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Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro

Aluno: Gabriel Dias Biuzo


Disciplina: História da Filosofia I
Docente: Dra. Flávia Bruno
Grupo: Metafísica

Tema: As Quatro Causas

Aristóteles apresenta a metafísica, em primeiro lugar, como “busca das


causas primeiras”. Assim, devemos estabelecer quais e quantas são essas
causas. Aristóteles esclareceu que as causas necessariamente devem ser
finitas quanto ao número e estabeleceu que, no que se refere ao mundo do
devir, reduzem-se às seguintes quatro: Causa formal, causa material, causa
eficiente e causa final.
As duas primeiras nada mais são do que a forma ou essência e a
matéria, que constituem todas as coisas. Matéria e forma são suficientes para
explicar a realidade, se a considerarmos estaticamente; no entanto, se a
considerarmos dinamicamente, isto é, no seu devir, no seu produzir-se e no
seu corromper-se, então já não bastam. Com efeito, é evidente que, por
exemplo, se considerarmos determinado homem estaticamente, ele se reduz a
nada mais que sua matéria (carne e osso) e sua forma (alma). Mas, se o
considerarmos dinamicamente, perguntando-nos “como nasceu”, “quem o
gerou” e “por que se desenvolve e cresce”, então são necessárias duas razões
ou causas: a causa eficiente ou motriz, isto é, o pai que o gerou, e a causa
final, isto é, o fim ou o objetivo para o qual tende o devir do homem.
Portanto, podemos resumir a questão da seguinte maneira:

1. Causa formal: Trata-se da forma que faz com que a coisa seja o que é.
É a resposta à questão: o que é X?

2. Causa material: É o elemento constituinte da coisa, a matéria de que é


feita. Responde à questão: De que é feito X?

3. Causa eficiente: Consiste na fonte primária da mudança, o agente da


transformação da coisa. Responde à questão: Por que X é X?; ou O
que fez/Quem fez com que X viesse a ser X?

4. Causa final: Trata-se do objetivo, propósito, finalidade da coisa.


Responde à questão: Para que X? A visão aristotélica é fortemente
teleológica (do grego ‘telos’, finalidade), isto é, supõe que tudo na
realidade possui uma finalidade. A natureza apresenta uma
regularidade, uma ordem, e isso não pode ser obra do acaso: deve
existir um propósito.

Para esclarecer, consideremos um exemplo dado pelo próprio Aristóteles.


Curiosamente, já que ele parecia restringir-se a objetos naturais, o da estátua
de uma deusa. A causa formal é o modelo que serve para dar forma à estátua.
A causa material é a matéria de que é feita a estátua, por exemplo, o bronze ou
o mármore. Assim, uma determinada quantidade de matéria recebe a forma de
estátua. Podemos ter a mesma forma, a estátua, e diferentes materiais, como o
bronze, gesso, mármore etc., assim como a mesma matéria pode se encontrar
em diferentes formas, como o mármore na estátua, na pedreira, na coluna etc.
A causa eficiente é o que faz com que aquela matéria adquira uma
determinada forma, em nosso exemplo o escultor com suas ferramentas, que
dá ao mármore a forma de estátua. A causa final caracteriza o objetivo ou
propósito da estátua: o culto, a decoração etc.

Outros exemplos

Causa material: madeira, que é submetida a um processo de mudança


para chegar à causa final.
Causa formal: Cilíndrica.
Causa eficiente: Fabricante de lápis.
Causa final: Escrever, rabiscar ou desenhar.

Causa material: Bronze.


Causa formal: Leão.
Causa eficiente: escultor.
Causa final: estátua de leão.

Bibliografia consultada e utilizada:

REALE, Giovanni. ANTISERI, Dario. História da Filosofia – Antiguidade e Idade


Média. Volume I. Paulus, 3ª edição.

MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia – Dos Pré-Socráticos a


Wittgenstein. Zahar, 1ª edição, 1997.

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