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Carta de Foral

“Em nome da santa e indivisa trindade Padre, Filho e Espírito


Santo. Ámen. Eu, o Rei D. Sancho, filho do Nobilíssimo Rei de
Portugal Afonso e da Rainha D. Mafalda, juntamente com minha
mulher a Rainha D. Dulce e meu filho o Infante D. Afonso e
minhas filhas as Infantas D. Teresa e D. Sancha, queremos restaurar e povoar a Covilhã. A todos
os que nela habitam ou desejarem habitar são dados e concedidos os mesmos costumes da cidade de
Évora;
-É ordenado que duas partes dos cavaleiros vão ao fossado do rei, restando uma terça parte que
ficara na vila com os peões, estes últimos fazendo fossado apenas uma vez por ano; e quem não
cumprir e não for ao fossado, terá que pagar, cinco soldos;
--Por homicídio serão pagos cem soldos ao fisco;
--Aquele que invadir uma casa com qualquer tipo de objeto ofensivo, arma, escudo, etc. terá que
pagar um total de trezentos soldos, sendo a sétima parte para o fisco;
--Aquele que furtar pagará nove por um, pertencendo duas partes ao queixoso e uma sétima parte
para o fisco;
--No caso de ocorrer uma violação e a mulher gritar que foi violada, caso o ofensor negue este
facto, e se chegue a um acordo, este ficara inocente ao provara a sua inocência, apresentando três
homens da sua igualha e este jure com doze homens o facto da sua inocência; Caso não de não
haver concílio, este terá que jurar, e no caso de não poder jurar, tara que pagar à ofendida
trezentos soldos, sendo a sétima parte para o fisco;
--Uma testemunha falsa e o fiel mentiroso terão que pagar sessenta soldos sendo a sétima parte
para o fisco e tem que restituir em dobro aquilo que recebeu para mentir;
--Aquele que ferir alguém num destes locais: igreja, assembleia e mercado, tinha que pagar sessenta
soldos, sendo estes divididos em metade para o fisco e outra metade para o concelho (câmara);
--Os mordomos e os herdeiros não podiam ser colonos;
--Aquele que encontrar na vila da Covilhã penhor ou fiador e ficar com algo não negociado ou
alguma divida, terá que restituir em dobro, pagando ainda 60 soldos, sendo a sétima parte para o
fisco;
--Aquele que não se dirigir junto ao juiz quando solicitado terá que pagar à autoridade judicial,
terá que lhe pagar um soldo;
--Aquele que não for ao encontro do rei quando lhe for pedido, seja este cavaleiro ou peão, a
exceção daquele que se encontra a serviço de outra pessoa, o cavaleiro terá que pagar dez soldos
enquanto que o peão pagara apenas cinco;
--Aquele que possuir um casal, uma junta de bois, quarenta ovelhas, um jumento e duas camas tem
a obrigação de comprar um cavalo;
--O que não cumprir a promessa de casamento terá que pagar ao juiz um soldo;
--A mulher que abandonar o seu esposo na porta da igreja, terá que pagar trezentos soldos, sendo a
sétima parte para o fisco;
--O que abandonar a mulher, terá que pagar ao juiz um dinheiro;
--Aquele que montar o cavalo de outra pessoa tem que pagar pelo primeiro dia um aríete? e quando
seja por mais que um dia seis dinheiros e por cada noite um soldo;
--O que ferir com uma lança ou com uma espada, terá que pagar dez soldos, e caso a arma trespasse
alguém, terão que ser pagos vinte soldos ao ferido; no caso de apenas lhe magoar qualquer membro
o agressor terá que pagar cem soldos, sendo a sétima parte para o fisco;
--Aquele que mudar as marcas alheias na sua fazenda terá que pagar cinco soldos, sendo a sétima
parte para o fisco.”
Estes são alguns dos deveres dos habitantes da vila que recebeu o foral. Através deles podemos
verificar que quando a população não os cumpria, a punição era feita através do pagamento de
coimas, sendo estas diferentes para cada classe social, diferenciando-se também os deveres e coimas
do homem, para os deveres e coimas da mulher.
Os deveres não se diferenciam muito dos direitos que eram poucos, e digo isto porque, um dos
maiores direitos da população era a proteção e a segurança.
Com a carta de foral, a Covilhã passou a ter um pouco de mais liberdade em termos de governo,
tendo mais autonomia, sendo este o contributo principal da carta de foral.
A cidade da Covilhã, recebeu no seu total dois forais, o primeiro, onde algumas destas regras foram
tiradas, foi entregue pelo Rei D. Sancho, no ano de 1186. Recebendo outro no ano de 1510, pelo
rei D. Manuel.
Podemos assim concluir que a Covilhã era uma vila bastante desenvolvida, pois recebeu duas
cartas de foral, como mérito do seu desenvolvimento, e para assim se continuar a desenvolver.
Sendo o objetivo principal do Rei ao entregar esta carta de foral, povoar e restaurar esta agora
cidade em plena encosta da Serra da Estrela: A Covilhã.

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