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ITO L

o bnçamt?nlo deste primelro núrner da REVISTA


DA AOPF, qu r m< s resga ar na mernóría os valoro-
o. comr<mh Jros qui! no ano de 197b lornararn reali·
d de um antigo sonho d • todos - D legados de P -.!feia
Federâl : a fundaçao d"' uma as TJCÍilção cl cla,se. a que-
rida ADPF
No u- d ze anos de exist'>ncia , a ASSOCI ÇÃO
DOS DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL c1l-!S
ceu, tornou-se adult . projetando ua forte imdg~m por
todo o Brasil
A uniâ() de , "li associado~ l:?rn prol de caus.as JUSta .
manteve <:~ dlgnidad da ela se e fez com que suas 1 .gíti-
rnas a pirações fos. ~m ouvida e t •nd1das. ·
Esta revi ·ta írá representar a cem ui5ta de mais um im-
portant., objetivo: a difu âo à uma _ele= ionada elíre ti-
leilore de arligo~ r cdmente itlteressaT tes que ptopicia
tão a que todos nos ~.:onheçi:lm m -.11101
Ao c L,1buradore no~sos agradecimentos e u~ dVI
dos leitore-. desejamo que ã ~ · bor iern. núm ::.ro fi nú -
m ro, com um hom 0p ti e~

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4
PROJETO PROCOTI
PROGRAMA DE ATENDIMENTO, ORIENTAÇÃO E CONTROLE
INTERNO DE ESTRANGEIROS E PASSAGEIROS
DO TRÁFEGO INTERNACIONAL.
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO 5 - ESTRATtGIA DE IMPLANTAÇÃO
2 - A SITU~ÇÃO ATUAL DESCRIÇÃO DA 6 - ESTIMATIVA DE CUSTOS
PROBLEMATICA 7 - FONTES ALTERNATIVAS DE
3 - O SISTEMA PROPOSTO: DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO RECEITAS
4 - BENEFÍCIOS COM A ADOÇÃO DO SISTEMA PROPOSTO 8 - CONSIDERAÇ0ES FINAIS
dos nacionais e estrangeiros que tran- a admissão, entrada e permanência de
Polícia Marítillla, sitam pelos pontos de entrada e saída estrangeiros no País, como por exem-
Aérea~ de do país, determinando o impedimen-
to daqueles que apresentem situação
plo: os critérios para concessão de vis-
to (de trânsito, de turista, temporário,
Frontetras irregular. permanente, de cortesia, oficial e di-
0 verdadeiro plomático); o consequente acompa-
sentido . - Na verdade, a missão da DPMAF nhando do cumprimento dos prazos
de sua llltssao está inserida num contexto muito mais de permanência estabelecidos; bem co-
amplo, estendendo-se a todo o espa- mo a clandestinidade, implicam, em
ço geográfico jurisdicionado pelo Es- grandes esforços de vgilância e
tado e envolvendo múltiplas e comple- controle.
1 - INTRODUÇÃO xas tarefas, sobretudo aquelas direta-
mente vinculadas à Segurança Na- A partir de uma reflexão atentando-
cional. se para a extensão das fronteiras e am-
Constituição Federal, em seu ar-
A
. tigo 8?, estabelece como uma Dentro desse quadro, o controle de
plitudes do litoral brasileiro, cujo nú-
mero de postos de fiscalização é incre-
das competências da União, organizar estrangeiros, através da ação fiscaliza- mentado continuamente; para o cres-
e manter a Polícia Federal com a fi- dora na entrada, da vigilância duran- cente contingente de turistas que en-
nalidade de, entre outras ações, "exe- te a sua permanência e da verificação tram e saem do país: para o incalcu-
cutar os serviços de polícia marítima, da sua condição de regularidade no lável número de estrangeiros residen-
aérea e de fronteiras". momento de saída do território nacio- tes; para o constante e diário movi-
nal e no seu eventual retorno, destaca- mento dos chamados fronteiriços; pa-
Tais ações são atribuídas, no âmbi-
se como uma das mais importantes ra o grande número de alunos, profes-
to do Departamento de Polícia Fede- responsabilidade da SPMAF.
ral (DPF), à DPMAF-Divisão de Po- sores, técnicos, pesquisadores e cien-
lícia Marítima, Aérea e de Fronteiras, Nesse particular, a constelação de
a quem incumbe verificar a condição circunstâncias jurídicas que envolvem

~_$~··· ~

1. D t r .t05El ARlJ,!,NOO PA OOS'IA ILJIVUTA &D•r


MARIA LI I Afi.AHIIl
Ó&:JAO OYI~llll n~ A550'JrACÀCl lJGS D !.FOAD~
JU50Cill.çj.Q DOS D.I:~OADOI lllnl.IIIJ!IU DO ço•IELB:o :rUGJ..L m! I'OI.iCJA TECER 1
Jl. 'fÕJ.iGü RIID&L
B q .I &0116011 • •ruOia - DUtrl~1> fedor l EDl:NII HORH CAI.UKll\A
CGCVr OO .•I&.t(lll OOOl·Tl l.l':rR!LO 'PI!!R•••R ... DA P0l119 ~
•JIIEitDIIII't•
DD&ata: 11~ - ilii'H' DR WILIJOJI .U PR~ 00 Pi!RPtTUO
GD~O DIQTOJI
..1 .1úUE A!Rml I'OELHO D~PAI'\TA14l!m-O A!H.ciNIIlTFIA'ITVO
A1M.ITRY 1\P.\JtElllOO G.UD:ulO i)fl JAIMP: FIUBSI'EM
Jl~toA .ilDK IWlS'1'Ufiftl
Jlt.'f il.'JJ:.!I~lÀ.
VJCE.rn: Fi~LOTTI OEPAR't~~'ITO (](li.(:UI"JICAÇÁO OCIAL. J!J)6{)!4 {. PHITO
AITGUS'l'O !I:O!i&.'.D OR O!llot' ALVI':ll lllt l!ILVA
l.\rlZ CL0\'1~ A.NCONI
LÚOIO J ll~ ACOO'l'A lli!:fARTMlF.IilO ASJ.!B'r .J1TDIC!AII CDOilDI.AI.lOJI USP.O. .ÁYIIL
PAULO IJ'lSTAVO IJ., MAGM.JJAW PW'ro 0!1.. SE. ASTII..O ortl$t LESilA
l'ii!LSON . oiUlANDRS ÀR'TINS ti . JO!J 1:1\CÍD!O NW(~ WALTltH. r.• V1BCONT!
AP.'I'Htif\ CA.ROONf. !"!LHO
IN 1· -BOR AU'IWr,:l fBRI'É':1.10i' Dl!l'A!\7 AMF..N1'0 A86l:ST Suct ...L .
OI\ ANTO?WJ tiiRLOS 1/l ...NI>A SILRKI',:S
IID[QÃO • PTACIIUIUÇiO
IIDL&IIDi DO CIOhm.BO liiB.mJI
F.PARTA'Yl.'JirO (U:PRl!S. li"'JJON Al
CllRl.O.S ROO~.P.l[) A!.YF.S f· !U!IRA ()f\, ALO'lSIO ,rOOS B UARC LLOO
R.::JQm! DIA$ t>A SlL 11 A OOIIIIil&ó 1:111 nw•
Vlt.'EJnE Clu:;nrn
NELSON !' ll'ó ANDES LIAP:";'TNE
AUlWSTO KONRAO tW '' ,108(1111111 l'Lon~UW, 186 ~· Paul!> Capital

5
..
tistas espalhados por todo o país; é fá-
que a DPMAF não dispõe de um sis- O crescente movimento de viajantes
tema de automatização integrado, es- em confronto com as limitadas possi-
pecialmente voltado para o controle bilidades de atendimento pela Polícia
cil despreender-se as proporções imen- de estrangeiros e nacionais; que os Federal, agravado pela utilização de
Sudveis dos problemas a serem resol- procedimentos operacionais atual- processos lentos e ineficazes de verifi-
vidos. E o descontrole de tal situação, mente em prática são lentos, inefica- . cação nos guichês de entrada e saída,
certamente cria condições que se con- zes e pouco confiáveis; que tais defi- têm acarretado um estrangulamento
trapõem aos interesses nacionais, ciências configuram uma situação de significativo nesses postos de fiscali-
refletindo-se danosamente no mereca- extrema gravidade, criando facilidades zação, tornando insuportável os atra-
do de trabalho, na saúde pública, na para a prática de ilícitos de toda or- sos, daí decorrentes, nos aeroportos
segurança interna, na organização ins- dem, não será estranho asseverar que internacionais, principalmente no Ae-
titucional e nos interesses políticos, o BRASIL É UM P AÁÍS DE FRON- roporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
sócio-econômicos e culturais do TEIRAS ABERTAS.
Brasil. Como extensão desses encargos,
Em se tratando de uma competên- pode-se mencionar a entrada em ope-
Evitar-se tamanha vulnerabilidade, cia da União e face às sérias implica- ração do novo aeroporto de São Pau-
implica em dispor de um aparelho po- ções relativas à Segurança Nacional, lo, a ser inaugurado em janeiro pró-
licial convenientemente estruturado, cumpre alertar os escalões governa- ximo, determinando novos envolvi-
moderno e suficientemente ágil, de mentais para essa realidade, sugerin- mento de pessoal e meios materiais da
modo a poder cumprir os seus objeti- do soluções concretas e exequíveis pa- Polícia Federal.
vos com a necessário eficácia. Trata- ra o problema e mostrando os inúme- Dados estatísticos atuais informam
se, indibitavelmente, de colocar o ta- ros benefícios direitos e indiretos, que que cada pessoa consome, em média,
lento, a criatividade e a experiência a poderão advir das medidas propostas. no Aeroporto do Galeão, 75 minutos
serviço dos superiores interesses do Es- no posto de atendimento ao desembar-
tado, fazendo-se uso dos recursos tec- que, tendo atingido um tempo máxi-
nológicos disponíveis, como força mo- - A SIT_UAÇÃO ATUAL: mo de espera de 03 horas.
tora, por excelência, capaz dxe impul- D~SCRIÇAO DA PROBLE-
sionar a idéia de modernização e via- MATICA Deve-se destacar que o guichê da
bilizar a implementação de medidas Polícia Federal constitui-se no primei-
adequadas e eficientes de controle. 2.1 - Atendimento nos Aeroportos In- ro ponto de contato do estrangeiro
Nessas circunstâncias, e verificando ternacionais

FALK,O QUE TODO EQUIPAMENTO DE TRANSMISSÃO DE


FORÇA GOSTARIA DE SER.

Redutor tipo Y - eixos Redutor tipo YB- eixos em Redutor tipo YBX- eixos em Sistema de acionamento
paralelos ângulo reto com saída na ângulo reto com saída na hidráulico variável
horizontal vertical

j . -
í.
. iJ'

Redutores da linha F- tipos Redutores da linha J -tipo JR /lcoplamento tipo F - steelflex /lcoplamento tipo G -
FC (eixos concêntricos), FCB (eixo oco-horizontal), JRV engrenagens
(eixos em ângulo reto), FZ (eixo oco-vertical), JF
(motoredutor -eixos (flélngeado- horizontal), JFV
concêntricos e montagem (flangeado-vertical) e JSC
horizontal), FZX (motoredutor- (rosca transportadora)
eixos concêntricos e
montagem vertical), FZB
(motoredutor - eixos em
ângulo reto)
RyaJoséMartinsCoelho,300-SantoAmaro
CEP 04461 -caixa postal 6064- tel. 548-4011
F . LK
telex (011)31550134672- São Paulo- SP.
6
bus por minuto, mostrando quanto é Atualmente, apenas para exempli-
difícil o controle efetivo sem a utili- ficar, são emitidos, em média, 800
Como os sistemas atualmente em zação de meios automatizados para passaportes/ dia, em São Paulo e 500
uso não são integrados, o controle nos operacionalizar a tarefa. Nessa região, no Rio de Janeiro. O processo de li-
postos de verificação mostra-se incon- a situação deverá agravar-se ainda beração está baseado em registros de-
sistente, porquanto apoiado em regis- mais no próximo ano, com a inaugu- satualizados e, portanto, não confiá-
tros limitados e normalmente desatua- ração da Ponte da Solidariedade, in- veis, agravando, assim, a vulnerabili-
lizados, impossibilitam, em inúmeras terligando o Brasil com a Argentina. dade existente nos postos de fiscaliza-
com o País, ocorrendo, normalmen- ção de entrada e saída do País.
te, após uma longa viagem, e também 2.4 -Turismo Externo
seu último contato, deteriorando, as- Descentralizar e agilizar a expedição
sim, a imagem da Polícia Federal e do A infraestrutura atualmente dispo- de passaportes é uma proposta a ser
próprio Brasil nos meios interna- nível na Polícia Federal não tem sido colocada, objetivando aliviar o traba-
cionais. adequada ao atendimento do créscente lho dos postos de expedição e facili-
número de turistas estrangeiros, atraí-tar as providências dos requerentes.
vezes, a execução de ações fiscalizado- dos ao País, pela expansão do turis- Estes, quando residentes no interior,
ras eficazes tornando quase que im- mo externo, tornando-se sérios obstá- têm que fazer dispendiosos desloca-
possível o cumprimento dos objetivos culos à execução das atividades corre- mentos até os postos de expedição,
maiores estabelecidos para a Polícia latas, colocadas em prática pela EM- que poderá ser substancialmente mi-
Federal. BRATUR. nimizado com a utilização dos servi-
Tal situação tende a agravar-se com ços da ECT, cujos estudos já se encon-
2.2 -Atendimento nos Postos de o tempo, uma vez que aquela empre- tram em andamento.
Controle Marítimo sa vem intensificando os esforços no
sentido de explorar os recursos turís- 2. 7 - Emissão de Carteira de Identi-
A infraestrutura policial para con-
ticos do País, trazendo, consequente- dade para Estrangeiro
trole nas zonas portuárias, pratica-
mente, valiosas divisas para o equilí-
mente inexiste, configurando uma si- Esse é um problema similar ao ca-
brio econômico-financeiro das insti-
tuação de extrema vulnerabilidade. tuições brasileiras atuantes no setor. so dos passaportes.
Roubos, contrabandos, homicídios 2.5 - Controle Efetivo de Estrangei- A inexistência de um atendimento
e outros delitos ocorrem constante- ros no Brasil regionalizado, responde em grande
mente em navios e portos brasileiros, parte, pelo significado número de es-
sob o amparo da impunidade, face à A partir do processo atualmente em trangeiros em situação irregular.
deficiência da ação policial. uso pela Polícia Federal, torna-se im-
possível manter um controle de estran- Um estrangeiro que resida no Inte-
Esse clima de insegurança tem cau- geiros, através da ação fiscalizadora rior, por exemplo, em caso de perda
sado péssima repercussão internacio- na entrada, da vigilância durante a sua de sua carteira de identidade ou expi-
nal, como aconteceu recentemente permanência e da verificação da sua ração do correspondente prazo de va-
com o porto de Santos, um dos mais condição de regularidade no momen- lidade, é levado a manter-se na con-
movimentados do País, com cerca de to da saída do território nacional, pois dição de irregularidade, face aos cus-
60 navios/dias, quando armadores os sistemas atuais não dispõem de re- tos advindos dos grandes desloca-
ameaçaram um boicote, caso não fos- cursos que viabilizem o cruzamento de mentos.
sem melhoradas as condições de se- informações de entrada e saída do
gurança. Do mesmo modo, como consequên-
País. cia dessas dificuldades, o controle das
2.3 -Atendimento nos Postos de Da mesma forma, e difícil manter aÇ~es desses estrangeiros fica impos-
Fronteiras um controle dos estrangeiros residen- sibilitado, uma vez que as informações
tes, visto que, por exemplo, até o pre- necessárias não são obtidas.
As frequentes travessias das frontei- sente momento não foi possível cum-
ras brasileiras realízam-se de maneira prir o disposto no decreto 66.689 de 2.8 -Atividades Desenvolvidas pelo
quase que incontrolável. Há locais em 1970, que estabeleceu o cadastramen- CPD
que a fronteira é demarcada por um to desses estrangeiros num prazo má-
simples rua, sem um único ponto de ximo de dois anos. A Polícia Federal dispõe de um
passagem obrigatória, tornando total- Centro de Processamento de Dados
As informações disponíveis indicam
mente ineficiente o controle o contro- (CPD), localizado em Brasília que, en-
a existência de cerca de 3 milhões de
le da interiorização no país de estran- tre outras atribuições, tem por objeti-
estrangeiros residentes no País, haven-
geiros clandestinos. vo fornecer informações consistentes
do indícios de que esse número possa
e atualizadas, em tempo hábil, para
estar por volta de 6 milhões, e o nú-
Existem casos verdadeiramente as- que a DPMAF possa exercer suas
mero de clandestinos por volta de 700
sustadores, como na Ponte da Amiza- ações.
mil.

..
de em Foz do Iguaçu, interligando o 2.6 - Emissão de Passaportes Dentro dessa contexto, o CPD man-
Brasil com o Paraguai, onde as esta- tém sob sua responsabilidade o geren-
tísticas assinalam um trânsito de 45 Essa é uma outra questão que me-
pessoas a pé, 35 automóveis e 4 õni- rece ser abordada.
7
Ainda ~ra atender á demanda de
OGrupoABC prtlCilutos de tecnologia de ponta no
mercado nadonal, a ABC XTAL, a
partir Ide 1985, vem desenvolvendo t<r
õos os recursCilS para a produção de cir-
no avançO da eletrônica. cuitos lnitilridas a filme espesso, atra-
vés de centrata de transferência de
tecnoklgi;a com a Telebrás.
Depois de cinco anos de investimen- A ABC XTAL é sucessora da XTAL A ABC Dados também é resultado
tos no setor da eletrônica, o Grupo do Brasil, empresa fundada em se- da iniciativa do Grupo AIBC ma forma-
ABC ap-eseuta os mais expressivos tembro de 1974. Como ABC XTAL, ção de empresas de alta tecmologia.
resultàârDs alira111és cdlt suas empresas desde 1982 ela fornece barras cultiva- Adquirida pele Gnu~ por vellta de
voJtacllas para essa.ánea: ABC Telein- das de cristal de quartzo para o mer- 1983, ela atua ma á!lea·de comunic~o
f011Dá1Jitla, ~BC X11AIL., ASC Dados, cado interno e o internacional; abaste- de dados, fatric:amlitoomodens.es!Decifi-
ABC Btill1 ~BC Computadrfts. ce 95% do mercado nacional ae eletro- cos para atender ae mercado de em-
CGIIllecuias como oper.admras, essas domésticos, caon cristais osciladores; presas bancárias, imliiustniais, estatats
empresas.estão dinetam.emie ligadas à fabrica cristais cosciladores sob enco- e bureaux de processamento.
ABC Sistemas, hol~ ciiD Grupo ABC menda paz:a.a imllhilstria de radiocomu- A ABC Buli foi criaGI;a em,outuh>l'm·de
para o setw de elletirâiDca. nica~se é a•limica empresa do Pais a 1984, através de wna jaiatventUl'e em-
A ABC Trieinformática é resultado faDricar fibnas.diGJticas, de acordo com tre a Honeywell Buli do Brasill e·e·Gru-
da fusão de duas empresas italiana\;, JPnojeto desemlVCilvido pelo CPqD da po ABC, para a fabricação no Pais de
totalmente nacionalizadas e ~­ 'llelebrás. con1putadores de grande. porte das
radas pelo Grupo ABC, que iatlnlriaa- Para.a pr0dução de fibras ~icas, a classes V e VI, de acordo com classifi-
vam equipamentos de traDSIIIIlissão te- ABC X.TAL ampliou suas instalações, cação da SEI.
lefônica, Multiplex FDM e PCI\'11e rá- inaugunndo uma nova fábrica em Ela oferece soluções integradas de
dio. Caril.{Dimas~ no Estado de São Paulo, hardware, software, aplicativos e ser-
Hojr, a ABC 'l!eleinformática é de- em jtlmho ae 1984. viços, orientadas para o usuàrio final.
tftlklra de tfts.parques industriais: no N4D ruo de Janeiro, permanece a fá-
RiodeJanein, em Contagem <MG) e bnica destinada à fatincação de bar- A ABC Corn~tadores é a mais re-
em São José das Campos <SP). nas aaltivadas e erisllais osciladores. cente empresa do setor de Sistemas,
Entre os principais erodutos da De uma IJI"DDIur.:ão inicial em torno fundada em outubro de 1985, para a fa-
ABC Teleinfomtática estão os de apli- de 2.000kni à fibnas ae amo, a ABC bricação e comercialização de eq_uipa-
cação profiSSional na área de telec• XTAL ~ pana 8.588Dl ae fibras mentos e serviços de computaçao no
municações1 com especial des~ multimodo ae ano, e1111 apemas dois segmento supermini.
para os equapamentos desen!,[Ciltvidos anos de ativildwde, C811111 sua ~o Reunidas, todas essas e!l1lli(Dl"eSaS
com tecno1Dg1a do CPqD da 'Fnebrás: desse tipoàlt fiüDra b«abnentê veDiida possuem wna g~:ande caractJenst;ca
receptor de mensagem via satélite;
receptor de TV via satélite·para recep-
ção e ftl!ansmissiio intemaacionais; rá-
Odnl:: ·~desenvolvidaem
para os~ %1 meses.
COilliuto•pela ABC AJ'AL e pelo CPQD
em comwn: são fruto da iniciativa de
um ~cem por cento nacional, que
acredita no desenvolvimento da tec-
ch·dlgital2GHz-34Mb/s, de média e da 'l!elebnás, é a IIIIIOIIODlodó. Indicaaa nologia de ponta no Pais e só tem feito
alta capacidade; recelll*or de TV com para• grandes distâDeias, ela apresen- investir nestes últimos cilxo anos, de
PI '270MHz para atemder a concessio- lnpadrãodequalida~~ e forma que os avanças àa elletrtinica se
nárias da Telebr.ás e a grandes redes custos com~titivos aom as fiiiDras fa- traltsMirmem em beme!iícias imedia-
de televisão. bricadas no Exterior. tas para todos.

8
conhecimento de línguas estrangeiras, COMISSA RIA AÊREA BRASILIA L TOA.
para manter uma conversação. UMA EMPRESA MUITO NACIONAL
fOANõCIMUITOt QIE "'fftÇcafl .... MN*AVU • "'ITAUAANTl,
ciamento de arquivos centrais concer- ............~a.Tt · f~IC.IMTOOIMA.IQ6EIC:Cl.I'TNAI
AE~O ..Tt ...i\CK:IMAL DE MAM.Wl·"-•1. . . . . .
nentes a passaportes expedidos, cadas- Um outro aspecto importante a ser TELEFONE: 248-45" . 248-4841 . BRASIUA· DF
tro de estrangeiros, movimento de en- ressaltado é a própria apresentação do
trada e saída do País e a identificação policial, que nem sempre representa CONFECÇOES VIANA
de pessoas procuradas/impedidas. A condignamente a organização a que . CONFECCIONAMOS:
partir dessas informações é que são ge- pertence, pois não há um uniforme pa- Uniforme. pare: midicoe, denti••· hoepitaia, labo •
rados os subsídios necessários às ope- drão para a DPMAF, dificuldando ratórioa, condominioe, ..::olaa, c:rech... policia militar,
corpo O. bombeiro, ••..-cito, marinM, •ronjutica,
rações da DPMAF. inúmeras vezes sua identificação por Orgioe • autarquia•, ampr... a privadM • profiallionaia .
parte dos viajantes, tanto nacionais . FORNECEMOS: .
A atualização daqueles arquivos, como estrangeiros. Temoa grand" e.toq~a de: ,.,.iM, cinta. • calçado•
p.,a pronta entrega
com base em dados provenientes dos . OUTROS SERVIÇOS:
processos em uso corrente, é uma ta- 3 -0 SISTEMA PROPOSTO: Confecx:ionarnoa tambem: Bon••. quep•, emb ..rna• •
bendairM.
refa extremamente árdua, comprome- DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO "SERVIÇO AUTORIZADO SANTISTA"
tendo, inclusive, a objetividade e efi- LOJA: CLS 311 ·BLOCO ··a·· Lojae 1 e 5
ciência do CPD nesse setor de compe- Fon": (061) 243-3002 • 243-3010

tência. 3.1 Introdução


Apenas para exemplificar, pode-se
A convivência com a problemática BELÉM DIESEL S.A.
mencionar que, apesar de trabalhar 24
apresentada anteriormente e o acom- Concesslonirio Mercedea-S.nz do Brull S .A.
horas/dia, durante os 7 dias/semana, • Toyolll do Braail S.A.
panhamento das soluções adotads em
há atualmente um atraso de três me-
outros países, levou a Polícia Federal Av. Almir•nte Barroao, 1057 ·C.P. 1154
ses na atualização do arquivo de mo-
a realizar profundos estudos técnico- CEP 86240 BELtM ·PARA
vimentos de entrada e saída do País, Fone: (Ot1) 228·0211
econômicos, objetivando a obtenção
impossibilitando, assim, qualquwer
de soluções realistas e concretas para
ação preventiva ou corretiva por par-
te da DPMAF.
aqueles problemas, condizentes com o
estágio tecnológico atualmente exis- ibifam
A falta de um sistema distribuído e tente no País. INOUSTRIA BIOLOQICA E FARMACEUTICA
DA AMAZONIA S.A.
integrado, utilizando centros regionais
Nesses estudos, muitas alternativas lmplanlada com apolo da SUDAM ·IASA
para tratamento de informação, é uma
foram levantadas sendo aquela apoia- Rodovia Augu•o Monlene;ro, Km 1.
necessidade imperiosa que se faz pre- . .,...,. Par6
sente hoje e agora. da nos segmentos da informática, a

2.9 - Recursos Humanos


mais adequada para a consecução da-
queles objetivos. ..,....
=--...."""'= Marte de Av1ação S.A
.
O desempenho das funções a cargo Dentro desse contexto procurou-se,
~ Indústria e Comércio
da Polícia Federal exige o emprego de também, definir uma maneira padro-
nizada, simples e segura para a iden- lmportaçao e Exportaçao
profissionais com qualificação especí-
tificação de pessoas, de forma a mi- Av. Olavo Fontour1, 484 ·campo de Marte
fica em cada um dos seus segmentos
nimizar o esforço de trabalho na re-
de atuação. Tel.: PB~ 229 • 2666
taguarda, no tocante ao tratamento
No entanto, o quadro de efetivos das informações oriundas das ações Cx. Postal 12242
fiscalizadoras da Polícia Federal.
atualmente é preenchido com elemen- Telex: (11) 21.823 CARP·BR
tos que possuem apenas a formação
Para tanto, estudos variadas foram
básica, ministrada pela Academia Na- Silo Paulo • SP
igualmente realizados, chegando-se à
cional de Polícia, independentemente conclusão de que a solução mais apro-
da função policial a ser exercida. Com
priada é aquela centrada na utilização
isso, a eficiência dos trabalhos torna- de um CÓDIGO DE BARRAS atri-
se extremamente reduzida, dificultan- buído a cada pessoa e formado a par-
do sobremaneira a colocação ou des-
tir de dados que independam dos do-
locamento de pessoal para, por exem-
cumentos de viagem normalmente uti-
plo, dar cobertura em setores vulne- lizados.
ráveis. o/iaçãoANAPOLINA Ltáa
O contrato inicial de um estrangei- Esse CÓDIGO DE BARRAS pas-
SIA Tr•cho I • Lot• 7IOI
ro no País, como mencionado ante- sará, então, a constar dos passapor-
riormente, ocorre num Posto da Po- tes e carteiras de identidade de estran- Fon•• (06 1) 2JJ·7J 72 • 2JJ·9P72
lícia Federal, onde não há infraestru- geiros, constituindo-se na chave cen-
tura de atendimento adequada no to- tral de toda a operacionalidade e se- T•l•x (061) 202J
cante ao fornecimento de informa- gurança da solução proposta.
ções, esclarecimento de dúvidas, pois
não há policiais, nesses Postos, com
9
rança nas operações da Polícia Fede- havendo empresas brasileiras atuando
ral, pois a incorporação desse CÓDI- nesse segmento.
3.2 Código de Barras GO DE BARROS nos procedimentos
operacionais atualmente praticados Sendo o CÓDIGO DE BARRAS a
O CÓDIGO DE BARRAS tem si- trará progressos significativos no de- chave central da solução proposta, a
do largamente utilizado, devido à sua senrolar de suas ações fiscalizadores, sua geração deverá estar baseada na
precisão, facilidade e baixo custo, na relativas ao controle do tráfego inter- utilização de técnicos de criptologia,
entrada de dados para sistemas com- nacional e de estrangeiros, pois tornar- garantindo assim, um elevado grau de
putadorizados de tratamento de infor- se-á possível acompanhar e controlar confiabilidade e segurança de todo o
mações. a movimentação de nacionais e estran- sistema. Vale ressaltar que essas téc-
geiros tanto no interior como nos pon- nicas são de total domínio no País,
Construído fisicamente com seg- tos de entrada e saída do País. sendo aplicada com sucesso à Segu-
mentos paralelos dispostos vertical- rança das Comunicações dos Órgãos
mente e separados por espaços, o CÓ- Para tanto, o CÓDIGO DE BAR- Governamentais há alguns anos.
DIGO DE BARRAS pode comportar RAS será impresso nos passaportes de
um máximo de 32 caracteres alfanu- nacionais e de estrangeiros e nas car- A viabilização dessa solução impli-
méricos, segundo recomendações in- teiras de identidade dos estrangeiros ca na implantação de um sistema dis-
ternacionais, sendo, no caso específi- residentes. Essa atividade de impres- tribuído regionalmente e integrado
co da Polícia Federal, gerado a partir são poderá ser executada tanto nos com o CPD, em Brasília, para gera-
de informações de identificação de pontos de entrada e saída do País, co- ção e tratamento das informações ne-
uma pessoa, independemente do pon- mo nos pontos de emissão daqueles cesárias ao cumprimento dos objetivos
to de entrada e saída utilizado e dos documentos. maiores da Polícia Federal.
documentos de viagem apresentados. 3.3 Arquitetura do Sistema Proposto
A tecnologia necessária à produção
Dessa forma, o CÓDIGO DE BAR- de equipamentos para impressão e lei-
RAS será único e intransferível, ga- tura do CÓDIGO DE BARRAS já es- A partir dos pré-requisitos opera-
rantindo um elevado índice de sego- tá disponível no mercado nacional, _.

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10
FIGURA I - FILOSOFIA DO SISTEMA PROPOSTO

EMISSÃO DE
EMISSÃO DE
CARTEIRAS DE
PASSAPORTES
IDENTIDADE ~
ESTRANGEIROS

CONTROLE DE
CPC
ESTRANGEIROS
co'o1Go
BARRAS

-- ., .
.;.,:,.
.......
--
:...... . ...............
.._.-~..... , - - ............
-~- ", ......
'~- I '
'"":.:::~' \
f PROJETO I
1 r
\ FRONTEIRAS 1

\ ,'
' '.... /
--- /

AEROPORTOS PORTOS FRONTEIRAS

CONTROLE DO TRÁFEGO INTERNACIONAL


computacionais mais complexos, fa- finido a partir de um trabalho conjun.::
ce ao volume de dados, poder-se-ia to com o CPD, com a SEI-Secretaria
cionais estabelecidos anteriormente e implantar uma configuração de micro- Especial de Informática e com asses-
considerando-se a tendência mundial computadores, sob a forma de uma soramento técnico da PRÓLOGO
no tocante à filosofia de implantação rede local de processamento, localiza- S.A.-Produtos Eletrônícos, trará sen-
de sistemas, definiu-se que a arquite- da em um aeroporto, por exemplo, síveis benefícios, não só às operações
tura do sistema proposto deverá com a existência de alguns desses equi- do DFP, como também para aquelas
basear-se na distribuição local e regio- pamentos dedicados ao desempenho entidades e organizações que, direta
nal de suas funções, estando ao mes- de funções específicas, como contro- ou indiretamente, poderão ser utilizar
mo tempo intregado ao Centro de le dos portões de entrada e saída (E/S) das informações daí provenientes.
Processamento de Dados, de forma a do próprio aeroporto, dos portos, das
garantir o total controle e tratamento fronteiras, dos postos de expedição de 4.1 - Benifícios Diretos para o DPF
das informações, a nível nacional. documentos conectados ao sistema - agilização no atendimento e libera-
instalado nesse aeroporto, etc ... ção de viajantes estrangeiros e nacio-
Esse sistema deverá constituir-se de nais no tráfego internacional;
microcomputadores dotados de recur- Nos casos em que o volume de da- - recuperação de informações, a nível
sos tais que possibilitem o armazena- dos a serem tratados for reduzido, co- local e nacional, em tempo hábil, via-
mento local de infonnações; (como por mo exemplificado para as Regiões 2 e bilizando as ações necessárias à manu-
exemplo, a lista de procurados e im- N, poder-se-ia implantar um único mi- tenção da segurança interna do País;
pedidos); a impressão e leitura do CÓ- crocomputador, localizado em um ae- - descentralizção e agilização no aten-
DIGO DE BARRAS; a comunicação roporto ou em uma Superintendência dimento a estrangeiros e nacionais,
com os policiais responsáveis pelos Regional, interligando a terminais de quanto à expedição de carteiras de
postos de fiscalização e emissão de do- entrada de dados existentes nos por- identidade e passaportes, através de
cumentos; a comunicação com os tos de entrada e saída e de expedição uma estrutura a nível de município,
equipamentos instalados no CPD; de documentos. aliviando consideravelmente o esfor-
além de possui flexibilidade suficien- ço de atualização dos corresponden-
Tal flexibilidade permite uma ex- tes arquivos no CPD;
te para a expansão do sistema, de
pansão gradativa dos recursos insta- • manutenção de um controle efetivo
acordo com a evolução natural dos
lados em cada região, possibilitando com relação aos estrangeiros residen-
procedimentos operacionais da Polí- a interligação de um maior número de
cia Federal. tes e em trânsito no País;
regiões, equipadas ou não com uma • obtenção de um sistemà seguro, atra-
Assim, serão implantados centros configuração específica de microcom- vés da utilização de técnicas de crip-
regionais de tratamento de informa- putadores, além de viabilizar a migra- tologia nas comunicações;
ções, cujas configurações em termos ção de configurações simples para • maior segurança contra a falsifica-
aqueles mais complexos, de acordo ção de documentos de viagem e de
de equipamentos poderão ser varia-
dos, dependendo do volume de dados com o crescimento do volume de da- identidade de estrangeiros;
. a serem processados por região. dos ou a integração de novas funções • melhores condições para a Polícia de
a serem desempenhadas pelo sistema. Repressão ao Tráfico de Entorpecen-
Apenas para exemplificar, na figu- tes, no que diz respeito à vigilância e
ra 11 estão apresentadas algumas con- 4 - BENEFÍCIOS COM A apreensão;
figurações regionais possíveis de serem ADOÇÃO DO SISTEMA • redução sensível da carga de traba·
obtidas com o sistema proposto. PROPOSTO lho do CPD, possibilitando a conse-
cução de seus objetivos e matas;
Para a Região I, cuja característica Indubitavelmente, o sistema que es-
principal é a necessidade de recursos tá sendo proposto pela DPMAF, de-

NATURAMAZON
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12
FIGURA li- ARQUITETURA 00 SISTEMA PROPOSTO

CPD
(BRASÍLIA)

/.~----~,--------~
/ '-..
/ I
/
_,..., / I
/ v I
/

/
/ I
/ I
/ I
AEROPO"TO / I SUPERINTENDfNCIA RfGIONAL
REGIÃO N
REGIÃO I I
I MICROCOMPUTADOR
REDE LOCAL v1
DE MCROCOMPUTADORES I LOCAL
I
I
I
PORTÕES DE E/S
I AEROPORTO PORTOS
POSTOS DE EMIS -
SÃO DE PASSAPORTES I FRONTEIRAS
I
FRONTEIRAS SUPERINTENDÊNCIA
REGIONAL
I
PORTOS
I
AEROPORTO
REGIÃO II
MICROCOMPUTADOR
LOCAL

PORTÕES DE E/S PORTOS


---'---
DELEGACIA DO FRONTEIRAS
DPF
das, para uso no Dept? de Assuntos - capacidade para geração e tmpressão
Universitários, com a finalidade de do CÓDIGO DE BARAS;
- minimização dos custos opera- exercer um efetivo controle do inter- -capacidade para leitura do CÓDIGO
cionais; câmbio de estudantes DE BARRAS e o consequente arma-
- numa etapa futura, eliminação dos zenamento de informações para trata-
cartões de entrada e saída do País; - REPRESENTAÇÕES DIPLOMÁ- mento postei ror.
- melhora substancial na imagem da TICAS ESTRANGEIRAS NO
BRASIL - consulta á lista de procurados e im-
Polícia Federal e do Brasil, tanto ao pedidos.
nível nacional cxomo internacional.
4.2 - Benefícios Paralelos - REPRESENTAÇÕES DIPLOMÁ- SEGUNDA ETAPA
TICAS ESTRANGEIRAS NO
Implantação do sistema, com os re-
-Órgãos de Segurança e Informações BRASIL
cursos discriminados . na etapa ante-
. utilização das informações produz- . obtenção de informações atualizadas rior, nas grandes capitais brasileiras
xidas pelo sistema; sobre os estrangeiros residentes e/ou dotadas de aeroportos internacionais.
- Receita Federal em trânsito, provenientes dos respec-
. ação fiscalizadora sobre as pessoas tivos países TERCEIRA ETAPA
que viajam ao exterior
- MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Nessa etapa, haverá a implantação
-EMBRATUR do sistema com ênfase maior na dis-
. obtenção de informações atualizadas
. integração dos pacotes turísticos com para uso do Dept? Federal de Justiça tribuição regional dos recursos, abran-
a infraestrutura disponível na Polícia no que diz respeito a permanência, na- gendo todas as demais capitais.
Federal turalização e igualdade de direitos pa-
. utilização das informações disponí- QUARTA ETAPA
ra estrangeiros e, também, a reaquisi-
veis no sistema para fins de planeja- Implantação do sistema nos
ção da nacionalidade brasileira.
mento, levantamentos estatísticos, di- demais pontos de fiscalização e
mensionamento da rede hoteleira, em- de emissão de documentos, in-
presas aéreas, martítimas e terrestres, 5 - ESTRATÉGIA DE IM- cluindo também o programa de
etc ... PLANTAÇÃO atendimento a nível de muni-
- DAC cipios.
Considerando-se que atualmente es-
. programação de vôos internacionais tão sob responsabilidade da DPMAF QUINTA ETAPA
para companhias nacionais, a partir um total de 93 pontos de controle de
de informações de fluxos de passa- tráfego internacional e 84 pontos de Conexão do sistema com a re-
geiros expedição de passaportes e de cartei- de hoteleira.
- DNER ras de identidade para estrangeiros e 8 CONSIDERAÇÕES
considerando-se também, que será co- FINAIS
. cobrança de multas aplicadas a mo- locado em prática, um esquema de
toristas estrangeiros, quando da sua atendimento a nível de municípios, no A Polícia Marítima, Aérea e de
saída do País tocante à emissão daqueles documen- Fronteiras do DPT no intuito de cum-
- MINISTÉRIO DO TRABALHO tos, a implantação do sistema propos- prir os seus objetivos maiores, garan-
. obtenção de dados que possibilitem to requer uma estratégia cautelosa e tindo a segurança interna do País,
à SIMIG orientar, coordenar e fisca- realista, pois esse sistema representa apresentou neste documento um retra-
lizar as atividades de imigração, bem uma alteração substancial nos proce- to de cenário real em que está subme-
dimentos em uso no momento. tida, alertando para a sua situação
como estabelecer as diretrizes nessa vulnerável e sugerindo soluções con-
área Assim, essa implantação deverá ser
. verificação da proporcionalidade de gradativa e escalonada no tempo, de cretas e factíveis para as dificuldades
brasileiros nas empresas que exploram forma a permitir a adequada acomo- existentes, na expectativa de informar
serviços públicos dados em concessão dação das transformações decor- e sensibilizar os escalões governamen-
ou que exercçam atividades industriais rentes. tais com relação às questão inerentes
ou comerciais, não só com relação à à Segurança NacionaL Cumpre ressal-
Portanto, definiu-se que a concre- tar que o Departamento de Polícia Fe-
totalidade do quadro de empregados, tização do sistema deverá ocorrer se- deral, considera de fundamental im-
mas também à correspondente folha gundo etapas de execução, conforme portância a concretização das soluções
de salários, pela Delegacia Regional discriminado a seguir.
do Trabalho aqui propostas, ainda como realiza-
ções desta Administração Governa-
- MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES PRIMEIRA ETAPA _mental, pois, com certeza, estará le-
EXTERIORES Nessa etapa serão instalados postos vando o País para o caminho do des-
. obtenção de informações atualiza- pilotos experimentais em São Paulo, ponte internacional, deixando-o em
das, ·para uso na Divisão de Imigra- Rio de Janeiro e possivelmente, em condições de igualdade com as maio-
ção e nas representações diplomáticas Foz do Iguaçu, abrangendo pontos de res potências mundiais, no exercício de
do Brasil no exterior emissão de documentos e de controle suas ações·e consecução dos seus ob-
- MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E do tráfego internacionaL jetivos.
CULTURA
.. obtenção de informações atualiza-
14
Esses postos serão dotados dos se-
guintes recursos:

Por cultuar a força e a grandeza das
qualidades humanas, fizemos do
trabalho o maior instrumento de vida.
Há meio século formamos um
banco brasileiro, com a perseverança de
japoneses que adotaram esta terra
como pátria. ·
Tínhamos um firme e único
propósito: contribuir para o amanhã
desta nação. Alimentamos este ideal
com o testemunho de nossa
participação.
E, em cada esperança imigrante,
semeamos o futuro.
A dedicação nos conduziu para a
eficiência e o desenvolvimento.
Em cada gesto ou atitude de cada um
de nós, está presente a segurança que se
traduz em solidez e seriedade.
Mais do que simplesmente cordiais,
somos a personificação do sorriso, da
alegria de viver.
Acreditamos no homem por tradição.
América do Sul- um banco que
acima de tudo respeita você.

t Banco América do Sul


DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
ACADEMIA NACIONAL DE POLÍCIA
XIII CURSO SUPERIOR DE POLÍCIA
Estudo de Problemas Brasileiros
Amaury Aparecido GALDINO
Delegado de Polícia Federal.
~ ·

VIOLENCIA URBANA Com a mesma força com que ela estudo do assunto, não são levados em
1. - INTRODUÇÃO. desponta nas maiores democracias conta.
ocidentais, também o faz em países Quando falamos em linhas volvidas
N odentre
conturbado mundo moderno,
as inúmeras preocupações
considerados totalirsitas de esquerda
ou de direita, onde quer que se situem.
sobre a violência caracterizada através
do terrorismo indiscriminado, falamos
que assolam a sociedade, a violência, Como evidência desta afirmação, cha- sobre uma forma de violência pratica-
de maneira geral, ocupa lugar de des- mamos a atenção para violências na da com objetivos exclusivamente
taque, isto em razão da escala ascen- forma de terrorismo indiscriminado políticos-ideológicos, que não tem em
dente em que ela vem se manifestan- que ocorrem na Alameda Ocidental, suas raízes problemas sociais na sua
do, principalmente nas grandes Itaália, França, Chile e Argentina, essência, mas que visam, seus autores,
cidades. países de regimes políticos e desenvol- a solução de problemas sociais (embo-
A sua prática, entretanto, tem-se vimento diversos. Enquanto isso, ou- · ra nem sempre) através da força, cei-
tornado tão rotineira que o homem tro tipo de violência, consubstancia- fando vidas inocentes.
metropolitano, inconscientemente, co- da principalmente na proibição à li- Assim como ao terrorismo, grande
meça a assimilá-la. como fato normal berdade de pensamento, credo e de destaque é dado à violência física de
e a criar mecanismos de sua aceitação manifestação, é praticada em países maneira geral, isto pelos efeitos que
dentro de si mesmo, ao ponto de ser como a União Soviética, Polônia, lu- causam junto ao público-alvo, em de-
capaz de assistir à cenas de violência guslável, Alemanha Oriental, etc. trimento de outros tipos de violência:
vitimado seus semelhantes sem nada É bem verdade que nos países sub- enquanto que qualquer pessoa, per-
fazer para impedi-las e, não raras ve- desenvolvidos o problema já se mani- tencentes a qualquer das classes so-
zes, até se une àquele ou áqueles que festa de formas diferenciadas e em nú- ciais, está s"ujeita a ser vítima de uma
a praticam. mero mais elevado, isto devido justa- bomba assassina, de um assalto, atro-
Não se trata, porém, de um proble- mente às suas causas, que também são pelamento, homicídio ou estupro, vio-
ma exclusivamente brasileiro e de suas em maior quantidade e potencialida- lências como a fome, a injustiça, a dis-
grandes cidades. A violência hoje se de, trazendo quase sempre em suas criminação racial e o desamparo do
manifesta em qualquer parte do mun- raízes problemas sociais de rara gra- menor abandonado atingem somente
do e a sua prática vem se espraiando vidade e de difícil solução. às classes menos favorecidas e não têm
para as pequenas cidades e vilarejos, a mesma repercursão das primeiras.
e já chegou ao campo, onde normal- 2.- A VIOLÊNCIA URBANA Entretanto, nem por isto deixam de
mente ocorre com maiores requintes ser formas de violências que estão pre-
de crueldade e, mais que em qualquer
E SUAS CAUSAS.
sentes no dia a dia das grandes e pe-
outro lugar, fica impune. quenas cidades, atingindo a milhões
. Países os mais desenvolvidos do
mundo se ressentem do problema e M as, o que é, afinal, a violência e
quais as suas causas?
de pessoas que não possuem voz nem
dispõem de uma tribuna para
procuram fórmulas para a suá solu- Geralmente se pretende analisar a denunciá-las e cobrar soluções.
ção. Entretanto est~o sempre a um violência sob aspectos isolados, No Brasil, especificamente, essas
passo atrás na sua erradicação ou das dando-se ênfase mormente à violência formas de violência vêm aumentando
suas causas, enquanto ela continua a física, sem se ater às múltiplas e va- a cada dia, a cada hora, conforme o
existir das mais variadas formas. riadas formas pelas quais ela se mani- demonstram as estatísticas. E essas
A violência não pode ser associada festa. Da mesma maneira, ao se ten- mesmas estatísticas. E essas mesmas
ou atribuída em maior ou menor grau tar estabelecer as suas causas, muitas estatísticas, fruto de enquetes realiza-
a formas de governos ou a regimes po- das vezes fatores isolados são consi- das junto à opinião pública, também
líticos, mas sim, em parte, ao nível de derados essenciais, ao passo que ou-
desenvolvimento dos povos. tros, também de suma importância no
16
...,. eram mais fortes do que os laços que
mostram que na escala de necessida- prendiam as famílias à terra. Na cida-
des do povo brasileiro, a segurança de, no entanto, são vítimas de muitas
vem ocupando lugar de destaque, ha- tentações. Talvez até de uma explora-
ja vista a situação de total impotência ção sistemática. Perdem a bondade,
da população diante da escalada da hospitalidade e religiosidade, cultiva-
violência. das por séculos." lnstalaçOes Hldréullcas e Elétricas
Cientistas sociais e psicólogos se de- Essas tentações e a perda desses va-
bruçam sobre o assunto, isolada ou lores seculares são, sop nosso enten-
conjuntamente, buscando encontrar a dimento, as causas principais da vio- Transpones Rodovlérlos de carga
raiz do problema e oferecer sua solu- lência urbana, não se querendo, com
ção: os primeiros estudando o com- isso, estabelecer que a violência deva Assistência Técnica a Equipamentos
portamento social, a interação da plu- ser atribuída exclusivamente ao ho- em Postos de Serviços
ralidade de indivíduos, procedentes mem do campo que emigra para a
das mais distintas regiões do país, que grande cidade.
Comerclallzaçlo de qulpamentos para
formam as nossas grandes cidades, e Na realidade esse quadro não é exa-
os segundos, observando e analisan- tamente recente. Já foi diagnosticado Postos de Serviço e Assistência Técnica
do o comportamento desses indiví- inúmeras vezes, desde que o fenôme-
duos no meio social. no se alastrou. Nada, porém, de con- Rua Bartolomeu Lourenço da Ou ~mio, 4220
Enquanto isto, em cidades como ereto foi feito para revertê-lo, a não Fone: 276-1200 • Boqualrlo • CEP 81.500
Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Ho- ser em se falar em repressão, pena de
rizonte, Recife e Fortaleza, para não ...,. .. Curitiba • Paraná
se citar dezenas de outras, o cidadão ..-----------------.J L - - - - - - - - - - - - - - _ J
vive sobre sobressaltado pelo fato de,
ao sair de casa pela manhã, não saber
se retornará ao anoitecer e, se o con-
seguir, se encontrará sua família incó-
lume à violência que se manifesta de DI GREGORIO
formas variadas.
Hoje, infelizmente, o Brasil é um TOCAN TRANSPORTES LTDA
país que concentra sessenta por cento
de seus habitantes em espaços urba-
nos, onde notoriamente não há aco-
modação, nem mercado de trabalho TRANSPORTE TERRESTRE E MARITIMO
para todos. Os índices de analfetismo
continuam elevadíssimos, em contras- AV. PEDRO ALVARES CABRAL, 4105
te com uma indústria que se sofística
e exige, cada vez mais, especialização. FONE: 233-4522 TELEX (0911) 1503
Resultado: as grandes cidades, para
onde emigram gigantescos contingen- SELEM PARA
tes do meio rural, não têm como ab-
sorver uma mão-de-obra desqualifica-
da, e esses migrantes, sem outros re-
- cursos, acabam inchando as periferias
das metrópoles e candidatando-se a
uma vaga nas estatísticas criminais e
páginas policiais da imprensa.
A CHAVE DE UMA VIAGEM
Sobre esse êxodo rural e inchação
das grandes cidades, com andamento BEM SUCEDIDA
da violência e criminalidade, já em
1975 Dom Paulo Evaristo Arns, Car-
deal Arcebispo de São Paulo, em seu Quando reservar sua passagem ou excurslo, pelo Brasil ou pelo
livro "A Família Constrói o Mun- mundo, voct precisa ter absoluta certeza que está trabalhando
com gente que sabe o que faz, para nlo ter surpresas desagra-
do?", definia com propriedade, ao en- dáveis. Tratando sua viagem na INTEROLOBE TOURS, fica
fatizar que assegurada a sua tranqullldade, pois nós sabemos o quanto é
" .. . as famílias vindas do interior se Importante uma "VIAGEM BEM SUCEDIDA". Chame-nos:
parecem um tanto com o menino per-
. dido no meio da multidão. Por certo INTERGLOBE TOURS
tempo, sonharam com melhorar os SHS - OAL. HOTEL NACIONAL • Loja 56
padrões de vida. Venderam suas ter- BRASILIA • DF
rinhas e se despediram de tudo que os TEL.: (061) 223-2000
sustentavam na existência. A miséria
do interior e o chamariz da cidade
18
violências, não para defender-se, mas 3.- UMA PROPOSTA DE SO-
peJo fato de se encontrar armado em LUÇÕES
morte, construção de presídios, maior situações em que o diálogo soluciona-
policiamento, etc, todas medidas que ria pequenos desentendimentos do- Assim, no Brasil, violência urba-
atacam as conseqüencias e não a~ mésticos. na e violência rural são irmãs
causas. siamesas. Ignorar essa equação é in-
Da mesma forma, o organismo po-
sistir em medidas paliativas, pois os
licial, criado para dar proteção à so-
O desamor, a ausência de diálogo dois fenômenos são e estão inter-
ciedade, vê alguns dos seus membros ligados.
entre as pessoas, a falta de respeito pa- embrutecerem-se diante da realidade
ra com o seu semelhante e seus direi- que enfrentam no dia a dia, passando
tos, são fatores que se somam a esse a combater a violência às vezes com Na violência urbana a desigualda-
fenômeno, contribuindo sobremanei- mais violência ainda. de social é fator preponderante, e os
ra para a violência que grassa pelo protagonistas dessa violência - que
país, concretizada através de assaltos, A mesma consciência de impunida- hoje já pode ser vista como uma ver-
estupros, homicídios e outras formas de que encoraja o delinqüente a come- dadeira luta de classes - são forte-
que engrossam as estatísticas. ter violências, é a que impulsiona à mente influenciados pela ânsia de in-
criação de grupos de extermínio, à jus- tegração a qualquer preço, mesmo do
Como violência gera sistematica- tiça feita pelas próprias mãos. crime, na sociedade de consumo que
mente violência, esse quadro vai ad- a eles se afigura como o paraíso ter-
quirindo maiores proporções na me- Enfim, estamos vivendo em um país restre; têm motivações específicas, que
dida em que o cidadão comum, a pre- onde a vida, para alguns, parece não fazem de cada caso um caso, mas nor-
texto de defender-se, mune-se de uma ter valor algum. Mata-se por nada, malmente de polícia.
arma - e o pior, arma também o seu assalta-se por uns míseros cruzados ou
espírito - e passa a também praticar por bijuterias, à luz do sol.

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19
Paradoxalmente, é a própria socie-
dade que os incita, seja pela afronto-
sa ostentação do luxo, seja por estí-
mulos como os. do cinema e da televi-
são, através de filmes que industriali-
zam a brutalidade mais irracional e a
impunidade, que das telas passa para
a vida real.
Como resposta a esse acionte, o que
se vê é o cidadão e sua família hoje
não terem a tranquilidade de um pas-
seio despreocupado nas ruas das gran-
Aço Inoxidável S.A.
des cidades, morar praticamente en- MATRIZ: SELEM- PA- CEP 66.000
jaulados para protegerem-se da mar- Rodovia Arthur Bernardes, 268
ginalidade e ter, sistematicamente, o
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que esteja.
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terior, as causas do problema estão FILIAL: Rua José Bonifácio, 2209 · Bairro Pedrinhas
diagnosticadas. Resta ao Governo co- Fones: (069) 221-9538-221-9111- Telex (069) 2133 AIET
locar em prática medidas efetivas que
atinjam essas causas, e não as suas
consequências.
Rua Tiradentes, 118- Conj. N- Macapá- AP
A emigração alucinante para as FILIAL: CEP 68 900 - Fone: (096) 222-3454- Telex (091) 1476
grandes cidades está na raiz da violên-
cia urbana, justamente por conter
duas grandes deficiências do governo
na sua ocorrência: primeiro, pelo fa-
to dessa migração ocorrer pela falta de
apoio ao homem do campo que, sem
terra ou sem um salário condigno, não
tem como sobreviver; segundo, em ra-
zão de ao chegar à cidade esse homem Comercia{ de gy{áquinas Paduano .Ltda.
se ver vítima de novas explorações, en-
contrar uma realidade de vida que pa-
ra ele se torna inatingível pelos meios
legais ou normais, e a fome, o desem-
prego e as injustiças por ele experi- Máquinas de Costura
mentadas o compel ao crime, à violên-
cia, a mesma da qual ele se tornou Industriais
uma vítima.
Medidas para sanear o problema,
com nomes sugestivos e de impacto na
Imprensa e junto à opinião pública,
são noticiadas, tais como "Mutirão Novas e Usadas
Contra a Violência", "Ruas em Paz",
"Vamos Viver sem Violência" e ou- de Todas as Marcas
tras mais, as quais no entanto não
saem do papel para a prática.
Soluções concretas precisam ser da-
das ao assunto, a começar pela reali-
zação de uma Reforma Agrária efeti-
va, aliada a uma Política Agrícola, Rua São Caetano, 848 - Fone : 229 - 5722
que permita a fixação do homem à ter-
ra e seccxione o seu êxodo do campo
para a cidade, onde ele se transforma São Paulo - Brasil

20
Há, normalmente, mais indivíduos causas, tarefa árdua, demorada, mas
desejando empregos do que empregos não impossível, da qual todos têm o
em um delinquente em potencial, em disponíveis; há uma competição não dever de participar, muitas vezes com
apenas para obter o pão, mas pela ob- uma simples palavra, pois
razão da própria estrutura que ali ele
encontra. tenção de luxo, poder, posição social,
companheiros, fama. "o que mais fundo penetra na vida do
homem é aquilo que entra pelo cora-
Embora parte da sociedade conside-
re uma restrição à liberdade, há de se HOBBES afirmou que "a lut<:. é a ção e é alimentado pelo carinho". (D.
lei básica da vida; que o homem pri- Paulo Evaristo Arns)
convir que um controle mais rigoroso
mitivo vivia em contínuo estado de
dos filmes exibidos pela televisão e pe- guerra, todos os indivíduos se erguen-
lo cinema precisa ser exercitado, do ameaçadores contra seus irmãos".
buscando-se com isto impedir a divul- Essa beligerância, entretato, ocorria
gação da degradação dos valores mo- na defesa da honra, do patrimônio, da
rais dessa mesma sociedade, a falsa liberdade e da dignidade, e não pelo
idéia da obtenção de prazeres e rique- simples desejo de lutar, de ser
zas facilmente mediante atos desones- violento.
tos e, principalmente, a impunidade
nesses casos. A violência que hoje se assiste tem
suas raízes em causas diferentes. Sem
Para combater a violência, são ne- se querer se pretensioso, ao ponto de LAPIDAÇÃO ITAMARATY
cessárias medidas preventivas (como almejar um mundo utópico onde não
as sugeridas acima) a longo prazo, e haja violência em quaisquer de suas
corretivas, de resultado imediato. formas, acreditamos na possibilidade Jóias
de um mundo melhor para nossos des-
cendentes. Pedras preciosas
A prevenção implicaria em uma ver-
dadeira cruzada pela moral, pela edu- Semi preciosas
cação e, mais que qualquer outra coi- E isto será possível através não só Bljouterla em geral
sa, na reafirmação da consciência de do conhecimento das razões da violên-
que a família é a fonte de renovação, cia, mas lutando-se para erradicar suas
base e esteio das comunidades inter- Praça José Adamlan, 41
mediárias. Fone(061) 612·1368e612·1048
Cristalina - Go
Dentro dessas mesmas medidas pre- . . . . - - - - - - - - - - - - - - - - ' .__ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _....
ventivas, dever-se-ia diminuir as gran-
des diferenças sociais existentes entre
as várias classes, dando-se oportunia-
de de transposição através do incenti- CAMPO DE
vo à aquisição de cultura e criação de
empregos.
Como medidas corretivas, uma es-
TREINAMENTO
trutura legal e judiciária ágil e efeti-
va, que não permitisse a impunidade, Curso Teórico de Prevenção e Combate a Incêndio
deveria ser criada, .c om possibilidade
de recuperação do delinquente recupe- Curso Prático de Combate a Incêndio
rável, bem como dar às polícias os
meios necessários ao cumprimento de
Formação de Brigadas de Incêndio e ou Bombeiros Industriais
suas atribuições, salários contínuos,
formação e reciclagens periódicas pa- Simulação de Fuga em Locais Tomados por Fumaças
ra que seus integrantes vejam os pro-
blemas sociais e a violência delas de-
correntes sob uma ótica mais realista Neve Engenharia de Prevenção de Incêndio ltda
e humana.

Rua Soavas, 145 - Cep 04602


4. - CONCLUSÃO.
Sao Paulo - SP - Fone (011) 532-0922

violência é um rrial de que pade- Filiada a ABNT - Associaçao Brasileira de


ce todo o mundo na atualidade, Normas Técnicas n ' 079184
e se inicia através da competição, que
é uma forma fundamental de luta so-
cial, que ocorre todas as vezes em que Cipa-Consulta 77
há um suprimento insuficiente de tu-
do quanto deseja o ser humano.
22
DECISÃO JUDICIAL SOBRE TRÁFICO
DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PREVISTA
NA LEI 6368/7 6 - SEQÜESTRO E PERDA
EM FAVOR DA UNIÃO DOS
BENS APREENDIDOS.
PODER JUDICIÁRIO vir a Brasília, como de fato vieram em tos são frágei~ e insuficientes para a
JUSTIÇA DO DISTRITO FEDE- 19 de janeiro de 1983, chegando ao ae- sua caracterização. Nada foi objeto de
RAL E DOS TERRITÓRIOS roporto do Distrito Federal, ali foram prisão ou apreensão que e\·idenciasse
recebidos por um elemento que se faz com segurança a ação ex~erior, que
Processo n? 974 chamar "ARMANDO REYES", que certamente existiria.
Vistos, etc. preparou a chegada de ambos, reser- Tudo o que se dispõe é o trajeto
vando em seu nome o apartamento do detalhado em solo brasileiro e que no
l-RELATÓRIO Hotel e informando previamente os curso da ação penal poder-se-ia indi-
empregados da hospedaria sobre a vidualizar outros elementos como o
DENIS BENITES e EDIR CHA- chegada dos mesmos. plantio, a tranformação, a comercia-
PARRO, qualificados nos autos, fo- A prisão foi presenciada pelos de- liação ou mesmo o transporte de
ram denunciados como incursos nas clarantes de fls. 2 a 11, bem como os droga.
penas dos artigos 12 e 14 da Lei n? fatos antecedentes à mesma, ocorridos
dias anteriores à chegada. Às fls. 84/ 96, consta as declara-
6368176, pois segundo narra a inicial,
A participação dos acusados se ções prestadas por HELENA ARAN-
no dia 19 de janeiro do corrente ano TES ORTIZ, esposa de DENIS BENI-
às 19:00 horas, nas dependências do equivalem no que pertine ao ato ma-
terial de transportar, trazer consigo e TES e, às fls. 87/ 90 o de TEREZA
Hotel Riviera, situado no Setor Ho-
guardar e as suas declarações e\'iden- ARRUDA CHAPARRO, esposa de
teleiro Sul, nesta capital, especifica-
ciam a autoria de cada um, a associa- EDIR CHAPARRO.
mente no apartamento n? 207, foram
autuados em flagrante por transpor- ção na empreitada criminosa e o fim Às fls. 101 / 114, consta o auto de
tar, trazer consigo e guardar para fins colimado de lucro fácil no negócio prisão em flagrante la\Tado pela Su-
de venda ou tráfico, nada menos que maldito. - perintendência Regional da Polícia Fe-
cinquenta pacotes, contendo cada úm Como informaram os acusados, a deral no Estado de \lato Grosso do
cerca de 1.000 (um mil) gramas da entrega da droga, se concretizada ren- Sul, de IZIDORO BENITES, FRAN-
substância conhecida por cocaína ou deria U$ 1.000.000,00 (um milhão de CISCO BENITESe JOSÉ TARCÍSIO
cloridrato de cocaína, alcalóide incluí- dólares). \IARTINS.
do no grupo de substâncias que cau- Os próprios acusados noticiam
sam efeito ent6rpecentes e dependên- práticas anteriores de atos da mesma Pelo despacho de fls. 119/120, foi
cia física ou psíquica. natureza, denotando de modo insofis- determinado o sequestro dos bens
A droga achava-se distribuída em mável e caracterização de quadrilha. imó\'eis do acusado DENIS BENI-
2 (duas) malas, contendo a primeira Veio a inicial acompanhada do au- TES, consistentes em uma casa na Rua
delas 28 (vinte e oito) pacotes, todos to de prisão em flagrante de fls. 05 a Paquetá, 66 e o lote' izinho; as fazen-
de um quilograma e, a segunda, 22 14; o auto de apresentação e apreen- das "Cabeceira" de lnhaúma",
(vinte e dois) pacotes de um quilogra- são de fls. 15/ 19; o auto de arrecada- "Ponderosa" e "Taboca" e a busca
ma, totalizando 50 (cinquenta) quilo- ção de fls. 20/ 21; o laudo preliminar e apreensão de 3 (três) tratores de es-
gramas, conforme o auto de apreen- em pó de fls. 22; o termo de declara- teira, marca CATERPILLAR D-4 e 2
são de fls. 12 e seguintes e devidamen- ção de fls . 37 e os talonários de che- (dois) \lASSEY FERGUSON, uma
te periciada às fls. 67/ 69. ques de fls. 39/ 42, 46/ 47 e 51 / 54. camioneta FORD-F-1000, ano 1982,
Que Denis Benites, afirma às fls. Ás fls. 66, consta o termo de de- um Vo1kswagen VOY AGE, ano 1982
09, que a substância tóxica foi porre- clarações de EDIR CHAPARRO e às e, do acusado EDIR CHAPARRO, o
cebida em 15 de novembro de 1982 e fls. 67, o de DENIS BENITES. a,·ião prefixo PT-1\\'F OU IF\\' e o
inicialmente foi guardada em uma de O laudo de exame em substância bloqueio das contas bancárias n?
suas fazendas perto de Coxim e dali em pó está às fls 70/ 72. 043.149-4 do BANCO BRADESCO;
seguiu para Campo Grande, Estado Promoção do Ministério Público 00912468-5 do BANCO ITAÚ e
do Mato Grosso do Sul, sendo certo às fls. 81 / 82, informando ao Juízo 109.041-3 do UNI BANCO e, ainda, a
que o segundo acusado, EDIR CHA- que examinou à luz dos fatos o aspec- sustação da ordem de pagamento no
PARRO, também participou da "ope-
ração" desde o seu início e, de Cam-
po Grande, DENIS convidou EDIR a
to de aparente tráfico internacional
que deslocaria a competência do feito.
Quanto à ação exterior, os elemen- ...
'alo r de CR$ 7.000.000,00 (sete mi-

23
transnord

Além de representar seus qualro armadores Beside& representing the


principais :- DFDS. AIS - Copenhagen four principal
WILH-WILHELMSEN Ltd. AS Oslo - OY shipowners, Me&srs
FINNCARRIERS AIS - Helsinki - JOHNSON - OEFDS, AIS - Copenhagen
LINE AB- Stockhoim, a TRANSNORD ta.rrtlém - WILH-WILHELMSEN Ltd. AS-Oiso
atua como agente marftimo para uma grande - OY FINNCARRIERS AIS - Helsinki
quantidade de renomados armadores, de bandeira - JOHNSON LINE AB - Slockholm
bras~eira e estrangeiras. As atividades da TRANSNORD also ads as shwng agents for
~hia cobrem praticamonte todos os tipos de a large nurrber oi reliable shipowners flying
carga tais como, geral, siderúrgica, petroqulmica, Brazilian and intemationalflags.
refrigerada, contêiners, etc. The ~y's activ~ies cover pradically ali types
O quadro de pessoal, em arTtlo6 os escritórios, oi cargoes such as general, siderurgical,
possui uma vasta experiência no atendimento a pelrochemicals, reefer, containers, ro-ro, lo-lo, etc.
todos os tipos de navios, lidando com carta de The personnel in both oflices poss86S vast
alretamentos , e assistindo aos comandantes em experience in attending ali type& oi vessels, dealing
basee de consu~O<ia. etc. with charter parties, assisting Master on
Os dois escritórios da TRANSNORD atendem, a consuttant basis, etc. TRANSNORD's IWo offices
hoje em dia. uma média de 20 navios por mê6. attend, nowadays , an average oi 20 V86Sels per
~ importante acrescentar que, por intermédio do month.
departamento de eativa do Rio de Janeiro e tt i& fnl>ortant to add that, through
Santos, a &rr4)re&a está apta a operar todos os lhe stevedoring department at Rio de Janeiro and
tipos de cargas errbarcadaal deecamlgadas em Santos, the COIJl)allY is able to handle ali lypes
aJTbos os portos . oi cargoes loadedl di&charged in bolh ports.
~ ITister mencionar que, devido às alividade& da Due to the activlie& oi TRANSNORD and lhe
TRANSNORD e a Importância de suas high aign~ic<wlce oi their owners, ali lhe oflices
Representadas, todos os eecritórios mantêm um maintain an excellenl relalionship wth lhe
excelente relacionamento com as autoridades authorities dlredly lnvolved with shwlng,
governamentaii& diratamente Hgadas à such as
navegaçao, tais como: SUNAMAM
SUNAMAM CENTRAL BANK OF BRAZIL
BANCO CENTRAL DO BRASIL PORT ADMINISTRATION
AOMINISTRÇAo PORTUARIAS PORT CAPTAINCIES
CAPITANIA ·OOS PORTOS CUSTOMS
ALFANDEGA IMMIGRATION, ele.
IM IGRAÇAO: etc.

transnord
. São Paulo . Rio de Janeiro
_Santos
Agência Marftima Transnord Ltda. Agência Marítima Transnord Ltda.
Agência Marftima Transnord ltda.
Av. Paulista, 1471 , cj. 1014/1017 Av. Rio Branco, 4- 6° andar
Praça da República, 87 - 124l - cj. 121/122
11 .013- Santos, SP 01 .311 - São Paulo, SP 20.090 - Rio de Janeiro, RJ.
Tel. : (011) 288-1466 PABX Tel.: (021) 253-9499
Tel.: (0132) 33-1115
Telex: (11) 22454 AMTN BR Telex : (21) 21995 - 23736 AMTN BR
Telex: (13) 1123/1186/1706 AMTN BR
End. Teleg . (Cables) : Norlines End. Teleg . (Cables) : Norlines

Telefax: (132) 33-7925 Fax (21) 2535031 (NON AUTOMATIC)


24
g- a~ n~. 101 11-l. consta auto ele ampla possível os crimes praticados
pris-ão em flagrante lanado em ~lato evidenciando a participação de cada
nwn de nome .-\R \I ANDO. que pro-
Grosso do Sul. onde há referências de um na empreitada criminosa.
,·ideiKiou um tà\i que os conduziu até
que a droga apreendida era pro\'enien- A minucia e a riqueza de detalhes
o hotel e no hotel DENIS recebeu as
te da Bolí,·ia, com referências a INÁ- com que relataram os fatos dão uma
cha,es do apartamento 207 das mãos
CIO E POCHOLO, ambos estran- certeza absoluta de que a confissão de
de LUIZ e não hom·e necessidade de
geiro ; cada um retrata o que na verdade
preencherem a ficha de hospedagem.
h - os fatos noticiados nos autos aconteceu.
No apartamento, AR \I ANDO
e que ocorreram nesta capital estão de A validade dessa prova não pode,
abriu uma garrafa de Yinho e disse que
tal forma em relaçaclos com aqueles por isso mesmo ser elidida por meras
iria sair para buscar o dinheiro e que
ocorridos em \lato Grosso do Sul, que alegações formuladas pelos acusados
não sabia que dinheiro era esse.
a proYa ele um tem correlação com o de que assinaram as folhas contendo
Logo após a saída de ARMANDO
outro, além da interligação das con- declarações que não leram.
LUIZ atendeu o telefone e disse que
dutas dos agentes; Ademais, a retratação encontra-se
iria entregar as chaves que ARMAN-
i - Que foi instaurada ação penal desacompanhada de qualquer elemen-
DO haYia esquecido e saiu do aparta-
junto à Justiça Federal de Campo to de convicção, enquanto que a con-
mento, YOltando logo em seguida e
Grande-i\IS, na qual se apura os fa- fissão está corroborada pelos demais
abrindo a porta empurrou duas ma-
tos noticiados nos autos de fls. 101 a elementos probatórios.
las para dentro e tornou a sair. Ato
14. A materialidade do crime é incon-
contínuo, chegaram os policiais com
j- que há pre,·alência e Justiça fe- teste de acordo com o laudo pericial
jornalistas e cinegrafistas.
deral segundo o inciso I V do artigo 78 de fls 70. Igualmente provado foi o
Na presença do gerente do hotel as
do CPP. crime do artigo 14 da Lei 6368/76,
malas foram abertas e constararam
que continha cocaína. Audiência de instrução e julga- uma vez que os acusados agiam com
1 a delegacia, após baterem com a
mento às fls. 159, 192/ 196, onde fo- ajuste prévio numa verdadeira "sacie-
sua cabeça contra a parede foram di- ram ou,·idas as testemunhas arroladas tas Sceleris". Não houve, portanto,
tando as declarações que assinou. na denuncia. As testemunhas arrola- uma convergência ocasional, pelo con-
No dia seguinte informaram-lhe das pela defesa foram ouvidas através trário, agiam em caráter permanente
que fora apreendido em sua casa meio das cartas precatórias de fls. 206/ 214 com desígnios pré-concebidos dentro
quilo de cocaína, o que constituiu uma e 235 a 256. da empreitada criminosa, cujo fim co-
<;urpresa, porquanto nunca fizera Razões finais do Ministério Publi- limado era o lucro fácil.
qualquer transação com droga<;. co às fls. 230/233, sustentando que a O concurso material entre os deli-
.-\ defe'>a pré' ia do'> acusados está ação penal restou sobejamente de- tos é entendimento pacífico em nos-
il'> fi'>. 138 c 139. com O'> documento'> monstrada e que a autoria é certa. sos tribunais.
de fi'>. l-lO 148. Os acusados foram presos em fla- A alegação dos acusados de que
.-\ defe'>a aprc'>entou e.\ceção de in- grante por transportar, trazer consigo viajavam sem bagagens e que as ma-
competência do Juízo que foi autua- e guardar para fins de tráfico cinquen- las não lhes pertencia não colhe, pois
da em apemo, ,·azada nos seguintes ta quilos de cocaína, acondicionada que outros elementos que não foram
termos:
Que consta do auto de prisão em
.
em duas malas..
Perante a autoridade policial os
presos participaram da grande opera-

flagrante que a substância entorpecen- acusado'> confessaram da forma mais


te apreendida foi trazida para o Bra-
sil em um a\ião boli,iano (fls. 5 e 14),
comtando, ainda, que um dos acusa-
dos teria feito uma ,·iaQem a Porto
Suarez- Bolí,ia.
Q_ue consta, também:
-

a - às fls. 20 - a apreemão de trê'>


cédulas de 100 (cem) dólare'>;
b - às fls. 50- uma nota fi'>cal e.\ -
GAROTO ,
traLda em país estrangeiro;
c- às fls. 64- um documento em lín-
E PURO
gua estrangeira;
d- às fl'>. 70/72 -o laudo elabora-
do na '>Ubstância apreendida, cuja
quantidade examinada e.\cede a cin-
GUARANA.
, ,
quenta quilo'> e que não é produzida
no Brasil;
e - às fls. 43 - e'>tá em oh ido no'>
E DOPARA.
fatos um tal de AR\IANDO REYES, REFRIGERANTE GAROTO IND. E COM. S.A
natural de PORTO RICO;
f- Há notícias no'> auto'> de que o
pagamento da droga feito em moeda Ananindeua - Pará - Brasil
estrangeira;
26
acertando-se que a aeronave desceria este informou-lhe que já havia dado
na fazenda "TARUMÃ" de proprie- um jeito nelas.
lhões de cruzeiros) em favor de FIR- dade do avô de EDIR. A quarta mala ficou em sua resi-
MO CHAPARRO. A primeira partilha de pedras veio dência a pedido de PEDRO LUIZ,
O interrogatório do acusado DE- em julho e convidou EDIR para que com quem só veio a encontrar no ae-
NIS BENITES, está às fls. 128/131, fosse com o seu avião buscar a en- roporto e embarcaram em seguida pa-
onde sustenta a invericidade dos fatos comenda. ra Brasília e aqui chegando foi preso
narrados na denúncia, a começar pe- Após a entrega das pedras a um in- no hotel em companhia de EDIR.
la data, uma vez que tudo ocorreu no termediário ficou acertado que have- As malas apreendidas são as mes-
dia 18 e não 19 de janeiro de 1983 e, ria outra viagem no dia 20, pedindo mas que havia comprado para acon-
que chegou a Brasília às dezoito ho- a EDIR que o deixasse na fazenda. dicionar a mercadoria na fazenda.
ras acompanhado de EDIR CHA- No final do mês de setembro foi Que EDIR é inocente e só o acom-
PARRO e PEDRO LUIZ, este último procurado por TITO, intermediário panhou por duas vezes à fazenda, co-
intermediário dos negócios e dono das de ROGACIANO, para que procuras- mo também a Brasília por amizade
malas. se uma fazenda para a entrega do ma- sem saber do que se tratava.
A missão de PEDRO LUIZ era terial que seria enviado. Escolheu, en- O interrogatório de EDIR CHA-
apresentá-lo a um tal ARMANDO e tão a fazenda "Taboca" que lhe era PARRO, está às fls. 132/134, onde
ambos deveriam entregar-lhe cerca de arrendada e estava em abandono. alega que os fatos relatados na denún-
um milhão de dólares para que levas- Após alguns adiamentos, chega- cia não são verdadeiros e que conhe-
se a ROGACIANO em Campo Gran- ram TITO e ROGACIANO no dia 15 ceu DENIS BENITES acerca de um
de, Estado do Mato Grosso do Sul. de novembro e lhe entregaram três sa- no e meio, pois que ele fazia desma-
Em companhia de ARMANDO, cos e uma mala, explicando que desta tamentos da fazenda de MAURO LE-
PEDRO LUIZ e EDIR dirigiram-se a vez se tratava de cloridrato, que ven- BIR MACHADO BORGES, seu só-
um hotel e sem necessitar preencher dido para o exterior seria mais rendo- cio em um avião.
qualquer ficha, recebeu as chaves do so do que a vendas das pedras. Por duas vezes DENIS pediu-lhe
apartamento n? 207 . ARMANDO e A mercadoria foi deixada na casa que o levasse à fazenda Tiuumã, de
PEDRO LUIZ, permaneceram na da fazenda e foram todos para Cam- propriedade de ~eu avô (EDIR), pois
portaria do hotel e que ele e EDIR se po Grande, esclarecendo ROGACIA- precisava encontrar-se com uns
dirigiram ao apartamento somente NO, que alguns dias depois viria um amigos.
com as bagagens de mão. intermediário buscar a encomenda e Na primeira viagem encontraram
Passados alguns minutos, subiram que eles, DENIS, receberia cem mil dois sacos que foram apanhados por
ao apartamento, ARMANDO E PE- dólares. DENIS na pista, colocados no avião
DRO LUIZ. ARMANDO, saiu logo No dia 12 de janeiro, foi procura- e transportados para Campo Grande,
em seguida dizendo que iria pegar o do por PEDRO LUIZ que pretendia não sendo informado por DENIS do
dinheiro e PEDRO LUIZ, também apanhar a mercadoria, esclarecendo conteúdo dos sacos.
saiu dando uma desculpa, voltando que o pagamento seria efetuado em Na segunda viagem, apenas deixou
em seguida, com duas malas grandes, Brasília. DENIS na fazenda e rumou para a fa-
informando que voltaria logo e A pedido de PEDRO LUIZ, com- zenda de MAURO, seu sócio.
retirou-se. Logo após sua saída che- prou quatro malas para acondicionar Que foi convidado por DENIS pa-
garam vários agentes de polícia com a mercadoria e na sexta-feira, salvo ra acompanhá-lo até Brasília e só con-
fotógrafos e cinegrafistas. Um dos engano, deixou PEDRO LUIZ na fa- cordou em viajar após DENIS e LUIZ
agentes abriu as malas e disse que con- zenda e foi visitar um vizinho e, quan- lhe garantirem que indenizariam qual-
tinham cocaína, negando nessa opor- do retornou à fazenda as malas já es- quer vôo que ·perdesse em razão da
tunidade que as malas e as drogas lhe tavam arrumadas. As malas foram viagem.
pertencessem. deixadas em sua resiência enquanto No dia 15 de janeiro, DENIS e PE-
As declarações que prestou na po- foi com PEDRO LUIZ entregar as DRO LUIZ foram em sua residência
lícia em quase a sua totalidade não passagens a EDIR, que também viria para entregar-lhe as passagens, oca-
corresponde à verdade, visto que teve a Brasília a seu convite, pedindo a sião em que LUIZ pediu para que
a sua família ameaçada caso não assi- EDIR que guardasse um embrulho guardasse um embrulho contendo dois
nasse o que lhe foi aprentado. contendo dois rádios de comunicação, rádios pois que iria passar a tarde fa-
Que conheceu os elmentos dos no- segundo afirmava PEDRO LUIZ. zendo compras na cidade.
mes MÁRIO e ROGACIANO, quan- No domingo, por volta das deze- No dia 18, DENIS e sua esposa fo-
do esteve na Bolívia vendendo veícu- nove horas, conforme já havia dito ram buscá-lo em sua residência e o le-
lo e que em maio de 1982, deu em que ocorreria, PEDRO LUIZ recebeu varam para o aeroporto.
Campo Grande, CR$ 20.000,00 (vin- um telefonema de Brasília comunican- Muito embora LUIZ estivesse no
te mil cruzeiros) a MÁRIO uma vez do que a viagem seria no dia dezoito, mesmo vôo não se aproximou e nem
que este lhe informou que havia sido terça-feira, às doze horas e quarenta falou com ele ou com DENIS e ape-
assaltado e necessitava retornar ao seu e cinco minutos. nas traziam bagagens de mão. Já no
país. Na segunda-feira, dia dezessete, aeroporto de Brasília, LUIZ se apro-

..
ROGACIANO, propos-lhe o con- PEDRO LUIZ pediu-lhe o carro em- ximou de ambos e apresentou um ho-
trabando de ametistas e que a sua fun- prestado e mais tarde quando chegou
ção seria simplesmente, arranjar o lo- à casa ou deu falta das malas e, inda-
cal para o pouso do avião boliviano, gando a respeito de PEDRO LUIZ,
25
A
g- à~ fb. 101 11-l. consta auto de ampla possível os crimes praticados
pri ão em flagrantl' la\ rado em :\lato evidenciando a participação de cada
mcm de nome .-\R\IANDO. que pro-
Grosso do Sul, onde há referências de um na empreitada criminosa.
,·idenciouumtú\i que o~ conduziu até
que a droga apreendida era provenien- A minúcia e a riqueza de detalhes
o hotel c no hotel DENIS recebeu as
te da Bo1í\'ia, com referências a INÁ- com que relataram os fatos dão uma
cha,·es do apartamemo 207 das mãos
CIO E POCHOLO, ambos estran- certeza absoluta de que a confissão de
de LUIZ c não hoU\·e necessidade de
geiro ; cada um retrata o que na verdade
preencherem a ficha de hospedagem.
h - os fatos noticiados nos autos aconteceu.
No apartamento, AR\IANDO
e que ocorreram nesta capital estão de A validade dessa prova não pode,
abriu uma garrafa de ,·inho e disse que
tal forma entrelaçados com aqueles por isso mesmo ser elidida por meras
iria sair para buscar o dinheiro e que
ocorridos em \lato Grosso do Sul, que alegações formuladas pelos acusados
não sabia que dinheiro era esse.
a pro,·a de um tem correlação com o de que assinaram as folhas contendo
Logo após a saída de ARMANDO
outro, além da interligação das con- declarações que não leram.
LUIZ atendeu o telefone e disse que
dutas dos agentes; Ademais, a retratação encontra-se
iria entregar as cha,·es que ARMAN-
i - Que foi instaurada ação penal desacompanhada de qualquer elemen-
DO ha,·ia esquecido e saiu do aparta-
junto à Justiça Federal de Campo to de convicção, enquanto que a con-
mento, 'oltando logo em seguida e
Grande-l\IS, na qual se apura os fa- fissão está corroborada pelos demais
abrindo a porta empurrou duas ma-
tos noticiados nos autos de fls. 101 a elementos probatórios.
las para dentro e tornou a sair. Ato
1-l. A materialidade do crime é incon-
contínuo, chegaram os policiais com
j- que há pre,·alência e Justiça fe- teste de acordo com o laudo pericial
jornalistas e cinegrafistas.
deral segundo o inciso IV do artigo 78 de fls 70. Igualmente provado foi o
Na presença do gerente do hotel as
do CPP. crime do artigo 14 da Lei 6368176,
malas foram abertas e constararam
que continha cocaína. Audiência de instrução e julga- uma vez que os acusados agiam com
Na delegacia, após baterem com a mento às fls. 159, 192/ 196, onde fo- ajuste prévio numa verdadeira "sacie-
sua cabeça contra a parede foram di- ram ou, idas as testemunhas arroladas tas Sceleris". Não houve, portanto,
tando as declarações que assinou. na denúncia. As testemunhas arrola- uma convergência ocasional, pelo con-
No dia seguinte informaram-lhe das pela defesa foram ouvidas através trário, agiam em caráter permanente
que fora apreendido em sua casa meio das cartas precatórias de fls. 206/ 214 com desígnios pré-concebidos dentro
quilo de cocaína, o que constituiu uma e 235 a 256 . da empreitada criminosa, cujo fim co-
surpresa, porquanto nunca fizera Razões finais do Ministério Públi- limado era o lucro fácil.
qualquer transação com drogas . co às fls. 230/233, sustentando que a O concurso material entre os deli-
.-\ defe~a pré\ ia dm acusados está ação penal restou sobejamente de- tos é entendimento pacífico em nos-
as fls. 138 c 139. com os documentos monstrada e que a autoria é certa. sos tribunais.
de fls. l-lO l-l8. Os acusados foram presos em fla- A alegação dos acusados de que
.-\ defesa apresentou e.\ ceção de in- grante por transportar, trazer consigo viajavam sem bagagens e que as ma-
competência do Juízo que foi autua- e guardar para fins de tráfico cinquen- las não lhes pertencia não colhe, pois
da em apenso, ,·azada nos seguintes ta quilos de cocaína, acondicionada que outros elementos que não foram
termos: em duas malas. presos participaram da grande opera-
Que consta do auto de prisão em Perante a autoridade policial os
flagrante que a substância entorpecen- acusados confessaram da forma mais
te apreendida foi trazida para o Bra-
sil em um a\ião boJi,iano (fls. 5 e 14),
constando, ainda, que um dos acusa-
dos teria feito uma ,·iagem a Porto
Suarez- Bolí,ia.
Que consta, também:
-

a- às fls. 20- a apreensão de três


cédulas de 100 (cem) dólare~;
b - às fls. 50- uma nota fi~cal e.\ -
GAROTO ~

traída em país estrangeiro;


c- às fls . 64- um documento em lín-
E PURO
gua estrangeira;
d - às fls. 70172 - o laudo elabora-
do na ~u bstância apreendida, cuja
quantidade examinada excede a cin-
GUARANA.
~ ~

quenta quilos e que não é produzida


no Brasil;
e- às fls. 43- eqá em oh ido no~
E DOPARA.
fatos um tal de AR\IANDO REYES, REFRIGERANTE GAROTO IND. E COM. S .A
natural de PORTO RICO;
f- Há notícias nos auto~ de que o
pagamento da droga feito em moeda Ananindeua - Parâ - Brasil
estrangeira;
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27
A improcedência da denúncia é to- Bolívia, o que de acordo com a juris-
tal pois que imputa aos acusados as prudência uniforme é insuscetível de
ção. Não importa que não tenham ações de transportar, trazer consigo e por si só caracterizar o tráfico inter-
despachado as malas, o certo é que guardar e, para que tenham pratica- nacional.
quando chegaram ao hotel já estavam do as duas últimas ações, precisariam O avião que supostamente teria
de posse das mesmas, conforme infor- ter transportado em primeiro lugar. feito o transporte da droga da Bolívia
maram as testemunhas ouvidas. Mas eles não transportaram nada con- para o Brasil não foi identificado, co-
CLEUZA LEITE ORTIZ, ouvida forme se vê do documento de fls. 172. mo também o possível envolvimento
às fls . 31 dos autos em apenso dá no- Também não restou provada a dos bolivianos MÁRIO E ROGACIA-
tícia de que no dia anterior à viagem "societas sceleris" e se crime houve na NO, na conduta delituosa, não foi
guardara em sua residência duas ma- conduta de cada acusado, o máximo apurado.
las com a mesma características das que se poderia vislumbrar seria a ocor- O tráfico internacional não foi ob-
apreendidas. rência da hipótese do artigo 25 do Có- jeto de investigação policial e, assim,
digo Penal. Aliás está dito nos autos o que se tem de concreto é o tráfico
No tocante aos bens dos acusados,
que EDIR não sabia de nada, isto pe- no território nacional, uma vez que a
cabia-lhe o "onus probandi" de que
lo próprio agente EDUARDO e pelo droga foi despachada de Campo
foram adquiridos anteriormente à em- Grande, Estado do Mato Grosso do
acusado DENIS.
preitada criminosa e que foram pro-
Quando ao pedido de M.P. de, Sul para Brasília. Este sim, um fato
duto de trabalholícito.
que os bens dos acusados sejam con- invesigado e objeto de inquérito poli-
A intensidade do dolo é evidente fiscados, não provou o órgão acusa- cial que veio a originar a presenta ação
e embora primários revelaram alta pe- dor a relação entre a aquisição dos penal.
riculosidade. mesmos e os fatos imputados no pre- Como ensina VICENTE GREGO
sente feito. Ao contrário, os documen- FILHO: "Para que haja tráfico inter-
Alegações finais da defesa às fls . tos de fls. 140/ 143, 200/ 204,211/212 nacional é necessário uma unidade de
260/269, acompanhada dos documen- e 253/254, provam a aquisição dos cooperação internacional entre os
tos de fls. 268 a 327, sustentando em aludidos bens e a sua desvinculação agentes ou agente único, estendendo-
síntese: com os fatos tratados nos autos. se os efeitos diretos da ação em mais
Que o Juízo é incompetente em ra- As folhas penais dos acusados es- de um país . Uma vez desvinculada a
zão dos argumentos expendidos na ex- tão às fls. 188/ 189 e a de antecenden- conduta do agente do plano global in-
ceção oposta e, ainda, em decorrên- tes às fls. 1611162. ternacional, a competência desse de-
cia de que o inquérito instaurado em TUDO VISTO E BEM EXA- lito isolado será da Justiça estadual.'
Campo Grande, versam sobre os mes- MINADO, Alinha, ainda, a defesa diversos
mos fatos constantes da denúncia e foi DECIDO. itens que segundo o seu entendimen-
distribuído na Justiça Federal e no mé- 2 - FUNDAMENTAÇÃO. to, seriam suficientes para gerar a con-
rito sustentou que o flagrante foi pre- 2.1 - DA COMPETÊNCIA vicção de que a hipótese dos autos é
parado por dois policiais, ARMAN- de tráfico internacional e, seguindo a
DO REYES e PEDRO LUIZ, incidin- Os argumentos expostos na Exce- ordem em que foram apresentados,
do o verbate 145 das súmulas do STF, ção de incompetência do Juízo não analisaremos um a um
porquanto, assimque os referidos in- impressionaram, pois que não será o a - A nota fiscal extraída em país
divíduos saíram do quarto do hotel fato isolado de que a substância en- estrangeiro que se encontra às fls. 50,
chegaram os policiais que segundo a torpecente teria chegado ao país em refere-se à compra de uma caixa de
testemunha de fls. 159, chegaram a se um avião boliviano e nem mesmo o fa- GRANT'S, conhecida marca de
cruzar na escadaria da hospedagem . to de que um dos acusados tivesse re- whishy importado, o que poderia su-
motamente feito uma viagem a POR- gerir o envolvimento no delito capitu-
O que existe nos autos é a prova TO SUAREZ - BOLÍVIA, que des- lado no artigo 334 do Código penal,
do monstruoso volume de dinheiro locará a competência do julgamento mas nunca o do artigo 12 da Lei n ?
movimentado pelo acusado DENIS, do feito para a Justiça Federal. 6368176.
valendo salientar que somente nos três Para que se reconheça a competên- Aliás, é comum nas regiões de
meses anteriores à prisão, transferiu cia da Justiça Federal exige-se mais do fronteira e compra de produtos impor-
do Rio de Janeiro para a sua conta que meras conjecturas e informações tados e a sua introdução no território
bancária em Campo Grande a impor- prestadas pelos acusados em suas ver- nacional, procurando-se dessa forma
tância de Cr$ 84.869.000,00 (oitenta sões sobre os acontecimentos. evitar a incidência dos direitos alfan-
e quatro milhões, oitocentos e sessen-
ta e nove mil cruzeiros). Indispensável se torna a prova efe- degários
tiva do tráfico internacional, a ligação b - A apreensão de três cédulas de
Não se argumente que os nomes, do material apreendido e sua aquisi- cem dólares americanos em poder dos
ARMANDO REYES e LUIZ SIER- ção no exterior, uma vez que somente acusados, não gera a presunção quer
RA não possam ser de policiais em fa- a cooperação internacional de efeitos isoladamente quer no conjunto com os
se das características estrangeiras, pois polinacionais será suficiente para ore- demais fatos relacionados na exceção
que no inquérito instaurado em Cam- conhecimento da jurisdição federal. de incompetência do Juízo do tráfico
po Grande consta a presença de poli- No caso, nada foi objeto de de âmbito internacional, pois que a
ciais com os nomes de BELLINT ANI apreensão, a não ser a própria subs- crescente desvalorização da moeda na-
e AL VAREZ, que também sugerem tância entorpecente que segundo as in-
nacionalidades estrangeiras. formações dos acusados proveio da
28
Diante de tal linha de raciocínio, o seu tráfico, pois este também pode
o que pensar dos nomes MÁRIO RO- ser local.
cional diante da moeda americana e GACIANO, INÁCIO e POCHOLO, O envolvimento de EDIR não era
em face das possibilidades de ganhos citados pelos acusados e seus defensor ocasional, pois levava DENIS à fazen-
maiores com a sempre possível com·er- como colaboradores, internacionais da de seu avô para encontrar com ami-
são do dólar em cruzeiros, do que as no tráfico da cocaína? gos provenientes da Bolívia que lhe
outras formas de investimentos conhe- h - Não há, como se afirma, cone- deixavam vários sacos, cujos conteú-
cidas, não há em sã consciência quem xão instrumental ou probatória entre dos não conhecia.
não as pretenda possuir; os fatos objeto da presente ação pe- Ora, não é incrível que alguém
c- O documento de fls. 64, redigi- nal com os fatos objeto do inquérito utilizando-se da fazenda de seu avô
do em língua estrangeira não foi re- policial instaurado em Campo Gran- para o encontro clandestino com ami-
conhecido e não era compreensível ao de AMS. gos provenientes da Bolívia, sequer lhe
acusado DENIS BENITES, conforme Porque, só existe conexão entre revelasse a finalidade desses encontros
se \erifica de seu interrogatório toma- duas ou mais ações penais e não entre (fls. 10, 129 e 132 verso).
do na fase inquisitorial (fls. 13); uma ação penal e um inquérito poli- As provas colhidas no inquérito
d - A origem estrangeira da subs- cial, que é mero procedimento admi- que se noticia às fls. 101/114, não dei-
tância entorpecente, como reiterada- nistrativo e que poderá até mesmo não xa margem à dúvida quanto a "socie-
mente \·em decidindo o Egrégio Supre- se converter em ação penal e, se che- tas sceleris" existente entre os
mo Tribunal Federal, é insuficiente gasse a tal, o máximo que poderia acusados.
para caracterizar o tráfico interna- ocorrer seria a hipótese do artigo 82 O só fato de que EDIR CHAPAR-
cional; in fine do CPP. E, por derradeiro, pe- RO teve a liberdade de negar perante
e - O em·oh·imento de ARMAN- la total ausência de correlação entre as a autoridade policial os crimes que lhe
DO REYES, natural de PORTO RI- provas, uma vez que os fatos objeto foram imputados é suficiente para
CO, nos fatos descritos na peça acu- de investigação em Campo Grande, contrariar a alegada ameaça feita às
satória não denota a possibilidade de não tiveram qualquer influência na famílias de ambos os acusados no in-
cooperação internacional, principal- instrução da presente ação penal e tuito de que assinassem declarações
mente quanto radicado no país e de- vice-versa; que sequer leram.
clina na ficha de hospedagem que aqui i - Não foi, como se alega, instau- Diante disso,a conclusão óbvia a
no Brasil tem residência fixa (fls. 43). rada ação penal em Campo Grande - que se chega é que as declarações na
Em um país com inúmeras colo- MS, com a finalidade de apurarem-se fase inquisitorial foram feitas de for-
nias de estrangeiros, em que a maio- os fatos noticiados às fls. 101/114 dos ma livre e consicente.
ria de seus membros já optaram pela autos, uma vez que sequer houve o No que concerne aos bens dos acu-
cidadania brasileira, qualificar a ação oferecimento da denúncia; sados, sequestrados pela decisão de
de um homem pelo lugar de seu nas- j - Não há prevalência da Justiça fls. 119/120, dúvidas não há de que
cimento é rematado absurdo; Federal sobre a Justiça Estadual. O in- se tratam de produtos dos crimes pra-
f- as notícias de que o pagamento ciso IV do artigo 78 do CPP, fala na ticados pela dupla ao longo dos úti-
da droga seria feito em moeda estran- prevalência da jurisdição especial so- mos anos, pois que as declarações gra-
geira nada significam, pois que tam- ciosas de fls. 140/143 feitas por pes-
bre o comum e a Justiça Federal é ju-
bém decorrem de informações presta- risdição comum e não especial. soas que não foram submetidas ao
das pelos acusados e, mesmo que as- compromisso legal e submetidas ao
sim não fosse, tal soma poderia ex- Além de tudo o que foi exposto va- contraditório, são insuficientes para
pressar o valor do material apreendi- le nessa oportunidade recordar a de- descaracterizá-los.
do de acordo com a sua cotação no cisão do Egrégio Supremo Tribunal
Com relação ao acusado DENIS
mercado internacional, para o efeito Federal, no recurso do "habeas cor-
BENITES, nenhuma prova foi feita de
de conversão em cruzeiros na oportu- pus" número 58.755-1- RJ, em que
que os bens foram adquiridos de for-
nidade do pagamento; foi relator o Exm? Sr. Ministro AN- ma lícita) muito pelo contrário, afir-
g -A defesa se contradiz, ora afir- TONIO NEDER, cuja ementa é a se- ma JOSE TARCISIO MARTINS, às
guinte:
mando que ARMANDO REYES e fls. 110/111 que:
LUIZ SI ERRA eram estrangeiros (fls. "1 - Se a cocaína foi inicialmen-
" ... DENIS subiu na vida muito
3 da exceção de incompetência do Juí- te introduzida no Brasil mediante ope-
rápido, vez que há dois anos ou três
zo), ora afirmando que eram os poli- ração de tráfico internacional que não
anos atrás nada tinha.''
ciais que prepararam o flagrante (fls. foi sequer investigado, e, posterior-
Às fls. 108, IZIDRO BENITES,
264). mente, comercializada no Rio de Ja-
afirma que DENIS é só de EDIR
Chega-se ao ponto de argumentar neiro em operação de tráfico local,
CHAPARRO, inclusive possuuindo
que embora os seus nomes possam de- não se configura, na espécie, a com-
um avião em sociedade.
notar as suas origens no exterior, na petência da justiça federal para o co-
verdade eram brasileiros e agentes da nhecimento do processo em que são No que concerne ao acusado
polícia federal, pois que no inquérito acusados os agentes da operação de EDIR CHAPARRO, as declarações
instaurado em Campo Grande- MS, tráfico local. O trágico internacional de rendimentos de fls. 200/204 e
haviam dois policiais com os nomes de ficou ultrapassado no caso, tanto que 280/326, não provam sequer como
BELLINT ANI e AL VAREZ, que não foi objeto de investigação da po- conseguiu em pouco mais de dez anos
também sugerem nacionalidades es-
trangeiras.
lícia competente. Deve distinguir-se a
origem estrangeira do entorpecente e ....
29
GLOBO. AUDIEICIA
Ã.PROUA DE CHO UES•

Não é de hoje que o Brasil está li-


gado na Globo. Entra ano, sai ano.
Entra crise, sai crise. Entra concor-
rente nova, sal concorrente anti-
ga. E o público mantém a audiên-
cia da Globo praticamente cons-
tante. Algum segredo? Não. Ape-
nas qualidade em alta voltagem.
O anunciante que gosta de con-
tar com essa segurança, entra em
rede com a energia da Globo.
clusão e 300 (trezentos) dias multa a tenha brevíssima referência, de todo
fazer com que vinte cabeças de gado, Cr$ 225,00 (duzentos e vinte e cinco irrelevante ao fato da cocaína provir
que teria recebido de doação paterna cruzeiros) a unidade, pelo delito capi- da Bolívia.
s reproduzissem em mais de quatro- tulado no artigo 14 da Lei n? 6368176, Trata-se de algo ilustrativo, um
centas cabeças, mesmo se se conside- tornando-a definitiva em 14 (quator- pormenor esclarecedor, que não alte-
rasse que as vinte que possui eram ze) anos de reclusão e 600 (seiscentos) re o essencial do fato denunciado, que
fêmeas. dias-multa à razão de Cr$ 225,00 (du- é o tráfico realizado no Rio de Janei-
A informação de que teria inicia- zentos e vinte e cinco cruzeiros) a uni- ro."
do a criação de gado através de vinte dade, em face da ausência de qualquer '' ... se a cocaína proveniente da
cabeças recebidas de doação paterna causa de aumento ou diminuição. Bolívia foi introduzida no Brasil pelo
é contrariada por sua esposa que afir- Em face da periculosidade de- Estado do Mato Grosso, aí em Mato
ma às fls. 88, que o gado foi recebido monstrada ficarão também os acusa- Grosso, é que se configurou o resul-
como participação na sociedade de um dos sujeitos a I (um) ano de interna- tado punível do tráfico internacional.
avião. çãõ em colônia agrícola, de acordo Mas os traficantes não foram de-
Ademais os rendimentos declara- com os artigos 88§ 1? e 93, 11, alínea nunciados por erime de tráfico inter-
dos por EDIR CHAPARRO, não "A" do Código Penal. nacinal que se teria consumado em
condizem com o patrimônio que pos- Decreto, ainda, a perda em favor Mato Grosso .
sui, bastando lembrar que em 1982, da União de todos os bens sequestra- Eles foram denunciados pelo fato
declarou auferir rendimentos da or- dos e apreendidos pela decisão de fls. de traficarem no Brasil, ou, mais pre-
dem de um milhão, duzentos e dezes- 119/ 120, de acordo com o artigo 74, ::isamente no Rio de Janeiro.
sete mil cruzeiros anuais (fls. 326 ver- 11, alínea "B" do Código Penal. O tráfico internacional ficou ultra-
so) e, no entanto, emite uma ordem A pena de multa deverá ser corri- passado e não foi sequer objeto de
de pagamento em nome de seu pai no gida monetariamente pelo contador :tpuração nem obviamente de
valor de sete milhões de cruzeiros. do Juízo. acusação.
DENIS BENITES, inexplicavel- Custas pelos réus e lancem-se os A referência que a denúncia con-
mente movimentava em sua conta seus nomes no rol dos culpados tém a circunstância de que os trafican-
bancária mais de oitenta e quatro mi- recomendando-se a prisão em que se tes provieram da Bolívia é uma expli-
lhões de cruzeiros (fls. 123/ 156 do in- encontram . cação ilustrativa mas desnecessária e
quérito policial em apenso). P .R.e I. por isto irrelevantes, visto que não
3 - CONCLUSÃO. desfigura o fato descrito pelo MP em
Isto posto e considerado tudo o CELMO FERNANDES MOREIRA sua peça de acusação, fato esse que é
que mais dos autos consta, julgo pro- JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO do tráfico de cocaína executado no
cedente a ação penal e tenho DENIS 2 - Competência, na espécie, da Rio de Janeiro.
BENITES e EDIR CHAP ARRO, co- justiça estadual, digo, da justiça co- Se o entorpecente proveio do ex-
mo incursos nas penas dos artigos 12 mum do Rio de Janeiro. terior, penetrou no Brasil mediante
e 14 da Lei n? 6368176, combinado 3 - Recurso de habeas corpus a que operação de tráfico obviamente inter-
com o artigo 51 do Código Penal, pe- o STF nega provimento para confir- nacional, tráfico esse que não foi se-
lo que passo a dosar-lhes as penas: mar a conclusão do acórdão." quer apurado, e o entorpecente pas-
Os acusados são primários e não É bastante elucidativo o voto do sou a ser comercializado no interior do
registram qualquer outra passagem Ministro ANTONIO NEDER. Susten- Brasil, não se tem como cogitar de trá-
pela polícia (fls . 161 / 162 e 188/ 189), ta ele: fico internacional na compra e venda
contudo revelaram que são profissio- " ... Do que leio na transcrita pe- que o traficante concretizou no Brasil
nais de um crime que é um verdadei- ça, concluo que o tráfico internacio- mediante operação nitidamente local.
ro flagelo social, auferindo lucros fa- nal da cocaína, de que não participou A tese que sustentam os recorren-
bulosos em detrimento da saúde pú- o paciente, constitui operação que se tes poderá ensejar o seguinte absurdo:
blica, além do que são indivíduos pe- completou em Mato Grosso . No Brasil o entorpecente de origem es-
rigosos que dão pouco apreço à pró- É que, decorridos alguns dias, trangeira deve ser definido sempre co-
pria sorte. quando a fase internacional do tráfi- rno peculiar do tráfico internacional
O dolo com que agiram foi exar- co já se achava terminada no referido embora tenha sido objeto, posterior:
cebado uma vez que foram presos com Estado, passaram os traficantes a ope- mente, de tráfico iniciado e consuma-
nada menos de cinquenta quilos de rar no tráfico local, isto é, na jurisdi- do na jurisdição brasileira.
cloridrato de cocaína, cujos efeitos de- ção brasileira, quando sucedeu o fato Não se deve confundir a origem es-
letérios de sua colocação no mercado descrito na denúncia. trangeira do entorpecente com o seu
são mais do que previsíveis; os moti- Tornou-se, pois, irrelevante, e en- tráfico, pois este pode ser internacio-
vos do crime estão aliados ao lucro fá- tão ultrapassada a etapa do tráfico in- nal e pode ser local."
cil sem se importarem com os efeitos ternacional, visto que a cocaína foi in- Por tudo o que foi exposto, rejei-
devastadroes que provocariam no troduzido no Rio de Janeiro e aí co- to a exceção de incompetência:
meio social; as circunstâncias do cri- mercializada, tanto que o paciente não 2.2. - MÉRITO.
me revelaram a frieza no planejaemn- participou da operação internacional No curso da instrução criminal foi
to da execução dos crimes e adquiriu uma parte daquela substân- assegurado aos acusados a mais am-
Assim, atendidas as diretrizes dos cia na capital fluminense, numa com- pla defesa, colheram-se todas as pro-
artigos 42 e 43 do Código Penal fixo- pra e venda claramente local.
lhes a pena base de 8 (oito) anos de re- Não importa que a denúncia con-
32
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33
autos), pudessem denotar as suas ori- das; que além das malas apreendidas
gens estrangeiras, eram na verdade os hóspedes entraram no hotel com a
vas indicadas pelas partes e foram exa- sacola do Sr. ARMANDO, uma ma-
brasileiros e policiais federais e no in-
minadas, percucientemente, todas as la pequena e mais uma sacola peque-
quérito policial instaurado em Cam-
questões fáticas e jurídicas ocorridas, na."
po Grande, haviam dois outros poli-
na estrita obediência do princípio do
ciais com os nomes BELLINTANI e " ... que o Sr. LUIZ SERRA é ex-
contraditório que foi observado em
AL VAREZ, que também sugerem na- hóspede do hotel e era o outro elemen-
toda a sua plenitude.
cionalidades estrangeiras . to que acompanhava o sr. ARMAN-
Do exame minucioso de todo o
complexo probatório, resulta acerte- Como se constata, o argumento é DO."
za de que os acusados cometerem os um verdadeiro sofisma e não aprovei- ANTONIO ZANOTT, recepcio-
delitos que lhes são imputados, uma ta aos acusados, pois que de seus de- nista do hotel, ouvido às fls. 159, con-
vez que em caráter permanente e com poimentos resultaram outros nomes firmou toda as informações prestada
desígnios pré-concebidos, de forma li- como ROGACIANO, INÁCIO e PO- às fls. 05 e lá declarou:
vre e consciente, associaram-se para o CHOLO, que segundo eles mesmos, '' ... ARMANDO chegou em com-
crime e promoveram o transporte de eram colaboradores do tráfico inter- panhia de três pessoas e com várias
cinquenta quilos de cocaína de Cam- nacional, que também poderia deno-
malas, sendo que algumas ficaram na
po Grande- Mato Grosso do Sul, pa- tar ou não as suas origens no exterior, portaria e outras duas foram levadas
ra o Distrito Federal. principalmente em uma região de
para o quarto, esclarecendo que teve
Levaram consigo a substância en- fronteira.
fazer grande esforço para levá-las em
torpecente no interior de duas malas virtude do grande peso."
e a guardaram no quarto de um hotel Ademais, não é razoável quePE-
da cidade, quando foram surpreendi- DRO LUIZ ou LUIZ SIERRA, sen- Assim, as versões do acusados
dos pelos agentes da Polícia Federal. do policial federal, após ter diante de apresentadas em seus interrogatórios
Participaram, também, da emprei- si todas as evidências do crime em Ma- de que desconheciam as malas e que
tada criminosa, ARMANDO REYES to Grosso, de modo a lhe possibilitar as mesmas foram colocadas no inte-
e PEDRO LUIZ, que conseguiram es- a prisão em flagrante de ambos os acu- rior do quarto por PEDRO LUIZ,
capar da ação da polícia. sados, inutilmente embarca no mesmo não foram confirmadas.
O material apreendido foi subme- vôo em companhia de DENIS BENI-
tido a exame técnico, concluindo-se TES e EDIR CHAPARRO, para que As provas orientam-se noutro sen-
pelo laudo de fls. 70/ 72 de se tratava a prisão se efetue em Brasília, assu- tido. Os acusados chegaram com as
da substância capaz de causar depen- mindo, inclusive, o risco da perda das malas que foram levadas para o quar-
dência física e psíquica, configurando provas. to juntamente com eles.
a materialidade do delito. Não se deve ignorar que os poli- As referidas malas, de acordo com
O argumento de que ARMANDO ciais que se dedicam à repressão ao o acusado DENIS BENITES, foram
A YRES e PEDRO LUIZ, eram de fa- tráfico de entorpecentes recebem trei- por ele mesmo adquiridas com a fina-
to policiais federais e que prepararam namento especialíssimo e o reconhe- lidade de acondicionar a droga e guar-
o flagrante, impedindo a consumação cimento de DENIS BENITES pelo dadas em sua residência (fls. 13, 130
do delito, não colhe, porquanto, em agente FRUTUOSO COELHO FER- e 31 do inquérito em apenso).
momento algum os acusados fizeram REIRA, que o havia visto na Bolívia
tal assertiva, quer na fase inquisitorial, acerca de três anos atrás, não causa Na residência de ambos os acusa-
quer no curso da ação penal. qualquer espécie. dos foram encontradas duas outras
Muito pelo contrário, ambos afir- quantidaes de cloridrato de cocaína,
Não se trata, como se vê, de um
maram, categoricamente, que PE- prodígio de memória e, sim, do resul- sem que os mesmo tivessem feito qual-
DRO LUIZ era um dos intermediários tado de irrtenso treinamento desenvol- quer prova de que a droga não lhe per-
de ROGACIANO, encarregado de vido ao longo de um rigoroso curso. tencia.
distribuir a droga e realizar os respec-
Assentado que Pedro Luiz não era A tentativa do acusado DENIS
tivos pagamentos. BENITES de inocentar EDIR CHA-
Já ARMANDO REYES, segundo policial, resulta que o transporte da
droga apreendida foi efetuado por ele PARRO, não surtiu os efeitos deseja-
essas mesmas versões, seria o compra- dos que na hipótese de ser absolvido,
e pelos acusados e, que após o desem-
dor do material apreendido. possivelmente, administraria os rendo-
barque no aeroporto de Brasília, no-
Esta nova versão, apenas surgiu sos negócios da dupla.
vamente transportaram o material
nas alegações finais da defesa (fls.
apreendido em um táxi até o hotel; já EDUARDO PERES DA SILVA,
260/267) e não foi corroborada pelos
demais elementos probatórios. agora, em companhia do quarto ele- ouvido às fls. 192, afirma que:
Aliás, os argumentos da defesa mento envolvido nos fatos . " ... após os acusados confabula-
chegam a ser curiosos, porque após ter O depoimento de LUIZ CÂNDI- rem entre sí deliberaram que DENIS
sustentado que ARMANDO REYES DO DA SILVA, fls. 194/ 5, gerente do último concordado com a proposta,
era estrangeiro (fls. 3 da exceção de in- Hotel Ri viera, é bastante esclarecedor, mas que em seu interrogatório mudou
competência do Juízo), afirma às fls. com efeito afirma ele às fls. 194-verso: totalmente a história dizendo que não
264 dos autos principais, que embora " ... que os acusados e os outros sabia de nada."


os nomes de ARMANDO REYS e dois elementos chegaram juntos ao
LUIZ SIERRA (este não consta dos hotel já trazendo as malas apreendi-
34
INTERPRETAÇÃO IMPAR DA LEI 6368/76
ART . 36 (NORMA PENAL EM BRANCO)
PORTARIA 27 DE 10 86 DA DIMEP
EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA ·do não constitui crime - pelo menos vendendo comprimidos de "algafan"
6~ VARA CRIMINAL DE TERESI- -não está configurado,- deixamos a outra pessoa, sem as observações
NA- PIAUÍ de oferecer a denúncia para requerer, exigidas por lei, por certo que estavam
como de fato requerendo, o Arquiva- cometendo um delito previsto na legis-
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO mento do Inquérito, na forma da lei . lação específica repressiva aos tóxicos
ESTADO por seu representante legal, ou drogas.
com plena serventia nesta vara crimi- Teresina, li de fevereiro de 1986.
É certo que há jurisprudência em
nal, usando das atribuições que lhe contrário, mas a dominante em nos-
são conferidas por lei, e tendo em vis- sos Tribunais é esta: "Farmacêutico
ta o incluso inquérito policial, vem a FRANCISCO DO NASCIMENTO que teria vendido duas unidades de
presença de V .Exa. expor, alegar e no ROCHA "Desbutal" sem dar baixa no estoque
final requerer o seguinte: 13? Promotor de Justiça que é adquirido uma ampola de "Gar-
DESPACHO: denal" sem fazer constar no livro pró-
De posse dos autos de Inquérito Po- prio- "A irregularidade na venda do
licial encaminhado pela Polícia Fede- entorpedente pelo farmacêutico sem
ral, dando como acusados os senho- -VISTOS ETC.
dar baixa no estoque, bem como a
res Raimundo Nonato da Silva Filho
e Domingos Cardoso da Silva consta- Acolho o parecer do douto Promo- aqui sição de outro produto sem fazer
tamos que o fato tido como delituoso tor de Justiça, por seus fy_ndamentos constar do livro próprio, constitui fal-
se prende a venda em Farmácia, de um legais, visto que, os indiciados Rai- ta administrativa, mas não o delito do
medicamento denominado mundo Nonato da Silva e Domingos art . 281 do Código Penal. São fatos
"ALGAFAN" . Cardoso da Si lva, não forem flagra- atípicos, que não jus ti ficam a instau-
do vendendo medicamento sem recei- ração de ação penal" (T JSP- Rec.
Segundo a Polícia, este medicamen- ta médica e, o simples fato, de ter 47 Crim .-Relator Des. Adriano Marrey-
to tem a venda controlada na forma comprimidos do medicamento "Açga- RT 442 / 378).
fan " na sua Famrácia DROGA NOR- Assim, acolho o pedido de arquiva-
da Portaria n? 27 de 24.10.86, da Di- mento do presente inquérito policial,
visão Nacional de Vigilância Sanitária TE e não estava legalmente registra-
de Medicamentos. do e ter vendido sem os cuidados do entretanto, ordeno que o fato seja le-
receituário médico , não con stitui por \'ado ao conhecimento à Secretaria de
Esta Portaria se refere espressamen- si só delito de que trata a Lei n ~' 6.368, Saúde Púb lica ou Repartição Congê-
de 21 de outubro de 1976. nere comp~tente, no Estado do Piauí,
te à lei n? 6437, de 20 .08. 77 . Discipli- encarregado do Serviço Nacional de
nando a lei, a mencionada Portaria,
constituem diz que "o não cumpri- Ora, pelo simp les fato de al guém já Fiscali zação da Medicina e Farmácia
mento das exigências dessa Portaria, ter vendido ou fumado droga ou subs- para as providências legais e di scipli-
const ituem infração sanitária ... " tância consideradas control adas ou nares; de acordo com o art. 28, do Có-
entorpecente , salvo melhor juizo, não digo de Proc . Penal.
Intimem-se e Cumpra-se.
Não vemos, assim, como posse se constituio ilícito pena l previ sto n~ lei
configurar o delito capitulado na lei especial anti-tóxicos, sem as previ sões
n? 6368/76 , em que rese o desejo da legais, deve constituir falta admini s- Teres ina, 23 de fevereiro de I 988.
Autoridade Policial. trativa reparada pelo Órgão do Minis- José Carneiro Neto
tério da Saúde competente; agora, se Jui; de Dir.:ito ela Sa. \ ' ara Criminal.


Assim, nos termos do art. 43, I do diante dessas irregularidades, ros~em
CP, e por entender que o fato nat ra- os acusados pegos em .flagrante delito

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36
MJ DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
ACADEMIA NACIONAL DE POLÍCIA
XIII CURSO SUPERIOR DE POLÍCIA
-RELAÇÃOENTREOMONOTEÍSMO-DOGMÁTICOEOREGIMEDEMONARQUIA
(DITADURA): RELAÇÃO DIRETA?
-IGREJA CATÓLICA E PODER CIVIL: LIGAÇÕES HOJE

AMAURY APARECIDO GALDINO


DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL
ABRIL/1987

RELIGIÃO E AÇÃO POLÍTICA


1. INTRODUÇÃO 3. CONCLUSÕES
1.1. RELIGIÃO 4. IGREJA CATÓLICA E PODER CIVIL :
1.2. POLÍTICA LIGAÇÕES HOJE
2. RELAÇÃO ENTRE O MONOTEÍ SMO-DOGMÁTICO E O 4.1. CONCLUSÕES
REGIME DE MONARQUIA (DITADURA): RELAÇÃO DIRETA ?

I. INTRODUÇÃO: Mais tarde a religiosidade foi utili- tural de relacionar-se com os seus pa-
1. 1. RELIGIÃO pode ser definida co- zada também para das respostas a res, pela busca de soluções para os
mo um sistema organizado de crenças, questões até então irrespondíveis pela problemas que se lhe apresentavam,
cerimônias, práticas e cu ltos que se natureza humana: pela preocupação com o futuro e com
centraliza em um deus supremo ou di- o alcance da correspondência do que
vindade, ou envolve vários deuses e di- - de onde vim, para onde vou? as suas ansiedades exigiam, agora já
vindades. Não há, portanto, nessa - qual o propósito da vida? no plano material.
conceituação, uma exigência de que o - qual o destino final do homem?
- qual a diferença entre o bem e o Pela abrangência da POLÍTICA e
monoteísmo seja uma característica pela identidade única da figura que
definitiva da religião, havendo algu- mal?
buscava os seus benefícios, assim co-
mas, inclusive, que não cultuam ne- mo os daqueles obtidos através da RE-
Observa-se então que a religião sur-
nhum deus ou divindade específicos. LIGIÃO - O HOMEM-, era de se
giu com o objetivo específico de cor-
De modo geral, há uma crença em responder, como forma de satisfação prever que ocorreriam fatalmente in-
um poder divino, uma força superior, às ansiedades de caráter espiritual do fluências mútuas, convergências e di-
que criou o mundo e influencia as vi- homem, isto dentro da concepção de vergências, entre essas duas forças,
das que o habitam, assim como veia qe para cada ansiedade há a satisfa- embora originariamente atuassem em
pelos seus fiéis proporcionando-lhes ção correspondente (sede/ água, fo- terrenos distintos: espiritual e ma-
segurança física e espiritual. E essa me/ alimento, solidão/companhia, ca- terial.
crença é fundamentada em dogmas e, rência afetiva/ afeto, carinho, amor Hoje torna-se visível e natural a par-
como tal, indiscutível, sendo condição etc). ticipação religiosa na AÇÃO POLÍTI-
essenciala crença nesse poder divino a CA e a influência POLITJCA na RE-
admissão no quadro de fiéis. 1.2. POLÍTICA, segundo a concei-
LIGIÃO, fruto de uma convivência
tuação mais globalizante, "é tudo".
a RELIG IOSIDADE, segundo in- que vem atravessando os milênios,
Assim, não se poderia pretender que
dicam provas mais antigas, surgiu na com maiorres e menores influências e
em sendo "tudo" não se manifestas-
terra por volta de 60.000 a.C., haven- aceitações mútias, mas, consigne-se,
se em todos os setores da vida huma-
do historiadores e antropólogos que sem a adesão do total dos religiosos,
na e, consequentemente, em todos os
acreditam que se tenha praticado al- pois sempre houve e ainda há aqueles
seguimentos sociais.
guma forma de religião desde o apa- que separam intransigentemente o ma-
recimento do homem, prática essa que O homem é em si mesmo um ani- terial do espiritual.
teria sido iniciada como forma de os mal político e, talvez até inconscien- 2. RELAÇÃO ENT RE O
homens se oporem ao seu medo e es- temente, em todos os momentos de MONOTEÍSMO-DOGMÁTICO E O
panto diante dos fenômenos naturais, sua vida, desde que passou a habitar REGIME DE MONARQUIA (DITA -
para ele inexplicáveis (tempestades, a terra, exercita essa sua vocação, que UURA): RELAÇÃO DIRETA?
terremotos, tormentas, nascimento de lhe é nata e está intrímf'ca. E essa ~ua
bebês e an imais etc) . vocação lhe veio pela necessidade na-
37
3. CONCLUSÕES
3.1. Das oito maiores Religiões do
Assim, RELIGIÃO e POLÍTICA mundo (pela ordem de criação: JU-
DAÍSMO, HINDUÍSMO, BUDIS-
desde os primórdios da civilização
vêm trilhando juntas os caminhos da MO, CONFUCIONISM, TAOÍSMO,
História, embora nem sempre em bus- XINTOÍSMO, CRISTIANISMO e
ca de objetivos idênticos e utilizando- ISLAMISMO) verifica-se que somente
se das mesmas ações para atingi-los. o JUDAÍSMO, CRISTIANISMO e
ISLAMISMO são MONOTEÍSTAS,
Com o transcurso do tempo, parce- o que nos leva à constatação de que
la da religiosidade, através de sua ins- a primeira e as duas últimas a serem
tituição representativa - a IGREJA fundadas cultuam uma fonte de poder
- , passou a exercer fortes influências supremo, com a característica de que
no comportamento da humanidade, as três trazem intrínseca e historica-
ao ponto de influir decisivamente em mente a participação na ação política,
todos os aspectos da vida do homem, ao lado da sua doutrina de salvação
adquirindo nova concepção e experi- da alma. Houve, portanto, um prin-
mentando o resultado de sua ação cípio de MONOTEÍSMO, o apareci-
aplicada também no terreno material. mento do POLITEÍSMO e o ressur-
gimento da primeira prática.
Inicialmente a influência foi provo-
cada pelos primeiros monarcas abso- 3.2. As Religiões, sejam elas quais
lutistas que surgiram na Babilônia, forem, MONOTEÍSTAS ou POLI-
Assíria e Egito, os quais, ao dizerem- TEÍSTAS, se estruturam em forma pi-
se responsáveis pelos seus atos somen- ramidal, estando em seu ápice terre-
te perante Deus e contarem com a co- no a figura de um dirigente espiritual Chico Recarey
nivência da Igreja nessa afirmação, que encarna a pessoa que mais se
viram-se na contingência de delegar aproxima e está logo abaixo, na esca-
uma parcela do seu poder à Religião. la hierárquica, da Divindade (ou Di-
vindades).
Essa responsabilidade vertical e úni-
ca em direção a Deus para prestar con- Entretanto, observa-se que, ao con-
tas dos seus atos foi chamada de "DI- trário do que ocorria na Monarquia
REITO DIVINO" e difundiu a cren- Absolutista, quando o dirigente era
ça de que os monarcas obtinham di- imposto ao povo e tinha que ser acei- SHOWS
retamente de Deus o direito de gover- to como tal, sem a obrigação sequer
nar, e não através do consentimento de prestar-lhe contas dos seus atos, nas
ou da vontade de seus vassalos. Ain- Religiões o líder terreno chega a essa
da dentro dessa concepção, cabia a posição através da vontade dos segui-
Deus punir um mau soberano. Para o dores da Religião (não como regra ge- NACIONAIS
povo "o rei não podia cometer erros", ral), o que é feito de maneira direta ou
e, com base nessa forma de doutrina- indireta (dentro, portanto, de um pro-
ção, com a qual compactuou a Igre- cesso previsto pelas Democracia -
E
ja, governos sem controles constitu- Representatividade), e esse dirigente
cionais e legislativos atravessaram sé- deve satisfações ao seu rebanho. INTERNACIONAIS
culos, difundindo-se à medida em que
monarquias nacionais fortes se desen- 3.3. Quanto à Divindade, é de se ad-
volveram em vários países. mitir a identidade de sua imposição
aos fiéis à imposição do monarca ao
Havia, como na imposição da Di- povo. Efetivamente, dentro de uma
vindade (ou Divindades) pela Religião, Religião não se admite discordâncias
a imposição ao povo do Monarca in- quanto ao dogma da crença e aceita-
ção de uma Divindade (ou Divindade, Rua Afranio de Melo Franco , 296
contestável e infalível, também como
um dogma. conforme o caso), assemelhando-se à
Ditadura Monárquica. Leblon - Rio de Janeiro
A primeira recusa em aceitar o
"DREITO DIVINO" foi a execução Há uma única distinção: enquanto Brasil
do rei Carlos I, em 1.649. A Revolu- que na Monarquia Absolutista o vas-
ção Francesa repudiou, inteiramente, salo não tinha qualquer outra escolha,
a crença e lançou a doutrina de que o na Religião há a possibilidade de op-
direito de governar provinha do povo, ção por parte do seu seguidor discor-
não sem antes ouvir a célebre frase de dante, que pode ou não continuar a
Luiz XIV de que "O ESTADO SOU
EU".
38
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39
freio aos anseios materiais dos menos
favorecidos- foi perdendo a sua efi-
segui-la, de acordo com a sua vonta- cácia. Isto resultou também na grada-
de. Não há a obrigatoriedade de acei- tiva perda de poder por parte da Igre-
tação da RELIGIÃO, mas sim da DI- ja, eis que não mais dominava o seu
VINDADE que ela cultua. rebanho como outrora e já não mais
funcionava como aquilo que KARL
Em outras palavras, na Monarquia
MARX conceituou como "o ópio do
Absolutista há a Ditadura da forma de
governo e do governante, enquanto
povo".
que no Monoteísmo Dogmático há a A partir daí, a convivência e os con- [NJ~I}{]~~ SERVIÇOS LTDA.
ditadura do Governante, (Divindade) flitos existentes entre as classes domi-
havendo várias formas de Governo nantes e dominada passaram a ser vis-
(Religiões), pelas quais pode o fiel op- tos sob outro prisma; a procupação
tar, se lhe interessar. agora também com as coisas materiais Rua Sacadura Cabral, 64- 8
4. IGREJA CATÓLICA E PODER entrou oficialmente para a sua doutri-
CIVIL: LIGAÇÕES HOJE: Tels.: 253- 1872
na, e houve o que literalmente pode-
se definir como "mudança de lado": 233-1883
Durante muitos séculos a Religião, até então sempre se servindo aos de-
principalmente a Católica, funcionou tentores do poder, parte da Igreja Ca-
como parte integrante do poder e, ao tólica passou a defender a classe con-
lado dos Governantes, participou in- siderada dominada, jogando todo o
diretamente da administração do Es- seu peso político nessa nova concep- Rio de Janeiro - RJ - Brasil
tado, funcionando como moderado- ção realística, como que numa tenta-
ra das insatisfações populares. tiva de demonstrar que não perdeu a
Prometendo o "REINO DE
DEUS" àqueles que viam frustradas
suas aspirações na terra, a Igreja fa-
zia com que se reprimissem os anseios
de liberdade e igualdade manifestados
pelos escravos, vassalos, assalariados
e proletários, sucessivamente, através
do tempo, recebendo em troca as be-
nesses dos senhores, nobres e capita-
listas, classes dominantes e detentoras
conEnG ENGENHARIA LTDA
15 ANOS
do poder em cada época.
Construindo e Preservando Obras
A convivência e conivência da Igre-
ja Católica com essas castas e a força No decorrer desses 15 anos de serviços prestados à construçóo
moderadora que representava, fize- civil e seus vários segmentos. a CONENG não poupou esforços para
ram com que ela assumisse papel de atingir seus objetivos. Sedimentando seu " Know-How " de obras
importância junto aos governantes e através da experiência. eficiência e especializaçóo de sua equipe
passasse a influir politicamente, pois técnica e administrativa. a empresa vem érescendo e ganhando
sem dúvida representava também um projeção no ramo construtor .
poder. E os religiosos, quase sempre
Junto à STANC ENGENHARIA.IND . E COM . LTDA.- empresa coli·
procedentes das classes mais favoreci-
gado. dedicada à pesquisa e fabricação de produtos de prote -
das, experimentaram o gosto de pra-
çóo ao meio ambiente -a CONENG mereceu um especial desta-
ticarem a AÇÃO POLÍTICA, influin- que, nesses últimos anos , pelo seu desempenho na Engenharia de
do decisivamente nos grandes momen- Impermeabilização e Recuperação Estrutural .
tos da História.
Sólida , de equilibrada estrutura econômico-financeira . atuan-
Havia, então, um certo consenso no do com objetividade , rapidez e segurança em diversas áreas .
sentido que a Religião Católica se abrangendo . entre outras . obras Públ icas . Bancárias . Industriais.
constituía em um sólido esteio à or- Comerciais e Residenciais : o grupo CONENG está construindo com
dem estabelecida e que só servia de qualidade para preservar sua confiança .
ideologia para a classe dominante.;

Com a evolução natural do mundo Escritório Central : Unidade Industrial:


e o desenvolvimento das várias ciên- Ruo Gomes de Carva lho . 1271 Rua SCo Bento . 270 - Vi la Quitaúna
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bre a Religiosidade foram sendo ques-
tionados, novas verdades surgiram, e,
aos poucos, a submissão plena à mo-
ral religiosa -que funcionava como
40
poder, influindo (novamente) decisi-
vamente em decisões várias do Gover-
sua força e poder, o que de fato tem no, podendo se afirmar que é uma das
dei:xado e\idenciado no confro nt o integrantes do poder civi l, com a ca-
abertop que vem realizando com os pacidade de gestões políticas no sen-
go\ ernos de determinados países. tido de ver suas pretensões atendidas.
4.1. Com essas considerações, te-
.-\s comunicações modernas e o in- mos as seguintes conclusões:
cremento da educação pro\·ocaram
agitação entre as pessoas, com tremen- - a Igreja Católica sempre esteve
do impacto sobre a Igreja Católica, ao lado do poder, funcionando como
tornando-a uma força dedicada à força moderadora, fazendo o papel de
transformação, re \·olucionária, se ne- interesse das classes dominantes;
cessário. - a sua relativa perda de ascendên-
cia sobre as classes dominadas, cau-
Na \erdade, a Igreja Católica pode sada pela alteração da moral religio-
encontrar-se em posição algo seme- sa, fez com que perdesse a participa-
lham e à dos jo\ens: com profundo
idealismo mas, como resultado disso,
em alguns casos \·ulneráveis à penetra-
ção no poder, colocando-se, em con-
sequência, em posição a ntagônica aos DATA EXEC
interesses da classe dominante;
ção su bversi\·a, pronta a levar a cabo CONSULTO RIA E SISTEMAS
uma revolução, se necessário, para - com a sua opção pelos pobres e
pôr cobro à injustiça, mas sem clare- a busca da correção das inj ustiças so-
za quanto à natureza última da revo- ciais ainda qui na terra, recobrou a sua
lução como tal ou quanto ao sistema força e poder, o que é agora exercita- SOFTWARE
de gO\ erno mediante o qual se pode do no campo oposicionista, cobrando
realizar a almejada justiça . do poder civil urgência nas reformas
sociais que atendam a sua pregação. CONTROLE ESCOLAR
Essa postura, a vu lnerabi lidade ao - embora fazendo um papel de ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR
radicalismo de esquerda e a brusca oposição ao poder civil, a Igreja Ca-
tólica está inserida nesse poder, pois CONTROLE DE PRODUÇÃO
ruptura com o ortodo:xismo, têm fei-
to com que a parcela progressista da representa uma elite e, como tal, par-
Igreja Católica se coloque em posição ticipa do processo decisório.
oposta aos interesses do poder civil BIBLIOGRAFIA
que, mesmo pregando mudanças so- A RELIG IÃO CRISTÃ NA U.R.S.S. CONSUI..TORIA
ciais, as quer realizadas aos po ucos, - Bourdeaux, MICHAEL, Editora
sem traumas e extremismos. É o cho- Vozes Ltda. - Edição 1.967;
que entre as mudanças que a Igreja RELIGIÃO E LUTA DE CLASSES PLANO DIRETOR
quer para agora e a capacidade do po- - Maduro, OTTO, Editora Vozes CAD / CAM
der ci\·il de somente poder procedê-las Ltda., Edição I. 981; COMPUTER GRAPHICS
aos poucos, e sem perder uma das ba- ENC ICLOP EDIA DELTA LAR- DESKTOP PUBLISHING
ses mais sólidas de sua sustentação, ROUSSE- Edição 1.986 ESPECIF. DE SISTEMAS
que são as classes médias e alta. OS TEMPLÁRIOS- Lima, A DELI-
A Igreja Cató lica, entretanto, por NO DE F IGUEIREDO, Cia. Brasilei-
si só e por significar a representativi- ra de Divulgação do Livro (B RADIL rr ' ,'u

SI A), 4a. Edição, 1.972.


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~~ aquisitivo , nas mãos dos homens de força de decisão. Sao Paulo - SP F. 241-6966 CEP 04563

v .............. ~~
41
- -
DECISOES JUDICIAIS SOBRE
PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS
NO PROCESSAMENTO DE COCA
PODER JUDICIÁRIO MARCOS ANTUNES ROCHA, obtém-se a pasta básica, que libera o
SÃO PAULO ARAMIS GUEDES CORREA e JO- alcalóide de que resulta o sulfato ou
JUÍZO DE DIREITO SÉ LUIZ GUARDIA, já qualificados cloridrato de cocaína, pois atua como
DA 17 ~ VARA CRIMINAL nestes autos (fls. 23,27 e 31) foram de- solvente . Marcos foi contatado por
nunciados pelo representante do Mi- "Jorge" a fim de transportar tais
Proc . n? 457 / 87 nistério Público como incursos nas substâncias de São Paulo até Varzea
sanções do artigo 12, "caput" e arti- Grande, no Mato Grosso, devendo
São Paulo, 03 de Novembro de 1987 . go 12, § I?, inciso I, ambos da Lei n? passar por Ribeirão Preto, camuflan-
6 368/76, em concurso material e ain- do a carga de éter e acetona com te-
Senhor Superintendente:
da artigo 18, do mesmo diploma legal, lhas, cuja nota fiscal serviria para jus-
Pelo presente, comunico a V. Sa . porque no dia 26 de agosto de 1 987, tificar o transporte. Os demais co-réus
que os condenados ARAMIS GUE- por volta das 13,30 horas, próximo ao serviriam de "batedores", conduzin-
DES CORREA, filho de Diamantino Posto de Gasolina "Leão Alado", si- do o Voyage à frente do caminhão, a
Correa da Silva e Sefenira Guedes tuado na avenida Otaviano Alves de fim de lograr policiais, para resguar-
Correa, nascido aos 04 . 12 .53, de cor Lima, número 2 888, Freguesia do ó, dar a viagem até o seu fim . Sabiam to-
parda, natural de Campo Grande-MS, nesta cidade, agindo em concurso e dos que transportavam as substâncias
motorista, RG: 077.388/ MS , JOSÉ com identidade de propósito, os acu- utilizadas ao refinamento da cocaína.
LUIZ GUARDIA, filho de Manoel sados, foram surpreendidos transpor- Foram juntados aos autos o laudo
Lourença Guedes Guardia e Rosa Luiz tando, para consumo de terceiros, pericial (fls.15 / 16), o auto de apreen-
Guardia, estudante, nascido aos substância entorpecente, ou que deter- são e apresentação (fls.17/ 18), o lau-
17 .11.62, de cor branca, natural de mina dependência física ou psíquica, do de constatação (fls.64 a 69) e o de
Bálsamo/ SP, RG: 7694892/ SP, soltei- sem autorização e em desacordo com corpo de delito (fls. 73175).
ro, MARCOS ANTUNES ROCHA, determinação legal ou regulamente
também transportando indevidamen- Recebida a denúncia (fls. 59) foram
filho de Felipe Ribeiro da Rocha e os réus interrogados (fls.76/ 81), ten-
• Marfina Antunes Pinto, nascido aos te matéria prima objetivando a prepa-
ração de substância entorpecente, ou do constituído defensores que no trí-
31.03.49, de cor branca, RG: duo legal apresentaram defesas prévias
094. 151 / MS, casado, natural de Pon- que determina dependência física ou
arrolando testem unhas( fls. 96/ 1O1).
ta Porã-MS, motorista, foram conde- psíquica. Os policiais federais recebe-
ram da Divisão de Repressão a Entor- Em instrução colheram-se os depoi-
nados a cumprirem a pena de oito mentos de quatro testemunhas da acu-
anos de reclusão e no pagamento de pecentes, de Brasília-DF, informação
de que no referido Posto haveria tran- sação (fls. 104/ 109) e de dez da defe-
133,33 dias multa(valor mínimo legal) sa (fls.172/ 185).
e incursos nas sanções do art. 12 "ca- sação ilícita de éter e acetona, naque-
put" e 12, §I?, inciso I, c.c. art. 18, le dia, por indivíduos que estariam Em alegações finais manifestou-se o
inc . III, da Lei n ? 6 368/ 76 e ainda, ocupando um Voyage em que se en- Dr. Promotor pela condenação dos
c.c. art. 69 "caput" do Código Penal, contravam Aramis e José Luiz e aden- réus (fls . 187/ 192) e os Drs .Defenso-
regime fechado. trando o caminhão, que imediatamen- res pela absolvição, alegando inexis-
te, pôs em funcionamento. Perceben- tência de crime, inexistência de con-
Apresento a V. Sa. protestos de es- do a movimentação, interceptaram- curso material, pois o desdobramen-
tima e consideração. nos os policiais, certificando-se de que to do éter em etílico e sulfúrico não
o caminhão conduzido por Marcos se condiz com existente nos autos e ain-
JOSÉ BENEDITO FRANCO DE encontravam nove tambores azuis da da insuficiência probatória
GODOI "Technion", com éter e sete tambo- (fls.210/238).
Juiz de Direito res azuis brancos da Bonain'', com
acetona, os tambores no total tinham É o relatório.
limo Senhor Superintendente da Po- capacidade para conter quatrocentos
lícia Federal litros. O transporte era de substância Decido.
Rua Antônio de Godoy, n? 27 entorpecente-éter etílico, arrolado no
nesta item 5, do artigo 11, do Decreto "La justice n 'a pas besoin de critique,
79 388/ 77- e matérias primas para a mais de changement.
processo n~ 457 / 87 preparação de cocaína (éter sulfúrico "CASAMA YOR "-"Si j'étais juge ... "
e acetona). Imergindo, no éter sulfú-
Vistos, etc ... rico ou acetona, as fo lhas de coca,
42
Segundo FLORIAN o perito usan- bre Substâncias Psicotrópicas, assina-
do de seus conhecimentos técnicos, le- da em Viena, a 21 de fevereiro de
Há nos autos provas concludentes va ao juiz o conhecimento que tem de 1 971, e o artigo 1?, "e" com exceção
ao embasamento do decreto conde- sua ciência ou arte, seja em forma abs- específica, dispõe que substância psi-
natório. trata ou prática-concreta. cotrópica significa qualquer substân-
cia, natural ou sintética, ou qualquer
"Inspeccionar (examinar) y observar materia1 relacionado nas listas i, II, III
Vejamos. con procedimientos investigativos pro- ou IV, anexadas à Convenção ("g").
pios un objeto de prueba, cuando pa-
O laudo toxicológico (fls.15/16) ra e! pleno conocimiento de ese obje- O artigo 11, item 5, do referido di-
constatou tratar-se de éter sulfúrico to se requieran aptitudes y comproba- ploma legal dados os objetivos da
(éter etílico) e acetona, substâncias uti- ciones especiales. E! perito examina la Convenção exige registro das substân-
lizadas na extração e refino de cosa, e! lugar, la persona, e! cadáver cias da Lista IV para rigoroso
cocaína. en una palabra, su actividade se tra- controle.
duce aquí en comprobación de hechos E, na referida Lista encontramos a
As denominações éter etílico e sul- concretos. En realidad, la actividad inclusão do éter etílico como substân-
fúrico referem-se a uma mesma subs- dei perito en este caso se asemeja a la cia psicotrópica.
tância química, segundo a farmaco- actividad dei juez ... En este caso la
péia americana e adotada pelo nosso contribuición dei perito consiste em la Dessarte, tal substância é entorpe-
país. De largo uso como solvente e comunicación de hechos o de cosas cente nos termos do artigo 12, da lei
anestésico (mais puro). especial e serve para, ainda, o prepa-
concretas, cuya comprobación requie-
ro de cocaína, caracterizando a maté-
re una competencia técnica especial y
ria prima referida no seu § 1?, inciso I.
"Solvent Ether (B.P). Solv.Ether: Ae- se realiza mediante ella. Por ejemplo Insubsistentes, assim, todas as pre-
ther Solvens; Ethyl Oxide; Ether; e! perito !e ofrece ao juez ... o !e co- liminares argüidas pelos Drs. De-
Diethyl Ether; Aether Aethylicus; Ae- munica cuáles son los componentes fensores.
ther Sulphuricus; E ter. químicos de cierto líquido." (DE LAS
PRUEBAS PENALES"-tomo I, Patente a materialidade dos delitos.
... Solvent ether is a colourless, trans- vers.castelhana por Jorge Guerrero- Resta-nos analisar a autoria.
parent, very volatile, inflammable, págs.155/157 THEMIS- Confessaram os co-réus Marcos e
very mobile liquid with a charactl'ris- Bogotá-1 968). Aramis quando da lavratura do auto
tic odour and a sweet burning taste. de prisão em flagrante a prática dos
O Decreto n? 79 388, de 14 de mar- delitos.
... Anesthetic ether could cause malig-
nant hyperthemia in genetically predis- ço de 1 977, aderiu à Convenção so-
posed individuais". ("Martindale -
.....
"The ExtraPharmacopeia"- vigésima
oitava edição- pág. 1 453 e 748- THE
PHARMACEUTICAL PRESS -
1 982 - London).
PLANQUIM
A substância é utilizada, juntamen-
te com a acetona, na produção da Indústria Qufmlca Ltda
cocaína.

O Pretório Excelso espancou a dú-


vida referente a expressão matéria pri-
ma adotada na legislação específica.

'' .. . a expressão matéria prima cons-


tante do inciso I, § 1? do artigo 12 da Estrada do Calaplá, 1091 Bairro do Calaplá
Lei n. 6 368, de 1 976, compreende
não só as substâncias destinadas exclu-
sivamente à preparação da droga, co- Fones.: 493-3342/6803
mo as que, eventualmente, se prestem
a essa finalidade." (Recurso extraor-
dinário n. 108-9-PR, julgado em
26.8.1 986, vot. un.-Relator Min. Os- COTIA · SÃO PAULO • BRASIL
car Corrêa, RJTJESP 104/ 463).
E, o laudo pericial ilumina tal en-
tendimento.

" ... Sim, as substâncias em questão


podem ser utilizadas na extração e re-
fino de cocaína." (fls.16).
43
"Que eu Tenho conhecimento Marcos Aliás, o co-réu José Luiz esclarece
Trabalha como moTorista de cami- a razão da volta de Marcos, naquela
Ofereceram detalhes da ação. nhão. Mas não sei se o mesmo é autô- manhã.
Marcos referiu-se a "Jorge" e nomo ou não. Fui eu quem trouxe
"Aroldo Zatore". O segundo foi lo- Marcos até S.P. em um caminhão de " ... tendo aquf chegado por volta das
calizado em Mato Grosso (fls.47), em meu primo, azul, pois Marcos segun- 24,00 horas; Que, na data de hoje por
Ponta Porã. do me disse vinha comprar umas rou- volta das 10,00 horas foram ao posto
Aramis afirmou que conheceu o co- pas para sua mulher... " de gasolina Leão Alado a fim de es-
réu Marcos na referida cidade mato- contrar uma pessoa, sendo certo que
grossense (fls. 11). Assim, segundo versão de Marcos essa pessoa quem queria encontrar era
José Luiz afirmou nada saber ares- o fim precípuo de sua longa viagem de MARCOS ANTUNES ROCHA; Que
peito dos fatos. Mato Grosso a São Paulo, seria o de MARCOS ANTUNES não tendo lo-
comprar mercadorias(roupas) para a grado êxito nesse encontro retornaram
Quando interrogados em Juízo Ara- loja de sua esposa. ao referido posto por volta das 13,00
mis e Marcos negam a participação no horas ... " (fls. 12).
evento delitivo, retratando-se da con- Chegou a São Paulo na noite do dia
fissão policial, sob a alegação de seví- Realizado o encontro logo de ma-
anterior aos fatos e já na manhã do nhã, teria retornado conforme havia
cias e maus tratos. dia seguinte (o dos fatos) já se prepa- previsto.
Tornou-se norma de conduta no rava para voltar ao seu Estado de
processo penal, os meliantes apresen- origem. A preocupação da defesa em des-
taram retratação em juízo da confis- venciliar os co-réus das imputações,
são oferecida perante a autoridade po- "Melhor esclarecendo chegamos a montando estratégias, esbarra em uma
licial. A alegação de sofrimentos físi- noite em S.P. procedentes de Mato série de pequenos mas importantes de-
cos, psíquicos e morais ocorre na to- Grosso e posamos na casa de minha talhes.
taldade dos interrogatórios realizados irmã na Freguesia do Ó. Assim foi na
manhã do dia seguinte salvo engano José Luiz esforça-se no sentido de
sob o crivo do contraditório.
numa quarta feira, que deixei Marcos demonstrar retidão de carácter, mer-
Contudo, na espécie, precaveu-se a no local já indicado por mim, por vol- cê de depoimentos de pessoas mora-
autoridade policial, fazendo realizar ta das oito horas da manhã mais ou doras em sua cidade, Bálsamo. Con-
exame de corpo de delito nos acusa- menos. Nada acertamos para que vol- tudo, a versão de que viera a São Pau-
dos para afastar, desmoronando tal tássemos juntos para Mato Grosso. lo ajudar Aramis, seu cunhado, a di-
prática, já erigida como meio de de- Marcos disse-me 'pode deixar eu me rigir o Voyage, por estar cansado, in-
fesa (fls. 73 / 75). viro por aquí, eu arrumo uma caro- do ao escritório de um "cara" para
na, qualquer coisa aí"'. (fls 181 buscar determinada quantia, desmo-
Adotaram os doutores defensores
verso). rana também.
uma linha de ação processual no sen-
tido de desvincular Marcos dos demais Alega ainda, nunca ter vindo ante-
co-réus, sob a alegação de que jamais Ora, Marcos realizou uma viagem
de Mato Grosso do Sul para cumprar riormente a São Paulo com seu
se conheceram. cunhado.
roupas para loja de sua mulher e, já
Contudo, tanto Aramis como José na manhã do dia seguinte à chegada, "R.Eufui convidado pelo meu cunha-
Luiz afirmam terem-no conhecido em procurava carona para voltar! do para vir até São Paulo ajudar ele
São José do Rio Preto (fls. li I 13). dirigir o carro, que ele estava cansa-
Foi preso, segundo suas próprias
do, ele vinha receber uma certa quan-
Coincidência! Aramis e Marcos têm palavras, quando já havia conseguido
tia, pediu para mim ajudá-lo a dirigir
ligações com o Estado de Mato Gros- um caminhão para conduzí-lo até um
o caro, um Voyage. Nós salmos de
so do Sul, sendo que o primeiro está posto de Ourinhos, no dia que preten-
madrugada, chegamos de manhã aqui.
sendo processado naquele Estado por dia voltar, ou seja, no seguinte ao da
sua chegada.
Chegamos ao escritório, o 'cara' não
contrabando de café (fls. 48 e 76), nas-
cido lá e para onde viaja habitualmen-
estava, esperamos um pouco ele não
A que horas foi adquirir as merca- apareceu ...
te em visita a parentes. O segundo re-
side no Estado. dorias para a esposa, onde as mesmas? J. Você vem muito para São Paulo,
Não há nos autos uma só prova no com seu cunhado?
Marcos afirmou ter vindo a São sentido de estar Marcos, quando da
Paulo em companhia de um primo de prisão, carregando malas, pacotes ou R.Não só vim porque ele estava
sua mulher e para comprar roupas pa- outros recipientes guarnecendo as in- cansado.
ra a loja da mesma. digitadas roupas.
J. Já veio outras vezes?
" ... eu saf para fazer umas compras Esboroa-se assim, sua versão em R.Nào." (fls. 78 v./79).
para milha mulher que tem uma loja dar tal finalidade à viagem em-
no Mato Grosso do Sul... (fls.80 preendida.
verso) Vejamos o depoimento do "ca-
Chegou à noite de um dia e na ma- ra" Audizio Afonso Belarmino, teste-
Vejamos o depoimento de Luiz Car- nhã do dia seguinte preparava-se pa-
los, o primo (fls.l81) ra voltar. ~
45
Assim, a afirmação de que teria si- Dessarte, transportavam os acusa-
do preso a uma distância de 60 a 80 dos substância entorpecente para con-
munha de fls.174 devedor de Aramis, metros do indigitado caminhão não sumo de terceiros, bem como matéria
com escritório na Av. Francisco Mo- colhe. prima destinada à preparação de subs-
rato, móvel da viagem empreendida, tância entorpecente específica (cocaí-
segundo o mesmo a São Paulo. A conversa de Marcos com o senhor na) conforme laudo já mencionado.
de cabelos grisalhos, forte realmente Patente assim, o concurso material
"Não sei dizer se Marcos é ou não de existiu, contudo o teor da mesma nin- de delitos.
São José do Rio Preto, mas deve ser guém ouviu.
Agiram com dolo . Serão condena-
pois eles vinham juntos ao escritório.
Não conheci Marcos naquela cidade... Mas Marcos refere-se a tal pessoa dos, restando serem fixadas as penas
Marcos nunca me falou que era mo- como sendo o "Jorge" que o contra- que deverão cumprir. Tendo em vista
torista de caminhão. O contato que ti- tou para o transporte das substâncias seus antecedentes(primário) a intensi-
(fls.lO e 81). dade dos dolos (média) e às persona-
ve com Marcos foi superfiçial, não sa-
lidades de cada acusado fixo a pena
bendo dizer se havia amizade íntima Josimário ouviu demais, pois Divi- base no mínimo legal ou seja em três
entre ele e Aramis, ou se tinham qual- no que estava em sua companhia na- anos de reclusão, aumentando-a em
quer negócio em comum. Pelo defen- da ouviu do que "Jorge" e Marcos igual valor, atingindo assim seis anos
sor do acusado J . Luiz foi requerido conversaram(fls.183 / 184 verso).
fosse indicado entre os acusados de reclusão (concurso material),
presentes-Aramis, o que foi feito, e Quanto ao número de pessoas que aumentando-a ainda, em um terço (as-
também fosse indicado o acusado se encontravam dentro do Voyage, a sociação), alcançando assim, oito anos
de reclusão, e o pagamento de 133,33
Marcos o que a testemunha indicou o pretendida, contradição entre o depoi-
dias multa no valor mínimo legal
co-réu José Luiz como sendo o acu- mento de Marcos Antonio Moura e
(mesmo critério de cálculo), penas es-
sado Marcos ... " (fls. 17 4 verso) . Cristiano não existe, pois quando no-
sas que as converto em definitivas.
tou a presença do veículo no pátio do
Apesar do engano cometido exsur- "Boca Quente", o mesmo já lá se en- Decisão
giu cristalinamente que costumeira- contrava estacionado (fls.109), não
mente Aramis e José Luiz vinham jun- Isto posto, julgo procedente a pre-
notando a presença de Marcos nas sente ação penal para condenar MAR-
tos a São Paulo. imediações porque lá não se encontra- COS ANTUNES ROCHA, ARAMIS
va, tendo ido ao Posto de Gasolina. GUEDES CORREA e JOSÉ LUIZ
Prova da fragilidade da versão apre-
sentada por José Luiz em seu interro- A autoria dos delitos patentou-se GUARDIA a cumprirem a pena de oi-
gatório. sobremaneira. to anos de reclusão e no pagamento
de 133,33 dias multa(valor mínimo le-
A versão apresentada pela testemu- Inadmissível alguém procurar caro- gal) como incurso nas sanções do ar-
nha CLAUDÉCIO (fls.104/105) na e momentos depois ter à disposi- tigo 12 "caput" e 12,§1?, inciso I,c.c.
coaduna-se com aquela prestada pela ção caminhão equipado, prestes a em- artigo 18, inciso III, da Lei n?
de fls.106 e verso, Marcos Antonio. E, preender longa viagem conduzindo-o 6 368176 e ainda, c.c. artigo 69, "ca-
o fato de serem policiais, por si só, (fls.81) até o Posto Paloma em Ouri- put", do Código Penal.
não desvaloriza os depoimentos, pois nhos. Que confiança! O ajudante, ah! Lancem-se seus nomes no rol dos
nenhum interesse teriam em prejudi- culpados.
Não lograram Aramis e José Luiz Recomendem-se à prisão onde se
car os acusados, imputando-lhes ações
demonstrar a não participação na con- encontram.
criminosas extremamente graves. duta associativa delituosa. Eram os O regime inicial de cumprimento da
"batedores" com o intuito de ludi- pena será o fechado .
As contradições que a defesa pro-
briar a polícia, ou quem obstaculizas- Deixo de conceder aos réus quais-
cura demonstrar entre tais testemu-
nhas e outros colhidos durante a ins- se o transporte das substâncias. quer dos benefícios, por não preenche-
trução criminal: lugar onde Marcos Marcos foi preso no caminhão rem os seus requisitos.
foi detido; conversa do mesmo com (fls.10 in fine e 104) e Aramis e José Publique-se . Registre-se.
um senhor de cabelos grisalhos, alto Luiz no Voyage "batedor". Intimem-se.
e forte; estacionamento do Voyage em Cumpra-se .
.frente à guarita, sendo tão somente A ação é composta por diversos
dois os seus ocupantes .. . não suportam atos. Assim, a presença do caminhão São Paulo, 30 de outubro de 1 987
as provas dos autos, por seus próprios no Posto de Gasolina equipado para José Benedito Franco de Godoi
termos. empreender a longa viagem, estando Juiz de Direito
à disposição dos réus, pois Marcos já
É MARCOS quem afirmou em seu se encontrava na cabine e Aramis e Jo- SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
interrogatório que foi preso pela po- sé Luiz esperavam na proximidade, MJ- DEPARTAMENTO DE
lícia atrás do caminhão. são atos integrantes da ação física do POLÍCIA FEDERAL
transporte. SUPERINTENDENCIA
"R .A poHcia me pegou atrás do ca- O éter etílico por sí é substância en- REGIONAL EM
minhão, eu só sei que o caminhão era torpecente e juntamente com a aceto- MATO GROSSO
vermelho, dava uns oito metros." na destina-se ao preparo e refino da
(fls .81 e 240). cocaína. ~
47
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~8
Mas, acontece que, o alienígena propriedade de Bueno Batista da Sil-
ERNESTO LEYGUE CESPEDES, va (fls. 48), segundo o ilustrado Lau-
Of. n? 2807 / 87-DRE quando questionado pelo Agente de do de Constatação em substâncias quí- ,
Cuiabá/ MT, 12 de nowmbro de 1987. Polícia Federal Januário Teixeira Ri- micas n? 347 / 87 (fls. 12), seria utili-
beiro (fls. 03), nas dependências da- zada na transformação química da ..
Senhor Diretor: quele órgão, com as perguntas de pra- pasta básica de COCAÍNA em SUL-
:-;e, confessou na manhã do dia I? do FATO DE COCAÍNA, cuja materia-
Para conhecimento e difusão ás fluente mês e ano ( 1987), por volta das lidade do delito, caracterizou-se de
nossas Congêneres, encaminho a V .S~ li :00 horas que, além de "turista", forma inconteste, a conduta típica
cópia da sentença proferida pelo MM. exercia também, atividade lucrativa no prevista no artigo 12, § 1?, inciso 1 da
Juiz da 3? Vara Criminal desta Co- Brasil, na aquisição e EXPORTA- Lei _6.368176, muito bem divisada pe-
marca, contra o alienígena ERNESTO ÇÃO de produtos químicos com des- lo Orgão Superior do Ministério Pú-
LEYGUE CESPEDES, condenando- tino à Bolívia. blico, através do ilustrado Parecer da
o a 08 anos de reclusão por aquisição lavra do culto Procurador de Justiça
e transporte irregular de amônea e áci- Com isto, levado ao conhecimento Dr. Luiz Vida! da Fonseca, lançado às
do sulfúrico. do diligente Delegado de Polícia Fe- fls. nestes autos, quanto a tipicamen-
deral, Dr. Wilson Salles Damázio e, te, quantidade apreendida, os docu-
Sem outro particular. reapresento a este, ao perceber a conduta típica mentos apresentados, a nacionalida-
\ ' .S ~
\otos Je estima e consideração. apresentada pelo denunciado, deter- de do denunciado e os seus anteceden-
minou fosse o mesmo autuado e pre- tes, concluindo como matérias primas,
BERL . \\'ILSON SALLES so em flagrante (fls. 02), concluindo as mercadorias apreendidas em poder
DA\IAZIO àquela autoridade, em demonstrar no do denunciado, consider~das como
Delegado de Polícia Federal presente procedimento, após, a reali- preleciona o Pro f. VALDIR SZNICK,
zação de todas as diligências necessá- "como base, juntamente com outra,
rias, que o denunciado, em data tão para a manipulação e produção da
IIm ~' Sr.
recente, adquiriu na Capital do Esta- droga", (transcrito do parecer acima
Dr. Paulo Gusta\·o de M . Pinto do de São Paulo, enorme quantidade mencionado).''
~10. Diretor da DRE / CCP / de produtos químicos, assim com-
BRASÍLIA ; DF. preendidos em sendo; a) 15 (quinze) Ressalta-se que antes do recebimen-
tambores de cor vermelho, com capa- to da denúncia, foi decretada a prisão
cidade para 200 (duzentos) litros ca- preventiva do acusado, em despacho
PODER JUDICIÁRIO DO
da, contendo em seu interior ÁCIDO encontradiço as fls. 72/73, destes
ESTADO DE \tA TO GROSSO
SULFÚRICO, conforme Nota Fiscal autos.
C0~1ARCA DE CUIABÁ
n? 15 .635, expedida pela Usina Co-
JCÍZO DE DIREITO DA
lombina S.A . b) 15 (quinze) tambores Recebida a denúncia, foi o acusa-
TERCEIRA V ARA CRIMINAL
de cor azul, com capacidade para 200 do regularmente interrogado, ofertan-
(duzentos) litros cada, contendo no do defesa prévia, na qual alega em
Autos n ? 264 / 87
seu interior AMÔNEA líquida, con- preliminares a atipicidade do fato e
Autora: A Justiça Pública conseqüentemente falta de justa cau-
Acu sado: ERNESTO LEYGUE forme Nota Fiscal n? 15.635, expedi-
da pela Usina Colombina S.A. tudo sa, para a ação penal, enquanto no
CESPEDES
conforme Auto de Apreensão de fls. mérito, discorda dos termos da denún-
I O. Resultou ainda plenamente de- cia, arrolando as mesmas testemunhas
Vi stos, etc ...
monstrado, durante as diligências de- do Ministério Público.
senvolvidas, os não recomendáveis an-
O REPRESE TANTE DO MI-
tecedentes do denunciado, como sem- Nos autos, laudo de exame em subs-
NISTÉRIO PÚBLICO, oficiante nes-
pre na atividade ilícita de aquisição e tância química, a partir das fls. 118 e
ta Vara por designação do Ilustre Pro-
exportação de produtos químicos, du- seguintes, além de petição subscrita
curador Geral de Ju~tiça, apresentou
rante a qual veio a ser autuado e pre- pelo douto defensor do acusado,
denúncia contra ERNESTO LEYGUE
so em seu país, quando transportava contrapondo-se ao Laudo pericial.
CESPEDES, \·ulgo "Pitin", dando-o
ilegalmente 141 tambores de produtos Despacho saneador proferido as fls.
como incurso nas sanções do artigo
químicos destinados ao preparo de co- 127, designando-se audiência de ins-
12, § I ?, inciso I da Lei 6369/76, pe-
caína (fls. 13), cuja atividade ainda se trução e julgamento, que não foi rea-
los seguintes fatos estampados na de-
apresenta nos autos, desenvolvida em lizada, face ao não cumprimento das
núncia:
outras diversas oportunidades, como diligências de responsabilidade do Ofi-
se vê às fls. 63, na condição de turis- cial de Justiça. Redesignada, não foi
'Como se depreende do presente in-
ta, na rota Brasil / Bolívia. realizada tendo em vista o estado de
formativo policial, o denunciado na
saáúde do MM. Juiz, então, condutor
condição de turista, procedente da Ca-
Com efeito, a finalidade da merca- do feito.
pital do Estado de São Paulo, na tar-
de de 31 / 07 / 87. dirigiu-se até a Supe- doria apreendida pelo órgão repressor,
rintendência Regional da Polícia Fe- na cidade de Cáceres-MT., quando era Conclusos à nossa apreciação, foi
deral , neste Estado, com o intuito de
obter prorrogação de sua estada no
Brasil.
transportada em um caminhão Mer-
cedes Benz de cor vermelho e preto,
placa CF-7410- Mundo Novo / MS, de ...
redesignada audiência, finalmente rea-

49
a alegação da defesa, no tocante a in- apreendida nos autos. Trata-se sem
competência rationi loci, deste Juízo, dúvida de ácido sulfúrico e amônea,
lizada na data prevista, conforme Ter- para apreciação e julgamento do feito. conforme comprovado no processo,
mo de fls. 163. A requerimento das Com efeito, não existe nenhuma fato aceito sem reservas pelas partes.
partes, substituiu-se os debates orais, controvérsia quanto ao local da Desta forma, os brilhantes argumen-
por memoriais escritos, que constam apreensão das mercadorias, que foi tos da defesa do acusado, devem ser
dos autos a partir de fls. 165. realmente a Comarca de Cáceres; mui- rejeitados nesta decisão.
to embora poder-se-ia argumentar que
Em alegações finais, o representante as diligências de prisão do réiu tenham Por último, o ponto principal da
do Ministério Público, após criterio- se dado nesta Capital, onde iniciou-se discussão do mérito, gira em torno do
sa análise dos fatos postos em deba- a perseguição criminal, visando a fato de que o ácido sulfúrico e amô-
tes, considera bem provada a denún- apreender as mercadorias. nea, por não estarem relacionados na
cia, pedindo sua procedência e conde- Portaria DIMED, como matéria-
nação do acusado. A defesa por sua No caso, estamos diante de uma prima, para obtenção de substância
vez em bem elaborado e substancioso perfeita infração continuada ou per- tóxica, capaz de causar dependência
trabalho jurídico, após tecer judicio- manente, no tocante a qual, aplica-se física ou psíquica e portanto, estaría-
sas considerações em torno dos fatos, com segurança, as disposições do ar- mos frente a um caso atípico, sem pu-
passa a análise de mérito, alegando de tigo 71 do Código de Processo Penal. nição na esfera penal.
início incompetência deste Juízo; im- Ficando desta forma, firmada por pre-
A meu ver, o fato realmente com-
prestabilidade no Laudo Pericial; e venção à competência deste Juízo, que
porta matéria controvertida, mas que
atipicidade do fato; eis que os produ- primeiro tomou conhecimento do fa-
pouco a pouco, os Tribunais enfren-
tos químicos transportados pelo réu, to criminoso. Segundo ensina o feste-
tando, suprindo desta forma, as omis-
não estão relacionados na Portaria jado EDUARDO SPÍNOLA FILHO:
DINED, terminando desta forma, pe- "que, em se tratando de crimes conti- sões da Portaria DIMED/ MS. À
la absolvição do acusado. Em segui- nuados, ou de infrações da lei penal exemplo, o Supremo Tribunal Fede-
da, foram-me conclusos os autos pa- com caráter de permanência, é asse- ral, no RE 108.726-9/ PR, definiu quie
ra decisão. gurado às autoridades de qualquer das o éter e acetona, são considerados
matérias-primas. Quando é certo, que
jurisdições, em cujo território se ma-
a exemplo do ácido sulfúrico e da
nifestou a atividade delituosa do agen-
RELATEI amônea, também a acetona não está
te, o poder de processá-lo e julgá-lo,
firmando, concretamente, pela pre- relacionada na Portaria referenciada.
DECIDO:
venção, a competência do Juiz de E, é sabido, que referidas substâncias
qualquer dessas jurisdições, que tiver, químicas, são costumeiramente usadas
Trata-se de crime capitulado no ar-
primeiro, tomado conhecimento do na preparação da cocaína. Nesse ca-
tigo 12, parágrafo 1?, inciso I da Lei
caso, mesmo antes de ser instauradda so, deve-se pesquisar, a finalidade do
6.368176 e segundo infere-se da de- uso da substância pelo agente. Fican-
a ação penal." IN Código de Proces-
núncia o acusado adquiriu e transpor- do comprovado que seria usada na
so Penal Brasileiro Anotado, vol. li,
tou de São Paulo, até Cácere/ MT, on- preparação do tóxico, estaria, desta
págs. 103.
de foram apreendidos 15 (quinze) tam- forma caracterizado o ilícito penal, is-
bores, contendo ácido sulfúrico e 15 Desta forma e arrimado nos ensina- to porque, é o uso da substância quí-
(quinze) tambores de amônea, todos
mentos doutrinários citados, para mica, para o preparo e obtenção da
com capacidade unitária de 200 (du-
afastando a postulação da defesa, cocaína, que qualifica a antijuricida-
zentos) litros cada. ainda, segundo quanto a incompetência ratione loci, de do comportamento do agente. Nes-
consta, tais substâncias químicas, se-
para entender confirmada a compe- se sentido, ensina VICENTE GRECO
riam transportadas para a Bolívia, on- FILHO: "O dolo é genérico, basta
têncioa jurisdicional deste Juízo, pa-
de seriam usadas, no preparo da co- que o agente tenha vontade livre e
ra conhecer do feito.
caína, substância entorpecente, causa- consciência de praticar uma das ações
dora de dependência física ou previstas, sabendo qe a matéria-prima
psíquica. Quer o defendente, a declaração de tem condições de ser usada na prepa-
imprestabilidade do Laudo de Perícia ração de entorpecentes. É irrelevante
Nos autos, ficou pacificamente Técnica, por entender defeituosa, re- a circunstância de destinar o agente a
comprovado e aceito pelas partes, a ferida peça, ante o fato de que um dos matéria-prima para comércio ou pre-
aquisição dos produtos químicos pe- peritos, não tem habilitação técnico- paração caseira com o fim de uso ilí-
lo acusado e seu transporte da cidade científico e que além disso, não indi- cito."
de São Paulo, local da aquisição, pas- caram, quais as reações químicas efe-
sando por Cuiabá, até Cáceres, onde tuaram para obtenção da qualificação IN TÓXICOS Prevenção-
foram finalmente apreendidos, pela da substância química . Em que pese Repressão. fls. 96.
Polícia Federal. alguma possível falha técnica, os lau-
dos periciais, como elaborados, não se Na espécie, qualquer discussão em
Entendendo o ilustre representante resentem de nenhuma mácula, que ve- torno da possibilidade de livre expor-
do Ministério Público , estar devida- nha a torná-los imprestáveis para a fi- tação do produto químico e da inten-
mente comprovada a denúncia é pri- nalidade requerida; haja visto que ne- ção do réu em regularizar a exporta-
mordial, antes de adentrarmos as de- nhuma dúvida existe, no tocante a
mais questões de mérito, examinarmos qualidade da substância química
50
jRENTACARj

FAÇA
AQUI SUA
RESERVA

,
DISKGRATIS
(011) 800-31 06
CENTRAL NACIONAL/INTERNACIONAL
DE RESERVAS
51
... nha ROBERTO ALVES DE ALEN- nhuma comprovação nos autos. Pelo
CASTRO, as fls. 160, no qual infor- contrário, as Notas Fiscais de fls.
ção, é m,atéria ociosa à questão em ma ser o réu cliente de sua empresa, 28/29, referente às mercadorias, fo-
julgamento. Dúvidas não há de que a usando-a para a regularização da ex- ram tiradas em nome de firma comer-
finalidade e uso da substância apreen- portação de mercadorias para a Bolí- cial desta Capital, nominada Edrimar-
dida, seria a obtenção da cocaína. Nos via e que, num pequeno espaço de 30 Alecanstro Ribeiro Ltda, nada indi-
autos, está evidenciado que o réu, (trinta) dias, promoveu o réu, por 03 cando que seriam usadas por indús-
usando a qualidade de turista, (fato ir- (três) vezes separadamente, a exporta- trias legalizadas; a não ser se conside-
relevante neste julgamento), para em ção de produtos químicos para a Bo- rarmos o fato de que a indústria de
constantes incursões no território na- lívia; todos eles, sintomaticamente, produção da cocaína, ser praticamente
cional, adquirir e transportar para a usados no preparo e obtenção da co- legalizada na Bolívia; onde sua produ-
Bolívia, substâncias químicas, todas caína. A alegação do acusado, de que
usadas no preparo de cocaína. Nesse tais produtos, seriam usados na indús-
sentido, ver o depoimento da testemu- tria, hospitais, etc .. . não encontra ne-

Relação de Representantes
Regionais da ADPF
SR/AC - Renylde da Rocha Braga
RR/SUBST - Ildor Reni Graebner
SR/ AL - Oscar Camargo Costa Filho
RR/SUBST - Marco Antonio Maia Louzada
SR/AM-
RR/SUBST-
SR/ BA - Jamil de Souza Oliveira
RR/SUBST-
AZER
SR/CE - Edgard Marçal de Barros
RR/ASUBST- OANO
SR/ ES - Presciliano Carlos do Amaral
RR/SUBST - Eldi Lopes de Faria
SR/ GO - Maria Lúcia Costa Ribeiro Pacheco
INTEIRO
SUBST-
SR/MA - Manoel Trajano Rodrigues Dualibe
SUBST-
SR/MG - Antonio Geraldo Mendes
SUBST-
SR/MS - Erivaldo Elias
SUBST-
SR/MT - Elton da Silva Jacques
SUBST-
SR/PA - Milton Souza Figueiredo
SUBST-
SR/PB - Magnaldo José Nicolau da Costa
SUBST-
SR/PE - Joel Cavalcante de Melo
SUBST-
SR/PI - Jonas Viana Duarte
SUBST -
SR/PR - Luiz Glicério Silveira Ferrari
SUBST-
SR/RJ - Eziel F erre ira Santos
SUBST -
SR/RN - Hider Antunes Silva
SUBST-
SR/RO - Udson de Alvarenga Morais
SUBST-
SR/RS - Jaber Makul Hanna Saadi
SUBST-
SR/SC - Lauro José Viana Santos
SUBST-
SR/SE - Francisco Osmar Santos
SUBST-
SR/SP - Reinaldo Sposito
SUBST - Jair Barbosa Martins
A.N.P - Gilson José Ribeiro Campos
SR/DF - Ênio Sibidal Camargo de Freitas
52
A moda desembarca
na antiga rodoviária

Fashion
Center
Luz
O Centrão da Moda

Praça Júlio Prestes, 29 a 137 - Luz


São Paulo - Brasil
cidiu que: "CRIME CONTRA A Robore, 44 - St~ Rosita/Bolívia,
SAÚDE PÚBLICA - Guarda de dando-o como incurso nas sanções do
ção é livre e o combate se faz, mera- substância destinada ao preparo de en- artigo 12, § 1?, inciso I da lei 6.368176
mente pro-forma, quando pressiona- torpecente - Acetona e éter sulfúri- e atendo as disposições do artigo 59
da por organismos internacionais de co para fabrico de cocaína - Ausên- do Código Penal, CONDENO-O ao
c;ombate ao tráfico de entorpecentes. cia de prova de sua procedência e to- cumprimento de 08 (oito) anos de re~
tal inexplicabilidade quanto a sua des- clusão, em regime semi-aberto, além
Assim, tudo evidencia, que as mer-
tinação - Substâncias consideradas de multa de 20b (dzentos) dias-multa,
cadorias apreendidas em poder do réu,
matéria-prima do tóxico - Tipicida- no valor de Cz$ 150,00 (cento e cin-
seriam fornecidas na Bolívia à Labo-
de - Condenação mantida - Inteli- quenta cruzados) cada o que equivale
ratórios clandestinos produtores de
gência dos artigos 12, 4 1?, I e 13 da a um total de Cz$ 30,000,00 (trinta mil
cocaína. Esse raciocínio é facilmente
Lei 6.368/76. cruzados) além das custas de proces-
confirmado, se examinarrr.os o bole-
tim individual da vida pregressa do so. Não havendo circunstâncias que
Por último, tenho a considerar, que aumentem ou diminuam a pena acima
acusado, as fls. 21 e seguintes, quan- a quantidade expressiva do produto
do o mesmo se qualifica, como moto- aplicada, torno-a definitiva.
químico apreendido em poder do acu-
rista, com o salário mensal de apenas sadoi, indica o dolo reprovável de seu Recomende-se o réu na prisão on-
200 pesos bolivianos, estando inclusi- comportamento, mesmo consideran- de encontra-se. Transitada em julga-
ve desempregado há um ano. Ora, do que é tecnicamente primário; isto do, expeça-se carta de guia,
uma pessoa nestas condições, dificil- é, não se tem notícia de nenhuma con- encaminhando-a ao Juízo das Execu-
mente poderia, fazer turismo, com denação anterior pelo mesmo fato, em ções Penais, para cumprimento.
tanta freqüência, como o acusado, in- território brasileiro. Lance-se o seu nome no rol dos cul-
clusive de avião conforme se verifica
pados. Anote-$e.
pela ficha de fls. 67, a não ser que es- ISTO POSTO, e considerando tu- P.R.I.C.
tivesse o serviço do tráfico internacio- do o que destes autos constam, julgo
nal de drogas, comércio altamente procedente a denúncia contra ERNES- Cuiabá, 04 de Novembro de 1967
rendoso, como se sabe. Tudo indica TO LEYGUE CESPEDES, vulgo Dr. Francisco Ferreira Barbosa
nestes autos, não ser o réu simples tu- "Pitin", de nacionalidade boliviana, Juiz de Direito
rista, mas contumaz traficante de en- natural de San Ignácio s.c., nascido
torpecentes, entre Brasil e Bolívia. em 28 de Maio de 1944, filho de Er-


Em caso assemelhado, o Tribunal nesto Leygue Homen e de Socia Ces-
de Justiça do Estado do Paraná, de- pedes Roja, motorista, residente à R.

54
Os hábitos e costumes da sociedade mudam com o tempo,
porém a necessidade de justiça é intrfnseca ao homem.
Que a inspiração Divina esteja presente naqueles que,
tão arduamente, carregam o peso de administrá-la.
Paz, Alegria e Felicidade.
Esses são os frutos que o Brasil precisa.
Um Natal a cada dia.

DISSENHA
INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Há mais de 40 anos
produzindo compensados,
formas de concreto,
serrados, sarrafeados e portas,
de alta qualidade,
para o BrasiI e exterior.

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Rio de Janeiro: R. 7 de Março, 384 - Bonsucesso - Tels. :
(021) 260-3540 e 280-1346- CE P. 21040

_f
55
ELEIÇÃO PARA O
CONSELHO DIRETOR
. E CONSELHO FISCAL

BIÊNIO 1989/1991

1)Pelo presente, ficam os senhores DELEGADOS DE


POLÍCIA FEDERAL, ASSOCIADOS da ADPF, con-
vocados para as eleições que elegerão o Conselho
Diretor e o Conselho Fiscal desta Associação, para
o 7. (sétimo) Biênio (1989 / 1991).
0

2)A Mesa Eleitoral com antecedência mínima de 15


(quinze) dias, remeterá o material e as instruções
destinadas à eleição aos Representantes Re-
gionais.
3)As eleições realizar-se-ão no dia 22 de novembro
de 1988 (terça-feira), na sede da Associação e nas
Representações Regionais, no horário de 14:00
às 20:00 horas .
4)0s pedidos de registro das chapas de candidatos
deverão ser encaminhados à sede da ADPF, até
às 18:00 horas do dia 31 de outubro do corrente
ano, irrevogáveis, acompanhados de declaração
expressa de assentimento de todos os indicados.

Brasília (DF), 15 de setembro de 1988.

WALTER DE CARVALHO SOARES


Presidente da Mesa Eleitoral/ ADPF


56
A Varig foi criada para servir. Ela tomará parte em todos os progressos
na estrada ao grande futuro do País, nas recompensas alcançadas,
levando com dignidade o pavilhão nacional para muito além de nossas
fronteiras . Tenho inteira convicção de que a Varig, graças ao alto
espírito de responsabilidade do seu elemento humano, saberá caminhar
sempre pela trilha do progresso.
Otto Emst Meyer
Fundador da Varig

A significativa evolução da Varig só foi possível graças ao empenho


de milhares de homens e mulheres que se dedicaram à concretização do
idealismo de Otto Emst Meyer e de seus outros três presidentes:
Ruben Berta, Erik de Carvalho e Hany Schuetz. Esse empenho hoje está
espelhado nos 22 mil homens e mulheres que dão continuidade à obra,
mantendo viva a predestinação histórica da empresa.
Graças à colaboração desses funcionários, ao apoio irrestrito
das autoridades, à participação inconteste dos Agentes de Viagens e,
pnncipalmente, à preferência dos nossos milhões e milhões de passageiros,
hoje podemos dizer que a Varig vem cumprindo seu maior compromisso,
ostentando a nossa bandeira com orgulho de ser brasileira, ajudando a colocar
nosso país na sua justa e merecida posição de Nação competente e competitiva.
Em 1987, ao completar 60 anos, a Varig dá início aos próximos 60, com a
mesma convicção que a tomou uma das maiores empresas aéreas do mundo,
com o mesmo vigor e idealismo que marcaram sua fundação .
HelioSmidt
Diretor Presidente

VARIG
57
Aos leitores
A ASSOCIAÇÃO DOS DELEGADOS DE POLÍ-
CIA FEDERAL - ADPF é uma sociedade civil, com
personalidade jurídica de direito privado, com sede em
Brasília- Distrito Federal, de âmbito nacional, de dura-
ção indetenninada, de caráter eminentemente assistencial,
cultural e representativo de classe, sem visar obtenção de
lucros.
A ADPF não é uma entidade de caráter político-parti-
dário ou de sectarismo religioso.
A REVISTA ADPF, órgão oficial da Associação, é
uma publicação cultural, de nível internacional, é mídia
gráfica perpétua com tiragem crescente em edições cole-
cionadas e encadernadas. Representa alto retorno em mí-
dias gráficas dirigidas, pois detém uma faixa nobre de
um mercado super selecionado, privilegiado em seu po-
der aquisitivo, nas mãos dos homens de força de decisão.
A REVISTA ADPF será editada trimestralmente e en-
viada por mala direta para todo Brasil, gratuitamente, de
acordo com a seguinte circulação: Palácio do Planalto,
Ministérios, Governos Estaduais e Secretarias, Autar-
quias, Ordem dos Advogados do Brasil, Associações Ju-
rídicas Federais, Estaduais e Municipais, Faculdades de
Direito, Autoridades Civis e Militares~ Juízes, Promoto-
res, Advogados, Adepol, Associações de Classe, Indús-
tria e Comércio, Bancos e Agro-Pecuárias.
Para consecução de nossos objetivos, representados
pela ampla divulgação de nossa associação em todos os
setores do país, contamos com seu apoio decisivo, apre-
sentando sugestões e críticas para bem informar a todos
aqueles que nos prestigiam.

Os Editores

58
APROVADO
l 1 1 j

Associação
Brasileira de
Odontologia
t t 1

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