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03 DIREITO PENAL
Prof. Leda Siqueira
52 DIREITO CIVIL
Profa. Tallita Sampaio
81 DIREITO ELEITORAL
Prof. Tallita Sampaio
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DIREITO PENAL
PROF. LEDA SIQUEIRA
01 – QUESTÃO:
a) Jacó aos 17 anos seqüestrou Isabel e a manteve em cárcere privado por algum tempo.
Durante o tempo da privação da liberdade da vítima, Jacó completou 18 anos. Dias depois,
o cativeiro foi descoberto e o agente preso em flagrante. Jacó deve se submeter às regras do
Estatuto da Criança e do Adolescente tendo em vista que no início da empreitada criminosa
era menor de idade.
b) Davi foi condenado à pena privativa de liberdade com trânsito em julgado da sentença.
Anos depois, houve abolitio criminis da conduta por ele perpetrada. O juiz que proferiu a
sentença deverá analisar a aplicação da lei mais benigna.
c) Saulo falsificou uma folha de cheques pertencente a Marta e com o documento fez compras
em uma loja de eletrodomésticos. Saulo responderá apenas por estelionato.
d) Zaqueu foi pronunciado por tentativa de homicídio qualificado. Em plenário do júri,
todavia, os jurados entenderam que o réu praticou tão somente lesão corporal, decidindo
pela desclassificação do crime. Nesse caso, deve-se recalcular o prazo de prescrição,
desconsiderando a interrupção operada em virtude da decisão de pronúncia.
e) Pedro quando foi condenado pelo crime de roubo, estava sendo investigado por
estelionato, furto e porte ilegal de arma. No momento da fixação da pena base, o juiz achou
por bem aumentá-la levando-se em consideração os inúmeros inquéritos policiais atribuídos
ao réu, agindo, assim, de forma correta diante de sua conduta social reprovável.
RESPOSTA: Alternativa C.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A: Incorreta.
Súmula 711 STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado
ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da
continuidade ou da permanência.
Alternativa B: Incorreta.
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Alternativa C: Correta.
Essa súmula não é dotada de muita técnica eis que o crime menos grave (estelionato)
absorve o mais grave (falso), tendo sido adotada por razões de política criminal.
Alternativa D: Incorreta.
Alternativa E:
02 – QUESTÃO:
RESPOSTA: Alternativa B.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A:
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conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal.
Alternativa B:
Neste caso, por ser reincidente, o agente deveria receber o regime fechado. Entretanto,
o STJ entendeu que pelo fato da pena ser diminuta (igual ou inferior a quatro anos que enseja,
em regra, a aplicação do regime aberto) e das circunstâncias judiciais serem favoráveis, invés de
receber o regime fechado, o réu pode receber o semiaberto.
Alternativa C:
Alternativa D:
Alternativa E:
03 – QUESTÃO:
Daniel e Salomão resolvem matar Abraão, porém nenhum sabe da vontade do outro. Daniel
encontra-se com a vítima pela manhã e lhe oferece um chá envenenado. Momentos mais
tarde, Salomão encontra-se para almoçar com Abraão e enquanto este vai ao banheiro lavar
as mãos, aquele deposita veneno em sua refeição. Abraão falece no dia seguinte. A perícia
conclui que ele foi envenenado, mas não consegue aferir qual das substâncias ministradas
foi causadora do óbito. Tal fenômeno retrata:
a) O concurso de pessoas.
b) A autoria colateral.
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c) A autoria indiferente.
d) A autoria incerta.
e) A autoria desconhecida.
RESPOSTA: Alternativa D.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A: Não há concurso de pessoas eis que não existe liame subjetivo entre
os agentes.
Pluralidade de agentes,
Relevância causal de cada conduta,
Liame subjetivo,
Unidade de infração (regra)
Alternativa B: A autoria colateral ocorre quando duas ou mais pessoas realizam atos
de execução de um mesmo crime, cada uma desconhecendo a vontade da outra. Nela, não há
concurso de pessoas, cada um responde por um crime diverso, pois não há vínculo subjetivo.
Alternativa C: Essa nomenclatura não existe, foi colocada na questão como forma de
confundir o candidato. Ressalta-se, contudo, que nesse contexto é importante esclarecer que
a autoria colateral também é conhecida como coautoria lateral, coautoria imprópria ou autoria
parelha.
Alternativa D: Correta. A autoria incerta pressupõe uma autoria colateral, só que não
se descobre quem produziu o resultado. Nesse caso, ambos agentes respondem por tentativa
de homicídio. Não se sabe quem matou ou quem errou, e como não tem como identificar, incide
o in dubio pro reo.
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04 – QUESTÃO:
RESPOSTA: Alternativa B.
COMENTÁRIOS:
Além disso, nos termos da Lei 8.072/90, todas as modalidades de estupro são
consideradas crimes hediondos (art. 213, caput e §§ 1o e 2o) e (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e
4o).
Alternativa B: Abigeato significa furto de gado. Nesse sentido, o Código Penal ganhou
um novo inciso no art. 155 prevendo expressamente essa conduta como furto qualificado.
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II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo;
III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;
IV - adoção ilegal; ou
V - exploração sexual.
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
§ 1º A pena é aumentada de um terço até a metade se:
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional.
Não confundir com o homicídio que será qualificado nessa mesma hipótese que
invés de gerar lesão gere a morte da vítima.
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Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até
terceiro grau, em razão dessa condição: Pena - reclusão, de doze a trinta
anos.
05 - QUESTÃO:
RESPOSTA: Alternativa E.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A:
Alternativa B:
Alternativa C:
1 http://www.dizerodireito.com.br/2015/08/revisao-para-o-concurso-de-juiz-do-tjsp.html
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ou usar declaração de pobreza falsa em juízo, com a finalidade de
obter os benefícios da gratuidade de justiça não é crime, pois aludida
manifestação não pode ser considerada documento para fins penais, já
que é passível de comprovação posterior, seja por provocação da parte
contrária seja por aferição, de ofício, pelo magistrado da causa. STJ. 6ª
Turma. HC 261.074-MS, Rel. Min. Marilza Maynard (Desembargadora
convocada do TJ-SE), julgado em 5/8/2014 (Info 546).
Alternativa D:
Alternativa E:
06 – QUESTÃO:
RESPOSTA: Alternativa B.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A: O art. 4º da Lei das Contravenções Penais prevê que não é punível
a tentativa de contravenção. No aspecto fático, obviamente, é possível tentar praticar uma
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contravenção, mas o legislador trata a hipótese como irrelevante penal. Pode-se dizer que é
atípica a tentativa de contravenção.
Alternativa B:
2ª) Teoria Sintomática: por ela, a tentativa revela a periculosidade do agente e para
ele deve ser aplicada uma medida de segurança.
O Código Penal adotou a Teoria Objetiva como regra geral (art. 14, p. único), sendo
que a pena do crime tentado é diminuída de 1/3 a 2/3 do crime consumado. O critério que vai
orientar o juiz nesse cálculo será a maior ou menor proximidade da consumação.
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caso concreto. Se a ineficácia for relativa configura-se tentativa, por exemplo, o agente atira no
seu desafeto que está usando um colete à prova de bala. A ineficácia do meio que ele elegeu
é apenas relativa porque apesar do colete, seu desafeto poderia ser vitimado, o colete não
representa um escudo absoluto que impede o crime de se consumar. Diante disso, o agente
responde por tentativa não configurando crime impossível.
07 – QUESTÃO:
a) A infração tipificada no art. 28 admite como penas ao réu primário: advertência, prestação
de serviços à comunidade e inclusão em cursos ou programas educativos pelo lapso temporal
de 6 meses.
b) Havendo descumprimento da pena imposta em razão da prática do art. 28, as penas serão
aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.
c) A Lei de Drogas contempla crimes de menor potencial ofensivo.
d) No tráfico privilegiado, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde
que o agente seja primário, de bons antecedentes e não se dedique às atividades criminosas.
e) Prescrevem em 3 (três) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à
interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.
RESPOSTA: Alternativa C.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A: As penas previstas para quem pratica a conduta prevista no art. 28 são:
• Advertência.
Havendo descumprimento dessas penas, não cabe a prisão. O juiz poderá adotar
alguma das seguintes sanções:
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• Admoestação verbal.
• Multa.
Reincidência: não cabe prisão, mas o prazo para as penas é aumentado até 10 meses
(prestação de serviços à comunidade e inclusão a cursos e programas educativos).
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite
o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
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Requisitos:
Lembre-se que de acordo com o STF, o tráfico privilegiado não tem natureza hedionda.
Alternativa E:
08 – QUESTÃO:
REPOSTA: Alternativa A.
COMENTÁRIOS:
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estiver recolhido a estabelecimento prisional.
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descontado.
Alternativa D: O art. 301 do CTB determina que ao condutor de veículo nos casos de
acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá
fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.
Aplica-se o art. 135 do CP quando o omitente não estiver envolvido no acidente (ex:
uma pessoa que presenciou o acidente e não prestou socorro).
09 – QUESTÃO:
RESPOSTA: Alternativa D.
COMENTÁRIOS:
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Alternativa A: A competência para julgar contravenções penais é da Justiça Estadual
e, em regra, do Juizado Especial Criminal. A Justiça Federal não julga contravenção penal.
raça,
cor,
etnia,
religião ou
procedência nacional.
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Alternativa E: O art. 7º trata da reincidência em contravenção penal. Verifica-se
a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de passar em julgado a
sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime ou no Brasil
por motivo de contravenção.
10 – QUESTÃO:
RESPOSTA: Alternativa E.
COMENTÁRIOS:
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crime ou contravenção penal. Ela somente ocorre antes do trânsito em julgado da condenação.
Fundamentos da Prescrição:
a) Segurança Jurídica: não é correto nem justo aplicar uma pena muito tempo depois
da prática de um crime.
Prescrição Decadência
- A prescrição atinge a pena de qualquer - Somente ocorre nos crimes de ação privada
crime independentemente da ação penal, e nos crimes de ação pública condicionada
salvo nas hipóteses de imprescritibilidade à representação. Não há decadência nos
penal crimes de ação pública incondicionada e nos
crimes de ação penal pública condicionada à
requisição do Ministro da Justiça
- a prescrição pode ocorrer a qualquer - a decadência somente ocorre antes da ação
momento, antes, durante ou após a ação penal
penal - a decadência não se suspende nem se
- a prescrição admite causas suspensivas e interrompe
interruptivas - a decadência representa a perda do direito
- a prescrição representa a perda do direito de ação e indiretamente o direito de punir
de punir
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Ainda existe o prazo de 2 anos em duas situações: para pena de multa quando ela for a única
pena aplicada e para o crime do art. 28 da Lei de Drogas (porte de droga para consumo pessoal).
No Código Penal, por maior que seja a pena ela prescreve em 20 anos.
Todos esses prazos prescricionais serão reduzidos pela metade se o réu se encontrar
nas situações do art. 115 do Código Penal.
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a absolvição juntando provas mais robustas. O tribunal ao analisar o recurso vai entender que
a sentença condenatória do furto interrompe a prescrição do estelionato, embora este último
tenha recebido sentença absolutória. Os crimes mais do que conexos devem ser objetos do
MESMO processo.
Alternativa D:
Alternativa E:
Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, além dos casos acima, temos:
a pronúncia.
decisão confirmatória da pronúncia.
11 – QUESTÃO:
a) O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se
consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima real, senão as da vítima virtual.
b) No erro sobre a coisa, o agente vai responder pelo valor do bem que queria atingir e não
pelo valor do bem realmente atingido.
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c) No erro sobre a qualificadora, o agente responde pelo crime em sua modalidade
fundamental.
d) O erro na execução ocorre quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução,
o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa,
respondendo como se tivesse praticado o crime contra aquela.
e) Aberratio Delicti consiste no resultado diverso do pretendido.
RESPOSTA: Alternativa B.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A: O erro sobre a pessoa está tratado no art. 20, §3º do Código Penal.
Nesse tipo de erro ocorre uma confusão. O agente confunde a pessoa que queria
atingir com pessoa diversa. Tem-se a vítima virtual que é aquela que o agente queria atingir e
uma vítima real que é a pessoa efetivamente atingida.
O erro sobre a pessoa traz reflexos na dosimetria da pena. O juiz vai levar em
consideração as condições da pessoa que o agente queria atingir e não da pessoa que foi
efetivamente atingida. Ex: o agente queria matar o pai, mas matou por engano o tio. Em sua
pena, será computada a agravante de crime praticado contra ascendente.
Alternativa B: No erro sobre a coisa, o equívoco recai sobre o objeto contra o qual o
crime é praticado. Ex: o segurança de um shopping decide furtar uma relojoaria, ele quebra a
vitrine e pega o relógio de 30 mil reais. Depois, descobre-se que o relógio roubado, por questões
de segurança, era uma réplica de 300 reais e que o verdadeiro ficava guardado no cofre.
O agente vai responder pelo valor do bem atingido. No erro sobre a coisa pode
incidir o princípio da insignificância.
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lascívia de outrem em sua forma simples.
Qual a diferença entre o erro na execução e o erro sobre a pessoa? Nos dois casos
existe uma vítima virtual e uma vítima real. No erro sobre a pessoa, o agente confunde a vítima
real com a virtual. No erro na execução, não há confusão sobre a vítima, o erro é na execução, ou
seja, o agente não atinge a vítima por má pontaria, porque se atrapalha, etc..
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro
na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido (crime
diferente), o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime
culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do
art. 70 deste Código.
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Espécies de Resultado Diverso do Pretendido:
De acordo com a doutrina, se a pena do crime culposo que subsistiu for muito baixa
ou quando não for prevista modalidade culposa para o crime, o agente pode ser punido por
tentativa do crime mais grave. Ex: o agente querendo matar seu desafeto desfere-lhe 3 tiros
e nenhum o acerta, quebrando a vidraça de uma casa. Como não há dano culposo ele vai
responder por tentativa de homicídio.
12 – QUESTÃO:
a) A Teoria Eclética.
b) A Teoria Absoluta.
c) A Teoria Material.
d) A Teoria Relativa.
e) A Teoria Formal.
RESPOSTA: Alternativa A.
COMENTÁRIOS:
1ª) Teoria Absoluta: (Kant e Hegel) a pena tem uma finalidade retributiva (a pena é
um castigo). A pena funciona como um instrumento de vingança do Estado contra o criminoso.
A grande crítica é que a pena não tem finalidade prática, pune-se por punir e nada mais. Por ela,
a pena não busca a recuperação do criminoso, ela se limita a punir.
2ª) Teoria Relativa: a pena tem uma finalidade preventiva, ela busca a prevenção de
novos crimes. Essa prevenção se subdivide em prevenção geral e especial. A prevenção geral
possui a coletividade como destinatária. Busca-se evitar que os demais membros da sociedade
pratiquem crimes. Já a prevenção especial tem como destinatário o próprio condenado. A
prevenção geral e a especial podem ser negativa ou positiva.
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A prevenção geral negativa consiste na intimidação coletiva. O Estado pune para
demonstrar às outras pessoas que o crime não compensa. O condenado é tido como uma
“cobaia” a fim de servir de exemplo para outras pessoas.
13 – QUESTÃO:
Sobre o crime de falso testemunho e falsa perícia previstos no art. 342 do Código Penal,
assinale a alternativa correta:
RESPOSTA: Alternativa C.
COMENTÁRIOS:
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Apesar de, em regra, o processo pelo falso ter que aguardar o pronunciamento do
juízo deprecante, pode haver hipótese na qual o juiz deprecado verifica de pronto o falso, e,
após o termo de audiência assinado pela testemunha, determine a instauração de inquérito
com conseqüente denúncia.
Alternativa B:
Art. 342. § 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo
em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
A retratação deve ocorrer antes da sentença do processo em que o falso foi prestado
e não do processo instaurado em razão do falso.
Alternativa C: Correta. O referido tipo legal possui como bem jurídico protegido a
Administração da Justiça. Justiça aqui não se confunde com jurisdição, quer dizer a justiça como
um todo e não somente a atuação do Poder Judiciário. É por isso que existe esse crime em
processos administrativos, por exemplo.
14 – QUESTÃO:
Sobre o crime de associação criminosa previsto do art. 288 do Código Penal, assinale a
alternativa incorreta.
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d) A pena aumenta-se da metade se houver participação de criança ou adolescente.
e) A penal aumenta-se até a metade se a associação criminosa é armada.
RESPOSTA: Alternativa A.
COMENTÁRIOS:
Alternativa C: O ajuste tem que ser prévio e não eventual, sob pena de se caracterizar
mero concurso de agentes e não associação.
Alternativa D:
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Art. 288. Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a
associação é armada ou se houver a participação de criança ou
adolescente. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013)
Alternativa E:
15 – QUESTÃO:
RESPOSTA: Alternativa E.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A:
Alternativa B: Em relação à ação penal, temos que a regra é de que nos crimes
sexuais, a ação penal é pública condicionada à representação, inclusive no estupro qualificado
pela lesão grave ou pela morte. Antes da Lei 12.015, entendia-se que a regra era a ação penal
privada. Agora, a regra é ação penal pública condicionada à representação.
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Exceções: ação pública incondicionada: vítima menor de 18 anos ou vulnerável.
c) permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: a relação pode ser
heterossexual ou homossexual, mas a vítima é obrigada a suportar um ato libidinoso, o papel
da vítima é passivo. Exemplo: suportar o sexo oral.
Nos atos libidinosos, a vítima pode exercer um papel ativo ou passivo. Nessas condutas
de letra “b” e “c” é dispensável o contato físico entre o agente e a vítima, basta o envolvimento da
vítima no ato libidinoso. Exemplo: o agente saca uma arma e obriga a vítima e se automasturbar
ou constrange a vítima a praticar um ato libidinoso com um animal.
Quanto ao sujeito passivo, a vítima pode ser qualquer pessoa tanto mulher quanto
homem. Qualquer pessoa pode estuprar e qualquer pessoa pode ser estuprada (mulher x
mulher – homem x homem, transexual). Sendo assim crime comum tanto em relação ao sujeito
ativo quanto ao sujeito passivo.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
PROF. LEDA SIQUEIRA
16 – QUESTÃO:
a) José é advogado criminal e deseja obter acesso aos autos do inquérito policial de seu
cliente. Deve ser garantido a José amplo acesso aos autos de investigação, tanto quanto aos
elementos probatórios já coligidos quanto àqueles ainda não documentados.
b) Gabriel é promotor de justiça e, embora tenha participado da fase investigatória de um
determina crime, não está impedido de atuar no mesmo processo em sua fase judicial.
c) Miguel é funcionário público e foi injuriado em razão do exercício de sua função enquanto
trabalhava. Para tanto, resta apenas a Miguel que represente ao Ministério Público a fim de
obter a responsabilização de quem o injuriou.
d) A decisão que rejeitou uma denúncia era nula. Diante disso, o Tribunal proveu o recurso
interposto, valendo tal decisão como seu recebimento.
e) A denúncia oferecida pelo Ministério Público em desfavor de Moisés foi rejeitada. O
Ministério Público recorreu, mas Moisés não foi intimado para apresentar contrarrazões. Tal
ato não é nulo se, não obstante a ausência de intimação de Moisés, tenha havido nomeação
de defensor dativo.
RESPOSTA: Alternativa B.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A:
Alternativa B:
Alternativa C:
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Súmula 714 STF: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante
queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do
ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público
em razão do exercício de suas funções.
Alternativa D:
Alternativa E:
17 – QUESTÃO:
a) Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra
decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.
b) Habeas Corpus profilático é aquele em que o risco à liberdade de locomoção existe, mas
é remoto ou periférico.
c) É exigida capacidade processual para se impetrar habeas corpus.
d) Cabe ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de habeas corpus impetrado contra
decisão de Turma Recursal de Juizado Especial.
e) Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.
RESPOSTA: Alternativa D.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A:
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invés da impetração de outro HC em instância superior.
Alternativa B:
c) HC Suspensivo: para Luiz Flavio Gomes, ele tem cabimento quando o mandado
prisional já foi expedido, mas ainda não foi cumprido. Nesse caso, a procedência do HC importa
na expedição de um contra-mandado de prisão.
h) HC ex officio: não existe ação penal ex officio para sancionar o réu, mas em sua
defesa existe sim ação penal ex officio. O HC de ofício é um exemplo de ação penal ex officio
não condenatória, afinal os juízes e tribunais concederão ordem de habeas corpus ao tomar
conhecimento de eventual ilegalidade ou abuso de poder, respeitadas as regras de competência.
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representada ou assistida. Ex: menor que não possui capacidade processual (necessita de
representação) para poder impetrá-lo. O que não se exige para o HC é a capacidade postulatória,
ou seja, não precisa ser por meio de advogado!!!!
Alternativa D: A súmula 690 do STF que previa o julgamento pelo STF do habeas
corpus impetrado contra decisão de turma recursal de Juizado Especial foi cancelada. A partir
de então, o HC será julgado no Tribunal de Justiça se a turma recursal for de juizado estadual ou
no Tribunal Regional Federal se a turma recursal for de juizado federal.
Alternativa E:
Súmula 695 STF: Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena
privativa de liberdade.
18 – QUESTÃO:
De acordo com entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa
incorreta:
a) É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do único
defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.
b) No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só
o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
c) É nula a decisão do tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não argüida no recurso da
acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.
d) É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de precatória
para inquirição de testemunha.
e) É nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, mas não transcreve a
denúncia ou queixa ou não resuma os fatos em que se baseia.
RESPOSTA: Alternativa E.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A:
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nos autos da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente
intimado para constituir outro.
Alternativa B:
Alternativa C:
Alternativa D:
Alternativa E:
Súmula 366: Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei
penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os
fatos em que se baseia.
19 – QUESTÃO:
No que pertine à Lei de Execução Penal, assinale a alternativa correta de acordo com
entendimento sumulado do STJ e STF.
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e) A prática de falta grave interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto.
RESPOSTA: Alternativa A.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A:
Alternativa B:
Alternativa C:
O juiz não pode colocar como condição à concessão do regime aberto, por exemplo,
a prestação de serviços à comunidade, isso porque já é requisito para o condenado progredir,
ele ter que trabalhar.
Alternativa D:
Súmula 715 STF: A pena unificada para atender ao limite de trinta anos
de cumprimento, determinado pelo art. 75 do código penal, não é
considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento
condicional ou regime mais favorável de execução.
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Alternativa E:
Súmula 535 STJ: A prática de falta grave não interrompe o prazo para
fim de comutação de pena ou indulto.
20 – QUESTÃO:
No que tange aos aspectos processuais da Lei 11.343/06, assinale a alternativa incorreta:
a) O prazo para o inquérito policial ser concluído é de 30 dias se o réu estiver preso e 90 dias
se estiver solto, podendo ser duplicado após a oitiva do Ministério Público.
b) Há previsão expressa de defesa prévia que ocorre antes do recebimento da denúncia.
c) O prazo para oferecimento da denúncia é de 15 dias.
d) O réu será interrogado antes das testemunhas.
e) A audiência de instrução e julgamento deverá ocorrer, via de regra, no prazo de 30 dias do
recebimento da denúncia.
RESPOSTA: Alternativa C.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A:
Alternativa B:
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Alternativa C:
Alternativa D:
Alternativa E:
Art. 56. § 2o A audiência a que se refere o caput deste artigo será realizada
dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao recebimento da denúncia, salvo
se determinada a realização de avaliação para atestar dependência de
drogas, quando se realizará em 90 (noventa) dias.
21 – QUESTÃO:
a) A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi consumada a infração
penal.
b) A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará inquérito policial e o
encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se
as requisições dos exames periciais necessários.
c) A composição dos danos civis será homologada pelo juiz mediante sentença recorrível
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por apelação.
d) Os requisitos para que o autor do fato faça jus à transação penal são, dentre outros: não
ter sido o autor da infração condenado, pela prática de infração penal, à pena privativa de
liberdade, por sentença definitiva.
e) Diante do descumprimento injustificado da transação, o processo retorna ao estado de
origem e o Ministério Público pode oferecer denúncia.
RESPOSTA: Alternativa E.
COMENTÁRIOS:
A composição será homologada pelo juiz mediante sentença irrecorrível. Ela terá
eficácia de título executivo a ser executado no juízo cível competente.
Não confundir com a sentença que homologa a transação penal, esta sim comporta
apelação. (Art. 76, §5º)
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homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de
título a ser executado no juízo civil competente.
Alternativa D:
Não ter sido o autor do fato condenado pela prática de crime a pena privativa
de liberdade por sentença definitiva. Entende-se que o autor do fato tiver sido condenado
anteriormente por contravenção penal, ele faz jus à transação.
Não ter sido o agente beneficiado anteriormente no prazo de cinco anos, pela
aplicação de transação penal.
A transação penal realizada não é apta a configurar maus antecedentes, nos termos
do art. 76 § 4º da lei 9.099/95.
22 – QUESTÃO:
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processo aos crimes com pena de até 2 anos (crimes de menor potencial ofensivo).
e) Na Lei 9.605/98, a declaração de extinção de punibilidade depende do cumprimento das
condições do art. 89 da Lei 9.099/95, além disso, é necessário o laudo de constatação de
reparação do dano ambiental.
RESPOSTA: Alternativa B.
COMENTÁRIOS:
Alternativa B:
Revogação da suspensão:
a) Revogação obrigatória:
b) Revogação Facultativa:
Alternativa C:
40
Súmula 696 STF: Reunidos os pressupostos legais permissivos da
suspensão condicional do processo, mas se recusando o Promotor de
Justiça a propô-la, o Juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-
Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do CPP.
Findo o prazo de prorrogação será feito novo laudo de constatação do dano ambiental.
23 – QUESTÃO:
I. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra
pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos na lei de crimes hediondos, serão submetidos,
obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA.
II. É direito do preso ter contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita,
da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons
costumes. Tal direito, contudo, pode ser suspenso ou restringido mediante ato motivado do
diretor do estabelecimento.
III. É sanção que pode ser aplicada ao preso faltoso o isolamento na própria cela, ou em local
41
adequado, nos estabelecimentos que possuam alojamento coletivo.
IV. É vedada a aplicação do Regime Disciplinar Diferenciado ao preso provisório.
a) I e II.
b) II e IV.
c) I, II e IV.
d) I, II e III.
e) I, II, III e IV.
RESPOSTA: Alternativa D.
COMENTÁRIOS:
Assertiva I:
Requisitos:
c) Crime hediondo.
Assertiva II:
Assertiva III:
42
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único);
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos
estabelecimentos que possuam alojamento coletivo, observado o
disposto no artigo 88 desta Lei.
V - inclusão no regime disciplinar diferenciado.
Assertiva IV:
O RDD é a espécie mais drástica de sanção disciplinar. Ele não é regime de cumprimento
de pena.
I. Duração máxima de até 360 dias (em caso de nova falta grave da mesma espécie,
o RDD tem duração de até 1/6 da pena aplicada). Não há limites de reinclusão no RDD, se o
agente continua cometendo falta grave reiteradamente. Assim, na primeira inclusão no RDD, o
condenado pode ficar 360 dias, se ele reincidir no cometimento de falta grave ele pode voltar
para o RDD e ficar lá até 1/6 da pena. Se ele sai e comete outra falta grave ele pode voltar ao
RDD. Prevalece que o 1/6 da pena é o limite para cada nova inclusão no RDD e não o limite
máximo para todas as inclusões.
III. Visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas
horas.
1°. Prática de fato previsto como crime doloso e esse fato gerar subversão da ordem
ou disciplina interna.
2°. Preso que apresenta alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento
penal ou da sociedade.
43
3°. Fundadas suspeitas em envolvimento ou participação em organizações criminosas.
O RDD está sujeito à decisão judicial, ou seja, só o juiz pode incluir o condenado no
RDD a pedido do diretor do estabelecimento ou do Ministério Público.
24 – QUESTÃO:
a) Pelo Sistema Pensilvânico, o preso cumpre a pena integralmente na cela sem dela sair.
b) Aplica-se o regime fechado ao condenado primário a pena igual ou superior a 8 anos.
c) Nos crimes hediondos, a progressão de regime deve observar o lapso de 2/5 se o agente é
primário e 3/5 se o agente é reincidente.
d) O não pagamento voluntário da pena de multa impede a progressão no regime prisional.
e) Não é obrigatória a realização de exame criminológico para a progressão de regime.
RESPOSTA: Alternativa B.
COMENTÁRIOS:
• Pena superior a 4 até 8 anos, se o réu não for reincidente + circunstâncias favoráveis:
regime semiaberto.
44
• Pena até 4 anos, se o réu não for reincidente + circunstâncias favoráveis: regime
aberto.
25 – QUESTÃO:
a) O condenado maior de 80 anos que esteja cumprindo pena em regime aberto faz jus à
prisão domiciliar.
b) A saída temporária destina-se aos condenados que cumprem pena no regime fechado ou
semiaberto.
c) Contra as decisões do juiz da execução cabe recurso em sentido estrito.
45
d) A permissão de saída deve ser concedida pelo juiz.
e) O reincidente em crime hediondo não tem direito a livramento condicional.
RESPOSTA: Alternativa E.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A:
I. Visita à família;
i. Comportamento adequado;
46
Seu prazo é de 7 dias podendo ser renovada por 4x durante o ano. No caso de
atividade escolar, o tempo se estende até a conclusão da atividade.
Agravo em execução:
Efeitos: devolutivo, juízo de retratação, e em regra não tem efeito suspensivo. Exceção:
terá efeito suspensivo no caso de decisão de desinternação.
A permissão é dada pelo diretor do estabelecimento, pois são decisões urgentes. Sua
duração é o necessário para a finalidade da saída, não tem tempo predeterminado.
26 – QUESTÃO:
47
I. O condenado que cumpre pena em regime aberto não tem direito à remição.
II. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por
trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
III. O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará
a beneficiar-se com a remição.
IV. O preso provisório tem direito à remição.
a) Apenas a assertiva I.
b) I e III.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) Apenas a assertiva IV.
RESPOSTA: Alternativa A.
COMENTÁRIOS:
Assertiva II:
Assertiva III:
48
Art. 126. § 4o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no
trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição.
Assertiva IV:
27 – QUESTÃO:
REPOSTA: Alternativa C.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A:
49
Alternativa B:
Alternativa C:
50
Alternativa D:
Alternativa E:
Sem prévia autorização judicial, são nulas as provas obtidas pela polícia
por meio da extração de dados e de conversas registradas no WhatsApp
presentes no celular do suposto autor de fato delituoso, ainda que o
aparelho tenha sido apreendido no momento da prisão em flagrante.
STJ. 6ª Turma. RHC 51.531-RO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em
19/4/2016 (Info 583).
51
DIREITO CIVIL
PROFA. TALLITA SAMPAIO
28 – QUESTÃO:
RESPOSTA: ALTERNATIVA C.
COMENTÁRIOS:
Alternativa C: Esta é a alternativa correta, pois reproduz o teor do Art. 1799, I do CC.
52
Alternativa D: Nos termos do art. 1793 do CC, o direito à sucessão aberta pode sim
ser objeto de cessão por escritura pública. Portanto, esta alternativa está incorreta.
Alternativa E: De acordo com o art. 1802 do CC, são nulas (e não anuláveis) as
disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder.
29 – QUESTÃO:
RESPOSTA: ALTERNATIVA D.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A: De acordo com o art. 1812 do CC, tanto os atos de aceitação quanto os
atos de renúncia da herança são irrevogáveis.
Alternativa B: Nos termos do art. 1.805 do CC, não importa aceitação da herança a
cessão gratuita, pura e simples, da herança aos demais coerdeiros.
Alternativa C: Esta alternativa está incorreta pois, de acordo com o art. 1806, a
renúncia da herança pode se dar por instrumento público ou termo judicial.
Alternativa D: Esta é a alternativa correta, vez que reproduz o teor do art. 1852 do CC.
Pela própria dicção legal (art. 1851 do CC), dá- se o direito de representação quando
a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia,
se vivo fosse. Flávio Tartuce, em seu Manual de Direito de Família, apresenta as duas hipóteses
específicas em que o CC trouxe o direito de representação:
53
e companheiros, que sequer são parentes entre si.
Representação na linha colateral ou transversal (art. 1.853) – existente
somente em favor dos filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos
deste concorrerem. Exemplificando, se o falecido deixar dois irmãos
vivos e um sobrinho, filho de outro irmão premorto, o sobrinho tem
direito de representação. Deve ficar claro que o direito de representação
não se estende aos sobrinhos-netos do falecido, mas somente quanto
aos sobrinhos. Nessa linha decidiu recentemente o Superior Tribunal de
Justiça, em decisão publicada no seu Informativo n. 485 que “A Turma
negou provimento ao recurso com o entendimento de que, embora fosse
o pai da recorrente sobrinho da inventariada, ele já havia falecido, e o
direito de representação, na sucessão colateral, por expressa disposição
legal, limita-se aos filhos dos irmãos, não se estendendo aos sobrinhos-
netos, como é o caso da recorrente” (STJ, REsp.
1.064.363/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, j.11.10.2011).
Alternativa E: Nos termos do art. 1860, parág único do CC, a capacidade para testar
dá-se a partir dos dezesseis anos de idade (e não a partir dos dezoito anos de idade, momento
em que se adquire a plena capacidade – por isto, muitos candidatos costuram errar a questão
que cobra este dispositivo).
30 – QUESTÃO:
RESPOSTA: ALTERNATIVA A.
COMENTÁRIOS:
54
agrícola e pecuário somente podem ser convencionados, no máximo, pelo prazo das obrigações
garantidas.
Alternativa D: Nos termos do art. 1475 do CC, é nula a cláusula que proíbe ao
proprietário alienar imóvel hipotecado (admitindo-se, entretanto, que referida venda configure
vencimento antecipado da dívida). Isto porque a hipoteca é um direito real de GARANTIA sobre
a coisa alheia, não retirando os direitos inerentes ao proprietário (qual seja, vender a coisa).
Alternativa E: Nos termos do art. 1487 do CC, a hipoteca pode ser constituída para
garantia de divida futura ou condicionada, desde que determinado o valor máximo do crédito
a ser garantido.
31 – QUESTÃO:
RESPOSTA: ALTERNATIVA A.
COMENTÁRIOS:
55
formação psicológica da criança ou adolescente promovida ou induzida por um dos genitores,
pelos avós ou pelos que tenham o menos sob a sua autoridade, guarda ou vigilância, para que
repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou manutenção de vínculos com
este. Este conceito é dado pela própria Lei 12.318.
Alternativa C: De acordo com o ART 6, VII da Lei de alienação parental, o juiz declarar
a suspensão da autoridade parental (E NÃO A PERDA).
Alternativa E: Esta alternativa está incorreta, pois a Lei apresenta apenas um rol
exemplificativo de atos ou formas de produzir ou induzir a alienação parental.
32 – QUESTÃO:
56
e) As partes não podem exigir indenização suplementar ä pena convencional.
RESPOSTA: ALTERNATIVA B.
COMENTÁRIOS:
A cláusula penal não se confunde com as arras. Enquanto aquela só é paga em caso
de inadimplemento, estas são pagas antecipadamente. Ademais, a cláusula penal é instituída
em favor do credor, enquanto as arras são instituídas em favor do devedor.
Alternativa A: Nos termos do art. 416 do CC, para exigir a pena convencional, NÃO é
necessário que o credor alegue prejuízo.
Alternativa B: Esta é a alternativa correta, nos termos do art. 419 do CC. Entretanto,
se houver sido estipulado o direito de arrependimento, as arras terão função unicamente
indenizatória (neste caso, não haverá direito a indenização suplementar).
Alternativa D: Nos termos do art. 420 do CC, se houver sido estipulado o direito de
arrependimento, as arras terão função unicamente indenizatória (neste caso, não haverá direito
a indenização suplementar).
Alternativa E: Esta alternativa está incorreta. Nos termos do art. 16, parág. Único do
CC, as partes podem convencionar indenização suplementar.
57
33 – QUESTÃO:
RESPOSTA: ALTERNATIVA C.
COMENTÁRIOS:
Alternativa C: A função social do contrato tem uma eficácia interna e externa. Esta
eficácia externa da função social do contrato está intimamente relacionada á Tutela externa
do crédito, que consiste na possibilidade de o contrato gerar efeitos perante terceiros ou de
condutas de terceiros repercutirem no contrato. Como exemplo, pode ser citada a norma do art.
608 do CC, segundo a qual aquele que aliciar pessoas obrigadas por contrato escrito a prestar
serviços a outrem, pagará a este o correspondente a dois anos da prestação de serviços. Há,
assim, a responsabilidade do terceiro aliciador, ou terceiro cúmplice, que desrespeita a existência
do contrato aliciando uma das partes.
São considerados deveres anexos, entre outros, segundo Flávio Tartuce: Dever de
58
cuidado em relação à outra parte; Dever de respeito; Dever de informar a outra parte sobre
o conteúdo do negócio; Dever de agir conforme a confiança depositada; Dever de lealdade e
probidade; Dever de colaboração ou cooperação; Dever de agir com honestidade; Dever de agir
conforme a razoabilidade, a equidade e a boa razão.
Já o termo tu quoque, significa que um contratante que violou uma norma jurídica não
poderá, sem a caracterização do abuso de direito, aproveitar-se dessa situação anteriormente
criada pelo desrespeito. Trata-se da hipótese em que um sujeito viola uma norma jurídica e,
posteriormente, tenta tirar proveito da situação em benefício próprio. Este conceito parcelar
fundamenta-se na regra de ouro segundo a qual ninguém deve fazer contra o outro que não
faria contra si mesmo. Com o tu quoque, evita-se que uma pessoa que viole uma norma jurídica
possa exercer direito dessa mesma norma inferida.
A exceptio doli é conceituada como sendo a defesa do réu contra ações dolosas,
contrárias à boa-fé. Aqui a boa-fé objetiva é utilizada como defesa. A exceção mais conhecida
no Direito Civil brasileiro é aquela constante no art. 476 do Código Civil, a exceptio non adimpleti
59
contractus, pela qual ninguém pode exigir que uma parte cumpra com a sua obrigação se
primeiro não cumprir com a própria.
Pela máxima venire contra factum proprium non potest, determinada pessoa não pode
exercer um direito próprio contrariando um comportamento anterior, devendo ser mantida a
confiança e o dever de lealdade, decorrentes da boa-fé objetiva. O conceito mantém relação
com a tese dos atos próprios. Flávio Tartuce, em seu Manual de Direito Civil, ensina que existem
quatro pressupostos para aplicação da proibição do comportamento contraditório: 1.º) um fato
próprio, uma conduta inicial; 2.º) a legítima confiança de outrem na conservação do sentido
objetivo dessa conduta; 3.º) um comportamento contraditório com este sentido objetivo; 4.º)
um dano ou um potencial de dano decorrente da contradição.
Com relação ao duty to mitigate the loss (dever de mitigar as próprias perdas), trago
as explicações contidas no Manual de Direito Civil, do Flávio Tartuce, acerca da cláusula de stop
loss, tema analisado pelo Superior Tribunal de Justiça no ano de 2014:
60
34 – QUESTÃO:
RESPOSTA: ALTERNATIVA E.
COMENTÁRIOS.
Alternativa A: De acordo com o art. 483 do CC, a compra e venda pode ter por objeto
coisa atual ou futura.
Alternativa B: De acordo com o art. 496 do CC, É anulável (e não nula, como disse a
alternativa), a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descentes e o cônjuge do
alienante expressamente houverem consignado.
Alternativa C: Nos termos do art. 503 do CC, nas coisas vendidas conjuntamente, o
defeito oculto de uma autoriza a rejeição de todas.
Nos termos do art. 520 do CC, o direito de preferência não se pode ceder nem passa
aos herdeiros (ao contrário da retrovenda, pois o direito de retrato é sim transmissível aos
herdeiros, nos termos do art. 507 do CC). NÃO CONFUNDA!
Alternativa E: esta é a alternativa correta, pois está em conformidade com o art. 507
do CC. Acerca da cláusula de retrovenda, ensina Flávio Tartuce, em seu Manual de Direito Civil:
61
Constitui um pacto inserido no contrato de compra e venda pelo qual
o vendedor reserva-se o direito de reaver o imóvel que está sendo
alienado, dentro de certo prazo, restituindo o preço e reembolsando
todas as despesas feitas pelo comprador no período de resgate, desde
que previamente ajustadas (art. 505 do CC).
35 – QUESTÃO:
a) A posse, mesmo que injusta, ainda é posse e pode ser defendida por ações do juízo
possessório, não contra aquele de quem se tirou a coisa, mas sim em face de terceiros.
b) Em relação aos seus efeitos, os vícios da violência, da clandestinidade ou da precariedade
não influenciam na questão dos frutos, das benfeitorias e das responsabilidades.
c) Ainda que de má-fé, esse possuidor não perde o direito de ajuizar a ação possessória
competente para proteger-se de um ataque de terceiro.
d) O ius possessionis é o direito à posse que decorre de propriedade.
e) A posse ad interdicta não conduz à usucapião.
RESPOSTA: ALTERNATIVA D.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A: Esta alternativa está correta. De fato, a posse, mesmo que injusta,
ainda é posse e pode ser defendida por ações do juízo possessório, não contra aquele de quem
se tirou a coisa, mas sim em face de terceiros. Isso porque a posse somente é viciada em relação
a uma determinada pessoa (efeitos inter partes), não tendo o vício efeitos contra todos, ou seja,
erga omnes.
Alternativa B: Esta alternativa também está correta. Em relação aos seus efeitos, os
vícios da violência, da clandestinidade ou da precariedade não influenciam na questão dos
frutos, das benfeitorias e das responsabilidades. Para tais questões, leva-se em conta se a posse
é de boa-fé ou má-fé.
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posse sem título, que existe por si só. Portanto, esta é a alternativa incorreta, vez que o ius
possessionis decorre exclusivamente da posse (e não da propriedade, como disse a alternativa).
36 – QUESTÃO:
RESPOSTA: Alternativa E.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A: Nos termos do art. 1542 do CC, o casamento pode celebrar-se por
procuração desde que por instrumento público, com poderes especiais.
Alternativa B: Nos termos do art. 1542, parág. 3, a eficácia do mandato não ultrapassará
90 dias.
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37 – QUESTÃO:
a) o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos
bens do casal e der partilha aos herdeiros;
b) o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra
o seu consorte.
c) a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez
meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
d) o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do
casal;
e) o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos,
com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não
estiverem saldadas as respectivas contas.
RESPOSTA: ALTERNATIVA B.
COMENTÁRIOS:
64
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a
partilha dos bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos,
cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto
não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas
contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes
sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste
artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para
o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada;
no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou
inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
65
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROF. TALLITA SAMPAIO
38 – QUESTÃO:
a) Não será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
b) O juiz proferirá os despachos no prazo de 10 (dez) dias.
c) Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 10 (dez) dias o prazo
para a prática de ato processual a cargo da parte.
d) Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá
prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses.
e) É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos
de declaração, sem posterior ratificação.
RESPOSTA: ALTERNATIVA D.
COMENTÁRIOS:
66
Alternativa D: Esta é a alternativa correta, nos termos do Art. 222 do CPC.
O STJ cancelou a súmula 418 e, em seu lugar, aprovou a nova súmula 579, nos
seguintes termos:
39 – QUESTÃO:
67
RESPOSTA: ALTERNATIVA D.
COMENTÁRIOS:
Alternativa B: Esta alternativa está incorreta pois, de acordo com o art. 134 do CPC, a
regra é que a instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica suspenda
o processo.
Assim, ao invés de “levantar o véu” da personalidade jurídica para que eventual
constrição de bens atinja o patrimônio dos sócios (como acontece na desconsideração da
personalidade jurídica), a desconsideração inversa objetiva atingir os bens da própria sociedade
em razão das obrigações contraídas pelo sócio, desde que sejam preenchidos os requisitos
legais.
A teoria da desconsideração inversa não contava com previsão legal, sendo admitida
pela doutrina e jurisprudência tanto no âmbito do direito obrigacional, como no direito de
família.
Entretanto, o NCPC dispôs expressamente acerca deste instituto no Art. 133, parág. 2.
68
Alternativa E: O NCPC promoveu algumas mudanças no tocante á denunciação da
lide, quais sejam:
3) Por fim, outra novidade diz respeito á denunciação da lide per saltum, ou seja,
aquela feita não ao alienante imediato, mas a qualquer um dos alienantes anteriores. Antes do
CPC/15, quem admitia a denunciação per saltum, o fazia com base no art. 456 do CC. Entretanto,
este dispositivo foi expressamente revogado pelo art.1072, II do CPC/15.
69
RESPOSTA : ALTERNATIVA A.
COMENTÁRIOS:
41 – QUESTÃO:
I – Serão citados, sob pena de nulidade, todos os interessados, bem como o Ministério
Público, sob pena de nulidade:
70
II – O prazo para resposta é de 10 dias;
III- O procedimento terá início por provocação do interessado, do Ministério Público ou da
Defensoria Pública;
RESPOSTA: ALTERNATIVA D.
COMENTÁRIOS
I – FALSO. O item reproduz o dispositivo que estava previsto no ACPC. Agora, nos
termos do art. 721 do NCPC, o Ministério Público será intimado, e apenas nos casos do art. 178
do CPC.
III – O NCPC incluiu a Defensoria Publica no rol dos legitimados para o procedimento
de jurisdição voluntária. Vejam o Art. 720 do CPC;
Apenas o item III está correto. Portanto, o candidato deve assinalar a alternativa D.
42 – QUESTÃO:
71
c) É cabível quando houver efetiva repetição de processos que contenham controvérsia
sobre a mesma questão unicamente de direito ou quando houver risco de ofensa à isonomia
e à segurança jurídica.
d) Se não for requerente, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente no incidente e
deverá assumir sua titularidade em caso de desistência ou abandono.
e) Admitido o incidente, o relator suspenderá os processos pendentes, individuais ou
coletivos, que tramitam no Estado ou na região, conforme o caso.
RESPOSTA: ALTERNATIVA C.
COMENTÁRIOS:
O IRDR, portanto, segundo Fredie Didier, é um incidente que transfere a outro órgão
do mesmo tribunal a competência funcional para o julgar o caso e, igualmente, fixar o seu
entendimento a respeito de uma questão jurídica que se revela comum em diversos processos.
Alternativa A: Alternativa correta, nos termos do Art. 980 do CPC.
Alternativa C: O art. 976 do CPC dispõe acerca do cabimento do IRDR, e diz que deve
72
haver, SIMULTANEAMENTE, efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre
a mesma questão unicamente de direito E risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica (e
não um ou outro, como disse a alternativa).
43 – QUESTÃO:
RESPOSTA: ALTERNATIVA A.
COMENTÁRIOS:
73
a partir do enunciado nº 356 da Súmula do STF, foi expressamente encampado pelo art. 1.025
do NCPC, que assim dispõe:
44 – QUESTÃO:
a) A tutela de evidência será concedida quando as alegações de fato puderem ser comprovadas
apenas documentalmente ou houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou
em súmula vinculante.
b) A tutela de evidência será concedida quando ficar caracterizado o abuso de direito de
defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte, caso em que o juiz poderá decidir
liminarmente.
c) A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, poderá ser concedida em caráter
antecedente ou incidental.
d) Efetivada a tutelar cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo
de 5 (cinco) dias.
e) O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem
influi no julgamento desse, ainda que o motivo do indeferimento seja o reconhecimento de
decadência ou de prescrição.
RESPOSTA: ALTERNATIVA C.
COMENTÁRIOS:
74
A tutela provisória de urgência pode ser requerida em caráter antecedente ou
incidente; a tutela provisória de urgência só pode ser requerida em caráter incidente (art.294,
parág. Único do CPC). A tutela provisória antecedente foi concebida para aqueles casos em que
a situação de urgência já é presente no momento da propositura da ação e, em razão disso, a
parte não dispõe de tempo hábil para levantar os elementos necessários para formular o pedido
de tutela definitiva, de modo completo e acabado.
Alternativa A: Nos termos do art. 311, II do CPC, A tutela de evidência será concedida
quando as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente E houver
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante (e não OU, como
disse a alternativa).
Percebam que a própria lógica indica que apenas nessas duas hipóteses é que o
juiz poderá decidir liminarmente. Isto porque os incisos I e IV dependem do comportamento
da parte (no inciso I, depende da caracterização do abuso do direito de defesa ou manifesto
propósito protelatório, e no inciso IV depende de o réu não ter apresentado uma prova capaz
de gerar dúvida razoável).
75
de prescrição.
45 – QUESTÃO:
a) Quando, por 3 (três) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio
ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer
pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a
fim de efetuar a citação, na hora que designar.
b) Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando
tiver por objeto unidade autônoma de condomínio, caso em que tal citação é dispensada.
c) Havendo mais de um intimado, o prazo contar-se-á a partir da data da última intimação.
d) O Ministério Público tem prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer.
e) As empresas públicas e privadas, inclusive as microempresas e empresas de pequeno
porte, são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para
efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente
por esse meio.
RESPOSTA: ALTERNATIVA B.
COMENTÁRIOS:
Art. 255 do CPC: Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver
procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar,
deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da
família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato,
voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar; - art. 252 do
CPC.
Alternativa B: Essa é a alternativa correta, nos termos do Art. 246, parág. 3 do CPC.
Alternativa C: Nos termos do art. 231, parág. 2 do CPC, havendo mais de um intimado,
o prazo para cada um é contado individualmente.
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Alternativa E: A alternativa está em desconformidade com o art. 246, parág. 1 do CPC:
46 – QUESTÃO:
RESPOSTA: ALTERNATIVA D.
COMENTÁRIOS:
Entretanto, o CPC/15, no Art. 337, parág. 5 do CPC, proíbe que o juiz conheça de
ofício a convenção de arbitragem (gênero do qual são espécies a cláusula compromissória e o
compromisso arbitral).
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Art. 337, parág. 5: Excetuadas a convenção de arbitragem e a
incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias
enumeradas nesse artigo;
47 – QUESTÃO:
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b) A caução para levantamento de dinheiro em caso de cumprimento provisório da sentença
poderá ser dispensada quando, nos casos de natureza alimentar ou decorrente de ato ilícito,
até o limite de 60 vezes o valor do salário mínimo, o exequente demonstrar situação de
necessidade.
c) A impugnação ao cumprimento de sentença depende de penhora.
d) Considera-se inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado
em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou
fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo
Tribunal Federal como incompatível com a Constituição Federal, desde que em controle
concentrado de constitucionalidade concentrado.
e) A impugnação ao cumprimento de sentença tem efeito suspensivo.
RESPOSTA: ALTERNATIVA A.
COMENTÁRIOS:
79
no julgamento de casos repetitivos.
Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da
dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou
incerta reparação.
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DIREITO ELEITORAL
PROF. TALLITA SAMPAIO
48 – QUESTÃO:
a) São preclusivos os prazos para interposição de recurso, ainda quando neste se discutir
matéria constitucional.
b) Os embargos de declaração serão opostos no prazo de 5 dias, contado da data da
publicação da decisão embargada.
c) O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade
superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de elegibilidade.
d) Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em cinco dias da
publicação do ato, resolução ou despacho.
e) As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer ações que importem cassação de
registro, anulação geral de eleições ou perda de diplomas somente poderão ser tomadas
com a presença da maioria de seus membros.
RESPOSTA: ALTERNATIVA C.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A: Nos termos do art. 259 DO Código Eleitoral, São preclusivos os prazos
para interposição de recurso, SALVO quando neste se discutir matéria constitucional.
Alternativa D: Nos termos do art. 258 do Código eleitoral, Sempre que a lei não fixar
prazo especial, o recurso deverá ser interposto em três dias da publicação do ato, resolução ou
despacho.
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diplomas somente poderão ser tomadas com a presença de todos os
seus membros.
49 – QUESTÃO:
a) Sempre que o Código Eleitoral não indicar o grau mínimo da pena, entende-se que será
ele de trinta dias para a pena de detenção e de um ano para a de reclusão.
b) Quando a lei determina a agravação ou atenuação da pena sem mencionar o quantum,
deve o Juiz fixá-lo entre um quinto e um terço, guardados os limites da pena cominada ao
crime.
c) O domicílio eleitoral necessariamente deve coincidir com o domicílio civil.
d) O eleitor que transferiu seu título eleitoral poderá votar na eleição que acontecer
imediatamente após a transferência do título, inclusive nas eleições suplementares.
e) Da homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição, não
poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o
parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado
na circunscrição.
RESPOSTA: ALTERNATIVA B.
COMENTÁRIOS:
Alternativa A: De acordo com o art. 284 do Código Eleitoral, sempre que o Código
Eleitoral não indicar o grau mínimo, entende-se que será ele de quinze dias para a pena de
detenção e de um ano para a de reclusão.
Alternativa D: Nos termos do art. 60 do Código Eleitoral, o eleitor que transferiu seu
título eleitoral poderá votar na eleição que acontecer imediatamente após a transferência do
título, salvo nas eleições suplementares.
Alternativa E: Nos termos do art. 12, parág. 3 do Código Eleitoral, com redação
dada pela Lei 13.165/15, esse impedimento se dá até a diplomação e nos feitos decorrentes do
processo eleitoral. Vejam:
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até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não
poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz
eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo
grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.
50 – QUESTÃO:
São inelegíveis:
a) Para qualquer cargo, os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente
pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado,
em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual
concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 3 (três)
anos seguintes.
b) Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão
judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o
cumprimento da pena, pelos crimes contra o meio ambiente e a saúde pública.
c) Para os cargos de Presidente e Vice-presidente da República, os que, servidores públicos,
estatutários ou não, dos órgãos ou entidades da Administração direta ou indireta da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações
mantidas pelo Poder Público, não se afastarem até 6 (seis) meses anteriores ao pleito.
d) para Prefeito e Vice- Prefeito, as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no
Município, nos 6 (seis) meses anteriores ao pleito.
e) Para qualquer cargo, os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções
públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso ou culposo de
improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta
houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem
nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão.
RESPOSTA: ALTERNATIVA B.
COMENTÁRIOS:
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Alternativa B: Esta é a alternativa correta, nos termos do art. 1, I, e da LC 64. Por não
terem ligação direta com atos de improbidade administrativa ou desrespeito com a máquina
pública, o candidato é levado a crer que a condenação por crimes contra o meio ambiente e a
saúde pública não acarretam inelegibilidade. Entretanto, eles estão expressamente previstos na
LC 64.
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