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CAMPUS MACAÉ
NA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO
Macaé
2011
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NA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO
Macaé
2011
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NA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO
COMISSÃO EXAMINADORA
_______________________________________________________________
Prof. M. Sc. André Aleixo Manzela (Orientador - Unesa)
_______________________________________________________________
Prof.: Marcelo Abrahão de Mattos (Unesa)
_______________________________________________________________
Prof.: Tatiane de Almeida Fortini Britto (Unesa)
Macaé
2011
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RESUMO
ABSTRACT
Dynamic at petroleum engineering runs too fast, and it requires appropriated technology
to optimize the available resources to provide the best economic return on oil
exploration and production in this context. Nitrogen is an important element in the
petroleum industry, specially on oil production. Gaseous nitrogen is used on oil field rigs
and it has divers aims. One of the advantages of the use of this gas is that it is free from
the corrosion factor. However high purity is only possible with the nitrogen supplied from
its liquid condition. Nitrogen Generating Units, also known as membranes, are able to
separate the air, keeping only the nitrogen with 95% purity minimum. Once the air is the
input, the operation costs are low and it has good efficiency, for it can be used
ininterruptely. This project has the purpose to analyse the use of nitrogen on offshore
rigs and the upcoming challenges, specially to: maintain the pressure in the oil resorvoir,
pipeline and vessels inertization, pig displacement, hydrate dissociation, nitrogen lift (in
replace for the traditional gas lift), leaking test and well kick off.
SUMÁRIO.........................................................................................................................9
1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................10
1.1 Objetivo Geral.......................................................................................................11
1.2 Objetivos Específicos............................................................................................12
1.3 Situação Problema ...............................................................................................12
1.4 Justificativa do tema .............................................................................................16
2. REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................16
2.1 Manutenção da Pressão do Reservatório com N2 ................................................16
2.2 Elevação Artificial com Nitrogênio ........................................................................21
2.3 Indução de Surgência ...........................................................................................23
2.4 Tratamentos Químicos..........................................................................................26
2.5 Como purgar com Nitrogênio................................................................................27
3. ESTUDO DE CASO ...................................................................................................30
3.1 Elevação artificial com Nitrogênio no campo de Bellota .......................................30
3.1.1 Pressão de injeção de gás .............................................................................32
3.2 Dissociação de hidrato em águas profundas ........................................................35
3.3 Nitrogênio na remoção do oxigênio ......................................................................41
4. RESULTADOS ...........................................................................................................45
4.1 N2 como Elevação Artificial (Nitrogen Lift) ............................................................45
4.2 Resultados da dissociação do hidrato ..................................................................46
4.3 Procedimento de purga.........................................................................................48
5. CONCLUSÃO.............................................................................................................51
REFERÊNCIAS..............................................................................................................53
ANEXOS ........................................................................................................................55
1. INTRODUÇÃO
1. OBJETIVOS
do fluido pela coluna de produção. Essa injeção pode ser contínua ou intermitente. O
esquema de um poço equipado para GL pode ser observado na figura 2.
Em 1959 a companhia Nitrogen Oil Well Service Co. introduziu a técnica do uso
de N2 nos campos de petróleo. Durante a pesquisa, na fase de revisão bibliográfica,
foram identificadas possíveis operações com N2 na indústria do petróleo. Dentre as
possíveis, destaca-se:
• Elevação artificial, designada como nitrogen lift. Ex.: Campo de Bellota, México
(AGUILAR, 2000);
2. REVISÃO DA LITERATURA
Manter a pressão do reservatório com óleo pesado pode também ser mais
problemático utilizando injeção de água. Isto porque injetar água fria pode aumentar a
viscosidade do óleo e resultar num varrido desigual do reservatório. É comum a prática
da injeção de vapor em reservatórios de óleo pesado para sobrepor-se a estes
problemas. Em Cantarell, contudo, foi eleito injeção de nitrogênio, guiando, assim, à
construção da maior planta do mundo. (MEARNS, 2007).
17
A produção em Cantarel iniciou em junho de 1979 e teve seu pico próximo aos
1.2 milhões de barris/dia em abril de 1981 através de 40 poços. Este nível de produção
foi sustentado até o início de 1996. (MEARNS, 2007).
Com a injeção de gás espera-se deslocar o óleo à condição capa de gás que,
para o pior cenário, tem aproximadamente 1520 psia e temperatura entre 190-220ºF.
que seriam necessários adicionalmente 10 a 20% a mais de pés cúbicos standard para
atingir o mesmo volume deslocado do reservatório comparado com N2.
Pela pressão de fundo de poço (pwf) no campo de Akal, ambos gás e nitrogênio
são imiscíveis com o óleo. No méxico há uma grande demanda para o uso de gás
natural. Reinjetar parte deste gás atrapalharia o crescimento em outras partes da
economia nacional.
uso do N2 como uma fonte de elevação artificial se faz necessária para manter os
campos de Bellota produzindo.
Alguns poços são completados para produção equipados com válvula de GL,
(Figura 8), que podem ser utilizadas para indução em casos quando o poço fica parado
por certo período de tempo ou está amortecido.
O deslocamento do inibidor com outro fluido pode criar outros problemas para
alguns poços. Muitos desses poços não têm pressão de fundo suficiente para voltar a
surgir espontaneamente, após o deslocamento, causando perda de tempo e custo
adicional na indução de surgência.
Vo × P
V = (1)
14,7
28
Onde:
V = Volume total de N2 requerido (scf);
Vo = Volume de água na tubulação (cf);
P = Pressão absoluta de N2 na tubulação durante a purga (psia).
Purga através de pressurização é quando as condições não permitem uma ação
de varredura de N2 através do vaso. O vaso é repetidamente pressurizado e misturado
com N2 até que a mistura seja exaustiva. O volume total depende do número de purgas
com pressão requerido para reduzir o contaminante a um nível aceitável, e pode ser
determinado usando a equação (2):
1,2 × n × Vo × P
V= (2)
Pa
onde:
C log C o
n = Número de purgas = ;
log Pa .LogP
Vo = Volume de água do vaso ou tanque (cf);
P = Pressão absoluta depois da pressurização com N2 (psia);
Pa = Pressão absoluta depois da exaustão (psia);
C = Conteúdo final do gás a ser removido;
Co = Conteúdo inicial de gás a ser removido.
A purga por diluição é um método utilizado quando há seções cruzadas de
equipamentos, como colunas de distilação, reatores etc. O N2 mistura-se parcialmente
com o gás a ser purgado, e então a mistura sai através de uma saída localizada o mais
distante possível da entrada. O N2 requerido para reduzir um contaminante a um nível
desejado pode ser encontrado usando o gráfico abaixo, e o volume total de N2
necessário pode ser computado através da equação (3):
V = n × Vo (3)
29
Bellota – Chinchorro é uma das sete áreas produtoras na região sul do México. A
produção deste campo em 2000 era de 105000 STB/D de óleo e 150 MMscf/D de gás
produzido de formações dolomitas pertencentes à era Jurássica e Cretácea.
Em março de 1998, iniciou a injeção de gás como GL nos poços de Bellota 136,
137 e 158D usando nitrogênio gerado in situ com tecnologia de membrana como fonte
de gás.
Estes três poços, que foram convertidos de vazão natural a elevação artificial,
foram perfurados na mesma locação, deste modo a construção da linha de elevação
artificial seria barata e rápida, já que a distância entre cada poço não tinha mais do que
500 pés. Foi necessário instalar um medidor de vazão e válvulas reguladoras para cada
poço. O equipamento gerador de nitrogênio foi instalado na mesma locação (figura 10).
31
onde:
∆E = Variação da energia mecânica;
33
inj dp 1 H
∆PEK = ∫ + dH = 0
144 ∫0
(5)
sup ρ
Para os gases reais, utiliza-se a seguinte equação (6) para a massa específica:
γ .p
ρ= (6)
ZRT
onde:
ρ = massa específica do gás (lb/ft3);
γ = densidade do gás em relação ao ar (28,97);
p = pressão em psi;
Z = fator de compressibilidade (Para gás ideal = 1);
R = constante dos gases (0,082057 atm.L/mol.K);
T = temperatura absoluta em Kelvin;
PInj = PSup e ZT
(7)
onde:
Temperatura média:
145 + 90
T = = 117,5 + 460 = 577,5R (8)
2
Z = 0,855
ρGN 17,38
γGN = = = 0,5999 (9)
ρar 28,97
intermediários múltiplos, de forma que a posição geral do(s) plugue(s) podem ser
localizados por diferencial de pressão.
4. RESULTADOS
O critério para projeto de elevação artificial era encontrar o ponto mais profundo
de injeção, assim, com condições estáticas seria possível colocar os poços em
produção com 2000 psig de pressão na superfície. Os pontos de injeção foram
localizados logo acima dos packers, devido basicamente a pressão do reservatório ser
baixa o suficiente, e, por outro lado, o IP dos poços seria alto o suficiente para permitir
condições dinâmicas com apenas um ponto de injeção de gás. Por estas condições
mencionadas, foi possível fazer um canhoneio da coluna, ao invés de usar sonda de
intervenção para puxar a coluna e colocá-la de volta com as válvulas de GL.
De acordo com o método para determinar a produção de líquido, equal slope, foi
possível verificar a injeção da mesma quantidade de gás, seja N2 ou gás à mesma
profundidade, é possível obter 400 stb/d a mais injetando gás natural do que N2. A
explicação é que o N2 é mais pesado do que o gás natural, sendo assim tem um
gradiente mais alto ao longo da tubulação; entretanto, quanto mais alto for o fluxo na
pressão de fundo do poço, menor a taxa de liquido baseado na equação do índice de
produtividade. Para este caso em específico, um aumento na taxa de produção de 10%
é alcançado.
À esquerda das três fases, água líquida, hidrato e vapor (Lw-H-V), hidratos ou
gelo podem se formar, enquanto à direita somente fluidos podem existir. Devido a baixa
temperatura do fundo do mar (4º. C), é logo acima do ponto de gelo (0º. C), a formação
de gelo (que bloqueia o fluxo) não é uma preocupação operacional normal. Quando o
hidrato formou, o fluxo foi bloqueado e a temperatura do plugue rapidamente caiu à
temperatura do fundo do oceano, 4º. C. A figura 19 mostra as condições de P e T de
um plugue de hidrato na tubulação em um ponto A em uma região de duas fases (H-V),
na qual a água líquida converteu-se em hidrato.
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5. CONCLUSÃO
Foi possível observar que o N2, como fonte de elevação artificial, é miscível, ao
mesmo tempo em que é uma fonte abundante e disponível na atmosfera. No campo de
Bellota, demonstrou ser o melhor método a ser utilizado.
Os ganhos alcançados foram:
• A injeção de N2 como uma fonte de elevação artificial teve rentabilidade similar
da injeção de gás natural;
• Nas condições de leasing do contrato, foi mais rentável para a PEMEX comprar e
instalar sua própria planta;
• Foi possível economizar 10% de potência injetanto N2 ao invés de gás natural;
• Há uma significante redução dos riscos, já que o N2 é inerte, além disto uma
significante redução de linhas de gás seria alcançada;
• Uma redução de 10% na taxa de produção foi alcançada como resultado da
injeção de N2 ao invés de gás natural;
• Uma investigação mais detalhada será necessária para avaliar as impurezas do
N2 nos problemas de corrosão;
• A quantidade de N2 utilizada para a elevação artificial é limitada pelo total
manuseado na planta petroquímica, que não deveria ser maior do que 3%.
Como é conhecido, as unidades geradoras de nitrogênio têm impurezas que
variam de 5% a 2%, principalmente oxigênio (O2). Em algum ponto durante a operação
com membrana, houve problemas de corrosão nas instalações de processo, e,
infelizmente, a esta altura foi necessário parar a operação com as membranas por
questões de verba, sem dar a chance de avaliar o impacto do O2 neste problema,
especialmente porque gás ácido é produzido naqueles poços. Esta é uma grande
preocupação enquanto esta tecnologia é uma boa opção para este caso em particular.
De qualquer forma é possível usar produtos químicos para evitar este fenômeno.
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54
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