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COMPORTAMENTO DE PAINÉIS CURVOS REFORÇADOS SUJEI-

TOS A AÇÕES DE PRESSÃO DE CURTA DURAÇÃO

Tiago Mancoa*, João Pedro Martinsb, Constança Rigueiroc e Luís Simões da Silvad
a,b,d
ISISE, Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Coimbra
c
ISISE, Instituto Politécnico de Castelo Branco

Resumo. A utilização de placas e cascas reforçadas em aço é bastante comum em estruturas


offshore. Estas estruturas apresentam um risco acrescido de estarem sujeitas na sua vida útil a
explosões. Neste sentido, o presente estudo visa, através de modelos de elementos finitos, aferir
a resistência de cascas reforçadas e não reforçadas sujeitas a carregamento combinado de com-
pressão no plano e explosões fora do plano. Através de uma variação paramétrica abrangente é
objetivo concluir acerca da influência que a geometria destes elementos estruturais tem na sua
resistência última, nomeadamente as suas dimensões, a curvatura, a espessura, o número e a
inércia dos reforços, bem como as condições de fronteira.

1. Introdução
Os painéis reforçados em aço têm uma enorme aplicabilidade na Engenharia Civil, como por
exemplo em pontes e estruturas offshore. Neste último caso, estes elementos além de estarem
sujeitos a condições de carregamento normais (compressão, flexão, etc.) têm que ser dimensi-
onados para condições acidentais como é o caso das explosões. Neste sentido, as normas estru-
turais de estruturas offshore impõem que a robustez da estrutura esteja assegurada, isto é, de-
terminam que o dano local de uma parte da estrutura não possa pôr em causa a segurança de
toda a estrutura. Assim sendo, o estudo do comportamento local ao nível do elemento é funda-
mental para o dimensionamento conveniente da estrutura global. Contudo, verifica-se que o
enquadramento regulamentar é ainda praticamente inexistente sobretudo no caso de painéis
curvos. É neste sentido que o presente artigo procura apresentar conclusões acerca da influência
que as principais variáveis, inerentes à geometria e carregamento, têm na capacidade resistente.
Neste artigo serão estudados painéis reforçados em aço com diferentes níveis de curvatura
(incluindo planos) sujeitos a ações de pressão de curta duração com o objetivo de simular situ-
ações de explosão. Para tal, será levado a cabo um estudo paramétrico de uma série de modelos
numéricos realizados através do software ABAQUS.
X Congresso de Construção Metálica e Mista Coimbra, Portugal

2. Estado da arte
O estudo da teoria de cascas tem merecido historicamente uma investigação considerável. Biggs
[1] desenvolveu uma metodologia simplificada usando fatores de transformação para estudar o
comportamento de elementos sujeitos a explosões considerando sistemas equivalentes de um
grau de liberdade. Em dois artigos de revisão Nurick & Martin [2],[3] compilaram os estudos
de placas finas sujeitas a carregamento de curta duração e concluíram que os resultados dados
por modelos teóricos preveem razoavelmente bem os ensaios experimentais. Os mesmos auto-
res propuseram uma fórmula empírica para calcular a deflexão de placas circulares e quadran-
gulares sujeitas a este tipo de carregamento. Nurick & Shave [4] concluíram experimentalmente
que os modos de rotura de placas quadrangulares encastradas dependem significativamente das
condições de fronteira. Diferentes configurações de reforços para placas sujeitas a cargas locais
e uniformes de explosão foram estudadas por Yuen & Nurick [5] e Langdon et al. [6] experi-
mental e numericamente. O dano de placas reforçadas e não reforçadas sob ações de explosão
foi numericamente estudado por Byung-Wook & Sang-Rai [7]. Rajendran & Lee [8] reviram
os métodos de dimensionamento de estruturas de placa sujeitas a explosões. Gupta el al. [9]
estudaram numericamente o comportamento de explosões de placas quadradas. Xu et al. [10]
estudaram a influência das condições de fronteira no colapso de painéis reforçados sob carre-
gamento combinado. Mais recentemente têm-se centrado atenções em painéis curvos sobretudo
sujeitas a tensões de compressão no plano (Tran [11] e Martins [12]). Estudos que tratem de
forma aprofundada o comportamento de painéis curvos reforçados sob carregamento combi-
nado no plano e pressão transversal não foram encontrados na bibliografia. Neste sentido o
presente artigo propõe-se a colmatar essa lacuna.

3. Modelação numérica
3.1 Introdução

Nesta secção serão descritas as considerações assumidas na modelação numérica dos painéis
curvos reforçados. Um total de 864 análises numéricas foram realizadas através de modelos de
elementos finitos com recurso ao software ABAQUS. A geração dos ficheiros input bem como
a leitura dos resultados foi feita através de programação (VBA e Python).
Três análises distintas foram realizadas: i) uma análise linear de estabilidade (LBA) para o
cálculo das cargas críticas e determinação dos modos de encurvadura que serão utilizados como
imperfeições geométricas equivalentes nas duas análises seguintes; ii) uma análise geométrica
e materialmente não-linear com imperfeições (GMNIA) através do algoritmo Riks para avalia-
ção das cargas últimas dos painéis sob compressão; iii) uma análise dinâmica Explicit para a
análise do comportamento dos painéis sob carregamento combinado de compressão e explosão.

3.2 Geometria

A geometria de cascas cilíndricas é representada na Fig. 1a) pelo comprimento (a), a largura
(b), a espessura (t) e o raio de curvatura (R) do painel.
O quociente entre o comprimento e a largura da casca é denominado por quociente de aspeto
(α). A curvatura da casca cilíndrica (Z) é dada por:
b2
Z (1)
Rt
Os painéis foram considerados com uma largura b = 2,5 m e uma espessura t = 0,015 m. O

2
Tema a definir pela Comissão Cientifica

quociente de aspeto foi considerado ser α = 0,5, 1,0 e 1,5. A curvatura Z foi variada de 0 a 150
com incrementos de 50. Os reforços foram considerados retangulares com uma espessura
ts = 0,015 m e uma altura hs = 0,15 m. O número de reforços (NS) variou de 0 a 3.

a) b)
Fig. 1: Geometria de cascas cilíndricas: a) variáveis geométricas [12]; b) exemplo de uma modelação
numérica

3.3 Condições de fronteira

Em cascas simplesmente apoiadas a forma como as arestas estão restringidas tem um efeito
importante na resistência do elemento. Assim sendo, de acordo com Martins [12] podem dis-
tinguir-se três situações distintas:
- Condições de suporte do tipo 1 (SC1): tanto as arrestas carregadas como as não carregadas
não estão restringidas e consequentemente estão livres de empenar;
- Condições de suporte do tipo 2 (SC2): as arestas carregadas estão restringidas e permanecem
direitas. Isto significa que o deslocamento relativo na direção longitudinal entre os pontos
dessa aresta é nulo. As arestas não carregadas não estão restringidas e consequentemente
estão livres para empenar;
- Condições de suporte do tipo 3 (SC3): tanto as arrestas carregadas como as não carregadas
estão restringidas e consequentemente estão impedidas de empenar.
Todas estas condições de fronteira foram consideradas no estudo paramétrico.

3.4 Condições de carregamento

A distribuição das tensões de compressão ao longo das arestas carregadas pode ser representada
pelo coeficiente Ψ. Este coeficiente é dado pelo quociente entre as tensões nas extremidades
das arestas (σ1 e σ2). Neste estudo apenas o caso de compressão (Ψ=1) pura foi considerado.
No estudo paramétrico os painéis foram considerados axialmente descarregados (represen-
tados posteriormente por Ax0) e carregados ao longo das arestas transversais com 50% do valor
correspondente à carga última obtida pela análise de Riks (Ax50) (ver Fig. 2 a)).
Relativamente ao carregamento de explosão foi considerado um pulso triangular com um
tempo de aumento da pressão até ao valor de pico (2 bar) igual a 50% do tempo total de aplica-
ção de pressão, que neste caso foi considerado de 0,1 s. A pressão aplicada foi considerada
uniformemente distribuída e atuando perpendicularmente à superfície dos painéis. Ambas as
situações de pressão centrífuga e centrípeta foram consideradas (Fig. 2 b) e c)). A primeira será
representada posteriormente como uma pressão negativa (P-2) e a segunda por uma pressão
positiva (P2). Importa referir que a carga da explosão foi aplicada apenas após a carga axial
estar completamente instalada. Esta carga por sua vez foi incrementada linearmente num tempo

3
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suficientemente grande para que não se verifiquem efeitos dinâmicos (t=0,1 s) e mantida cons-
tante até ao fim da análise. Após o fim da carga de explosão a análise foi continuada por mais
0,1 s, contabilizando assim um tempo total de análise de 0,3 s.

a) Carga axial Ax50 b) Explosão centrífuga P-2 c) Explosão centrípeta P2


Fig. 2: Aplicação do carregamento axial e de explosão

3.5 Comportamento do material

O comportamento do material de elementos sujeitos a ações de explosão deve ser capaz de


representar devidamente a alta não linearidade desde o desenvolvimento da cedência até à ro-
tura. Tendo em conta a falta de ensaios experimentais para a caracterização do material, foi
adotado um comportamento representativo mas detalhado baseado na bibliografia.
O módulo de elasticidade (E) e o coeficiente de Poisson (ν) foram considerados como 210
GPa e 0,3, respetivamente. A densidade foi considerada igual a 7800 kg/m3. A tensão de ce-
dência (fy) corresponde à de um aço S355, ou seja 355 MPa, com uma tensão última (fu) igual
a 470 MPa adotando um declive de E/100 o que corresponde a uma extensão de 0,05307. O
endurecimento foi simulado através de um comportamento isotrópico.
A taxa de deformação corresponde a uma deformação por unidade de tempo ( ε  dε / dt ) e
é um dos fenómenos mais importantes em simulações dinâmicas. Neste tipo de análises o rápido
aumento da extensão leva a um considerável aumento da tensão de cedência. Estes efeitos foram
simulados no ABAQUS usando a lei de Cowper & Symonds [13] definida por:
n  pl n 
1
 σ  σ  ε  
ε pl  D  1   1    (2)
σ
 0  σ   D  
0
 
Onde ε pl é taxa de deformação plástica equivalente; σ 0 é a tensão de cedência estática; σ é a
tensão de cedência para uma taxa de deformação não nula; D e n são parâmetros do material.
Os parâmetros do material D e n são empíricos e calibrados experimentalmente. A norma
DNV RP-C208 [14] propõe, na falta de dados mais precisos, para os aços comuns de estruturas
offshore os valores de D  4000 s 1 e n  5 , os quais foram usados neste estudo.
O dano progressivo e a rotura são aspetos importantes para representar completamente o
comportamento do material. Neste sentido foi utilizado no ABAQUS o modelo de iniciação do
dano por tração. Isto significa que a rigidez do material é degradada progressivamente após a
iniciação do dano de acordo com uma lei de evolução de dano. Após a rotura, os elementos são
removidos da análise. A iniciação do dano dúctil (fratura por tração) começa no ponto corres-
pondente à extensão plástica equivalente ( ε Dpl ) a qual é definida em função da taxa de defor-
mação plástica equivalente ( ε ) e do estado de tensão triaxial ( η   p / q ) sendo p a pressão
pl

e q a tensão equivalente de von Mises. Na Tabela 1 estão apresentados os parâmetros de inici-


ação do dano dúctil utilizados nos modelos numéricos. O valor da taxa de deformação apresen-
tado na Tabela 1 corresponde ao valor máximo obtido numa análise anterior no qual os efeitos
da taxa de deformação foram negligenciados.

4
Tema a definir pela Comissão Cientifica

Tabela 1: Parâmetros de iniciação do dano dúctil utilizados nos modelos numéricos


Extensão de rotura - ε pl Tensão triaxial - η Taxa de deformação - ε pl [s-1]
0,15 0,7 75

Após a sua iniciação a evolução do dano pode ser assumida através uma relação linear em
função do deslocamento plástico ( u pl ). A rotura total assume-se ocorrer quando o desloca-
mento total plástico na rotura ( u fpl ) for atingido, ou seja:
u fpl  Lε fpl (3)
Onde ε fpl é a extensão plástica na rotura e L é a dimensão do elemento finito.
A dimensão do elemento finito foi definida através de um estudo de convergência da malha
como se verá de seguida na secção 3.6. A extensão plástica na rotura foi assumida como
ε fpl  0,2 o qual é um valor razoável tendo em conta o estabelecido na norma EN 10025-2 [15]:

Tabela 2: Parâmetros de evolução de dano utilizados na análise numérica


ε fpl L [m] u fpl [m]
0,2 0,02604 0,00521

Tendo em conta o anteriormente definido, a lei do material pode ser representada como:

500

400
Tensão [MPa]

300

200

100

0
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20
Extensão
Fig. 3: Comportamento do aço assumido nos modelos numéricos

3.6 Tipo de elemento e estudo de convergência da malha

Neste estudo foram utilizados elementos do tipo casca (dada a relação entre a dimensão e es-
pessura dos elementos) do tipo S4R. Estes são elementos lineares de 4 nós com integração
reduzida. A dimensão da malha foi estabelecida através de um estudo de convergência. Por
razões de modelação o número de elementos finitos teve que ser múltiplo do número de reforços
mais um, o que significa um número total de 96 elementos na direção transversal, correspon-
dendo a uma dimensão de 26,04 mm. Dependendo do quociente de aspeto 0,5, 1,0 e 1,5 um
total de 48, 96 e 144 elementos existem, respetivamente, na direção longitudinal.
Para realizar o estudo de convergência foi selecionada uma geometria arbitrária de todas as
definidas no estudo paramétrico. Assim, foi utilizada uma placa (Z=0) quadrada com 3 reforços
e condições de fronteira do tipo 2 (SC2). Os resultados foram analisados em termos da i) carga
crítica (LBA); ii) carga última sob compressão axial (GMNIA - Riks); iii) deslocamento má-
ximo transversal (fora do plano - direção U3) no ponto central do painel devido à explosão com
as características anteriormente definidas; iv) o valor máximo da reação nas arestas na direção
transversal (RF3) devido a uma explosão. Os resultados estão apresentados na Fig. 4.
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1.20
1.00

Valores normalizados
0.80
0.60
LBA - 1ª carga crítica
0.40 GMNIA - Carga última Dimensão da
Explosão - U3 ponto central malha adoptada
0.20
Explosão - RF3 arestas
0.00
125 100 75 50 25 0
Dimensão da malha [mm]
Fig. 4: Estudo de convergência da malha para uma placa quadrada reforçada com 3 reforços e condi-
ções de fronteira do tipo 2

3.7 Consideração das imperfeições

As imperfeições geométricas equivalentes foram consideradas a partir do 1º modo de encurva-


dura obtido a partir de uma análise linear de estabilidade. A amplitude dessa imperfeição foi
considerada em função da largura dos painéis, neste caso b/200.
Importa referir que o primeiro modo de encurvadura assume configurações distintas para
painéis não reforçados e reforçados. Neste caso, passa-se de situações de modos globais para
modos locais. Como se compreende esta simplificação pode ter alguma influência sobretudo
no caso em que os painéis estão carregados axialmente. Contudo, esta simplificação não impede
o estabelecimento das conclusões a que o estudo se propõe nem reduz o valor dos resultados
obtidos.

3.8 Validação do modelo de elementos finitos

O modelo de elementos finitos foi validado a partir de um estudo levado a cabo por Tavakolia
& Kiakojouri [16]. Neste estudo os autores compararam diferentes configurações de placas re-
forçadas sujeitas a explosão. As mesmas condições ao nível da geometria, material e carrega-
mento foram replicadas. Os resultados foram comparados em termos de deslocamentos fora do
plano no ponto central das placas. Os deslocamentos máximos obtidos estão comparados com
os do referido estudo na Tabela 3.
Tendo em conta o erro reduzido obtido, os modelos numéricos consideram-se validados.

Tabela 3: Comparação dos deslocamentos máximos no ponto central dos painéis


para a validação dos modelos numéricos [mm]
Obtido [16] Erro (%)
0 reforços 46,97 49,23 -4,6%
1 reforços 40,55 38,97 4,0%
2 reforços 36,53 35,02 4,3%
3 reforços 33,08 31,14 6,2%

4. Resultados
Neste capítulo serão analisados os resultados dos painéis de acordo com a modelação numérica
anteriormente descrita. Os resultados serão analisados em termos de deslocamentos máximos
fora do plano (U3) nos pontos centrais dos painéis, os quais são representativos do comporta-
mento geral destes elementos. Estes resultados são apresentados em função da curvatura dos
painéis e estão divididos para os casos de painéis axialmente descarregados e carregados.
6
Tema a definir pela Comissão Cientifica

4.1 Painéis axialmente descarregados


0.25 0.25

0.2 0.2
U3 max [m]

U3 max [m]
0.15 0.15

0.1 0.1

0.05 0.05

0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS0_α0.5_SC1_P-2_Ax0 NS0_α1.0_SC1_P-2_Ax0 NS1_α0.5_SC1_P-2_Ax0 NS1_α1.0_SC1_P-2_Ax0
NS0_α1.5_SC1_P-2_Ax0 NS0_α0.5_SC2_P-2_Ax0 NS1_α1.5_SC1_P-2_Ax0 NS1_α0.5_SC2_P-2_Ax0
NS0_α1.0_SC2_P-2_Ax0 NS0_α1.5_SC2_P-2_Ax0 NS1_α1.0_SC2_P-2_Ax0 NS1_α1.5_SC2_P-2_Ax0
NS0_α0.5_SC3_P-2_Ax0 NS0_α1.0_SC3_P-2_Ax0 NS1_α0.5_SC3_P-2_Ax0 NS1_α1.0_SC3_P-2_Ax0
NS0_α1.5_SC3_P-2_Ax0 NS1_α1.5_SC3_P-2_Ax0
0.2 0.2

0.15 0.15
U3 max [m]

U3 max [m]
0.1 0.1

0.05 0.05

0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS2_α0.5_SC1_P-2_Ax0 NS2_α1.0_SC1_P-2_Ax0 NS3_α0.5_SC1_P-2_Ax0 NS3_α1.0_SC1_P-2_Ax0
NS2_α1.5_SC1_P-2_Ax0 NS2_α0.5_SC2_P-2_Ax0 NS3_α1.5_SC1_P-2_Ax0 NS3_α0.5_SC2_P-2_Ax0
NS2_α1.0_SC2_P-2_Ax0 NS2_α1.5_SC2_P-2_Ax0 NS3_α1.0_SC2_P-2_Ax0 NS3_α1.5_SC2_P-2_Ax0
NS2_α0.5_SC3_P-2_Ax0 NS2_α1.0_SC3_P-2_Ax0 NS3_α0.5_SC3_P-2_Ax0 NS3_α1.0_SC3_P-2_Ax0
NS2_α1.5_SC3_P-2_Ax0 NS3_α1.5_SC3_P-2_Ax0
0.6 0.6

0.5

0.4 0.4
U3 max [m]

U3 max [m]

0.3

0.2 0.2

0.1

0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS0_α0.5_SC1_P2_Ax0 NS0_α0.5_SC2_P2_Ax0 NS1_α0.5_SC1_P2_Ax0 NS1_α0.5_SC2_P2_Ax0
NS0_α0.5_SC3_P2_Ax0 NS0_α1.0_SC1_P2_Ax0 NS1_α0.5_SC3_P2_Ax0 NS1_α1.0_SC1_P2_Ax0
NS0_α1.0_SC2_P2_Ax0 NS0_α1.0_SC3_P2_Ax0 NS1_α1.0_SC2_P2_Ax0 NS1_α1.0_SC3_P2_Ax0
NS0_α1.5_SC1_P2_Ax0 NS0_α1.5_SC2_P2_Ax0 NS1_α1.5_SC1_P2_Ax0 NS1_α1.5_SC2_P2_Ax0
NS0_α1.5_SC3_P2_Ax0 NS1_α1.5_SC3_P2_Ax0
0.5 0.5

0.4 0.4
U3 max [m]

U3 max [m]

0.3 0.3

0.2 0.2

0.1 0.1

0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS2_α0.5_SC1_P2_Ax0 NS2_α0.5_SC2_P2_Ax0 NS3_α0.5_SC1_P2_Ax0 NS3_α0.5_SC2_P2_Ax0
NS2_α0.5_SC3_P2_Ax0 NS2_α1.0_SC1_P2_Ax0 NS3_α0.5_SC3_P2_Ax0 NS3_α1.0_SC1_P2_Ax0
NS2_α1.0_SC2_P2_Ax0 NS2_α1.0_SC3_P2_Ax0 NS3_α1.0_SC2_P2_Ax0 NS3_α1.0_SC3_P2_Ax0
NS2_α1.5_SC1_P2_Ax0 NS2_α1.5_SC2_P2_Ax0 NS3_α1.5_SC1_P2_Ax0 NS3_α1.5_SC2_P2_Ax0
NS2_α1.5_SC3_P2_Ax0 NS3_α1.5_SC3_P2_Ax0

Fig. 5: Deslocamento máximo fora do plano num ponto central dos painéis descarregados axialmente

Dos gráficos presentes na Fig. 5 é possível tirar as seguintes conclusões:


i) No caso das explosões centrífugas (P-2) verifica-se que a curvatura apresenta um efeito
benéfico no desenvolvimento dos deslocamentos máximos fora do plano. Neste caso,
verifica-se nos primeiros quatro gráficos apresentados uma tendência clara. Como seria
de esperar, quocientes de aspeto superiores e condições de suporte menos restringidas
conduzem a maiores deslocamentos fora do plano. A primeira variável tem neste caso
um impacto enorme pois verifica-se que um pequeno aumento das dimensões do painel
pode conduzir a um aumento significativo dos deslocamentos. Por outro lado, quanto
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maior o número de reforços menores são os valores obtidos para os deslocamentos;


ii) Especialmente para os elementos mais curtos, a redução do deslocamento que se ganha
com a utilização de mais reforços é por vezes pouco significativa;
iii) Os painéis com condições de fronteira mais restringidas apresentam, em geral, desloca-
mentos menores. As diferenças entre as condições de fronteira do tipo 1 e do tipo 2 são
mais notáveis que entre o tipo 2 e tipo 3, onde se verifica que tanto o andamento das
curvas como o seu valor é bastante semelhante;
iv) No caso de explosões centrípetas (P2) existem curvaturas intermédias para as quais os
deslocamentos são maiores que os verificados para curvaturas mais baixas (sobretudo
para α=1,0 e α=1,5). Isto parece indicar a existência de curvaturas críticas e portanto a
existência de uma resposta não monotónica, menos “clara”;
v) Comparativamente aos painéis carregados centrifugamente, existem casos de painéis
com explosões centrípetas que sofrem maiores deslocamentos. Isto é especialmente ver-
dade para os painéis com curvaturas intermédias de painéis com quocientes de aspeto
mais elevados;
vi) Para a maior curvatura considerada (Z=150) o deslocamento máximo obtido é, à exce-
ção de alguns casos particulares, praticamente independente de todas as outras variáveis
consideradas. Isto corrobora a ideia que os painéis com curvaturas elevadas são particu-
larmente eficazes para resistir a cargas transversais.

4.2 Painéis axialmente carregados


0.6 1

0.5

0.4
U3 max [m]

U3 max [m]

0.3 0.5

0.2

0.1

0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS0_α0.5_SC1_P-2_Ax50 NS0_α1.0_SC1_P-2_Ax50 NS1_α0.5_SC1_P-2_Ax50 NS1_α1.0_SC1_P-2_Ax50
NS0_α1.5_SC1_P-2_Ax50 NS0_α0.5_SC2_P-2_Ax50 NS1_α1.5_SC1_P-2_Ax50 NS1_α0.5_SC2_P-2_Ax50
NS0_α1.0_SC2_P-2_Ax50 NS0_α1.5_SC2_P-2_Ax50 NS1_α1.0_SC2_P-2_Ax50 NS1_α1.5_SC2_P-2_Ax50
NS0_α0.5_SC3_P-2_Ax50 NS0_α1.0_SC3_P-2_Ax50 NS1_α0.5_SC3_P-2_Ax50 NS1_α1.0_SC3_P-2_Ax50
NS0_α1.5_SC3_P-2_Ax50 NS1_α1.5_SC3_P-2_Ax50
1 1.2

0.8 1

0.8
U3 max [m]

U3 max [m]

0.6
0.6
0.4
0.4
0.2 0.2

0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS2_α0.5_SC1_P-2_Ax50 NS2_α1.0_SC1_P-2_Ax50 NS3_α0.5_SC1_P-2_Ax50 NS3_α0.5_SC2_P-2_Ax50
NS2_α1.5_SC1_P-2_Ax50 NS2_α0.5_SC2_P-2_Ax50 NS3_α0.5_SC3_P-2_Ax50 NS3_α1.0_SC1_P-2_Ax50
NS2_α1.0_SC2_P-2_Ax50 NS2_α1.5_SC2_P-2_Ax50 NS3_α1.0_SC2_P-2_Ax50 NS3_α1.0_SC3_P-2_Ax50
NS2_α0.5_SC3_P-2_Ax50 NS2_α1.0_SC3_P-2_Ax50 NS3_α1.5_SC1_P-2_Ax50 NS3_α1.5_SC2_P-2_Ax50
NS2_α1.5_SC3_P-2_Ax50 NS3_α1.5_SC3_P-2_Ax50
1 1

0.8 0.8
U3 max [m]

U3 max [m]

0.6 0.6

0.4 0.4

0.2 0.2

0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS0_α0.5_SC1_P2_Ax50 NS0_α0.5_SC2_P2_Ax50 NS1_α0.5_SC1_P2_Ax50 NS1_α0.5_SC2_P2_Ax50
NS0_α0.5_SC3_P2_Ax50 NS0_α1.0_SC1_P2_Ax50 NS1_α0.5_SC3_P2_Ax50 NS1_α1.0_SC1_P2_Ax50
NS0_α1.0_SC2_P2_Ax50 NS0_α1.0_SC3_P2_Ax50 NS1_α1.0_SC2_P2_Ax50 NS1_α1.0_SC3_P2_Ax50
NS0_α1.5_SC1_P2_Ax50 NS0_α1.5_SC2_P2_Ax50 NS1_α1.5_SC1_P2_Ax50 NS1_α1.5_SC2_P2_Ax50
NS0_α1.5_SC3_P2_Ax50 NS1_α1.5_SC3_P2_Ax50

8
Tema a definir pela Comissão Cientifica

2 1.4
1.2
1.5 1
U3 max [m]

U3 max [m]
0.8
1
0.6

0.5 0.4
0.2
0 0
0 50 100 150 0 50 100 150
Z Z
NS2_α0.5_SC1_P2_Ax50 NS2_α0.5_SC2_P2_Ax50 NS3_α0.5_SC1_P2_Ax50 NS3_α0.5_SC2_P2_Ax50
NS2_α0.5_SC3_P2_Ax50 NS2_α1.0_SC1_P2_Ax50 NS3_α0.5_SC3_P2_Ax50 NS3_α1.0_SC1_P2_Ax50
NS2_α1.0_SC2_P2_Ax50 NS2_α1.0_SC3_P2_Ax50 NS3_α1.0_SC2_P2_Ax50 NS3_α1.0_SC3_P2_Ax50
NS2_α1.5_SC1_P2_Ax50 NS2_α1.5_SC2_P2_Ax50 NS3_α1.5_SC1_P2_Ax50 NS3_α1.5_SC2_P2_Ax50
NS2_α1.5_SC3_P2_Ax50 NS3_α1.5_SC3_P2_Ax50

Fig. 6: Deslocamento máximo fora do plano num ponto central dos painéis descarregados axialmente

Dos gráficos presentes na Fig. 6 é possível tirar as seguintes conclusões:


i) A presença de esforço axial tem um impacto enorme no deslocamento máximo fora do
plano, os quais são de forma geral maiores devido ao desenvolvimento de encurvaduras;
ii) No caso dos painéis pré-comprimidos é mais difícil identificar uma tendência clara
quando os resultados são apresentados em função da curvatura, isto é, os resultados pa-
recem mostrar um certa “imprevisibilidade” sobretudo no caso de pressões centrípetas
(P2). Isto pode ser explicado em parte pelo facto de as imperfeições geométricas varia-
rem em função da geometria dado estas terem sido consideradas pelo primeiro modo de
encurvadura. Não obstante, verifica-se que a resposta destes elementos sujeitos a este
tipo de ações é bastante delicada por estarem implicados fenómenos de instabilidade;
iii) Importa referir que o facto de se verificarem, em alguns casos, deslocamentos menores
nos painéis não reforçados que nos reforçados tem que ver com a carga axial aplicada
(que é função da carga última) ser muito menor nos painéis sem reforços;
iv) Em alguns casos verificou-se mesmo a rotura dos painéis no ponto de medição e conse-
quentemente encontram-se deslocamentos bastante acima dos restantes resultados;
v) Quando o número de reforços é maior a possibilidade de ocorrência de encurvadura é
menor e consequentemente os valores dos deslocamentos máximos são mais próximos
dos obtidos quando não existe carregamento axial. A título exemplificativo verifica-se
na Fig. 7 que num painel não reforçado o deslocamento continua a aumentar depois do
pico da pressão ser atingido (t=0.15 s) o que significa que os efeitos são desproporcio-
nais às suas causas (iniciação de encurvadura). Por outro lado, o deslocamento num
painel reforçado volta à sua posição inicial quando a pressão deixa de existir;

0.5
NS0_Z100_SC3_α1.0_
0.4 P2_Ax50

0.3
U3 [m]

NS3_Z100_SC3_α1.0_
0.2 P2_Ax50

0.1
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
tempo [s]
Fig. 7: Deslocamentos fora do plano de um painel não reforçado e reforçado com 3 reforços

5. Conclusões
A partir da análise de resultados feita no capítulo anterior é possível verificar que o quociente
de aspeto, curvatura, número de reforços e condições de fronteira, bem como a forma como os
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X Congresso de Construção Metálica e Mista Coimbra, Portugal

painéis são carregados, especialmente o pré-carregamento axial, tem um impacto bastante signi-
ficativo na resposta destes elementos. A pré-compressão dos painéis aumenta os deslocamentos
em 85% dos casos. A aplicação de uma pressão transversal em painéis pré-comprimidos desen-
cadeia fenómenos de instabilidade em grande parte dos painéis (17% dos painéis comprimidos
apresentam deslocamentos 10 vezes maiores que os painéis sem carregamento axial). Desta
forma, estes elementos são bastante suscetíveis a desenvolverem grandes deslocamentos fora
do plano. Neste sentido, tendo em conta o potencial de aplicação de painéis curvos reforçados
e de acordo com os resultados obtidos, conclui-se que este assunto justifica claramente um
maior volume de estudos para que estes conceitos possam vir a ser introduzidos nas normas e
o dimensionamento destes elementos seja feito de forma segura.

Referências
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