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CARÍCIAS E EMOÇÕES

Temos fome de estímulo (necessidade do organismo de ser estimulado),


fome de reconhecimento, (necessidade de ser percebido), fome de contato (física,
verbal), fome de estrutura (necessidade de organizar o tempo, não só o presente
como o médio e longo prazo), fome de incidentes (necessidade de acontecimentos
que quebrem a monotonia) e fome sexual (entrega afetiva). O homem é sobretudo
um ser social e não sobrevive sem contato.
Os indivíduos têm apetites diferentes em relação a cada uma de suas
necessidades ou fomes. Uma pessoa que tenha grande fome de contato e acaba
trabalhando em uma atividade na qual fica em silêncio e isolada a maior parte do
tempo, pode tentar compensar esta carência com atividades sexuais constantes ou
jogos que envolvam contato físico.
Carícia é o termo utilizado para designar a unidade de reconhecimento
humano. Podem ser positivas ou negativas de acordo com a maneira que são
sentidas. As carícias podem ser entendidas como uma espécie de instinto de
reconhecimento global. O indivíduo pode satisfazer sua necessidade de carícias
através da satisfação das diferentes fomes, como as mencionadas anteriormente.
São fundamentais para a sobrevivência e quando não conseguimos obter carícias
positivas podemos nos contentar até mesmo com as carícias negativas pois ainda é
melhor receber algum tipo de reconhecimento do que ficar fadado à indiferença.
Steiner nos diz que aceitar carícias negativas é como beber água poluída pois a
necessidade extrema faz com que desconsideremos as qualidades prejudiciais da
mesma.
Os pais, desde o nascimento, ensinam os seus filhos como devem se
comportar, sentir, pensar e perceber. Nem sempre este treinamento básico é
positivo. As crianças são, no início de suas vidas, totalmente dependentes dos pais.
Em um mundo de gente domesticada, o indivíduo precisa se libertar
destas influências para desenvolver a autonomia através do contato com os três
potenciais humanos primários: consciência (entendimento das coisas como elas
são), espontaneidade (capacidade de expressão livre da Criança Natural) e
intimidade (dar e receber amor humano).
Em relação à classificação das carícias, além de serem positivas ou
negativas (se nos fazem sentir-nos bem ou mal), as carícas também podem ser
incondicionais (se recebemos pelo que somos) ou condicionais (se só a recebemos
pelo que fazemos ou temos). Podem ser classificadas também em verbais, físicas,
gestuais e simbólicas e, de acordo com a influência no bem-estar, de adequadas e
inadequadas. É importante lembrar que nem sempre as carícias positivas são boas
e as negativas são más. Devemos levar em conta se as carícias são ou não
adequadas. Se verifico que a pessoa fez um trabalho ruim e lhe faço um elogio ,
esta não é uma carícia positiva adequada. O mais antônimo seria apresentar uma
carícia negativa, de maneira construtiva, sem a preocupação excessiva em agradar
o outro, para que este possa aprimorar o resultado do seu trabalho.
Kertesz acredita que temos duas baterias de carícias em nós : o pólo
positivo e negativo. Acabamos sendo guiados na vida adulta pelo pólo que foi mais
carregado na infância. Se tivermos um padrão de bateria de carícias negativas,
podemos nos assustar quando nos defrontamos com carícias positivas e
racionalizar. Este medo vai se perpetuando em nossas vidas até nos acostumarmos
a ignorar nossas necessidades primárias e autênticas.
Vivemos em uma sociedade na qual os adultos estão constantemente
com carência de carícias positivas que por sua vez são negadas também para as
crianças. Como se as carícias positivas fossem algo finito, como se o amor
acabasse, os indivíduos negam o prazer da doação com medo de ficar sem.
Steiner elaborou as chamadas Leis da Economia de Carícias para
explicar como ocorre o treinamento básico de Falta de Amor nas crianças. Estas leis
são aceitas socialmente e regulam a troca de carícias.
1 – Não dê as carícias positivas que te cabem dar.
2 – Não aceite as carícias positivas que mereces.
3 – Não peças as carícias positivas que necessitas.
4 – Não rejeites as carícias negativas que te dão.
5 – Não dê a si mesmo carícias positivas.
É seguindo estas regras que estruturamos a nossa fome constante de
carícias. Observem como são julgadas e mal interpretadas as pessoas carinhosas,
que falam claramente quando não gostam de alguma coisa, que aceitam o
reconhecimento alheio sem ficar em uma postura de falsa humildade ou mesmo
aqueles que são criticados ao gabarem-se de si mesmos e valorizarem as suas
conquistas.
As leis da economia de carícias convidam a pessoa a ficar em um circuito
negativo ou Não-OK, gerando escassez de carícias positivas e busca de carícias
negativas. Steiner diz que podemos substituir as leis da economia de carícias pelas
Leis da Abundância de Carícias pois estas se tratam de relacionamento autônomos ,
autênticos, não-manipulativos e que nos convidam a ficar no circuito positivo ou ok.
São elas:
1 – Dê as carícias positivas que te cabem dar.
2 – Aceite as carícias positivas que mereces.
3 – Peças as carícias positivas que necessitas.
4 – Rejeites as carícias negativas que te dão.
5 – Dê a si mesmo carícias positivas.
Tomar consciência de nossos padrões de carícias é fundamental para
resgatarmos o prazer e espontaneidade em nossas vidas e também para não
seguirmos desenvolvendo comportamentos destrutivos e nos envolvendo em jogos
psicológicos que perpetuam roteiros negativos de vida.

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