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2018
NU-PROPRIETÁRIO USUFRUTUÁRIO
DIREITO À SUBSTÂNCIA DIREITO DEUSO E GOZO
1. Características do usufruto
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O proprietário, que detinha a propriedade plena, passa a deter apenas a nua-propriedade, assim denominada por restar
despida dos seus principais atributos, enquanto perdura o usufruto.
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c) É inalienável, permitindo-se, porém, a cessão de seu exercício por título gratuito
ou oneroso.
Art. 1.393 do Código Civil: “Não se pode transferir o usufruto por alienação, mas o seu exercício
pode ceder-se por título gratuito ou oneroso”.
2.Modos de constituição
Art. 1.652. O cônjuge, que estiver na posse dos bens particulares do outro, será para com este e
seus herdeiros responsável:
I - como usufrutuário, se o rendimento for comum;
Art. 1.390:“O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio
inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades”.
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4. Espécies de usufruto
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Se o doador, ao reservar para si o usufruto deducto (dedução) do bem doado,
estabelecer a sua inalienabilidade, esse gravame só poderá ser cancelado após sua
morte, se estiver bem evidenciada a sua intenção de não permitir a alienação do bem
somente enquanto permanecer como usufrutuário. Falecendo este, cancelam-se o
usufruto deducto e a cláusula de inalienabilidade de caráter temporário.
5. Direitos do usufrutuário
Art. 1.394. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos.
Art. 1.396. “salvo direito adquirido por outrem, o usufrutuário faz seus os frutos naturais, pendentes
ao começar o usufruto, sem encargo de pagar as despesas de produção”.
Parágrafo único. “os frutos naturais, pendentes ao tempo em que cessa o usufruto, pertencem ao
dono, também sem compensação das despesas”.
Art. 1.398. Os frutos civis, vencidos na data inicial do usufruto, pertencem ao proprietário, e ao
usufrutuário os vencidos na data em que cessa o usufruto.
Frutos civis são os rendimentos produzidos pela coisa, em virtude de sua utilização
por outrem que não o proprietário, como os juros e os aluguéis. A solução dada pelo
dispositivo em apreço é uma decorrência do fato de que “os frutos civis reputam-se
percebidos dia por dia”, ou seja, de die in diem.
No tocante às acessões industriais, aplicam-se as regras dos arts. 1.253 e
seguintes do Código Civil, concernentes às construções e plantações. Assim, se o
usufrutuário edifica no terreno objeto do usufruto, perde a construção em favor do
proprietário, assistindo-lhe, porém,direito à indenização (art. 1.255).
Se o usufrutuário arrenda ou loca o prédio a terceiro, resolve-se o contrato desde
que ocorra um dos casos legais de extinção do usufruto. A hipótese atinente à locação
encontra-se disciplinada atualmente no art. 7º da Lei do Inquilinato (Lei n. 8.245/91).
Art. 7º Nos casos de extinção de usufruto [...], a locação celebrada pelo usufrutuário [...] poderá ser
denunciada, com o prazo de trinta dias para a desocupação, salvo se tiver havido aquiescência
escrita do nu-proprietário [...], ou se a propriedade estiver consolidada em mãos do usufrutuário [...].
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6. Extinção do usufruto
Art. 1.407. Se a coisa estiver segurada, incumbe ao usufrutuário pagar, durante o usufruto, as
contribuições do seguro.
§ 1º Se o usufrutuário fizer o seguro, ao proprietário caberá o direito dele resultante contra o segurador.
§ 2º Em qualquer hipótese, o direito do usufrutuário fica sub-rogado no valor da indenização do seguro.
Art. 1.408. Se um edifício sujeito a usufruto for destruído sem culpa do proprietário, não será este
obrigado a reconstruí-lo, nem o usufruto se restabelecerá, se o proprietário reconstruir à sua custa o
prédio; mas se a indenização do seguro for aplicada à reconstrução do prédio, restabelecer-se-á o
usufruto.
Art. 1.409. Também fica sub-rogada no ônus do usufruto, em lugar do prédio, a indenização paga, se ele
for desapropriado, ou a importância do dano, ressarcido pelo terceiro responsável no caso de danificação
ou perda.
VI - pela consolidação;
VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhes
acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no usufruto de títulos de crédito, não dá às
importâncias recebidas a aplicação prevista no parágrafo único do art. 1.395;
VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399).
Art. 1.411. Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguir-se-á a parte em
relação a cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulação expressa, o quinhão desses
couber ao sobrevivente.
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes,
subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
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III - Extingue-se o usufruto, também, pela extinção da pessoa jurídica (art. 1.410,
III). Para assegurar a temporariedade do usufruto, o legislador determina sua extinção
com a morte do usufrutuário e limita sua duração, quando o usufrutuário for pessoa
jurídica, a trinta anos. Neste caso não há falar em morte, mas em extinção da
usufrutuária. Expira antes, todavia, o usufruto, com a extinção e liquidação desta, como
no caso de dissolução da sociedade, de cessação da fundação e de supressão de um
estabelecimento público.
Art. 1.393. Não se pode transferir o usufruto por alienação; mas o seu exercício pode ceder-se por
título gratuito ou oneroso.
ou causa mortis [filho que adquire por herança o imóvel que estava em usufruto de seu
pai], ou quando o nu-proprietário adquire o usufruto (extinção do usufruto).
Art. 1.395. Quando o usufruto recai em títulos de crédito, o usufrutuário tem direito a perceber os
frutos e a cobrar as respectivas dívidas.
Parágrafo único. Cobradas as dívidas, o usufrutuário aplicará, de imediato, a importância em títulos
da mesma natureza, ou em títulos da dívida pública federal, com cláusula de atualização monetária
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos.
VIII- Extingue-se, por fim, o usufruto pelo “não uso, ou não fruição”, da coisa em
que o usufruto recai (art. 1.410, VIII). Não tendo o dispositivo em epígrafe mencionado
o prazo em que ocorre a aludida extinção, cabe a aplicação, à hipótese, do art. 205 do
Código Civil, segundo o qual “a prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja
fixado prazo menor”.
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DA PROMESSA DE COMPRA E VENDA
Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento,
celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis,
adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.
Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de
terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e
venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a
adjudicação do imóvel.
Art. 1.647. [...] nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da
separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;