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UNIVERSIDADE IGUAÇU – UNIG

BRUNO BATISTA
CAROLINA PEREZ
FERNANDO AZEREDO
GARCIA DE SOUZA
JOÃO VICTOR CHAGAS
JOSÉ EDUARDO RANGEL
LAIS TINOCO (Adaptação)
LEANDRO MAIA
TAIS CRAVEIRO

AÇÕES AFIRMATIVAS E O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA


IGUALDADE NAS SOCIEDADES ANTIGAS

Nova Iguaçu
2017
BRUNO BATISTA
CAROLINA PEREZ
FERNANDO AZEREDO
GARCIA DE SOUZA
JOÃO VICTOR CHAGAS
JOSÉ EDUARDO RANGEL
LAIS TINOCO (Adaptação)
LEANDRO MAIA
TAIS CRAVEIRO

AÇÕES AFIRMATIVAS E O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA


IGUALDADE NAS SOCIEDADES ANTIGAS

Projeto de pesquisa apresentado como


exigência parcial das disciplinas de
Fundamentos de Antropologia e
Metodologia de Pesquisa ministrada pela
Prof. Paula Alessandra.

Nova Iguaçu
2017
SUMÁRIO

SUMÁRIO.................................................................................................................................1
1) INTRODUÇÃO.....................................................................................................................2
2) AÇÕES AFIRMATIVAS.....................................................................................................2
2.1) CONCEITO.........................................................................................................................2
2.2) OBJETIVO..........................................................................................................................4
2.3) EXEMPLOS........................................................................................................................4
3) PRINCÍPIO DE IGUALDADE...........................................................................................5
3.1) CONCEITO.........................................................................................................................5
3.2) PRINCÍPIO DE IGUALDADE NAS SOCIEDADES ANTIGAS.....................................9
4) OBJETIVOS.......................................................................................................................12
5) METODOLOGIA..............................................................................................................12
6) CONSIDERAÇOES...........................................................................................................13
7) REFERÊNCIAS..................................................................................................................14
1 INTRODUÇÃO

“A igualdade constitui o signo fundamental da democracia”. Pode-se afirmar ainda, que é o


tronco, a espinha dorsal de uma sociedade democrática. O princípio da igualdade, por sua vez,
é advento do cotidiano humano e, portanto, reflexo dos valores costumeiramente construídos
pelos grupos sociais no transcorrer da existência humana. Em verdade, as sociedades estão em
sucessivos processos de transformações, tornando, assim, mutável o conceito de igualdade tanto
em relação à época, ou em relação a determinado grupo.

É válido ressaltar também que o princípio da igualdade se reveste de grande importância social
e jurídica. Destarte, é imperioso admitir que a modernidade demanda estudos e transformações
concretas na cultura da sociedade, contrapondo a ideia de que no presente “o direito de
igualdade não tem merecido tantos discursos como a liberdade”.

O Direito, como se constata, se utiliza dos critérios isonômicos para atingir a justiça,
determinando o equilíbrio, ou mesmo o desequilíbrio, uma vez que há desigualdades
provenientes de divergências políticas, econômicas, geográficas, culturais, enfim,
desigualdades humanas, que privam muitos até de ter as suas necessidades básicas supridas.

2 AÇÕES AFIRMATIVAS

Podemos entender que as ações afirmativas são medidas que tem por objetivo reverter uma
situação histórica de desigualdade e discriminação a que estão submetidos indivíduos de grupos
específicos, normalmente minorias. As ações afirmativas partem do reconhecimento de que
alguns grupos sociais – tais como os negros, os indígenas e as mulheres – foram historicamente
privados de seus direitos, resultando e m uma condição de desigualdade em vários âmbitos
(social, econômica, política ou cultural) acumulada que tende a se perpetuar.

2.1 CONCEITO

Segundo Moehlecke (2002) O termo ação afirmativa chega ao Brasil carregado de uma
diversidade de sentidos, e reflete em debates e experiências históricas dos países em que foram
desenvolvidas. A expressão tem origem nos Estados Unidos, e se constitui como importante
referência no assunto. Nos anos 60, os norte-americanos viviam um momento de reivindicação
democrático internas, expresso principalmente no movimento pelos direitos civis, cuja bandeira
central era a extinção da igualdade de oportunidades a todos.

“[...] em todo o mundo... Minorias étnicas continuam a ser desproporcionalmente


pobres, desproporcionalmente afetadas pelo desemprego e desproporcionalmente
menos escolarizadas que os grupos dominantes. Estão sub-representadas nas
estruturas políticas e super-representadas nas prisões. Têm menos acesso a serviços
de saúde de qualidade e, consequentemente, menor expectativa de vida. Estas, e outras
formas de injustiça racial, são a cruel realidade do nosso tempo; mas não precisam ser
inevitáveis no nosso futuro. ” (KOFI ANNAN, SECRETÁRIO GERAL DA ONU,
março, 2001.)

O movimento negro surge como uma das principais forças atuantes, com lideranças de
projeção nacional, apoiado por liberais e progressistas brancos, unidos numa ampla defesa de
direitos. Nesse contexto que se desenvolve a ideia de uma a ação afirmativa, exigindo que o
Estado, para além de garantir leis antissegregacionistas, viesse também a assumir uma postura
ativa para a melhoria das condições da população negra.

“Mas a ação afirmativa não ficou restrita aos Estados Unidos. Experiências
Semelhantes ocorreram em vários países da Europa Ocidental, na Índia, Malásia,
Austrália, Canadá, Nigéria, África do Sul, Argentina, Cuba, dentre outros. Na Europa,
as primeiras orientações nessa direção foram elaboradas em 1976, utilizando-se
frequentemente a expressão ou discriminação positiva. Em 1982, a descriminação
positiva foi inserida no primeiro “Programa de Ação para a Igualdade de
Oportunidades” da Comunidade Europeia” (CENTRO FEMINISTA DE ESTUDOS
E ASSESSORIA, 1995, ESTUDOS FEMINISTAS, 1996).

São ações públicas ou privadas que procuram reparar os aspectos que dificultam o acesso
dessas pessoas às mais diferentes oportunidades. As ações afirmativas podem ser adotadas tanto
de forma espontânea, quanto de forma compulsória – isto é, através da elaboração de medidas
que as tornam obrigatórias. O fim dessas medidas é sanar uma situação de desigualdade
considerada prejudicial para o desenvolvimento da sociedade como um todo. Por ter incidência
direta sobre aquele que é seguramente o mais grave de todos os nossos problemas sociais (o
qual, curiosamente, todos fingimos ignorar), o que está na raiz das nossas mazelas, assim,
tentaremos examinar (ainda que sem a reflexão “de longue haleine” que o tema requer) a
possibilidade jurídica de introdução, no nosso sistema jurídico, de mecanismos de integração
social largamente adotados nos Estados Unidos sob a denominação de “affirmativeaction”
(ação afirmativa) e na Europa, sob o nome de “discrimination positive” (discriminação positiva)
e de “action positive” (“ação positiva”). Trata-se, com efeito, de tema quase desconhecido
entre nós, tanto em sua concepção quanto nas suas múltiplas formas de implementação. Daí a
necessidade, de algumas considerações acerca da sua gênese, da problemática constitucional
por ele suscitada, das modalidades de programas e dos critérios e condições indispensáveis à
sua compatibilização com os princípios constitucionais.
Assim, sendo a introdução das políticas de ação afirmativa, criação pioneira do Direito
dos EUA, representou, em essência, a mudança de postura do Estado, que em nome de uma
suposta neutralidade, aplicava suas políticas governamentais indistintamente, ignorando a
importância de fatores como sexo, raça, cor, origem nacional. Nessa nova postura, passa o
Estado a levar em conta tais fatores no momento de contratar seus funcionários ou de regular a
contratação por outrem, ou ainda no momento de regular os acessos aos estabelecimentos
educacionais públicos e privados.
Em uma palavra, ao invés de conceber políticas públicas de que todos seriam
beneficiários, independentemente da sua raça, cor ou sexo, o Estado passa a levar em conta
esses fatores na implementação das suas decisões, não para prejudicar quem quer que seja, mas
para evitar que a discriminação, que inegavelmente tem um fundo histórico e cultural, e não
raro se subtrai ao enquadramento nas categorias jurídicas clássicas, termine por perpetuar as
iniquidades sociais.
2.2 OBJETIVO

De acordo com Gomes (2003) Inicialmente, as Ações Afirmativas se definiam como um


mero “encorajamento” por parte do Estado a que as pessoas com poder decisório nas áreas
público e privado levassem em consideração, nas suas decisões relativas a temas sensíveis como
o acesso à educação e ao mercado de trabalho, fatores até então tidos como formalmente
irrelevantes pela grande maioria dos responsáveis políticos e empresariais, quais sejam, a raça,
a cor, o sexo e a origem nacional das pessoas. Tal encorajamento tinha por meta, tanto quanto
possível, ver concretizado o ideal de que tanto as escolas quanto as empresas refletissem em
sua composição a representação de cada grupo na sociedade ou no respectivo mercado de
trabalho.
Num segundo momento, talvez em decorrência da constatação da ineficácia dos
procedimentos clássicos de combate à discriminação, que era uma omissão que se chamava de
liberdade, deu-se início a um processo de alteração conceitual do instituto, que passou a ser
associado à ideia, mais ousada, de realização da igualdade de oportunidades através da
imposição de cotas rígidas de acesso de representantes de minorias a determinados setores do
mercado de trabalho e a instituições educacionais.
Data também desse período a vinculação entre ação afirmativa e o atingimento de certas
metas estatísticas concernentes à presença de negros e mulheres num determinado setor do
mercado de trabalho ou numa determinada instituição de ensino. Atualmente, as ações
afirmativas podem ser definidas como um conjunto de políticas públicas e privadas de caráter
compulsório, facultativo ou voluntário, concebidas com vistas ao combate à discriminação
racial, de gênero, por deficiência física e de origem nacional, bem como para corrigir ou mitigar
os efeitos presentes da discriminação praticada no passado, tendo por objetivo a concretização
do ideal de efetiva igualdade de acesso a bens fundamentais como a educação e o emprego.
Como dito anteriormente, as ações afirmativas têm por objetivo reverter à histórica situação
de desigualdade e discriminação a que estão submetidos indivíduos de grupos específicos.
Ações afirmativas são políticas públicas feitas pelo governo ou pela iniciativa privada com o
objetivo de corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade, acumuladas ao longo de anos.
Uma ação afirmativa busca oferecer igualdade de oportunidades a todos. As ações afirmativas
podem ser de três tipos: com o objetivo de reverter à representação negativa dos negros; para
promover igualdade de oportunidades; e para combater o preconceito e o racismo.

2.3 EXEMPLOS

Podemos citar como ações afirmativas:


A) Política de adoção de cotas raciais nas universidades.
Visa diminuir a diferença racial no aspecto do ensino superior facilitando o acesso ao mesmo
através de mecanismos legais, separando um mínimo obrigatório às classes em situação de
desvantagem (negros);

B) Criação de delegacias especializadas para o atendimento de mulheres.


Delegacias que tratam especificamente de crimes, em sua maioria, domésticos, mas também
apura crimes como estupro, violência contra a mulher;
C) Reserva de uma parcela dos postos de trabalho para pessoas com deficiências físicas ou
intelectuais em empresas privadas.
D) Leis que exigem uma quantidade mínima de mulheres na candidatura de cargos públicos.
Gomes (2003) Nos Resume que singelamente que as nações que historicamente se
apegaram ao conceito de igualdade formal, aquela q1ue é somente declarada e não praticada,
são aquelas onde se verificam os mais gritantes índices de injustiça social, e em última análise,
fundamentar toda e qualquer política governamental de combate à desigualdade social na
garantia de que todos terão acesso aos mesmos instrumentos de combate corresponde, na
prática, a assegurar a perpetuação da desigualdade. Isto porque essa opção processual não leva
em conta aspectos importantes que antecedem à entrada dos indivíduos no mercado
competitivo. Já a chamada igualdade de resultados tem como nota característica exatamente a
preocupação com os fatores externos à luta competitiva – tais como classe ou origem social,
natureza da educação recebida -, que têm inegável impacto sobre o seu resultado.

3 PRINCÍPIO DE IGUALDADE

De acordo com a Constituição da república federativa do Brasil (1988), lei maior da nação,
como consta:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

3.1 CONCEITO

Segundo D’Adesky (2003), a multiplicação de medidas de ação afirmativa em muitos países


democráticos, observa-se o surgimento constante de controvérsias a respeito da necessidade ou
não de adotar legislações específicas que determinem políticas para solucionar fenômenos
como o racismo, sexismo e outras formas de intolerância. As controvérsias em torno destas
iniciativas variam muito e que no plano político, os programas de ação afirmativa resultam da
compreensão cada vez maior de que a busca de uma igualdade concreta deve realizar-se não
mais somente pela aplicação geral das mesmas regras de direito para todos, mas também através
de medidas específicas que levam em consideração as situações particulares de minorias e de
membros pertencentes a grupos em desvantagem. Considera-se que a referência a um indivíduo
abstrato, percebido como universal e reconhecido como cidadão, digno de igual respeito em
razão de seu status de agente racional, deve ter a preeminência na formulação de políticas
públicas. E que tal referência torna-se insuficiente para combater o preconceito, que
permanecem na sociedade impedindo o total reconhecimento da dignidade da pessoa.

“Essa percepção de que é preciso garantir o pleno reconhecimento da dignidade da


pessoa, deu lugar à inflexão do princípio da igualdade para a noção de equidade.
Possibilitou conferir à justiça social uma concepção fundamentada na percepção de
igualdade de oportunidades. Isto é fomentar, em certas circunstâncias, políticas
públicas capazes de compensar, reduzir, mediante dotações desiguais (portanto, mais
equitativas) as disparidades que afetam minorias e membros de grupos em situação de
desvantagem por motivos racial, étnico, religioso, etc.”. (D’ADESKY 2003)

A Constituição da república federativa do Brasil (1988) dispõe em seu


artigo 5º, caput, sobre o princípio constitucional da igualdade, perante a lei, nos seguintes
termos:
Artigo 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.
Silva, (2006). Nos relata que a Constituição Federal consagra em seu Titulo II, Capitulo
II, os direitos sociais, dentre eles no artigo 6º, caput, apresenta-se o direito à educação, que
combinado com o artigo 205 e SS (BRASIL. Constituição Federal da República Federativa do
Brasil) eleva a educação ao nível dos direitos fundamentais do homem, sendo direito de todo e
qualquer cidadão.
Já Gomes (2003) vai afirmar que vários dispositivos da Constituição brasileira de 1988
revelam o repúdio do constituinte pela igualdade processual e sua opção pela concepção de
igualdade dita material ou de resultados.
Assim, por exemplo, os artigos 3º, 7-XX.º, 37-VIII e 170 dispõem:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
(...)
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais.
Art.170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados os seguintes princípios:
(...)
VII – redução das desigualdades regionais e sociais
(...)
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
XX – Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei;
Art. 37 (...)
VIII – A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas que
possuem deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

O princípio da igualdade prevê a igualdade de aptidões e de possibilidades virtuais


dos cidadãos de gozar de tratamento isonômico pela lei. Por meio desse princípio são vedadas
as diferenciações arbitrárias e absurdas, não justificáveis pelos valores da Constituição
Federal, e tem por finalidade limitar a atuação do legislador, do intérprete ou autoridade
pública e do particular.
O princípio da igualdade, também chamado de princípio da isonomia, garantido pela
Carta Magna, a Lei Maior do país que é a Constituição Federal (1988), é um dos maiores
temas de debates. Isso porque vivemos em uma sociedade, de acentuadas diferenças em
campos e ramos dos mais diversos. Dos quais abordaremos alguns:
Sobre a igualdade econômica a ausência desta se dá pela má distribuição de renda.
Esse ramo mostra a outra face do capitalismo que quanto mais alguns países crescem mais a
pobreza é acentuada pela má distribuição de renda, sendo a maior parte do capital que entra
no país retido pelos mais ricos, enquanto os trabalhos que produziram aquela riqueza acabam
não usufruindo ela, não sendo enxergados como “iguais” na produção, e sim como uma
simples ferramenta que se não funcionar é trocada por tantas outras disponíveis no mercado.
Quanto a isto, escreveu o Barão de Montesquieu (1962), que o luxo é sempre
proporcional à desigualdade, e que só é possível ter luxo em um país que explora o trabalho
alheio.
A visão que se tem do homem nas relações econômicas é numérica, científica e não-
humana. A visão da administração científica implantada por Taylor se encarregou de fazer
com que o foco do trabalho fosse o capital e não o homem. Sendo assim, passamos a separar
os homens pelos bens que possui, sendo a sociedade sendo dividida basicamente em aqueles
que produzem bens (trabalhadores), e aqueles que possuem os bens (empresários), que são
também os detentores dos meios de produção.
Outra relevante questão sobre este assunto é o fenômeno da mão-de-obra barata que
acentua a desigualdade, posto que o trabalhador oferece sua mão-de-obra a baixo custo por
estar desempregado e é forçado a pensar: “se eu não pegar, outra pega”
A 1ª economia do mundo é a 5ª no ranking da educação, onde cerca de 43,1% da
população possui nível superior. De acordo com o jornal eletrônico Huffington Post, O Brasil
amargou a 78ª posição, entre 124 países, no ranking mundial de qualificação de mão de obra
divulgado nesta quarta-feira pelo Fórum Econômico Mundial. Já de
acordo com uma pesquisa da empresa de recrutamento ManpowerGroup, divulgada no ano de
2014, ao ouvir mais de 37 mil empregadores de 42 países e territórios. Mostrou que a taxa de
escassez de talentos (mão de obra qualificada) no Brasil é de 63%, quase o dobro da média
mundial (36%). Alcançamos uma bela definição de igualdade com (BITTAR):
“Ora, a igualdade da justiça nós a constituímos fazendo o bem, isto é, dando a
outrem o que lhe é devido; e conservamos aigualdade da justiça já constituída
desviando-nos do mal, isto é, não causando nenhum dano ao próximo” (Constituit
autem aliquisaequalitatemiustitiae, faciendobonum, id est, reddendoalteri quod ei
debetur; conservat autem aequalitatemiustitiae iamconstitutae, declinando a malo, id
est, nullumnocumentumproximoinferendo, Sum. Theol., Secunda Secundae Partis,
quaest.LXXIX, art. I).
A solução poderia vir da especialização da mão-de-obra, fazendo com que ela “valesse”
mais, de acordo com a projeção das necessidades mais urgentes para as futuras. A Distribuição
de renda que assola nosso país, com o aumento dos salários dos trabalhadores, distribuindo
melhor a renda.
A inclusão socioeconômica, reservando vagas minoritárias a fim de que a
desigualdade de oportunidades fosse reduzida. Proteger o trabalhador com legislação que seja
o mais livre possível, tornando aberta e segura a negociação entre trabalhador e empregador.
Igualdade física ninguém pode ser tratado diferente, de forma alguma. Logo, um certo
tipo de incapacidade física não deveria pôr em xeque, as habilidades de uma pessoa. A
adaptação de locais de trabalho deveria ser acelerada através de incentivos fiscais por parte
do governo, a fim de que os valores que seriam pagos em impostos, fossem revertidos para a
adaptação (estrutural), treinamento, capacitação profissional e contratação de profissionais
com limitações físicas.
Igualdade de Gênero com o passar do tempo, este assunto tem ascendido cada dia
mais no seio da sociedade. A igualdade de gêneros defendida na Constituição parece cada dia
mais inaplicável. Há que se levar em conta diferenças biológicas, e físicas que nos tornam
diferentes, contudo no tocante aos direitos, iguais. Sendo assim, mulheres e homens possuem
seus direitos como objeto da justiça, quanto ao conceito de igualdade. A fiscalização por parte
das instituições comitentes é sem dúvida imprescindível para o sucesso de toda e quaisquer
políticas.
Igualdade de Condições, segundo Gomes (2000) sustenta o jurista português
Guilherme Machado Dray, [...] a concepção de uma igualdade puramente formal, assente no
princípio geral da igualdade perante a lei, começou a ser questionada, quando se constatou que
a igualdade de direitos não era, por si só, suficiente para tornar acessíveis a quem era
socialmente desfavorecido as oportunidades de que gozavamos indivíduos socialmente
privilegiados. Importaria, pois, colocar os primeiros ao mesmo nível de partida. Em vez de
igualdade de oportunidades, importava falar em igualdade de condições.
Assim, sendo o trabalho na igualdade de condições deveria iniciar em um ponto
comum, de partida na origem da questão. A educação de qualidade, sem dúvida mudaria esse
quadro. Essa visão se apóia no pensamento de Rawls que diz: “Assim, o princípio mantém
que, para tratar igualmente todas as pessoas, para permitir uma genuína igualdade de
oportunidades, a sociedade deve dar melhor atenção aos que nasceram em posições sociais
menos favorecidas” (Rawls, Uma teoria da justiça, 1993, p. 95).
Igualdade Racial o jornal O Globo, no editorial do dia 24 de agosto de 2001,
manifestou-se contra uma política que assegurasse o ingresso dos negros nas universidades por
meio de cotas, que, segundo o esse jornal, eram uma vantagem artificial. Conforme o jornal O
Globo, quanto à outra tese, não é fácil encontrar quem negue à comunidade negra o direito a
compensação pelas injustiças. Por outro lado, não é ponto pacífico que essa reparação deva ser
feita, como defendem muitos militantes, por vantagens artificiais, como um sistema de quotas
no mercado de trabalho.
Há dos pontos de vista, os mais variados e extremados. Há quem diga que as medidas
de adoção de cotas raciais para o ingresso em instituições de ensino superior sejam artificiais,
pois são imposições legais, e que não mudarão a mentalidade preconceituosa das pessoas. E
como Einstein disse: “É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”
Por outro lado, o vice-reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy
Mullholland28, posicionou-se francamente favorável ao sistema de cotas. Utilizando um dos
fundamentos do postulado distributivo para sustentação e implementação de políticas
afirmativas para negros, o vice-reitor Timothy Mullholland afirmou que:
“Nossa universidade é branca. Brasília é muito mais mestiça e multirracial do quea
UnB. Temos que ser uma expressão mais fiel da sociedade e ajudar a formaruma
classe média negra com formação universitária” (CORREIO BRAZILIENSE, 27 de
dezembro de 2002, p. 6).

A reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Nilcéa Freire (2001),


por exemplo, posicionou-se contra a implementação de ação afirmativa para negros
ingressarem no ensino superior, por meio de cotas, apesar do governo do Estado do Rio de
Janeiro já ter implementado, naquela época, este tipo de política pública específica para negros
na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. [...] segundo dados do MEC, a evasão atinge mais
brutalmente pobres, negros e nordestinos, desde o ensino fundamental. No ensino médio, o
fenômeno se repete e prejudica a entrada de novos alunos na universidade. É questionável,
portanto, que a simples reserva de vagas consiga democratizar o acesso à educação superior
para grupos que, historicamente, vêm permanecendo à margem desse processo. [...]
Instrumentos de promoção da cidadania e de recursos intelectuais são sempre bem-vindos,
porém não há consenso, mesmo entre países que adotaram a ação afirmativa, sobre a eficiência
de tal política de cotas. [...] nada pode substituir o regime de mérito. É preciso selecionar os
melhores, escolhidos dentre todos os contingentes.
A igualdade de direitos, entendida como a proibição de distinções no gozo de direitos,
sobretudo por motivos econômicos ou de discriminação entre classes sociais. Com efeito, se
houver a eliminação prévia de uma parcela considerável dos cidadãos, e considerando-se que o
governo será sempre a expressão da vontade de apenas uma parte dos que votam, chega-se à
conclusão de que a maioria estará sendo governada pela minoria, o que é contrário aos
princípios democráticos.

3.2 PRINCÍPIO DE IGUALDADE NAS SOCIEDADES ANTIGAS


Desde a Antiguidade Clássica, mais especificamente, na Grécia e em Roma que constituem a
base do pensamento jurídico, político e filosófico do Ocidente, a igualdade sempre esteve no
centro do pensamento humano.
Na Grécia Antiga, apesar de todo o ideal democrático existente, podemos perceber que, sob um
ponto de vista moderno, não havia uma real igualdade entre os homens. Em Atenas, principal
centro político da época, somente aqueles considerados cidadãos é que poderiam participar da
vida política na polis, ou seja, apenas os homens atenienses livres e maiores de 20 anos
possuíam a cidadania ativa. Estavam excluídos os estrangeiros, os escravos, as mulheres e as
crianças.
O mais importante, para os antigos gregos, era a política e a vida social em torno da polis. O
que importava para o ateniense era a vida em comunidade e a concepção coletiva era a ideia
que prevalecia na democracia antiga, o público superava o privado. O homem só existia de
forma plena enquanto cidadão fazendo parte de uma comunidade política.
"O ideal comum impunha-se a todos, e o indivíduo era visto sobretudo como
parte do órgão coletivo, do corpo social". (VILANI, 2000, p.20).

A importância de Roma para a história do direito ocidental é fundamental, haja vista que é
lá que encontramos o início do desenvolvimento de diversos institutos jurídicos presentes até
hoje no direito ocidental. E com relação ao conceito de igualdade não se percebe profundas
diferenças da situação que ocorria na Grécia Antiga, pois, também, não havia uma efetiva
igualdade entre os membros da sociedade.

A base da sociedade romana era familiar, sendo que a família era uma entidade política na
qual o poder era exercido unicamente pelo pater familias, de modo incontestável e supremo,
poder este inclusive de vida e morte.

A desigualdade era um dos fundamentos da Roma Antiga, pois os direitos existentes eram
distribuídos de forma diferenciada entre patrícios e plebeus. Também podemos encontrar na
sociedade romana o instituto da escravidão que foi uma das marcas de dominação utilizadas
pelo Império Romano.

Os patrícios formavam a elite da época, possuíam o poder político, e detinham mais direitos
e privilégios do que os plebeus que estavam excluídos de muitos destes e se encontravam em
posição inferior, não participando da vida política romana. Mas, ao longo da história a situação
foi sendo alterada e os direitos foram sendo estendidos a outros substratos sociais, inclusive aos
povos dominados, não permanecendo unicamente para as elites dominantes.

A estrutura social romana foi alvo de reformas durante o reinado de Sérvio Túlio, estas
foram concebidas em prol de se beneficiar os plebeus com mais direitos.

A Idade Média constitui, com certeza, um daqueles momentos mais controvertidos da


história da humanidade, pois foi uma fase de grandes agitações, de instabilidade política e social
e de uma pluralidade de ordens normativas. O início da Idade Média e do feudalismo coincide
com a queda do Império Romano do Ocidente, no ano de 476.

O modo de produção feudal, que dominou este período, teve importância para o direito,
uma vez que da sua conjugação com as invasões bárbaras tivemos a fragmentação de toda a
Europa em diversos centros de poder político com uma variedade de reinos e feudos.
A desigualdade, a imobilidade social e os laços de servidão e vassalagem, foram marcas
essenciais da sociedade estamental feudal que era rigorosamente dividida entre nobres, clérigos
e servos.

A sociedade medieval era, como na Grécia Antiga, uma sociedade que valorizava o
coletivo ao invés de se focar no sujeito. A concepção de igualdade dominante no período foi a
geométrica, pois eram conferidos valores diferenciados às pessoas pertencentes a cada um dos
estamentos. Conforme Vilani (2000, p.20)

“...enquanto para os modernos o ser humano particular, com seus interesses e suas
necessidades, tornou-se o valor supremo na constituição das instituições sociais, para
os antigos, o ideal comum impunha-se a todos, e o indivíduo era visto sobretudo como
parte do órgão coletivo, do corpo social. Nesta perspectiva, a virtude cívica significava
subordinação dos interesses pessoais aos ideais coletivos. ”

Idade Moderna foi um período de profundas transformações e de rupturas. Tais


transformações, seja na ordem jurídica, política, econômica e social, foram fundamentais para
o desenvolvimento de um novo conceito de igualdade e liberdade, os quais constituem um dos
pilares da democracia.

Foi, também, uma fase marcada pela transição do feudalismo para o capitalismo, o que
proporcionou a convivência e o constante conflito entre os 2 tipos de estruturas sociais.

Diante desta situação peculiar, o homem adquire uma importância significativa no meio
social. Para Galuppo (2002) a Modernidade é uma época marcada pelos descentra mentos, os
quais foram causados por uma série de fatores, que são, a nosso ver: o valor do indivíduo, o
ressurgimento do comércio e das navegações, a formação dos Estados Nacionais, o
Renascimento, a Reforma Protestante e a Revolução Científica. Todos estes foram essenciais
para a eclosão de um novo conceito de igualdade, a igualdade formal (aritmética), que começou
a se formar na Modernidade e se consolidou com a Revolução Francesa e o início da Idade
Contemporânea.

Os valores individuais foram determinantes na Idade Moderna. O sujeito adquiriu


importância no meio social, diferentemente do que ocorria na Antiguidade e na Idade Média
onde predominavam os valores coletivos. Na Modernidade primeiro se pensa o sujeito com
suas particularidades e anseios para depois se pensar na sociedade que nada mais é do que a
junção dos interesses de cada indivíduo. O privado supera o público e o indivíduo prevalece
sobre o corpo social.

O início da Idade Contemporânea é marcado pela eclosão da Revolução Francesa de 1789,


que propiciou mudanças no conceito de igualdade e na derrocada do feudalismo e do
absolutismo monárquico.

O fato que possibilitou o início da Revolução foi a convocação dos Estados Gerais, cujo
critério de votação, baseado na igualdade geométrica, era por categoria. Coube ao Primeiro
(clero) e Segundo (nobreza) Estados a defesa deste critério, enquanto que o Terceiro Estado
(povo) pretendia a adoção do valor aritmético com cada pessoa valendo apenas um voto.

Diante dos descontentamentos por parte do Terceiro Estado em aceitar tal critério
desigual e o início do período revolucionário, tivemos a instalação de uma Assembleia Nacional
Constituinte com o fim de se limitar o poder real e de se editar uma Constituição para a França,
a qual fora promulgada em 1791.

Nesse ínterim, a Assembleia Nacional editou um documento dos mais


importantes do século XVIII, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 26 de
agosto de 1789 que veio afirmar a igualdade e os direitos individuais. Para Rocha (1990, p.33)

"a inegável importância desta declaração repousa em seu caráter de


universalismo e atemporariedade".

4 OBJETIVO DE ESTUDO

Entender como se dava as ações afirmativas e o princípio constitucional da igualdade nas


sociedades antigas, e mostrar como elas são hoje em dia, demostrando que as ações afirmativas
contribuem na vida das pessoas a reconhece que todos somos iguais perante a lei, e devemos
respeitar as diferenças.

5 METODOLOGIA

Este estudo tratasse de uma revisão de literatura em periódicos e livros, e considerando


uma abordagem qualitativa as leituras realizadas associando para considerarmos ao final.
6 CONCLUSÃO

Conclui-se que o princípio da igualdade formal permite que as pessoas, cada qual com seus
próprios meios e condições construam as oportunidades de crescimento, seja ele pessoal,
profissional ou financeiro, uma vez que todos nascem iguais, são humanos e dotados do mesmo
potencial e condições. Frisa-se que o Estado não deve intervir na sociedade.

Todavia, a história mundial apresenta que a tentativa de abstenção estatal, não ensejou à
igualdade entre os cidadãos, até porque não houve por parte do Estado tentativa de correção da
própria história, de cada povo. Diante disso, compreendeu-se que não bastava que a
Constituição trouxesse formalmente descrito que todos são iguais perante a lei, proibindo
tratamentos diferenciados, observou-se a necessidade de que a Constituição obrigasse o Estado
a discriminar (positivamente) as pessoas de tal forma que implicasse na promoção de uma
igualdade eficaz.

E, também, comparando as sociedades antigas, onde não havia uma real igualdade entra
homens, vemos uma evolução em relação ao princípio de igualdade, onde, hoje sabemos que
temos leis, que garante nossa real igualdade e direitos.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BITTAR, Eduardo C. B. Curso de Ética Jurídica. 11ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2014.

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