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A Revelacao Particular de Deus A definigdo e a necessidade da revelagao especial O estilo da revelagao especial A natureza pessoal da revelagao especial A natureza antrépica da revelagao especial A natureza analégica da revelagdo especial Os meios da revelacao especial Os eventos histéricos O discurso divino Aencarmagao A revelac&o especial: proposicional ou pessoal? A Escritura como revelagao A definicao e a necessidade da revelacao especial Entendemos por revelacao especial a automanifestagao de Deus para certas pessoas em tempos e lugares definidos, permitindo que tais pessoas entrem num relacionamento reden- tor com ele. A palavra hebraica para “revelar” é galah. A palavra grega usual para “revelar” é apokalyptd. Ambas expres- sam a idéia de desvelar o que esté encoberto. O grego phaneroé , que transmite especialthente a idéia de manifestagao, também é usado com freqiiéncia. Por que a revelacao especial era necesséria? A resposta esta no fato de que os homens perderam o relacionamento de favor com Deus, que possuiam antes da queda. Era-lhes necessdrio que viessem a conhecé-lo de maneira mais plena para que 55 A Revelacio de Deus pudessem voltar a preencher as condicdes para a comunhao. Esse conhecimento precisava ir além da revelagao inicial ou geral que ainda estava a disposicao deles, pois entao, juntamente com a limitacao natural da finitude humana, também havia a limitagéo moral do pecado humano. Apés a queda, a raca humana estava afastada de Deus e em rebelido contra ele; seu entendimento das questées espirituais estava obscurecido. Desse modo, sua situagao estava mais complicada do que era originalmente e, por conseguinte, era preciso uma instrugdo mais completa. snot SA NT A revelacao especial era necessdria porque a raca humana havia perdido o relacionamento de favor que, antes da queda, tinha com Deus. eateries — —— neoprene Note que objetivo da revelacao especial estava no campo do relacionamento. O propésito principal dessa revelagéo nao era aumentar a amplitude geral do conhecimento. O conhecimento sobre as coisas de Deus tinha por objetivo o conhe- cimento de Deus. A informacao devia conduzir a familiaridade; por conseguinte, a informagao revelada era, muitas vezes, bem seletiva. Por exemplo, de uma perspectiva biogréfica, sabemos relativamente pouco acerca de Jesus. Nada se diz sobre sua aparéncia, suas atividades caracteristicas, seus interesses ou seus gostos Detalhes como os que costumam ser encontrados em biografias foram omitidos, por nao serem significativos para a f6. Os meramente curiosos nao sao atendidos pela revelacao especial de Deus. £ preciso outra palavra introdutéria no que diz respeito A relagdo entre a revelacao especial e a geral. E comum a idéia de que a revelacao especial seria um fenémeno posterior 4 queda, exigido pelo pecado humano. Com freqiiéncia, ela é considerada remediadora.’ £ claro que nao nos é possivel conhecer a qualidade exata do relacionamento entre Deus e a humanidade antes da queda. Simplesmente quase nao temos informacées a respeito disso. Adao e Eva talvez tivessem uma consciéncia limpida de Deus, de modo a estar constantemente apercebidos dele em toda parte, na propria experiéncia interior deles e na maneira de verem a natureza. Nesse caso, essa consciéncia da presenga de Deus poderia ser entendida como revelacao geral. Mas nao ha indicios de que isso era o que acontecia. O relato sobre Deus a procura de Addo e Eva no Jardim, apos 0 pecado deles (Gn 3.8), da a impressao de que esse foi um de varios encontros especiais que ocorreram. Além disso, as instrugées dadas aos homens (Gn 1.28) acerca da posigao e da atividade deles na criagao insinuam uma comunicagao especial do Criador para a criatura; ” Benjamin B. WARFELD, “The biblical idea of revelation”, in: The inspiration and authority of the Bible, ed. Samuel G. CRatG (London, Marshall, Morgan and Scott, 1951), p. 74. 56 A Revelagio Particular de Deus nao parece que tais instrucées fossem meramente inferidas pela observagao da ordem criada. Sendo assim, a revelagao especial foi anterior 4 queda. Quando o pecado entrou na raca humana, no entanto, a necessidade de uma revelacao especial tornou-se mais intensa. A presenga direta de Deus, a forma mais imediata e completa de revelacao especial, estava perdida. Além disso, agora Deus precisava falar de assuntos que antes nao eram de interesse. Era preciso resolver os problemas do pecado, da culpa e da depravacao; era preciso providenciar meios de expiagao, de redencio e de reconciliaco. E agora o pecado diminuia a compreen- sao humana da revelagao geral, reduzindo-lhe a eficacia. Portanto, a revelacéo especial precisava remediar tanto o conhecimento humano como o relacionamento com Deus. E comum destacar que a revelacao geral é inferior a revelacdo especial, tanto na clareza do tratamento como na amplitude dos assuntos considerados. A insufi- ciéncia da revelagao geral, por conseguinte, exigia a revelacao especial. A revelacao especial, contudo, também exige a revelacao geral.’ Sem a revelacao geral, nao teriamos os conceitos a respeito de Deus que nos permitem conhecer e compreen- der 0 Deus da revelacao especial. A revelagio especial constréi sobre a revelago geral. A relacdo entre elas é, em alguns aspectos, paralela 4 que Immanuel Kant descobriu entre a categoria do entendimento e a da percepgao dos sentidos: “Pensamentos sem contetido sao vazios, intuigdes sem conceitos sao cegas”. As duas se harmonizam. S6 parece existir conflito entre elas quando uma é desen- volvida 4 parte da outra. Elas possuem objetos de estudo e perspectivas em comum, produzindo um entendimento harmonioso e complementar. O estilo da revelacao especial A natureza pessoal da revelagdo especial Precisamos indagar a respeito do estilo da revelacdo especial, sua natureza ou forma de apresentagao. Ela é, sobretudo, pessoal. Um Deus pessoal apresenta-se a pessoas. Isso é visto de varias formas. Deus se revela anunciando 0 préprio nome. Nada é mais pessoal que 0 nome. Quando Moisés pergunta o que diria para identificar a pessoa que o enviava ao povo de Israel, Jeova respondeu dizendo-lhe seu nome: “Eu SOU O QUE SOU [ou EU SEREI O QUE SEREI]” (Ex 3.14). Além disso, Deus firmou aliangas pessoais com individuos (Noé, Abraao) e com a nagao de Israel. Os Salmos contém numerosos testemunhos de experiéncias pessoais com Deus. E 0 alvo da vida de Paulo era um eonhecimento pessoal de Deus: “para 0 conhecer, e 0 poder da sua ressurreicéo, e a comunhao dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte” (Fp 3.10). Toda a Escritura & pessoal quanto & natureza. O que encontramos nao é um conjunto de verdades universais, como os axiomas de Euclides na geometria, mas, Ihid., p. 75. 57

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