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Tiago Mancoa*, João Pedro Martinsb, Constança Rigueiroc e Luís Simões da Silvad
a,b,d
ISISE, Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Coimbra
c
ISISE, Instituto Politécnico de Castelo Branco
1. Introdução
Os painéis reforçados em aço têm uma enorme aplicabilidade na Engenharia Civil, como por
exemplo em pontes e estruturas offshore. Neste último caso, estes elementos além de estarem
sujeitos a condições de carregamento normais (compressão, flexão, etc.) têm que ser dimensi-
onados para condições acidentais como é o caso das explosões. Neste sentido, as normas estru-
turais de estruturas offshore impõem que a robustez da estrutura esteja assegurada, isto é, de-
terminam que o dano local de uma parte da estrutura não possa pôr em causa a segurança de
toda a estrutura. Assim sendo, o estudo do comportamento local ao nível do elemento é funda-
mental para o dimensionamento conveniente da estrutura global. Contudo, verifica-se que o
enquadramento regulamentar é ainda praticamente inexistente sobretudo no caso de painéis
curvos. É neste sentido que o presente artigo procura apresentar conclusões acerca da influência
que as principais variáveis, inerentes à geometria e carregamento, têm na capacidade resistente.
Neste artigo serão estudados painéis reforçados em aço com diferentes níveis de curvatura
(incluindo planos) sujeitos a ações de pressão de curta duração com o objetivo de simular situ-
ações de explosão. Para tal, será levado a cabo um estudo paramétrico de uma série de modelos
numéricos realizados através do software ABAQUS.
X Congresso de Construção Metálica e Mista Coimbra, Portugal
2. Estado da arte
O estudo da teoria de cascas tem merecido historicamente uma investigação considerável. Biggs
[1] desenvolveu uma metodologia simplificada usando fatores de transformação para estudar o
comportamento de elementos sujeitos a explosões considerando sistemas equivalentes de um
grau de liberdade. Em dois artigos de revisão Nurick & Martin [2],[3] compilaram os estudos
de placas finas sujeitas a carregamento de curta duração e concluíram que os resultados dados
por modelos teóricos preveem razoavelmente bem os ensaios experimentais. Os mesmos auto-
res propuseram uma fórmula empírica para calcular a deflexão de placas circulares e quadran-
gulares sujeitas a este tipo de carregamento. Nurick & Shave [4] concluíram experimentalmente
que os modos de rotura de placas quadrangulares encastradas dependem significativamente das
condições de fronteira. Diferentes configurações de reforços para placas sujeitas a cargas locais
e uniformes de explosão foram estudadas por Yuen & Nurick [5] e Langdon et al. [6] experi-
mental e numericamente. O dano de placas reforçadas e não reforçadas sob ações de explosão
foi numericamente estudado por Byung-Wook & Sang-Rai [7]. Rajendran & Lee [8] reviram
os métodos de dimensionamento de estruturas de placa sujeitas a explosões. Gupta el al. [9]
estudaram numericamente o comportamento de explosões de placas quadradas. Xu et al. [10]
estudaram a influência das condições de fronteira no colapso de painéis reforçados sob carre-
gamento combinado. Mais recentemente têm-se centrado atenções em painéis curvos sobretudo
sujeitas a tensões de compressão no plano (Tran [11] e Martins [12]). Estudos que tratem de
forma aprofundada o comportamento de painéis curvos reforçados sob carregamento combi-
nado no plano e pressão transversal não foram encontrados na bibliografia. Neste sentido o
presente artigo propõe-se a colmatar essa lacuna.
3. Modelação numérica
3.1 Introdução
Nesta secção serão descritas as considerações assumidas na modelação numérica dos painéis
curvos reforçados. Um total de 864 análises numéricas foram realizadas através de modelos de
elementos finitos com recurso ao software ABAQUS. A geração dos ficheiros input bem como
a leitura dos resultados foi feita através de programação (VBA e Python).
Três análises distintas foram realizadas: i) uma análise linear de estabilidade (LBA) para o
cálculo das cargas críticas e determinação dos modos de encurvadura que serão utilizados como
imperfeições geométricas equivalentes nas duas análises seguintes; ii) uma análise geométrica
e materialmente não-linear com imperfeições (GMNIA) através do algoritmo Riks para avalia-
ção das cargas últimas dos painéis sob compressão; iii) uma análise dinâmica Explicit para a
análise do comportamento dos painéis sob carregamento combinado de compressão e explosão.
3.2 Geometria
A geometria de cascas cilíndricas é representada na Fig. 1a) pelo comprimento (a), a largura
(b), a espessura (t) e o raio de curvatura (R) do painel.
O quociente entre o comprimento e a largura da casca é denominado por quociente de aspeto
(α). A curvatura da casca cilíndrica (Z) é dada por:
b2
Z (1)
Rt
Os painéis foram considerados com uma largura b = 2,5 m e uma espessura t = 0,015 m. O
2
Tema a definir pela Comissão Cientifica
quociente de aspeto foi considerado ser α = 0,5, 1,0 e 1,5. A curvatura Z foi variada de 0 a 150
com incrementos de 50. Os reforços foram considerados retangulares com uma espessura
ts = 0,015 m e uma altura hs = 0,15 m. O número de reforços (NS) variou de 0 a 3.
a) b)
Fig. 1: Geometria de cascas cilíndricas: a) variáveis geométricas [12]; b) exemplo de uma modelação
numérica
Em cascas simplesmente apoiadas a forma como as arestas estão restringidas tem um efeito
importante na resistência do elemento. Assim sendo, de acordo com Martins [12] podem dis-
tinguir-se três situações distintas:
- Condições de suporte do tipo 1 (SC1): tanto as arrestas carregadas como as não carregadas
não estão restringidas e consequentemente estão livres de empenar;
- Condições de suporte do tipo 2 (SC2): as arestas carregadas estão restringidas e permanecem
direitas. Isto significa que o deslocamento relativo na direção longitudinal entre os pontos
dessa aresta é nulo. As arestas não carregadas não estão restringidas e consequentemente
estão livres para empenar;
- Condições de suporte do tipo 3 (SC3): tanto as arrestas carregadas como as não carregadas
estão restringidas e consequentemente estão impedidas de empenar.
Todas estas condições de fronteira foram consideradas no estudo paramétrico.
A distribuição das tensões de compressão ao longo das arestas carregadas pode ser representada
pelo coeficiente Ψ. Este coeficiente é dado pelo quociente entre as tensões nas extremidades
das arestas (σ1 e σ2). Neste estudo apenas o caso de compressão (Ψ=1) pura foi considerado.
No estudo paramétrico os painéis foram considerados axialmente descarregados (represen-
tados posteriormente por Ax0) e carregados ao longo das arestas transversais com 50% do valor
correspondente à carga última obtida pela análise de Riks (Ax50) (ver Fig. 2 a)).
Relativamente ao carregamento de explosão foi considerado um pulso triangular com um
tempo de aumento da pressão até ao valor de pico (2 bar) igual a 50% do tempo total de aplica-
ção de pressão, que neste caso foi considerado de 0,1 s. A pressão aplicada foi considerada
uniformemente distribuída e atuando perpendicularmente à superfície dos painéis. Ambas as
situações de pressão centrífuga e centrípeta foram consideradas (Fig. 2 b) e c)). A primeira será
representada posteriormente como uma pressão negativa (P-2) e a segunda por uma pressão
positiva (P2). Importa referir que a carga da explosão foi aplicada apenas após a carga axial
estar completamente instalada. Esta carga por sua vez foi incrementada linearmente num tempo
3
X Congresso de Construção Metálica e Mista Coimbra, Portugal
suficientemente grande para que não se verifiquem efeitos dinâmicos (t=0,1 s) e mantida cons-
tante até ao fim da análise. Após o fim da carga de explosão a análise foi continuada por mais
0,1 s, contabilizando assim um tempo total de análise de 0,3 s.
4
Tema a definir pela Comissão Cientifica
Após a sua iniciação a evolução do dano pode ser assumida através uma relação linear em
função do deslocamento plástico ( u pl ). A rotura total assume-se ocorrer quando o desloca-
mento total plástico na rotura ( u fpl ) for atingido, ou seja:
u fpl Lε fpl (3)
Onde ε fpl é a extensão plástica na rotura e L é a dimensão do elemento finito.
A dimensão do elemento finito foi definida através de um estudo de convergência da malha
como se verá de seguida na secção 3.6. A extensão plástica na rotura foi assumida como
ε fpl 0,2 o qual é um valor razoável tendo em conta o estabelecido na norma EN 10025-2 [15]:
Tendo em conta o anteriormente definido, a lei do material pode ser representada como:
500
400
Tensão [MPa]
300
200
100
0
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20
Extensão
Fig. 3: Comportamento do aço assumido nos modelos numéricos
Neste estudo foram utilizados elementos do tipo casca (dada a relação entre a dimensão e es-
pessura dos elementos) do tipo S4R. Estes são elementos lineares de 4 nós com integração
reduzida. A dimensão da malha foi estabelecida através de um estudo de convergência. Por
razões de modelação o número de elementos finitos teve que ser múltiplo do número de reforços
mais um, o que significa um número total de 96 elementos na direção transversal, correspon-
dendo a uma dimensão de 26,04 mm. Dependendo do quociente de aspeto 0,5, 1,0 e 1,5 um
total de 48, 96 e 144 elementos existem, respetivamente, na direção longitudinal.
Para realizar o estudo de convergência foi selecionada uma geometria arbitrária de todas as
definidas no estudo paramétrico. Assim, foi utilizada uma placa (Z=0) quadrada com 3 reforços
e condições de fronteira do tipo 2 (SC2). Os resultados foram analisados em termos da i) carga
crítica (LBA); ii) carga última sob compressão axial (GMNIA - Riks); iii) deslocamento má-
ximo transversal (fora do plano - direção U3) no ponto central do painel devido à explosão com
as características anteriormente definidas; iv) o valor máximo da reação nas arestas na direção
transversal (RF3) devido a uma explosão. Os resultados estão apresentados na Fig. 4.
5
X Congresso de Construção Metálica e Mista Coimbra, Portugal
1.20
1.00
Valores normalizados
0.80
0.60
LBA - 1ª carga crítica
0.40 GMNIA - Carga última Dimensão da
Explosão - U3 ponto central malha adoptada
0.20
Explosão - RF3 arestas
0.00
125 100 75 50 25 0
Dimensão da malha [mm]
Fig. 4: Estudo de convergência da malha para uma placa quadrada reforçada com 3 reforços e condi-
ções de fronteira do tipo 2
O modelo de elementos finitos foi validado a partir de um estudo levado a cabo por Tavakolia
& Kiakojouri [16]. Neste estudo os autores compararam diferentes configurações de placas re-
forçadas sujeitas a explosão. As mesmas condições ao nível da geometria, material e carrega-
mento foram replicadas. Os resultados foram comparados em termos de deslocamentos fora do
plano no ponto central das placas. Os deslocamentos máximos obtidos estão comparados com
os do referido estudo na Tabela 3.
Tendo em conta o erro reduzido obtido, os modelos numéricos consideram-se validados.
4. Resultados
Neste capítulo serão analisados os resultados dos painéis de acordo com a modelação numérica
anteriormente descrita. Os resultados serão analisados em termos de deslocamentos máximos
fora do plano (U3) nos pontos centrais dos painéis, os quais são representativos do comporta-
mento geral destes elementos. Estes resultados são apresentados em função da curvatura dos
painéis e estão divididos para os casos de painéis axialmente descarregados e carregados.
6
Tema a definir pela Comissão Cientifica
0.2 0.2
U3 max [m]
U3 max [m]
0.15 0.15
0.1 0.1
0.05 0.05
0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS0_α0.5_SC1_P-2_Ax0 NS0_α1.0_SC1_P-2_Ax0 NS1_α0.5_SC1_P-2_Ax0 NS1_α1.0_SC1_P-2_Ax0
NS0_α1.5_SC1_P-2_Ax0 NS0_α0.5_SC2_P-2_Ax0 NS1_α1.5_SC1_P-2_Ax0 NS1_α0.5_SC2_P-2_Ax0
NS0_α1.0_SC2_P-2_Ax0 NS0_α1.5_SC2_P-2_Ax0 NS1_α1.0_SC2_P-2_Ax0 NS1_α1.5_SC2_P-2_Ax0
NS0_α0.5_SC3_P-2_Ax0 NS0_α1.0_SC3_P-2_Ax0 NS1_α0.5_SC3_P-2_Ax0 NS1_α1.0_SC3_P-2_Ax0
NS0_α1.5_SC3_P-2_Ax0 NS1_α1.5_SC3_P-2_Ax0
0.2 0.2
0.15 0.15
U3 max [m]
U3 max [m]
0.1 0.1
0.05 0.05
0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS2_α0.5_SC1_P-2_Ax0 NS2_α1.0_SC1_P-2_Ax0 NS3_α0.5_SC1_P-2_Ax0 NS3_α1.0_SC1_P-2_Ax0
NS2_α1.5_SC1_P-2_Ax0 NS2_α0.5_SC2_P-2_Ax0 NS3_α1.5_SC1_P-2_Ax0 NS3_α0.5_SC2_P-2_Ax0
NS2_α1.0_SC2_P-2_Ax0 NS2_α1.5_SC2_P-2_Ax0 NS3_α1.0_SC2_P-2_Ax0 NS3_α1.5_SC2_P-2_Ax0
NS2_α0.5_SC3_P-2_Ax0 NS2_α1.0_SC3_P-2_Ax0 NS3_α0.5_SC3_P-2_Ax0 NS3_α1.0_SC3_P-2_Ax0
NS2_α1.5_SC3_P-2_Ax0 NS3_α1.5_SC3_P-2_Ax0
0.6 0.6
0.5
0.4 0.4
U3 max [m]
U3 max [m]
0.3
0.2 0.2
0.1
0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS0_α0.5_SC1_P2_Ax0 NS0_α0.5_SC2_P2_Ax0 NS1_α0.5_SC1_P2_Ax0 NS1_α0.5_SC2_P2_Ax0
NS0_α0.5_SC3_P2_Ax0 NS0_α1.0_SC1_P2_Ax0 NS1_α0.5_SC3_P2_Ax0 NS1_α1.0_SC1_P2_Ax0
NS0_α1.0_SC2_P2_Ax0 NS0_α1.0_SC3_P2_Ax0 NS1_α1.0_SC2_P2_Ax0 NS1_α1.0_SC3_P2_Ax0
NS0_α1.5_SC1_P2_Ax0 NS0_α1.5_SC2_P2_Ax0 NS1_α1.5_SC1_P2_Ax0 NS1_α1.5_SC2_P2_Ax0
NS0_α1.5_SC3_P2_Ax0 NS1_α1.5_SC3_P2_Ax0
0.5 0.5
0.4 0.4
U3 max [m]
U3 max [m]
0.3 0.3
0.2 0.2
0.1 0.1
0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS2_α0.5_SC1_P2_Ax0 NS2_α0.5_SC2_P2_Ax0 NS3_α0.5_SC1_P2_Ax0 NS3_α0.5_SC2_P2_Ax0
NS2_α0.5_SC3_P2_Ax0 NS2_α1.0_SC1_P2_Ax0 NS3_α0.5_SC3_P2_Ax0 NS3_α1.0_SC1_P2_Ax0
NS2_α1.0_SC2_P2_Ax0 NS2_α1.0_SC3_P2_Ax0 NS3_α1.0_SC2_P2_Ax0 NS3_α1.0_SC3_P2_Ax0
NS2_α1.5_SC1_P2_Ax0 NS2_α1.5_SC2_P2_Ax0 NS3_α1.5_SC1_P2_Ax0 NS3_α1.5_SC2_P2_Ax0
NS2_α1.5_SC3_P2_Ax0 NS3_α1.5_SC3_P2_Ax0
Fig. 5: Deslocamento máximo fora do plano num ponto central dos painéis descarregados axialmente
0.5
0.4
U3 max [m]
U3 max [m]
0.3 0.5
0.2
0.1
0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS0_α0.5_SC1_P-2_Ax50 NS0_α1.0_SC1_P-2_Ax50 NS1_α0.5_SC1_P-2_Ax50 NS1_α1.0_SC1_P-2_Ax50
NS0_α1.5_SC1_P-2_Ax50 NS0_α0.5_SC2_P-2_Ax50 NS1_α1.5_SC1_P-2_Ax50 NS1_α0.5_SC2_P-2_Ax50
NS0_α1.0_SC2_P-2_Ax50 NS0_α1.5_SC2_P-2_Ax50 NS1_α1.0_SC2_P-2_Ax50 NS1_α1.5_SC2_P-2_Ax50
NS0_α0.5_SC3_P-2_Ax50 NS0_α1.0_SC3_P-2_Ax50 NS1_α0.5_SC3_P-2_Ax50 NS1_α1.0_SC3_P-2_Ax50
NS0_α1.5_SC3_P-2_Ax50 NS1_α1.5_SC3_P-2_Ax50
1 1.2
0.8 1
0.8
U3 max [m]
U3 max [m]
0.6
0.6
0.4
0.4
0.2 0.2
0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS2_α0.5_SC1_P-2_Ax50 NS2_α1.0_SC1_P-2_Ax50 NS3_α0.5_SC1_P-2_Ax50 NS3_α0.5_SC2_P-2_Ax50
NS2_α1.5_SC1_P-2_Ax50 NS2_α0.5_SC2_P-2_Ax50 NS3_α0.5_SC3_P-2_Ax50 NS3_α1.0_SC1_P-2_Ax50
NS2_α1.0_SC2_P-2_Ax50 NS2_α1.5_SC2_P-2_Ax50 NS3_α1.0_SC2_P-2_Ax50 NS3_α1.0_SC3_P-2_Ax50
NS2_α0.5_SC3_P-2_Ax50 NS2_α1.0_SC3_P-2_Ax50 NS3_α1.5_SC1_P-2_Ax50 NS3_α1.5_SC2_P-2_Ax50
NS2_α1.5_SC3_P-2_Ax50 NS3_α1.5_SC3_P-2_Ax50
1 1
0.8 0.8
U3 max [m]
U3 max [m]
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS0_α0.5_SC1_P2_Ax50 NS0_α0.5_SC2_P2_Ax50 NS1_α0.5_SC1_P2_Ax50 NS1_α0.5_SC2_P2_Ax50
NS0_α0.5_SC3_P2_Ax50 NS0_α1.0_SC1_P2_Ax50 NS1_α0.5_SC3_P2_Ax50 NS1_α1.0_SC1_P2_Ax50
NS0_α1.0_SC2_P2_Ax50 NS0_α1.0_SC3_P2_Ax50 NS1_α1.0_SC2_P2_Ax50 NS1_α1.0_SC3_P2_Ax50
NS0_α1.5_SC1_P2_Ax50 NS0_α1.5_SC2_P2_Ax50 NS1_α1.5_SC1_P2_Ax50 NS1_α1.5_SC2_P2_Ax50
NS0_α1.5_SC3_P2_Ax50 NS1_α1.5_SC3_P2_Ax50
8
Tema a definir pela Comissão Cientifica
2 1.4
1.2
1.5 1
U3 max [m]
U3 max [m]
0.8
1
0.6
0.5 0.4
0.2
0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS2_α0.5_SC1_P2_Ax50 NS2_α0.5_SC2_P2_Ax50 NS3_α0.5_SC1_P2_Ax50 NS3_α0.5_SC2_P2_Ax50
NS2_α0.5_SC3_P2_Ax50 NS2_α1.0_SC1_P2_Ax50 NS3_α0.5_SC3_P2_Ax50 NS3_α1.0_SC1_P2_Ax50
NS2_α1.0_SC2_P2_Ax50 NS2_α1.0_SC3_P2_Ax50 NS3_α1.0_SC2_P2_Ax50 NS3_α1.0_SC3_P2_Ax50
NS2_α1.5_SC1_P2_Ax50 NS2_α1.5_SC2_P2_Ax50 NS3_α1.5_SC1_P2_Ax50 NS3_α1.5_SC2_P2_Ax50
NS2_α1.5_SC3_P2_Ax50 NS3_α1.5_SC3_P2_Ax50
Fig. 6: Deslocamento máximo fora do plano num ponto central dos painéis descarregados axialmente
0.5
NS0_Z100_SC3_α1.0_
0.4 P2_Ax50
0.3
U3 [m]
NS3_Z100_SC3_α1.0_
0.2 P2_Ax50
0.1
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
tempo [s]
Fig. 7: Deslocamentos fora do plano de um painel não reforçado e reforçado com 3 reforços
5. Conclusões
A partir da análise de resultados feita no capítulo anterior é possível verificar que o quociente
de aspeto, curvatura, número de reforços e condições de fronteira, bem como a forma como os
9
X Congresso de Construção Metálica e Mista Coimbra, Portugal
painéis são carregados, especialmente o pré-carregamento axial, tem um impacto bastante signi-
ficativo na resposta destes elementos. A pré-compressão dos painéis aumenta os deslocamentos
em 85% dos casos. A aplicação de uma pressão transversal em painéis pré-comprimidos desen-
cadeia fenómenos de instabilidade em grande parte dos painéis (17% dos painéis comprimidos
apresentam deslocamentos 10 vezes maiores que os painéis sem carregamento axial). Desta
forma, estes elementos são bastante suscetíveis a desenvolverem grandes deslocamentos fora
do plano. Neste sentido, tendo em conta o potencial de aplicação de painéis curvos reforçados
e de acordo com os resultados obtidos, conclui-se que este assunto justifica claramente um
maior volume de estudos para que estes conceitos possam vir a ser introduzidos nas normas e
o dimensionamento destes elementos seja feito de forma segura.
Referências
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10