(19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE IME 2012 – MATEMÁTICA – DISCURSIVAS

MATEMÁTICA Resolução
A figura a seguir representa a situação descrita:
QUESTÃO 01
O segundo, o sétimo e o vigésimo sétimo termos de uma Progressão C
Aritmética (PA) de números inteiros, de razão r, formam, nesta ordem,
105°
uma Progressão Geométrica (PG), de razão q, com q e r ∈ ∗
(natural diferente de zero). Determine:
a) o menor valor possível para a razão r ;
b) o valor do décimo oitavo termo da PA, para a condição do item a. α β
A B
Resolução
a) Sendo ( a1, a2 , a3 , …) a progressão aritmética, sabe-se que os a) Para cos x ≠ 0 , podemos trabalhar com a equação, e passo a
termos a2 , a7 e a27 formam, nessa ordem, uma progressão passo, temos:
geométrica. Assim:
a7 2 = a2 ⋅ a27 ⇔ ( a1 + 6r ) = ( a1 + r ) ⋅ ( a1 + 26r ) ⇔
2
3 sec x + m ( 3 cos x − 3sen x ) = 3cos x + 3 sen x ⇔
3
a + 12a1r + 36r = a + 27a1r + 26r ⇔ 2r = 3a1r m ( 3 cos x − 3 sen x ) = 3cos x −
2 2 2 2 2
1 1 + 3 sen x ⇔
cos x
Como r ≠ 0 , segue que:
3 ⋅ ( cos x − 1)
2

2r 2 = 3a1r ⇔ 2r = 3a1 m ( 3 cos x − 3 sen x ) = + 3 sen x ⇔

cos x
Como tanto a1 quanto r devem ser números inteiros, com r positivo, os
−3 sen2 x
menores valores que satisfazem a expressão acima são: m ( 3 cos x − 3 sen x ) = + 3 sen x ⇔
cos x
⎧r = 3 sen x
⎨ m ( 3 cos x − 3 sen x ) = ( 3 cos x − 3 sen x ) ⇔
⎩a1 = 2 cos x
Assim, o menor valor possível para r é r = 3 . ⎛ sen x ⎞
⎜ − m ⎟ ( 3 cos x − 3 sen x ) = 0
b) Temos que: ⎝ cos x ⎠
a18 = a1 + 17r = 2 + 17 ⋅ 3 ⇔ a18 = 53 Para que a expressão acima seja verdadeira, então necessariamente
3
QUESTÃO 02 tg x = m ou tg x = ⇔
3
Os números reais positivos x1, x2 e x3 são raízes da equação
x = arctg(m ) + k ⋅ 180° ou x = 30° + k ⋅ 180° , com k ∈
b
x 3 − ax 2 = a b − x , sendo b ∈ IN (natural), a ∈ IR (real) e a ≠ 1.
2 b) Para que tenhamos as raízes da equação acima como os ângulos
Determine, em função de a e b, o valor de internos do triângulo dado, um dos ângulos internos deve ser igual a
b
30°, de acordo com a resolução do item anterior (o único valor entre 0°
loga ⎡ x1x2 x3 ( x1 + x2 + x3 ) 1 2 3 ⎤ .
x 2+x 2
+x 2

⎢⎣ ⎥⎦ e 180° que satisfaz x = 30° + k ⋅ 180° ).

Resolução Fazendo, por exemplo α = 30° , segue que o outro ângulo deve ser:
Por hipótese, a equação dada pode ser escrita como
b
x 3 − ax 2 + x − a b = 0. β = 180° − (105° + 30° ) = 45°
2
As relações de Girard para essa equação são: Assim:
⎧ x1 + x2 + x3 = a
⎪ 45° = arctg(m ) ⇔ m = tg45° ⇔ m = 1
⎪ b
⎨ x1x2 + x1x3 + x2 x3 = .
⎪ 2
⎪⎩ x1x2 x3 = a b QUESTÃO 04
Seja E o valor do logaritmo dado, então: Seja o número complexo Z = a + bi, com a e b ∈ IR (real) e i = −1 .
b ⎧⎪a3 = 3(1 + ab 2 )
E = loga ⎡ x1x2 x3 ( x1 + x2 + x3 ) ⎤ ⇒
x12 + x22 + x32
Determine o módulo de Z sabendo que ⎨ 3 .
⎣⎢ ⎦⎥ ⎪⎩b = 3(a b − 1)
2

E = b ⋅ ⎡⎣loga x1x2 x3 + ( x12 + x2 2 + x3 2 ) ⋅ loga ( x1 + x2 + x3 ) ⎤⎦ Resolução

Olhando para o sistema em a e b, temos:
Precisamos obter x + x2 + x3 .
2 2 2

⎪⎧a = 3(1 + ab ) ⎧⎪ a3 − 3ab 2 = 3

1 3 2

Usando a igualdade: ⎨ 3 ⇔⎨ 3
⎩⎪b − 3a b = −3
2
⎪⎩b = 3(a b − 1)
2

( x1 + x2 + x3 )
2
= x12 + x22 + x3 2 + 2( x1x2 + x1x3 + x2 x3 )
Tomando então o número complexo Z = a + bi e o elevando ao cubo
e as relações de Girard acima, concluímos que x12 + x22 + x3 2 = a 2 − b .
temos Z 3 = ( a + bi ) = a3 − 3ab 2 + i ( 3a 2b − b3 ) .
3

Portanto,
Substituindo os valores obtidos no sistema, temos que
E = b ⋅ ⎡⎣loga x1x2 x3 + ( x12 + x2 2 + x3 2 ) ⋅ loga ( x1 + x2 + x3 ) ⎤⎦ ⇒
( a + bi )
3
= 3 + 3i .
E = b ⋅ ⎡⎣loga a b + ( a 2 − b ) ⋅ loga a ⎤⎦ = b ( b + a 2 − b ) = a 2b .
Portanto, o módulo de Z3 é Z 3 = 32 + 32 = 18 , e, finalmente:
QUESTÃO 03 3
Z = 18 ⇔ Z = 6 18
Os ângulos de um triângulo obtusângulo são 105º, α e β. Sabendo que
m ∈ (real), determine:
a) as raízes da equação QUESTÃO 05
Uma pirâmide regular triangular apresenta um volume V. Determine o
raio da circunferência circunscrita a uma das faces laterais da pirâmide
3 sec x + m ( 3 cos x − 3sen x ) = 3cos x + 3 sen x , em função de V, sabendo que o ângulo do vértice vale 30°.

em função de m;
b) o valor de m para que α e β sejam raízes dessa equação.

1
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Resolução Resolução
Seja a pirâmide ABCD abaixo, como especificado no enunciado: Por hipótese, podemos montar a seguinte figura:
D

M
30° e
L

F 30º
L F’
h L
N 60º
C
l p
l
2 V
H
A
l 30º
2
l P
R Q d
B
Seja a face formada pelo ΔABD na figura anterior e R o raio da
Definindo o parâmetro da parábola como sendo a distância entre o
circunferência circunscrita solicitado:
Foco (F) e a reta diretriz d, temos três triângulos retângulos:
A ΔMFF’, ΔMRQ e ΔFRP.
Pelo Teorema dos Senos, temos: Por trigonometria no triângulo ΔFRP, temos:
30º p
sen 30o = ⇔ FR = 2 p e por Pitágoras, PR = 3 p
l FR
L L = 2R ⇒ 2l = 2R ⇒ l = R (1)
sen30º Como o quadrilátero PQF’F é um retângulo, FP = F ' Q = p .
Da definição da parábola, MQ = FM (a distância de um ponto
R qualquer da parábola ao foco é igual à distância deste mesmo ponto à
reta diretriz).
B l D
Chamando FM = x , temos que MQ = MF `+QF `= x ⇔ MF `= x − p .
No ΔMFF’, temos:
Da primeira figura e da equação (1), temos que MF ' x − p 1
1. sen 30o = = = ⇔ x = 2 p , logo MQ = 2 p .
1 1 l2 3 12V MF x 2
V = ⋅ AB h = ⋅ ⋅h ⇒ h = 2
3 3 4 R 3 2. Por pitágoras, FF `= 3 p , logo PQ = 3 p .
Além disso, pelo teorema dos cossenos no triângulo ABD:
Portanto, o perímetro do triângulo MQR é:
l 2 = L2 + L2 − 2 ⋅ L ⋅ L ⋅ cos30º ⇒ R 2 = 2L2 − 2 L2 ⋅
2
3
⇒ R 2 = L2 2 − 3 ⇒ ( ) MQ + MR + QR = 2 p + 4 p + 2 3 p = 2 3 + 3 p ( )
( )
2 QUESTÃO 07
R
⇒ L2 = ⇒ L2 = R 2 2 + 3 Sejam r e s ∈ Z (inteiro). Prove que (2r + 3s) é múltiplo de 17 se e
2− 3
somente se (9r + 5s) é múltiplo de 17.
2 l 3 l 3 Resolução
Agora, sabendo que AH = ⋅ = , temos, no triângulo ADH,
3 2 3 Por hipótese, temos que 17 17r + 17s ,∀r ,s ∈ .
que
2
Provando a ida:
⎛l 3⎞ Se 17 2r + 3s então 17 4 ⋅ ( 2r + 3s ) , ou seja, 17 8r + 12s .
AH 2 + HD 2 = AD 2 ⇒ ⎜ + h 2 = L2 ⇒
⎜ 3 ⎟⎟
⎝ ⎠ Como 17 divide 17r + 17s e divide 8r + 12s, então 17 divide a
R 2 144 ⋅ V 2 subtração deles. Logo, 17 divide 17r + 17s – (8r + 12s) = 9r + 5s.
⇒
3
+
3 ⋅ R4
=R 2+ 3
2
( )
Provando a volta:
Multiplicando os dois lados por 3 ⋅ R : 4
Se 17 divide 17r + 17s e divide 9r + 5s, então 17 divide a subtração
R 6 + 144 ⋅ V 2 = 3R 6 2 + 3 ⇒ ( ) deles.
Assim, 17 divide 17r + 17s – (9r + 5s) = 8r + 12s.
6
(
⇒ R ⋅ 3 3 + 5 = 144 ⋅ V ⇒ ) 2
Portanto, temos: 17 8r + 12s ⇒ 17 4 ( 2r + 3s ) .

144 ⋅ V 2 144 ⋅ V ⋅ 3 3 − 5
2
( ) = 72 ⋅V Como 17 é um número primo, e divide um produto, então 17 divide
⇒ R6 = = 2
(
⋅ 3 3 −5 ⇒ )
(3 3 +5 ) 2
algum fator desse produto (podendo ser os dois fatores). Como 17 não
divide 4, então 17 divide 2r + 3s, o que prova a volta.

⇒ R = 6 72 ⋅ V 2 ⋅ 3 3 − 5 ( ) Assim fica demonstrado que 17 2r + 3s ⇔ 17 9r + 5s ,∀r ,s ∈ .

QUESTÃO 06 QUESTÃO 08
É dada uma parábola de parâmetro p. Traça-se a corda focal MN, que Calcule as raízes de f ( x ) em função de a, b e c, sendo a, b, c e
possui uma inclinação de 60° em relação ao eixo de simetria da x ∈ (real) e
parábola. A projeção do ponto M sobre a diretriz é o ponto Q, e o
prolongamento da corda MN intercepta a diretriz no ponto R.
x a b c
Determine o perímetro do triângulo MQR em função de p, sabendo
que N encontra-se no interior do segmento MR. a x c b
f (x) = .
b c x a
c b a x

2
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Resolução
Pelo teorema de Jacobi, fazendo a primeira linha receber a soma das
outras três linhas:
x a b c
a x c b
f (x) = ⇔
b c x a
c b a x
x +a+b+c x+a+b+c x+a+b+c x+a+b+c
a x c b
f (x) = ⇔
b c x a
c b a x
1 1 1 1
a x c b
f (x) = (x + a + b + c)⋅
b c x a
c b a x b) Por hipótese, as retas que passam por P(2,3) têm equações da
forma: ( r ) ( y − 2 ) = m ( x − 3 ) .
Pela regra de Chió, aplicada ao elemento a11: Podemos montar o gráfico a seguir:
x −a c −a b−a
( ) ( )
f x = x+a+b+c ⋅ c−b x−b a−b
b−c a−c x −c

Pelo teorema de Jacobi, somando a segunda linha na primeira:

x −a−b+c x −a−b+c 0
f (x) = (x + a + b + c) ⋅ c−b x −b a−b ⇔
b−c a−c x −c
1 1 0
f (x) = (x + a + b + c) ⋅(x − a − b + c) ⋅ c − b x − b a − b
b−c a−c x −c

Pela regra de Chió, aplicada ao elemento a11:

f (x) = (x + a + b + c) ⋅(x − a − b + c)⋅
Pelo teorema de Jacobi, somando a segunda linha na primeira:
x +a−b−c x +a−b−c
f (x) = (x + a + b + c) ⋅(x − a − b + c)⋅
a−b x −c
x −c a−b
a−b x −c
Assim, temos as seguintes situações:
1. Os pontos A e B pertencem às retas da cônica e à reta dada, ou
seja: A = r ∩ t2 e B = r ∩ t1 .
⇔
Resolvendo os sistemas para obter cada ponto, temos:

f (x) = (x + a + b + c) ⋅(x − a − b + c)⋅(x + a − b − c)⋅

1 1
⇔ A=⎜
⎛
2m − 3 ( 2m − 3) . − 2 − 1 ⎟
,
⎞ ⎛
e B=⎜
(
2m − 3 ( 2m − 3) . 2 − 1
,
) ( ) ⎞⎟ ;
a−b x −c ⎜ m + 1+ 2 m + 1+ 2 ⎟ ⎜ m + 1− 2 m + 1− 2 ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
f (x) = (x + a + b + c) ⋅ (x − a − b + c) ⋅ (x + a − b − c) ⋅ (x − a + b − c)
Assim:
2. Calculando as distâncias PA e PB , temos:
f (x) = 0 ⇔
( ) ( −5 − 2 2) + m ( −5 − 2 2)
2 2 2
(x + a + b + c) ⋅(x − a − b + c) ⋅ (x + a − b − c) ⋅ (x − a + b − c) = 0 ⇔ ⎛ 2m − 3 ⎞
2 ⎛
( 2m− 3). − 2 −1 ⎞⎟ 2

PA = ⎜ − 2⎟ + ⎜ −3 =
x = − ( a + b + c ) ou x = a + b − c ou x = −a + b + c ou x = a − b + c ⎜ ⎟
( m+1+ 2)
2
⎝ m +1+ 2 ⎠ m +1+ 2
⎝ ⎠

( m +1) (5 + 2 2)
QUESTÃO 09
( m +1)
2
2 2
Considere uma reta r que passa pelo ponto P(2,3). A reta r intercepta
⇒ PA = ⇒ PA = 5 + 2 2 ( ) .
a curva x2 – 2xy – y2 = 0 nos pontos A e B. Determine:
( m+1+ 2) ( m+1+ 2)
2 2

a) o lugar geométrico definido pela curva;

b) a(s) possível(is) equação(ões) da reta r, sabendo que PA.PB = 17 .
( ) ( −5 + 2 2) + m ( −5 + 2 2)
2 2 2

⎛ 2m − 3 ⎞
2 ⎛
( 2m− 3). 2 −1 ⎞⎟ 2

PB = ⎜ − 2⎟ + ⎜ −3 =
⎜ ⎟
( m+1− 2)
Resolução 2
⎝ m +1− 2 ⎠ m +1− 2
a) Podemos reescrever a cônica dada na forma x 2 − 2 xy − y 2 = 0 ⇔ ⎝ ⎠

( ) ( m +1) (5 − 2 2) ( m +1)
2 2
x 2 − 2 xy + y 2 = 2y 2 ⇔ ( x − y ) =
2 2 2
2y .
⇒ PB = ⇒ PB = 5 − 2 2 ( ) .
( m+1− 2) ( m+1− 2)
2 2
Assim, temos duas possibilidades:
⎧ x − y = 2y ⎧ (t ) y = 2 − 1 x
⎪ 1
( ) Multiplicando as distâncias, temos:
⎪
( ) ⎪
2
( x − y ) = 2y ⇔ ⎨
2
ou ⇔⎨ ou .
( m +1) 2
( m +1) 2
⎪
− = − 2
⎪
⎪⎩(t 2 ) y = − 2 − 1 x ( ) (
PA⋅ PB = 5 + 2 2 ) (
⋅ 5−2 2 )
⎩
( m+1+ 2) ( m+1− 2)
x y y 2 2

Logo, o lugar geométrico descrito pela curva é o conjunto formado por

(m + 1)
2
duas retas perpendiculares representadas no gráfico a seguir ( t1 ∪ t 2 ): 2

PA ⋅ PB = 17 .
(m + 2m − 1)
2
2

3
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Como PA ⋅ PB = 17 , temos: Temos então três casos:

⎧ m2 + 2m −1= 1+ m2 1) Escolhem-se três vértices na mesma face.
(1+ m )
2
2
⎪ 1 1 1
( ) ( )
2 2
17 = 17 ⇔ m2 + 2m −1 = 1+ m2 ⇔⎨ ou
( m + 2m −1)
2
2
⎪m2 + 2m −1= −1− m2 Usando A, B e C temos 1 1 −1 = 4 . Note que, trocando duas
⎩ −1 1 −1
Portanto, as soluções das equações são:
linhas desse determinante de lugar então obtemos o valor -4, de modo
⎧ m2 + 2m −1= 1+ m2 ⇔ 2m = 2 ⇔ m = 1 que escolhendo três vértices distintos então os possíveis valores para
⎪
⎨ ou . o determinante são 4 e -4. Note que rotacionando o sólido formado
⎪m2 + 2m −1= −1− m2 ⇔ 2m2 + 2m = 0 ⇔ m = 0 ou m = −1 usando os vértices A, B e C obtemos os sólidos formados por ABD,
⎩ ACD, BCD etc.
Substituindo os possíveis valores de m encontrados na equação 2) Escolhem-se exatamente dois vértices na mesma face
( r ) ( y − 2 ) = m ( x − 3 ) , obtemos as seguintes retas: Caso dois sejam colineares com a origem ou então os três vértices
m=0 ⇒ y = 3; escolhidos sejam coplanares com a origem não teremos um sólido
formado e sim uma figura plana. Nesse caso o volume será nulo, de
m = 1 ⇒ y = x + 1; modo que o determinante será zero.
m = −1 ⇒ y = − x + 5. Caso as situações anteriores não ocorram, os possíveis valores do
Como a equação ( r ) ( y − 2 ) = m ( x − 3 ) não cobre o caso da reta determinante serão 4 e -4. De fato, os possíveis sólidos seriam
formados por rotações do sólido determinado por ACE, cujo
perpendicular ao eixo das abscissas que passa por P, verifiquemos se
1 1 1
a equação x = 2 atende às condições do enunciado:
determinante é −1 1 −1 = 4 . Novamente, trocando duas linhas
PA = y P − y A ⇒ PA = 3 − ( 2 − 1) ( 2) ⇒ PA = 5 − 2 2 . −1 −1 1
PB = y P − y B ⇒ PB = 3 − ( − 2 − 1) ( 2 ) ⇒ PB = 5 + 2 2 . desse determinante de lugar, seu valor muda de sinal, de modo que
obtemos assim o valor -4.
Calculando o produto PA ⋅ PB , temos: Observe que se um mesmo vértice é escolhido duas ou três vezes
(
PA ⋅ PB = 5 − 2 2 ⋅ 5 + 2 2 )( ) ⇒ PA ⋅ PB = 17 , portanto x=2 então o determinante é nulo, uma vez que será formado por duas ou
três linhas que são iguais. Esses casos não foram considerados
também é uma equação possível para r. Logo, as equações possíveis anteriormente porque não geravam sólidos. Desse modo, segue que
para r são: os determinantes têm apenas valores iguais a -4, 0 ou 4, de modo que
x = 2 , y = 3 , y = x + 1 ou y = − x + 5 . o maior valor do determinante é 4.
b) O total de modos que temos para escolher os três pontos e
QUESTÃO 10 consequentemente as três linhas do determinante é dado por
Os nove elementos de uma matriz M quadrada de ordem 3 são 83 = 512 modos. Os casos do determinante nulo são:
preenchidos aleatoriamente com os números 1 ou –1, com a mesma 1) os três vértices escolhidos são iguais: 8 possibilidades.
probabilidade de ocorrência. Determine: 2) dois vértices escolhidos são iguais e um é diferente: nesse caso
a) o maior valor possível para o determinante de M; temos um total de 8 x 7 x 3 = 168 possibilidades.
b) a probabilidade de que o determinante de M tenha este valor 3) os três vértices escolhidos são diferentes: nesse caso o
máximo. determinante será nulo se dois vértices forem colineares com a
Resolução
a) Considere (x;y;z) uma terna ordenada cujas coordenadas valem -1 ⎛ 4⎞
origem, o que é dado por 6 x ⎜ ⎟ x 3! = 144 .
ou 1. Temos 2 x 2 x 2 = 8 pontos possíveis em 3 que satisfazem tal ⎝3⎠
condição. Observe que a representação desses pontos num sistema Assim, o total de casos com determinante nulo é 8 + 168 + 144 = 320.
de coordenadas cartesianas é um cubo cujo centro é a origem. Temos então que 512 – 320 = 192 casos têm determinante igual a
192
C (-1;1;-1) B (1;1;-1)
±4 , donde segue que = 96 tem determinante igual a 4. Assim, a
2
96 3
D (-1;1;1) A (1;1;1)
probabilidade do determinante ser máximo é dada por = .
512 16

H (-1;-1;-1) G (1;-1;-1)

Equipe desta resolução

E (-1;-1;1) F (1;-1;1)

A partir do produto vetorial misto, sabemos que se ( x1, y1, z1 ) , Matemática

Darcy Gabriel Augusto de Camargo Cunha
( x2 , y 2 , z2 ) e ( x3 , y 3 , z3 ) são vetores então o módulo do determinante
Felipe Mascagna Bittencourt Lima
x1 y1 z1 Rafael da Gama Cavallari
x2 y2 z2 representa o volume do paralelepípedo determinado por Rodrigo do Carmo Silva
x3 y3 z3
tais vetores. Revisão
Eliel Barbosa da Silva
Fabiano Gonçalves Lopes
Marcelo Duarte Rodrigues Cecchino Zabani
Vagner Figueira de Faria

Com isso, segue que, escolhendo os vértices do cubo, não Digitação, Diagramação e Publicação
precisamos analisar todos os casos, uma vez que todas as possíveis Edson Vilela Gadbem
rotações destes vértices em torno da origem irão produzir sólidos Guilherme Magalhães Itacarambi Peneluppi
semelhantes, portanto com mesmo volume e, consequentemente, os
módulos dos determinantes destes casos serão os mesmos.