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Detectores de radiação

• Para quê ?
Para medir as propriedades de partículas (carregadas ou neutras) originadas num determinado
processo
Energia, momento, posição, trajectoria, tempo, velocidade, massa, carga....

• Como ?

Através da interacção dessas partículas com o próprio detector


ÆDeposição total ou parcial da sua energia

Sinal
(luz, carga)
Sinal
partícula região eléctrico Sistema
de Sensor de
interacção aquisição
Princípios de detecção
A detecção de partículas faz-se sempre através da sua interacção com a matéria.

Ao atravessar um meio material, as partículas carregadas deixam atrás de si átomos excitados,


pares electrão-ião (em gases) ou pares electrão-lacuna (em sólidos).

Os fotões interagem com a matéria produzindo partículas carregadas, que por sua vez vão
interagir com o meio.

Excitação:
Os fotões emitidos pelos átomos excitados num material transparente
Detectores
podem ser registados com detectores de luz. de cintilação

Ionização:
As partículas carregadas criam pares electrão-ião (gases) e electrão-lacuna
(sóildos). Aplicando um campo ao volume de detecção, estas cargas Detectores
são recolhidas e lidas por electrónica adequada. de ionização
Detectores de ionização (I)
Detectores gasosos:
As partículas carregadas deixam um rasto de pares electrão-ião em gases ou líquidos.

I) A ionização pode induzir reacções que permitem a visualizar a trajectória da partícula

Câmara de nevoeiro: a carga cria gotículas


Câmara de bolhas: a carga cria bolhas
Emulsão fotográfica: a carga impressiona o filme

II) Aplicando um campo ao volume de detecção, estas cargas podem ser recolhidas e lidas por
electrónica adequada. As cargas podem ser internamente amplificadas para produzirem um
sinal mensurável. Os vários tipos de detectores são basicamente um só dispositivo que pode
trabalhar em diversos regimes e configurações, explorando diferentes fenómenos:

Câmaras de ionização
Contador proprocional
Contador Geiger-Müller

Detectores de estado sólido:


As partículas carregadas deixam um rasto de pares electrão-lacuna.As cargas em movimento
podem ser recolhidas e lidas por electrónica adequada. Neste detectores o sinal induzido pela
carga inicial é suficiente, não sendo necessária amplificação.
Câmara de nevoeiro

Wilson Cloud Chamber 1911 X-rays, Wilson 1912

Alphas, Philipp 1926


Positrão

Um positrão de 63 MeV entra numa placa de chumbo de


6 mm de espessura, saindo com 23 MeV.

Campo magnético: 15000 Gauss

Diâmetro da câmara: 15 cm

Chumbo: 11.34 g/cm3, Z=82, A=125


Descoberta do positrão,
Carl Andersen 1933

A ionização da partícula e o seu comportamento ao atravessar


a placa de chumbo são idênticos aos do electrão.

Curvatura:
partícula de carga positiva, viajando de baixo para cima

dE/dX:
Μuito menor que o esperado para protão. Compatível com electrão positivo!
Câmara de nevoeiro

Um electrão com uma energia inicial de 16.9 MeV move-se


em espiral num campo magnético, sendo visíveis 36 voltas.

O percurso total é de 1030 cm, e a energia final 12.4 MeV.

No entanto, a perda de energia prevista por ionização é de


2.8MeV.

A perda de energia observada (4.5MeV) é pois


parcialmente devida a Bremsstrahlung.

Electrão energético movendo-se num


Campo magnético (Bevatron, 1940)
6
Emulsões fotográficas
Em emulsões fotográficas a ionização induz reacções químicas que permitem
visualizar a trajectória da partícula

Entre 1923 e 1938 Marietta Blau foi pioneira nesta técnica.


As emulsões eram expostas aos raios cósmicos a altitudes elevadas durante longos períodos e
depois analisadas ao microscópio
A alta densidade das emulsões comparada com a das câmaras de nevoeiro tornava mais visíveis
as trajectórias de particulas resultantes de desintegrações
Detectores de ionização (II)
• Os diferentes detectores de ionização são basicamente um só dispositivo que pode trabalhar
em diversos regimes de tensão aplicada e com diversas configurações geométricas,
explorando diferentes aspectos dos fenómenos envolvidos

• Cátodo: cilindro de paredes condutoras cheio de um gás


nobre
• Ânodo: fio condutor ao longo do eixo do cilindro (+Vo)
• Campo eléctrico: radial E(r) = 1/r .Vo/ln(rext/rint)

• Quando a radiação atravessa o cilindro são criados pares electrão-ião em número


proporcional à quantidade de energia depositada
• Devido ao campo eléctrico, os iões são acelerados para o cátodo e os electrões para o
ânodo, onde se convertem num impulso de corrente, que por integração dá a carga
recolhida. Esta depende pois de Vo
Detectores de ionização (III)
• Região I – Vo ~ 0. Os pares e – ião recombinam-se.
Não há carga recolhida. À medida que Vo aumenta,
cada vez mais pares são recolhidos.

• Região II – Câmara de ionização


A partir de certo valor todos os pares são
recolhidos e um aumento de Vo não tem efeito –
estamos no primeiro patamar.

• Região III – Contador proporcional


Continuando a aumentar Vo, os electrões
libertados têm energia suficiente para produzir
ionizações secundárias
Æ Ionização em avalanche (junto ao ânodo)
Proporcionalidade: todas as avalanches são
aproximadamente iguais e independentes

Vo (Volt)

• Região IV – Contador Geiger-Müller


Tornando a subir Vo ocorre uma descarga no gás: fotões de
desexcitação moleculares vão iniciar muitas avalanches . O sinal
em corrente satura - patamar
Contador Geiger-Müller
Região IV – Contador Geiger-Müller

Devido ao campo eléctrico elevado, as avalanches vão ser


aumentadas, e induzir avalanches secundárias.

Os fotões produzidos na desexcitação de moléculas do gás


vão migrar, produzindo novas avalanches deslocalizadas.
Têm um papel importante na propagação espacial do
fenómeno

Vo (Volt)

O processo de terminação da reacção tem a ver com a acumulação de iões positivos (de
baixa mobilidade) à volta do ânodo Æ O campo eléctrico fica abaixo do limiar do GM

A terminação do fenómeno dá-se depois do desenvolvimento de um conjunto de avalanches


que corresponde sempre à mesma carga total Æ Os impulsos de saída são todos iguais.
Contador Geiger-Müller
• Não há medida da energia – funciona em descarga, todos os sinais são de igual amplitude,
independentemente da energia depositada (nº de pares e-ião inicial)
Æ Só pode ser usado como contador de eventos
Æ Um impulso típico tem 109 – 1010 pares e-ião - sinais da ordem dos Volts

• Comportamento temporal:
Æ Impulso dos electrões no ânodo: carga gerada e recolhida em ~ poucos μs
Æ tempo de trânsito dos iões ~ centenas de μs

• Sinais de amplitude muito elevada


• Tempo de recuperação relativamente alto
Contador Geiger-Müller
Para uma dada tensão aplicada, todos os sinais
são de igual amplitude, independentemente da
energia depositada (nº de pares e-ião inicial)
Æ Não há medida da energia, apenas contagem
de eventos

À medida que se aumenta a tensão, aumenta


a dimensão da descarga, aumentando a amplitude
do sinal.

Apenas aumenta o sinal correspondente a um evento.


Não o número de eventos detectados!

Æ Patamar de GM

Na realidade, o patamar tem uma certa inclinação


(extremidades do tubo, impulsos na fase de
recuperação...)

Acima de uma certa tensão, o sistema entra em


descarga contínua
Contador Geiger-Müller
• Eficiência de detecção para partículas carregadas ~ 100%
Æ 1 par e-ião é suficiente
Æ janela fina

• Fotões: baixa probabilidade de conversão Æ baixa eficiência


Æ Conversão nas paredes do tubo.
Contador Geiger-Müller
• Produz sinais muito elevados, devida à grande carga colectada (~ Volts)
• É um sistema simples (electrónica), fácil de operar e económico
Cintiladores
A energia perdida pelas partículas incidentes vai excitar os átomos do material.
Há emissão de luz na gama do visível ou ultravioleta (UV).

• Fluorescência: reemissão rápida de luz


(podendo ter uma componente mais rápida e outra mais lenta)
• Fosforecência: reemissão lenta de luz

Caracterização:
• Eficiência de conversão da
energia depositada em luz
(Light yield)
• Tempo de emissão
(componente rápida)
• Espectro de emissão
• Transparência

Variedade / versatilidade Æ inúmeras aplicações


Cintiladores
Cintiladores Orgânicos Cintiladores Inorgânicos

Materiais de baixo Z: Grande densidade e Z: cristais NaI, CsI, BGO,


plásticos (e.g. poliestireno) dopados com …
dopados com impurezas activadoras: NaI(Tl)
moléculas fluorescentes

Cintilação de natureza Cintilação devida à estrutura de bandas


molecular electrónicas dos cristais

Baixo Light Yield


Elevado Light Yield
Emissão de luz rápida (1- 3 ns) Emissão de luz lenta (~100 ns)

Bons para electrões Bons para fotões


Usados em medicina nuclear

Outros tipos: gases (nobres!), vidros, ...


Cintiladores
Fotomultiplicadores
Anode

Photo
Cathode

γ
Dynodes

Window PMT - Photomultiplier tube

• Janela de entrada transparente (vidro ou quartzo)

• Fotocátodo:
fotões incidentes são convertidos em electrões (fotoelectrões) por efeito
fotoeléctrico
Eficiência quântica ~20% Npe = Nγ . εgeom . QE
Baixo ruído = Corrente negra (emissão espontânea) + ruído estatístico

• Dínodos: cadeia de amplificação: sujeitos a tensão, emissão de electrões


secundários
Ganho ≈ 106 . Muito rápidos ≈ 200 ps
Fotomultiplicadores
Aplicação: NaI + PMT

O fotão incidente origina partículas carregadas no cristal, que vão produzir


luz de cintilação

Os fotões de cintilação atingem o fotocátodo do PMT. São produzidos


fotoelectrões, que se multiplicam na cadeia de amplificação
Aplicação: NaI + PMT
Aplicação: NaI + PMT
3

(1) O γ sofre várias difusões de Compton e é absorvido


por efeito fotoeléctrico. É detectada toda a energia 2
Æ Contribuição para o pico de abosrção total (fotopico)
1

(2) O γ sofre uma ou várias difusões de Compton


e abandona o detector.
É detectada apenas a energia dos electrões
Æ Contribuição para o patamar de Compton
Se o γ sofrer uma retrodifusão (difusão de Compton
com transferência máxima de energia para o electrão):
Æ Contribuição para o joelho de Compton
N
Eemax= Efoto – Eγmin ~ Efoto – 0.256 MeV

(3) O γ sofre uma retrodifusão e é detectado


O electrão também é detectado Æ Contribuição para o fotopico

O electrão não é detectado (por a difusão se ter dado fora do


detector, ou muito junto à superfície do mesmo)
Æ Contribuição para o pico de retrodifusão (backscattering)
E

Ebackscattering = Eγmin ~ 0.256 MeV


Aplicação NaI + PMT 3

(4) O γ origina um par electrão-positrão; o positrão aniquila- 2


se na matéria, originando dois fotões (back to back) que 1
são absorvidos por efeito fotoeléctrico.
Æ Contribuição para o pico de absorção total

Eγ = 2 me c2 + Te+ +Te- = 1022 KeV + Te+ +Te-

(5) Como no caso anterior: γ Æ e+e- , e+ Æ γγ


mas um dos gamas escapa do detector
Æ Contribuição para o pico de escape simples

Edep = Eγ - 511 KeV N

(6) Como no caso anterior: γ Æ e+e- , e+ Æ γγ


mas os dois gamas escapam do detector
Æ Contribuição para o pico de escape duplo

Edep = Eγ - 1022 KeV

E
Fontes radioactivas

γ
Características gerais dos detectores (I)
Sensibilidade
... a um determinado tipo de partícula e gama de energia. Depende das secções eficazes envolvidas, volume
do detector, ruído electrónico, ...

Exemplo: Detecção de fotões por cintiladores plásticos e cristais Plástico Cristal

Resposta/Linearidade
Se a radiação incidente for completamente absorvida, o sinal recolhido no detector,
Energia
convertido em impulso eléctrico e integrado no tempo dá-nos uma carga proporcional
à energia incidente.

Em muitos casos a resposta do detector é linear: Valor medido = k . Valor inicial


k = constante de calibração Canal

Eficiência
εtotal = eventos detectados / eventos emitidos pela fonte εtotal = εintrínseca x εgeométrica
εintrínseca = eventos detectados / eventos incidindo no detector
Depende do tipo e energia da radiação e do material e volume do detector
εgeométrica = eventos incidindo no detector / eventos emitidos pela fonte
Depende da distribuição angular da radiação emitida e da fracção do ângulo sólido coberta pelo detector
Características gerais dos detectores (II)

Resolução em energia
É uma medida da capacidade de o detector distinguir dois valores de energia próximos.
Estamos perante fenómenos estatísticos flutuando em torno de um valor médio
R = ΔE / E = FWHM / E

Exemplo NaI: Variação da resolução com a energia: R varia com 1/√E


Poisson => σ2= N (ΔN = FWHM = 2.35 σ)
R = ΔE / E = ΔN / N = 2.35/√N

Tempo morto
É o tempo τ necessário ao sistema de detecção para processar um evento.
Se o detector se mantiver activo durante esse tempo há empilhamento de eventos.
Se o detector bloquear durante esse tempo há perda de eventos.

Se o detector regista k contagens durante o tempo T. Qual é a taxa real r ?

A taxa medida é r’ = k/T. O tempo morto é kτ.


O número real de contagens é rT = k + r k τ
Donde r = r’ / (1-r’ τ)
Lab: Contador Geiger-Müller
Lab: Espectroscopia gama (NaI)

Energia

Canal

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