nacionalidade se somos os primeiros a descuidar daquilo que exprime e representa
o idioma pátrio?
ALMEIDA, N. M. Gramática metódica da língua portuguesa. Prefácio. São Paulo: Saraiva, 1999 (adaptado).
Texto II
Alguns leitores poderão achar que a linguagem desta Gramática se afasta do padrão estrito usual
neste tipo de livro. Assim, o autor escreve tenho que reformular, e não tenho de reformular; pode-se
colocar dois constituintes, e não podem-se colocar dois constituintes; e assim por diante. Isso foi
feito de caso pensado, com a preocupação de aproximar a linguagem da gramática do padrão atual
brasileiro presente nos textos técnicos e jornalísticos de nossa época.
REIS, N. Nota do editor. PERINI, M. A. Gramática descritiva do português. São Paulo: Ática, 1996.
a) ambos os textos tratam da questão do uso da língua com o objetivo de criticar a linguagem do
brasileiro.
b) os dois textos defendem a ideia de que o estudo da gramática deve ter o objetivo de ensinar as
regras prescritivas da língua.
c) a questão do português falado no Brasil é abordada nos dois textos, que procuram justificar como
é correto e aceitável o uso coloquial do idioma.
d) o primeiro texto enaltece o padrão estrito da língua, ao passo que o segundo defende que a lingua-
gem jornalística deve criar suas próprias regras gramaticais.
e) o primeiro texto prega a rigidez gramatical no uso da língua, enquanto o segundo defende uma
adequação da língua escrita ao padrão atual brasileiro.
COMPETÊNCIA
8
DIVERSIDADE
LINGUÍSTICA: DO
GLOBAL AO LOCAL
Idealizadores:
465
Mateus Prado e Paulo Jubilut
A construção do conhecimento desenvolvimento desta competência,
humano, o desenvolvimento das artes, deseja-se que o estudante reconheça
da ciência, da filosofia e da religião fo- as semelhanças, as variedades lin-
ram possíveis graças à linguagem, que guísticas devidas a fatores geográfi-
permeia a elaboração e a construção cos e sociais, bem como a importância
de todas as atividades do homem. Não do domínio da variedade padrão.
apenas a representação do mundo, da Tal domínio possibilita ao leitor de-
realidade física e social, mas também senvolver a capacidade de reconhe-
a formação da consciência individual, cer as diferenças e pressuposições
a regulação dos pensamentos e da existentes nos textos, identificando
ação, próprios ou alheios, ocorrem na mecanismos linguísticos e sua ade-
linguagem e através dela. quação às mais variadas situações de
A língua é uma força ativa na so- interlocução, construindo, assim, uma
ciedade, um meio pelo qual indivíduos visão crítica do texto e do contexto no
e grupos controlam outros grupos ou qual está inserido.
resistem a esse controle, uma ferra-
menta para mudar a sociedade ou
para impedir a mudança, para afirmar
Os textos dessa página foram selecionados
ou suprimir as identidades culturais. de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
Ter domínio da língua é, pois, parti- to do exame que foi base para a matriz de
cipar ativamente da sociedade. No competências e habilidades do Novo ENEM.
É bom s
O ENEM aber...
e
a norma spera que o aluno
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is e natura is
is na com tem variações
unicação
.
1. Escreva um texto da forma que você fala habitualmente. Depois disso, reescreva-o
utilizando a norma culta.
2. Agora faça o exercício contrário: escolha um texto de um caderno de economia de
algum jornal conceituado. Reescreva o texto com a linguagem informal, como se esti-
vesse contando a matéria para um amigo num bar.
Proponha aos alunos a leitura do texto “Aí, galera”, de Luís Fernando Veríssimo.
Coordene um debate em que os alunos apontem o estranhamento encontrado na fala
do jogador e na fala do jornalista. Depois divida a sala em grupos e distribua o conto
“Antigamente”, de Carlos Drummond de Andrade. Peça que cada grupo reescreva um
parágrafo, utilizando gírias e demais expressões das variantes linguísticas regionais e
socioculturais.
Calvin apresenta a Haroldo (seu tigre de estimação) sua escultura na neve, fazendo uso de uma
linguagem especializada. Os quadrinhos rompem com a expectativa do leitor, porque
a) Calvin, na sua última fala, emprega um registro formal e adequado para a expressão de uma
criança.
b) Haroldo, no último quadrinho, apropria-se do registro linguístico usado por Calvin na apresen-
tação de sua obra de arte.
c) Calvin emprega um registro de linguagem incompatível com a linguagem de quadrinhos.
d) Calvin, no último quadrinho, utiliza um registro linguístico informal.
e) Haroldo não compreende o que Calvin lhe explica, em razão do registro formal utilizado por este
último.
a) do seu próprio universo, revelando personagens com aparência humilde em vestes requintadas.
b) com temas de personagens do folclore popular, crenças e futilidades dos mais necessitados.
c) de conteúdo histórico e político do Nordeste brasileiro, com a intenção de valorizar as diferen-
ças sociais.
d) das grandes cidades, com a preocupação de uma representação realista da figura humana
nordestina.
e) com personagens fantasiosos, beatos e cangaceiros presentes nas crenças da população nor-
destina.
4
TEXTO I
Brasil africano
De várias partes da África, veio a metade dos nossos antepassados no período da escravidão,
entre os séculos XVII e XIX. As muitas línguas que falavam mudaram o português existente no
Brasil. Da estética à culinária, dos costumes à religião, as influências também foram numerosas
e permanecem. Os estudos africanos no país remontam ao começo do século XX, mas há, ainda,
muito para ser descoberto e compreendido dessas tantas trocas culturais.
TEXTO II
5
JA CHEGOU TODOS
OS CONVIDADOS?
NÃO, SÓ CHEGARAM
OS FAMILIARES DA
NOIVA
BAGNO, M. Não é errado falar assim!: em defesa do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2009 (adaptado).
A situação social em que o falante está inserido é determinante para o uso da língua. Dessa
forma, cabe ao usuário adequar-se a cada contexto, a seus condicionantes: formalidade/infor-
malidade, intimidade/hierarquias etc. Considerando-se a situação comunicativa, há, na charge,
Na parte superior do anúncio, há um comentário escrito à mão que aborda a questão das ativi-
dades linguísticas e sua relação com as modalidades oral e escrita da língua. Esse comentário
deixa evidente uma posição crítica quanto a usos que se fazem da linguagem, enfatizando ser
necessário
7
TEXTO I
Antigamente
TEXTO II
Palavras do arco da velha
Expressão Significado
Cair nos braços de Morfeu Dormir
Debicar Zombar, ridicularizar
Tunda Surra
Mangar Escarnecer, caçoar
Tugir Murmurar
Liró Bem-vestido
Copo d’água Lanche oferecido pelos amigos
Convescote Piquenique
Bilontra Velhaco
Treteiro de topete Tratante atrevido
Abrir o arco Fugir
FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).
a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do coti-
diano.
b) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português
europeu.
c) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal.
d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua indepen-
dente.
e) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada.
As variações e as mudanças nas línguas estão correlacionadas a fatores sociais. Na tira, a de-
dução do pai da garota é confirmada e gera o efeito de humor, pois seu interlocutor apresenta
um vocabulário
9
As diferentes esferas sociais de
uso da língua obrigam o falante a
adaptá-la às variadas situações de
comunicação. Uma das marcas lin-
guísticas que configuram a lingua-
gem oral informal usada entre avô
e neto neste texto é
O personagem Chico Bento pode ser considerado um típico habitante da zona rural, comumen-
te chamado de “roceiro” ou “caipira”. Considerando a sua fala, essa tipicidade é confirmada
primordialmente pela
11
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o
sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas
pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma
escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos
muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo
ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de
Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um
the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau,
Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
a) na fonologia.
b) no uso do léxico.
c) no grau de formalidade.
d) na organização sintática.
e) na estruturação morfológica.
12
Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você
inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.
BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna.
São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).
13
Iscute o que tô dizendo,
Seu dotô, seu coroné:
De fome tão padecendo
Meus fio e minha muié.
Sem briga, questão nem guerra,
Meça desta grande terra
Umas tarefa pra eu!
Tenha pena do agregado
Não me dêxe deserdado
Daquilo que Deus me deu
PATATIVA DO ASSARÉ. A terra é naturá. In: Cordéis e outros poemas. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2008 (fragmento).
14
Dúvida
Dois compadres viajavam de carro por uma estrada de fazenda quando um bicho cruzou a frente do
carro. Um dos compadres falou:
- Passou um largato ali!
O outro perguntou:
- Lagarto ou largato?
O primeiro respondeu:
- Num sei não, o bicho passou muito rápido.
Piadas coloridas. Rio de Janeiro: Gênero, 2006.
Na piada, a quebra de expectativa contribui para produzir o efeito de humor. Esse efeito ocorre porque
um dos personagens
COMPETÊNCIA
9
TECNOLOGIAS
DA COMUNICAÇÃO
Idealizadores:
479
Mateus Prado e Paulo Jubilut
Essa competência considera as reflexão sobre o papel dessas tecno-
transformações tecnológicas hoje logias e à compreensão da necessi-
presentes na sociedade, transforma- dade de seu domínio para o exercício
ções essas que afetam a forma de integral da cidadania é o objetivo des-
organização dos diferentes setores da ta competência. Para tanto, é neces-
produção. Ou seja, aqui, o ENEM pen- sário que o estudante compreenda a
sa um paradigma da educação brasi- função e o impacto das inovações de
leira que é aquele ligado à busca pelo comunicação e da informação na vida
desenvolvimento de novas formas de pessoal e social e no desenvolvimento
competências: as que são exigidas do conhecimento. Nesse sentido, des-
pela atual organização social. Entre tacam-se os meios eletrônicos, os de
elas, encontram-se a capacidade de comunicação digitais, os impressos e
abstração e de pensar múltiplas al- os de comunicação não tradicionais.
ternativas para a solução de um pro-
blema.
Conscientizar o leitor da presença
Os textos dessa página foram selecionados
e influência no seu cotidiano e meio de livros editados pelo INEP/MEC a respei-
social das tecnologias de comunica- to do exame que foi base para a matriz de
ção e informação, levando-o a uma competências e habilidades do Novo ENEM.
É bom s
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Algumas pessoas defendem que em pouco tempo os grandes jornais não terão mais
viabilidade financeira e serão substituídos pelos sites de informação. Vários dos gran-
1 Texto I
Texto II
São 68 milhões num universo de 190 milhões de brasileiros conectados nas redes virtuais. O e-
-mail, irmão moderno da carta, ainda é uma ferramenta imprescindível de comunicação, mas já
começa a dar espaço para ferramentas mais ágeis de interação, como MSN, Orkut, Facebook,
Twitter e blogs.
Da leitura dos dois textos, depreende-se que a internet tem se expandido muito nos últimos
anos. Apesar disso, a atitude do rapaz no Texto I revela a
INFO Exame. Para quem vive de tecnologia. São Paulo: Ed. Abril, n.° 273, Nov. 2008, p. 20.
O impacto social das novas tecnologias de comunicação na vida das pessoas é enorme, como mos-
tra a tirinha acima, que representa, principalmente,
3
Um objetivo para um número cada vez maior de empresas é realizar negócios eletronica-
mente com outras empresas, e, em especial, com fornecedores e clientes. Por exemplo, fabricantes
de automóveis, aeronaves e computadores, entre outros, compram subsistemas de diversos forne-
cedores, e depois montam as peças. Utilizando computadores, os fabricantes podem emitir pedidos
eletronicamente, conforme necessário. A capacidade de emitir pedidos em tempo real reduz a ne-
4
O Grandescompras é um site de compras coletivas do Brasil e surgiu devido a esta
nova modalidade de comércio eletrônico que vem crescendo a cada dia no mundo, e também
aqui no Brasil. As compras coletivas são a moda da vez, e para quem ainda não conhece esse
sistema, ele já é bem popular nos Estados Unidos há muito tempo, vindo a se destacar aqui
no Brasil após o início de 2010. O Grandescompras possui ofertas especiais que podem variar
de 50% a 90%, de acordo com a quantidade de pessoas interessadas em adquirir o produto/
serviço. Para se ter uma ideia, existem descontos em bares, restaurantes, salões de beleza e
muitos outros lugares.
Disponível em: www.noticiaki.com. Acesso em: 12 jan. 2012 (adaptado).
5
O texto a seguir é um trecho de uma conversa por meio de um programa de compu-
tador que permite comunicação direta pela Internet em tempo real, como o MSN Messen-
ger. Esse tipo de conversa, embora escrita, apresenta muitas características da linguagem
falada, segundo alguns linguistas. Uma delas é a interação ao vivo e imediata, que permite
ao interlocutor conhecer, quase instantaneamente, a reação do outro, por meio de suas
respostas e dos famosos emoticons ( que podem ser definidos como “ícones que demons-
tram emoção”).
a) frases completas, escritas cuidadosamente com acentos e letras maiúsculas (como “oq vc ta
fazendo?”).
b) frases curtas e simples (como “tudo trank”) com abreviaturas padronizadas pelo uso (como
“vc” – você – “vlw” – valeu!).
c) uso de reticências no final da frase, para que não se tenha que escrever o resto da informação.
d) estruturas coordenadas, como “ na paz e vc”.
e) flexão verbal rica e substituição de dígrafos consonantais por consoantes simples (“qu” por
“k”).
6
Texto I
Sob o olhar do Twitter
Texto II
Da comparação entre os textos, depreende-se que o texto II constitui um passo a passo para
interferir no comportamento dos usuários, dirigindo-se diretamente aos leitores, e o texto I
a) adverte os leitores de que a internet pode transformar-se em um problema porque expõe a vida
dos usuários e, por isso, precisa ser investigada.
b) ensina aos leitores os procedimentos necessários para que as pessoas conheçam, em profun-
didade, os principais meios de comunicação da atualidade.
c) exemplifica e explica o novo serviço global de mensagens rápidas que desafia os hábitos de
comunicação e reinventa o conceito de privacidade.
d) procura esclarecer os leitores a respeito dos perigos que o uso do Twitter pode representar nas
relações de trabalho e também no plano pessoal.
e) apresenta uma enquete sobre as redes sociais mais usadas na atualidade e mostra que o Twit-
ter é preferido entre a maioria dos internautas.
A tirinha denota a postura assumida por seu produtor frente ao uso social da tecnologia para fins
de interação e de informação. Tal posicionamento é expresso, de forma argumentativa, por meio de
uma atitude
8
CURRÍCULO
Identificação Pessoal
[Nome Completo]
Objetivo
[Cargo pretendido]
Formação
Experiência Profissional
[Período] – Empresa
Qualificação Profissional
[Descrição] ([Local], conclusão em [Ano de Conclusão do Curso ou Atividade]).
Informações Adicionais
[Descrição Informação Adicional]
A busca por emprego faz parte da vida de jovens e adultos. Para tanto, é necessário estruturar
o currículo adequadamente. Em que parte da estrutura do currículo deve ser inserido o fato de
você ter sido premiado com o título de “Aluno Destaque do Ensino Médio – Menção Honrosa”?
a) Identificação pessoal.
b) Formação.
c) Experiência Profissional.
d) Informações Adicionais.
e) Qualificação Profissional.
9
O Ensino no Novo Milênio
11
Palavra indígena
A história da tribo Sapucaí, que traduziu para o idioma guarani os artefatos da era da
computação que ganharam importância em sua vida, como mouse (que eles chamam de
angojhá) e windows (oventã).
Quando a internet chegou àquela comunidade, que abriga em torno de 400 guaranis, há qua-
tro anos, por meio de um projeto do Comitê para Democratização da Informática (CDI), em
parceria com a ONG Rede Povos da Floresta e com antena cedida pela Star One (da Embra-
tel), Potty e sua aldeia logo vislumbraram as possibilidades de comunicação que a web traz.
Ele conta que usam a rede, por enquanto, somente para preparação e envio de documentos,
mas perceberam que ela pode ajudar na preservação da cultura indígena.
A apropriação da rede se deu de forma gradual, mas os guaranis já incorporaram a novidade
tecnológica ao seu estilo de vida. A importância da internet e da computação para eles está
expressa num caso de rara incorporação: a do vocabulário.
— Um dia, o cacique da aldeia Sapucaí me ligou. “A gente não está querendo chamar compu-
tador de “computador”. Sugeri a eles que criassem uma palavra em guarani. E criaram aiú irú
rive, “caixa pra acumular a língua”. Nós, brancos, usamos mouse, windows e outros termos,
que eles começaram a adaptar para o idioma deles, como angojhá (rato) e oventã (janela) —
O uso das novas tecnologias de informação e comunicação fez surgir uma série de novos
termos que foram acolhidos na sociedade brasileira em sua forma original, como: mouse,
windows, download, site, homepage, entre outros. O texto trata da adaptação de termos da
informática à língua indígena como uma reação da tribo Sapucaí, o que revela
a) a possibilidade que o índio Potty vislumbrou em relação à comunicação que a web pode trazer a
seu povo e à facilidade no envio de documentos e na conversação em tempo real.
b) o uso da internet para preparação e envio de documentos, bem como a contribuição para
as atividades relacionadas aos trabalhos da cultura indígena.
c) a preservação da identidade, demonstrada pela conservação do idioma, mesmo com a
utilização de novas tecnologias características da cultura de outros grupos sociais.
d) adesão ao projeto do Comitê para Democratização da Informática (CDI), que, em parceria com a
ONG Rede Povos da Floresta, possibilitou o acesso à web, mesmo em ambiente inóspito.
e) a apropriação da nova tecnologia de forma gradual, evidente quando os guaranis incorpora-
ram a novidade tecnológica ao seu estilo de vida com a possibilidade de acesso à internet.
12
Entrevista
Almir Suruí
Não temos o direito de ficar isolados
Soa contraditório, mas a mesma modernidade que quase dizimou os suruís nos tempos do pri-
meiro contato promete salvar a cultura e preservar o território desse povo. Em 2007, o líder Almir
Suruí, de 37 anos, fechou uma parceria inédita com o Google e levou a tecnologia às tribos. Os
índios passaram a valorizar a história dos anciãos. E a resguardar, em vídeos e fotos on-line,
as tradições da aldeia. Ainda se valeram de smartphones e GPS para delimitar suas terras e
identificar os desmatamentos ilegais. Em 2011, Almir Suruí foi eleito pela revista americana Fast
Company um dos 100 líderes mais criativos do mundo dos negócios.
ÉPOCA - Quando o senhor percebeu que a internet poderia ser uma aliada do povo suruí?
Almir Suruí - Meu povo acredita no diálogo. Para nós, é uma ferramenta muito importante. Sem
a tecnologia, não teríamos como dialogar suficientemente para propor e discutir os direitos e
territórios de nosso povo. Nós, povos indígenas, não temos mais o direito de ficar isolados. Ao
usar a tecnologia, valorizamos a floresta e criamos um novo modelo de desenvolvimento. Se a
gente usasse a tecnologia de qualquer jeito, seria um risco. Mas hoje temos a pretensão de usar
a ferramenta para valorizar nosso povo, buscar nossa autonomia e ajudar na implementação
das políticas públicas a favor do meio ambiente e das pessoas.
A prova de Redação representa pouco mais de um quinto da nota total da prova do ENEM,
mas como cada Universidade define o peso de cada parte da prova em sua seleção, a redação
pode valer ainda mais, dependendo do objetivo de cada aluno. Por isso, é importante investir uma
boa parcela do seu tempo na preparação para a redação, já que ela pode lhe conferir uma boa
vantagem na pontuação final.
Antes de começar, é preciso ter clareza de que, na redação do ENEM, há critérios espe-
cíficos que serão analisados e que esses critérios são diferentes daqueles dos vestibulares tra-
dicionais. Depois que você tiver clareza desses critérios, é importante elaborar várias redações,
conforme esse padrão, para ter mais facilidade de escrever a redação no dia da prova oficial. Por
isso, na sequência dessa apresentação sobre a redação no ENEM, inserimos todas as propostas
de redação que já caíram no Exame (seja nas versões de primeira ou de segunda aplicação).
Mas, antes de se dedicar a elas, é importante entender melhor o que é avaliado e
como é feita a correção. Abaixo você encontra todas essas informações e também tem
acesso a dicas sobre como fazer seu texto.
esperadas
As competências
na redação
Para ter uma boa nota na redação do ENEM, é preciso saber o que o MEC/
INEP espera de você. Para tornar esses critérios claros à população e aos alunos,
foi publicada uma matriz, que é estruturada a partir de competências e habilidades
que se espera que os participantes tenham desenvolvido ao longo de sua forma-
ção. No caso da redação, cinco competências são avaliadas:
1 - Prepare-se fisicamente.
Estudos mostram que um aluno que pratica alguma atividade física regularmente tem mais
resistência para resolver uma prova longa como o ENEM.
Se colocarmos dois alunos com exatamente o mesmo desenvolvimento de competências
e habilidades, além de mesmo acúmulo de conteúdos, para fazer a mesma prova - enquanto um
pratica atividades físicas e o outro não - poderemos verificar que o primeiro, aquele que pratica
Como é difícil resolver todas as questões e ainda fazer uma boa redação (o que demanda
tempo), é melhor usar o tempo para aquilo que poderá agregar mais pontos à sua nota. Em geral, a
redação consegue conferir mais pontos ao aluno do que aquelas questões difíceis em que ele fica
quebrando a cabeça sem conseguir resolver.
Por isso, sugerimos que você resolva as questões que tiver maior facilidade e deixe aquelas
que você não sabe resolver, ou aquelas que você gastará muito tempo resolvendo, para o final. Dessa
forma, você conseguirá reservar ao menos 1 hora para a elaboração da redação e conseguirá fazer
um bom texto. No tempo que sobrar você poderá então se dedicar às questões que deixou de lado.
Há quem prefira fazer a redação antes das questões. Pode ser uma boa opção para quem
perde a concentração muito rápido ou para quem só consegue escrever “com a cabeça mais fres-
ca”. Mas há duas coisas negativas: a primeira é que as questões podem trazer alguma informação
ou texto que pode ser útil na reflexão sobre o tema da redação e, fazendo a redação primeiro, você
perde essa chance. A segunda é que, ao fazer a redação primeiro, você pode se perder com relação
ao tempo, ficando mais de 1h ou 1h30 na redação, prejudicando a resolução das questões depois.
Ou seja, pode acontecer de você deixar questões (mesmo as fáceis) para o final e não conseguir
resolvê-las. Sugerimos que você faça a resolução das provas anteriores do ENEM, inclusive da re-
dação, como se fosse um simulado, e teste essas opções de “ordem de resolução”, para ver com
qual você tem melhor desempenho.
O ENEM é uma prova nacional, gigante. São milhões de redações que, ao contrário das ques-
tões (que são corrigidas por um equipamento automático), têm de ser corrigidas por professores,
uma a uma. Então você pode imaginar a dimensão que a correção de todos esses textos alcança e
também a necessidade de mecanismos que inibam injustiças.
Funciona assim: são milhares de professores selecionados e orientados anteriormente pelo
Se a diferença entre as notas dadas por esses 2 corretores for maior que 100 pontos, a reda-
ção será enviada para um ter- ceiro corretor, que não saberá qual foi a nota dada pelos 2 outros. Se
a nota dada por esse terceiro corretor for próxima (até 100 pontos de diferença) da nota dada por
algum dos 2 corretores anteriores, a nota fi nal do aluno será a média entre a nota desse terceiro
corretor e a nota do corretor anterior da qual a nota do terceiro corretor se aproxima.
Mas e se a nota do terceiro corretor também for distante (mais de 100 pontos) das duas notas
anteriores? Nesse caso a redação irá para uma banca composta por educadores mais experientes
e especialistas. Essa banca irá definir a nota final da redação.
Temos ainda um caso especial: o das notas 1000. Essa é a nota máxima que você pode ter na
redação. Se os 2 corretores derem nota 1000 ao aluno, então a média dele será 1000. Nesses casos,
essa redação será enviada à banca (a mesma banca que analisa as redações com divergências de
nota). Esse grupo especial de professores irá avaliar se correção dessa redação foi realmente justa
e confirmar, ou não, a nota 1000.
É ainda importante citar os casos de desclassificação. Isso acontece quando o aluno escreve
menos de 8 linhas, foge do tema, não elabora uma proposta ética de intervenção no problema ou
faz algum deboche ao exame (como inserir um hino de time, uma música ou uma receita de bolo no
meio do texto).
A matriz de referência:
Você poderá verificar, na Matriz de referência para redação (disponível na sequência), quais
são as competências esperadas do aluno. Repare, por exemplo, na importância da elaboração de
uma proposta de intervenção. Poderá verificar também, por exemplo, que o impacto de erros grama-
ticais não é tão grande no conjunto da nota.
Entre as avaliações que o ENEM se propõe a fazer, está a análise de se o aluno compreendeu
o tema da proposta de redação, se ele consegue construir, de forma evolutiva, argumentos para sua
tese, se ele consegue caracterizar autoria para seu texto e se ele consegue concluir o texto com
uma proposta ética e inovadora de intervenção na situação problema apresentada.
Os professores selecionados para realizar a correção das redações do ENEM têm de avaliar
cada redação nas 5 competências descritas nessa matriz, conforme os níveis de pontuação que
você pôde verificar.
Para facilitar seu entendimento, verifique abaixo a imagem da tela que esses corretores
usam para fazer o trabalho. Repare que há espaços para que o corretor indique a pontuação obtida
por aquela redação em cada critério (de 0 a 5).
Competência 1
O - nível 0
O - nível 1
O - nível 2
O - nível 3
O - nível 4
O - nível 5
Se o corretor assinalar o primeiro círculo (nível 0), ele irá gerar a nota 0 para essa competência.
O segundo irá gerar a nota 40, o terceiro, 80, o quarto, 120, o quinto, 160 e o sexto (nível 5), 200 pontos.
Com a análise de cada uma das 5 competências, cada uma valendo no máximo 200 pontos,
temos o total de até 1000 pontos a serem alcançados.
Mãos à obra
Agora que você já sabe o que é esperado da sua redação e sabe como será feita a cor-
reção, é importante que você dedique um pouco de seu tempo na elaboração de redações para as
propostas que já foram cobradas pelo ENEM após a implantação desse modelo (dessa matriz para
a redação). A seguir, você encontra 11 dessas propostas. Portanto, mãos à obra!
PROPOSTAS DE REDAÇÃO
1
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija um texto dessertativo-argumentativo em norma culta escrita
da língua portuguesa sobre o tema O indivíduo frente à ética nacional, apresentando proposta
de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione coerentemen-
te argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista.
Andamos demais acomodados, todo mundo reclamando em voz baixa como se fosse errado
indignar-se.
Sem ufanismo, porque dele estou cansada, sem dizer que este é um país rico, de gente boa e
cordata, com natureza (a que sobrou) belíssima e generosa, sem fantasiar nem botar óculos de
cor-de-rosa, que o momento não permite, eu me pergunto o que anda acontecendo com a gente.
Tenho medo disso que nos tornamos ou em que estamos nos transformando, achando bonita a
ignorância eloquente, engraçado o cinismo bem-vestido, interessante o banditismo arrojado,
normal o abismo em cuja beira nos equilibramos – não malabaristas, mas palhaços.
As denúncias que assolam nosso cotidiano podem dar lugar a uma vontade de transformar o
mundo só se nossa indignação não afetar o mundo inteiro. “Eles são TODOS corruptos” é um
pensamento que serve apenas para “confirmar” a “integridade” de quem se indigna.
O lugar-comum sobre a corrupção generalizada não é uma armadilha para os corruptos: eles
continuam iguais e livres, enquanto, fechados em casa, festejamos nossa esplendorosa retidão.
O dito lugar-comum é uma armadilha que amarra e imobiliza os mesmos que denunciam a im-
perfeição do mundo inteiro.
Estatuto do Idoso
Art. 4.º Nenhum idoso será objetivo de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência,
crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na
forma da lei.
Disponível em: www.mds.gov.br/suas/arquivos/estatuto_idoso.pdf. Acesso em: 07 maio 2009
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Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija um texto dessertativo-argumentativo em norma culta escrita da
língua portuguesa sobre o tema O Trabalho na Construção da Dignidade Humana, apresentando
experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Felizmente, nunca houve tantas ferramentas disponíveis para mudar o modo como trabalha-
mos e, consequentemente, como vivemos. E as transformações estão acontecendo. A crise
despedaçou companhias gigantes tidas até então como modelos de administração. Em vez de
grandes conglomerados, o futuro será povoado de empresas menores reunidas em torno de
projetos em comum. Os próximos anos também vão consolidar mudanças que vêm acontecen-
do há algum tempo: a busca pela qualidade de vida, a preocupação com o meio ambiente, e a
vontade de nos realizarmos como pessoas também em nossos trabalhos. “Falamos tanto em
desperdício de recursos naturais e energia, mas e quanto ao desperdício de talentos?”, diz o
filósofo e ensaísta suíço Alain de Botton em seu novo livro The Pleasure of Sorrows of Works (Os
prazeres e as dores do trabalho, ainda inédito no Brasil).
O seu Busca de
trabalho qualidade Inovação
em 2020 de vida
Preocupação
com o meio Globalização
ambiente
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Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita
da língua portuguesa sobre o tema Ajuda humanitária, apresentando proposta de ação social,
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Comitê de Ajuda Humanitária da UEPB treina voluntários para atuar junto às vitimas de
Palmares
Quinta, 01 de Julho de 2010 16:19
A primeira atividade da equipe terá início já neste domingo, data em que viajarão para a cidade
de Palmares (AL), onde permanecerão por uma semana, para oferecer apoio humanitário aos
moradores daquela localidade, uma das tantas atingidas pelas chuvas e enchentes que assola-
TERREMOTO NO HAITI
Redes Sociais da Internet foram o principal meio de
comunicação
14/01/2010 00:01h
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Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portugue-
sa sobre o tema VIVER EM REDE NO SÉCULO XXI: OS LIMITES ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO,
apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, or-
ganize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
A ONU acaba de declarar o acesso à rede um direito fundamental do ser humano – assim como
saúde, moradia e educação. No mundo todo, pessoas começam a abrir seus sinais privados
de wi-fi, organizações e governos se mobilizam para expandir a rede para espaços públicos e
regiões onde ela ainda não chega, com acesso livre e gratuito.
Uma pesquisa da consultoria Forrester Research revela que, nos Estados Unidos, a população já
As redes sociais são ótimas para disseminar ideias, tornar alguém popular e também arruinar
reputações. Um dos maiores desafios dos usuários da internet é saber ponderar o que se públi-
ca nela. Especialistas recomendam que não se deve publicar o que não se fala em público, pois
a internet é um ambiente social e, ao contrário do que se pensa, a rede não acoberta anonimato,
uma vez que mesmo quem se esconde atrás de um pseudônimo pode ser rastreado e identifica-
do. Aqueles que, por impulso, se exaltam e cometem gafes podem pagar caro.
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Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua
portuguesa sobre o tema CULTURA E MUDANÇA SOCIAL, apresentando proposta de ação so-
cial que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Fundado em 21 de janeiro de 1993, o Grupo Cultural AfroReggae foi criado para transformar a reali-
dade de jovens moradores de favelas utilizando a educação, a arte e a cultura como instrumentos de
inserção social. O embrião do projeto foi o jornal AfroReggae Notícias, cuja primeira edição circulou
em agosto de 1992. O informativo — distribuído gratuitamente e sem anunciantes — logo se tornou
um canal aberto para o debate de ideias e de problemas que afetam a vida de negros e pobres.
Desde então, o Grupo Cultural AfroReggae investe no potencial de jovens favelados, levando edu-
cação, cultura e arte a territórios marcados pela violência policial e pelo narcotráfico. Ao longo de
seus 18 anos, o AfroReggae vem utilizando atividades artísticas, como percussão, circo, grafite,
teatro e dança para tentar diminuir os abismos que separam negros e brancos, ricos e pobres,
a favela e o asfalto, a fim de criar pontes de união entre os diferentes segmentos da sociedade.
Herbert José de Souza, o Betinho, buscou a vida de forma intensa para si e para os outros,
particularmente para os excluídos da sociedade. Seu humor e sua ironia juntavam-se a uma
forte indignação diante da mínima injustiça. Ele afirmava que a democracia não é um modelo ou
uma estrutura acabada; é algo que constantemente deve ser sonhado, imaginado ou recriado.
A busca de ser livre, igual, diverso, solidário e participante é um princípio que deve fermentar
nosso constante sonhar e imaginar a democracia como guia de intervenção cidadã.
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A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos cons-
truídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da
língua portuguesa sobre o tema O MOVIMENTO MIGRATÓRIO PARA O BRASIL NO SÉCULO XXI,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Ao desembarcar no Brasil, os imigrantes trouxeram muito mais do que o anseio de refazer suas
vidas trabalhando nas lavouras de café e no início da indústria paulista. Nos séculos XIX e XX,
os representantes de mais de 70 nacionalidades e etnias chegaram com o sonho de “fazer a
América” e acabaram por contribuir expressivamente para a história do país e para a cultura
brasileira. Deles, o Brasil herdou sobrenomes, sotaques, costumes, comidas e vestimentas.
A história da migração humana não deve ser encarada como uma questão relacionada exclusi-
vamente ao passado; há a necessidade de tratar sobre deslocamentos mais recentes.
Nos últimos três dias de 2011, uma leva de 500 haitianos entrou ilegalmente no Brasil pelo Acre,
elevando para 1.400 a quantidade de imigrantes daquele país no município de Brasileia (AC).
Segundo o secretário adjunto de Justiça e Direitos Humanos do Acre, José Henrique Corinto, os
haitianos ocuparam a praça da cidade. A Defesa Civil do estado enviou galões de água potável
e alimentos, mas ainda não providenciou abrigo.
Os brasileiros sempre criticaram a forma como os paí- Disponível em: HTTP://mg1.com.br. Acesso em 21 jul. 2012.
ses europeus tratavam os imigrantes. Agora, chegou a nossa vez – afirma Corinto.
Trilha da Costura
Os imigrantes bolivianos, pelo último censo, são mais de 3 milhões, com população de aproxi-
madamente 9,119 milhões de pessoas. A Bolívia em termos de IDH ocupa a posição de 114° de
acordo com os parâmetros estabelecidos pela ONU. O país está no centro da América do Sul e
é o mais pobre, sendo 70% da população considerada miserável. Os principais países para onde
os bolivianos imigrantes dirigem-se são: Argentina, Brasil, Espanha e Estados Unidos.
Assim sendo, este é o quadro social em que se encontra a maioria da população da Bolívia,
estes dados já demonstram que as motivações do fluxo de imigrantes não são políticas, mas
econômicas. Como a maioria da população tem baixa qualificação, os trabalhos artesanais, cul-
turais, de campo e de costura são os de mais fácil acesso.
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A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos cons-
truídos ao de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua
portuguesa sobre o tema O GRUPO FORTALECE O INDIVÍDUO? Apresente proposta de intervenção
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, ar-
gumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.
A Associação dos Funcionários de Bancos de São Paulo teve seu estatuto aprovado em 16 de abril
Contendo as lágrimas após o término da final da Libertadores, Jorge Henrique falou primeiro sobre
a Fiel. “Eu sei que essa nação me ama pelo que faço em campo”, disse o jogador emocionado.
Mostrando a união, o camisa 23 elogiou a equipe. “O grupo é maravilho, humilde, não tem estrela.
Fomos conquistando nosso espaço”, disse o corinthiano.
A manifestação é inspirada no movimento mundial intitulado “Slut Walk”, criado em abril do ano
passado, após um oficial da policia de Toronto, no Canadá, dizer que, para evitar estupros, as mu-
lheres deveriam deixar de se “vestir como vadias”.
AMARAL, Tarsila do. A Família. 1925. Óleo sobre tela, 79 cm X 101,5 cm. Coleção Torquato Sabóia Pessoa, SP.
Lidar com as famílias, hoje, é lidar com a diversidade; famílias intactas, famílias em processo de sepa-
ração, famílias monoparentais, famílias reconstruídas, famílias constituídas de casais homossexuais,
famílias constituídas de filhos adotivos, famílias constituídas por meio das novas técnicas de reprodu-
ção. A família intacta, tal qual nos acostumamos a pensar como sendo o modelo de família, é, hoje em
dia, uma das várias formas de se viver a família. A multiplicidade “ser família”, hoje, cria um hiato na
geração que aprendeu o “ser família” de acordo com determinadas características e sua concretiza-
ção na prática. Talvez só a geração dos filhos saiba desenvolver a maneira de denominar tal realidade.
MOREIRA, B. F. O que há de novo nas novas famílias? Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br. Acesso em: 14 ago. 2009.
Para estancar a tendência de crescimento de mortes no trânsito, era necessária uma ação enér-
gica. E coube ao Governo Federal o primeiro passo, desde a proposta da nova legislação à aqui-
sição de milhares de etilômetros. Mas para que todos ganhem, é indispensável a participação
de estados, municípios e sociedade em geral. Porque para atingir o bem comum, o desafio deve
ser de todos.
Disponível em: www.dprf.gov.br. Acesso em: 20 jun. 2013.
-13% 97%
Atendimento Aprovaram o uso
Hospitalar dos bafômetros
Fonte: Secretaríra Municipal de Fonte: IBPS
Saúde (RJ)
-27% -6,2%
Vítimas de acidente Média Nac. de
no Grande Rio redução vítimas
Fonte: ISP - RJ fatais
Fonte: Data SUS
A lei da física que comprova que dois polos opostos se atraem em um campo magnético é um dos
conceitos mais populares desse ramo do conhecimento. Tulipas de chope e bolachas de papelão
não servem, em condições normais, como objetos de experimento para confirmar essa proposta.
A ideia de uma agência de comunicação em Belo Horizonte foi bem simples. Ímãs foram inseri-
dos em bolachas utilizadas para descansar os copos, de forma imperceptível para o consumidor.
Em cada lado, há uma opção para o cliente: dirigir ou chamar um táxi depois de beber. Ao mesmo
tempo, tulipas de chope também receberam pequenos pedaços de metal mascarados com uma
pequena rodela de papel na base do copo. Durante um fim de semana, todas as bebidas servidas
passaram a pregar uma peça no cliente. Ao tentar descansar seu copo com a opção dirigir virada
para cima, os ímãs apresentavam a mesma polaridade e, portanto, causando repulsão, fazendo
com que o descanso fugisse do copo; se estivesse virada mostrando o lado com o desenho de
um táxi, ela rapidamente grudava na base do copo. A ideia surgiu na necessidade de passar a
mensagem de uma forma leve e no exato momento do consumo.
Disponível em: www.operacaoleisecarj.rj.gov.br. Acesso em: 20 jun. 2013 (adaptado).
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A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Cooperativismo como alternativa social”,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou 2012 o Ano Internacional das Cooperativas,
como reconhecimento do papel fundamental das Cooperativas na promoção do desenvolvi-
mento socioeconômico de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo.
Com este propósito, a Assembleia Geral da ONU apela para a comunidade internacional a fim
de que medidas sejam tomadas para a criação de um ambiente favorável e capacitante para o
fomento à instalação de cooperativas, objetivando a promoção da conscientização dos povos
em relação às importantes contribuições das cooperativas para a geração de empregos e
para a consequente melhoria qualitativa de vida dos povos.
“Porque nós somos os médicos do planeta, o planeta está doente e o ser humano está adoe-
cendo cada vez mais. Quanto menos ele trata o lixo, mais ele adoece o planeta. E nós estamos
aqui fazendo um trabalho digno. De fazer com que aquelas pessoas que ainda não têm cons-
ciência, bem, vamos esperar que elas tenham, mas enquanto isso nós vamos fazendo esse
trabalho”.
Marli, membro de uma cooperativa de catadores de lixo instalada no centro de São Paulo.
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 20 jun. 2013 (adaptado).